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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO


EDLEUZA LÚCIA DE ARAÚJO SILVA

ANTEPROJETO DE INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA NA


PRAÇA MIGUEL ARRAES, NO BAIRRO DE TABATINGA,
IGARASSU - PE

RECIFE
NOVEMBRO/ 2020
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO


EDLEUZA LÚCIA DE ARAÚJO SILVA

ANTEPROJETO DE INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA NA


PRAÇA MIGUEL ARRAES, NO BAIRRO DE TABATINGA,
IGARASSU – PE

Trabalho de Curso desenvolvido pela aluna


Edleuza Lúcia de Araújo Silva, orientada pelo
Prof. Clodomir Barros Pereira Jr., apresentado
ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da
Faculdade de Ciências Humanas Esuda como
requisito final para obtenção do grau de
Arquiteta e Urbanista.

RECIFE
NOVEMBRO/ 2020
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me conceder a vida e apesar de muitos contratempos chegar a


concluir esse trabalho, ao meu esposo José Ferreira pela paciência e compreensão,
meu genro Antônio Maria e a minha filha Eukennya por serem o meu porto seguro,
ao meu querido professor Clodomir Barros Pereira Junior, por ter sido o meu
orientador, amigo, inclusive a Faculdade de Ciências Humanas ESUDA e a todos
que contribuíram de alguma forma que me motivaram a não desistir, me deram
suporte e apoio para chegar até esse momento de conclusão do curso de
Arquitetura e Urbanismo.
A minha casa é um projeto de consumo
realizado para habitar e a arquitetura é um
sonho projetado a se realizar.

Edleuza Lúcia de Araújo Silva


RESUMO

Anteprojeto de Intervenção Paisagística na Praça Miguel Arraes, no bairro de


Tabatinga, Igarassu – PE. Uma proposta de intervenção para a cidade entre três
ruas: Rua Vereador Josuel Roberto Souza, Rua Vereador Washington Vilar Sampaio
e Rua Vereador Genaro Pereira Baracho, 2019. Trabalhos de conclusão do curso
Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo da Instituição de ensino superior da
Faculdade de Ciências Humanas Esuda, dezembro de 2020. A praça tem como
referência o propósito de realizar e entender a realidade das pessoas que residem
na localidade, objetivando proporcionar à comunidade a existência da ocupação que
não é reconhecido em um espaço local, esquecido pela desse município. Na
proposta de construir para a sociedade um espaço público de interação e
proporcional com as necessidades da comunidade, incluindo academia de ginástica,
disponibilizando um espaço diferenciado e atrativo de encontro a uma nova
realidade para o bairro. Demostrando com veracidade e apropriação para uso da
área da comunidade e adjacências a ser realizado no projeto significativo e aplicado
com proposta no local; uma intervenção de indução de preservação também para a
contemplação, recuperação e aproveitamento do espaço público na área urbana. A
partir dessa intervenção, todos contemplaram com o crescimento que irá contribuir
também para o desenvolvimento econômico da cidade e manter a manutenção da
memória do espaço público, recuperar e aproveitar áreas do espaço urbano.

Palavras-chave: Paisagismo. Qualidade de vida. Funções da Praça. Praça. Espaço


Público Urbano.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE FUGURAS

Figura 1: Exemplo de Espaço Livre Público: Praça Peixe Grande, Campo Grande-MS.
Figura 2: Praça 13 de Maio, Recife, PE.
Figura 3: Praça do Arsenal da Marinha, Recife, PE
Figura 4: Exemplo de um Projeto Paisagístico
Figura 5: Piso intertravado permeável.
Figura 6: Piso drenante.
Figura 7: Exemplo de Planta de Agenciamento.
Figura 8: Exemplo de Mobiliário urbano.
Figura 9: Jogos de tabuleiro em praça pública.
Figura 10: Lixeira comum individual.
Figura 11: Lixeira seletiva para reciclados.
Figura 12: Iluminação - Poste Luminária de LED
Figura 13: Academias - Aparelhos de ginástica
Figura 14: Vegetação - Praça 13 de Maio, Recife-PE.
Figura 15: Dimensão das larguras mínimas para acessibilidade.
Figura 16: Piso tátil de alerta
Figura 17: Piso tátil direcional.
Figura 18: Rampas - Rebaixamento de calçada.
Figura 19: Projeto Original da Praça Pinto Damaso, Várzea, Recife-PE.
Figura 20: Projeto Atual da Praça Pinto Damaso.
Figura 21: Iluminação - Praça Pinto Damaso.
Figura 22: Acessibilidade – rampa de acesso – Pç. Pinto Damaso.
Figura 23: Mobiliário - bancos de concreto. Pç. Pinto Damaso.
Figura 24: Vegetação - árvores de grande porte - Pç. Pinto Damaso.
Figura 25: Projeto Atual da Praça Prof. Barreto Campelo.
Figura 26: Chaminé da Praça Prof. Barreto Campelo.
Figura 27: Iluminação - Poste e Luminárias de LED - Pç. Barreto Campelo.
Figura 28: Acessibilidade – Estacionamento para defcientes – Pç. Barreto Campelo.
Figura 29: Mobiliário – bancos de madeira e concreto - Pç. Barreto Campelo.
Figura 30: Vegetação – Arvores de grande porte - Pç. Barreto Campelo.
Figura 31: Localização da Praça Miguel Arraes.
Figura 32: Vegetação - Praça Miguel Arraes
Figura 33:Sistema Viário - Pç. Miguel Arraes.
Figura 34: Objeto de Estudo - Pç. Miguel Arraes.
Figura 35: Manutenção e conservação - Pç. Miguel Arraes.
Figura 36: Fluxograma - Pç. Miguel Arraes
Figura 37: Organograma - Praça Miguel Arraes
Figura 38: Estudo "dos ventos" - Pç. Miguel Arraes.
Figura 39: Estudo de incidência solar - Pç. Miguel Arraes.

