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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica.

Nome e Código do Estudante


Hermenegildo José Langutone - 708237824

Curso: Licenciatura em Ensino da


Língua Portuguesa
Disciplina: Didáctica Geral
Frequência: 1ª ANO/2023

Beira, Junho, 2023


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 Índice 0.5

Aspectos  Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais 0.5
 Discussão
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)

Introdução  Descrição dos 1.0


objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico 2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e 2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos 2.0
dados

Conclusão  Contributos 2.0


teóricos práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das 4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

Conteúdo
I. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5

1.1. Objectivo geral ................................................................................................... 5

1.2. Objectivo específicos ......................................................................................... 5

II. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 6

2.2. Didácticas - suas relações com a Pedagogia e outras ciências........................... 7

2.3. Funções didácticas e o seu desenvolvimento ..................................................... 8

2.3.1. Introdução e Motivação .............................................................................. 9

2.3.2. Mediação e Assimilação ........................................................................... 10

2.3.3. Domínio e consolidação ........................................................................... 11

2.3.4. Controle e avaliação ................................................................................. 13

2.4. Relação entre as diferentes funções didácticas ................................................ 13

2.5. Estrutura da aula .............................................................................................. 15

III. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 16

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 17


I. INTRODUÇÃO

A primeira fase de elaboração de uma aula teórica diz respeito ao conteúdo que se quer
transmitir. Alguns princípios devem ser respeitados ao se seleccionar este conteúdo, o
que se constitui no objectivo deste artigo. Basicamente, lidamos com o conteúdo em
dois planos distintos: o primeiro representado por toda a elaboração interna que o
professor tem que realizar previamente e o segundo está relacionado à capacidade da
dos alunos em reter o conteúdo que está sendo transmitido (LIBÂNEO, 1994).

Por tanto, a didáctica Geral é uma disciplina, ligada à formação do professor, que se
concentra na análise de métodos e técnicas de ensino. Seu objecto de estudo são todos
elementos que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem. Pode se dizer que a
Didáctica Geral é um ramo da pedagogia que busca e desenvolve procedimentos
adequados para optimizar a qualidade de ensino (UCM, 2023).

Por tanto, o presente trabalho tem como objectivo desenvolva um projecto de pesquisa
bibliográfica de porte técnico-científico com o tema Pedagogia e os fundamentos
humanos da didáctica, onde ira se focalizar em didácticas - suas relações com a
Pedagogia e outras ciências; processo de ensino-aprendizagem - origem e
desenvolvimento histórico; características do processo de ensino-aprendizagem; e
estrutura da aula – funções didácticas. Para tal a metodologia usada para elaboração do
trabalho é revisão bibliográfica e consulta de artigos que abordam sobre o assunto.

1.1. Objectivo geral


 Demonstrar compreensão sobre Pedagogia e os fundamentos humanos da
didáctica
1.2. Objectivo específicos

 Descrever as suas relações entre didácticas a Pedagogia e outras ciências;


 Compreender os processos de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento
histórico;
 Elaborar a estrutura da aula – funções didácticas.
II. DESENVOLVIMENTO
2.1. Contextualização

A didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a
pedagogia. Mas também vemos que devido a complexidade do processo de ensino e
aprendizagem, de um lado, e, por outro, tendo em conta ao carácter interdisciplinar de
quase todos os ramos de saber, a didáctica mantem relações com outras ciências.

De facto, a actuação do professor com propósito de ensinar, exige deste um agir tendo
em conta não somente habilidades didácticas, mas também pedagógicas e um certo
sentido psicológico, sociológico, biológico, filosófico, etc, devendo, neste sentido, o
professor se municiar de conhecimentos destas disciplinas: o agir didáctico é ao mesmo
tempo pedagógico, biológico, sociológico, filosófico, etc.

Ao nos propormos nesta lição discutirmos esta questão de relação da didáctica com
outras disciplinas, esperamos que ao completa-la, você será capaz de:

 Explicar a contribuição das outras ciências (pedagogia, psicologia, biologia,


sociologia, filosofia) para a actividade didáctica do professor
 Redefinir o campo específico de investigação da didáctica, tendo em conta as
especificidades de objecto de estudo das outras ciências com as quais tem
relação.
 Diferenciar o objecto de estudo da Didáctica Geral daquele das Didácticas
específicas.

