Você está na página 1de 16

Universidade católica de Moçambique

Instituto de educação à distância

Relação entre a História e as Ciências Sociais

Nome do estudante: Luísa João Mandala


Código do estudante: 708223658

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Disciplina: Introdução Ao Estudo Da História
Ano de Frequência: 1º
Docente: Dr. Idelson Rui Alberto

Quelimane, Agosto, 2022

0
Folha de Feedbacks
Categorias Indicadores Padrões Classificação
Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução Contextualização 1.0
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Análise e Articulação e domínio do discurso 2.0
discussão académico
Revisão bibliográfica nacional e 2.0
internacionais relevantes na área
de estudo

Exploração dos dados 2.0


Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letras, parágrafos, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações/referências bibliográficas
citações e
bibliografia

0
Recomendações de Melhoria:
__________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________

1
Índice
1.Introdução ................................................................................................................................. 3

1.1.2.Objectivos ........................................................................................................................... 3

1.1.2. Objectivo geral ................................................................................................................... 3

1.2.1.Objectivo especifico ........................................................................................................... 3

1.3.1. Metodologia ....................................................................................................................... 4

2.A Relação entre a História e as Ciências Sociais ...................................................................... 4

2.2.1.Conceito da interdisciplinaridade da história; .................................................................... 6

2.3.1.As disciplinas auxiliares da história. ................................................................................... 7

2.3.1.Importância das ciências auxiliares para a consolidação da produção do conhecimento


histórico ..................................................................................................................................... 12

3.Considerações finais ............................................................................................................... 13

4.Referências.............................................................................................................................. 14

2
1.Introdução
Gabriel Monod (1844-1912), um dos fundadores da Revue historique, em 1876, e da história
positiva, aluno e amigo de Michelet – um dos historiadores franceses que tomou, muito
rapidamente, consciência, após a derrota de 1870, na guerra franco-prussiana, da superioridade
das ciências históricas alemãs, do modo como elas se construíram, se organizaram e se
institucionalizaram a partir do começo do século XIX –, escreveu, em um artigo em forma de
balanço, publicado em 1889: O desenvolvimento dos estudos históricos é um dos traços
distintivos do movimento intelectual do século XIX. Tal desenvolvimento é a manifestação, na
área das ciências morais, do espírito científico ao qual pertence doravante a direção da sociedade
moderna (MONOD 1889, p. 587).
A história era definida como “ciência” e essa ciência nova se inscrevia, de acordo com a
ideologia herdada das Luzes e da Revolução Francesa, na linha de um progresso. Este, de acordo
com Monod, estava situado em uma dupla perspectiva: por um lado, o progresso desinteressado,
na medida em que ilustrava o “espírito científico” próprio às “ciências morais” – diríamos, hoje,
ciências humanas e sociais –; por outro, o progresso útil, e mesmo utilitário, na medida em que
não podia ser separado de sua contribuição à “direção da sociedade moderna”.

1.1.2.Objectivos

1.1.2. Objectivo geral


 Falar sobre a Relação entre a História e as Ciências Sociais

1.2.1.Objectivo especifico
 Identificar as quinze (15) ciências auxiliares da história; Identificar tempo cronológico,
destacando a linguagem descritiva do tempo como por exemplo, décadas, séculos, etc)
 Mencionar o contributo de cada ciência auxiliar da história;
 Discutir a importância das ciências auxiliares para a consolidação da produção do
conhecimento histórico.

3
1.3.1. Metodologia
A compilação do presente trabalho foi fundamentar-se na consulta e análise de materiais
científicos como livros e artigos que falam a respeito de tema como forma de dar credibilidade as
ideias que serão levantadas durante o desenvolvimento do trabalho.

2.A Relação entre a História e as Ciências Sociais


As relações da história com as ciências sociais remontam ao momento em que ambas passaram a
disputar posições no interior do establishment académico por meio de embates conceituais que
visavam a definir um estatuto de cientificidade para o conjunto de sua produção. Os termos dos
debates iniciados há mais de um século marcaram profundamente os rumos tomados pelas duas
disciplinas, fazendo-as oscilar entre movimentos de aproximação e distanciamento, confrontação
e reciprocidade. Conceitos como evento e estrutura, sincronia e diacronia, ruptura e
continuidade, narrativa e interpretação fundamentaram epistemologicamente as relações entre
história e ciências sociais. Ao mesmo tempo, os conflitos teóricos e institucionais entre ambas
foram a condição de sua indissociabilidade. Com certo otimismo, Robert Darnton sintetizou o
longo percurso que este texto pretende percorrer: onde havia uma "zona de litígio",
estabeleceram-se "relações de boa vizinhança".

