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Impacto da Conservação Participativa dos Recursos

Naturais, caso da Comunidade de Quelimanne, Distrito de


Mocimboa da Praia (2016 – 2018)

dr. Litos Hasmim Maquina

Nampula, Fevereiro de 2020


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Resumo

O presente estudo teve como objectivo, Analisar o Impacto da Conservação Participativa dos Recursos Naturais.
A pesquisa teve uma amostra de 17 pessoas escolhidas cuidadosamente, sendo 3 do sexo feminino e 14 do sexo
masculino. Para facilitar e tornar possível o processo de colecta de dados, usou-se um questionário contendo 09
questões fechadas de múltipla escolha, adaptado por (SILVA, 2003), é um instrumento adaptado para analisar
e descrever Impacto da conservação participativa dos recursos naturais. Para o tratamento de dados usou-se o
programa SPSS versão 22.0. onde foi aplicado o método de abordagem qualitativa do tipo descritivo, e que
chegou – se a conclusão de que os Impactos da Conservação Participativa dos Recursos Naturais na comunidade
de Quelimane - Mocímboa da Praia foram: Redução de conflitos de terra; Redução de mortes por causa dos
conflitos; Equilíbrio da biodiversidade local; Aumento de conhecimento em uso racional da terra e dos recursos
naturais; Melhoria da capacidade conservadora dos recursos naturais e Responsabilidade mutua entre agentes
extratores dos recursos naturais e o meio ambiente, promovendo um bem estar e um desenvolvimento
sustentável local.
Palavras-chaves – impacto, conservação participativa, recursos naturais.
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CAPITULO I

1. Introdução

A gestão de Recursos Naturais é o conjunto de ações destinadas a regular o uso, o controle e


a proteção dos recursos naturais. Sua necessidade emergiu nos debates científico e político,
principalmente nas décadas já modernas, a cerca do interesse e da preocupação de
movimentos ambientalistas, regulamentações, organizações não-governamentais,
organizações internacionais, dentre outros, quanto às questões ambientais e ao uso
desordenado e devastador dos recursos naturais ARAUJO at al., 2013

Como é de observar, atualmente o homem vem usando o poder de transformar o meio


ambiente, modificando rapidamente o equilíbrio da natureza, essas modificações foram
surgindo devido ao uso de tecnologias e poluentes impactastes, sem o mínimo de
responsabilidade para com a preservação de elementos essenciais aos ecossistemas,
sobretudo em ênfase de um modelo que privilegia o crescimento económico em detrimento
da preservação ou conservação do meio ambiente. A Revolução Industrial foi o marco
histórico da exploração e destruição desordenada do meio ambiente, através do
desenvolvimento das economias. A partir desse momento, desencadearam-se grandes
prejuízos aos ecossistemas, tais como: alterações climáticas e perda da biodiversidade
ARAUJO at al., 2013

A preocupação com o Desenvolvimento sustentável (DS) representa a possibilidade de


garantir mudanças sociopolíticas que não comprometam os sistemas ecológicos e sociais que
sustentam as comunidades TRAJANO, (2010).

Aliadas a estas actividades ligadas ao meio ambiente, Cabo delgado devido uma vasta de
descobertas de recursos naturais, dai a necessidade não fica de fora no envolvimento de ações
que concerne na conservação participativa dos recursos naturais.

1.2. Tema
O tema é algo que impulsiona o autor a desenvolver aspectos relativos com fenómenos que
observou num determinado período de tempo em diversas circunstâncias, contudo, o tema
em destaque desta pesquisa é: “ O Impacto da Conservação Participativa dos Recursos
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Naturais. Caso da Comunidade de Quelimane, do Distrito de Mocímboa da Praia (2016


– 2018)”.

1.2.1. Delimitação do Tema:


O tema em destaque foi desenvolvido no distrito de Mocímboa da Praia, com destaque na
comunidade de quelimane, no período que se circunscreve de 2016 a 2018.

1.3. Problematização
A busca pelo desenvolvimento económico sustentável determinou o surgimento de novas
concepções dentro das ciências de gestão, prova disso é o aparecimento da economia do meio
ambiente que é o estudo da valoração dos recursos naturais e de seus métodos, a fim de
contribuir para o desenvolvimento sustentável, que inclui o crescimento da produção, justiça
distributiva e Conservação ambiental (TRAJANO, 2010). Neste sentido, a valoração
ambiental confere aportes a uma percepção social ampliada para o entendimento sobre as
prioridades relacionadas à manutenção e recuperação dos benefícios ambientais
disponibilizados pelos ecossistemas.

A Conservação dos recursos naturais é um processo onde as políticas e os planos de uso são
desenvolvidos e implementados, descrevem-se os objectivos gerais sobre como os recursos
naturais devem ser usados e geridos, incluindo os mecanismos de gestão onde a co-gestão é
parte integrante (TRAJANO, 2010).

Nesse sentido, é necessária uma conservação participativa capaz de elevar a consciência


ambiental dos cidadãos da comunidade de quelimane, para poder melhorar o processo de
gestão dos recursos naturais, pois ao incorporar a valoração dos bens e serviços gerados pelos
ecossistemas pode-se contribuir para fundamentar opções compatíveis com acções e metas
dentro da gestão. Dai que surge a questão da pesquisa: Que Impacto poderá trazer
Conservação Participativa dos Recursos Naturais para a comunidade?

1.4. Justificativa
As estratégias e propostas de ação desencadeadas nos dias actuais no sentido de restabelecer
o respeito pelas leis que regem o equilíbrio ambiental, atendendo à especificidade como
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região periférica e considerando objetivos à escala nacional, relativamente à ultraperificidade


da região no contexto mundial.

A dimensão na extração de recursos naturais local, exige políticas e estratégias de


conservação ambiental, que sustentem um equilíbrio entre população e território,
biogeografia particular e ecologia, com valores biológicos, ecológicos e recursos cénicos que
impõem desafios de planeamento na conservação das áreas. A conservação dos recursos
naturais obriga à implementação de novas técnicas e instrumentos, evitando consequências
nefastas para a humanidade (Apud WCED, 1987). O desenvolvimento económico e social,
constituem preocupação em territórios com economias pequenas, dependentes dos mercados
externos, com elevados custos de transporte e pequenas populações SIMÃO, (2009). Posto
isto, exige-se abordagens adaptativas e soluções para os ecossistemas vulneráveis que
necessitam de proteção, com atenção para o planeamento e conservação (FONSECA et al.,
2011).

