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Resumo
O presente estudo teve como objectivo, Analisar o Impacto da Conservação Participativa dos Recursos Naturais.
A pesquisa teve uma amostra de 17 pessoas escolhidas cuidadosamente, sendo 3 do sexo feminino e 14 do sexo
masculino. Para facilitar e tornar possível o processo de colecta de dados, usou-se um questionário contendo 09
questões fechadas de múltipla escolha, adaptado por (SILVA, 2003), é um instrumento adaptado para analisar
e descrever Impacto da conservação participativa dos recursos naturais. Para o tratamento de dados usou-se o
programa SPSS versão 22.0. onde foi aplicado o método de abordagem qualitativa do tipo descritivo, e que
chegou – se a conclusão de que os Impactos da Conservação Participativa dos Recursos Naturais na comunidade
de Quelimane - Mocímboa da Praia foram: Redução de conflitos de terra; Redução de mortes por causa dos
conflitos; Equilíbrio da biodiversidade local; Aumento de conhecimento em uso racional da terra e dos recursos
naturais; Melhoria da capacidade conservadora dos recursos naturais e Responsabilidade mutua entre agentes
extratores dos recursos naturais e o meio ambiente, promovendo um bem estar e um desenvolvimento
sustentável local.
Palavras-chaves – impacto, conservação participativa, recursos naturais.
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CAPITULO I
1. Introdução
Aliadas a estas actividades ligadas ao meio ambiente, Cabo delgado devido uma vasta de
descobertas de recursos naturais, dai a necessidade não fica de fora no envolvimento de ações
que concerne na conservação participativa dos recursos naturais.
1.2. Tema
O tema é algo que impulsiona o autor a desenvolver aspectos relativos com fenómenos que
observou num determinado período de tempo em diversas circunstâncias, contudo, o tema
em destaque desta pesquisa é: “ O Impacto da Conservação Participativa dos Recursos
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1.3. Problematização
A busca pelo desenvolvimento económico sustentável determinou o surgimento de novas
concepções dentro das ciências de gestão, prova disso é o aparecimento da economia do meio
ambiente que é o estudo da valoração dos recursos naturais e de seus métodos, a fim de
contribuir para o desenvolvimento sustentável, que inclui o crescimento da produção, justiça
distributiva e Conservação ambiental (TRAJANO, 2010). Neste sentido, a valoração
ambiental confere aportes a uma percepção social ampliada para o entendimento sobre as
prioridades relacionadas à manutenção e recuperação dos benefícios ambientais
disponibilizados pelos ecossistemas.
A Conservação dos recursos naturais é um processo onde as políticas e os planos de uso são
desenvolvidos e implementados, descrevem-se os objectivos gerais sobre como os recursos
naturais devem ser usados e geridos, incluindo os mecanismos de gestão onde a co-gestão é
parte integrante (TRAJANO, 2010).
1.4. Justificativa
As estratégias e propostas de ação desencadeadas nos dias actuais no sentido de restabelecer
o respeito pelas leis que regem o equilíbrio ambiental, atendendo à especificidade como
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Diante destes factos, torna-se necessária uma Educação Ambiental que auxilie na gestão dos
recursos naturais, através da elevação da consciencialização ambiental, podendo levar a
novos conhecimentos, habilidades, experiências, valores e na busca de soluções para os
problemas ambientais, presentes e futuros SIMÃO, (2009).
A pesquisa demonstra-se ser relevante na medida em que busca uma correlação da educação
Ambiental e método de valoração contingente na conservação participativa dos recursos
naturais, com ênfase multidisciplinar que proporcione uma melhor leitura da realidade e
promova nova postura do cidadão, frente aos problemas socio ambientais, procurando a
implantação de um modelo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente
sustentável, que pressupõe mudanças radicais na consciência da sociedade e nos
comportamentos de todos actores envolvidos nas políticas de gestão ambiental não só da
comunidade de quelimane, mas também da província e no país em geral.
Assim o objectivo é a descrição clara dos resultados que desejamos alcançar com a mesma
actividade”. Partindo deste pressuposto, constituem objectivos desta pesquisa os seguintes:
1.6. Hipóteses
Hipótese 1: O envolvimento das estruturas locais no uso dos recursos naturais, contribui para
a conservação participativa dos mesmos
Hipótese 2: O não envolvimento das estruturas locais no processo de uso dos recursos
naturas, leva o desmatamento do meio ambiente local.