Actividades
1.De que forma a didáctica se relaciona com a pedagógica e outras ciências?
2.Qual é o objecto específico da didáctica dentro da investigação pedagógica?
3.Diferencie a Didáctica Geral das Didácticas Especificas.

Respondendo a primeira questão, com certeza que deve ter pensado que a dependência
da Didáctica em relação à Pedagogia se verifica na impossibilidade de se especificar
objectivos da instrução, das matérias e dos métodos, fora de uma concepção de mundo,
de uma opção metodológica geral e uma concepção de praxis pedagógica, uma vez que
essas tarefas pertencem ao campo do pedagógico. É verdade que a finalidade imediata
do processo didáctico é o ensino de determinadas matérias e de habilidades cognitivas
conexas; todavia, por se tratar de matérias ou temas de ensino, implicando, portanto,
dimensão formativa, a eles se sobrepõem objectivos e tarefas mais amplos determinados
social e pedagogicamente. Dai considerar-se a didáctica como disciplina de intersecção
entre a teoria educacional e as metodologias especificas das matérias que se esclarecem
e se particularizam sob características comuns, básicas, da actividade pedagógica e, em
particular, do processo de ensino e aprendizagem.

2.2. Didácticas - suas relações com a Pedagogia e outras ciências

Definindo-se como mediação escolar dos objectivos e conteúdos do ensino, a Didáctica


investiga as condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo tempo, os factores
reais (sociais, políticos, culturais, psicossociais) condicionantes das relações entre a
docência e a aprendizagem. Ou seja, destacando a instrução e o ensino como elementos
primordiais do processo pedagógico escolar, traduz objectivos sociais e políticos em
objectivos de ensino, selecciona e organiza os conteúdos e métodos e, ao estabelecer as
conexões entre ensino e aprendizagem, indica princípios e directrizes que irão regular a
acção didáctica.
Conforme o esquema acima, a Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas
especiais, ou seja, Metodologias de Ensino de Disciplinas especificas (ex.: Matemática,
Línguas, etc.). De facto, as Metodologias das diferentes disciplinas analisam as questões
de ensino de uma determinada disciplina, enquanto a Didáctica Geral tem um objecto de
natureza geral: se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as
manifestações e leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e
formas de ensino.

Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a


Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino
das disciplinas específicas.

Finalmente, no que diz respeito as outras disciplinas, constatamos que a relação da


Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da seguinte maneira:

 A Psicologia indica à Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor
garantem a efectivação da aprendizagem.
 A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos
alunos.
 A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a
solidariedade, a liderança, a responsabilidade.
 A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base à
Didáctica, coordenando-as numa visão que tem por fim explicar o educando
como um ser completo que necessita de atendimento adequado, personalizado,
de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.
2.3. Funções didácticas e o seu desenvolvimento

Segundo Libâneo (2004) as quatros funções didácticas que são instrumentos


importantíssimos para a planificação de uma aula e que o professor deve ter sempre em
conta no seu trabalho quotidiano, quer trabalhando com um número reduzido ou o um
número maior de alunos, sempre devem ser empregues para melhor moderação e
condução da aprendizagem.
2.3.1. Introdução e Motivação

Introdução e Motivação – esta função didáctica ocorrem no princípio de uma aula e é


considerado como o desenhador para o sucesso de uma aprendizagem dos alunos. Ela
prepara o aluno para seguir o ritmo da aula. Segundo Libâneo (2004) a introdução e
motivação pode incluir perguntas do professor para monitorar o nível de percepção das
matérias transmitidas no passado recente e pronto para a recepção de um conhecimento
novo. Neste item, a função do professor moderador é estimular os alunos a trazer novas
abordagens da matéria, fazendo com que o aluno saiba conectar o aprendizado com a
vida real.