Diante destes factos, torna-se necessária uma Educação Ambiental que auxilie na gestão dos
recursos naturais, através da elevação da consciencialização ambiental, podendo levar a
novos conhecimentos, habilidades, experiências, valores e na busca de soluções para os
problemas ambientais, presentes e futuros SIMÃO, (2009).

A pesquisa demonstra-se ser relevante na medida em que busca uma correlação da educação
Ambiental e método de valoração contingente na conservação participativa dos recursos
naturais, com ênfase multidisciplinar que proporcione uma melhor leitura da realidade e
promova nova postura do cidadão, frente aos problemas socio ambientais, procurando a
implantação de um modelo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente
sustentável, que pressupõe mudanças radicais na consciência da sociedade e nos
comportamentos de todos actores envolvidos nas políticas de gestão ambiental não só da
comunidade de quelimane, mas também da província e no país em geral.

1.5. Objectivo da Pesquisa


Os objectivos da pesquisa científica representam, além das intenções propostas pelo
pesquisador, as possibilidades de obtenção de resultados mediante o trabalho realizado.
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Assim o objectivo é a descrição clara dos resultados que desejamos alcançar com a mesma
actividade”. Partindo deste pressuposto, constituem objectivos desta pesquisa os seguintes:

1.5.1. Objectivo Geral


✓ Analisar o Impacto da Conservação Participativa dos Recursos Naturais na
comunidade de Quelimane – Mocímboa da Praia.

1.5.2. Objectivos Específicos


✓ Identificar os efeitos de desmatamento e o uso dos Recursos Naturais na comunidade
de Quelimane – Mocímboa da Praia;
✓ Descrever o envolvimento das estruturas locais na conservação ambiental
✓ Determinar o Impacto da Conservação Participativa dos Recursos Naturais na
comunidade de Quelimane – Mocímboa da Praia

1.6. Hipóteses

Como forma de prevermos os nossos resultados, traçamos as seguintes hipóteses:

Hipótese 1: O envolvimento das estruturas locais no uso dos recursos naturais, contribui para
a conservação participativa dos mesmos
Hipótese 2: O não envolvimento das estruturas locais no processo de uso dos recursos
naturas, leva o desmatamento do meio ambiente local.
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CAPITULO II

2. Revisão Bibliográfica
Neste capítulo, são apresentados os conceitos discutidos com maior frequência no trabalho e
estão devidamente definidos segundo vários autores para melhor compreensão do assunto
em causa.

2.1. Conceitos básicos


2.1.1. Comunidade: é um grupo de pessoas que vivem na mesma área, e que muitas vezes
partilham mesmos interesses, objectivos, regras sociais ou familiares (MACUCULE 2006).
É um agrupamento de famílias e indivíduos que vivem numa circuncisão de nível local ou
inferior que visa salvaguardar os interesses comuns.

2.1.2. Meio ambiente: é um sistema físico biológico global em que vivem o homem e outros
organismos, um todo complexo com muitos componentes interagindo em seu interior. O
meio ambiente não se restringe somente ao meio natural, mas também engloba as questões
pertinentes ao património histórico-cultural, o espaço urbano construído, bem como as
condições saudáveis para o exercício do trabalho, abrangendo assim todas as esferas que
relacionam o homem com o seu meio CARVALHO, (2004). O conceito de meio ambiente
abrange a totalidade de um conjunto de acções, 2.1circunstâncias, origens culturais, sociais,
físicas, naturais, económicas, que envolve todas as formas de vida.

2.1.3. Recurso natural: é aquele que não foi feito pela mão humana e que é necessário para
ávida na terra, providencia insumos para a economia (MACUCULE 2006). No FUERTES
(1964), a palavra “recurso” não se refere a uma coisa ou substância propriamente dita, mas
sim à função que determinado elemento natural ou humano recebe e que, por sua vez, tem
carácter utilitário com o objectivo de alcançar um determinado fim como o de, por exemplo,
satisfazer necessidades humanas.
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2.1.3.1. Os Recursos naturais e a sua classificação


Desde os primórdios que as civilizações espalhadas pelo mundo se fixaram, de forma
estratégica, em locais próximos das principais fontes de elementos essenciais à sua
sobrevivência, ou seja, de recursos naturais. O Homem viveu na natureza e com a natureza
durante milhares de anos, sem que houvesse uma interferência significativa nas diversas
espécies e elementos presentes no planeta CARVALHO, (2004).
Os recursos naturais são classificados com base na sua origem (bióticos e abióticos) e
considerando se são renováveis ou não renováveis (exhaustibility). Os renováveis são
recursos que podem ser repostos ao longo do tempo por processos naturais, pelo que se não
forem utilizados de forma excessiva, tendo em conta as limitações da sua capacidade
reprodutiva, são ‘indefinidamente‘ sustentáveis; os não renováveis são recursos disponíveis
em quantidades limitadas e finitas - como os combustíveis fósseis e os minerais - cujo valor
tende a aumentar à medida que os seus quantitativos diminuem Millennium Ecosystem
Assessment (2005).

2.1.4. Educação Ambiental: é um processo por meio do qual, o indivíduo e colectividade


constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para
a conservação do meio ambiente, bem como do uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 2005).
De acordo com a Primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, a
educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam
consciência do meio ambiente e adquirem os conhecimentos, os valores, as habilidades, as
experiências e a determinação que os tomam aptos a agir individual e colectivamente para
resolver problemas ambientais presentes e futuros PORTEIRO, (2011).

2.1.4.1. Objectivos de educação ambiental


A educação ambiental tem como objectivo, portanto, formar a consciência dos cidadãos e
transformar-se em filosofia de vida de modo a levar a adopção de comportamento
ambientalmente adequado, investindo nos recursos e processos ecológicos do meio ambiente.
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A educação ambiental deve necessariamente transformar-se em acção. Segundo.


(SENHORAS at al., 2009) os objectivos da educação ambiental são:
➢ Consciência: para ajudar os grupos sociais e os indivíduos a adquirirem consciência
do meio ambiente global e ajudar-lhes a sensibilizarem-se por essas questões.
➢ Conhecimento: para ajudar os grupos sociais e os indivíduos a adquirirem
diversidade de experiências e compreensão fundamental do meio ambiente e dos
problemas anexos.
➢ Comportamento: para ajudar os grupos sociais e os indivíduos a comprometerem-
se com uma série de valores e a sentirem interesse e preocupação pelo meio ambiente,
motivando-os de tal modo que possam participar activamente da melhoria e da
protecção do meio ambiente.
➢ Habilidades: para ajudar os grupos sociais e os indivíduos a adquirirem as
habilidades necessárias para determinar e resolver os problemas ambientais.
➢ Participação: para proporcionar aos grupos sociais e aos indivíduos a possibilidade
de participarem activamente das tarefas que têm por objectivo resolver problemas
ambientais.

