Você está na página 1de 15

PAISAGISMO

Aplicabilidade do
paisagismo no
espaço público
e privado
Vanessa Guerini Scopel

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Reconhecer como o paisagismo pode interferir nos espaços público e privado.
> Identificar as formas de projetar espaços que promovam a qualidade de
vida dos usuários com o uso de vegetações.
> Desenvolver habilidades projetuais arquitetônicas paisagísticas.

Introdução
Os espaços livres nas cidades, ou seja, aqueles sem edificações, são áreas impor-
tantes para a população, pois permitem um respiro e possibilitam a entrada de
luz natural e ventos, servindo como válvulas de escape em meio à infraestrutura
urbana. Essas áreas já trazem alguns benefícios apenas por existirem, mas, ao
serem pensadas por meio de um paisagismo adequado, conseguem desenvolver
seus respectivos potenciais dentro dos espaços das cidades. Espaços públicos
ou privados abertos, com vegetações adequadas, caminhos, sombras, aromas e
demais elementos, locados por meio de um projeto paisagístico, são capazes de
trazer grandes benefícios, tanto relacionados à qualidade da paisagem quanto
ao conforto ambiental, além de cumprirem uma função social.
2 Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado

Neste capítulo, você vai entender a importância da aplicabilidade do paisagismo


em espaços públicos e privados, vendo de que maneira essas propostas devem ser
pensadas e quais habilidades e competências o profissional da área deve desen-
volver para ser capaz de criar soluções paisagísticas adequadas a cada contexto.

Paisagismo nos espaços públicos e privados


As cidades são áreas urbanizadas que contêm serviços e infraestrutura. São
compostas, entre outros elementos, pelos espaços, ou seja, pelas áreas
públicas ou privadas, livres ou edificadas, onde a vida social acontece. In-
dependentemente do caráter desses espaços, todos eles são responsáveis
por formar a paisagem urbana, podendo ela ser mais ou menos adequada,
conforme a maneira com que cada uma dessas áreas é trabalhada.
Assim, Fenianos e Jung (1996) destacam que a paisagem vai sendo modifi-
cada conforme as necessidades das pessoas e, na medida em que é pensada
além da estética e da função, consegue inspirar sentimentos e emoções. Marx
e Tabacow (2004, p. 34) complementam que:

O conceito de paisagem às vezes é distorcido, entendido como um conjunto de


elementos naturais, moldando uma vista, geralmente distante e nada mais do
que isso, porém paisagem é o domínio do visível, onde o espectador é conduzido
através de elementos diversos, de forma a se sentir dentro de um todo, onde a
riqueza de detalhes se apresenta como numa música, em tempo e em espaço. Ela
é formada não só por volumes, mas também por cores, odores, movimentos e sons.

Tendo em vista a importância da paisagem, sendo ela indissociável da


vida humana, a atividade do paisagismo se insere como agente qualificador
desses lugares. De acordo com Waterman (2011), a paisagem, mesmo pare-
cendo natural, é um elemento construído, e o paisagismo tem com a função
de, por meio da abrangência de estudos em diversos aspectos, interligar as
características humanas e geográficas, buscando um equilíbrio estético entre
os vários componentes da paisagem.
Macedo (1999) complementa que o paisagismo pode ser aplicado a diversas
escalas, em espaços de diferentes caraterísticas. Assim, o uso de vegetação
em áreas públicas e privadas, por meio de propostas pensadas e adequa-
das a cada realidade, além de conferirem identidade ao local, utilizam-se
dos condicionantes e exploram as formas, cores e texturas, qualificando as
paisagens e influenciando a percepção das cidades.
Nesse sentido, o paisagismo também tem busca valorizar os espaços
abertos (Figura 1), a fim de que sejam percebidos em todo seu potencial,
Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado 3

beneficiando a vida e as atividades. Muito mais do que humanizar certas


áreas ao acrescentar-lhes diferentes espécies vegetais, o paisagismo é capaz
de potencializá-las e conferir a elas novos usos, além de torná-las locais de
contemplação e valorização da natureza.

Figura 1. Exemplos de valorização do espaço através de projetos paisagísticos.


Fonte: Waterman (2011, p. 175).

