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Universidade Católica de Moçambique

Centro de Ensino à Distância

O ensino de história face aos novos conceitos de educação

Nome: Aurélio António Alfandega


Código do Estudante: 708233720

Curso: Lic. em Ensino de História


Disciplina: Didáctica de História I
Ano de Frequência: 2º Ano
Tutor: Abílio Figeiredo Elias

Gurué, Abril de 2024


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuaçã Subtota
do
o máxima l
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
organizacionais 
Estrutura Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 3.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área
de estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 2.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução..................................................................................................................................5

Objectivo geral.......................................................................................................................5

Objectivos específicos............................................................................................................5

Metodologia usada..................................................................................................................5

O papel formativo da História....................................................................................................6

O papel informativo da História.................................................................................................7

Mudanças curriculares na Didáctica de História no processo de Ensino e aprendizagem.........7

Desafios do papel Formativo História através dos meios de Ensino Utilizados na actualidade
em Moçambique.........................................................................................................................8

Conclusão.................................................................................................................................11

Bibliografia..............................................................................................................................12
Introdução
Para que a história deixe de ser apenas informativa e passe ao formativo, é necessário
que o ensino centre se aos métodos activos, a pedagogia da descoberta em que o aluno
participa na elaboração dos conhecimentos a adquirir. O ensino deve estar adaptado aos
interesses dos alunos que simultaneamente lhes permita desenvolver as suas capacidades, de
preferência deve se ensina-lo a pensar. Tal posição conduz ao ensino de uma história
inteligível, conceptual em que o aluno manipula dados, compara, aprecia, formula hipóteses e
procura conclusões. Estes objectivos só podem ser atingidos quando o ensino de história
partir da iniciação de aluno no método de pesquisa Histórica. O aluno era, aprender como se
faz história, assim esta aprendizagem poderá contribuir para uma educação integral.

Objectivo geral
 Relacionar o ensino de História com novos conceitos da educação.

Objectivos específicos
 Refletir face as mudanças curriculares na Didáctica de História no processo de Ensino
e aprendizagem;
 Analisar os Desafios do papel Formativo História através dos meios de Ensino
Utilizados na actualidade em Moçambique.

Metodologia usada
Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que
possuo, basei-me na pesquisa bibliográfica, onde trouxe interpretações sólidas e
fundamentadas por diferentes autores de destaque que debruçaram sobre o tema em
alusão.
O papel formativo da História
A conceção de História, como disciplina formativa, aponta para a construção de
novas práticas e possibilidades metodológicas que potencializam e indicam outras relações
educativas no ensino. A palavra formação tem vindo a merecer uma revitalização crescente
nos últimos tempos. O lexema: formação é proveniente do étimo latino formatio e significa
ato ou efeito de formar.

Maria do Céu Roldão (2000) refere que o papel da aprendizagem em História na


formação dos alunos pode passar por três fases a partir:

 de factos ocorridos no passado que levam à socialização, à aquisição da sua


identidade pessoal e do sentimento de pertença, sendo estes, a base da sistematização
de valores de cada indivíduo;
 do conhecimento vivido por pessoas de outras épocas, este desenvolvendo a sua
capacidade de apreciação e valorização. Ao longo deste processo também, se
desenvolvem outras capacidades, tais como: capacidades e técnicas de pesquisa,
hábitos de leitura e estudo, o gosto pela descoberta e pelo saber;
 da incorporação dos aspetos mencionados anteriormente, conduzindo a uma atitude
reflexiva e crítica, bem como, à aquisição de hábitos de rigor e análise, à
interiorização de valores pessoais, ao enriquecimento da compreensão dos fenómenos
sociais, e, ao domínio de competências necessárias à tomada de decisões, à resolução
de problemas e à prática mais consciente da cidadania.

Para Fonseca (2003), a História deve ser pensada como uma disciplina
fundamentalmente educativa, formativa, emancipadora e libertadora. A História tem como
papel central a formação da consciência histórica dos homens, possibilitando a construção de
identidades, a elucidação do vivido, a intervenção social e praxes individual e coletiva. Para
Rusen (2001) a consciência histórica não é fruto da escolha humana, ela é algo
universalmente humano.

