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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema: Impacto das formas tradicionais de Educação ambiental para o


Desenvolvimento sustentável.

Nome da estudante: Binthi Charama Ali,


Código: 708215444
Turma: D
Cadeira de: Educação Ambiental
2º Ano
Docente: Mestre Sara Romão

Nampula, Setembro, 2022


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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos ................................................................................................................................. 3

1.1.1. Objectivo Geral: .................................................................................................................... 3

1.1.2. Objectivos específicos: .......................................................................................................... 3

1.2. Metodologia .............................................................................................................................. 3

2. Conceito de Educação Ambiental................................................................................................ 4

2.1. Tipos de Educação Ambiental .................................................................................................. 6

2.1.1. Educação Ambiental Formal ................................................................................................. 6

2.1.2. Educação Ambiental não Formal .......................................................................................... 6

2.1.3. Educação Ambiental informal ............................................................................................... 7

3. Conceito de Desenvolvimento Sustentável ................................................................................. 7

4. Importância da Educação Ambiental. ........................................................................................ 10

5. Conclusão .................................................................................................................................. 12

Bibliografia .................................................................................................................................... 13

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1. Introdução

A Educação Ambiental é um aprendizado voltado para a formação da consciência sobre a postura


do homem em relação ao meio ambiente, informar e sensibilizar as pessoas sobre os problemas
ambientais buscando novas soluções, transformando o individuo em participante nas decisões de
sua comunidade. As questões referentes à poluição, a degradação, ao consumismo, ao
aquecimento global, às catástrofes naturais e à extinção da fauna e flora têm sido temas centrais
na estrutura da pedagogia ambiental, ampliando a necessidade de sua inserção em escolas,
universidades, organizações não-governamentais e empresas.

O presente estudo tem como tema: Impacto das formas tradicionais de Educação ambiental
para o Desenvolvimento sustentável.

Este trabalho apresenta a seguinte estrutura: Introdução, desenvolvimento, Conclusão e


Referências Bibliográficas.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral:

O trabalho tem como objectivo falar da importância da Educação Ambiental para o


Desenvolvimento Sustentável.

1.1.2. Objectivos específicos:

 Definir a Educação Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável;


 Descrever os tipos de Educação Ambiental;
 Descrever a importância da Educação Ambiental.

1.2. Metodologia

O trabalho foi elaborado na base de pesquisa bibliográfica através de consulta a livros e artigos
na internet.

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2. Conceito de Educação Ambiental

De acordo com Cuba (2010), a educação ambiental é considerada inicialmente como uma
preocupação dos movimentos psicológicos para a prática de conscientização, que seja capaz de
chamar a atenção para a má distribuição do acesso aos recursos Naturais, assim como ao seu
esgotamento, e envolver os cidadãos em acções sociais ambientalmente apropriadas.

Segundo Vilaça (2008):

A educação ambiental é entendida como um processo educativo que visa


despertar o interesse do individuo para participar activamente no sentido de
resolver os problemas ambientais, dentro de um contexto de realidades
específicas, estimulando a iniciativa, o senso de responsabilidade e o esforço para
construir um futuro melhor.

Para Rodrigues (2013), a educação ambiental pode ser entendida como o conjunto de processos
pelos quais o indivíduo e sociedade constroem valores, conhecimentos, competências e atitudes
voltadas para a conservação do ambiente. O meio ambiente este de valor primordial para a
qualidade de vida dos seres vivos, bem como para a sua sustentabilidade.

Segundo Mellowes (1972), a Educação Ambiental é “um processo no qual deve ocorrer um
desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o meio ambiente, baseado em um
completo e sensível entendimento das relações do homem com o ambiente a sua volta”.

De acordo com Pelicioni (1998), “a Educação Ambiental nada mais é do que a própria Educação,
com sua base teórica determinada historicamente e que tem como objectivo final melhorar a
qualidade de vida e ambiental da colectividade e garantir a sua sustentabilidade”.

Para a Organização das Nações Unidas sobre Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) citada em
Watanabe (2011) a Educação Ambiental é:

Um processo permanente onde o indivíduo e a comunidade tomam consciência do


seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores
e a determinação que os tornam capazes de agir, individual ou colectivamente, na
busca de soluções para os problemas ambientais, presentes e futuros.