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Dimensão da sinalização tátil e visual de alerta.


Quadro 2: Quadro Comparativo das Referências Projetuais.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CIE – Comissão Internacional de Iluminação

COSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente.

FUNDARPE – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

NBR – Norma Brasileira

SMUP – Sistema Municipal de Unidades Protegidas do Recife


INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10

1. REFERÊNCIAS TÉCNICAS .............................................................................. 15

1.1. Espaços Livres Públicos ........................................................................... 15

1.2. Projeto Paisagístico ................................................................................... 18

1.3. Piso e Agenciamento ................................................................................. 19

1.4. Mobiliário Urbano ....................................................................................... 21

1.5. Iluminação................................................................................................... 23

1.6. Academias Públicas ................................................................................... 24

1.7. Vegetação ................................................................................................... 25

1.8. Acessibilidade ............................................................................................ 27

2. REFERÊNCIAS PROJETUAIS .......................................................................... 30

2.1. Praça Pinto Damaso, Várzea, Recife - PE................................................. 31

2.1.1. Análise do partido e traçado ..................................................................... 31

2.1.2. Análise do tipo de espaço público, usos e freqüência............................... 33

2.1.3. Análise da infraestrutura da Praça (programa) ......................................... 33

2.1.4. Iluminação................................................................................................. 34

2.1.5. Acessibilidade ........................................................................................... 34

2.1.6. Mobiliário................................................................................................... 35

2.1.7. Vegetação ................................................................................................. 35

2.2. Praça Professor Barreto Campelo, Torre, Recife – PE. .......................... 36

2.2.1. Análise do partido e traçado ..................................................................... 36

2.2.2. Análise do tipo de espaço público, usos e freqüência............................... 38

2.2.3. Análise da infraestrutura da Praça (programa) ......................................... 38

2.2.4. Iluminação................................................................................................. 38

2.2.5. Acessibilidade ........................................................................................... 39

2.2.6. Mobiliário................................................................................................... 40

2.2.7. Vegetação ................................................................................................. 40


2.3. Análise Comparativa das Referencias Projetuais ................................... 42

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA .................................................................... 43

3.1. Localização ................................................................................................. 43

3.2. Geologia ...................................................................................................... 44

3.3. Vegetação ................................................................................................... 44

3.4. Sistema Viário............................................................................................. 45

3.5. Análise do Objeto de Estudo..................................................................... 45

3.6. Análise do Estado de Conservação .......................................................... 46

4. ANTEPROJETO DE INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA ..................................... 47

4.1. Fluxograma e Organograma...................................................................... 47

4.2. Adequação do Novo Programa de Necessidades e Dimensionamento 47

4.3. Partido de Intervenção Adotado ............................................................... 48

4.4. Conforto Ambiental .................................................................................... 48

4.5. Planta de Pisos / Agenciamento ............................................................... 50

4.6. Planta de Infraestrutura e Mobiliário Urbano ........................................... 50

4.7. Planta de Cobertura Vegetal...................................................................... 51

4.8. Plantas de Cortes (A-B) ............................................................................. 51

4.9. Perspectiva ................................................................................................. 52

4.9.1. Manutenção/ Limpeza da Área ................................................................. 52

4.9.2. Covas para Plantio .................................................................................... 52

4.9.3. Sistema de Plantio .................................................................................... 53

4.9.4. Estabilidade e Adubação .......................................................................... 53

4.9.5. Grama ....................................................................................................... 53

4.9.6. Equipamento para irrigação do jardim ...................................................... 54

4.9.7. Limpeza Final ............................................................................................ 54

4.10. Memorial Descritivo ................................................................................ 55

4.10.1. Calçamento e Guias .............................................................................. 55


4.10.2. Mobiliário ............................................................................................... 55

4.10.3. Pedras naturais...................................................................................... 56

4.10.4. Iluminação ............................................................................................. 56

CONSIDERAÇÕES PARCIAIS ................................................................................. 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 59

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS ............................................................................... 60

APÊNDICES .............................................................................................................. 61
INTRODUÇÃO

A definição de praça é de tamanha amplitude, sendo considerado um espaço livre


público, e um local não ocupado por construções. As funções que uma praça pode
exercer são as seguintes: estar, descanso, lazer, esporte, festa, ecológica, estética,
educativa, psicológica e de contemplação. Na realidade, a função da praça é
definida pelo modo em que cada sociedade expressa sua vida coletiva e varia em
conseqüência das mudanças sociais e históricas vivenciadas ao longo do tempo.
Assim, as mudanças implicam em novas sociedades e novas formas de
comportamento da comunidade (LEITÃO, 2002). A autora continua afirmando que a
praça é importante para a interação da população, é um centro de convivência e
proporciona a integração da família com a comunidade, trazendo mais segurança
para a cidade e para os visitantes, tem grande importância suas áreas verdes e
torna-se mais atraente e expressiva, em se tratando de ambiente urbano.

