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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

A sustentabilidade da Economia Ambiental no Contexto actual.

Nome da estudante: Germano Armando Watherra,

Código: 708216079

Turma: B
Cadeira de: Economia Ambiental
3º Ano
Docente:

Nampula, Setembro, 2023


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Folha para recomendações de milhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

Introdução ........................................................................................................................................ 3

1. Conceito económico do meio ambiente ...................................................................................... 4

2. Economia Ambiental ................................................................................................................... 5

3. O problema da economia e do meio ambiente ............................................................................ 7

4. O Desenvolvimento Sustentável .................................................................................................. 8

4.1. Sustentabilidade Ambiental ...................................................................................................... 9

4.2. Sustentabilidade Económica ................................................................................................... 10

Conclusão ...................................................................................................................................... 12

Bibliografia .................................................................................................................................... 13

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Introdução

A valoração dos recursos naturais e a economia ambiental são campos de interesse e investigação
que têm despertado a atenção de profissionais chamados a lidar, directa ou indirectamente, com a
área do meio ambiente nos últimos anos. Por um lado, a expansão desta área de estudos encontra
relação coma pequena efectividade dos controles públicos sobre a poluição, revelada através da
baixa eficácia da legislação específica sobre a questão que tem, como contrapartida, o avanço da
contaminação ambiental no nível planetário.

Economia Ambiental tem formulado possíveis soluções, numa análise de custo-benefício, a partir
do uso de inovações tecnológicas e da substituição de bens com o intuito de promover o
desenvolvimento sustentável.

O objectivo deste trabalho é analisar os principais instrumentos económicos utilizados pela


Economia Ambiental na busca do desenvolvimento sustentável,

O presente trabalho foi elaborado na base de pesquisa bibliográfica e apresenta a seguinte


estrutura: Introdução, desenvolvimento, Conclusão e Bibliografia.

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1. Conceito económico do meio ambiente

A existência da escassez é uma das mais marcantes características do fenómeno económico. As


Ciências Económicas vêm concentrando sua atenção na alocação óptima de recursos escassos,
buscando maximizar a eficiência económica e social.

A economia do meio ambiente é o ramo da Economia que estuda e se preocupa com o meio
ambiente no seu mais amplo sentido, isto é, o problema da escolha material do homem e da
sociedade e o quanto estes estão relacionados com o físico, o social e o natural. Freeman-III
(1973) escreveu que “(...) como economistas nós estamos interessados nas influências externas da
natureza global somente se estas afectam o homem directa ou indirectamente”. Por exemplo, o
efeito da poluição do ar na saúde humana é um efeito directo sobre o homem. Assim, isso
reduziria indirectamente o bem-estar daqueles que experimentam uma perda caso a floresta
(flora) e a vida selvagem (fauna) sejam reduzidas ou destruídas pela poluição do ar.

A economia do meio ambiente vem crescendo em importância desde o início da década de 70.
Segundo Nijkamp (1981), isso se deve, entre outras explicações, a duas razões básicas:

 As externalidades e os custos sociais dos processos produtivos não são incorporados pelas
actividades económicas. Do ponto de vista da economia do bem-estar, seria interessante
colocar e aplicar o conceito tradicional das externalidades, das economias e das
deseconomias externas;
 Os problemas da exaustão energética, resíduos nucleares, depredação de recursos naturais,
poluição, etc. são de tamanha magnitude que a Economia tem que providenciar uma
instrumentação analítica para enfrentar esses sérios problemas.

Durante a última década, a questão ambiental tem atraído um número crescente de economistas
que não mediram esforços para desenvolver um instrumental analítico e operacional, teórico e
prático. Assim, a economia do meio ambiente tem-se fundamentado num largo espectro de visões
alternativas e tratamentos amparados em uma ampla gama de princípios e métodos de outras
ciências. A economia ambiental, pelo seu carácter científico abrangente, requer, na prática, um
tratamento interdisciplinar.

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As soluções para os problemas ambientais devem ser concebidas numa visão totalista do conjunto
em que o homem se inter-relaciona. Nesse sentido, a ciência do meio ambiente tem uma tarefa
árdua de integrar o mundo científico, considerando que este está estruturado num sistema
departamental estanque. No momento, o esforço científico parece desenvolver-se para suas
próprias necessidades, e não há preocupações maiores por parte dos departamentos científicos
atomizados em integrar-se.

2. Economia Ambiental

A Economia Ambiental é uma ciência que aplica as teorias económicas neoclássicas às questões
ambientais. O objecto de estudo da Economia Ambiental consiste da interdependência entre os
processos inerentes ao funcionamento do mercado e a preservação dos ecossistemas naturais.