As relações que a história estabeleceu com outras ciências nos séculos XIX e XX foram se
modificando ao longo do tempo em qualquer contexto ocidental e, portanto, também na
Argentina. Elas oscilaram entre a indiferença ou a hostilidade de uma disciplina antiga que
procurava definir sua cientificidade em oposição, primeiro, à filosofia e, depois, às ciências das
naturezas (e às ciências sociais que usavam como paradigma as da natureza), e uma assunção
acrítica e indiscriminada do vocabulário, dos métodos e dos esquemas conceituais destas últimas.
Recorrentes debates marcaram assim a segunda metade do século anterior à Primeira Guerra
Mundial, no contexto do clima “positivista”, até que foram encerrados, antes ou depois de acordo
com os casos nacionais, com a assunção por parte da grande maioria dos historiadores de uma
ideia de história entendida como uma disciplina de baixa densidade teórica, orientada para o
estudo dos fenômenos individuais e irrepetíveis, no marco de uma perspectiva de singularização
e não de generalização dos processos históricos. Reinert (2003, pp. 160).

4
Entre as ciências que mais contribuem para que a História atinja seus objectivos científicos
destacam-se: a Economia. A Geografia, a Sociologia, as Ciências étnicas em geral e a Filosofia.

Relacionamento com a economia.

O fato económico acha-se presente em todas as manifestações da vida humana. A Economia


Política, tratando dos fenómenos sociais e económicos que resultam das actividades humanas
empregadas na produção e no consumo das riquezas, oferece, consequentemente, uma grande
contribuição à História. Alguns autores, como Karl Marx, chegam, mesmo, a pretender explicar
o desenvolvimento histórico da humanidade através da influência quase exclusiva dos factores
económico.

Relacionamento com a geografia.

Dizia com razão De Martonne que “toda ciência, ao abordar o problema da extensão de um
fenômeno, se aproxima da Geografia”. No caso particular da História, essa aproximação faz-se
sobretudo pelo fato de ambas as ciências terem um denominador comum que é o homem no
tempo e no espaço. As primeiras informações geográficas, por exemplo, chegaram-nos através
dos primeiros historiadores como Heródoto, Políbio e Estrabão.

Relacionamento com a etnologia.

A Etnologia, estudando as culturas e os fenômenos de aculturação, reconstruindo as culturas


primitivas nos seus múltiplos aspectos econômicos, religiosos e políticos, não somente é paralela
à História, mas tem com ela pontos de contato fundamentais.

Das ciências étnicas é sem dúvida a mais ligada à História.

Relacionamento com a sociologia

As relações da História com a Sociologia são tão íntimas que muitas vezes as duas ciências
foram reunidas e confundidas. Posteriormente foram demarcados os seus campos e bem
delimitados os seus objectos: o fato histórico e o fato social. A História interessa-se sobretudo
pelo invulgar, pelo extraordinário; a Sociologia estuda o vulgar, o comum.

5
Há mais que simples relações entre a Sociologia e a História. Existe uma interdependência
profunda, se bem que os objectos de ambas sejam perfeitamente definidos.

Relacionamento com a filosofia.

Não existe apenas um relacionamento da Filosofia com a História – há uma Filosofia da


História. As causas do suceder histórico, a indagação dos problemas da ciência histórica em si
mesma, constituíram esta ciência, cuja designação parece ter surgido com Voltaire, em
1765. Não se compreende um bom estudo de História sem interpretação filosófica. Caso
contrário, não há propriamente ciência histórica, há literatura ou arte.

O estudo da etiologia do fato histórico, do seu sentido e de sua significação, de suas


consequências e de sua projecção no tempo, constituem o aspecto mais importante da aplicação
da Filosofia à História.