Diante do exposto, subentende-se que a praça contribui para a melhoria da


qualidade de vida e a redução dos níveis de violência, tornando a cidade mais
atrativa. Sendo este, um espaço funcional para piqueniques, palestras, danças, e
entre outras formas de entretenimento, trazendo para as diversas faixas etárias,
maior oportunidade de interação humana e até mesmo fazendo a ligação entre
bairros, uma vez que a praça é um equipamento urbano público e pode ser utilizado
tantos aos que vivem próximo à sua localização, quanto aos que moram nas
localidades adjacentes.

Nos municípios afastados dos grandes centros urbanos, é comum a escassez de


espaços livres públicos, a exemplos das praças. Quando há, as áreas são utilizadas
pela população, mesmo não sendo oferecido um projeto paisagístico definido com
as diversas funções que um espaço livre público pode oferecer.

Esse cenário também é encontrado na cidade de Igarassu, situada na Região


Metropolitana do Recife, a 27 km da capital pernambucana. Igarassu é um dos
primeiros núcleos de povoamento do Brasil, tendo sido fundada em 9 de março de
1535 (IGARASSU, 2017). Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de

10
Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, o município tem
aproximadamente 102.021 mil pessoas.

A falta de planejamento e ampliação de estrutura física urbana, na criação ou


consolidação de um sistema que contribua para melhorar a qualidade de vida da
população, tem deixado a desejar, visto que, não se investe em mais projetos de
espaços livres públicos nos bairros, com a intenção de desenvolvê-los. O
investimento, nesses locais, levaria a melhoria significativa da qualidade urbana da
cidade de Igarassu. As praças dessa cidade sobrevivem mediante a manutenção e
incentivo do apoio de empresas que a adotam ou pela própria comunidade local.

A ausência de investimentos e incentivos, em espaços livres públicos, acarretam


diversos problemas, tais como: ponto de usuários de droga, vandalismo, falta de
segurança e depredação do bem público. Acrescenta-se ainda, a situação da
elevação das temperaturas nos ambientes urbanos em especial.

Outra questão a ser pontuada e quem tem grande valia no cenário urbano, é a
contribuição das praças no conforto térmico, uma vez que é fundamental a inclusão
no meio urbano de espaços verdes. Sendo assim, têm grande influência na
modificação de elementos do clima, como a temperatura e a umidade do ar.

No Residencial Miguel Arraes, localizado no bairro de Tabatinga, existem três


quadras e em cada quadra encontra-se uma praça. A primeira, localizada na Rua
Josué Roberto de Souza, foi construída pela prefeitura com a finalidade de
divertimento para as crianças, com balanços, gangorras e escorregos. Sendo
também dotada de árvores nativas da localidade e jardins, para a amenização
climática do espaço, e possuindo bancos distribuídos ao longo da praça.

A segunda praça, objeto de estudo deste trabalho, tem por nome, dado pela
população local, Praça Miguel Arraes, situada entre três ruas, Vereador Josuel
Roberto Souza, Vereador Washington Vilar Sampaio e Vereador Genaro Pereira
Baracho. É uma praça com função poliesportiva e tem por finalidade desenvolver um
espaço de interação e lazer, onde a comunidade possa reservar um pouco do seu
tempo para cuidar do corpo e da mente, por meio de caminhadas e exercícios físicos
realizados nos aparelhos para a prática de educação física, para palestras e também

11
para uma boa leitura, diversão com jogos de dominó e xadrez. É importante
destacar, que apesar de ser um espaço compartilhado e oferecer diversas
funcionalidades, o mesmo não dispõe de projeto urbanístico bem definido, deixando
a desejar em diferentes aspectos inerentes a uma praça.

A terceira praça, localizada na Rua Josuel Roberto de Souza, beirando a BR-101


Norte, tem uma área bastante reduzida e não possui nenhum equipamento urbano.
Acredita-se que a falta desses equipamentos se dê por se encontrar à margem de
uma via bastante movimentada, com um nível socioeconômico muito abaixo e
também pelo seu espaço reduzindo. Ressalta-se que não há projeto paisagístico
previsto.

É nessa perspectiva que se justifica a elaboração deste trabalho, uma vez que se
coloca em destaque a carência de espaços livres públicos na cidade de Igarassu,
especificamente na comunidade de Tabatinga, e aponta a deficiência projetual na
Praça Miguel Arraes, na qual se propõe um projeto de intervenção paisagística que
tem por objetivo transformá-la num espaço atraente, convidativo e de grande valia
ao patrimônio da cidade.

Sendo assim, as pessoas poderão desfrutar de um espaço livre público de


qualidade, no qual terão oportunidade de interagir uns com os outros, sendo a
interação facilitada por um arranjo de áreas de convivência, que se integrarão com
as demais áreas da praça, fazendo com que a população se sinta convidada a sair
de casa e a participar da vida social do bairro. O mesmo se aplica para quem
trabalha nas proximidades da praça, pois dessa forma, terão um local adequado
para descansar no seu respectivo intervalo do trabalho.

Ainda se justifica por criar benefícios não só à população do bairro de Tabatinga,


mas à população em geral de Igarassu, que terá mais um espaço recuperado,
gerando assim inúmeras melhorias na estética urbana, como também na valorização
e na integração do espaço da praça com o seu entorno, consequentemente haverá
uma melhoria da qualidade de vida da população. Vale ressaltar que a preservação
desses espaços é de extrema importância para valorizar o patrimônio público da
cidade, tendo em vista que cada espaço livre público descreve uma parte da história
e do desenvolvimento do lugar
12
Esse trabalho de curso tem como objetivo geral desenvolver um anteprojeto de
intervenção paisagística na Praça Miguel Arraes, localizada no bairro de Tabatinga,
cidade de Igarassu, PE. Como objetivos específicos: propor espaços de atividades
esportivas; sugerir uma reorganização nos espaços que já existem e indicar e
especificar mobiliários urbanos e vegetação para implantação no referido espaço.