De acordo com Gatto, Paiva e Gonçalves (2002), o arquiteto paisagista


consegue, por meio de seus projetos, não somente criar propostas para novas
áreas, mas também requalificar e recuperar áreas abandonadas ou que não
recebem manutenção, além de conservar os espaços existentes. Esse processo
é fundamentado em estudos, análises e aplicação de princípios para tornar
os espaços dinâmicos e atrativos, podendo, com isso, influenciar até mesmo
o humor e as emoções das pessoas.
Leenhardt (2006, p. 17), complementa que a missão social de um paisagista
também tem um aspecto pedagógico, “de fazer, compreender e amar o que
a natureza representa, procurando conservá-la, pois é dela que depende
4 Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado

a sobrevivência dos seres vivos, tendo o máximo de consideração com o


destinatário de suas criações”. Portanto, o projeto paisagístico é capaz de
interferir na qualidade da paisagem e trazer diversos benefícios para as
pessoas que têm contato ou usufruem desses espaços.

Nesta abordagem, o paisagismo serve como uma ferramenta de auxílio para recriar
espaços vivos e ter de volta áreas verdes em nossa convivência. A natureza fornece
vida, é fundamental a sua preservação. Sem as plantas essa vida não existiria e a
jardinagem fornece a chance de transformar positivamente, melhorando as con-
dições ambientais locais, reflorestando áreas, agindo em uma área considerada
inadequada e as transformando em um jardim maravilhoso (TUPIASSÚ, 2008, p. 16).

Grandes ou pequenos, os espaços abertos naturais em meio ao construído,


além de possibilitarem uma melhora da qualidade urbana, também servem
como áreas de recreação e lazer, sendo considerados, conforme Waterman
(2011, p. 178), como “microcosmos da paisagem maior”. Tais áreas podem estar
presentes nos locais públicos das cidades, ou seja, em espaços que qualquer
pessoa está livre para utilizar, ou podem estar associados a edificações,
dentro de um lote delimitado (Figura 2), ou seja, em espaços privados. Em
ambos os casos, esses locais permitem que as pessoas estejam em contato
com a natureza e possam praticar atividades ao ar livre.

Figura 2. Exemplo de jardim privado.


Fonte: Waterman (2011, p. 27).
Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado 5

Esses espaços podem se conformar de variadas maneiras, na forma de


praças, parques, canteiros entre ruas e até mesmo na forma de jardins entre o
espaço público e as edificações. De acordo com Tuan (2013), são esses locais,
juntamente com a arquitetura e os demais elementos do espaço urbano, que
formam a paisagem da cidade.
Tuan (2013) destaca que é preciso diferenciar o termo “espaço” de “lugar”.
Segundo o autor, qualquer parte de uma cidade pode ser considerada um
espaço, mas esse espaço só adquire sentido de lugar se estiver dotado de
significado. Assim, o paisagismo, por meio de suas técnicas de composição,
consegue transformar esses espaços em lugares, conferindo a eles identidade,
conceito, conforto e qualidade.
Desse modo, o paisagismo é capaz de qualificar tanto os espaços exte-
riores — entendidos, conforme Ashihara (1982), como locais que delimitam
a natureza — quanto os espaços abertos, mas internos em uma edificação,
como, por exemplo, os chamados jardins de inverno.

O termo micropaisagismo refere-se a projetos de paisagismo de-


senvolvidos para áreas pequenas, de menor escala. Nesses casos,
em virtude do diminuto tamanho da área, e consequentemente, de uma com-
plexidade mais baixa de projeto, um único profissional é capaz de desenvolver
uma proposta paisagística.
Já quando se trabalha com o macropaisagismo, ou seja, com uma escala
projetual maior, para grandes áreas, como praças, parques, bosques, entre
outros, é necessário que o projeto e a execução contem com uma equipe de
profissionais capazes de compatibilizar suas técnicas de acordo com cada
necessidade.

Além disso, é muito importante perceber que um espaço livre privado,


como o recuo frontal de uma edificação (Figura 3), se trabalhado de maneira
adequada por meio do paisagismo, é capaz de favorecer positivamente o
espaço público.
6 Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado

Figura 3. Exemplo de jardim nos recuos.


Fonte: Gehl (2013, p. 63).

Nesse sentido, quer um espaço aberto seja público ou privado, ele pode
e deve ser trabalhado por meio dos princípios do paisagismo, de modo a
qualificar a porção da cidade em que está inserido. Por si só, áreas naturais
já melhoram o ambiente urbano, mas, ao serem pensadas de acordo com
princípios e técnicas, esses locais ganham qualidade, se potencializam e
trazem os mais diversos benefícios para a população.