As relações entre a História e a Literatura

Com a ampliação da noção de fonte histórica a partir das propostas da Escola dos Annales, o
historiador incorporou em sua actividade de pesquisa uma gama de materiais, integrando ao seu
campo de estudo diversas linguagens, tais como: literatura, relatos, cinema, teatro, música,
pinturas, fotografias, etc. Neste sentido, o historiador tem questionado a própria relação da
História com essas linguagens, como salientam Vieira, Peixoto e Khoury (2007, p. 20-21)

2.2.1.Conceito da interdisciplinaridade da história;


A interdisciplinaridade faz corresponder resultados, diante de um objecto investigado, mescla
métodos e, ao avançar, termina por identificar outros objectos de estudo, acabando, muitas
fronteiras vezes, por tornar-se uma nova disciplina, voltando ao modelo disciplinar. Esse modo
de proceder teve um bom desenvolvimento no século XIX, dando origem a novos campos de
estudo como os da neurofisiologia, físico-química, dentre outros (2008, p.141-142)

Por entendermos que o conceito de interdisciplinaridade é amplo e possui várias interpretações e


significados, vamos no ater nesse momento a uma ideia simples, de que a interdisciplinaridade se
caracteriza como a interligação de saberes entre diferentes disciplinas e áreas de conhecimento.
Esta interligação implica em um método de estudo e pesquisa que busca romper com as

6
limitações trazidas por um modelo antigo: o modelo disciplinar, considerado tradicional, o qual
consiste na delimitação do conhecimento em disciplinas isoladas e independentes. Destacamos
ainda um ponto importante: não podemos negar o papel considerável que a disciplinara acção
trouxe para a construção e desenvolvimento de estudos pertinentes em diferentes áreas do
conhecimento. Sendo que foi a partir disto possível o debate para a implementação do modelo
interdisciplinar, reiterando a necessidade de correlacionar diferentes áreas de saber e os estudos
trazidos pelas disciplinas isoladas, para a ampliação do conhecimento. Como considera Bicudo
(2008, p.138), a qual ressalta a importância de compreendermos melhor a questão disciplinar
para podermos pensar em como a interdisciplinaridade se constituiu, pois, para a autora fica
claro que “é necessário analisar o contexto histórico da ciência hegemónica no mundo ocidental
na época moderna, e pontuar o que passa a incomodar os estudiosos quanto ao sentido que
devem seguir seus princípios e métodos de investigação.”

2.3.1.As disciplina auxiliares da história.


Além das ciências propriamente ditas, muitas disciplinas auxiliam a História, tais como: a
Cronologia, a Paleografia, a Epigrafia, a Linguística, a Heráldica, a Diplomática, a Numismática,
a Genealogia e a Sigilografia.

As ciências auxiliares da história são todas as disciplinas surgidas ao longo do tempo e dedicadas
a diferentes objetos de estudo dentro desse ramo do conhecimento.No entanto, neste caso, é
necessário fazer uma distinção mais clara.

Certamente todo conhecimento teve nascimento e evolução, mas isso não implica
necessariamente que os historiadores usem esse conhecimento para estabelecer como os eventos
aconteceram. Por esse motivo, existem disciplinas criadas para contribuir com o
desenvolvimento da História e outras mais diferenciadas.

Estudando as diversas divisões do tempo e das eras históricas, a Cronologia é de grande


importância. Os antigos usavam os mais diversos processos para indicar o ano: da observação
das fases lunares até o governo dos imperadores. Cabe à Cronologia o estudo desses processos e
a ordenação dos fatos históricos pela ordem em que sucederam.

A Paleografia estuda a evolução da escrita.

7
A Epigrafia é o estudo das inscrições feitas sobre materiais duráveis como pedra, mármore,
etc. É de grande importância na História da Antiguidade. A Heráldica ocupa-se dos brasões.

A Linguística é o estudo histórico e comparativo das línguas.

A Numismática trata das moedas e a Genealogia das linhagens.

A Diplomática é o estudo crítico dos documentos e constitui a base da crítica histórica, .

A Sigilografia se preocupa com o estudo dos selos ou sinais colocados nos documentos oficiais.

1- Arqueologia
Essa disciplina, também associada à paleontologia, utiliza restos de materiais antigos para
interpretar como as culturas do passado viveram. Esse tipo de conhecimento está intimamente
ligado à História, porque se trata de recontar o que aconteceu.

Fósseis, sepulturas, estruturas, ferramentas, arte e literatura revelam aspectos sociais, culturais e
artísticos de uma determinada sociedade. Isso permite reconstruir sua civilização, quais eram
seus costumes e como seus membros viviam naquele tempo específico.

2- Geografia

Como parte do mundo conhecido, a localização dos eventos é de vital importância do ponto de
vista histórico. O desenvolvimento dos seres vivos e especialmente da humanidade é
condicionado pelo local onde eles se estabeleceram e floresceram.