Os procedimentos metodológicos deste trabalho se sustentam através de pesquisa


bibliográfica com consultas em livros, artigos, dissertações e sites, que abordam
sobre os espaços livres públicos, especificamente praças, e por meio da consulta do
desenvolvimento de projetos paisagísticos para servir de embasamento para a
proposta.

Em seguida, foram examinados dois estudos de caso, in loco, com funções


semelhantes à da praça, que é objeto de estudo, realizando-se levantamentos
fotográficos, observando-se a distribuição e integração dos seus ambientes e
finalizando com uma análise comparativa entre seus diversos aspectos.

Em prosseguimento, foi feita uma visita à praça e ao seu entorno imediato, afim de
realizar levantamentos topográficos e fotográficos, realizar entrevistas com os
moradores do entorno, visando a verificação do interesse social na praça e também
para perceber como a ventilação e insolação incidem no terreno.

Por fim, após a apresentação e análise dessas informações, será iniciado o


desenvolvimento das etapas pré-projetuais, por meio da elaboração do programa e
pré-dimensionamento dos ambientes, organograma e fluxograma, seguindo com o
desenvolvimento dos memoriais descritivos e botânicos, concluindo com a
apresentação gráfica da proposta.

Esse trabalho se encontra organizado em 6 capítulos, listados a seguir; o primeiro


capítulo diz respeito a introdução, apresentando uma contextualização do tema e
apresentando a problemática vislumbrada, bem como os objetivos que se pretende
alcançar.

O segundo capítulo, intitulado Referências Técnicas, traz o conceito de espaços


livres públicos e a importância deles para o tecido urbano e o conceito de
Paisagismo, com o seu papel fundamental na criação e intervenção de praças e vias
13
urbanas em geral. Além disso, traz conceitos a respeito dos mobiliários urbanos e
seus agenciamentos.

O terceiro capítulo, Referências projetuais, trata do estudo de caso das seguintes


praças: Praça Pinto Damaso, localizada no bairro da Várzea, Recife-PE e Praça
Professor Barreto Campelo, localizada no bairro da Torre, Recife-PE. Sendo de
extrema importância em termos de comparação e embasamento a respeito da
proposta sugerida para o objeto de estudo.

O quarto capítulo, Contextualização da Área, aborda sobre a localidade e o entorno


no qual está inserida a Praça Miguel Arraes, que é o interesse de estudo nesse
trabalho.

14
1. REFERÊNCIAS TÉCNICAS

No presente capítulo, serão apresentados os conceitos dos espaços livres públicos,


assim como o estudo das funções e importância das praças para o tecido urbano,
considerando que as praças, enquanto lugares públicos e áreas de convívio, devem
atender às necessidades dos usuários. Também será apresentado um estudo sobre
projetos paisagísticos, do mobiliário urbano, e da vegetação.

1.1. Espaços Livres Públicos

Segundo Leitão (2002), o espaço livre público é o espaço, onde as relações


privativas perdem força e abrem espaço para as relações coletivas que possibilitam,
assim, o convívio com o diferente, o que é a base da civilização. Proporciona
também o convívio diferenciado, a integração da família com a comunidade. É
importante quando possui muitas áreas verdes, tornando-se o ambiente urbano mais
atraente e expressivo.

Nesse sentido, como exposto na figura 1, pode-se perceber a presença de espaços


arborizados, onde o verde se destaca, transmitindo um ambiente arejado,
convidativo ao passeio e à apreciação. Ao mesmo tempo em que a interação com a
quadra de jogos estimula a prática de atividades esportivas.

Figura 1: Exemplo de Espaço Livre Público: Praça Peixe Grande, Campo Grande-MS.

Fonte: campograndenews.com, 2020.


15
Conforme Sá Carneiro e Mesquita (2000) os espaços livres públicos podem ser
classificados de acordo com as funções que irão exercer. Existem três funções que
são primordiais, a primeira é a de equilíbrio ambiental, que é importante para a
qualidade ambiental da cidade, podendo estar presentes desde cemitérios até
jardins botânicos; o segundo, são os espaços de recreação e lazer que são as
praças, parques, praias e pátios; e o terceiro, são os espaços de circulação, que diz
respeito às ruas, viadutos e estacionamentos, são espaços abertos à população em
geral e alguns deles sob condições pré-estabelecidas pelo poder público, a exemplo
dos parques, praças, entre outros.

As praças são espaços abertos de uso comum, que contemplam várias funções,
cada uma com sua especificidade, podendo ter espaços verdes, áreas de lazer,
áreas de contemplação e monumentos, tudo vai depender da população em que
está inserida. São espaços essenciais para os cidadãos e para o meio urbano
(LEITÃO, 2002).

Para Mascaró (2008), Praça é espaço aberto dentro do tecido urbano, geralmente
ajardinado, pelo menos parcialmente. Seu tamanho de um ou no máximo dois
quarteirões (1 a 2 hectares), rodeada de vias de circulação, podendo estar no centro
da cidade, próximo da igreja central ou nos bairros.

Sá Carneiro (2010) diz que os espaços livres, praças e os parques, são elementos
urbanos que precisam de avaliação constante e que sem isso, o papel educativo
desses espaços corre o risco de não mais falar às novas gerações de usuários. A
ideia como elemento de educação ambiental, social e patrimonial se coadunam e
isso é o primeiro passo para que venha a surgir a verdadeira cultura dos jardins.

