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Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução Contextualização 1.0
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Análise e Articulação e domínio do discurso 2.0
discussão académico
Revisão bibliográfica nacional e 2.0
internacionais relevantes na área
de estudo
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Recomendações de Melhoria:
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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................. 3
1.1.2.Objectivos ........................................................................................................................... 3
4.Referências.............................................................................................................................. 14
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1.Introdução
Gabriel Monod (1844-1912), um dos fundadores da Revue historique, em 1876, e da história
positiva, aluno e amigo de Michelet – um dos historiadores franceses que tomou, muito
rapidamente, consciência, após a derrota de 1870, na guerra franco-prussiana, da superioridade
das ciências históricas alemãs, do modo como elas se construíram, se organizaram e se
institucionalizaram a partir do começo do século XIX –, escreveu, em um artigo em forma de
balanço, publicado em 1889: O desenvolvimento dos estudos históricos é um dos traços
distintivos do movimento intelectual do século XIX. Tal desenvolvimento é a manifestação, na
área das ciências morais, do espírito científico ao qual pertence doravante a direção da sociedade
moderna (MONOD 1889, p. 587).
A história era definida como “ciência” e essa ciência nova se inscrevia, de acordo com a
ideologia herdada das Luzes e da Revolução Francesa, na linha de um progresso. Este, de acordo
com Monod, estava situado em uma dupla perspectiva: por um lado, o progresso desinteressado,
na medida em que ilustrava o “espírito científico” próprio às “ciências morais” – diríamos, hoje,
ciências humanas e sociais –; por outro, o progresso útil, e mesmo utilitário, na medida em que
não podia ser separado de sua contribuição à “direção da sociedade moderna”.
1.1.2.Objectivos
1.2.1.Objectivo especifico
Identificar as quinze (15) ciências auxiliares da história; Identificar tempo cronológico,
destacando a linguagem descritiva do tempo como por exemplo, décadas, séculos, etc)
Mencionar o contributo de cada ciência auxiliar da história;
Discutir a importância das ciências auxiliares para a consolidação da produção do
conhecimento histórico.
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1.3.1. Metodologia
A compilação do presente trabalho foi fundamentar-se na consulta e análise de materiais
científicos como livros e artigos que falam a respeito de tema como forma de dar credibilidade as
ideias que serão levantadas durante o desenvolvimento do trabalho.
As relações que a história estabeleceu com outras ciências nos séculos XIX e XX foram se
modificando ao longo do tempo em qualquer contexto ocidental e, portanto, também na
Argentina. Elas oscilaram entre a indiferença ou a hostilidade de uma disciplina antiga que
procurava definir sua cientificidade em oposição, primeiro, à filosofia e, depois, às ciências das
naturezas (e às ciências sociais que usavam como paradigma as da natureza), e uma assunção
acrítica e indiscriminada do vocabulário, dos métodos e dos esquemas conceituais destas últimas.
Recorrentes debates marcaram assim a segunda metade do século anterior à Primeira Guerra
Mundial, no contexto do clima “positivista”, até que foram encerrados, antes ou depois de acordo
com os casos nacionais, com a assunção por parte da grande maioria dos historiadores de uma
ideia de história entendida como uma disciplina de baixa densidade teórica, orientada para o
estudo dos fenômenos individuais e irrepetíveis, no marco de uma perspectiva de singularização
e não de generalização dos processos históricos. Reinert (2003, pp. 160).
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Entre as ciências que mais contribuem para que a História atinja seus objectivos científicos
destacam-se: a Economia. A Geografia, a Sociologia, as Ciências étnicas em geral e a Filosofia.
Dizia com razão De Martonne que “toda ciência, ao abordar o problema da extensão de um
fenômeno, se aproxima da Geografia”. No caso particular da História, essa aproximação faz-se
sobretudo pelo fato de ambas as ciências terem um denominador comum que é o homem no
tempo e no espaço. As primeiras informações geográficas, por exemplo, chegaram-nos através
dos primeiros historiadores como Heródoto, Políbio e Estrabão.
As relações da História com a Sociologia são tão íntimas que muitas vezes as duas ciências
foram reunidas e confundidas. Posteriormente foram demarcados os seus campos e bem
delimitados os seus objectos: o fato histórico e o fato social. A História interessa-se sobretudo
pelo invulgar, pelo extraordinário; a Sociologia estuda o vulgar, o comum.