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CAPITULO II
2. Revisão Bibliográfica
Neste capítulo, são apresentados os conceitos discutidos com maior frequência no trabalho e
estão devidamente definidos segundo vários autores para melhor compreensão do assunto
em causa.
2.1.2. Meio ambiente: é um sistema físico biológico global em que vivem o homem e outros
organismos, um todo complexo com muitos componentes interagindo em seu interior. O
meio ambiente não se restringe somente ao meio natural, mas também engloba as questões
pertinentes ao património histórico-cultural, o espaço urbano construído, bem como as
condições saudáveis para o exercício do trabalho, abrangendo assim todas as esferas que
relacionam o homem com o seu meio CARVALHO, (2004). O conceito de meio ambiente
abrange a totalidade de um conjunto de acções, 2.1circunstâncias, origens culturais, sociais,
físicas, naturais, económicas, que envolve todas as formas de vida.
2.1.3. Recurso natural: é aquele que não foi feito pela mão humana e que é necessário para
ávida na terra, providencia insumos para a economia (MACUCULE 2006). No FUERTES
(1964), a palavra “recurso” não se refere a uma coisa ou substância propriamente dita, mas
sim à função que determinado elemento natural ou humano recebe e que, por sua vez, tem
carácter utilitário com o objectivo de alcançar um determinado fim como o de, por exemplo,
satisfazer necessidades humanas.
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2.3. Gestão: é um processo cíclico que envolve várias fases, as fases principais resumem-se
na formulação das políticas e dos planos de desenvolvimento, na formulação e
implementação desses planos e na avaliação da implementação das políticas e dos planos de
gestão, (SILVA, 2003).
3.3.1. Gestão dos recursos naturais: é uma particularidade da gestão ambiental, preocupa-
se em especial com o conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de acções determinadas
e conceituadas pelos agentes socioeconómicos, públicos e privados, que interagem no
processo de uso dos recursos naturais, garantindo sustentabilidade. A gestão procura
estabelecer, recuperar e manter o equilíbrio entre a natureza e sociedade, por meio da
administração dos ecossistemas naturais e sociais com vistas ao desenvolvimento das
actividades humanas e à protecção dos recursos naturais, dentro de parâmetros pré-definidos
(SILVA, 2003).
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2.3.3. Gestão participativa dos recursos naturais: é definida como uma situação em que
as instâncias governamentais legalmente responsáveis por essa gestão e a comunidade de
usuários directos do recurso compartilham a responsabilidade desse manejo. É uma situação
que está sendo observada em vários níveis de complexidade e em diferentes contextos socio
ambientais (VASCONCELOS, 1997)
2.4. Conservação
Do latim conservatĭo, a conservação é a acção e o efeito de conservar (manter, cuidar ou
preservar algo, continuar uma prática de costumes). O termo é aplicado no âmbito da
natureza, da alimentação e da biologia, entre outros.
A conservação ambiental ou conservação das espécies, por exemplo, faz referência à
protecção dos animais, das plantas e do planeta em geral. Esta conservação visa garantir a
subsistência dos seres humanos, da fauna e da flora, evitando a contaminação e o
esgotamento dos recursos (VASCONCELOS, 1997).
A criação de áreas protegidas (como reservas naturais ou parques nacionais) é uma das
políticas mais frequentes para a conservação ambiental. Nesses espaços, a actividade humana
está restringida.
O estado de conservação é o indicador que reflecte a probabilidade que tem uma espécie de
continuar a existir a curto ou a longo prazo. Baseia-se nas características da população actual
e nas tendências exibidas ao longo do tempo.
A conservação de alimentos, por outro lado, consiste em diversas técnicas para prolongar a
vida e a disponibilidade da comida para humanos ou animais. A desidratação, a
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2.5. Desmatamento
Desmatamento é atualmente um dos maiores desafios da humanidade. Crescente em muitas
regiões do planeta, a retirada da cobertura vegetal tem preocupado o mundo todo
envolvem queimadas propositais e até mesmo exploração de áreas de conservação para fins
pessoais, como especulação fundiária.
As principais consequências estão relacionadas ao meio ambiente e a tudo que lhe diz
respeito. Ao desmatar, compromete-se toda a biodiversidade da área. Espécies da fauna
perdem seu habitat e espécies da flora podem entrar para a lista de ameaças à extinção e
assim causar um enorme desequilíbrio ambiental, prejudicando até mesmo as atividades
primárias, das quais dependem muitas famílias, e também a economia, como a caça, a
agricultura e a pecuária.
