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T2 – Leitura Programada
Texto escolhido:
CARTOGRAFIA PARTICIPATIVA APLICADA AO DESENHO AMBIENTAL
Autora:
Yasminni Parra Tomaz
SETEMBRO – 2023
REFERÊNCIA:
TOMAZ, Yasminni Parra. Cartografia participativa aplicada ao desenho
ambiental. Revista LABVERDE, v. 10, n. 1, 2020.
SOBRE A AUTORA:
Yasminni Parra Tomaz é graduada em Geografia pela Universidade de São Paulo
(USP) e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Geografia Física pela
Universidade de São Paulo (USP). Com especialização em Geoprocessamento e
Biogeografia. Atualmente, Yasminni atua como professora de Ensino Fundamental II
e Médio na Prefeitura de São Paulo. Seu trabalho de pesquisa se concentra nas
relações entre comunidades quilombolas e conservação ambiental.
ESTRUTURA DO TEXTO
O texto apresenta uma reflexão densa e estruturada sobre o valor do mapeamento
participativo e dos mapas afetivos no contexto do desenho ambiental e da cartografia
social. Inicia-se estabelecendo a amplitude e aplicabilidade dessas metodologias,
enfatizando sua capacidade de dar voz às comunidades por meio de representações
simbólicas. Em seguida, detalha-se a relevância e utilidade destes instrumentos em
diversos cenários, sobretudo na identificação e resolução de problemas inerentes ao
ambiente. O texto ainda pontua a conexão entre o desenho ambiental e a cartografia,
ressaltando a necessidade de uma abordagem que una o simbólico ao técnico. A
conclusão defende uma incorporação regulamentada destas práticas no planejamento
estatal, assegurando sua eficácia e representatividade. A organização do texto é
coesa, transitando de uma introdução sobre a metodologia até sua aplicação prática
e necessidade de institucionalização.
1. RESUMO
2. INTRODUÇÃO
3. MATERIAIS E MÉTODOS
4. REFERENCIAL TEÓRICO
A Cartografia Social e o Mapeamento Participativo
O Mapeamento Afetivo
O Desenho Ambiental
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Cartografia Participativa e o Desenho Ambiental
Metodologias de mapeamento participativo aplicadas ao desenho
ambiental
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
RESMUMO
Tomaz (2020) inicia o texto abordando sobre os mapas, que historicamente,
serviram como ferramentas de representação da realidade que, muitas vezes,
refletem visões hegemônicas e são moldados de acordo com os interesses dos
governantes ou das classes dominantes. Essas representações são escolhidas
meticulosamente, desde a metodologia até os elementos que são destacados ou
suprimidos, impactando diretamente na interpretação da realidade. Um exemplo
marcante é a remoção da nomenclatura "favela" dos mapas do Google no Rio de
Janeiro, que modifica a percepção desses territórios para quem os visualiza.
Tomaz (2020) aborda também sobre o desenho ambiental, que surge da evolução
do paisagismo e foca na integração harmoniosa entre o homem e a natureza,
considerando o equilíbrio ecológico e as tensões geradas por intervenções
humanas. Contrapõe-se à tradicional visão de divisão clara entre natureza e
cidade, propondo uma perspectiva holística onde todos os elementos estão
interconectados. Diferentemente do paisagismo tradicional focado na estética, o
desenho ambiental se baseia no paradigma ecológico, contemplando uma visão
ecossistêmica e de conservação ambiental, em que a forma é determinada pelos
fluxos naturais. A metodologia envolve a construção de cenários ambientais
desejáveis, considerando interações e relações, e visa à conservação dos
ecossistemas, melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento sustentável. Essa
abordagem exige uma governança socioambiental, promovendo a integração
entre setores da sociedade e territórios.
O coletivo Rios e Ruas, em São Paulo, mostra como a cartografia afetiva pode
sensibilizar as pessoas para questões ambientais, neste caso, a importância dos
rios urbanos.