Para Macedo e Robba (2002), as praças são espaços livres públicos que têm como
finalidade fornecer um local de convivência e lazer para seus usuários. O conceito
de praça muda de população para população e de uma cultura para outra. No Brasil,
um local que possui ajardinamento, onde o projeto paisagístico prioriza a circulação
para pedestres, tendo mobiliários urbanos voltados para a interação da população, é
considerado uma praça. Tal definição pode ser percebida na figura 2, que diz
respeito a uma praça localizada no centro do Recife, e reflete um bom exemplo de

16
espaço livre público, visto que possibilita a realização de inúmeras atividades em
diálogo com o verde da arborização presente.

Figura 2: Praça 13 de Maio, Recife, PE.

Fonte: br.picture.com 18 outubro, 2018.

Ainda sob essa perspectiva, pode-se citar a Praça do Arsenal, figura 3, que além de
possuir uma vegetação composta por inúmeras palmeiras imperiais, dispõe do uso
de mobiliários, no caso em tela, de bancos que favorecem o descanso e conversas
entre os freqüentadores, mas também há uma fonte no centro da praça, dando,
assim, um realce diferenciado ao espaço.

Figura 3: Praça do Arsenal da Marinha, Recife, PE

Fonte: visit.recife.br, 2017.

A implantação ou reforma de praças, parques, jardins em pontos centrais nas


cidades são imperativos e atrativos ao público. Desse modo, é muito importante a

17
cidade ter espaços livres públicos, onde as pessoas se sintam atraídas e tranquilas
para ficar e interagir com o restante da população.

1.2. Projeto Paisagístico

O Projeto Paisagístico é uma forma de demonstrar como será uma área externa, o
planejamento dessas áreas externas públicas e livres, sabendo que não se trata de
um planejamento simples, conhecimentos de arquitetura, design, geografia, clima,
água, além de botânica, arte e um pouco de psicologia comportamental são
necessários para a sua realização. A figura 4 nos apresenta um exemplo de projeto
paisagístico no qual pode-se perceber a distribuição da arborização no espaço físico
de uma praça.

Figura 4: Exemplo de um Projeto Paisagístico

Fonte: anponline.org.br, 2020.

O Projeto Paisagístico define-se como paisagem, um espaço aberto que abrange um


só olhar, baseados nos anseios das necessidades no qual se inscrevem os
elementos e as estruturas construídas pelos homens (MASCARÓ, 2008). Entendida
como uma realidade ecológica, materializada fisicamente num espaço que se
poderia chamar natural (se considerado antes de qualquer intervenção humana), no
qual se descrevem os elementos e as estruturas construídas pelos homens, com
determinada cultura, designada também como “paisagem cultural”.
18
1.3. Piso e Agenciamento

Este elemento é de extrema necessidade e deve ser escolhido com base no local
em que vai ser colocado (área externa, interna). Segundo o autor Audrey Daily, para
garantir segurança, comodidade e acessibilidade no caso das praças, sabe-se que o
piso deve apresentar resistência devido ao grande fluxo de pessoas, a fim de,
garantir durabilidade e segurança.

Diferentes materiais podem ser utilizados, vai depender do projeto e objetivo. Desde
que adequadamente selecionados, esses materiais contribuirão para a beleza do
lugar e para a qualidade de vida das pessoas.

Há os cimentícios, porcelanatos, cerâmicos, madeira, pedras naturais, pedra


miracema, placas drenantes, calcário, basalto, granito. A figura 5 demonstra modelo
de piso especificado como tipo: intertravado, especificado como permeável e
apropriados para ambiente com intenso fluxo.

Figura 5: Piso intertravado permeável.

Fonte: mosaicosamazonas.com.br, 2020.

Tais pisos são soluções sustentáveis de revestimento para ambientes externos, e


também permitem o escoamento de água, garantindo segurança no sentido de evitar
deslizamentos, uma vez que oferecem certa capacidade de absorção de água e
dessa forma diminuem o índice de impermeabilização do solo.

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A figura 6 expõe o piso no formato de placas cimentícias, porém o material também
possui características drenante e permeável e apropriados para ambiente com
intenso fluxo.

Figura 6: Piso drenante.

Fonte: totalconstrução.com.br, 2020

Para Mascaró (2008), a circulação é um dos elementos fundamentais da paisagem,


o traçado das vias, o seu percurso, deve-se, então, explorar a sua maior
potencialidade. O Agenciamento Urbano, exemplo da figura 7, é uma forma
inteligente de planejamento urbano, de organizar espaços livres públicos, de
maneira que se tornou uma exigência nas cidades modernas a fim de torná-las mais
agradáveis aos cidadãos, como também mais seguras em termos de circulação,
como pode ser observado na Figura.

Figura 7: Exemplo de Planta de Agenciamento.

20
Fonte: comoprojetar.com.br, 2020.
Durante criação projetual é importante haver curvas e contracurvas para que na
implantação do agenciamento desses Espaços públicos para que proporcionem
mais viabilidade no trajeto e passeios e que as pessoas sintam-se seguras durante o
seu deslocamento.

1.4. Mobiliário Urbano

A legislação brasileira, por meio da Lei Nº. 10.098/2000, define o termo mobiliário
urbano como “conjunto de objetos presentes nas vias e espaços públicos” BRASIL
(2000). Como exemplo, a figura 8 traz o exemplo de mesas e bancos arredondados
superpostos adicionados aos elementos da urbanização.

