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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CURSO 1

DEBORAH RAYANE MARINHO DE SOUZA

ANTEPROJETO PAISAGÍSTICO: NOVA PRAÇA, NO


BAIRRO DO JANGA, PAULISTA - PE

RECIFE

ABRIL/2024
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CURSO 1

DEBORAH RAYANE MARINHO DE SOUZA

ANTEPROJETO PAISAGÍSTICO: NOVA PRAÇA, NO


BAIRRO DO JANGA, PAULISTA - PE

Projeto de Pesquisa desenvolvido pela aluna Deborah


Rayane Marinho de Souza, orientado pela prof.a Danyelle
de Holanda Beltrão e, apresentado ao curso de
Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Ciências
Humanas Esuda, como 1ª Etapa da disciplina de
Trabalho de Curso 1, ministrada pela prof.a Danyelle de
Holanda Beltrão.

RECIFE

ABRIL/2024
SUMÁRIO

1 PROBLEMÁTICA............................................................................................. 03

2 JUSTIFICATIVA............................................................................................... 06

3 OBJETIVOS..................................................................................................... 07

3.1 Objetivo Geral.............................................................................................. 07

3.2 Objetivos Específicos..................................................................................08

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................... 09

5 SUMÁRIO PRELIMINAR DO TRABALHO DE CURSO.................................. 10

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 00
1 PROBLEMÁTICA

Praça é uma intervenção de paisagismo urbano só que em uma escala menor. E é


definida como espaço aberto dentro do tecido urbano, geralmente ajardinado, pelo
menos parcialmente. Podendo estar no centro da cidade ou nos bairros,
caracterizando-os e fazendo surgir novos lugares nas cidades (Mascaro, 2008). É
um local público, como um ponto de convergência com intuito de práticas de
sociabilidade não oficiais. Espaços que ganham significado para uso e gozo dos
cidadãos, com práticas de atividades e arborizadas (Segawa,1996).

Cada cidade, espaço e lugar possuem identidade sociocultural e qualidades


paisagísticas próprias como, o clima, o solo, vegetação nativa, fauna. Para atuar em
um espaço livre de edificações é necessário um raciocínio espacial para uma melhor
articulação das funções que serão implantadas neste espaço. Esse raciocínio
necessita de conhecimentos relativos aos aspectos físicos e biológicos do terreno e
vegetação, sendo importante preservar esses aspectos naturais do ambiente para
se chegar ao resultado desejado (Zuim, 1999). Uma solução proposta sustentável de
paisagismo adapta-se aos anseios e necessidades da população usuária e preserva
o ambiente natural existente o modificando minimamente.

O espaço livre público como uma praça desenvolve a cidade melhorando sua
infraestrutura urbana e influenciando na qualidade de vida das pessoas. Assim é
possível entender a dinâmica de uma cidade e a vida cotidiana das pessoas, a fim
de ter espaços mais humanizados e sustentáveis (Gatti, 2013).

A praça exerce uma prática de sociabilidade, onde o espaço livre é dividido e


articulado e atribuídas várias funções, como esportivas e passeios. São várias as
funções que podem ser implantadas em uma praça, como ponto de encontros,
orquestra, dança, teatro, quiosque para lanches, recantos para retiro, atividades
físicas, caminhadas, treinos, descanso e até mesmo para o amor (Segawa,1996).

Para melhorias urbanas, a cidade precisa ser vista sob vários aspectos: físicos,
sociais, econômicos e culturais. É imprescindível um diagnóstico dos problemas e
carências desses espaços públicos nas cidades a fim de atender as demandas
funcionais de cada município, tornando possível ampliação da vida coletiva e a
humanização das cidades (Gatti, 2013).

Nas cidades brasileiras é comum de se ver áreas vazias com carências de


equipamentos urbanos e espaços verdes, conflito entre carros e pedestres,
aglomerados humanos e usos espontâneos sem infraestrutura, espaços
subutilizados ou abandonados, vazios periféricos, terrenos contaminados e tantos
outros (Gatti, 2013).

A região metropolitana do Recife (RMR) apresenta grande variedade de


ecossistemas caracterizados por ambientes aquáticos salgados e doces, planícies e
morros. Diversas dessas cidades são atravessadas por rios, canais, riachos ou
córregos; ou banhados por açudes. Possuem grande importância paisagística e
ambiental pois são integrantes do ecossistema original da cidade e estão
intimamente ligados à vida urbana (Sá Carneiro e Mesquita, 2000).

