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Tema do Trabalho
Desafios da Governação e da Boa Governação em Moçambique
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Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
I. Introdução..................................................................................................................................... 1
2.1. Boa governação: caminho para uma sociedade mais justa .................................................. 4
3. Conclusão .................................................................................................................................... 8
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I. Introdução
O setor público desempenha um papel importante na sociedade, e um sistema de governação
eficaz pode incentivar o uso eficiente dos recursos, reforçando a responsabilidade pela utilização
destes, melhorando a prestação de serviços à coletividade e, assim, contribuindo para a melhoria
de vida das pessoas. A governação como processo multidimensional que envolve processos
complexos de coordenação entre o Estado, o sector privado, o cidadão e outros agentes constitui
um tema de bastante interesse nos últimos anos.
Os modelos de governação de um país mostram esforços que o mesmo tem vindo a realizar na
adaptação das suas necessidades locais de modo a criar condições favoráveis para o seu
desenvolvimento. Volvidos 23 anos da introdução do modelo de governação descentralizada em
Moçambique, ainda persistem desafios na área de aprimoramento e consolidação da
descentralização, democracia e processo de gestão pública, segundo indicou (Fernandes, 2014).
1.1.Contextualização
Nos dias actuais, diversos países estão caminhando para uma reorientação completa do papel do
governo na sociedade, surgindo uma remodelagem da relação político administrativa projectada
para assegurar maior responsabilidade e redução do poder dos administradores. O controlo,
historicamente, vem funcionando como um instrumento importantíssimo para que as gestões
públicas proporcionem transparência nas ações tomadas por seus agentes.
A governação diz respeito à capacidade do Estado para servir os seus cidadãos. Remete para as
regras, os processos e os comportamentos de acordo com os quais os interesses são articulados,
os recursos são geridos e o poder é exercido na sociedade. A boa governação assenta em
princípios universais: uma democracia inclusiva, participativa, transparente e responsável;
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respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais; Estado de direito e garantia de
igualdade de acesso a serviços sociais de base, Homerin (2005).
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
Debruçar sobre a Governação e a boa Governação em Moçambique;
1.3. Metodologia
A metodologia utilizada na realização do presente trabalho foi a pesquisa bibliográfica, visto que
a pesquisa bibliográfica utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos e
informações disponibilizadas na internet (Silva, 2011).
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2. Conceitos de governação e boa governação
Governação é geralmente entendida como um sistema de valores, políticas e instituições, através
dos quais uma sociedade gere os seus negócios públicos, económicos e sociais, por via da
interação entre o Estado, a Sociedade Civil e o mercado/setor privado. Dito de outra forma, a
Governação é o processo de tomada de decisões e o meio através do qual as decisões são ou não
implementadas. Nestes termos, as instituições públicas conduzem os assuntos públicos, gerem os
recursos públicos e garantem a realização dos direitos humanos. Por sua vez, a Boa Governação
materializa esse fim de uma forma que é essencialmente livre de abuso de poder e de corrupção,
obedecendo devidamente às normas de direito estabelecidas, Homerin (2005).
Desde 1980, a Governação, a que o Banco Mundial chamou “Governance”, goza de uma
reputação florescente. Ela aproveita do desencanto crescente em relação à política, ao governo
tradicional e à democracia representativa. De facto, os governos dececionam, porque parecem
deixar de controlar a realidade, sobre os desafios e os problemas das pessoas. A Boa governação
tem como objetivo lutar contra ou resistir à globalização hegemónica que exclui muitas pessoas
no processo de “design” de políticas de governação. Ela luta contra o contrato social de exclusão
da minoria, da diversidade cultural, do ambiente, etc. Em abono da verdade, a Boa Governação
procura aliar a exigência de participação e de inclusão, Homerin (2005).
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Boa governação exige ética, rigor, verdade, responsabilidade, coerência e compromisso, o que a
coloca nos antípodas da corrupção, demagogia, manipulação, mentira. Boa governação implica
preocupação com os mais fragilizados e desprotegidos da sociedade, estar à escuta e em diálogo
com as mais íntimas aspirações dos cidadãos e colocar o estado do país e do mundo acima dos
momentâneos interesses partidários e pessoais. Ainda segundo o mesmo autor, boa governação
requer ideias claras quanto às verdadeiras causas nacionais e globais e lutar, contra ventos e
marés, por elas. Boa governação não se faz sem que o exemplo motivador e esclarecedor venha
das lideranças, com um imprescritível sentido do dever, pois ser-se líder é sobretudo ter deveres e
pouquíssimos direitos. Quem não está disposto a sujeitar-se a este imperativo exigente e
inegociável não pode pretender ser líder (Fernandes, 2014).
Essa boa governação é exigível aos três pilares das nações e do mundo (Estado, Mercado e
Sociedade Civil). E tem que ser absoluta e urgentemente reformada, reenquadrada e
democraticamente legalizada, tendo em conta a premência de soluções globais, Nobre (2016).
a) Eleições: As eleições são importantes para promover a participação dos cidadãos e para
responsabilização dos governos locais e a provisão de informações para os eleitores.
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c) Direct voice mechanisms (Mecanismos de voz direta em tradução direta): Numa governação
local, é muito importante a questão da participação, mais todas elas visam salvaguardar os
interesses da dos cidadãos nas decisões locais, Homerin (2005).
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3. Conclusão
O conceito de governação é entendido de várias maneiras por pessoas diferentes. Sua definição
geralmente depende dos objetivos a serem perseguidos, das entidades envolvidas e do ambiente
sócio-político no qual esses objetivos devem ser alcançados.
Vários autores definem e associam vários princípios à boa governação, quatro dos quais são de
particular relevância para as instituições de previdência social: responsabilidade, transparência,
previsibilidade e participação. Fernandes, (2014) inclui o dinamismo como um quinto princípio
que caracteriza a boa governação. Os cinco princípios se reforçam mutuamente. Observar um
princípio facilita a prática de outros princípios, criando assim um ambiente virtuoso para a boa
governação.
Por isso para Ngoenha (2015), é urgente exigir a reforma das instituições e a renovação das
lideranças, a fim de que sejam tratadas com eficácia, humanismo e urgência as crises financeira,
económica, social e política vigentes, a crise ambiental, a crise da violação constante dos Direitos
Humanos, a crise da corrida armamentista, a crise do Direito internacional, a crise da insegurança
e dos terrorismos, a crise dos refugiados, a crise dos já débeis sistemas democráticos, a crise
cultural e religiosa, a crise do desenvolvimento global, a crise da confiança.
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4. Referencias bibliográficas
Mello, G. R. (2006). Governação Corporativa no Setor Público Federal Brasileiro. São Paulo:
FEA/USP.
Negrão, J. (2003). A Propósito das Relações entre as ONGs do Norte e a Sociedade Civil
Moçambicana. Coimbra: Universidade de Coimbra.
Ngoenha, S. E. (2015). Terceira Questão – Que leitura se pode fazer das recentes Eleições
Presidenciais e Legislativas? Maputo: Publifix Edições.
Nobre, F. (2016). Boa Governação: alicerce para uma sociedade mais justa. Acedido aos
10/07/2022 em: https://www.ver.pt/boa-governacao-alicerce-para-uma-sociedade-mais-justa/
Rhodes, R. A. W. (1996). The new governance: governing without government1. Political studies
Shah, A. (2006). Local Governance in developing countries. Washington DC: World Bank
Publications.
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