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máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 5
2.2.2 c)Como dar uma boa aula de literatura, tendo em conta contexto Moçambicano? ... 8
3. Conclusão ......................................................................................................................... 12
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1. Introdução
A presente pesquisa insere-se na cadeira de Didáctica de Literatura e aborda sobre principais
objectivos da literatura.
O tema será abordado focalizando-se nos seguintes aspectos: o que ensinar na aula de literatura,
como ensinar a literatura na escola, como dar uma boa aula de literatura, tendo em contexto
Moçambicano, plano de aula de literatura, qual é o papel da literatura, a prática da literatura, as
cinco funções da literatura e por fim os principais temas da literatura.
Dada a diversidade linguística, após a independência nacional, foi muito difícil escolher uma das
línguas nativas como língua nacional. Assim, Moçambique conferiu à língua portuguesa o estatuto
de língua oficial, por ser a única que poderia reduzir as desigualdades entre as línguas nativas,
desempenhando o papel de língua de unidade nacional, pois permite a intercomunicação entre
moçambicanos oriundos de diferentes locais, ou seja, falantes de diferentes línguas nativas.
1.2 Metodologia
Para que este estudo fosse factível, o presente trabalho assenta particularmente no método de
pesquisa bibliográfica, assim como a consulta a informação electrónica, e também alguns artigos
ligados a Didáctica de Literatura, e finalmente o dialogo com alguns professores que de alguma
forma são possuidores de algum conhecimento credível do tema em estudo.
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2. Fundamentação teórica
De acordo com Matabel et all (2019), “a Didáctica de Língua, aquela que se centra nas
particularidades de uma língua específica que, no presente caso, é a língua portuguesa, língua
segunda em Moçambique” (p. 27).
A Didáctica da Língua Portuguesa - Língua Segunda deve colocar o professor como um inovador
e mediador reflexivo através da valorização das vivências das crianças, dos meios de comunicação
e das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), tais como: o computador, o
televisor e o telemóvel.
O termo literatura deriva historicamente, por via erudita, da palavra latina litterature. Nas
principais línguas europeias, as palavras derivadas por via erudita, de literatura, entraram sub
formas muito semelhantes exemplo para o Castelhanos: literatura; francês: litterature; italiano:
literatura; Ingles: literature.
No período amterior a segunda metado do seculo XVIII, são utilizadas palavras como: poesia,
eloquência, verso, prosa etc. nas diversas línguas europeias, ate ao seculo XVIII o conteúdo
semântico do termo literatura doi substancialmente idêntico ao seu étimo latino, designado
literatura, em regra, o saber e a ciência.
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Conforme sustente Diderot, a literatura é uma arte e também um conjunto de manifestações dessa
arte, isto é, um conjunto de textos que se singulariza pela presença de determinados valores
estáticos.
Actualmente o termo passou a significar o conjunto de produção literária de um certo pais, tornando
obvias as implicações filosóficas e políticas de conceito literatura nacional. Por exemplo: Literatura
moçambiocana; malawiana, brazuleira, angolana, etc.
Matabel et all (2019) refere que “Leitura é a acção de identificar as letras e de as juntar para
compreender a ligação entre o que é dito e o que é escrito” (p. 19).
“Compreensão é captação, quer pela leitura, quer por meios auditivos, de material escrito ou oral,
ou seja, é a percepção das frases. Na compreensão, o leitor trabalha com a objectividade” (Ibdem,
p. 17).
Interpretação é o acto de inferir e/ou concluir sobre o conteúdo oculto de um determinado texto
(oral ou escrito). A interpretação de um texto passa pela compreensão e pressupõe a activação
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de conhecimentos prévios do leitor ou ouvinte sobre o assunto em estudo, a fim de se ter um
entendimento subjectivo sobre o mesmo.
Uma forma muito útil de envolver os alunos é solicitar a elas que contem suas próprias
experiencias. Daí o estudante é capaz exercitar a escrita, além de se identificar com historias em
que é protagonista. O professor pode propor a todos que montem um livro em conjunto.
O hábito de leitura está distante da realidade da maioria dos alunos moçambicanos. Para que seja
possível a reversão desse quadro recomenda-se uma série de medidas a serem tomadas na sala de
aula para o desenvolvimento desse hábito: Busque compreender que tipo de leitura os estudantes
gostam; Dê acesso aos livros; Apresente a biblioteca da escola, mostre como funciona o aluguel de
livros; deixe os estudantes livres para também fazerem suas próprias escolhas de leitura; Converse
sobre os livros, etc.
2.2.2 c)Como dar uma boa aula de literatura, tendo em conta contexto Moçambicano?
