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3 ARQUITETURA: CONCEITOS
Num sentido mais absoluto, podemos dizer: pública é uma área acessível a
todos a qualquer momento; a responsabilidade pela sua manutenção é
assumida coletivamente. Privada é uma área cujo acesso é determinado por
um pequeno grupo ou por uma pessoa, que tem a responsabilidade de
mantê-la (HERTZBERGER, 1999, p. 12).
“público” parece, a cada dia, ter dado abertura a novos espaços – privados, semi-
supervisão e de quem o utiliza, um espaço pode ser concebido como uma área
pública ou privada.
e pode revelar sua utilidade. Segundo Hertzberger (1999, pg. 21), ao fazer tal
teatros, etc. quase sempre sofria algum tipo de restrição imposta pelos
geral e dos edifícios, em particular. Grande parte destes edifícios foram construídos
muito complexa sob uma aparente simplicidade. Cabe ao arquiteto criar ambientes
oportunidade para que as pessoas se identifiquem com ela, porém adotem uma
patrimônio público.
plano.
arquitetura.
como sendo uma tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, o ato de
mesmo”.
fundo são os três principais fatores a serem considerados em nível de projeto. Isso
Para Lamberts (2004), “[...] sem ela não seriam possíveis os edifícios de grande área
Para Romero,
É fundamental ter claro a noção de que a cor é um atributo da luz e não dos
objetos. A cor com que aparecem os objetos depende tanto deles como da
luz física que incide sobre eles. [...] Além disso, existem os atributos
psicológicos das cores percebidas que são: tom, colorido e luminosidade
(ROMERO, 2001 p.75).
de sua aplicabilidade, uma realidade plástica, uma força surpreendente que pode
Sobre o individuo que recebe a comunicação visual, a cor exerce uma ação
tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de construir. A cor é vista:
impressiona a retina. É sentida: provoca uma emoção. E é construtiva, pois,
tendo um significado próprio, tem valor de símbolo e capacidade, portanto
de construir uma linguagem que comunique uma idéia (FARINA, 1990, p.
27).
OLIVEIRA, 2000).
Porém, a eficiência no uso da cor está intimamente ligada com o campo que
desses campos direciona seus pontos de vista por meio de uma linguagem e,
vermelha pode “avançar”, uma parede azul claro, “afastar-se”, uma parede amarela,
“desaparecer”. Cabe ao arquiteto buscar uma integração da cor com a forma. Nesse
sentido, Farina (1990) aponta duas formas de ação: “a) a manutenção das cores do
industrializados.”
Para Gurgel,
2005, p. 66).
higiene, à saúde e pode representar paz; o preto pode significar sofisticação, porém
(2000) características psicológicas de algumas das cores que fazem parte do círculo
Amarelo Cor quente, estimulante, de vivacidade e luminosidade. Tem elevado índice de reflexão,
e sugere proximidade. Se usado em excesso pode tornar-se monótono e cansativo. Boa
para ambientes onde exige concentração, pois atua no sistema nervoso central. É
utilizada terapeuticamente para evitar depressão e estados de angústia.
Azul Na cultura ocidental, associa-se à fé, confiança, integridade, delicadeza, pureza e paz.
O azul escuro da a sensação de frieza e formalismo.
Laranja Cor estimulante e de vitalidade. Está relacionada com a ação, entusiasmo e força.
Possui grande visibilidade, chamando a atenção para pontos que devem ser
destacados.
Rosa Aquece, acalma e relaxa. Está ligada a fragilidade, feminilidade e delicadeza.
Verde Quando em tom claro, transmite a sensação de leveza e de bem estar. É uma cor que
sugere tranqüilidade e aparente frescor. Tons escuros desta cor tendem a deprimir.
Vermelho Cor estimulante. Desperta, dinamismo, ação. Dá a sensação de calor e força,
estimulando os instintos naturais e sugerindo proximidade. Se usada em excesso pode
irritar, desenvolver sentimentos de intranqüilidade e violência.
Violeta Em excesso torna o ambiente desestimulante e agressivo, leva a melancolia e a
depressão. Sugere muita proximidade, contato com sentimentos elevados e com a
espiritualidade. Não é recomendado para grandes áreas.
Fonte: AZEVEDO; SANTOS; OLIVEIRA, 2000.
Nota: adaptação do autor.
fique fora dessas faixas de risco ou, quando não for possível, propor a alternativa
que se destina, deve garantir conforto térmico ao usuário, para que ele possa
40) expõem que tanto temperaturas abaixo como acima dos limites influenciam
1
ASHRAE – Handbook of Fundamentals. American Society of Heating Refrigerating and Air
Conditioning Engineers, New York, USA: 1993.
38
pode-se, por exemplo, propor proteções que podem ser externas ou internas, que
2004).
Segundo Lida (2003), ruído pode ser entendido como “um estímulo auditivo
prestem mais atenção e falam mais alto para serem compreendidas, causando
TABELA 2 – Valores apontados pela NBR 10.152 para conforto acústico, segundo o
ambiente.
Local dB
Hospitais (apartamentos, centros cirúrgicos, etc.) 35-45
Escolas (salas de aula) 40-50
Escolas (bibliotecas) 35-45
Igrejas e templos 40-50
Residências (dormitórios) 35-45
Escritórios (salas de gerência, projetos e administração) 35-45
Escritórios (salas de computação) 50-60
Fonte: ABNT - NBR 10.152.
Nota: adaptação do autor.
3.2.3 Paisagismo
Além disso, segundo Lira Filho (2001), a vegetação pode oferecer proteção
(BRASIL, 2004).
de qualquer atividade. Segundo especialistas, o Brasil tem uma das legislações mais
aprimoradas sobre o tema, servindo como modelo para outros países. Contudo,
com obstáculos à sua locomoção quando transitam por edificações. Para Bahia
(1998, p.9) “o espaço mal concebido acaba concretizando uma segregação não
2
O capítulo I, Art. 1o, inciso III, da Lei n° 10.098 de dezembro de 2000, refere-se à pessoa que
temporária ou permanentemente tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de
utilizá-lo (BRASIL, 2000).