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De acordo com a Primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, que foi
realizada em Tbilisi na Geórgia em 1977, a educação ambiental deve ser considerada como um
processo permanente, onde os indivíduos e a comunidade se conscientizam do meio ambiente e
adquirem conhecimentos, valores, habilidades e experiências para se tornarem aptos a agir
individual e colectivamente para solucionar os problemas ambientais do presente e do futuro
(DIAS, 1993).

Ainda segundo o mesmo autor, a educação ambiental, como um processo contínuo e permanente,
deve atingir todas as fases do ensino formal e não formal; deve também examinar as questões
ambientais do ponto de vista local, regional, nacional e até internacional, avaliando suas causas,
consequências e sua complexidade.

A educação ambiental objectiva justamente potencializar as acções colectivas e fortalecer o


associativismo para recuperar o sentido da repolitização da vida colectiva (Tristão, 2005).
Enquanto prática político-pedagógica, a educação ambiental pretende possibilitar o
desenvolvimento e a escolha de estratégias de acção que contribuam para a construção do
processo de cidadania e para a melhoria da qualidade de vida (Pelicioni, 1998).

As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO, logo após a
Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:

Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com


os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento,
competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento quem
lhe permitam trabalhar individualmente e colectivamente para resolver os
problemas atuais, e para impedir que eles se repitam.

Ao implementar um projecto de educação para o ambiente, se estará facilitando aos alunos e à


população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no
ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um
planeta. Desenvolve-se assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de
outra maneira as suas atitudes diárias e as suas consequências no meio ambiente em que vivem.

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2.1. Tipos de Educação Ambiental

De acordo com MICOA, (2009, p. 3), afirma se que os Tipos de Educação Ambiental são os
seguintes:

2.1.1. Educação Ambiental Formal

Educação Ambiental Formal é entendida como aquela que se desenvolvem de forma estruturadas
dentro do sistema formal de ensino através de inclusão de termos, conceito e noções sobre o
ambiente nos planos curriculares.

Sendo, que por formal, entende-se que é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades
de ensino, públicas e privadas, englobando: educação básica, educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio, também na educação superior, na educação especial, na educação
profissional e na educação de jovens e adultos .

Educação Ambiental formal, visando a promoção e mudança de comportamentos e atitudes pró-


ambiente. É importante perceber como é que é feita esta aproximação e como se interpenetram
estas duas formas de educação, uma vez que, embora os seus objectivos e métodos de trabalho
sejam diferentes, complementam-se no sentido da educação global dos indivíduos.

2.1.2. Educação Ambiental não Formal

A Educação Ambiental não Formal é desenvolvida de forma semiestruturadas dentro e fora do


sistema do ensino através da actividade como: Palestra, seminários, acção de capacitação e
demonstrativas (criação de clubes nas escolas, jornada de limpeza, plantio de arvores actividades
culturais e desportivas), e programa comunitário (criação de associações, núcleo e comités).

Ainda entende-se por educação ambiental não-formal as acções e práticas educativas voltadas à
sensibilização da colectividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação
na defesa da qualidade do meio ambiente.

E por educação não-formal, como sendo: as acções e práticas educativas voltadas à sensibilização
da colectividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da
qualidade do meio ambiente .

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Entende-se que se caracteriza por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de
métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características: faixa etária,
nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, entre outros aspectos.

A difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres, de programas
e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente;

A ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-governamentais na


formulação e execução de programas e actividades vinculadas à educação ambiental não-formal.

2.1.3. Educação Ambiental informal

Constitui a Educação Ambiental informal como processo destinado a ampliar a consciências


públicas sobre as questões ambientais através dos meios de comunicação de massas (jornais
revistas, rádio televisão e internet), inclui se ainda cartazes, folhetos boletim informativos entre
outros.

3. Conceito de Desenvolvimento Sustentável

Os problemas económicos, sociais e ecológicos causados pelo actual modelo de desenvolvimento


são inúmeros, tendo que vista que almejam o produto final, estes que são amplos e difusos,
tendendo com isso à homogeneização e também contrariando os princípios fundamentais da
sustentabilidade, degradando, o meio ambiente, como o desgaste dos solos, a poluição do ar e da
água e, além de colocar em perigo o próprio desempenho dos sistemas humanos.