2.1.4.5. Princípios de educação ambiental


Da Conferência de Estocolmo resultou um documento contemplando 26 princípios acerca da
preservação do meio ambiente. A partir daí surgiram diversas instituições e grupos em prol
da defesa do meio ambiente Segundo. SENHORAS at al., (2009) os princípios básicos da
educação ambiental são:
➢ Considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em todos os seus aspectos
naturais e criados pelo homem (tecnológico e social, económico, político, histórico-
cultural, moral e estético).
➢ Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista local, regional,
nacional e internacional, de modo que os educadores se identifiquem com as
condições ambientais de outras regiões.
➢ Insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para
prevenir e resolver problemas ambientais.
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➢ Ajudar a descobrir os sintomas e causas reais dos problemas ambientais.

2.1.5. Desenvolvimento sustentável: é um processo participativo que cria e persegue uma


visão de colectividade, fazendo uso prudente de todos os recursos naturais e humanos a fim
de garantir às gerações presentes e futuras os meios para a própria realização PORTEIRO,
(2011).
O Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de gerações futuras atenderem às suas próprias necessidade.

2.2.Valoração económica e Educação Ambiental


O Desenvolvimento Sustentável é a ponte de ligação entre a Economia e a Ecologia, ao se
atribuir o valor económico dos recursos naturais, pode fazer-se a inclusão do meio ambiente
nas políticas económicas, utilizando técnicas específicas para estimar o seu valor económico,
no caso específico, com vista num crescimento económico e a sustentabilidade dos recursos
naturais. Pois quando as pessoas têm a noção do valor dos recursos ambientais, podem
facilmente aceitar os programas de conservação participativa, criando acções com vista à
preservação, conservação e gestão do meio ambiente (SILVA, 2003).

2.3. Gestão: é um processo cíclico que envolve várias fases, as fases principais resumem-se
na formulação das políticas e dos planos de desenvolvimento, na formulação e
implementação desses planos e na avaliação da implementação das políticas e dos planos de
gestão, (SILVA, 2003).

3.3.1. Gestão dos recursos naturais: é uma particularidade da gestão ambiental, preocupa-
se em especial com o conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de acções determinadas
e conceituadas pelos agentes socioeconómicos, públicos e privados, que interagem no
processo de uso dos recursos naturais, garantindo sustentabilidade. A gestão procura
estabelecer, recuperar e manter o equilíbrio entre a natureza e sociedade, por meio da
administração dos ecossistemas naturais e sociais com vistas ao desenvolvimento das
actividades humanas e à protecção dos recursos naturais, dentro de parâmetros pré-definidos
(SILVA, 2003).
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2.3.2. Gestão participativa: refere-se à incorporação de conhecimentos e valores de


diferentes agentes no uso e melhoramento da qualidade de um determinado recuso natural,
HARDING (1998) citado por MACUCULE (2006).
Segundo SOUZA, (1994). Gestão ambiental participativa é a forma de como uma
organização administra as relações entre suas actividades e o meio ambiente, observadas as
expectativas das partes interessadas.

2.3.3. Gestão participativa dos recursos naturais: é definida como uma situação em que
as instâncias governamentais legalmente responsáveis por essa gestão e a comunidade de
usuários directos do recurso compartilham a responsabilidade desse manejo. É uma situação
que está sendo observada em vários níveis de complexidade e em diferentes contextos socio
ambientais (VASCONCELOS, 1997)

2.4. Conservação
Do latim conservatĭo, a conservação é a acção e o efeito de conservar (manter, cuidar ou
preservar algo, continuar uma prática de costumes). O termo é aplicado no âmbito da
natureza, da alimentação e da biologia, entre outros.
A conservação ambiental ou conservação das espécies, por exemplo, faz referência à
protecção dos animais, das plantas e do planeta em geral. Esta conservação visa garantir a
subsistência dos seres humanos, da fauna e da flora, evitando a contaminação e o
esgotamento dos recursos (VASCONCELOS, 1997).
A criação de áreas protegidas (como reservas naturais ou parques nacionais) é uma das
políticas mais frequentes para a conservação ambiental. Nesses espaços, a actividade humana
está restringida.
O estado de conservação é o indicador que reflecte a probabilidade que tem uma espécie de
continuar a existir a curto ou a longo prazo. Baseia-se nas características da população actual
e nas tendências exibidas ao longo do tempo.
A conservação de alimentos, por outro lado, consiste em diversas técnicas para prolongar a
vida e a disponibilidade da comida para humanos ou animais. A desidratação, a
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pasteurização, a adição de sal, a defumação e a congelação são alguns dos procedimentos


mais frequentes.

2.5. Desmatamento
Desmatamento é atualmente um dos maiores desafios da humanidade. Crescente em muitas
regiões do planeta, a retirada da cobertura vegetal tem preocupado o mundo todo

Desmatamento, também chamado de desflorestamento, consiste na retirada da cobertura


vegetal parcial ou total de um determinado lugar. Enquanto alguns enxergam essa prática
como uma ação necessária ao suprimento das necessidades do ser humano, outros apontam
o desmatamento como um dos maiores problemas ambientais da atualidade. A retirada da
cobertura vegetal está relacionada a diversas causas, como a urbanização, mineração e
expansão do agronegócio, e seus impactos são inúmeros. JACOBI, (2003).

2.5.1. Causas do desmatamento


A exploração dos recursos naturais acontece desde os primórdios da humanidade. Contudo,
na medida em que a sociedade desenvolveu-se, essa exploração intensificou-se, colocando
em risco o equilíbrio do planeta e comprometendo o suprimento das gerações futuras.
Segundo SENHORAS at al., 2009, a questão do desmatamento tomou grandes proporções a
partir da Revolução Industrial. A introdução de novas tecnologias (que proporcionaram o
aumento da produção industrial) e o consumo (que aumentou consideravelmente) fizeram
com que diversas florestas temperadas e tropicais fossem devastadas, a fim de atender a essa
nova demanda.