Por conseguinte, as correcções dos trabalhos de casa, são aqui efectivados, servindo de
reforço e consolidação da aula passada. Um outro elemento não menos importante é
saudar os alunos. Isto pode elevar o nível de motivação, estímulo e concentração numa
sala de aula e com facilidade os alunos podem exprimir o seu sentimento em ralação as
aulas já leccionadas.

O mesmo autor (1994) diz que, a introdução é parte mais importante da entrada de uma
aula que conduz ao aluno a desenvolver competências, pois o professor moderador pode
apresentar o tema do dia e a questão chave da matéria de forma resumida. Para Peletti
(2007, p. 233) “a motivação consiste em apresentar alguém estímulos e incentivos que
lhe favoreça determinado tipo de conduta e consiste em oferecer ao aluno os estímulos e
incentivos apropriados para tornar o processo de ensino e aprendizagem mais eficaz”.

ABORDAGENS DA FUNÇÕES DIDÁTICAS DE FORMA ATIVA E DINÂMICA

Como já havia abordado anteriormente, a introdução e motivação serve de certa forma


fornecer e orientar ao aluno para estar dentro do assunto tratado.

 Criar transparência em relação ao tema em análise, aos objectivos e aos métodos


da aula. Quando o aluno conhece os objectivos e as competências a atingir,
maior pode ser o seu empenho no processo da construção dos conhecimentos.

 Activar os conhecimentos prévios do aluno em relação ao tema em debate, pois


este tem um papel de extrema importância no processo de ensino e processo de
aprendizagem.
 Motivar os alunos para o tema da aula. Estes podem ser motivados através da
partilha dos conteúdos e métodos da aula, activação dos conhecimentos já
existentes, oportunidades de expressar as ideias sobres as suas experiencias em
relação ao tema (reconhecimento do significado do tema para a sua vida).

2.3.2. Mediação e Assimilação

Segundo Piletti (1991) mediação pode ser definida como uma acção concreta do
processo de ensino e aprendizagem em que o professor passa os conteúdos e envolve
diálogo e no final faz uma síntese da aula e pode-se entender também como sendo um
processo em que o professor orienta o processo de ensino e aprendizagem em que são
necessários elementos como: professor, aluno, conteúdo, material didáctico, método e
fins a atingir. Nesta função didáctica, o professor explica detalhadamente os conteúdos
contidos no seu plano de aula com exemplos concretos param sua maior percepção.

Nisto, o professor deve fazer entender a matéria com uma boa análise, síntese,
sistematização, generalização e demonstração. E é exigido a executar o que planejou,
mostrando suas habilidades, exercendo mais do que em outras fases a sua função de
liderança, motivando a aprendizagem, utilizando métodos, recursos e procedimentos,
procurando criar uma situação favorável ao processo de ensino e aprendizagem.

Para Nerici (1999) assimilação deve ser um processo psicológico da mente que assimila
o mundo exterior de qualquer ser humano. Isto acontece normalmente quando a pessoa
se defronta com uma situação nova e, por meio de seus esquemas de acção compreende,
porque a parte do mundo exterior até então desconhecida, incorporou-se a sua vida
mental. Na assimilação, importam os processos de cognição mediante à assimilação
activa e interiorizada de conhecimento, atitude e convicção. Portanto, a mediação e
assimilação constitui a etapa onde se realiza a percepção dos fenómenos de conceitos, o
desenvolvimento de capacidades cognitivas de observação, imaginação e raciocínio do
aluno. A mediação e assimilação pode-se perceber como sendo momento da aula na
qual o mediador deve dar explicações necessárias, organizando actividades que possa
conduzir a assimilação activa dos conhecimentos adquiridos para desenvolver
habilidades, atitudes, convicções, valores e hábitos que os estudantes de hoje precisam
para prosperar e moldar o seu mundo.
GUIÃO DE FORMULAÇÃO DAS INSTRUÇÕES DO PROFESSOR PARA
ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DO ALUNO.

1. O tema: Qual o texto do tema? Quais são os resultados esperados no processo da


aprendizagem pelos alunos?

2. Estrutura: Quanto tempo o aluno tem para finalizar o trabalho? Com quem vai
partilhar os resultados do seu trabalho? Como será estruturada a partilha? Como é que o
grupo vai apresentar os seus trabalhos? Como determinar o apresentador do trabalho?