Projetos paisagísticos e a sua relação com a


qualidade de vida
Os espaços abertos de uma cidade são elementos responsáveis por garantir
a qualidade de vida das pessoas. As áreas livres são fundamentais para a
vida urbana, seja para crianças, idosos ou adultos. Áreas livres maiores,
como os parques e as praças, permitem caminhadas, corridas, piqueniques,
jogos e diversas atividades de recreação e lazer. Espaços menores, como os
recuos das edificações, servem como uma transição entre o espaço privado
e o espaço público, além de serem locais de cultivo da natureza, descanso
e contemplação.
Ademais, os canteiros das ruas e calçadas são porções menores que embe-
lezam a cidade, proporcionam sombra, frutos e aromas. Loboda e De Angelis
(2005) acrescentam que as áreas com vegetações são imprescindíveis para o
bem-estar e contribuem para a saúde mental, além de melhorarem também
a qualidade ambiental da cidade, por meio do conforto térmico e acústico.
Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado 7

Elas agem simultaneamente sobre o lado físico e mental do homem, absorvendo


ruídos, atenuando o calor do sol; no plano psicológico, atenuam o sentimento de
opressão do homem com relação às grandes edificações; constituem-se em eficaz
filtro das partículas sólidas em suspensão no ar, contribuem para a formação e
o aprimoramento do senso estético, entre tantos outros benefícios (LOBODA; DE
ANGELIS, 2005, p. 134).

Conforme Kunreuther e Ferraz (2012), essas áreas ainda podem servir


como referências da cidade, incentivando a preservação e o conhecimento
da natureza. Por sua vez, Prinz (1984) complementa que, muito além de per-
mitirem a insolação e a ventilação. Assim, o desenvolvimento de projetos
paisagísticos é uma atividade extremamente importante e deve ser entendida
como parte fundamental para dar vitalidade a esses espaços, estimulando
encontros entre as pessoas, melhorando as sensações de bem-estar e sendo
pensados para permitir uma sensação de topofilia.

Conforme Tuan (2013), a topofilia pode ser entendida como um elo


efetivo entre um ambiente físico e um indivíduo. Esse elo engloba
percepções, atitudes e valores, e o paisagismo é capaz, mediante suas inter-
venções no meio ambiente, de fornecer estímulos sensoriais a fim de melhorar
esses espaços e possibilitar essa relação entre eles e as pessoas.

Nesse sentido, Abbud (2010) afirma que um projeto paisagístico é capaz


de limitar e também subdividir espaços, mas deve sempre considerar o que
já existe. Para isso, o autor destaca que cada proposta deve ser embasada
e fundamentada para ser capaz de construir ou reconstruir elementos es-
senciais da paisagem, sendo minimamente agressiva à natureza. Ademais,
para realizar um projeto paisagístico que qualifique a paisagem, é preciso
pensar o paisagismo considerando os três planos principais: plano de teto,
plano vertical de vedação e plano de piso (Figura 4).
8 Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado

Figura 4. Três planos a serem trabalhados no paisagismo.


Fonte: Abbud (2010, p. 20).

Diante disso, para um projeto paisagístico causar boas sensações, trazer


vitalidade e melhorar a qualidade do espaço, ele deve trabalhar com os três
planos. Isso, porém, não significa que é necessário um grande investimento
para um projeto ser eficiente. Nesse sentido, o projeto paisagístico deve
entrar como um agregador, equilibrando o que se deseja investir no local
com ideias criativas e até mesmo simplificadas, mas capazes de ser eficientes
para a realidade de cada local.
Outro aspecto relevante destacado por Abbud (2010) é que um projeto
paisagístico deve ser pensado em âmbito global, sem se ater apenas a uma
escala individual. Nessa mesma linha, conforme explica Tardin (2010), ao
pensar no paisagismo dos espaços, sejam eles públicos ou privados, é fun-
damental identificar a paisagem e pensar em seu melhoramento por meio de
uma ordem sistêmica, em que o produto seja uma resposta ao que as pessoas
ou a sociedade necessitam. Assim, não basta delimitar porções no espaço,
mas também prever os tipos de vegetação, suas texturas, formas e cores,
integrando-os a um objetivo de projeto e compondo com o todo.
Salgueiro (2001) acrescenta que o projeto paisagístico deve ir muito além da
estética, devendo abarcar também uma função social, promovendo encontros
e a socialização. Nesse sentido, Marx e Tabacow (2004) complementam que
as áreas vegetadas não devem ser pensadas somente como produtos de um
conjunto de vegetações, e sim como uma parte fundamental para a vida em
sociedade, exprimindo harmonia e se conformando como uma obra de arte,
pensada e relevante para o meio urbano.
Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado 9