Segundo SOUZA, (1994). A retirada da cobertura vegetal também agrava a questão
das mudanças climáticas. Além do aumento das emissões de gases poluentes à atmosfera que
tem agravado o efeito estufa e o aquecimento global, o desmatamento também é considerado
um dos fatores responsáveis pelas alterações no clima. Os anos estão cada vez mais quentes,
e o aumento da temperatura da Terra tem causado inúmeros danos aos ecossistemas e
também à saúde humana.
Outra questão diretamente ligada ao desmatamento está relacionada às alterações provocadas
no solo, bem como nos recursos hídricos. Retirar a vegetação de uma determinada área
favorece o processo de erosão do solo, pois é a cobertura vegetal que auxilia na infiltração
da água da chuva. Portanto, sem ela, a água escorre sobre o solo, provocando deslizamentos
e a erosão. A retirada da vegetação próxima a áreas de cursos d'água também provoca
deslizamentos de terra, que se deposita nos rios, provocando então o assoreamento.
Todas essas questões convertem para o bem-estar e a qualidade de vida de todos os seres
vivos no planeta. Todos nós dependemos das florestas, seja para a produção de oxigênio, seja
para o fornecimento de matéria-prima para a produção de itens essenciais à vida. Se
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acabamos com esse recurso natural, obviamente somos nós que sofreremos diretamente as
consequências. E isso já tem sido observado.
Diversos recursos naturais estão acabando, comprometendo as gerações futuras. O clima tem
sofrido mudanças sentidas em todas as partes do mundo. E exatamente por essas questões, o
desmatamento tem sido apontando como um dos maiores desafios da atualidade.
2.6.1. Impacto
Do latim tardio impactus, o impacto é o choque de um objecto contra algo. Impacto também
é a marca ou as sequelas deixadas por um choque: “O impacto do meteorito no campo pode
ver-se nitidamente a partir do helicóptero”, “Os impactos de bala na porta da loja
testemunham claramente a violência do assalto”, “A parede da sala mostra o impacto de uma
bola, prova irrefutável de que esteve alguém a jogar futebol no interior da casa”.
A noção de impacto ambiental, por outro lado, diz respeito ao efeito causado pela actividade
humana sobre o meio ambiente. É hábito usar-se o conceito para fazer alusão aos efeitos
colaterais que uma determinada exploração económica tem sobre o meio natural: “A
actividade mineira é uma actividade bastante rentável para as empresas, mas de enorme
impacto ambiental para os moradores locais” (MACUCULE, 2006).
Diagnóstico Rural Participativo (D.R.P) este termo é definido como sendo um conjunto de
técnicas e ferramentas que permite que as comunidades façam o seu próprio diagnóstico e a
partir daí comecem o autogerir o seu planeamento e desenvolvimento. Este por sua vez tem
duas fases distintas: a fase preparação e a fase de Trabalho do Campo (SOUSA, 2003).
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Para dar maior impacto Conservação Participativa Local dos Recursos Naturais, foi proposto
"O Diagnóstico Rural Rápido" (D.R.R.), principalmente para um levantamento tradicional
de dados participativos e menos trabalhoso. Além disso, procura uma maior participação do
chamado beneficiário, para se aproximar mais das suas necessidades e realidade.
A complexidade dos impactos que têm ocorrido durante a realização de diferentes projectos
de desenvolvimento levaram a uma tomada de medidas visando a minimizar os efeitos desses
impactos sobre o meio ambiente.
Em geral o DRR é utilizado para obterem os dados necessários para um projecto novo ou
para analisar o desenvolvimento de um projecto, sendo possível adapta-lo a partir desta
análise. Mas com estas mudanças, as medidas tomadas pelos projectos acabaram sendo pouco
sustentável. Como consequência, o processo de identificação participativa se estendeu à
execução participativa de projectos. Então deu voz e voto aos grupos em todos passos de um
projecto, criando assim, o Diagnóstico Rural Participativo (D.R.P).
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➢ Põe em contacto directo os que planejam, agentes de ter em conta com as pessoas da
comunidade e vice-versa; onde todos participam durante o processo diagnóstico;
➢ Facilita o intercâmbio de informação e a verificação desta por todos grupos da
comunidade;
➢ O DRP, como metodologia, aponta a multidisciplinaridade. Ideal para estabelecer
nexos entre sectores tais como: floresta, agricultura, a saúde educação e outros;
➢ As ferramentas do DRP prestam muito bem para identificar aspectos específicos de
género;
➢ Facilita a participação tanto de homens como de mulheres de diferentes grupos da
comunidade.