3. O método: Qual é o método que o aluno vai usar para o trabalho?

4. Material: Que material vai usar para o trabalho?

5. Resultados: Como será estruturada a apresentação? Os resultados serão recolhidos e


avaliados pelo professor?

6. Avaliação: Que critérios serão usados para a avaliação? Como será feita essa
avaliação.

2.3.3. Domínio e consolidação

Para Piletti (1991) define o domínio e consolidação como sendo um momento da aula
em que se realizam acções com a finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar o que foi
leccionado e ainda são realizados exercícios de consolidação que leva a fixação e
formação de habilidades e hábitos, bem como auxiliam a sistematização da matéria. O
professor como moderador, orienta a resolução de alguns exercícios de consolidação,
acompanhando e esclarecendo algumas dúvidas que possam aparecer (Piletti, 2004).
Para Caires & Almeida (2001) o professor com a colaboração dos alunos faz o resumo
apropriado que ajudará o aluno no seu estudo individual, pois o domínio constitui a
formação e desenvolvimento de habilidades por parte dos instruendos, enquanto a
consolidação consiste em recordar a matéria sobre habilidades e conhecimentos. Nesta
fase, pretende-se alcançar o aprimoramento do já (não) novo saber nos alunos, para isso,
o professor deve criar condições necessárias de retenção e compreensão das matérias
leccionada através de exercícios e actividades práticas para solidificar a compreensão -
repetição, sistematização e aplicação (Massuira & Inácio, 2020).
A fase de consolidação tem a função de assegurar que:

 O trabalho independente seja apreciado pelo professor e outras pessoas;

 Os alunos tenham a oportunidade de comparar os seus resultados com os dos


outros colegas ou grupos que tem o trabalho idêntico.

 Os alunos recebam uma retroalimentação sobre os seus resultados pelo


moderador da disciplina;

 Resultados errados sejam corrigidos e sejam aprofundados, sintetizados e


relacionados com um contexto mais amplo pelo moderador da disciplina; A fase
de consolidação deve ser sustentada pela apresentação dos resultados do trabalho
independente por parte dos estudantes, visualização do apresentado e
sistematização dos resultados apresentados pelos mesmos.

Possíveis acções do professor durante a síntese da aula leccionada

 Acrescentar e diferenciar: o professor pode dar um contraditório sobre a aula,


com as situações vividas na actualidade pelos estudantes.

 Corrigir: O professor como moderador deve informar o resultado da correcção


dos trabalhos, corrigindo sistematicamente os erros dos alunos.

 Comparar: O professor na qualidade de moderador deve comparar a situação


vivida pela comunidade escolar actual com a matéria lecciona.

 Avaliar: O professor deve sempre avaliar a apresentação por si apresentada e da


dos alunos. Nisto, deve dizer o que faltou e o que deveriam ter acrescentado.

 Introdução de um novo termo: O professor deve sintetizar, explicando os novos


termos utilizados e com clareza.

 Aplicação: O professor deve dizer também aos seus a aplicabilidade dos termos
utilizados durante a aula. Atendendo e considerando que a aula deve ser de
elaboração conjunta, tendo em conta que o aluno é o epicentro da aula.
2.3.4. Controle e avaliação

Para Dias et. Al (2010) se tratando da última função didáctica, o professor na qualidade
de mediador da aula faz uma análise crítica de modo a compreender e interpretar os
fenómenos educacionais observados na planificação, certificando o nível de percepção
da matéria partilhada, fazendo algumas perguntas para averiguar o entendimento, como
maneira de criar mais interesse nos alunos e por fim, avaliar se conseguiu alcançar os
objectivos por si planificados.

De acordo com Libânio (1994) o mediador conduz efectivamente o processo de ensino e


processo de aprendizagem, conhecendo permanentemente o grau das dificuldades dos
seus alunos na compreensão da matéria. Este controle sistemático consistirá no
acompanhamento da aprendizagem, avaliando-se e avaliando as actividades dos alunos
em função dos objectivos preconizados.