Os países industrializados apresentaram, durante esse período, maiores taxas de


desmatamento. Com o passar dos anos, essas taxas começaram a cair nesses países e a
aumentar nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos.
O desmatamento pode ser atribuído a diversas atividades, sendo essas, em sua
maioria, antrópicas. A retirada da cobertura vegetal está relacionada, por exemplo, com
a expansão do agronegócio; com o extrativismo animal, vegetal ou mineral; com a
necessidade de explorar matéria-prima para atividades de todos os setores da economia; com
urbanização referente ao aumento das cidades; e também com atividades ilegais que
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envolvem queimadas propositais e até mesmo exploração de áreas de conservação para fins
pessoais, como especulação fundiária.

2.5.2. Consequências do desmatamento


De acordo com SENHORAS at al., 2009, assim como as causas do desmatamento são muitas,
suas consequências são proporcionais. Apesar de muitos acreditarem que se trata de um “mal
necessário” para a manutenção do bem-estar social, especialmente com a questão da
agropecuária e do extrativismo, que são atividades essenciais ao desenvolvimento de um país,
a questão do desmatamento tomou proporções jamais vistas, colocando em risco todo o
equilíbrio biológico do planeta Terra.

As principais consequências estão relacionadas ao meio ambiente e a tudo que lhe diz
respeito. Ao desmatar, compromete-se toda a biodiversidade da área. Espécies da fauna
perdem seu habitat e espécies da flora podem entrar para a lista de ameaças à extinção e
assim causar um enorme desequilíbrio ambiental, prejudicando até mesmo as atividades
primárias, das quais dependem muitas famílias, e também a economia, como a caça, a
agricultura e a pecuária.
Segundo SOUZA, (1994). A retirada da cobertura vegetal também agrava a questão
das mudanças climáticas. Além do aumento das emissões de gases poluentes à atmosfera que
tem agravado o efeito estufa e o aquecimento global, o desmatamento também é considerado
um dos fatores responsáveis pelas alterações no clima. Os anos estão cada vez mais quentes,
e o aumento da temperatura da Terra tem causado inúmeros danos aos ecossistemas e
também à saúde humana.
Outra questão diretamente ligada ao desmatamento está relacionada às alterações provocadas
no solo, bem como nos recursos hídricos. Retirar a vegetação de uma determinada área
favorece o processo de erosão do solo, pois é a cobertura vegetal que auxilia na infiltração
da água da chuva. Portanto, sem ela, a água escorre sobre o solo, provocando deslizamentos
e a erosão. A retirada da vegetação próxima a áreas de cursos d'água também provoca
deslizamentos de terra, que se deposita nos rios, provocando então o assoreamento.
Todas essas questões convertem para o bem-estar e a qualidade de vida de todos os seres
vivos no planeta. Todos nós dependemos das florestas, seja para a produção de oxigênio, seja
para o fornecimento de matéria-prima para a produção de itens essenciais à vida. Se
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acabamos com esse recurso natural, obviamente somos nós que sofreremos diretamente as
consequências. E isso já tem sido observado.
Diversos recursos naturais estão acabando, comprometendo as gerações futuras. O clima tem
sofrido mudanças sentidas em todas as partes do mundo. E exatamente por essas questões, o
desmatamento tem sido apontando como um dos maiores desafios da atualidade.

2.6. Impacto da Conservação Participativa dos Recursos Naturais

2.6.1. Impacto
Do latim tardio impactus, o impacto é o choque de um objecto contra algo. Impacto também
é a marca ou as sequelas deixadas por um choque: “O impacto do meteorito no campo pode
ver-se nitidamente a partir do helicóptero”, “Os impactos de bala na porta da loja
testemunham claramente a violência do assalto”, “A parede da sala mostra o impacto de uma
bola, prova irrefutável de que esteve alguém a jogar futebol no interior da casa”.

A noção de impacto ambiental, por outro lado, diz respeito ao efeito causado pela actividade
humana sobre o meio ambiente. É hábito usar-se o conceito para fazer alusão aos efeitos
colaterais que uma determinada exploração económica tem sobre o meio natural: “A
actividade mineira é uma actividade bastante rentável para as empresas, mas de enorme
impacto ambiental para os moradores locais” (MACUCULE, 2006).

Como mencionado acima a conservação participativa como sendo um processo de diálogo


que procuram incluir todos os sectores e grupos envolvidos em uma questão, seja para
compartilhar conhecimentos sobre um tema, seja para a identificação colectiva de desafios,
seja para planear acções e tomar decisões colectivamente e existem várias comunidades
tradicionais que, em seu dia a dia, praticaram ou ainda praticam “gestão participativa
compartilham conhecimentos e tomam decisões em conjunto, em processos nos quais todos
participam mas a partir de um Diagnóstico Rural Participativo (D.R.P).

Diagnóstico Rural Participativo (D.R.P) este termo é definido como sendo um conjunto de
técnicas e ferramentas que permite que as comunidades façam o seu próprio diagnóstico e a
partir daí comecem o autogerir o seu planeamento e desenvolvimento. Este por sua vez tem
duas fases distintas: a fase preparação e a fase de Trabalho do Campo (SOUSA, 2003).
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2.6.2. Diagnóstico Rural Participativo


Segundo CHAVES, (2008), O diagnóstico Rural Participativo (D.R.P):

´´é o instrumento juridicamente aprovado para identificar as terras de uma


comunidade e facilitar a sua delimitação. Mas também é um instrumento importante
na capacitação das comunidades, que é o segundo objectivo da Política Nacional de
Terras, o desenvolvimento do aproveitamento da terra e outros Recursos Naturais.
Dai, o desenvolvimento da comunidade dependerá da sua capacidade do uso e
gestão desse capital e da sua capacidade de estabelecer parceiros com agentes do
sector privado, bem como do estado ´´.

A exploração e conservação da flora e da fauna obedecem um conjunto de regras sustentáveis


de modo a evitar desastres ecológicos.
❖ Flora é uma população arbórea que cobre uma grande extensão de terreno inculto ou
seja é um conjunto de árvores, uma associação predominantemente de árvores ou
outra vegetação lenhosa, ocupando extensa área de terra.
❖ Fauna é o conjunto de animais terrestre anfíbios e a fauna selvagens, e todos os
mamíferos aquático, de qualquer espécie em qualquer fase do seu desenvolvimento,
que vivem naturalmente bem como as espécies selvagens capturadas para fins de
pecuarizacão, excluindo os recursos pesqueiros.

