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GOIANÉSIA
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
GOIANÉSIA
2023
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO URBANO NA CONSTRUÇÃO DE ÁREAS
VERDES PARA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- Essa temática foi escolhida com o objetivo de compreender os impactos produzidos pelas áreas
verdes urbanas. O estudo do tema proposto mostra-se importante, pois incentiva a análise crítica sobre a
implantação dos projetos respeitando fatores como clima, solo ou mesmo ações de manutenção e controle
no momento de colocar em prática a arborização dessas áreas baseando as diretrizes no plano Diretor de
cada cidade, diminuindo a troca do verde pelos concretos altera o clima, solo e qualidade do ambiente.
Objetivou-se, então, observar e entender a influência que traz a qualidade vida e do ambiente. Diante disto,
no decorrer deste artigo científico, a procura foi tentar achar respostas para entender como a qualidade de
vida nessas áreas urbanas verdes podem ser afetadas. Para tanto, a metodologia aplicada na realização
deste trabalho foi pesquisas bibliográficas e documental sites de instituições públicas e privadas, leitura de
artigos e livros que oferecessem um bom embasamento teórico do tema proposto. E através de análises
chegou-se ao resultado que o planejamento urbano é essencial para as áreas verdes desenvolverem bem
esses fatores citados. Cabendo as políticas públicas o monitoramento da qualidade ambiental no que tange
o desenvolvimento e expansão urbana.
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janainamarciamartins@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
A criação assim como a organização de áreas verdes urbanas deve manter o meio
ambiente agradável e esteticamente visual para o homem, sem ultrapassar os limites da
qualidade ambiental, e para isso é necessário um bom planejamento urbano que vise o
crescimento populacional dando condições ambientais e sua disponibilidade a favor do
bem-estar da população (BUCCHERI FILHO; NUCCI, 2006).
Neste contexto, é dever de todos preservar essas áreas podendo assim desfrutar
dos inúmeros benefícios que elas oferecem como clima mais ameno, menos ruídos e
poluição, auxílio no controle hídrico entre outros.
Este trabalho teve como objetivo analisar as principais características na qualidade
de vida que as áreas verdes trazem, os impactos na saúde mental e os fatores
impactantes na saúde da população.
Os conceitos estudados para o desenvolvimento deste artigo estão respaldados
em Lima, quando este discute a qualidade de vida urbana realizando uma analogia com
o desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental). Para Lima (2011), a
qualidade ambiental proporcionada pelas áreas verdes urbanas influencia na perspectiva
econômica atenuando gastos com a saúde causados por poluição, ruídos, estresses e
demais outros fatores. Na visão social fornece principalmente a recreação para
população. E no meio ambiente contribui na retenção da umidade do solo que influencia
na fauna, flora, temperatura e demais outros fatores.
Santos (1988) analisa que esses espaços verdes são pouco aproveitados:
as áreas verdes tornam as referências nos grandes centros urbanos, estando
mais associadas à função recreativa, porque oferecem diversos tipos de
atividades como, por exemplo, caminhadas, jogos e relaxamento, além de
funcionarem como ponto de socialização. (SANTOS, p. 71, 1998).
O termo área verde é utilizado para definir espaços livres que haja predominância
de vegetação. No que tange o termo área verde urbana esse conceito se abrange para
espaços urbanos com predomínio de vegetação que compõe a paisagem urbana. Além
da função ecológica essas áreas verdes urbanas compõem a estética e lazer. Alguns
pesquisadores utilizam o termo floresta urbana, mas para Lima (1994) esses temas não
se referem ao mesmo elemento.
Em termos técnicos a arborização urbana pode ser representada pelas áreas
verdes compostas por parques, praças, jardins e bosques e as arborizações das vias
públicas – ruas, avenidas, canteiro central, estacionamentos entre outros. Moreira;
Santos; Fidalgo (2007) em suas obras menciona que para ser considerada área verde
urbana deve ter o propósito de servir a população de maneira geral atendendo suas
necessidades de lazer sem qualquer tipo de discriminação social.