De acordo com Guimarães (2001):

a sustentabilidade ambiental de um determinado território será dada pelo nível de


dependência deste em relação a ambientes externos e em sua expressão socio
ambiental, pela distância entre a satisfação das necessidades básicas de seus
habitantes e os padrões de consumo próprios das elites.

Para Baker (2006), vários factores contribuíram para elevar a definição de Desenvolvimento
Sustentável. constante no Relatório Brundtland a formulação dominante na esfera internacional,
no âmbito da discussão ambiental e do desenvolvimento. Em primeiro lugar, a formulação

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proporcionou um modo de reconciliar objectivos sociais aparentemente conflituantes (como por
exemplo a protecção ambiental e o crescimento económico).

Depois, porque surgiu numa época em que a poluição e a deterioração ambiental estavam no topo
da agenda política, sustentadas em casos bastante mediáticos como sejam o buraco de ozono
sobre a Antárctida, ou o desastre nuclear de Chernobyl.

Finalmente, porque o relatório apoiava a melhoria dos objectivos sociais e económicos dos países
em desenvolvimento. Acrescente-se, como quarta razão, o facto de ser uma formulação vaga,
com que dificilmente não se estará de acordo.

O conceito de desenvolvimento sustentável é explorado pelo cap. 2 de Baker (2006), tendo como
ponto de partida o enunciado pelo Relatório Brundtland e que tem vindo a assumir um
authoritative status. Começa por fazer um muito breve historial do conceito até à sua primeira
utilização pela IUCN (cujo cerne era apenas a sustentabilidade ecológica). Em 1987 o relatório
efectuado pelo WCED, apresentando ligações causais entre economia, sociedade e ambiente. Ao
termo ‘desenvolvimento’ associa as questões socioeconómicas. Ao termo ‘sustentabilidade’
associa os objectivos ecológicos. Chama a atenção para as ‘necessidades’ dos mais pobres (Baker
diferencia needs e wants) e para os limites biofísicos do planeta que poderão condicionar o
crescimento económico, mesmo se este resultar de uma nova organização social e tecnológica. O
conceito de desenvolvimento sustentável, tal como está no Relatório é:

 Antropocêntrico, uma vez que não atribui à natureza um valor intrínseco mas meramente
instrumental para os seres humanos: importa preservar a natureza para as gerações futuras
(esta questão será devidamente explorada no tópico de Ética);
 Optimista, uma vez que coloca esperança na capacidade da humanidade colectivamente
em se comprometer de forma construtiva num futuro sustentável (deposita esperanças no
desenvolvimento tecnológico);
 e apresenta sugestões para o futuro, mas não determina políticas de implementação de
forma detalhada.

O desenvolvimento sustentável seria o desenvolvimento a partir de uma lógica que satisfaça as


necessidades do presente, do nosso tempo vivido, sem comprometer a capacidade de satisfazer as

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necessidades das gerações futuras, de nossos filhos, netos, etc. Seguindo a ideia de Philippi Jr et
al (2002, p. 28):

Onde não há legislação de uso e ocupação do solo, nem legislação ambiental,


certamente haverá poluição do ar e água distribuindo doenças pela comunidade
afora. Sim, pois estas contaminações podem alcançar outras regiões e territórios,
via águas dos rios e represas, via chuva ácida, afectando plantações e águas
subterrâneas, enfim a qualidade de vida, pois não há controle. A economia, por
sua vez, passará a responder com a fragmentação humana, em que algumas áreas
desenvolvem-se e seus mercados florescem com a globalização.

De acordo Pires (1998, p. 73) o desenvolvimento sustentável passa a ser definido como “aquele
desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das
gerações futuras atenderem as suas próprias”. Segundo o mesmo autor a definição de
desenvolvimento sustentável refere-se ao processo que melhora as condições de vida das
comunidades humanas e ainda respeita os limites de carga dos ecossistemas.

Baseado nesta definição Sachs (2010) apresenta as seguintes dimensões necessárias da


sustentabilidade: a sustentabilidade social, a sustentabilidade económica e a sustentabilidade
ecológica.

Ignacy Sachs (2010) considera que a cultura do desenvolvimento sustentável deveria se tornar um
elemento do ensino, desde o colégio, onde seria introduzido o conjunto de noções que
facilitariam a compreensão da história e preparariam a sociedade para uma reflexão sobre o
futuro com base na ecologia cultural e na ecologia natural.