Para dar maior impacto Conservação Participativa Local dos Recursos Naturais, foi proposto
"O Diagnóstico Rural Rápido" (D.R.R.), principalmente para um levantamento tradicional
de dados participativos e menos trabalhoso. Além disso, procura uma maior participação do
chamado beneficiário, para se aproximar mais das suas necessidades e realidade.

A complexidade dos impactos que têm ocorrido durante a realização de diferentes projectos
de desenvolvimento levaram a uma tomada de medidas visando a minimizar os efeitos desses
impactos sobre o meio ambiente.
Em geral o DRR é utilizado para obterem os dados necessários para um projecto novo ou
para analisar o desenvolvimento de um projecto, sendo possível adapta-lo a partir desta
análise. Mas com estas mudanças, as medidas tomadas pelos projectos acabaram sendo pouco
sustentável. Como consequência, o processo de identificação participativa se estendeu à
execução participativa de projectos. Então deu voz e voto aos grupos em todos passos de um
projecto, criando assim, o Diagnóstico Rural Participativo (D.R.P).
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O objectivo principal de Diagnóstico Rural Participativo (D.R.P) é apoiar a autodeterminação


pela participação, assim como, para fomentar um desenvolvimento sustentável.

O propósito do Diagnóstico Rural Participativo tem aspectos vantajosos e importante para


comunidade como por exemplo:

➢ Põe em contacto directo os que planejam, agentes de ter em conta com as pessoas da
comunidade e vice-versa; onde todos participam durante o processo diagnóstico;
➢ Facilita o intercâmbio de informação e a verificação desta por todos grupos da
comunidade;
➢ O DRP, como metodologia, aponta a multidisciplinaridade. Ideal para estabelecer
nexos entre sectores tais como: floresta, agricultura, a saúde educação e outros;
➢ As ferramentas do DRP prestam muito bem para identificar aspectos específicos de
género;
➢ Facilita a participação tanto de homens como de mulheres de diferentes grupos da
comunidade.

JACOBI, (2003). Inspira no livro "A pedagogia do oprimido", foi um movimento iniciado
nos anos 60, que teve grande importância para o conceito Diagnóstico Rural Participativo
(DRP), este não foi o único fundamento para desenvolvimento do Diagnóstico Rural
Participativo (DRP), propôs-se a "educação popular ". Mas, mesmo com estas mudanças, as
medidas tomadas pelos projectos acabaram sendo pouco sustentáveis. Como consequência,
o processo de identificação participativa de projectos. Então se deu voto aos grupos em todos
passos de um projecto, criando assim, o Diagnóstico Rural Participativo (DRP).

E um dos outros objectivos de é impulsionar auto determinação e auto análise de grupos


comunitários, o propósito do Diagnóstico Rural Participativo (DRP), é a obtenção directa de
informação primária ou de ”campo" na comunidade.

2.6.3. Impacto na conservação não participativa dos recursos naturais


Segundo GONÇALVES (2006), analisando essa resolução, percebemos que qualquer
atividade que o homem exerça no meio ambiente provocará um impacto ambiental. Esse
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impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infelizmente, na grande maioria das vezes, os
impactos são negativos, acarretando degradação e poluição do ambiente.
Os impactos negativos no meio ambiente estão diretamente relacionados com o aumento
crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos
recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção constante
de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas as grandes empresas afetam o meio, nós, com
pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais diariamente.

Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar:
➢ A diminuição dos mananciais,
➢ Extinção De Espécies,
➢ Inundações,
➢ Erosões,
➢ Poluição,
➢ Mudanças Climáticas,
➢ Destruição da camada de ozônio,
➢ Chuva Ácida,
➢ Agravamento do efeito estufa; e
➢ Destruição de habitats.

Isso acarreta, consequentemente, o aumento do número de doenças na população e em outros


seres vivos e afeta a qualidade de vida.
Para PRAZERES, (2012). vale destacar que os impactos ambientais positivos, apesar de
ocorrerem em menor quantidade, também acontecem. Ao construirmos uma área de proteção
ambiental, recuperarmos áreas degradadas, limparmos lagos e promovermos campanhas de
plantio de mudas, estamos também causando impacto no meio ambiente. Essas medidas, no
entanto, provocam modificações e alteram a qualidade de vida dos humanos e de outros seres
de uma maneira positiva.
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2.6.4. Impacto na conservação participativa dos recursos naturais


As mobilizações em torno da criação das Reservas Extrativistas e as formas participativas
em torno de sua institucionalização têm sido uma novidade para as populações tradicionais
envolvidas. Cabe lembrar aqui que o conceito de ator social contrapõe-se ao de papel social,
em princípio reprodutor da ordem. Ator social alude a indivíduos e grupos que se tornam
sujeitos, que formulam identidades e revertem hierarquias. Significa ter a vontade de atuar e
modificar seu meio social, mais do que ser determinado por ele. Nessa perspectiva, refere-se
aos atores nos territórios de conservação,( PRAZERES, 2012).

Participação requer o reconhecimento mútuo de saberes e de competências. Importa, em


especial, compreender como os usuários das Reservas estão participando. Eles devem dar os
maiores passos para assumir os novos lugares e papéis sociais, serem reconhecidos interna e
externamente. Trata-se de um processo em que, ao mesmo tempo, tem que adaptar suas
formas de se organizar coletivamente e adquirir novos habitus, ou seja, as disposições
assimiladas em função do pertencimento a determinadas classes ou frações de classes sociais.
Para os grupos locais e seus líderes não se trata apenas de adotar técnicas, ou aprender novas
práticas, através de intervenções pedagógicas diversas. Também devem assumir novas falas,
estilos, modos de associação; enfim, adquirir disposições para agir em espaços como as
assembleias dos Comitês e da comunidade formular projetos e planos inteligíveis para as
esferas de negociação de políticas e de financiamentos, PRAZERES, (2012).

Ainda assim, as falas gravadas e transcritas dos usuários dos recursos naturais estão sendo
lidas como ingredientes, matérias-primas, elementos significativos das representações sociais
do coletivo, que podem auxiliar na compreensão do processo de institucionalização da
Reserva. Porque elas são uma forma de conhecimento elaborada socialmente e partilhada
entre as pessoas, que converge para a construção de uma realidade comum a um grupo social
e possui um objetivo prático.