Na opinião de Karnal (2008, p. 28), a História, como disciplina formativa, deve fazer
com que o aluno sinta “a história como algo próximo dele, mais terá vontade de interagir com
ela, não como uma coisa externa, distante, mas como uma prática que ele se sentirá
qualificado e inclinado a exercer”. Como tal, “De um lado, é preciso selecionar os conteúdos
a serem apresentados aos alunos o que, inevitavelmente, implica escolhas temáticas e a
adoção de determinada versão dos acontecimentos.

De outro, é necessário empenhar-se para que os alunos desenvolvam uma reflexão


crítica em relação aos conteúdos estudados e, com isso, construam seu próprio saber”
(Ribeiro, 2013, pp. 3-4).

O papel formativo dos saberes históricos deve ser abordado de maneira consciente
pelo professor, ou seja, este deve projetar os temas e valores que poderão ser depreendidos
dos conhecimentos históricos ensinados (Vogler, 1999).

O papel informativo da História


Para Muñoz (2003, p. 303) a História tem a função de informar e abrange toda a
informação que existe sobre eventos e processos históricos ocorridos no passado. Além disso,
abarca as técnicas de trabalho e de investigação que permitem operar com essa informação.
Para o autor, as construções das informações podem surgir.

A História potencia o desenvolvimento de competências consideradas importantes no


mundo atual que, para Howson (2009), são: “a capacidade de refletir sobre o conhecimento,
analisando a informação e respeitando as evidências, a capacidade de reconhecer e valorizar
argumentos bem fundamentados, o desprezo pela mera polémica e a procura de
contextualização”, procurando compreender a intenção de cada discurso ou ato.

Mudanças curriculares na Didáctica de História no processo de Ensino e aprendizagem


A qualidade do ensino gira em torno da qualidade da aprendizagem dos alunos, no
entanto, os currícula devem atender as necessidades dos alunos em consonância com as
exigências sociais e educacionais, isto é, que devem prestar atenção aos conteúdos que estão
sendo ensinados, no modo como estão sendo ensinados e na efetividade desses conteúdos
para a vida cultural e prática.

Para Pacheco (2001, p. 20), reforma curricular é “… um projeto, cujo processo de


construção e desenvolvimento é interativo, que implica unidade, continuidade e
interdependência entre o que se decide ao nível do plano normativo, ou oficial, e ao nível do
plano real, ou do processo de ensino e de aprendizagem. Mais ainda, o currículo é uma
prática pedagógica que resulta da interação e confluência de várias estruturas (políticas,
administrativas, económicas, culturais, sociais, escolares…) na base das quais existe
interesses concretos e responsabilidades compartilhadas.
Assim, o currículo atua como filtro sobre o que o aluno deve saber para poder
desenvolver determinada função social, define o saber e o fazer do aluno. A construção
curricular é um projeto que deve levar em conta muitos fatores, como por exemplo, (classe
social, económica, religião, família, raça, género, valores, dificuldades de aprendizagem, até
mesmo o emocional dos aprendentes), daí que Zotti (2004, p. 229) defende que “O educador,
então, não pode se limitar a desenvolver o que diversos agentes decidem, mas deve estar
atento aos diversos contextos em que são gestadas as propostas curriculares, pois esse é o
instrumento de intervenção e defesa de propostas coerentes com uma educação e uma
sociedade mais condizentes com os desejos da maioria.

Tendo as ideias apresentadas, o currículo constitui, então, o elemento nuclear do


projeto pedagógico, é ele que viabiliza o processo de ensino e de e aprendizagem. Defende-
se, assim que o currículo é como um desdobramento necessário do projeto pedagógico,
transforma intenções e orientações previstas no projeto, em objetivos, conteúdos, ou seja, em
plano de ação. O currículo torna-se a orientação prática para a ação, é um nível de
planeamento para a ação prática (idem).