Nessa lógica, a avaliação não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para
averiguar as mudanças de comportamento, pois permite identificar os alunos que
necessitam de atenção especial e se possível, uma futura reformulação do mesmo
trabalho com a adopção de procedimento para sanar tais dificuldades. Isto só pode
acontecer com o professor que conhece e convive bem com os seus alunos.

O professor deve informar num momento oportuno a finalidade de uma avaliação, pois
muitos alunos não percebem para quem se destina uma avaliação numa dada disciplina,
alguns chegam a pensar que é uma acção propositada e punitiva. Conseguintemente,
existe uma necessidade de controlo e avaliação que deve ser providenciada se
necessário rectificar, suplementar ou mesmo reorientar a aprendizagem. Assim sendo,
as matérias tratadas devem ser assumidas, registando os resultados no diário da turma
para que o aluno tenha um papel activo e responsável. Isto ajudaria o envolvimento de
forma dinâmica no processo da avaliação da aprendizagem, por isso é sempre
importante a utilização de métodos participativos: elaboração conjunta.

2.4. Relação entre as diferentes funções didácticas

Pedro (2012, p. 10.14) explica com detalhes a relação existente entre as diferentes
funções didácticas na planificação de uma aula:

Relação introdução / motivação e mediação /assimilação


O professor apresenta o assunto da aula de forma interactiva, faz uma revisão,
reactivação dos conhecimentos assimilados que estejam relacionados com o novo
assunto: coloca questões da matéria nova para despertar interesse. A actividade anterior
visa transformar os objectivos da aula em objectivos de aprendizagem de cada um dos
alunos.

O professor pode fazer a motivação de forma interactiva, colocando questões da matéria


nova ou ainda fazendo revisão dos conhecimentos assimilados que estejam relacionados
com o novo assunto e ainda escrevendo o assunto da aula no quadro, tudo isso com vista
a despertar interesse nos alunos. Uma vez o aluno motivado, o professor faz a mediação
através de ilustrações, faz resumos, esclarece os assuntos, expõe os conteúdos e o aluno
na assimilação toma nota, presta atenção, aplica os conhecimentos, apresente as
questões, faz resumos e abstracções.

Relação domínio / consolidação e controlo / avaliação

Os conhecimentos mediados e assimilados são organizados, aprimorados e “fixados” na


mente dos alunos de modo a que fiquem disponíveis para a sua aplicação em novas
situações de vida concreta do aluno. O mais importante é que, de facto, estes
conhecimentos devem ser aprimorados possibilitando a formação de habilidades,
hábitos para utilização independente e criadora desses.

Relação mediação / assimilação e controle / avaliação.

Estas duas funções didácticas têm a seguinte relação: Só pode ser controlado e avaliado
um conteúdo previamente mediado e assimilado, isto é, o professor não pode avaliar
conteúdos não dados. Ao mesmo tempo, o Controle avalia até que os conteúdos forem
mediados e assimilados, para a partir daí fazer ajustes se necessário ou manter o mesmo
ritmo se a Assimilação/ Mediação for bem-sucedida. Por exemplo: falando ainda da
queda livre dos corpos: o professor pode avaliar se os alunos assimilaram os conteúdos,
isto é, as teorias, os princípios, as fórmulas bem como as leis.

Relação medição / assimilação e domínio / consolidação

Partindo de princípio que na medição e assimilação ocorre a medição do conteúdo por


parte do professor e consequente a assimilação parte do aluno quanto mais eficaz for
esta função didáctica tanto mais será a função didáctica Domínio / Consolidação, isto é,
o aluno só poderá consolidar e dominar o que tiver assimilado, esteja isto correcto ou
errado. Por exemplo: Sabe-se que na medição e Assimilação há retenção das leis, dos
princípios das fórmulas e das teorias e dissemos que na Consolidação exercitamos; o
aluno só poderá aplicar as fórmulas para a resolução de exercícios relacionados com a
queda livre dos corpos se realmente tiver assimilado as teorias assim como as formulas
e todas as outras componentes da função didáctica Medição/ Assimilação.

