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Tema:
Código do Estudante:
708212827
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Folha de avaliação
Classificação
Categorias Nota
Capa 0,5
Índice 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 1.0
Articulação e domínio do 2.
discurso académico
(expressão escrita cuidada
coerência/coesão textual)
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Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
2
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Indice
Introdução..................................................................................................................................3
Objectivo Geral..........................................................................................................................3
Objectivos Específicos...............................................................................................................3
Metodologia...............................................................................................................................3
Conceitualização........................................................................................................................4
3. Conclusão...............................................................................................................................7
4. Referências Bibliográficas.....................................................................................................8
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Introdução
Desde a década de 1970, as relações entre Portugal e suas ex-colônias sofreram profundas
alterações, a partir das quais se promoveu uma revisão dos conceitos que lhes davam sustentação
pragmática e ideológica, sobretudo no que se refere à tão debatida questão colonial. Atualmente,
quando se discute abertamente as diretrizes e os resultados preliminares do amplo processo de
globalização por que passam todas as nações politicamente organizadas, faz-se ainda mais
necessário uma amplificação de nossas perspectivas culturais, redirecionando nossos interesses
para realidades pouco contempladas pelas abordagens culturalistas tradicionais.
Nesse contexto, destaca-se a necessidade de retomada das relações político-culturais entre os
países de língua portuguesa, relevando o aspecto peculiar de suas respectivas culturas. Sob essa
ótica, compreende-se a importância assumida, no presente momento, pelo estudo das literaturas
africanas de expressão portuguesa, por meio do qual se busca promover uma aproximação entre
culturas que, historicamente, sempre estiveram unidas.
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Metodologia
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Quanto ao tipo de pesquisa o nosso trabalho segue uma Pesquisa Qualitativa, porque não serão
apresentadas sob forma de cálculos e nem estatísticas os conceitos. E quanto aos procedimentos
é uma Pesquisa Bibliográfica.
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2. A Génese da Literatura Moçambicana
Conceitualização
A literatura é um conjunto de obras ou escritos em prosa e verso que retrata a cultura de um povo
numa dada época e num dado espaço, nos quais entram elementos teóricos e práticos de natureza
científica, literária, cultural, política, sócio-económica, entre outros.
A literatura moçambicana apresenta uma história rica e complexa a par da história nacional e da
sua evolução política, social e económica. É possível verificar uma maior estabilidade, que
inspira o desenvolvimento das artes e cultura, num reconhecimento da comunidade internacional,
que lentamente e de forma pontual aprecia. A literatura surge de uma simbiose entre as
características internas do país (culturais, sociais, políticas, económicas) e de influências
externas.
Embora buscando soluções próprias para as questões culturais locais, o que resulta em produções
singularizadas, a literatura moçambicana apresenta um percurso parecido com a de Angola, em
razão dos contatos entre os dois povos, o intercâmbio cultural e, principalmente, a língua
portuguesa.
Chabal (1994) salienta que podendo ser dividida, didaticamente, em cinco fases distintas,
conheceu, numa primeira fase de formação (1920-1940) uma produção em que a mestiçagem
cultural (africanos e portugueses) prevaleceu, tendo sido produzida por profissionais liberais que
procuravam, a seu modo, fazer representar a cultura africana nativa na literatura. São autores,
entre outros, como João Albasini, Augusto de Conrado ou Rui de Noronha.
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Contudo podemos afirmar que poeta maior desse período é Rui de Noronha, porque mostra
sensibilidade para com a situação crítica dos mestiços e negros no contexto colonial, e é, em
parte, uma chamada de atenção para o acordar da excessivamente passiva África.
Uma segunda fase, a que podemos chamar de pré-independente (1940-1960), caracteriza-se,
antes, pela motivação política, a despeito da manutenção de evidente influência europeia. Fase de
predominância da poesia notabilizou-se pela presença de autores consagrados, como Alberto de
Lacerda, Antonio Quadros, Rui Nogar e Rui Knopfli.
Ainda nos dizeres de Chabal (1994:55) a chamada literatura revolucionária (1960-1980), mais
próxima de nossos dias, revela autêntico ímpeto nacionalista, além de privilegiar a temática
independentista, a exemplo do que acontecia em outras nações africanas. Tendo como
fundamentação ideológica questões de natureza político-social, trata-se de uma produção em que
se destacaram nomes célebres como os de Luís Bernardo Honwana, Marcelino dos
Santos/Kalungano, Sérgio Vieira, Albino Magaia e Jorge Rebelo.
Todavia de um ponto de vista histórico, podemos salientar que esta literatura fornece elementos
sobre o processo pelo qual os moçambicanos forjaram a consciência nacionalista e ou
revolucionária.