O primeiro Princípio da Economia Neoclássica refere-se ao privilegiamento da análise de


mercado no processo produtivo. O segundo Princípio da Economia Neoclássica refere-se à
condição de escassez dos bens como condição sine qua non para que o mercado possa existir. O
terceiro Princípio refere-se à racionalidade como guia do comportamento dos agentes
económicos, a fim de que se alcance a maximização da satisfação colectiva. O quarto Princípio
se refere ao preço de equilíbrio como fundamento para a existência das actividades económicas.
O quinto Princípio considera a subjectividade da valoração dos bens. O sexto Princípio
considera o valor de utilidade em contraposição ao conceito do valor baseado na quantidade de
trabalho empregada ou no valor de existência.

O conceito de Economia Ambiental tem por objectivo promover a inserção dos bens ambientais
nos estudos da Ciência Económica. Seus precursores, de acordo com Chang (2001), foram
autores focados na Economia do Bem-Estar Social, como Pigou e Keynes, que trataram a
Economia como estratégia definidora para o melhor uso dos recursos escassos.

Para Barreto (2009), a Economia Ambiental baseia-se em duas premissas básicas, que consiste
em:

 Que a meta da política ambiental é alocar os recursos de modo a maximizar o ’bem-estar’’


dos indivíduos;

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 Que o bem-estar destes indivíduos aumenta à medida que suas preferências são satisfeitas.

Além disso, baseia-se na ideia de que o papel das funções que o meio ambiente desempenha para
a sobrevivência das espécies e a importância vital destas funções pode ser traduzida em valores
morais, éticos ou económicos.

Na definição de Souza-Lima (2004), a relação da Economia Ambiental com os recursos naturais


se fundamenta no princípio da escassez, segundo o qual, consideram-se como bens económicos
apenas os recursos naturais escassos. Diante disto, atribui-se à Economia Ambiental a tarefa de
busca pela identificação dos padrões comportamentais dos seres humanos e seus impactos
potenciais sobre a conservação da biodiversidade e dos habitats ecológicos. Seus fundamentos
baseiam-se na análise das actividades de produção e de consumo dos agentes económicos nas
sociedades. De forma geral, a Economia Ambiental serve-se de um conjunto de conceitos,
modelos e técnicas consolidados no pensamento económico neoclássico, aplicados à relação das
actividades económicas com o meio ambiente.

Os recursos naturais, embora escassos, apresentam múltiplas utilidades, o que coloca os agentes
económicos diante de situações em que precisam decidir sobre a utilização de tais recursos de
forma a maximizar seu valor de uso e/ou de mercado.

Sob a perspectiva da Economia Ambiental, o critério utilizado para maximizar o uso dos recursos
disponíveis obedece ao postulado do estado Óptimo de Pareto, como condição necessária,
embora não suficiente.

O estado Óptimo de Pareto implica distribuição ideal de bens entre os consumidores, alocação
técnica ideal de recursos e quantidades ideais de produção (BRUE, 2005). Segundo o critério de
Pareto, baseado no princípio de propiciar o máximo de bem estar para o maior número de
pessoas, a eficiência máxima de um sistema económico ocorre quando inexiste possibilidade de
melhorar a posição de pelo menos um agente desse sistema económico sem que a posição de
outro agente seja prejudicada. O Óptimo de Pareto, pode ser representado graficamente pela
curva composta pelo conjunto de pontos para os quais não existem possibilidades de eficiência
superior (Carrera-Fernandez, 2009).

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Segundo Pearce (1996), a Economia Ambiental deve poder explicar a degradação ambiental de
forma ampla e argumentar a partir dos mecanismos para lidar com todas as falhas do mercado.
Muitas falhas podem ocorrer ao mesmo tempo: falha governamental (de intervenção), falha do
mercado local, falha do mercado global (de apropriação). O principal desafio está em demonstrar
e inventar formas de capturar os valores globais pelo não uso dos recursos naturais, diferenciando
os benefícios locais e globais propiciados pela conservação.

De acordo com Castle (1996), há três grandes problemas a serem resolvidos, para se alcançar o
uso adequado dos recursos naturais. O primeiro refere se ao sistema de posse dos recursos, que
deve reflectir o custo social de sua exploração, o segundo refere se à eliminação da pobreza e o
terceiro se refere à redução de instabilidade dos grandes sistemas.

No entanto, ao analisar os estágios de desenvolvimento económico de uma sociedade, Schallau


(1990) observa que nos primeiros estágios de desenvolvimento a sociedade pode considerar a
instabilidade como o custo necessário para alcançar acúmulo de renda, o que deixa de ser o caso
nos estágios mais avançados de desenvolvimento económico.