Pode-se elencar o desenvolvimento sustentável visando somente à preservação dos recursos


naturais, como uma nova visão para o desenvolvimento da sociedade, também generalizando, ou
seja, não havendo a separação das esferas: natural, política e económica e além do
desenvolvimento endógeno, que se refere ao uso dos recursos locais, harmonizando as condições
ecológicas, socioculturais e económicas do próprio local.

Assim a terminologia de sustentável causa muita polémica, pois possui diversos significados que
são utilizados conforme se trabalha cada esfera presente em uma sociedade. É muito importante,

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ao se trabalhar com o que é sustentabilidade, primeiramente definir o conceito de sustentável que
se pretende abordar, para que não ocorrem ambivalências.

4. Importância da Educação Ambiental.

A educação ambiental busca valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o
ambiente e as demais espécies que o habitam. É preciso considerar que a natureza não é fonte
inesgotável de recursos e estes devem ser utilizados de maneira racional. Ao se ter a educação
ambiental, pode-se ter a racionalidade de utilização destes recursos, garantindo a sustentabilidade
(Roos; Becker, 2012).

Entretanto, Leff (2001) considera que a sustentabilidade é um processo que deve ser estabelecido
a longo prazo, pois para haver de fato um desenvolvimento sustentável é necessário trocar o
actual modelo de desenvolvimento capitalista-industrial por um modelo que remonte à
racionalidade ambiental. Neste contexto, a sustentabilidade emerge como subversão à ordem
económica dominante e como fruto da insatisfação humana contra um modelo falido de
desenvolvimento (Tristão, 2005). De acordo com Leff (2001, p.31):

O princípio de sustentabilidade surge como uma resposta à fractura da razão


modernizadora e como uma condição para construir uma nova racionalidade
produtiva, fundada no potencial ecológico e em novos sentidos de civilização a
partir da diversidade cultural do género humano. Trata-se da reapropriação da
natureza e da invenção do mundo; não só de um mundo no qual caibam muitos
mundos, mas de um mundo conformado por uma diversidade de mundos, abrindo
o cerco da ordem económica-ecológica globalizada.

Um sistema sustentável somente será possível mediante a evolução intelectual do ser humano, e
que a educação ambiental é a base científica para a sustentabilidade, sendo esta um processo que
deverá atingir a sociedade como um todo, para que a sua relação com a natureza seja de
coexistência e não de exploração e, assim, ocorra o desenvolvimento a partir da sustentabilidade
(Roos; Becker, 2012). Com este processo todos os elementos da sociedade saem ganhando Esse
processo de transição de um sistema para outro somente será possível através da Educação
Ambiental, que fornece as bases teóricas para chegar-se a sustentabilidade. É pela integração das

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esferas: política, social, económica e ambiental que se terá a plenitude do desenvolvimento
sustentável, através da Educação Ambiental.

Esta urgente transformação social de que trata a educação ambiental visa à superação das
injustiças ambientais, das desigualdades sociais, da apropriação capitalista da natureza e da
própria humanidade tratando-se, portanto, a educação ambiental de uma mudança de paradigma
(Sorrentino et al., 2005).

A Educação Ambiental promove uma conscientização do que realmente pode-se entender sobre o
que é sustentabilidade, uma vez que, ao se estudar a o desenvolvimento sustentável deve-se visar
à educação como base para fundamentar um conceito consciente e que realmente promova a
sustentabilidade.

Com isso ao se ter uma visão abrangente do meio ambiente, no qual vivemos, entende-se que nós,
seres humanos constituímos parte integrante do mesmo e nessa óptica de desenvolvimento
sustentável fica evidente que se pode ter o progresso material com a preservação dos recursos e
serviços ecossistêmicos por sucessivas gerações. A contribuição desse artigo é o de permitir a
conscientização do que é o desenvolvimento sustentável através de uma perspectiva da Educação
Ambiental e com isso a formulação de ideais, não somente para o bem-estar humano, mas
também para a sustentabilidade do meio.

A Educação Ambiental é de muita importância, pois além de conscientizar as pessoas, faz com
estas executem projectos, ideias, opiniões e trabalhos relacionados a sustentabilidade e também a
preservação ambiental.