JACOBI, (2003). Inspira no livro "A pedagogia do oprimido", foi um movimento iniciado
nos anos 60, que teve grande importância para o conceito Diagnóstico Rural Participativo
(DRP), este não foi o único fundamento para desenvolvimento do Diagnóstico Rural
Participativo (DRP), propôs-se a "educação popular ". Mas, mesmo com estas mudanças, as
medidas tomadas pelos projectos acabaram sendo pouco sustentáveis. Como consequência,
o processo de identificação participativa de projectos. Então se deu voto aos grupos em todos
passos de um projecto, criando assim, o Diagnóstico Rural Participativo (DRP).
impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infelizmente, na grande maioria das vezes, os
impactos são negativos, acarretando degradação e poluição do ambiente.
Os impactos negativos no meio ambiente estão diretamente relacionados com o aumento
crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos
recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção constante
de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas as grandes empresas afetam o meio, nós, com
pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais diariamente.
Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar:
➢ A diminuição dos mananciais,
➢ Extinção De Espécies,
➢ Inundações,
➢ Erosões,
➢ Poluição,
➢ Mudanças Climáticas,
➢ Destruição da camada de ozônio,
➢ Chuva Ácida,
➢ Agravamento do efeito estufa; e
➢ Destruição de habitats.
Ainda assim, as falas gravadas e transcritas dos usuários dos recursos naturais estão sendo
lidas como ingredientes, matérias-primas, elementos significativos das representações sociais
do coletivo, que podem auxiliar na compreensão do processo de institucionalização da
Reserva. Porque elas são uma forma de conhecimento elaborada socialmente e partilhada
entre as pessoas, que converge para a construção de uma realidade comum a um grupo social
e possui um objetivo prático.
Ou seja, as representações sociais são orientadas para a comunicação e são uma forma
comprometida e/ou negociada de explicar, interpretar a realidade, o contexto material, social,
ideativo em que se vive. Elas são núcleos estruturantes do social e, simultaneamente, campos
socialmente elaborados, estruturados. Portanto, contribuem para a construção de uma
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De acordo com SOUZA, (1994). A competição pelos recursos naturais pode levar à
intensificação e à sustentação da violência. Contudo, apesar de ser menos dramático e de lhes
ser dado menor importância, os recursos naturais têm um papel fulcral na resolução e gestão
dos conflitos, assim como na prevenção e recorrência de violência após o ambiente de
conflito vivenciado. Para se tentar combater este tipo de problemas, indo á raiz do mesmo, a
comunidade internacional desenvolveu um certificado que ajudasse a travar a presença de
diamantes provenientes de áreas de conflito nos mercados internacionais, legais. Foi dessa
forma que foi criado o Processo Kimberley26 (Sistema de Certificação do Processo
Kimberley, para que a divulgação de dados deste sector exija, obrigatoriamente,
transparência, este que é um dos mercados repleto de segredos (United States Institute of
Peace, 2007. A utilização de meios violentos para capturar territórios ricos em recursos e o
trabalho forçado para a sua extração, fez com os grupos rebeldes tivessem criado um negócio
lucrativo e que retirassem benefícios da participação no mercado mundial SOUZA, (1994).
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Refere que os grupos rebeldes, em alguns territórios, encontraram as condições ideais para
tornar a rebelião, financeira e militarmente, viável.
Cada parte envolvida no conflito tem os seus interesses, ora sejam de identidade étnica, ora
devido à riqueza, a impunidade ou o poder. Nos PED, onde os padrões internacionais não
existiam antes do conflito, é difícil de fazer a gestão dos recursos naturais com transparência,
equidade e sustentabilidade. No entanto, cabe ás organizações internacionais ajudar a
estabelecer um padrão que possa travar a corrupção, construir a confiança e prevenir a
competição de grupos na luta pela riqueza dos recursos naturais (Millennium Ecosystem
Assessment (2005). São diversos e complexos os fatores que levam ao irromper dos conflitos
violentos, no entanto, deve ser feita uma abordagem de prevenção. Onde se devem adoptar
estratégias de prevenção de conflitos, que sejam eficazes e que constituam um mote
importante para se colocarem os PED na rota do desenvolvimento. A prevenção depende,
largamente, da implementação de medidas eficazes que levem a um positivo desempenho
económico e que façam com que o ciclo vicioso se dissipe e que o desenvolvimento esteja
ao alcance dos PED.