O projeto urbano e paisagístico da Praça da Escola La Pau, na ci-


dade de Barcelona, Espanha, é um exemplo de paisagismo bastante
simples, mas que gerou grandes benefícios à área. O local, apesar de livre de
edificações, estava em desuso, mal cuidado e, por esse motivo, degradado. A
ideia do projeto foi naturalizar o espaço, criando uma conexão com a escola.
Para isso, sugeriu-se uma pavimentação permeável, a fim de que as crianças
pudessem utilizar a área para brincadeiras, mas que isso não prejudicasse o
escoamento da água. Combinado a essa alternativa, foram locadas porções de
jardins. O projeto trabalhou com dois eixos principais, sendo um deles devolver
a natureza para o espaço.
Nesse sentido, a vegetação pensada para o local tinha por objetivo diminuir a
ilha de calor pela inserção de árvores com copas maiores, que proporcionassem
sombra e proteção a outras espécies que pudessem complementar o projeto e
proporcionar espaços naturais e lúdicos, atraindo as crianças com suas cores
e texturas (Figura 5). A combinação de vegetações também reforçou a ideia de
levar biodiversidades ao espaço.

Figura 5. Projeto paisagístico da Praça da Escola La Pau, em Barcelona.


Fonte: Leku Studio (2020, documento on-line)

Para que um projeto paisagístico consiga de fato contribuir para a qua-


lidade de vida de uma população, acima de tudo ele deve ser pensado com
base nas necessidades e condicionantes de seu contexto. Conhecimentos
10 Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado

sobre as espécies e sobre os princípios do projeto ajudam torná-lo atrativo,


mas é preciso pensá-lo de acordo com cada realidade para que se torne a
proposta mais adequada e que traga os mais diversos benefícios para aquele
espaço específico da cidade.

Habilidades para projetos paisagísticos


Segundo Barbosa (2000), como o paisagismo representa uma atividade que
une fundamentos técnicos e sensibilidade para reconstituir paisagens natu-
rais em meio às construções, o profissional deve não somente ter um amplo
conhecimento da cidade, das edificações e dos espaços livres, mas também
aprofundar-se nos estudos de botânica, ecologia, agricultura e variações
climáticas.
Nesse sentido, o profissional paisagista deve ter um olhar técnico, bus-
cando as melhores alternativas para cada criação, considerando o contexto,
um programa de necessidades que exprima o que é pretendido para a porção
a ser trabalhada, o terreno e seus condicionantes naturais, incluindo a topo-
grafia, a insolação e o regime de ventos.
Araújo (2008) complementa que é necessário realizar um levantamento
do local, visualizando os elementos da área, e pensar profundamente em
como eles funcionam, produzindo análises in loco de modo a compreender,
por exemplo, suas particularidades fitotécnicas, quanto de luminosidade
as plantas recebem, como é seu crescimento e suas raízes e quais são as
características de solo e nutrientes.
De modo complementar, Lucchesi (2006) destaca que um paisagismo de
sucesso é norteado por alguns indicadores básicos, como a escolha correta
das plantas, principalmente aquelas próximas a piscinas, espelhos de água
e fontes; o conhecimento do porte e crescimento de cada espécie, a fim de
preparar o solo e delimitar o espaçamento entre elas para que consigam se
desenvolver da maneira correta; a utilização de espécies adequadas para
diferentes estações, garantindo que os espaços estejam sempre renovados e
vivos; a escolha de cercas vivas que cresçam depressa e com isso possibilitem
o fechamento das porções desejadas; o uso de canteiros de alturas variadas
para favorecer as espécies escolhidas; no caso de hortas, a escolha do local
adequado para o plantio de cada vegetal e a variação das espécies; a criação
de um contraste de cores de acordo com as espécies optadas para o projeto;
a elaboração de caminhos confortáveis, acessíveis e seguros; a utilização de
limitadores de canteiros de maneira criativa e atrativa; e, por fim, o plantio
Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado 11

correto das mudas, para que a terra não apareça e cada planta fique fixada
de forma correta e segura para o seu desenvolvimento (Figura 6).

Figura 6. Composição de vegetações.


Fonte: Waterman (2011, p. 97).

