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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS


NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
RECURSOS NATURAIS

DISCIPLINA: ECONOMIA, MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE


PROFESSORA: Dra. ISABEL LAUSANNE FONTGALLAND

EXERCÍCIO 07:

TRÊS PONTOS IMPORTANTES PARA A CONDUÇÃO DE UMA BOA


ECONOMIA CIRCULAR.

Nome Aluna: Maria das Graças Negreiros de Medeiros


Número: 202310913-7
RESUMO
O livro a ser resumido está apresentado na figura abaixo e sua publicação compõe
o projeto intitulado "Ministério Público: Programa de Capacitação em Conservação
Ambiental", aprovado no Edital 2014 de Apoio a Programas da Fundação Grupo
Boticário. desenvolvido pela Rede Latino-Americana do Ministério Público Ambiental
em parceria com a Fundação Neotrópica do Brasil.
A colaboração entre instituições e a referência ao
Edital da Fundação Grupo Boticário indicam que o livro
faz parte de um esforço maior para capacitar membros do
Ministério Público e outros interessados no campo da
conservação ambiental. É um o livro destinado a
profissionais e especialistas que desejam adquirir
conhecimentos sobre instrumentos econômicos para a
proteção ambiental no contexto brasileiro e latino-
americano.
O objetivo principal do livro é introduzir o leitor ao
tema de “instrumentos econômicos para a proteção ambiental”, que se constitui uma
temática relevante no cenário nacional devido aos desafios ambientais, à responsabilidade
compartilhada imposta pela Constituição Federal, à implementação de leis e
regulamentações, ao estímulo à inovação e sustentabilidade, e à promoção do uso
eficiente de recursos naturais. Eles desempenham um papel crucial na abordagem dos
desafios ambientais do Brasil e na busca pelo equilíbrio entre o desenvolvimento
econômico e a conservação ambiental.
O livro é dividido em três partes a saber:

A Parte I, traz o conceito e espécies de serviços ecossistêmicos, aponta as


principais causas e consequências da perda destes tipos de serviços, além de relacionar os
serviços ecossistêmicos com as mudanças climáticos, a Constituição Federal de 1988, as
unidades de conservação e o setor de negócios.
Destaca a importância dos Serviços Ecossistêmicos, como benefícios tangíveis e
intangíveis que os seres humanos obtêm dos ecossistemas naturais, e afirma que este tipo
de serviço como benefícios diretos e indiretos que os ecossistemas fornecem para o bem
estar da humanidade, incluindo serviços de suporte (como ciclagem de nutrientes),
serviços de regulação (como controle de poluição), serviços de provisão (como alimentos
e água), e serviços culturais (como recreação).
Apresenta a definição da ONU para serviços ecossistêmicos: “o conjunto de benefícios
que as pessoas obtêm dos ecossistemas”, bem como a da Convenção para a Diversidade
Biológica (CDB): “um complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de micro-
organismos e o seu meio inorgânico que interagem como uma unidade funcional”.
Enfatiza que os ecossistemas são complexos e dinâmicos, compostos por comunidades
de organismos e processos físico-químicos interligados. A transferência ou alteração dos
ecossistemas resulta na diminuição dos serviços ecossistêmicos.
Destaca a importância da diversidade biológica na prestação desses serviços e
enfatiza que a percepção do valor dos serviços ecossistêmicos pode variar na população.
O texto menciona a necessidade de avaliar e valorizar esses serviços, evidenciando que
os valores econômicos associados aos serviços ecossistêmicos podem ser
significativamente altos, superando até o mesmo o PIB mundial em determinados
estudos.
A base dos serviços ecossistêmicos está acostada na interação entre elementos
naturais e processos ecológicos. Eles são essenciais para o bem-estar humano e
econômico, fornecendo recursos, sustentando a qualidade de vida e contribuindo para a
saúde do planeta. São categorizados em quatro grupos principais:

Destaca a importância da integridade dos ecossistemas para fornecer serviços


essenciais à humanidade. Identifica as principais ameaças, ligadas à expansão das
atividades humanas, e destaca que são influenciadas por fatores econômicos,
tecnológicos, sociais e culturais. Nos últimos 50 anos, a rápida alteração dos ecossistemas
para atender às demandas humanas expostas em perda irreversível da biodiversidade
global. Isso beneficiou alguns em detrimento de outros, levando a desigualdades
econômicas e aumento da pobreza.