Ao longo desses recursos naturais surgiram vários subúrbios de ocupação informal


de populações carentes, agravando a poluição hídrica e a descaracterização da
paisagem. Alguns espaços possuem aspecto de abandono pela falta de prioridade
política atribuída à sua manutenção, como consequência da falta de consciência
ecológica local. Há casos de insalubridade ambiental e de deterioração da
paisagem urbana, devido à implantação inadequada de indústrias e de nucleações
(Sá Carneiro e Mesquita, 2000).

No município do Paulista, cidade da região metropolitana do Recife, no bairro do


Janga, existem áreas que ocorreram a ocupação urbana que tomou o lugar da
vegetação de praia, sendo esta considerada a maior praia em extensão do litoral. No
interior da área urbana do bairro encontram-se vazios periféricos, espaços
subutilizados ou abandonados, áreas carentes de espaços verdes e poucos espaços
livres públicos, como praças.
No bairro do Janga, existe um terreno vazio localizado na Avenida Dr. Cláudio José
Gueiros Leite próximo a faixa litorânea da praia, entre as ruas Humberto Pimentel
Costa e José Francisco de Santana. Este terreno vazio é utilizado pela população
como passeio para acesso à parada do ônibus, nele foram implantadas pela própria
população 5 espécies de árvores de grande porte trazendo sombra para as pessoas
que colocam cadeiras e sentam para conversar, no seu entorno são predominantes
edificações residenciais de até 03 pavimentos, mas possui também comércio e
serviços. A sua dimensão é em torno de 01 quarteirão e totalmente aplanado.
2 JUSTIFICATIVA

De acordo com o que foi apresentado na problemática, este trabalho de curso é


importante pois irá propor um anteprojeto paisagístico de uma praça para o bairro
do Janga, cidade do Paulista, PE, pois vai trazer sociabilidade e melhoria na
qualidade de vida para a população das proximidades, através de práticas
esportivas, áreas de lazer, pistas de passeio, áreas arborizadas, educativas, áreas
para alimentação e encontros.

Considerando que o bairro possui poucas praças, esse trabalho irá influenciar e
impactar positivamente essa população, portanto as dimensões do terreno
comportam várias atividades para todas as idades, essa dinâmica traz saúde para
as cidades e para as pessoas.

O trabalho tem por foco, trazer benefícios a infraestrutura do município,


movimentando a cidade e trazendo beleza a mesma, formando memórias positivas
nos usuários e estimulando o convívio do bem estar social.
3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Propor um anteprojeto paisagístico de uma praça para o bairro do Janga, cidade do


Paulista, PE.

3.2 Objetivos Específicos

● Propor espaços livres públicos para estimular e melhorar o convívio social


entre os cidadãos do bairro;
● Inserir vegetação para melhoria da qualidade do ar da cidade, oferecer
sombra e embelezamento;
● Implantar equipamentos de diversão para crianças e aparelhos de ginásticas
para adultos;
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa para o anteprojeto paisagístico será desenvolvida, inicialmente, através


de pesquisas bibliográficas realizadas por meio de livros, sites, artigos científicos e
monografias, com o objetivo de fundamentar as necessidades, funcionamento e
conceitos devidos para o tema apresentado de anteprojeto paisagístico.

Subsequente, serão pesquisadas duas referências paisagísticas, in loco, para


embasar o objetivo desta pesquisa. Serão realizados levantamentos fotográficos e
métricos e serão analisadas seu programa, fluxos e elementos diversos de
composição do projeto paisagístico. Por fim, será feita uma análise comparativa
entre os estudos, de pontos importantes para a proposta.

Dando seguimento ao processo, serão feitas visitas ao terreno no qual o anteprojeto


paisagístico será proposto, para levantamento da topografia, do entorno imediato e
realizar fotografias, para posterior produção de mapas e analisar os condicionantes
climáticos que incidem no terreno.