Se for possível sintetizar a caracterização da Economia Ambiental, Barreto (2009) observa que há
dois grupos de soluções propostas, embora ambos sejam tentativas de equacionar os problemas
de poluição e do esgotamento dos recursos naturais a partir da lógica de mercado: um grupo
propõe a valoração económica dos recursos e ecossistemas, o segundo grupo propõe a definição
de direitos de propriedade a recursos e ecossistemas que possuam características de bem público.

3. O problema da economia e do meio ambiente

A degradação do meio ambiente, interpretada como um problema económico, é uma das


consequências directas da falha do sistema de mercado na alocação eficiente dos recursos
ambientais nos seus usos alternativos Freeman-III, (1973, p. V). O sistema de mercado falha para
os ditos bens colectivos ou recursos públicos que não podem ser efectivamente apropriados e
manejados na óptica do privatismo individual. A biosfera, os recursos hídricos e os expressivos
ecossistemas são bons exemplos.

É do conhecimento geral que os bens colectivos vêm sendo mal usados e deles se vem abusando
desde a Idade Média. Nos tempos contemporâneos, o enfoque tem sido substituído pelo problema
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dos bens colectivos por um não-enfoque, pois existe a necessidade de adaptar as instituições
económica e política para tanto, o que foi iniciado pelos países desenvolvidos na década de 70.

Uma maior preocupação pela deterioração da qualidade ambiental vem crescendo a níveis
internacional e nacional. Essa preocupação vem questionando a tecnologia e o crescimento
económico.

O sector público vem assumindo crescente poder de intervenção na Economia, porque, no todo,
através de seus agentes, sejam eles empresas públicas, estatais, institutos, fundações, etc., tem a
seu favor a força da polícia que a lei lhe confere, além de concessões de monopólios públicos. A
ineficiência do sector público, adicionada aos problemas do sector privado, afecta seriamente o
meio ambiente sob o ponto de vista do sistema económico global. O problema das externalidades
e a incorporação dos custos sociais deverão ser considerados tanto pelo sector público quanto
pelo sector privado, numa visão global do sistema.

A nível das respostas da demanda de mercado, agentes económicos deixam de incluir os custos
sociais nas operações produtivas e nos preços dos bens e serviços. O resultado disso é que os
preços dos bens de consumo se mantêm baixos demais, e os consumidores compram quantidades
excessivas de certos produtos, cujos processos de produção são poluidores.

4. O Desenvolvimento Sustentável

De acordo com Nobre (2002), na década de 1970 o debate acerca da questão ambiental estava
sendo difundido pelos países, especialmente entre os países em desenvolvimento, que após a
sessão especial do UNEP no ano de 1982, ocorrida em Nairobi, mudaram a atitude em relação à
discussão ambiental e contribuíram para um acordo com a intenção de desenvolver um conceito
de desenvolvimento que englobasse o meio ambiente.

Segundo Nobre (2002) o conceito de desenvolvimento sustentável foi impulsionado pela primeira
vez em 1987, no Relatório Brundtland, desenvolvido pela Comissão Brundtland com a intenção
de institucionalizar a problemática ambiental e realizar uma aliança com os países que estavam
em desenvolvimento. A institucionalização do conceito seria capaz de trazer a discussão sobre o
meio ambiente para as pautas de reuniões internacionais, com o intuito de alterar a mentalidade
dos governantes para a necessidade de mudanças e levar em consideração o meio ambiente nas
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tomadas de decisões económicas. Esse conceito foi utilizado de forma a colocar como centro das
discussões o meio ambiente, visto que esse pode representar um obstáculo ao crescimento dos
países.

De acordo com Montibeller, citado por Debali (2009), o desenvolvimento sustentável, assim
como o ecodesenvolvimento, apresenta cinco características quais sejam: a integração e
preservação da natureza, satisfação das necessidades humanas, equidade e justiça social, garantia
da diversidade cultural, além da conservação da integridade do meio ambiente.

A definição de desenvolvimento sustentável do relatório Brundtland é a de “atender as


necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem às
suas necessidades”. O desenvolvimento sustentável pode ser compreendido como uma série de
políticas que são capazes de aumentar a renda nacional, garantir acesso da população aos direitos
básicos de saúde, segurança e educação e ao mesmo tempo reduzir os impactos causados no meio
ambiente decorridos da produção e do consumo (Romeiro 2012).

Bruseske (1995) aponta que o relatório Brundtland apresenta uma série de medidas que os
Estados devem adoptar para contribuir com a preservação do meio ambiente. São elas: limitar o
aumento da população, garantir que no longo prazo existam alimentos suficientes para a
população, reduzir o consumo de energia e investir em tecnologia de fontes renováveis, preservar
a biodiversidade dos ecossistemas, elevar a produção industrial dos países em desenvolvimento e,
por meio da utilização de tecnologias “verdes”, controlar a urbanização e promover a integração
entre o campo e a cidade e as necessidades básicas da população devem ser atendidas.