Vieira e Matabel (2019), afirmam que “Moçambique é um país linguisticamente heterogéneo, onde
coexistem diversas línguas nativas de origem Bantu, faladas pela maioria da população, o
Português e diversas línguas estrangeiras” (p. 28).
Dada a diversidade linguística, após a independência nacional, foi muito difícil escolher uma das
línguas nativas como língua nacional. Assim, Moçambique conferiu à língua portuguesa o estatuto
de língua oficial, por ser a única que poderia reduzir as desigualdades entre as línguas nativas,
desempenhando o papel de língua de unidade nacional, pois permite a intercomunicação entre
moçambicanos oriundos de diferentes locais, ou seja, falantes de diferentes línguas nativas.
Na realidade, para muitos moçambicanos, em particular nas zonas rurais e suburbanas, o Português
é uma língua segunda (língua não materna), geralmente aprendida na escola, por ter o papel de
língua veicular do conhecimento científico e técnico em Moçambique. Por esta razão, cabe ao
professor, à escola e à comunidade encontrar estratégias que possam conduzir à motivação para a
aprendizagem da língua portuguesa, mostrando as vantagens da sua aprendizagem. A língua
portuguesa é usada frequentemente nas instituições públicas e privadas e na interacção com outros
povos, promovendo, assim, a integração de Moçambique no contexto internacional. A didática tem
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grande relevância no processo educativo de ensino e aprendizagem, pois ela auxilia o docente a
desenvolver métodos que favoreça o desenvolvimento de habilidades cognoscitivas tornando mais
fácil o processo de aprendizagem dos indivíduos.
Assim, o professor deve ter em conta os seguintes princípios: O aluno tem uma tendência natural
para se comunicar em qualquer língua; O aluno aprende a comunicar comunicando-se; O primeiro
modo de comunicação linguística é através da oralidade e só depois vem a escrita; O aluno deve
compreender primeiro o que os outros dizem e depois falar; O aluno deve compreender o que lê e
depois escrever; O aluno aprende melhor uma língua quando é encorajado a tomar a iniciativa para
comunicar; O aluno aprende melhor uma língua quando comunica em diferentes situações e aborda
diferentes temas; e O aluno deve estar informado, desde o início, sobre os objectivos da
aprendizagem da língua portuguesa.
Cândido (1995), reitera que a Literatura desenvolve em nós a sensibilidade, tornando-nos mais
compreensivos, reflexivos, críticos e abertos para novos olhares e possibilidades diante da nossa
condição humana.
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A leitura literária permite-nos refletir sobre o mundo em nossa volta, abrindo nossos horizontes,
ampliando os conhecimentos, possibilitando novas perspectivas.
Através da leitura, é possível formar também cidadãos mais críticos e preparados para o mercado
de trabalho. Afinal, não importa qual seja sua profissão, certamente ela vai envolver leitura e escrita
em determinado momento. Ou seja, a literatura é uma matéria essencial nas escolas, contribuindo
para a formação plena dos estudantes.
Zilberman (1988), afirma que “a literatura converte cada indivíduo num leitor, introduzindo-o no
universo único do código da escrita, de sons e de imagens por hábitos” (p. 54).
Segundo Martins (1989), “ter o domínio da leitura é fundamental para interagir na sociedade cada
vez mais caracterizada por diferentes signos gráficos e imagéticos que organizam a dinâmica da
comunicação nesses tempos de multimídias e redes sociais” (p. 79).
A formação literária começa em sala de aula. Na maioria das vezes, é nesse ambiente que as
crianças e adolescentes têm seu primeiro contacto com a literatura. Além de conhecer obras
importantes da história, a literatura nas escolas é muito importante na formação intelectual dos
estudantes. Ela é uma disciplina que aumenta a compreensão do mundo, expande o vocabulário,
oferece uma forma de lazer e amplia o conhecimento sobre diversos assuntos.
A literatura ajuda a desenvolver habilidades como ler, ouvir, falar e escrever. Essas são práticas
que valem tanto para a sala de aula como para fora dela
Ensinar literatura facilita a assimilação de temas diversos. A linguagem referencial dos livros
didáticos se comunica apenas em um nível e tende a ser informativa. No entanto, as obras de ficção
também podem tratar de temas universais, como amor, guerra, perda etc.
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3. Conclusão
Feito o trabalho chegou-se a conclusão de que a literatura é uma arte e também um conjunto de
manifestações dessa arte, isto é, um conjunto de textos que se singulariza pela presença de
determinados valores estáticos. Actualmente o termo passou a significar o conjunto de produção
literária de um certo pais, tornando obvias as implicações filosóficas e políticas de conceito
literatura nacional. Por exemplo: Literatura moçambiocana; malawiana, brazuleira, angolana, etc.