Por fim, após os levantamentos e análises dos dados alcançados, serão


desenvolvidas as etapas pré-projetuais da proposta, em seguida, os memoriais
botânico e descritivo, assim como, o anteprojeto paisagístico por meio da
representação gráfica.
5 SUMÁRIO PRELIMINAR DO TRABALHO DE CURSO

INTRODUÇÃO

1 REFERÊNCIAS TÉCNICAS

1.1 Espaços Livres Públicos

1.2 Praças

1.3 Projeto Paisagístico

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3 REFERÊNCIAS PROJETUAIS

3.1 Praça Pinto Damaso, Recife, PE

3.2 Praça Professor Barreto Campelo, Recife, PE

3.3 Análise Comparativa

4 ANÁLISE DO TERRENO

4.1 Localização e Entorno Imediato

4.2 Estudos Climáticos

5 PROPOSTA DE ANTEPROJETO PAISAGÍSTICO

5.1 Etapas Pré-projetuais

5.1.1 Programa e dimensionamento

5.1.2 Zoneamento

5.1.1 Organograma e Fluxograma

5.2 Memorial Descritivo

5.3 Memorial Botânico

5.4 Representação Gráfica


CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS

GATTI, Simone. Espaços públicos. Diagnóstico e metodologia de projeto. São


Paulo: ABCP, 2013.

LEITÃO, Lúcia. As praças que a gente tem, as praças que a gente quer: manual
de procedimentos para intervenção em praças. Recife: A Secretaria, 2002.

MASCARO, Juan Luis. Infraestrutura da paisagem. Porto Alegre: Masquatro, 2008.

PREFEITURADOPAULISTA. Conheça Paulista. 2019. Disponível em:


https://www.paulista.pe.gov.br/site/conheca_paulista. Acesso em: 26 fev. 2024.

SÁ CARNEIRO, Ana Rita; MESQUITA, Liana de Barros. Espaços livres do Recife.


Cidade Universitária: UFPE, 2000.

SEGAWA, Hugo. Ao amor do público: jardins no Brasil. São Paulo: Studio Nobel:
FAPESP, 1996.

ZUIM, Affonso. Estudos para projetos em paisagismo. Viçosa: UFV,1998.


1 REFERÊNCIAS TÉCNICAS

No presente capítulo, serão apresentados os conceitos dos espaços livres públicos,


assim como o estudo das funções e importância das praças para o tecido urbano,
considerando que as praças, enquanto lugares públicos e áreas de convívio, devem
atender às necessidades dos usuários.

1.1 Espaços Livres Públicos

De um modo geral, a definição de espaço livre público é dada aos espaços abertos,
de uso comum, apropriados livremente pelo conjunto das pessoas que vivem numa
cidade. Esses espaços livres públicos podem ser verdes: como parques, jardins, etc.
e não verdes: ruas, praças, pátios, etc. Diferente de área verde que é destinada a
lazer e contemplação, o espaço livre público abriga diversas funções para o uso
comum (Leitão, 2002).

Esses espaços livres públicos surgiram a partir do século XVIII, como resposta ao
modo de organização social da família restrita, centrada em seus membros mais
próximos e que era um espaço “fechado para a intimidade familiar” (Leitão, 2002, p.
18). A marca essencial da ideia de espaço livre público, é a condição de
acessibilidade a todos os grupos sociais de uma determinada comunidade. O
espaço livre público é o espaço da fala, porque permite discussões de ideias,
construção de argumentos, possibilitando acordos coletivos que caracterizam a vida
em sociedade (Leitão, 2002).

Segundo Sá Carneiro e Mesquita (2000) a denominação espaço livre público está


fundamentada na condição de oferecer livre acesso, permitindo às pessoas agirem
livremente a todo e qualquer momento do dia. Existem três diferentes tipos de
espaços livre públicos , de acordo com suas características, primeiro espaços livres
públicos de equilíbrio ambiental - reservas ecológicas, jardins botânicos, parques
nacionais, cemitérios e campi universitários, que são, predominantemente,
vegetados e elevam a qualidade ambiental e visual das cidades, ajudando a
melhorar as condições higiênicas e de saúde pública e apoiar o descanso e a
recreação de seus moradores. Segundo, espaços livres públicos de recreação -
parques, praças, faixas de praia, largos e pátios, quadras polivalentes e jardins, que
são voltados para o desenvolvimento de atividades recreativas e lúdicas e por fim,
terceiro espaços livres públicos de circulação - as ruas, os refúgios, os viadutos, os
estacionamentos, entre outros.

Nesse sentido, como exposto na figura 1, pode-se perceber a implantação de


espaços livres públicos na comunidade da cidade de São Luís, MA. Um espaço
convidativo, amplo, com algumas vegetações e que oferece várias atividades tanto
para adultos como para crianças. Na figura 2, diz respeito às atividades de
recreação infantil.
Figura 1: Praça da Saudade, São Luís, Brasil.

Fonte: images.adsttc.com, 2020.

Figura 2 : Atividades de recreação infantil.

Fonte: https://images.adsttc.com, 2020.

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