Na tentativa de esclarecer e colocar um denominador comum entre esses
conceitos Llardent (1982) redige:
“Sistemas de espaços livres: Conjunto de espaços urbanos ao ar livre destinados
ao pedestre para o descanso, o passeio, a prática esportiva e, em geral, o recreio
e entretenimento em sua hora de ócio. Espaço livre: Quaisquer das distintas
áreas verdes que formam o sistema de espaços livres. Zonas verdes, espaços
verdes, áreas verdes, equipamento verde: Qualquer espaço livre no qual
predominam as áreas plantadas de vegetação, correspondendo, em geral, o que
se conhece como parques, jardins ou praças. ” (LLARDENT, 1982, p.151).
Siqueira (2008) destaca que essas áreas verdes na verde são fragmentos verdes
que tem a função mais simbólica que funcional, pois não conseguem atender a função
de diminuir a distância da sociedade urbana com o ecossistema e muito menos
conseguem servir de conservação ambiental. Para manter o ecossistema em estado
satisfatório seria necessária uma infraestrutura verde planejada e executada.
3 BENEFÍCIOS QUE AS ÁREAS VERDES OFERECEM A POPULAÇÃO
Bargos e Matias (2011) entendem como as áreas verdes os locais urbanos com ar
livre para o público contendo no mínimo 70% desse solo livre de construções e contendo
vegetação arbórea em solo não impermeabilizado. Os usos desses espaços devem estar
disponíveis a toda população que queiram disfrutar do seu lazer e recreação.
Nos dias atuais vários problemas como poluição do ar, desmoronamentos,
enchentes, entre outros estão diretamente ligados ao crescimento populacional e
extensão das cidades, juntamente com a falta de políticas públicas sérias e eficazes. O
que fez com que esse problema venha sendo discutido e analisado em vários trabalhos
acadêmicos (MAZZEI, COLESANTI, SANTOS, 2007). A saúde e o bem-estar estão entre
as maiores vantagens da conservação dessas áreas que tem funções ecológicas
contribuindo tanto na qualidade de vida da população quanto na qualidade ambiental
visando o qual Nahas (2009) chamada sustentabilidade do desenvolvimento humano.
No campo conceitual, a mescla dos dois conceitos (qualidade de vida e qualidade
ambiental) é de tal ordem que muitas vezes se torna difícil estabelecer se a
qualidade de vida é um dos aspectos da qualidade ambiental ou se esta é
componente do conceito de qualidade de vida. (NAHAS, 2009, p.125).
Ao entender a qualidade ambiental como um princípio para a qualidade de vida
que envolve aspectos culturais, ambientais e econômicos entende-se a necessidade de
paisagens urbanizadas baseadas no âmbito do planejamento urbano.
[...] em se tratando da mensuração da qualidade ambiental enquanto
conceituação ampla, a qualidade de vida urbana torna-se elemento da qualidade
ambiental. Entretanto, quando se trata da formulação de indicadores para
instrumentalizar o planejamento urbano, a qualidade ambiental no sentido estrito,
se torna um dos elementos do dimensionamento da qualidade de vida urbana.
(NAHAS, 2009, p. 126).
Diversos outros autores como Toledo e Santos (2008), Boeni e Silveira (2011),
Bargos e Matias (2011) falam de três fatores promovidos na qualidade de vida e também
na sustentabilidade ambiental em decorrência do uso das áreas verdes urbanas.
O primeiro fator é biológico que é capaz de ajudar na estabilidade climática, ajuda
a reduzir a temperatura local e consequentemente ajuda na redução de energia, é uma
barreira acústica natural e é um espaço para atividades livres.
O segundo é o fator ecológico que favorece na purificação do ar ajudando na
eliminação de bactérias e microrganismos, equilibra a umidade do ar, é capaz de reciclar
os gases através da fotossíntese, estabiliza o solo com as raízes e diminuem a
impermeabilização dos solos além de proteger as nascentes e mananciais fornecendo
abrigo e alimento para a fauna local.
E por fim o fator psicológico tendo um espaço para convívio social e visual, além
de poder ser utilizado para lazer e diversão diminuindo o desconforto térmico em dias de
alta temperatura, favorece a formação de memórias e ajuda a minimizar os impactos da
expansão populacional.
Contudo o planejamento urbano é essencial para as áreas verdes desenvolverem
bem esses fatores citados. Cabendo as políticas públicas o monitoramento da qualidade
ambiental no que tange o desenvolvimento e expansão urbana.
6 CONCLUSÃO
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