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Há mais que simples relações entre a Sociologia e a História. Existe uma interdependência
profunda, se bem que os objectos de ambas sejam perfeitamente definidos.
Com a ampliação da noção de fonte histórica a partir das propostas da Escola dos Annales, o
historiador incorporou em sua actividade de pesquisa uma gama de materiais, integrando ao seu
campo de estudo diversas linguagens, tais como: literatura, relatos, cinema, teatro, música,
pinturas, fotografias, etc. Neste sentido, o historiador tem questionado a própria relação da
História com essas linguagens, como salientam Vieira, Peixoto e Khoury (2007, p. 20-21)
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limitações trazidas por um modelo antigo: o modelo disciplinar, considerado tradicional, o qual
consiste na delimitação do conhecimento em disciplinas isoladas e independentes. Destacamos
ainda um ponto importante: não podemos negar o papel considerável que a disciplinara acção
trouxe para a construção e desenvolvimento de estudos pertinentes em diferentes áreas do
conhecimento. Sendo que foi a partir disto possível o debate para a implementação do modelo
interdisciplinar, reiterando a necessidade de correlacionar diferentes áreas de saber e os estudos
trazidos pelas disciplinas isoladas, para a ampliação do conhecimento. Como considera Bicudo
(2008, p.138), a qual ressalta a importância de compreendermos melhor a questão disciplinar
para podermos pensar em como a interdisciplinaridade se constituiu, pois, para a autora fica
claro que “é necessário analisar o contexto histórico da ciência hegemónica no mundo ocidental
na época moderna, e pontuar o que passa a incomodar os estudiosos quanto ao sentido que
devem seguir seus princípios e métodos de investigação.”
As ciências auxiliares da história são todas as disciplinas surgidas ao longo do tempo e dedicadas
a diferentes objetos de estudo dentro desse ramo do conhecimento.No entanto, neste caso, é
necessário fazer uma distinção mais clara.
Certamente todo conhecimento teve nascimento e evolução, mas isso não implica
necessariamente que os historiadores usem esse conhecimento para estabelecer como os eventos
aconteceram. Por esse motivo, existem disciplinas criadas para contribuir com o
desenvolvimento da História e outras mais diferenciadas.
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A Epigrafia é o estudo das inscrições feitas sobre materiais duráveis como pedra, mármore,
etc. É de grande importância na História da Antiguidade. A Heráldica ocupa-se dos brasões.
A Sigilografia se preocupa com o estudo dos selos ou sinais colocados nos documentos oficiais.
1- Arqueologia
Essa disciplina, também associada à paleontologia, utiliza restos de materiais antigos para
interpretar como as culturas do passado viveram. Esse tipo de conhecimento está intimamente
ligado à História, porque se trata de recontar o que aconteceu.
Fósseis, sepulturas, estruturas, ferramentas, arte e literatura revelam aspectos sociais, culturais e
artísticos de uma determinada sociedade. Isso permite reconstruir sua civilização, quais eram
seus costumes e como seus membros viviam naquele tempo específico.
2- Geografia
Como parte do mundo conhecido, a localização dos eventos é de vital importância do ponto de
vista histórico. O desenvolvimento dos seres vivos e especialmente da humanidade é
condicionado pelo local onde eles se estabeleceram e floresceram.
A história pode se referir ao próprio universo, à formação da Terra e como ela chegou ao
presente. Tudo isso requer uma localização espacial para entender onde os eventos aconteceram,
por que esse local é importante e como influenciou os eventos subsequentes.
3- Cartografia
Esta ciência se concentra na elaboração de mapas precisos das fronteiras territoriais e geográficas
que podem ter dimensões diferentes.
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Embora tenha sido uma das disciplinas mais influenciadas pela tecnologia, as ilustrações antigas
mostram a engenhosidade, a imaginação e a percepção que se tinha em determinado momento
sobre as regiões mapeadas.
4- Estratigrafia
5- Cronologia
Esta disciplina está focada em estabelecer os fatos cronologicamente; isto é, o momento exato
em que eles aconteceram.
Isso é essencial para determinar exatamente os períodos históricos, as datas mais relevantes, a
datação das fontes, o contexto dos documentos, entre outros aspectos significativos.
6- Demografia
Isso se baseia em índices como nascimento, mortalidade, morbidade, migração , imigração e toda
uma série de variáveis que têm valor histórico.
7- Etnologia
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Do ponto de vista histórico, é essencial conhecer todo o percurso ou a biografia de grupos
étnicos , clãs e famílias que influenciaram seu ambiente e o legado que ele representa para essa
comunidade.