Ou seja, as representações sociais são orientadas para a comunicação e são uma forma
comprometida e/ou negociada de explicar, interpretar a realidade, o contexto material, social,
ideativo em que se vive. Elas são núcleos estruturantes do social e, simultaneamente, campos
socialmente elaborados, estruturados. Portanto, contribuem para a construção de uma
19

realidade comum, possibilitando-se a comunicação. Permitem desvelar teias de significados


que sustentam o cotidiano, que criam efetivamente o social e sem a qual nenhuma sociedade
existe. As representações, portanto, além de orientarem práticas sociais, definem a identidade
de grupos sociais. Afinal, trata-se de atores sociais engajados na construção de identidades
funcionais que permitem negociar as relações sociais, PRAZERES, (2012).

Segundo GONÇALVES (2006), O conceito de representação social é central na interpretação


dos dados, porque estudos sobre essas representações tendem a desvendar a concomitância
de elementos e conteúdos mais fixos, estáveis, e de conteúdos mais dinâmicos e sujeitos à
mudança. Elas são, portanto, indicativas tanto de permanências culturais, como de
multiplicidades, de diversidades, de antagonismos. Ou seja, além de as representações sociais
serem campos socialmente estruturados no cruzamento da dimensão individual e do coletivo,
estão na interface com contextos sociais de curto e de longo alcance histórico.

Parte-se ainda do pressuposto de que, como são produzidas e apreendidas no contexto da


comunicação, são estruturas dinâmicas, flexíveis, permeáveis. Logo, pode-se pensar em uma
relação íntima entre linguagem e acção. Tanto que se pode adotar, no lugar do conceito de
representação social, a categoria de práticas discursivas.

De acordo com SOUZA, (1994). A competição pelos recursos naturais pode levar à
intensificação e à sustentação da violência. Contudo, apesar de ser menos dramático e de lhes
ser dado menor importância, os recursos naturais têm um papel fulcral na resolução e gestão
dos conflitos, assim como na prevenção e recorrência de violência após o ambiente de
conflito vivenciado. Para se tentar combater este tipo de problemas, indo á raiz do mesmo, a
comunidade internacional desenvolveu um certificado que ajudasse a travar a presença de
diamantes provenientes de áreas de conflito nos mercados internacionais, legais. Foi dessa
forma que foi criado o Processo Kimberley26 (Sistema de Certificação do Processo
Kimberley, para que a divulgação de dados deste sector exija, obrigatoriamente,
transparência, este que é um dos mercados repleto de segredos (United States Institute of
Peace, 2007. A utilização de meios violentos para capturar territórios ricos em recursos e o
trabalho forçado para a sua extração, fez com os grupos rebeldes tivessem criado um negócio
lucrativo e que retirassem benefícios da participação no mercado mundial SOUZA, (1994).
20

Refere que os grupos rebeldes, em alguns territórios, encontraram as condições ideais para
tornar a rebelião, financeira e militarmente, viável.

Cada parte envolvida no conflito tem os seus interesses, ora sejam de identidade étnica, ora
devido à riqueza, a impunidade ou o poder. Nos PED, onde os padrões internacionais não
existiam antes do conflito, é difícil de fazer a gestão dos recursos naturais com transparência,
equidade e sustentabilidade. No entanto, cabe ás organizações internacionais ajudar a
estabelecer um padrão que possa travar a corrupção, construir a confiança e prevenir a
competição de grupos na luta pela riqueza dos recursos naturais (Millennium Ecosystem
Assessment (2005). São diversos e complexos os fatores que levam ao irromper dos conflitos
violentos, no entanto, deve ser feita uma abordagem de prevenção. Onde se devem adoptar
estratégias de prevenção de conflitos, que sejam eficazes e que constituam um mote
importante para se colocarem os PED na rota do desenvolvimento. A prevenção depende,
largamente, da implementação de medidas eficazes que levem a um positivo desempenho
económico e que façam com que o ciclo vicioso se dissipe e que o desenvolvimento esteja
ao alcance dos PED.

JACOBI, (2003). Sugere que são necessárias soluções para a redução da ocorrência de
conflitos e estas devem passar pela promoção de estratégias que a longo prazo se fazem
ressentir na prevenção do conflito, reduzindo a sua duração e na criação de contextos que
possibilitem a manutenção da paz, sustentavelmente, nas situações de pós-conflito. O mesmo
autor sugere que sejam criados um conjunto de instrumentos que, posteriormente, devem ser
colocados ao serviço do desenvolvimento, tais como: medidas efetivas na gestão das receitas
que provêm da exploração de recursos naturais; a participação da comunidade local nas trocas
comerciais internacionais de forma activa e num ambiente favorável; a criação de estratégias
de uma governação adequada; a concepção de instituições que sejam democráticas, capazes
e legítimas; e ainda, medidas que cooperem no sentido do crescimento económico destas
regiões.
21

CAPITULO III

3. Metodologia
3.1. Tipo de estudo
O presente estudo caracteriza-se como um trabalho/estudo de campo de carácter transversal
e descritivo com uma abordagem qualitativa.

3.2. População e amostra


Tabela 1: Caracterização da amostra em função do Sexo
Sexo Frequência Percentagem
Masculino 14 82.4
Feminino 3 17.6
Total 17 100.0

De acordo a tabela acima, verificamos que em relação ao sexo, participaram do estudo um


total de 17 pessoas sendo: 1 Líder Comunitário, 2 Secretários Bairro, 5 pessoas mais
influentes do Bairro, 2 chefes de quarteirões restante membros G9 (Gabinete de Gestão dos
Recursos Naturais), onde 14 pessoas foram do sexo masculino, correspondente a 82.4% e 3
pessoas do sexo feminino correspondente a 17.6% respectivamente.

Tabela 2: Caracterização da amostra em função da idade


Idade Frequência Percentagem
20 a 25 anos 2 11.8
26 a 35 anos 9 52.9
36 anos a mais 6 35.3
Total 17 100.0
A tabela acima ilustra a caracterização das pessoas entrevistadas em função da idade, onde 9
correspondentes a 52.9% estão entre 26 a 35 anos de idade (corresponde a amostra maior),
em seguida, 6 indivíduos correspondentes 35.3% estão entre os 35 anos de idade para cima
e apenas 2 indivíduos correspondentes a 11.8% estão entre 20 a 25 anos de idade (os mais
jovens), respectivamente.
22

Tabela 3: Caracterização da amostra em função do nível académico


Nível académico Frequência Percentagem
Médio 11 35.3
Licenciado 6 64.7
Total 17 100.0
Em relação a tabela acima, onde se faz a caracterização da amostra em função do nível
académico dos entrevistados, verificamos que um total de 11 pessoas correspondentes a
64.7% possui o nível medio e 6 pessoas correspondentes a 35.3% possui o nível de
licenciado.