Figura 8: Exemplo de Mobiliário urbano.

Fonte: igaratinga.mg.gov.br, 2015.

Na figura 9, pode-se perceber a referência citada pelo autor, que além de sugerir a
socialização, promove beleza e funcionalidade ao equipamento de lazer.

Figura 9: Jogos de tabuleiro em praça pública.

Fonte: Prefeitura de Domingos Martins, 2012.


21
Mascaró (2008) descreve que, as mesas funcionais também podem ser utilizadas
como apoio para jogos, podendo ter tabuleiros desenhados em seu tampo,
sugerindo, assim, o uso para jogos de tabuleiros como dama, xadrez e dominó,
sendo fundamentais pelas funções principais que possuem: a função de interação,
de encontro e lazer.

Montenegro (2005) define mobiliário urbano como os artefatos direcionados à


comodidade, ao conforto dos usuários, afirmando que esse item compõe o
ambiente, no qual está inserido e faz parte do desenho urbano das cidades,
interagindo com seus usuários e com o contexto sócio - cultural e ambiental.

É possível observar que na figura 10, as lixeiras individuais são elementos que
contribuem para organização do espaço livre público, proporcionando limpeza ao
ambiente

Figura 10: Lixeira comum individual.

Fonte: Banco de USP imagens,2010.

As lixeiras também são mobiliários indispensáveis no espaço público, devem ser


instaladas em locais de maior concentração de pessoas e movimento, com boas
condições de acessibilidade durante o deslocamento dos pedestres, sem, porém,
representar impedimento ao fluxo.

22
A figura 11 representa um bom exemplo de lixeira coletiva, este modelo padrão de
lixeira promove e favorece a conscientização para a coleta seletiva de resíduos
sólidos nos municípios.

Figura 11: Lixeira seletiva para reciclados.

Fonte: parqueseparques.com.br, 2019.

1.5. Iluminação

A iluminação é um desafio que merece bastante atenção e quando se trata de


um espaço público, há de se encontrar mecanismos para a realização de um
trabalho com qualidade. Nesse sentido, pensar numa praça exige também a
preocupação com a iluminação, pois ela precisa fornecer aos transeuntes e
frequentadores o acesso no período noturno.

Um bom projeto de iluminação pública requer baixo custo, com eficiência. Uma
alternativa pode ser o emprego de lâmpadas de LED, que, inclusive, traz
vantagens para o meio ambiente. Vale acrescentar que uma boa iluminação
facilita o trajeto, a visualização da sinalização, destaca o patrimônio e ainda
embeleza. Esses aspectos necessitam ser considerados, a fim de se criar um
local seguro, agradável e valorizado para os habitant es e para a cidade.

Mascaró (2006) diz que a iluminação é um fator importante, permitindo que os


usuários percebam o entorno, criando sensações, além de facilitar a orientação.
Quando artificial, ela deve levar em conta os aspectos tanto quantitativos (valores de
iluminância e luminância padronizados ou recomendados, exigências visuais) como
23
qualitativos (percepção ambiental, paisagem, sensação de segurança,
comunicação). A figura 12 traz representações de postes decorativos e luminárias,
respectivamente, que além de exercer sua função primordial, que é a iluminação,
conferem beleza ao local.

Figura 12: Iluminação - Poste Luminária de LED

Fonte: ilumitel.com.br,2019.

Mascaro (2008) declara, ainda, que a praça requer características que se adequem
às suas especificidades e às particularidades de seus planos delimitadores e
componentes. Existem recomendações de relações de iluminâncias e luminâncias
esboçadas pela Comissão Internacional de Iluminação (CIE, 2000) que diz que
“iluminação será um ponto de grande relevância na nova proposta, uma vez que se
tem a intenção de produzir um espaço de convivência e circulação de 24 horas/dia”.
Entende-se aqui que a proposta luminotécnica deve se estender ao entorno e não só
ao espaço em si, posto que essa relação seja de extremo valor.

1.6. Academias Públicas

Em meio à vida atual, com a orientação de vários especialistas tanto na área de


saúde, quanto na dos profissionais da educação física para a realização de
exercícios físicos, tornou-se imprescindível o cuidado com a saúde.

Nesse caso, apresentado na figura 13, nada mais coerente que a prática de
atividade ao ar livre para combater o sedentarismo, garantindo, desse modo,
uma vida mais saudável para as crianças, jovens, adultos e idosos. Salienta -se
24
que a academia de ginástica, na praça, mostra-se necessária, por se tratar de
um local público, gratuito e conhecido, na maioria dos casos, pelos moradores
e frequentadores, transformando-se também num momento de entrosamento
entre as pessoas e de diversão.

Figura 13: Academias - Aparelhos de ginástica

Fonte: vecourbandesign.com.br, 2017.

Existem várias modalidades de equipamento e de exercício que podem ser


disponibilizados à população. Os aparelhos de ginástica são dispostos em uma
praça, podendo ser utilizado por qualquer um que se interesse. Uma pista de
“Cooper” estimula a caminhada em local tranqüilo e com vegetação ao redor.

1.7. Vegetação

Leitão (2002) comenta que a vegetação desempenha papel inestimável


na vida urbana. Além de contribuir na criação do espaço, na renovação do ar,
também colabora com a beleza, com o sentimento de acolhimento, permitindo,
ainda, que se criem espaços aconchegantes.