A história pode se referir ao próprio universo, à formação da Terra e como ela chegou ao
presente. Tudo isso requer uma localização espacial para entender onde os eventos aconteceram,
por que esse local é importante e como influenciou os eventos subsequentes.

3- Cartografia
Esta ciência se concentra na elaboração de mapas precisos das fronteiras territoriais e geográficas
que podem ter dimensões diferentes.

8
Embora tenha sido uma das disciplinas mais influenciadas pela tecnologia, as ilustrações antigas
mostram a engenhosidade, a imaginação e a percepção que se tinha em determinado momento
sobre as regiões mapeadas.

4- Estratigrafia

Nascido da geologia, esse conhecimento é baseado na classificação de diferentes tipos de rochas


nos estratos do solo .

A identificação de pedras sedimentares, ígneas ou metamórficas permite estabelecer os eventos


relacionados à crosta terrestre. Com o apoio da arqueologia, é possível recriar condições
geográficas, eventos climáticos e geológicos de importância.

5- Cronologia

Esta disciplina está focada em estabelecer os fatos cronologicamente; isto é, o momento exato
em que eles aconteceram.

Isso é essencial para determinar exatamente os períodos históricos, as datas mais relevantes, a
datação das fontes, o contexto dos documentos, entre outros aspectos significativos.

6- Demografia

Também associado à geografia e à sociologia, determina estatisticamente o crescimento e


desenvolvimento das populações. Ele fornece dados sobre como as populações aumentam, são
mantidas ou diminuídas em um país ou localidade específica.

Isso se baseia em índices como nascimento, mortalidade, morbidade, migração , imigração e toda
uma série de variáveis que têm valor histórico.

7- Etnologia

Relacionada à antropologia, essa disciplina é responsável por classificar, descrever e descobrir as


raças dos povos, como elas foram constituídas e os costumes que possuem.

9
Do ponto de vista histórico, é essencial conhecer todo o percurso ou a biografia de grupos
étnicos , clãs e famílias que influenciaram seu ambiente e o legado que ele representa para essa
comunidade.

8- Genealogia

Relacionada à etnografia, essa disciplina se refere à linhagem de ancestrais seguida por famílias
que apareceram ao longo da história. Também se refere à prole que pode ter ocorrido em um
determinado momento.

É de vital importância para o estudo de dinastias, linhagens, reis e rainhas, clãs e famílias que
desempenharam um papel de liderança em sua localidade ou país. Serve também para conhecer
nossos ancestrais, como o sobrenome foi transmitido e como atingiram outras latitudes.

9- Numismática

Moedas de ouro do império Julius Nepus

Considerada a mais antiga das ciências auxiliares da história, está relacionada à análise de
medalhas, moedas e notas de um período ou civilização em particular.

Associado a elementos políticos e econômicos, este estudo pode ser considerado descritiva ou
teoricamente, dependendo do contexto que você deseja considerar como referência histórica.

10- Epigrafia

Enquadrada no contexto literário e filológico, essa ciência tem como objetivo tornar conhecidas
e interpretar as inscrições antigas em materiais como pedra, argila, granito ou em cavernas e
templos que Sua principal função é transmitir esse conhecimento ancestral através da
interpretação contextual desses escritos. É importante para o historiador conhecer o significado
preciso de uma imagem ou hieróglifo que o impede de cair em interpretações imprecisas ou
especulativas.

10
11- Paleografia

Diferentemente da anterior, essa disciplina trata qualquer tipo de texto antigo por sua adequada
decifração em relação ao momento histórico. Também é responsável por preservar, datar e fazer
um estudo sistemático e crítico da redação em questão.

Pode estar associado a linguística, biblioteconomia, papirologia ou arqueologia, entre outros. É


essencial para o estudo da literatura, pensamento e idéias transmitidos por diferentes culturas que
conseguiram sobreviver a várias circunstâncias.

12- Heráldica
Esta ciência, que está intimamente ligada a linhagens e famílias de épocas anteriores, refere-se ao
estudo das imagens representadas nos brasões de armas.

Pode ser focado em sobrenomes de alcurnia, bem como em países que em algum momento
levantaram esse tipo de símbolo. Dentro da história, são referências importantes sobre os valores
que os identificaram.

13- Diplomática
Essa é outra disciplina que estuda os documentos que foram produzidos ao longo da história. Ele
não leva em consideração quem foi o autor, mas concentra-se em suas qualidades internas e
externas para sua interpretação e autenticidade adequadas.