Desafios do papel Formativo História através dos meios de Ensino Utilizados na


actualidade em Moçambique
Os desafios da profissão docente são tantos como as teorias contemporâneas da
educação. Até ao final do século XIX e início do século XX a aprendizagem era vista como a
capacidade de repetir e memorizar os conteúdos académicos. O bom aluno era aquele que
decorava o saber académico e o bom professor era aquele que dominava os conteúdos
escolares mas sem estabelecer um relacionamento pedagógico com os alunos, assim o
professor dizia e o aluno repetia.

O ensino na actualidade depara com dificuldades como (salários baixos dos


professores, turmas numerosas, Manuais e programas desajustados com o nível etário e
intelectual dos alunos a que se destina), que de certa maneira inferniza o processo de ensino
aprendizagem. Para superar as dificuldades acima descrita e a melhoria do ensino da história
é pertinente que os professores não tenham medo de se expor ou errar, faça acreditar aos
alunos que o conhecimento não é um produto acabado e leve seus alunos a fazerem uma
reflexão de natureza histórica e que o conhecimento histórico é produzido.

Os desafios da profissão docente são múltiplos, uns relacionados com a formação


inicial, outros relacionados com a formação contínua e outros relacionados com a prática
profissional.

Mónica (2014) refere que «a História pode ser a disciplina mais aborrecida ou a
mais fascinante: depende da forma como é lecionada» (p.142) e é nesta questão que reside o
grande desafio de um professor. Como pode tornar o professor uma aula inesquecível? Quais
os métodos e técnicas?

Os recursos didáticos caraterizam-se por um conjunto de materiais utilizados pelo


professor, simultaneamente ou não, com vista a auxiliar o processo ensino-aprendizagem de
forma a estimular e motivar o aluno, sendo de diversos tipos. O uso dos recursos didáticos
pressupõe também a aplicação de determinados modelos, métodos, estratégias, técnicas e
estilos de ensino, pelo que não podemos falar dos recursos didáticos como um fim em si
mesmo. Cabe a cada professor descobrir o que se adapta melhor a cada turma, uma vez que o
que resulta numa turma pode não resultar noutra; o tipo de recursos didáticos que os alunos
preferem e o método de ensino através do qual podemos obter melhores resultados
académicos. Durante a prática letiva de ensino supervisionada foi nosso objetivo usar matéria
que está a lecionar, enquanto durante a lecionação da aula deve apresentar exemplos e várias
perspetivas sobre determinado tema, dando uma visão alargada do tema aos alunos; expor o
tema de forma clara, num tom e timbre apropriado à sala de aula; reforçar os pontos do tema
mais importantes ao longo da aula para que o aluno possa compreender o que é realmente
importante do que é acessório; dar tempo para que o aluno possa anotar algumas ideias,
esclarecer algumas questões e fazer algumas pausas para que os alunos reflitam sobre os
diversos conteúdos lecionados na aula e diversificar a forma como expõe os conteúdos.

É no momento em que o professor está a planificar a aula que deve pensar no


método, nas estratégias, nas técnicas, no estilo de ensino, nos recursos didáticos que quer usar
para lecionar determinado tema, contudo, por vezes, durante a aula, o professor pode ter
necessidade de alterar a planificação pois observa que os recursos didáticos ou o método
usados não estão a resultar. Assim, é importante que o professor esteja atento ao
comportamento manifestado pelos alunos.

Se um professor tiver vontade em conhecer as diferenças existentes entre os seus


alunos e sair da sua “zona de conforto” irá ter a preocupação de variar e combinar os
diferentes recursos didáticos, para que possa contribuir para o desenvolvimento da
aprendizagem de todos os alunos, bem como utilizar métodos e recursos que lhes permitam
desenvolver-se como um todo, não só os aspetos cognitivos, mas também os aspetos
relacionais e afetivos. Estanqueiro (2010) afirma que «os bons professores esforçam-se por
conhecer e valorizar as capacidades, os saberes, os interesses, o estilo e o ritmo de
aprendizagem dos seus alunos» (p.13).

Apesar disso, o professor, tendo ultrapassado as limitações internas, pode deparar-se


com limitações externas que condicionam a sua forma de atuação no processo ensino-
aprendizagem, como por exemplo os objetivos estabelecidos; a diversidade geográfica,
cultural e social dos alunos; os recursos didáticos disponíveis na escola que impossibilitam a
realização de aulas mais dinâmicas; a falta de tempo; entre outros.