3.3. Instrumento para recolha de dados


A técnica utilizada para colecta de dados foi um questionário semiestruturado com 9
questões. É um questionário estabelecido ou validado pela escola superior de geografia da
universidade do ceara, que tem por objectivo analisar os impactos da conservação
participativa dos recursos naturais de uma dada comunidade.

3.4. Procedimento para recolha de dados


As pessoas participantes na investigação, foram contactadas através de uma credencial da
UCM-IED/CED enviada ao responsável (líder comunitário), anexando-se uma cópia do
questionário aplicado. Explicou-se o objectivo da investigação.

3.5. Tratamento estatístico


A análise dos dados foi feita por meio de estatística descritiva, e os dados foram analisados
pelo pacote estatístico SPSS versão 22.0, em seguida os mesmos foram convertidos em
tabelas de maneira a facilitar a percepção das respostas dadas pelos pacotes estatístico.

3.6. Questões éticas


De forma a garantir segurança dos entrevistados, garantimos sigilo e após o preenchimento
do questionário, efectuamos a recolha do mesmo, no local e na hora previamente indicada.
23

CAPITULO IV

4. Apresentação e discussão de resultados


Tabela 4: O ser humano tem o direito de explorar os recursos naturais de acordo com as suas
necessidades
Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Concordo 17 100,0 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Em relação a questão “ O ser humano tem o direito de explorar os recursos naturais de
acordo com as suas necessidades”, verificamos que todos os indivíduos envolvidos nesta
pesquisa (17), que corresponde aos 100% afirmaram positivamente que possuem o direito de
explorar os recursos naturais, o que nos leva a crer que a comunidade deseja fazer parte da
exploração dos recursos naturais.

Tabela 5: A sociedade humana está a exceder-se na exploração e uso dos recursos


Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordam 2 10,0 10,0 10,0
Concordo
15 90,0 90,0 100,0
plenamente
Total 17 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
A tabela acima, procura saber se a sociedade humana está a exceder-se na exploração e uso
dos recursos, onde verificamos que uma maior amostra, 15 inqueridos correspondente a 90%
concordam plenamente a sociedade humana está a exceder-se na exploração e uso dos
recursos, ao passo que 2 pessoas correspondentes a 10% discordam que a sociedade humana
está a exceder-se na exploração e uso dos recursos.
24

Tabela 6: A Terra é um organismo vivo capaz de se adaptar e superar os efeitos negativos


da exploração dos recursos naturais

Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordo 9 50,0 50,0 50,0
Não
discordo/nem 5 30,0 30,0 80,0
Concordo
Concordo 3 20,0 20,0 100,0
Total 80 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
A tabela acima refere-se a “A Terra é um organismo vivo capaz de se adaptar e superar
os efeitos negativos da exploração dos recursos naturais”, onde verificamos que uma
maior parte da amostra, 9 pessoas correspondentes a 50% discordam que a terra é um
organismo vivo capaz de se adaptar e superar os efeitos negativos da exploração dos recursos
naturais, 5 pessoas que perfazem 30% foram unanimes em responder a questão quem não
discordam e nem concordam e 3 dos nossos inqueridos perfazendo 20% concordam que a
terra é um organismo vivo capaz de se adaptar e superar os efeitos negativos da exploração
dos recursos naturais. Estes dados são semelhantes aos de GONÇALVES (2006), que
realizou um estudo com 80 indivíduos com objectivos de contribuir para o aprofundamento
das questões presentes no processo da Conservação participativa dos recursos naturais numa
dada comunidade, e resultados confirmaram que a existência de impactos positivos após a
implementação duma gestão participativa.

Tabela 7: A perda da biodiversidade é a principal consequência da exploração dos recursos


naturais
Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordam 2 10,0 10,0 10,0
25

Concordo
15 90,0 90,0 100,0
plenamente
Total 17 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Em relação a tabela acima, onde procura saber que “a perda da biodiversidade é a principal
consequência da exploração dos recursos naturais”, onde podemos notar que uma amostra
maioritária de 15 inqueridos correspondentes a 90% concordam plenamente que a perda da
biodiversidade é a principal consequência da exploração dos recursos naturais, ao passo que
2 pessoas correspondentes a 10% discordam que esse seja o motivo. Estes dados têm com os
encontrados com CHAVES, (2008), (1998), onde os resultados do seu estudo revelou que a
falta da conservação participativa no processo do uso e exploração dos recursos naturais leva
a perda da biodiversidade, resultante do desmatamento por indivíduos que não intendem nada
da educação ambiental, entre outros.

Tabela 8: A luta pela posse do local dos recursos naturais está na base de muitos conflitos
na comunidade

Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordo 5 30,0 30,0 30,0
Concorda
9 50,0 50,0 80,0
Plenamente
Concordo 3 20,0 20,0 100,0
Total 80 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Em relação a questão “A luta pela posse do local dos recursos naturais está na base de
muitos conflitos na comunidade”, verificamos que cerca 5 pessoas da nossa amostra,
correspondentes a 30% discordam o facto existência da luta pela posse do local dos recursos
naturais está na base de muitos conflitos na comunidade; ao passo que 12 dos inqueridos
onde 9 que corresponde a 50% e os 3 que correspondem 20% que totaliza uma amostra de
70% concordam plenamente e concordam que a luta pela posse do local dos recursos naturais
está na base de muitos conflitos na comunidade.
26

Tabela 9: A Educação ambiental é a base para o desenvolvimento de uma sociedade mais


justa e igualitária no acesso aos recursos naturais e sua conservação sustentável
Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordo 5 30,0 30,0 30,0
Concordo
Plenament 12 70,0 70,0 100,0
e
Total 80 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Em relação a questão “A Educação ambiental é a base para o desenvolvimento de uma
sociedade mais justa e igualitária no acesso aos recursos naturais e sua conservação
sustentável”, verificamos que 30% da amostra, ou seja, 5 pessoas inquiridas discordam que
esse seja o meio, e os outros 70% da amostra concorda plenamente, segundo a tabela acima.
Estes resultados assemelham-se encontrados mais uma vez dos já encontrados por MOURA,
(2013). Onde alem seu estudo ter revelado que a falta da conservação participativa no
processo do uso e exploração dos recursos naturais leva a perda da biodiversidade, resultante
do desmatamento por indivíduos que não intendem nada da educação ambiental, entre outros.
Mas também encontrou que a educação ambiental leva a comunidade a perceber os reais
impactos no uso irracional da terra e da exploração dos recursos naturais.