Lucchesi (2006) ainda destaca alguns erros que, se não forem evitados
pelo profissional paisagista, podem prejudicar tanto o resultado da proposta
quanto sua manutenção: utilizar pedras em excesso; locar trepadeiras em
porções erradas, como próximo a casas e telhados; escolher ou locar espécies
sem conhecer seu padrão de crescimento ou selecionar exemplares agressi-
vos e que causem danos a encanamentos e calçadas; optar por pisos claros
demais que causem reflexo; plantar espécies com espinhos ou que sejam
venenosas; e não atentar-se para quem vai utilizar o espaço, sobretudo no
caso de crianças e animais de estimação.
À medida que um profissional paisagista estuda e conhece os funda-
mentos e as técnicas para pensar e executar um projeto, ele já adquire um
embasamento teórico. Porém, para desenvolver certas habilidades projetuais
também é preciso experiência. Nesse sentido, é necessário que o profissional
analise cada experiência de modo que ela sempre traga novas visões para
seu aprimoramento e desenvolvimento.
Em geral, fica clara a importância e a influência que um bom paisagismo
tem para os espaços públicos e privados de uma cidade, que são aprimorados
12 Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado

com a aplicação de técnicas que conferem grandes benefícios para as pessoas,


tornando-se espaços de lazer e descanso, além de melhorarem o conforto da
cidade. Para que o paisagismo atinja todo seu potencial, é fundamental que o
profissional paisagista busque o constante desenvolvimento de suas técnicas
de projeto para propor espaços cada vez mais adequados a cada realidade.

Referências
ABBUD, B. Criando paisagens: guia de trabalho em arquitetura paisagística. 4. ed. São
Paulo: Senac, 2010.
ARAÚJO, R. (coord.). Manual natureza de jardinagem. São Paulo: Europa, 2008.
ASHIHARA, Y. El diseño de espacios exteriores. Barcelona: Gustavo Gili, 1982.
BARBOSA, A. C. da S. Paisagismo, jardinagem e plantas ornamentais. 6. ed. São Paulo:
Iglu, 2000.
FENIANOS, E. E.; JUNG, M. Jardim botânico: só pra não dizer que eu também não falei
das flores. Curitiba: UniverCidade, 1996.
GATTO, A.; PAIVA. A. N.; GONÇALVES, W. Implantação de jardins e áreas verdes. Viçosa,
MG: Aprenda Fácil, 2002.
GEHL, J. Cidades para pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.
KUNREUTHER, F. T.; FERRAZ, O. L. Educação ao ar livre pela aventura: o aprendizado de
valores morais em expedições à natureza. Educação e Pesquisa, v. 38, n. 2, p. 437-452,
abr./jun. 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/47887/51619.
Acesso em: 4 ago. 2021.
LEENHARDT, J. (org.). Nos jardins de Burle Marx. São Paulo: Perspectiva, 2006.
LEKU STUDIO. Praça da Escola La Pau. ArchDaily, 2020. Disponível em: https://www.ar-
chdaily.com.br/br/962547/praca-da-escola-la-pau-leku-studio?ad_source=search&ad_
medium=search_result_projects. Acesso em: 4 ago. 2021.
LOBODA, C. R.; DE ANGELIS, B. L. D. Áreas verdes públicas urbanas: conceitos, usos
e funções. Ambiência: Revista do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, v. 1, n. 1,
p. 125-139, jan./jun. 2005. Disponível em: https://revistas.unicentro.br/index.php/
ambiencia/article/download/157/185. Acesso em: 4 ago. 2021.
LUCCHESI, C. 15 regras de ouro. Revista Natureza, São Paulo, ano 19, n. 222, p. 18-28,
jul. 2006.
MACEDO, S. S. Quadro do paisagismo no Brasil. São Paulo: USP, 1999. (Coleção Quapá, v. 1).
MARX, R. B.; TABACOW, J. Arte & paisagem. 2. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2004.
PRINZ, D. Urbanismo I: projecto urbano. Lisboa: Presença, 1984.
SALGUEIRO, T. B. Paisagem e geografia. Finisterra, v. 36, n. 72, p. 37-58, 2001. Disponível
em: https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/1620. Acesso em: 4 ago. 2021.
TARDIN, R. Ordenação sistêmica da paisagem. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO, 1., 2010,
Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: PROURB, 2010. Não paginado. Disponível em:
http://www.anparq.org.br/dvd-enanparq/simposios/18/18-231-1-SP.pdf. Acesso em:
4 ago. 2021.
Aplicabilidade do paisagismo no espaço público e privado 13

TUAN, Y. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. Londrina: Eduel, 2013.


TUPIASSÚ, A. Da planta ao jardim: um guia fundamental para jardineiros amadores e
profissionais. São Paulo: Nobel, 2008.
WATERMAN, T. Fundamentos de paisagismo. Porto Alegre: Bookman, 2011.

Leituras recomendadas
FARIA, R. T. de. Paisagismo: harmonia, ciência e arte. Londrina: Mecenas, 2005.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2009.

Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos


testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou
integralidade das informações referidas em tais links.

Você também pode gostar