Esses fatores incluem linguagem, escrita, formato apresentado, forma como foi escrito e outros
elementos.

14- Sigilografia
Relacionada a algumas das disciplinas anteriores, a principal função dessa ciência é desvendar o
significado dos carimbos antigos usados em documentos, comunicações oficiais e cartas.

Além de verificar sua legitimidade, também leva em consideração circunstâncias históricas,


condições linguísticas e a importância que ela teve nos eventos da época.

11
15- Bibliografia
Se referências de livros e textos são essenciais para qualquer ciência, especialmente quando se
trata de recriar a história.

Como um estudo do processo responsável pela publicação e armazenamento de livros em


formato físico e digital, busca a melhor implementação para recuperação. Isso implica facilitar a
consulta, tornar os documentos mais acessíveis e usar um sistema padronizado.

16- Filosofia
Considerado por muitos como a mãe de todas as ciências porque fala do próprio pensamento, é
central para a formação ideológica das civilizações. Inclui dedução, interpretação, dialéctica,
ética, lógica e muito mais.

É a base do método científico que integra todas as disciplinas que precisam de experimentação e
teste de hipóteses para confirmar teorias. A capacidade de teorizar é comum a todas as
disciplinas que conhecemos.

2.3.1.Importância das ciências auxiliares para a consolidação da produção do


conhecimento histórico
As ciências auxiliares oferecem informações, dados, conhecimentos e métodos que ajudam os
historiadores na compreensão e geração de conhecimentos históricos. Em muitas pesquisas
históricas, os cientistas e estudiosos destas áreas oferecem o apoio necessário para o estudo de
um determinado tema ou período histórico.
Assim, o conhecimento torna-se a compreensão teórica do mundo e das coisas, ou seja, há
uma elaboração no pensamento em busca de significado. Contudo, há também uma ação prática,
pois a definição elaborada no pensamento conduz à acção, ao modo de agir sobre o mundo
compreendido, ou seja, significado: O conhecimento é uma capacidade disponível em nós, seres
humanos, para que processemos de forma mais adequada a nossa vida, com menos riscos e menos
perigos. O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade em caminhos
“iluminados”, de tal forma que nos permite agir com certeza, segurança e previsão (LUCKESI,
1985, p. 51

12
3.Considerações finais
Este trabalho possibilitou perceber que, historicamente, a relação entre historia e ciências socias
se pautou nos conhecimentos das Ciências Naturais. Em contraposição a este histórico ocorreram
Movimentos Renovadores na década de 1980 que se basearam nos conhecimentos das Ciências
Sociais, tendo o trato pedagógico como norte. O CEFD acompanhou este desenvolvimento
nacional da Educação Física e, através da reforma curricular de 2005-2006, volta a fundamentar-
se em uma visão dicotómica de conhecimento.
Para responder às diferentes problemáticas do mundo contemporâneo, tanto no campo da
pesquisa, como no do ensino é cada vez mais necessário que procuremos desenvolver um
trabalho interdisciplinar, haja vista que determinados temas são melhores compreendidos por
meio de duas ou mais áreas do conhecimento. No caso de estudos que envolvam representações
passadas e presentes, muitas vezes, a Literatura é um campo indispensável para o historiador e
professor de História. Neste sentido, é relevante que as universidades se apresentem
efectivamente como locais de produção de conhecimento e atuem com responsabilidade na
formação de seus académicos no caminho dos estudos interdisciplinares.

13
4.Referências
AROUET, François Marie (VOLTAIRE). Histoire. Encyclopédie, t. VIII, 1765, p.

220-230.

Amakara, Leyva (2010). Ciências auxiliares da história. Recuperado de: es.slideshare.net.

Castillero, Ana (sem data). 70 ciências auxiliares da história. Recuperado em:


www.academia.edu.

____. Oeuvres completes, Paris, Garnier, 1878.

BRAVO, Benedetto. Philologie, histoire, philosophie de l’histoire: étude sur

J. G. Droysen historein de l’Antiquité, 1968, rééd. Hildesheim, Georg

Olms, 1988.

CREUZER, Georg Friedrich. Die historische Kunst der Grieschen in ihrer

Entstehung und Fortbildung. Leizig, G. J. Göschen, 1803, 2ème éd.

1845.

Wikipedia (2017). Disciplinas auxiliares usadas na história. Recuperado de: es.wikipedia.org.

Monzón, Miguel (2015). Ciências auxiliares da história. Recuperado de: prezi.com.

14

Você também pode gostar