JACOBI, (2003). Sugere que são necessárias soluções para a redução da ocorrência de
conflitos e estas devem passar pela promoção de estratégias que a longo prazo se fazem
ressentir na prevenção do conflito, reduzindo a sua duração e na criação de contextos que
possibilitem a manutenção da paz, sustentavelmente, nas situações de pós-conflito. O mesmo
autor sugere que sejam criados um conjunto de instrumentos que, posteriormente, devem ser
colocados ao serviço do desenvolvimento, tais como: medidas efetivas na gestão das receitas
que provêm da exploração de recursos naturais; a participação da comunidade local nas trocas
comerciais internacionais de forma activa e num ambiente favorável; a criação de estratégias
de uma governação adequada; a concepção de instituições que sejam democráticas, capazes
e legítimas; e ainda, medidas que cooperem no sentido do crescimento económico destas
regiões.
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CAPITULO III
3. Metodologia
3.1. Tipo de estudo
O presente estudo caracteriza-se como um trabalho/estudo de campo de carácter transversal
e descritivo com uma abordagem qualitativa.
CAPITULO IV
Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordo 9 50,0 50,0 50,0
Não
discordo/nem 5 30,0 30,0 80,0
Concordo
Concordo 3 20,0 20,0 100,0
Total 80 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
A tabela acima refere-se a “A Terra é um organismo vivo capaz de se adaptar e superar
os efeitos negativos da exploração dos recursos naturais”, onde verificamos que uma
maior parte da amostra, 9 pessoas correspondentes a 50% discordam que a terra é um
organismo vivo capaz de se adaptar e superar os efeitos negativos da exploração dos recursos
naturais, 5 pessoas que perfazem 30% foram unanimes em responder a questão quem não
discordam e nem concordam e 3 dos nossos inqueridos perfazendo 20% concordam que a
terra é um organismo vivo capaz de se adaptar e superar os efeitos negativos da exploração
dos recursos naturais. Estes dados são semelhantes aos de GONÇALVES (2006), que
realizou um estudo com 80 indivíduos com objectivos de contribuir para o aprofundamento
das questões presentes no processo da Conservação participativa dos recursos naturais numa
dada comunidade, e resultados confirmaram que a existência de impactos positivos após a
implementação duma gestão participativa.
Concordo
15 90,0 90,0 100,0
plenamente
Total 17 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Em relação a tabela acima, onde procura saber que “a perda da biodiversidade é a principal
consequência da exploração dos recursos naturais”, onde podemos notar que uma amostra
maioritária de 15 inqueridos correspondentes a 90% concordam plenamente que a perda da
biodiversidade é a principal consequência da exploração dos recursos naturais, ao passo que
2 pessoas correspondentes a 10% discordam que esse seja o motivo. Estes dados têm com os
encontrados com CHAVES, (2008), (1998), onde os resultados do seu estudo revelou que a
falta da conservação participativa no processo do uso e exploração dos recursos naturais leva
a perda da biodiversidade, resultante do desmatamento por indivíduos que não intendem nada
da educação ambiental, entre outros.
Tabela 8: A luta pela posse do local dos recursos naturais está na base de muitos conflitos
na comunidade
Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordo 5 30,0 30,0 30,0
Concorda
9 50,0 50,0 80,0
Plenamente
Concordo 3 20,0 20,0 100,0
Total 80 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Em relação a questão “A luta pela posse do local dos recursos naturais está na base de
muitos conflitos na comunidade”, verificamos que cerca 5 pessoas da nossa amostra,
correspondentes a 30% discordam o facto existência da luta pela posse do local dos recursos
naturais está na base de muitos conflitos na comunidade; ao passo que 12 dos inqueridos
onde 9 que corresponde a 50% e os 3 que correspondem 20% que totaliza uma amostra de
70% concordam plenamente e concordam que a luta pela posse do local dos recursos naturais
está na base de muitos conflitos na comunidade.
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Tabela 10: A exploração dos recursos naturais diante de uma conservação participativa gera
por vezes boas condições de trabalho para a comunidade sem conflitos.
Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordam 2 10,0 10,0 10,0
Concordo
15 90,0 90,0 100,0
plenamente
Total 17 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
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A tabela acima, procura saber se “a exploração dos recursos naturais diante de uma
conservação participativa gera por vezes boas condições de trabalho para a
comunidade sem conflitos”, onde verificamos que uma maior amostra, 15 inqueridos
correspondente a 90% concordam plenamente que a exploração dos recursos naturais diante
de uma conservação participativa gera por vezes boas condições de trabalho para a
comunidade sem conflitos, ao passo que 2 pessoas correspondentes a 10% discordam por
causa da injustiça humana e a sua ganancia.
Tabela 11: A escassez e dificuldade de acesso a água potável e ares para o cultivo é uma
realidade em ares de exploração dos recursos naturais, por isso deve existir a conservação
participativa
Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Não discorda
5 30,0 30,0 30,0
/nem concorda
Concorda
9 50,0 50,0 80,0
Plenamente
Concordo 3 20,0 20,0 100,0
Total 80 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Em relação a tabela acima com a questão “A escassez e dificuldade de acesso a água
potável e ares para o cultivo é uma realidade em ares de exploração dos recursos
naturais, por isso deve existir a conservação participativa”, verificamos que cerca 5
pessoas da nossa amostra, correspondentes a 30% não discorda e nem concorda esse facto;
ao passo que 12 dos inqueridos onde 9 que corresponde a 50% e os 3 que correspondem 20%
que totaliza uma amostra de 70% concordam plenamente e concordam que a escassez e
dificuldade de acesso a água potável e ares para o cultivo é uma realidade em ares de
exploração dos recursos naturais, por isso deve existir a conservação participativa.
Tabela 12: A conservação participativa dos recusrsos naturais garante o usos racional do
mesmo, e evita impactos negativos na comunidade
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Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Concorda 17 100,0 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Para a questão “A conservação participativa dos recusrsos naturais garante o usos
racional do mesmo, e evita impactos negativos na comunidade”, verificamos que todos
os inquiridos, ou seja, 100% da amostra afirmou que a A conservação participativa dos
recusrsos naturais garante o usos racional do mesmo, e evita impactos negativos na
comunidade e traz benefícios em desenvolvimento local, de acordo a tabela acima.
5. Conclusão
Foi possível concluir, com este estudo, que as mobilizações em torno da criação de um orgao
das Reservas Extrativistas e as formas participativas em torno de sua institucionalização têm
sido para as populações tradicionais (comunidade local), um meio de obtencao de
conhecimento ambiental, o leva ao uso e extracao racional dos recursos naturais.
Participação requer o reconhecimento mútuo de saberes e de competências. Importa, em
especial, compreender como os usuários das Reservas estão participando. Eles devem dar os
maiores passos para assumir os novos lugares e papéis sociais. Significa ter a vontade de
atuar e modificar seu meio social, mais do que ser determinado por ele. Nessa perspectiva,
refere-se aos atores nos territórios de conservação, SENHORAS at al., (2009)
Chegou-se a conclusão que a escassez e dificuldade de acesso a água potável e ares para o
cultivo é uma realidade em ares de exploração dos recursos naturais, por isso deve existir a
conservação participativa.
Ainda o estudo levou a conclusão de que, a Educação ambiental é a base para o
desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária no acesso aos recursos naturais e
sua conservação sustentável, visto quando se não tem leva as pessoas envolvidas no uso e
extração de recursos naturais de forma não racional e posteriormente causa impactos
negativos como: a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões,
poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento
do efeito estufa; e destruição de habitats.
Verificou-se que, a terra é um organismo vivo capaz de se adaptar e superar os efeitos
negativos da exploração dos recursos naturais mas a sociedade humana está a exceder-se na
exploração e uso dos recursos naturais, o que propicia os impactos acima mencionados.
Constatou – se, ainda através da pesquisa realizada, que a luta pela posse do local dos recursos
naturais está na base de muitos conflitos dai que a exploração dos recursos naturais diante de
uma conservação participativa gera por boas condições de trabalho para a comunidade sem
conflitos, criando impactos como: Redução de conflitos de terra; Redução de mortes por
causa dos conflitos; Equilíbrio da biodiversidade local; Aumento de conhecimento em uso
racional da terra e dos recursos naturais; Melhoria da capacidade conservadora dos recursos
naturais e Responsabilidade mutua entre agentes extratores dos recursos naturais e o meio
ambiente, promovendo um bem estar e um desenvolvimento sustentável local.
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