A Literatura tem um papel relevante na escola, pois desenvolve em nos alunos asensibilidade,
tornando-os mais compreensivos, reflexivos, críticos e abertos para novos olhares e possibilidades
diante da nossa condição humana.
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4. Referências bibliográficas
Costley, E & Pereira, W. (2020). Portugues 8ª Classe. Texto editores. 3ª ed. Maputo.
Moçambique;
MARTINS, I. (1998). A literatura no ensino médio. Corresponde ao Estágio de Regência
no Ensino Médio, Componente Curricular obrigatório no Curso de Letras Vernáculas do
Campus IV UNEB.
Matabel, F, Tembe. C. R. C. A &. Maxaieie. J. (2019). Formação de Professores para o
Ensino Primário e Educação de Adultos. MINEDH. Maputo. Moçambique;
Vieira, B., Sitoe, V. & Matabel, F. (2019). Manual de Língua Portuguesa. ed. revista
Maputo: Associação Progresso Wikijornal.com. obtido em 13 de Setembro de 2019.
Disponível em http://www.wikijornal.com/
Zilberman, C. (1988). Ensino de Literatura: A formação do leitor, Elisângela da Silva
graduanda de letras vernáculas pelo Campus IV-UNEB.
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5. Anexo 1- Plano de aula
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5.1.1 Anexo 2. Texto
Dias da festa
Um dia, o leão mandou avisar a todos os animais de que a partir daquele dia ninguém mais poderia
comer mangas nos seus domínios, a não ser ele próprio, porque era rei: “Reservo-me o direito de
ser único a comer mangas, porque sou rei”.
O coelho não gostou da atitude do reu e resolveu pregar-lhe uma partida. Fingindo-se muito aflito,
aproximou-se do cercado que rodeava a casa do rei e começou a gritar:
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“Acudam, acudam, acudam…”. Vieram os guardas e perguntaram: “O que fazes tu aí?” O coelho
respondeu: “Tenho uma coisa muito grave a comunicar ao rei se ele me quiser ouvir”. Os guardas
riram-se: “Claro que o rei não há-de querer ouvir-te, vai-te embora, desaparece e não tornes a
perturbar-nos mais”. O coelho insistiu: “Nesse caso, peço-vos que me amarreis com todas as forças
contra esta árvore, porque vem aí uma grande tempestade que não vai deixar uma só agulha… vai
carregar tudo, peço-vos, amarrai-me a esta árvore”.
Os guardas começaram a comunicar ao rei o que o coelho acabava de dizer.
O rei veio e perguntou: “É verdade o que dizes”? O coelho respondeu: “Se não for verdade mande-
me extrair os olhos e cortar a minha língua”. O leão ficou convencido e mandou que o amarrassem,
a ele primeiro, à mais robusta árvore. Os guardas, por sua vez, pediram uns aos outros para se
amarrarem mutuamente. O coelho fingia estar aflito e perguntava: “E a mim quem me marra, e a
mim quem me amarra”? “Cala-te, bicho insignificante”, respondiam os guardas. O último guarda
ordenou que o coelho o amarrasse também.
Um dia, o rei leão fez uma festa grande e convidou todos os animais, na esperança de apanhar o
coelho. Este, porém, foi ter com peru e pediu-lhe as penas e foi ter com o faisão e pediu-lhe o
carapuço que enfiou na cabeça. Chegou à casa do leão e entrou sem que os guardas desconfiassem.
O leão perguntou: “E tu quem és”? “Sou o filho do Céu e da Terra”, respondeu o coelho.
O leão sentiu-se muito honrado com a presença do filho do Céu e da Terra e determinou que as
maiores atenções lhe fossem dadas.
No fim da festa, deram-lhe a melhor cama na casa da mulher grande. O coelho foi dormir e como
estava embriagado, ao deitar-se adormeceu logo e o carapuço cai-lhe.
Quem o viu e reconheceu foi a mulher do leão. Foi logo avisar o marido que mandou cercar a casa
com muitos guardas e cães.
O coelho viu que tinha poucas hipóteses de poder escapar. Arranjou muitos ossos, meteu-os num
saco e saltou da janela, logo perseguido pelos cães. O coelho foi atirando os ossos e os cães foram
ficando pelo caminho a roer os ossos. Mas um dos cães não fez caso dos ossos e continuou a puxar
pela perna. “Olha, olha este parvalhão”, escarneceu o coelho: “Agarra uma raiz e pensa que me
apanhou”. O cão largou a perna.
Adaptado de Lourenço Joaquim da Costa Rosário, Dia de Festa, Moçambique Editora, 2005
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