A destruição dos ecossistemas atingiu um ponto crítico, com efeitos imprevisíveis


e graves consequências para as futuras gerações. A conversão de ecossistemas para outros
usos testada em perdas anuais de serviços com valores significativos. Embora haja formas
de minimizar esses efeitos através de investimentos em tecnologia, infraestrutura e
alternativas, isso muitas vezes exige recursos financeiros consideráveis, o que torna as
comunidades e os países mais pobres os mais vulneráveis aos prejuízos causados pela
perda de serviços ecossistêmicos. Enfatiza a necessidade de preservação dos ecossistemas
para garantir a continuidade dos serviços essenciais para a sociedade, e destaca as
implicações socioeconômicas dessa preservação.
A seguir relaciona os serviços ecossistêmicos com as mudanças climáticas, a
Constituição Federal, as Unidades de Conservação e o setor de negócios:

No tópico mudanças climáticas enfatiza a importância dos ecossistemas na


proteção e adaptação às mudanças climáticas, destacando a necessidade de preservá-los
diante das ameaças de conversão para outros usos. A resiliência dos ecossistemas é
mencionada, mas é alertada sobre a possibilidade de perda permanente de serviços
ecossistêmicos em casos de distúrbios intensos.
Quanto a legislação, aborda o estabelecimento na Constituição de 1988 das
obrigações de proteção do meio ambiente em boas condições e sua gestão sustentável, a
partir do estabelecimento do direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado e
estabelece a responsabilidade tanto do Poder Público quanto da coletividade em preservá-
lo, aliado a exigência de que o o Poder Público preserve e restaure os processos ecológicos
essenciais e faça a gestão ecológica das espécies e ecossistemas.
Na abordagem sobre Unidades de Conservação, o texto ressalta a importância das
na preservação dos serviços ecossistêmicos e como essas áreas podem contribuir para a
economia e a proteção dos recursos hídricos. Além disso, sugere as previsões do PSA
como uma forma de fortalecer ainda mais essas áreas de conservação.
Finalizando o texto destaca que, em um contexto de mudanças climáticas e
recursos escassos, o Capital Natural é crucial para a atividade econômica. Aponta a
limitação do uso da tecnologia para reduzir o uso de recursos e a geração de resíduos e o
desafio para a compreensão de como a atividade econômica afeta o Capital Natural e
como as mudanças nesse capital afetam a atividade econômica é um desafio importante
para várias organizações. Enfatiza a opinião de parte do setor empresarial que cobram a
importância de regulamentações claras para o uso e impacto nos serviços ecossistêmicos.
Eles também acreditam que deveria haver incentivos, incluindo incentivos fiscais, para
aqueles que fornecem e conservam serviços ambientais. Portanto, compreender e
valorizar os serviços ecossistêmicos no processo de tomada de decisão é essencial para
lidar com um cenário de transformações significativas.
Na Parte II, inicia com um breve referencial histórico e teórico sobre instrumentos
econômicos para a proteção ambiental que é crucial para entender como essas abordagens
se desenvolvem ao longo do tempo. Os principais conceito e teorias abordados estão
postos abaixo:
Quando trata da valorização econômica ambiental, o autor afirma que o mesmo é
usado para orientar escolhas diante de recursos limitados através da análise de custo-
benefício, destacando que essa abordagem é desafiadora para bens públicos não
transacionados, como os serviços ecossistêmicos. Menciona métodos como DAP e DAC
para estimar valores, mas aponta críticas devido à falta de atenção da distribuição de renda
e acesso aos recursos. Discute também a economia ecológica, que busca avaliar a
capacidade de suporte e resiliência dos ecossistemas, indo além da avaliação monetária.
Além disso, menciona o TEEB e o MAES como abordagens que unem economia e
ecologia para avaliar a perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos na economia e
no bem-estar humano. O TEEB enfatiza a importância de mudanças institucionais e
incentivos para evitar a manipulação do capital natural e destaca os custos associados à
perda acumulada ao longo das décadas. Conclui ressaltando a importância de preservar
os ecossistemas em termos econômicos
Finaliza o tópico tratando das espécies de Instrumento instrumentos econômicos,
ferramentas que visam cultivar o uso responsável dos recursos naturais e lidar com as
externalidades positivas e negativas geradas por sua exploração. Eles podem ser divididos
em várias categorias:

Cada um desses instrumentos tem o objetivo de promover a sustentabilidade


ambiental e pode ser adaptado para diferentes contextos e necessidades. Eles
desempenham um papel crucial na busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento
econômico e a conservação dos recursos naturais.
A Parte III do livro inicia com uma abordagem do Pagamento por Serviços
Ambientais (PSA) como um instrumento que recompensa aqueles que, por meio de
práticas de manejo, são solicitados para a recuperação, manutenção ou aumento na
produção de serviços ecossistêmicos. O PSA representa uma abordagem de gestão
ambiental baseada em incentivos positivos em vez de punições, buscando melhorar,
manter ou recuperar o capital natural necessário para os serviços ecossistêmicos.
Apresenta os seguintes conceitos:

O PSA representa uma abordagem inovadora na gestão ambiental, baseada no


princípio do protetor-recebedor, em que os benefícios são oferecidos na troca de práticas
que beneficiam o capital natural e a produção de serviços ecossistêmicos. É uma
alternativa ao princípio tradicional do poluidor pagador, que se baseia em punições para
induzir comportamentos desejáveis. Essencialmente, um PSA envolve uma transação
voluntária que resulta na transferência de um incentivo positivo, condicionado à
recuperação, manutenção ou melhoria na prestação de um serviço ecossistêmico.
O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) recompensa práticas externas de
manejo que promovem a recuperação, manutenção ou aumento de serviços
ecossistêmicos. Sua característica distintiva é a voluntariedade, diferenciando-se de
outros métodos de controle ambiental. As transações voluntárias podem ocorrer por meio
de compromissos unilaterais, acordos negociados ou adesão a acordos com condições
definidas pela autoridade pública.
O PSA é um instrumento voluntário, no qual os participantes se envolvem por
verem vantagens nisso e não por obrigação legal, que recompensa práticas de manejo
decorrentes de recuperação, manutenção ou aumento de serviços ecossistêmicos. Ele usa
incentivos positivos, como dinheiro, para promover essas práticas. Tendo como alvo
principalmente quatro tipos de serviços ambientais: proteção hídrica, carbono,
biodiversidade e beleza cênica. A condicionalidade é fundamental, significando que os
benefícios são concedidos somente se as condições forem atendidas. A adicionalidade é
debatida, especialmente quando se trata de práticas de remuneração já obrigatórias por
lei. O PSA pode ser eficaz em situações de forte oposição política e para lidar com a
poluição difusa, como resultante da agricultura.
Embora o PSA visar à manutenção, recuperação ou melhoria de um serviço
ecossistêmico bem definido. No entanto, a relação entre elementos, processos e funções
na natureza não é completamente compreendida. Por isso, apenas quatro tipos de serviços
ambientais são comumente negociados: proteção hídrica, carbono, biodiversidade e
beleza cênica.

Há debates sobre se o PSA pode ser usado para remunerar práticas já obrigatórias
por lei. O debate inclui questões como a adicionalidade (a concessão de benefícios
adicionais ao cenário sem o PSA) e se o PSA deve ser usado para remunerar práticas
obrigatórias por lei, o que pode ser controverso. Além disso, cada serviço ecossistêmico
pode exigir metodologias específicas, e o PSA pode ser uma opção eficaz em situações
de poluição difusa, como resultante da agricultura. Portanto, há necessidade de
aprofundar o debate e desenvolver metodologias adequadas para cada serviço.