A vegetação transforma a cidade de forma consideravelmente positiva, pois


além de contribuir para tornar as temperaturas mais agradáveis, interfere na
umidade do ar, confere beleza aos espaços, consequentemente, promove o
bem-estar às pessoas. A arborização traz um grande ganho para a
infraestrutura das cidades, portanto é urgente o desenvolvimento de projetos
paisagísticos arrojados para os centros urbanos.
25
Merece ainda o destaque da fonte utilizada que confere ao ambiente o aspecto
de acolhimento, quando une o verde da vegetação com a água remete ndo a
ideia de ar fresco e conjugando a natureza aos seres humanos.

Na figura 14, a vegetação imprime um clima de harmonia, o que favorece a


reflexão e o convívio com amigos.

Figura 14: Vegetação - Praça 13 de Maio, Recife-PE.

Fonte: visit.recife.br, 2013 .

A vegetação é escolhida com base no anteprojeto estabelecido, sendo assim,


constam de desenho de disposição das espécies vegetais, tabela de especificações
e quantidades, nome comum e científico, e porte das espécies a serem empregadas,
manual de preparo do solo, plantio e manutenção. Essa etapa é fundamental para
pois nem todas plantas são adequadas para esse tipo de projeto.

Desse modo, as vegetações adequadas segundo as instruções do Manual de


Arborização (Cemig, 1986), são as espécies que apresentam tais características:

 Que produzam copas expressivas, que proporcionarão conforto ambiental às


áreas;

 Diversificadas, considerando diferentes épocas de floração e frutificação, o


que favorecerá a paisagem e a presença da fauna;

 Que produzam aromas agradáveis (folhas, madeiras, flores);

26
 Nativas regionais da flora brasileira, adequadas à arborização urbana,
sobretudo aquelas reconhecidamente úteis à fauna;

 Resistentes ao ataque de pragas e doenças, tendo em vista a inadequação


do uso de agrotóxicos no meio urbano.

Para não causar acidentes plantio de espécies: De baixa resistência; porte


excessivamente grande em passeios, sobretudo aquelas suscetíveis à queda,
especialmente nos locais onde é intenso o fluxo de veículos e pedestres; Que
perfilham; Que contenham brotos ou flores alergógenas, frutos e folhas venenosos,
frutos grandes ou que manchem, espinhos ou acúleos; Que possuam folhagens que
criem sombreamento excessivo, em locais de pouca incidência de luz solar; Junto a
imóveis com a existência de varandas e sacadas, de modo a permitir o acesso à
residência; Que possam esconder vistas de interesse, considerando eixos de
perspectivas.

1.8. Acessibilidade

A acessibilidade não deve ser caracterizada por um conjunto de normas e leis, e sim
por um processo de observação e construção, feito por todos os membros da
sociedade. Desse modo, uma praça que é um espaço público deve ser acessível a
todos e para isso é necessário dispor de elementos arquitetônicos que
permitem esse acesso.

A figura 15 demonstra alguns parâmetros básicos para a dimensão das áreas de


circulação necessárias para pessoas deficientes e/ou com mobilidade reduzida.

Figura 15: Dimensão das larguras mínimas para acessibilidade.

Fonte: NBR 9050, 2015.

27
Diante do exposto, são diversos os itens obrigatórios a serem considerados nos
projetos arquitetônicos visando a integração das pessoas com necessidades
especiais.

Para Cambiaghi (2007), a acessibilidade insere-se no contexto urbanístico através


dos aspectos viários, do mobiliário urbano, dos espaços e os equipamentos urbanos.

Análise de dificuldades urbanas e pesquisas de cidades que adotam soluções


prevendo a utilização por todos os usuários, tais como: rampas nas travessias de
pedestres; pisos táteis de alerta para pessoas com deficiência visual; calçada com
faia continua de largura mínima de 1,20m, sem obstáculos, etc. (CAMBIAGHI, 2007,
p. 133).

A utilização de piso tátil de alerta (Figuras 16) e direcional (Figura 17) são outros
importantes parâmetros a serem observados em projetos de praças, uma vez que
por se tratar de um ambiente inclusivo, deve fornecer meios para a inclusão de
pessoas deficientes visuais, e dessa forma servem para indicar o caminho a
percorrer.

Figura 16: Piso tátil de alerta

Fonte: NBR 9050, 2015.

28
Figura 17: Piso tátil direcional.

Fonte: NBR 9050, 2015.

Sendo a NBR 9050/2015, a sinalização tátil e visual direcional no piso deve ser
instalada no sentido do deslocamento das pessoas, quando da ausência ou
descontinuidade de linha-guia identificável, em ambientes internos ou externos, para
indicar caminhos preferenciais de circulação, devendo obedecer às dimensões.
(Quadro 1)

Quadro 1: Dimensão da sinalização tátil e visual de alerta

Fonte: NBR 9050, 2015.

29
Além disso, a NBR 9050/2015, diz que as calçadas devem ser rebaixadas junto às
travessias de pedestre de modo a não haver desnível entre a rua. O rebaixamento
da calçada também pode ser executado entre canteiros, desde que respeitados o
mínimo de 1,50 m de altura e a declividade de 8,33 %. A largura do rebaixamento
deve ser igual ao comprimento da faixa de pedestres, conforme a figura 18.

Figura 18: Rampas - Rebaixamento de calçada.

Fonte: NBR 9050, 2015.

2. REFERÊNCIAS PROJETUAIS

Neste capítulo serão apresentados dois estudos de caso de praças, localizadas na


cidade do Recife-PE, tendo como função a exposição de imagens e observações
que possam embasar o anteprojeto de intervenção paisagística, que será proposto à
Praça Miguel Arraes, localizada no bairro de Tabatinga, Igarassu-PE.