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5. Conclusão

Conforme o exposto, conclui-se que a Educação Ambiental é uma prática contínua a ser
desenvolvida, pois uma das funções mais importantes da escola é influenciar e transformar a
comunidade em que está inserida. Provocar acções e reflexões por tratar das questões do nosso
cotidiano e temas que permitem a articulação do trabalho pedagógico envolvendo a todos,
desenvolvendo a consciência de que a mudança é um processo lento e gradativo, no entanto a
paciência pedagógica e a perseverança auxiliam as transformações que almejamos enquanto
educadores. As mudanças globais só serão possíveis se os profissionais envolvidos no processo
educacional junto com representantes da sociedade incentivarem em cada indivíduo a formação
que envolva valores, ética, cidadania, pluralidade cultural, a consciência de evitar o consumo
desnecessário, o desperdício e outros valores importantes para a promoção da mudança de
postura e pensamento.

A sustentabilidade ambiental de um sistema está associada ao uso dos recursos renováveis.


Quando se mantêm as estruturas produtivas visadas por um apoio vital em recursos renováveis e
cuja capacidade de auto-renovação seja garantida, se terá assim, uma característica fundamental
do modelo de sustentabilidade defendido: os rendimentos económicos serão duráveis ao longo
dos tempos.

Pode-se elencar o desenvolvimento sustentável visando somente à preservação dos recursos


naturais, como uma nova visão para o desenvolvimento da sociedade, também generalizando, ou
seja, não havendo a separação das esferas: natural, política e económica e além do
desenvolvimento endógeno, que se refere ao uso dos recursos locais, harmonizando as condições
ecológicas, socioculturais e económicas do próprio local.

Educação Ambiental é de suma importância ao se estudar a sustentabilidade em uma sociedade,


que actualmente, tem suas bases em um sistema capitalista.

A Educação Ambiental promove uma conscientização do que realmente pode-se entender sobre o
que é sustentabilidade, uma vez que, ao se estudar a o desenvolvimento sustentável deve-se visar
à educação como base para fundamentar um conceito consciente e que realmente promova a
sustentabilidade.

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Bibliografia

Baker, S. (2006). Sustainable Development. Routledge.

Cuba, M. A. (2010). Educação Ambiental nas Escolas. Universidade de Taubaté: ECCOM.

Dias, G. F. (1993). Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia.

Guimarães, R. (2001). A ética da sustentabilidade e a formulação de políticas de


desenvolvimento. In: VIANA, G.; SILVA, M.; DINIZ, N. (orgs.). O desafio da
sustentabilidade: um debate socioambiental no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu
Abramo.

Leff, E. (2001). Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder.


Petrópolis, RJ: Vozes.

Mellowes, C. (1972). Environmental Educacion and the Search for Objectives. Environmental
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MICOA. (2009). Manual do Educador Ambiental: Direcção de Promoção Ambiental.

Pelicioni, M. C. (1988). Educação ambiental, qualidade de vida e sustentabilidade: Saúde e


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Philippi JR, A., Alves, A. C., Roméro, M. d., & Bruna, G. C. (2002). Meio ambiente, direito e
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Pires, M. O. (1988). A trajetória do conceito de desenvolvimento sustentável na transição


paradigmática. In: DUARTE, L. M. G.; BRAGA, M. L. S. (orgs). Tristes Cerrados:
sociedade e biodiversidade. Brasília: Paralelo .

Rodrigues, S. (2013). Eco-projeto, clube escolar nas atividades extracurriculares, promovendo


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Roos, A., & Becker, L. S. (2012). Educação ambiental e sustentabilidade. Revista Eletrônica em
Gestão, educação e Tecnologia Ambiental. . Santa Maria. Disponível em:
<http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/reget/article/v. Acesso em 21 de
Agosto de 2022.

13
Sachs, I. (2010). Barricadas de ontem, campos do futuro. Estudos Avançados.

Sorrentino, M., & et-al. (2005). Educação ambiental como política pública. Educação e
Pesquisa. São Paulo.

Tristão, M. (2005). Tecendo os fios da educação ambiental: o subjetivo e o coletivo, o pensado e


o vivido. Educação e Pesquisa. São Paulo.

Vilaça, T. (2002). (Re)Constuir perspectivas metodológicas na educação para a saúde e


educação para o desenvolvimento sustentável: acção e competência de acção como um
desafio educativo. Évora: Centro de Investigação em Educação e Psicologia.

Watanabe, C. B. (2011). Fundamentos Teóricos e Prática da Educação Ambiental. Curitiba-PR:


Instituto Federal de Paraná.

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