8- Genealogia
Relacionada à etnografia, essa disciplina se refere à linhagem de ancestrais seguida por famílias
que apareceram ao longo da história. Também se refere à prole que pode ter ocorrido em um
determinado momento.
É de vital importância para o estudo de dinastias, linhagens, reis e rainhas, clãs e famílias que
desempenharam um papel de liderança em sua localidade ou país. Serve também para conhecer
nossos ancestrais, como o sobrenome foi transmitido e como atingiram outras latitudes.
9- Numismática
Considerada a mais antiga das ciências auxiliares da história, está relacionada à análise de
medalhas, moedas e notas de um período ou civilização em particular.
Associado a elementos políticos e econômicos, este estudo pode ser considerado descritiva ou
teoricamente, dependendo do contexto que você deseja considerar como referência histórica.
10- Epigrafia
Enquadrada no contexto literário e filológico, essa ciência tem como objetivo tornar conhecidas
e interpretar as inscrições antigas em materiais como pedra, argila, granito ou em cavernas e
templos que Sua principal função é transmitir esse conhecimento ancestral através da
interpretação contextual desses escritos. É importante para o historiador conhecer o significado
preciso de uma imagem ou hieróglifo que o impede de cair em interpretações imprecisas ou
especulativas.
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11- Paleografia
Diferentemente da anterior, essa disciplina trata qualquer tipo de texto antigo por sua adequada
decifração em relação ao momento histórico. Também é responsável por preservar, datar e fazer
um estudo sistemático e crítico da redação em questão.
12- Heráldica
Esta ciência, que está intimamente ligada a linhagens e famílias de épocas anteriores, refere-se ao
estudo das imagens representadas nos brasões de armas.
Pode ser focado em sobrenomes de alcurnia, bem como em países que em algum momento
levantaram esse tipo de símbolo. Dentro da história, são referências importantes sobre os valores
que os identificaram.
13- Diplomática
Essa é outra disciplina que estuda os documentos que foram produzidos ao longo da história. Ele
não leva em consideração quem foi o autor, mas concentra-se em suas qualidades internas e
externas para sua interpretação e autenticidade adequadas.
Esses fatores incluem linguagem, escrita, formato apresentado, forma como foi escrito e outros
elementos.
14- Sigilografia
Relacionada a algumas das disciplinas anteriores, a principal função dessa ciência é desvendar o
significado dos carimbos antigos usados em documentos, comunicações oficiais e cartas.
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15- Bibliografia
Se referências de livros e textos são essenciais para qualquer ciência, especialmente quando se
trata de recriar a história.
16- Filosofia
Considerado por muitos como a mãe de todas as ciências porque fala do próprio pensamento, é
central para a formação ideológica das civilizações. Inclui dedução, interpretação, dialéctica,
ética, lógica e muito mais.
É a base do método científico que integra todas as disciplinas que precisam de experimentação e
teste de hipóteses para confirmar teorias. A capacidade de teorizar é comum a todas as
disciplinas que conhecemos.
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3.Considerações finais
Este trabalho possibilitou perceber que, historicamente, a relação entre historia e ciências socias
se pautou nos conhecimentos das Ciências Naturais. Em contraposição a este histórico ocorreram
Movimentos Renovadores na década de 1980 que se basearam nos conhecimentos das Ciências
Sociais, tendo o trato pedagógico como norte. O CEFD acompanhou este desenvolvimento
nacional da Educação Física e, através da reforma curricular de 2005-2006, volta a fundamentar-
se em uma visão dicotómica de conhecimento.
Para responder às diferentes problemáticas do mundo contemporâneo, tanto no campo da
pesquisa, como no do ensino é cada vez mais necessário que procuremos desenvolver um
trabalho interdisciplinar, haja vista que determinados temas são melhores compreendidos por
meio de duas ou mais áreas do conhecimento. No caso de estudos que envolvam representações
passadas e presentes, muitas vezes, a Literatura é um campo indispensável para o historiador e
professor de História. Neste sentido, é relevante que as universidades se apresentem
efectivamente como locais de produção de conhecimento e atuem com responsabilidade na
formação de seus académicos no caminho dos estudos interdisciplinares.
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4.Referências
AROUET, François Marie (VOLTAIRE). Histoire. Encyclopédie, t. VIII, 1765, p.
220-230.
Olms, 1988.
1845.
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