O item 10 da parte III fala sobre Contratos de Pagamento por Serviços Ambientais
(PSA) e aborda vários aspectos relacionados a esse instrumento e seus diferentes aspectos.
Os contratos de PSA são instrumentos contratuais que envolvem partes, direitos,
obrigações, preços, prejuízos e prazos, e têm o objetivo de fazer a manutenção,
recuperação ou melhoria de serviços ecossistêmicos. Esses serviços podem incluir água,
carbono, biodiversidade e beleza cênica.
Existem vários tipos de contratos de PSA de prestação de serviços: termos de
compromisso, termos de adesão e contratos de doação onerosa. A escolha do tipo de
contrato depende das práticas de manejo possíveis e das pressões ambientais indicadas.
Os compradores de serviços ambientais podem ser pessoas físicas ou jurídicas,
públicas ou privadas. Eles podem pagar pelos serviços por razões altruístas ou para
melhorar sua imagem corporativa. Às vezes, o comprador não é o usuário direto do
serviço, e o governo pode atuar como comprador em nome da sociedade quando o
benefício é difuso. Os provedores de serviços ambientais podem incluir indivíduos,
empresas, governos, comunidades tradicionais e ONGs. O direito de propriedade é
importante no PSA, mas nem sempre é necessário. A repartição dos benefícios deve
considerar critérios ecológicos e sociais, equilibrando eficiência e equidade.
O texto também menciona a necessidade de salvaguardas para garantir a
participação justa de grupos vulneráveis, como comunidades tradicionais e povos
indígenas, nos contratos de PSA.
Quanto ao regime jurídico, existem esquemas de PSA privados, públicos e mistos.
Os privados são resolvidos por normas contratuais, enquanto os públicos envolvem o
governo como comprador. Os esquemas mistos contam com a participação do governo e
da iniciativa privada, agregando recursos e agilidade na aplicação. O texto destaca
exemplos de programas de PSA bem-sucedidos que envolvem parcerias entre ONGs,
governo e iniciativa privada, como o Projeto Oásis e o Programa Bolsa Floresta no
Amazonas.
No item relativo a contratos, o texto aborda a importância dos benefícios
financeiros e não financeiros em Programas de Pagamento por Serviços Ambientais
(PSA). Destaca que o valor do benefício deve ser pelo menos equivalente ao custo de
oportunidade do provedor do serviço ambiental. Também menciona que o incentivo pode
ser oferecido de várias formas, como dinheiro, crédito facilitado, treinamento, insumos,
equipamentos, serviços e infraestrutura. A escolha entre benefícios financeiros e não
financeiros depende do contexto local. Além disso, discute-se a fonte de financiamento,
que pode vir de fundos específicos, recursos orçamentários ou setor privado. O prazo dos
contratos de PSA varia de 5 a 10 anos, e a necessidade de monitoramento eficiente para
verificar a prestação do serviço ambiental é enfatizada,
O texto enfatiza a importância de uma abordagem cuidadosa na definição dos
incentivos e fontes de financiamento, além da necessidade de um monitoramento eficaz
para garantir o sucesso dos programas de PSA. Enfatiza a complexidade na determinação
do prazo e a importância da linha de base para avaliação dos resultados.