2.5. Estrutura da aula

Plano de aula - Leitura/escuta e produção de textos (3º ano do Ensino Fundamental)

Tema Compreensão em leitura

Práticas de Leitura/escuta (compartilhada e autônoma).


linguagem Produção de textos (escrita compartilhada e autónoma)

Objetos de
Texto narrativo e texto injuntivo
conhecimento

Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que


apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura
Habilidades
narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção
do discurso indirecto e discurso directo.

Objetivos Ler, compreender e produzir texto


Conteúdo Compreensão e produção de texto
Duração Aproximadamente duas horas e meia.

Folhas de actividades; folhas de papel sulfite cortadas ao meio, no


Recursos
sentido do comprimento; lápis de cor e canetinhas coloridas; quadrados
didáticos
de 21 cm de papel dobradura ou de papel sulfite para fazer origami.

O professor lê a fábula para os alunos. De seguida, fazem a actividade 1,


juntos, e o professor aproveita para recordar o que é fábula e quais são os
elementos de uma estrutura narrativa, além de dar exemplos de discursos
Metodologia
indirecto e directo.
Na actividade 2, o professor propõe a confecção de um pequeno livro
sanfonado. Na actividade 3, a proposta é fazer um origami.

Participação e esforço dos alunos.


Avaliação
Correcção da actividade.

Referências -
III. CONCLUSÃO

Concluiu que entende se que a didáctica é uma disciplina fundamental para a formação
e prática pedagógica dos professores de todos os tempos, pois ela deve ser levada a
peito para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça com eficácia nos
estabelecimentos de ensino e é na didáctica onde qualquer professor ou educador
descobre os seus pontos mais valiosos e ruins, levantando-se assim, as mãos e o pescoço
para trabalhar com garra, levando avante a prática educativa e melhorando todo
processo de aprendizagem para a promoção de ensino de qualidade (Pedro, 2012).

Plano de aula é um documento elaborado pelo professor para definir o tema da aula, seu
objectivo, o que exactamente será ensinado, a metodologia a ser utilizada e a avaliação a
ser aplicada para analisar a assimilação do que foi ensinado, dentre outras coisas. A
estrutura didáctica da aula é esquematizada com 1° - preparação e introdução da
matéria, 2 °- tratamento didáctico da nova matéria, 3° - primeira e segunda
consolidação, 4°- a aplicação e 5 °- controle/ avaliação dos resultados s esperados.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARCELOS, A. T. (2018). Didáctica e a identidade docente: reflexões necessárias para o


processo de ensino-aprendizagem. INOPAR.

CASTRO, M. A. (1991). A trajectória histórica da Didáctica. São Paulo: FDE. n. 11,

EMERSON, R.W. (1880). Poema do século XIX. Estados Unidos de América,

GIL, A. C. (2015). Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo, Brasil: Atlas.

GIL, A. C. (1997). Metodologia do Ensino Superior. 3. ed. São Paulo: Atlas

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. (2003). Fundamentos de metodologia


científica. 5. ed. São Paulo: Atlas,

LIBÂNEO, José Carlos. (1994). Didáctica. (colecção Magistério 2º Grau, Semi -Formação
Professor). São Paulo. Editora Cortez

LIBÂNEO, J. C. (2006). Educação: pedagogia e didáctica – o campo investigativo da


pedagogia e da didáctica no Brasil: esboço histórico e buscas de identidade
epistemológica e profissional. 4. ed. São Paulo: Cortez.

LIBÂNEO, J. C. (2006). Educação: pedagogia e didáctica – o campo investigativo da


pedagogia e da didáctica no Brasil: esboço histórico e buscas de identidade
epistemológica e profissional. 4. ed. São Paulo: Cortez.

LIBÂNEO, J.C. (2004). A didáctica e a aprendizagem do pensar e do aprender: a Teoria


Histórico-cultural da Actividade e a contribuição de Vasili Davydov. Universidade
Católica de Goiás, Revista Brasileira de Educação, n.27.

LIBÂNEO, J.C. (2004). Didáctica: Velhos e novos temas. Goiânia, 2002 12.

LIBÂNEO, J.C. (2004). Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática, 5. ed. Goiânia,
Alternativa.

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