Tabela 10: A exploração dos recursos naturais diante de uma conservação participativa gera
por vezes boas condições de trabalho para a comunidade sem conflitos.

Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Discordam 2 10,0 10,0 10,0
Concordo
15 90,0 90,0 100,0
plenamente
Total 17 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
27

A tabela acima, procura saber se “a exploração dos recursos naturais diante de uma
conservação participativa gera por vezes boas condições de trabalho para a
comunidade sem conflitos”, onde verificamos que uma maior amostra, 15 inqueridos
correspondente a 90% concordam plenamente que a exploração dos recursos naturais diante
de uma conservação participativa gera por vezes boas condições de trabalho para a
comunidade sem conflitos, ao passo que 2 pessoas correspondentes a 10% discordam por
causa da injustiça humana e a sua ganancia.

Tabela 11: A escassez e dificuldade de acesso a água potável e ares para o cultivo é uma
realidade em ares de exploração dos recursos naturais, por isso deve existir a conservação
participativa
Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Não discorda
5 30,0 30,0 30,0
/nem concorda
Concorda
9 50,0 50,0 80,0
Plenamente
Concordo 3 20,0 20,0 100,0
Total 80 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Em relação a tabela acima com a questão “A escassez e dificuldade de acesso a água
potável e ares para o cultivo é uma realidade em ares de exploração dos recursos
naturais, por isso deve existir a conservação participativa”, verificamos que cerca 5
pessoas da nossa amostra, correspondentes a 30% não discorda e nem concorda esse facto;
ao passo que 12 dos inqueridos onde 9 que corresponde a 50% e os 3 que correspondem 20%
que totaliza uma amostra de 70% concordam plenamente e concordam que a escassez e
dificuldade de acesso a água potável e ares para o cultivo é uma realidade em ares de
exploração dos recursos naturais, por isso deve existir a conservação participativa.

Tabela 12: A conservação participativa dos recusrsos naturais garante o usos racional do
mesmo, e evita impactos negativos na comunidade
28

Percentagem Percentagem
Item Frequência Percentagem valida acumulada
Concorda 17 100,0 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
Para a questão “A conservação participativa dos recusrsos naturais garante o usos
racional do mesmo, e evita impactos negativos na comunidade”, verificamos que todos
os inquiridos, ou seja, 100% da amostra afirmou que a A conservação participativa dos
recusrsos naturais garante o usos racional do mesmo, e evita impactos negativos na
comunidade e traz benefícios em desenvolvimento local, de acordo a tabela acima.

Tabela 13: Dados descritivos do Impacto da Conservação Participativa dos Recursos


Naturais na comunidade.
Percentagem
Item Frequência Percentagem valida
Redução de conflitos de terra 17 100 100
Redução de mortes por causa 100
17 100
dos conflitos
Equilíbrio da biodiversidade 100
17 100
local
Aumento de conhecimento 100
em uso racional da terra e dos 17 100
recursos naturais
Melhoria da capacidade 100
conservadora dos recursos 17 100
naturais
Responsabilidade mutua 100
entre agentes extratores dos
17 100
recursos naturais e o meio
ambiente
Total 100,0 100,0
Fonte: O autor 2020
29

A tabela acima trata da “Descrição do Impacto da Conservação Participativa dos


Recursos Naturais na comunidade”, a partir duma questão vaga durante a nossa entrevista
no processo de coleta de dados, onde procuramos saber “ Quais são os impactos de uma
conservação participativa?”. Sob ponto de vista da nossa amostra verificamos em 100%,
quer dizer em todos os 17, as seguintes respostas: Redução de conflitos de terra; Redução de
mortes por causa dos conflitos; Equilíbrio da biodiversidade local; Aumento de
conhecimento em uso racional da terra e dos recursos naturais; Melhoria da capacidade
conservadora dos recursos naturais e Responsabilidade mutua entre agentes extratores dos
recursos naturais e o meio ambiente. Estes dados são olhados nos resultados de estudos de
vários autores arrolados nesta pesquisa como sendo de forma resumida o impacto positivo
resultante da conservação participativa.
30

5. Conclusão

Foi possível concluir, com este estudo, que as mobilizações em torno da criação de um orgao
das Reservas Extrativistas e as formas participativas em torno de sua institucionalização têm
sido para as populações tradicionais (comunidade local), um meio de obtencao de
conhecimento ambiental, o leva ao uso e extracao racional dos recursos naturais.
Participação requer o reconhecimento mútuo de saberes e de competências. Importa, em
especial, compreender como os usuários das Reservas estão participando. Eles devem dar os
maiores passos para assumir os novos lugares e papéis sociais. Significa ter a vontade de
atuar e modificar seu meio social, mais do que ser determinado por ele. Nessa perspectiva,
refere-se aos atores nos territórios de conservação, SENHORAS at al., (2009)
Chegou-se a conclusão que a escassez e dificuldade de acesso a água potável e ares para o
cultivo é uma realidade em ares de exploração dos recursos naturais, por isso deve existir a
conservação participativa.
Ainda o estudo levou a conclusão de que, a Educação ambiental é a base para o
desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária no acesso aos recursos naturais e
sua conservação sustentável, visto quando se não tem leva as pessoas envolvidas no uso e
extração de recursos naturais de forma não racional e posteriormente causa impactos
negativos como: a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões,
poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento
do efeito estufa; e destruição de habitats.
Verificou-se que, a terra é um organismo vivo capaz de se adaptar e superar os efeitos
negativos da exploração dos recursos naturais mas a sociedade humana está a exceder-se na
exploração e uso dos recursos naturais, o que propicia os impactos acima mencionados.
Constatou – se, ainda através da pesquisa realizada, que a luta pela posse do local dos recursos
naturais está na base de muitos conflitos dai que a exploração dos recursos naturais diante de
uma conservação participativa gera por boas condições de trabalho para a comunidade sem
conflitos, criando impactos como: Redução de conflitos de terra; Redução de mortes por
causa dos conflitos; Equilíbrio da biodiversidade local; Aumento de conhecimento em uso
racional da terra e dos recursos naturais; Melhoria da capacidade conservadora dos recursos
naturais e Responsabilidade mutua entre agentes extratores dos recursos naturais e o meio
ambiente, promovendo um bem estar e um desenvolvimento sustentável local.
31

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