Apresenta abordagem sobre Arranjos Institucionais e Críticas aos Pagamentos por


Serviços Ambientais (PSA), com ênfase em iniciativas nacionais e internacionais. Os
arranjos institucionais envolvem quem participa e quais funções desempenham em um
PSA, adaptando-se à realidade local. As críticas ao PSA incluem preocupações com a
"privatização e mercantilização da natureza", impacto nos direitos das comunidades
locais e dúvidas sobre a eficácia em lidar com os padrões de produção e consumo.
O REDD+ é um mecanismo de redução de emissões por desmatamento e
manipulação florestal. Cita ainda iniciativas notáveis que tem como objetivo principal
equilibrar a proteção ambiental com o desenvolvimento sustentável, beneficiando tanto o
meio ambiente quanto as comunidades locais, exemplificando o programa de Nova
Iorque, que economizou recursos ao investir em proteção de bacias hidrográficas, e o
programa da Costa Rica, pioneiro na América Latina. No Brasil, destaca-se o Programa
Produtor de Água, focado na melhoria da qualidade e quantidade hídrica por meio de
práticas de conservação, além de diversos programas estaduais de PSA.
No que concerne ao arcabouço legal, o livro aborda os relacionados aos
Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) no Brasil. Inicialmente, destaca a
apresentação do Projeto de Lei no. O Decreto-Lei n.º 792/2007 da Câmara dos Deputados,
que define serviços ambientais e impactos, levando a diversas proposições relacionadas,
como a Política Nacional dos Serviços Ambientais (PNPSA) e o Programa Federal de
PSA (ProPSA). O texto destaca a aprovação do projeto em dezembro de 2010,
estabelecendo diretrizes, objetivos e elementos para a política nacional de PSA.
O PSA está relacionado ao Novo Código Florestal, que inclui disposições
específicas sobre esse mecanismo. O código estabelece diretrizes para a implementação
do PSA como uma ferramenta para promover a conservação de florestas e áreas de
preservação permanente, recompensando proprietários de terras por serviços ambientais
prestados. Estando também relacionado às normas da Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS).
Além disso, menciona legislações estaduais sobre PSA em estados como Acre,
Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, bem como a incorporação do PSA
no novo Código Florestal de 2012, que inclui incentivos para a preservação e recuperação
ambiental. O texto observa que, embora o novo código tenha sido criticado por retroceder
na proteção de áreas naturais, também aprendeu mecanismos de incentivo à conservação.
Destaca a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), promulgada em 2010,
que aborda a gestão de resíduos sólidos, incentivando a reciclagem e mencionando a
possibilidade de pagamento por serviços ambientais relacionados à coleta e triagem de
resíduos sólidos, particularmente para catadores. Por fim, ressalta que o PSA urbano
apresenta desafios conceituais, pois o sistema originalmente foi destinado a áreas rurais,
mas sugere que a PNRS permite a adaptação do PSA para áreas urbanas, desde normas
que sejam específicas pelos entes federados.
Nas suas conclusões o texto destaca a importância da Política de Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA) como instrumento econômico para preservar, restaurar e
aumentar os processos ecológicos, ecossistemas e suas espécies, conforme previsto na
Constituição Federal. O PSA é mais eficaz quando os ecossistemas estão ameaçados, mas
não perdidos. Ele é recomendado em situações de poluição difusa, forte oposição política,
capacidade institucional fraca e quando a autoridade política não abrange a área
necessária. Para ser eficaz, é importante oferecer benefícios equivalentes aos custos de
oportunidade e envolver vários atores, apesar de ter custos de transação significativos.
Além disso, sugere que o Ministério Público (MP) pode desempenhar um papel
importante na promoção e aprimoramento do PSA para prevenção e reparos de danos
ambientais. Destaca-se a necessidade de considerar não apenas o ecossistema afetado,
mas também os benefícios e serviços que ele proporciona ao avaliar o dano ambiental.
Recomenda-se peças integrantes do dano, preferencialmente "in natura" e "in situ", e em
casos de impossibilidade, recorre-se à indenização ambiental e, em último caso, à
indenização.
Menciona ainda a possibilidade de incorporar instrumentos econômicos em
Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) para cumprir obrigações ambientais. Além
disso, destaca a importância da participação do MP no conselho gestor de fundos de
direitos difusos para garantir a aplicação efetiva dos recursos pecuniários.
Finalmente, são apresentados dois projetos desenvolvidos pelo Ministério Público
de Minas Gerais, o Projeto Oásis Brumadinho e o Projeto Proverde, como exemplos de
iniciativas que utilizam o PSA para promover a preservação e recuperação ambiental.
Estes projetos demonstram a aplicação prática e os benefícios do PSA em parceria com
organizações locais e fundações.

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