Face ao exposto, o professor deve diversificar a sua forma de atuação no processo de


ensino-aprendizagem, considerando os objetivos a alcançar e as diferentes formas de
aprender dos alunos. O professor deve ter consciência que o método e os recursos didáticos
usados determinam um estilo de ensino e que o seu comportamento em cada estilo conduz a
uma reação por parte dos alunos, independentemente do estilo que use ou dos diversos
recursos didáticos para compreender quais os que melhor prendiam a atenção dos alunos.

Do ponto de vista pedagógico, o professor antes de uma aula deve preparar,


organizar e planificar cuidadosamente a aula, de forma a sentir-se confortável com a
combinação de estilos deve preocupar-se com o que os alunos pensam sobre as suas aulas. O
professor que usa um método expositivo, pois é o método com o qual se identifica, sendo que
os recursos usados não vão para além do manual, pode falar alto, a um ritmo acelerado,
dando poucas oportunidades de intervenção aos alunos, sendo que a maioria dos alunos pode
adotar uma atitude de desinteresse por aquelas aulas e o professor pode não ter consciência
do porquê daquela atitude dos alunos. Pode haver alguns alunos que se sintam bem com esse
método, mas outros alunos, talvez, considerem que se o professor fala-se mais pausadamente
conseguiriam acompanhar melhor os conteúdos programáticos, que se o professor
promovesse uma combinação de métodos teriam mais interesse pelas aulas.

Para Estanqueiro (2010) «os professores competentes respeitam a diferença de


aptidões dos alunos, diversificando as metodologias de ensino, os recursos utilizados e os
instrumentos de avaliação das aprendizagens» (p.12).
Conclusão
O ensino na actualidade depara com dificuldades como (salários baixos dos
professores, turmas numerosas, Manuais e programas desajustados com o nível etário e
intelectual dos alunos a que se destina), que de certa maneira inferniza o processo de ensino
aprendizagem. Para superar as dificuldades acima descrita e a melhoria do ensino da história
é pertinente que os professores não tenham medo de se expor ou errar, faça acreditar aos
alunos que o conhecimento não é um produto acabado e leve seus alunos a fazerem uma
reflexão de natureza histórica e que o conhecimento histórico é produzido.

O ensino da história pela iniciação ao método de pesquisa histórica torna-se


profundamente motivador para o aluno, pois, o coloca perante a necessidade de procurar
informação e explicação O ensino de história só terá o papel formativo quando as suas aulas
estiverem centradas no aluno e fazer o uso do método de pesquisa Histórica. Assim, o aluno
poderá aprender como se faz história e contribuir para uma educação integral.
Bibliografia
Estanqueiro, A. (2010). Boas práticas na educação – o papel dos professores. Barcarena:
Editorial Presença.
Fonseca, S. G. (2003). Didática e prática de ensino de História. São Paulo: Papirus.

Howson, J. (2009). Potential and pitfalls in teaching ´big pictures` of the past. In:
Teaching History, n.º 136. The Historical Association.

Karnal, L. (2008) História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo:
Contexto.

Muñoz, T. G. (2003). El cuestionario como instrumento de investigación/evaluacion.


Recuperado em julho 6, 2015, de:

http://personal.telefonica.terra.es/web/medellinbadajoz/sociologia/El_Cuestion ari o.pdf.

Pacheco, J. A.; Flores, M. A. (1999). Formação e avaliação de professores. Colecção


Escola e Saberes, n.º 16. Porto: Porto Editora

Ribeiro, J. R. (2013). História e ensino de história: perspectivas e abordagens. Educação


em Foco, n.º 7, pp. 1-7.

Roldão, M. C. (2000). Os desafios da profissionalidade e o currículo. Colecção - Formar


Professores. Aveiro: Universidade de Aveiro.

Zotti, S. A. (2004). Currículo. In: Universdade Estadual De Campinas. Faculdade de


Educação. Navegando na história da educação brasileira: Campinas: Faculdade de Educação.

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