Uma fase a que se pode nomear independente (1980-1990) já revela pleno sentido de
moçambicanidade, com a valorização da independência (em Moçambique, datada de 1975) e o
apego a valores nacionais. Pode ser, finalmente, representada por autores como Orlando Mendes,
Sebastião Alba, Heliodoro Batista e, sobretudo, José Craveirinha, o grande autor da
moçambicanidade.
Afolabi (1997) realça que a literatura contemporânea (1990-2000) notabiliza-se pela confecção
de uma prosa mais intimista, bem como pela valorização da literatura popular e, ao mesmo
tempo, a superação da perspectiva político-ideológica. Tendo sido magistralmente representada
por autores como Paulina Chiziane, Ungulani Khosa, Elton Rebello, Suleiman Cassamo e outros,
têm na figura de Mia Couto um dos escritores mais conhecidos e festejados da atual literatura em
língua portuguesa, sendo ainda um autor – ao lado de outros – em que a regeneração dos valores
culturais do moçambicano, destruídos pelo colonialismo europeu, passa por um contínuo
exercício de subversão do português.
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Dois são os autores que, na literatura moçambicana, destacaram-se por escrever uma prosa
carregada de significados sociais e simbólicos, representando, cada um à sua maneira, as duas
principais fases de sua literatura: Luís Bernardo Honwana e Mia Couto.
O 1º período, que vai das origens da permanência dos portugueses naquela região índica até
1924, ano que precede o da publicação de O livro da dor, de João Albasini. É um período de
Incipiência, um quase deserto secular, que se modifica com a introdução do prelo, no ano de
1854.
2° Período, de Prelúdio vai da publicação de O livro da dor até ao fim da II Guerra Mundial,
incluindo, além do livro do jornalista João Albasini, os poemas dispersos, nos anos 1930, de Rui
de Noronha, depois publicados em livro, numa recolha duvidosa, incompleta e censoriamente
truncada, com o título de Sonetos (1946), por ser o género mais cultivado por ele.
3° Período, que vai de 1945/48 a 1963, caracteriza-se pela intensiva Formação da literatura
moçambicana. Pela primeira vez, uma consciência grupal instala-se no seio dos (candidatos a)
escritores, tocados pelo Neo-realismo e, a partir dos primeiros anos de 1950, pela Négritude.
O 4° Período prolonga-se desde 1964 até 1975, ou seja, entre o início da luta armada de
libertação nacional e a independência do país (a publicação de livros fundamentais coincide com
estas datas políticas).
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5° Período, entre 1975 e 1992, chamaremos de Consolidação, por finalmente passar a não haver
dúvidas quanto à autonomia e extensão da literatura moçambicana, contra todas as reticências,
provindas de alguns sectores dos estudos literários, e, diga-se também, contra todas as evidências.
Após a independência, durante algum tempo (1975-1982), assistiu-se sobretudo à divulgação de
textos que tinham ficado nas gavetas ou se encontravam dispersos. O livro típico, até pelo título
sugestivo, foi Silêncio escancarado (1982), de Rui Nogar (1935-1993), aliás, o primeiro e único
que publicou em vida. Outro tipo de textos é o de exaltação patriótica, do culto dos heróis da luta
de libertação nacional e de temas marcadamente doutrinários, militantes ou empenhados, no
tempo da independência.
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3. Conclusão
Portanto, em Moçambique Noémia de Sousa escreve todos os seus poemas (conhecidos até hoje)
entre 1948 e 51, ainda sem conhecer a Negritude francófona, mas estando a par dos negrismos
americanos (Black Renaissance, Indigenismo haitiano e Negrismo cubano, entre outros), visto
que dominava o inglês e o francês. Em 1951, circulará o seu livro policopiado Sangue negro,
formado por 43 poemas (mais um do que noutra versão posterior). Em 1951, partiu para Portugal
e, ao passar por Luanda, deixou uma cópia, que seria frutuosa para os intelectuais angolanos
ligados à Mensagem (1951-52) e todos os escritores das duas décadas subsequentes.
Contudo, em Moçambique essa consciência foi no terceiro período. A década de 50 caracteriza-se
pelo triunfo da poesia, com o verso livre e os temas arrojados, consagrando em três vertentes de
júbilo ideológico: o povo, a classe, a raça. A Negritude concede-lhes o sentimento de exaltação
da raça negra, nomeadamente na solidariedade com os negros do Novo Mundo e, por outro lado,
sublinha o reconhecimento das raízes, que são étnicas, tribais.
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4. Referências Bibliográficas
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