4.1. Sustentabilidade Ambiental

A Sustentabilidade Ambiental condiz com a existência de condições ecológicas necessárias para


dar suporte à vida humana sem que prejudique as gerações futuras, proporcionando bem-estar
para todos. Este mesmo tipo de sustentabilidade pode ser considerada como princípio da
solidariedade com o planeta e suas riquezas, assim com a biosfera que o envolve (Barbosa, 2008).

A dimensão ambiental deve representar as medidas de recursos naturais e reflectir influências


potenciais para sua viabilidade. Pode incorporar qualidade do ar e da água, consumo de energia,

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recursos naturais, resíduos sólidos e tóxicos e uso / cobertura do solo. Idealmente, ter tendências
de longo alcance disponíveis para cada uma das variáveis ambientais ajudaria as organizações a
identificar os impactos que um projecto ou política teria na área (Dias, 2017).

A busca por indicadores de sustentabilidade ambiental cresceu bastante durante a última década,
particularmente em sua segunda metade, principalmente por parte de organismos
governamentais, não-governamentais, institutos de pesquisa e universidades em todo o mundo.

Têm como função diagnosticar a saúde do ecossistema e fornecer uma ferramenta para monitorar
condições e mudanças ambientais ao longo do tempo. Através da sua utilização é possível a
análise das condições, mudanças da qualidade ambiental, entendimento das interfaces da
sustentabilidade, bem como de tendências, como uma ferramenta de suporte no processo de
tomada de decisão e formulação de políticas e práticas sustentáveis (Kemerich, et al., 2014).

4.2. Sustentabilidade Económica

A Sustentabilidade Económica trata do capital artificial financeiro. Esta dimensão é decorrente de


actividades que provêm produtos e serviços cujo objectivo é aumentar tanto a renda monetária,
como o padrão de vida dos indivíduos e grupos, formalmente e informalmente. Essa performance
económica contemporânea tem sido medida através de números, mensurando a produtividade,
emprego e categorizando o padrão de qualidade da população referentes a um PIB (Barbosa,
2008). É realizada por meio de alocação e gestão mais efectivas dos recursos e por um fluxo
regular do investimento público e privado nos quais a eficiência económica deve ser avaliada
com o objectivo de diminuir a dicotomia entre os critérios microeconómicos e macroeconómicos
(Costa, 2019).

A adopção de medidas sustentáveis por parte das empresas faz com que suas possibilidades de
sucesso económico sejam, consideravelmente, aumentadas. Isto ocorre por meio de um
replaneamento de gastos e organização de suas condutas éticas e morais. Ao mesmo tempo, estes
artifícios do pensamento sustentável são capazes de proporcionar uma maior eficiência nos
processos, reduzindo os impactos dos mesmos (Costa, 2019).

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É comum medir o desempenho de uma organização de diferentes formas, incluindo o retorno
financeiro e aumento do valor agregado. Este ponto de vista convencional da economia tem como
objectivo principal o uso eficiente dos factores de produção: capital, trabalho, conhecimento e
recursos naturais. Todavia, a Dimensão Económica da Sustentabilidade tem como objectivos
atributos que vão além da eficiência buscada pelo modelo convencional. Nesse caso, há uma
preocupação sistémica do impacto económico de produtos e serviços (Rosa & Pozza, 2012).

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Conclusão

Embora a Economia Ambiental, e subentendem-se as relações entre o meio ambiente e a


Economia, ainda está em desenvolvimento e assim permanecerá por muito tempo, dada o
esquecimento secular da matéria, pode-se traçar características importantes das principais
vertentes desta ciência e quais as tendências de desenvolvimento teórico futuro.

A teoria económica tem buscado determinar formas eficientes e sustentáveis para a utilização dos
recursos ambientais. Essas teorias demonstram a relevância sobre limites, características,
finalidades dadas aos recursos naturais, dentre outros. As ciências económicas têm contribuído
para esse processo de aprendizado por meio do fornecimento de ferramentas analíticas que
ajudam a explicar as interacções entre mercado e meio ambiente, as implicações dessas relações e
as oportunidades de soluções efectivas, o que tornam esses aspectos de grande importância para a
determinação da utilização sustentável dos recursos provenientes do meio ambiente.

Contudo, a ciência económica precisa incluir variáveis não-económicas no planeamento de suas


políticas. Assim, frente ao crescimento da importância e das discussões dos debates relacionadas
ao meio ambiente junto à opinião pública e no entendimento de fenómenos produtivos ligados à
produção de energia, utilização de recursos naturais, e da degradação ambiental, a Economia
Ambiental e a Economia Ecológica se apresenta como a área da Economia preparada para
responder às demandas contemporâneas, buscando interpretar o problema ambiental e determinar
acções que garantam resultados eficientes e eficazes.

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Bibliografia

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