A primeira, a Praça Pinto Damaso, conhecida como Praça da Várzea, localizada em


a Av. Afonso Olindense – via projetada e a Rua Cel. Pacheco, tem uma paisagem
bucólica, arborizada, inserida no cenário de Bairro tradicional do Recife-PE e com o
entorno marcado pelas fachadas dos casarões.

Em seguida, a Praça Professor Barreto Campelo. localizada na Praça Professor


Barreto Campelo, nº 50, Bairro da Torre, Município do Recife, neste Estado. O
Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural fez o tombamento das
edificações remanescentes do Engenho da Torre, no Recife. Parágrafo único.
30
Essas praças foram escolhidas como objetos de estudo, por possuírem um bom
fluxo de visitantes diário e pontos com mobiliário urbano, que proporcionam uma boa
área de descanso e interação, assim como possuem uma boa cobertura vegetativa,
sendo um ponto de contato entre as pessoas e a natureza.

2.1. Praça Pinto Damaso, Várzea, Recife - PE.

2.1.1. Análise do partido e traçado

A praça é um projeto elaborado pelo paisagista Roberto Burle Max, falecido em


1994. A figura 19 a seguir ilustra a inserção da Praça Pinto Damaso, definida nas
Avenidas Rui Barbosa e Conselheiro Rosa e Silva e pela rua Dr. Bandeira Filho, no
Bairro das Graças, a oeste da cidade do Recife do Bairro da Várzea, desde o projeto
proposto por Burle Marx à situação atual.

Figura 19: Projeto Original da Praça Pinto Damaso, Várzea, Recife-PE.

Fonte: Diário Oficial-Decreto Nº 29.537 de 23 de março de 2016.

Palco das principais atividades de lazer e eventos culturais do bairro, seu entorno se
caracteriza por uma dinâmica vida urbana resultante do comércio local, feiras
informais, residências e escolas. Da malha viária destacam-se a Rua Amaro Gomes
Poroca que interliga a Praça à Universidade Federal de Pernambuco e a Avenida
Afonso Olindense, via de grande fluxo, que tangencia a Praça é conecta o bairro da
Várzea.

31
A Ementa dispõe sobre a classificação como Jardins Históricos de Burle Marx dos
espaços públicos vegetados do Recife que especifica, integrando-os ao Sistema
Municipal de Unidades Protegidas do Recife - SMUP Recife, instituído pela Lei
Municipal nº 18.014, de 09 de maio de 2014. Considerando uma nova fase de
paisagismo no Brasil, utilizando novos conceitos e princípios do movimento
moderno, Roberto Burle Marx incluiu a vegetação regional e os materiais com
preocupações estéticas e ecológicas, preservando a mata atlântica ele expressou
uma identidade brasileira incluindo vegetais também da caatinga e plantas exóticas.

Os Jardins de Roberto Burle Marx são espaços educativos de divulgação da flora


brasileira e da história da cidade, propiciando a convivência urbana e contribuindo
para a manutenção da identidade local, da qualidade de vida e do pleno
desenvolvimento humano como fator fundamental para a formação de uma
sociedade sustentável, inclusiva e saudável. A figura 20 mostra o atual projeto da
Praça em análise.

Figura 20: Projeto Atual da Praça Pinto Damaso.

AV. AFONSO OLINDENSE

RUA CEL. PACHECO


N
Fonte: googleearth. Imagem Modificada pela Autora, 2019.

A praça é um projeto elaborado pelo paisagista Roberto Burle Max. Localizado na


Av. Afonso Olindense, Várzea – PE. Com um partido que se baseia no estilo de
paisagismo eclético, que se caracteriza com traçados em cruz, grandes eixos com
pontos focais e estar central, hierarquia nas circulações com presença de caminhos,

32
secundários perimetrais e canteiros que apresentavam formas geométricas e eixos
de circulação ortogonais.

Além disso, com uso de novos materiais como de ferro, novas ligas e concreto,
utiliza também iluminação elétrica e tecnologia na irrigação com uso de
bombas. Desse modo, o paisagista, Burle Marx, desenvolveu um projeto que previa
um playground, um coreto, um lago central com fonte e um caramanchão que
permitiria o sombreamento da área. Porém, o projeto não foi executado como o
original, sendo assim, restou apenas os traçados geométrico por formas regulares,
que são distribuídas no espaço da praça, como locais de descansos, relações
sociais, esportivo, educativo, academia da cidade e espaço de permanência

2.1.2. Análise do tipo de espaço público, usos e freqüência

A ficha cadastral da Praça Pinto Damaso Nº 07/15, conforme o livro Burle Marx e o
Recife de (Maurício Cavalcanti, Ana Rita e Lúcia Maria Veras é uma homenagem ao
prefeito do Recife Manoel Pinto Damaso, no período 1891-1893. É um espaço livre
público, que são abertos à população em geral, sob condições pré-estabelecidas
pelo poder público com a finalidade de contemplação. Localização: Avenidas Afonso
Olindense, no Bairro da Várzea, a oeste da cidade do Recife. Área: 6.647,02 m2
Intervenções: Roberto Burle Marx (entre 1936 e 1937); reformada pelas arquitetas
da Prefeitura do Recife Maria do Socorro Florêncio Mussalém (1973) e Tereza
Coelho (1995); requalificada com projeto elaborado pela arquiteta Maria Inês de
Oliveira Mendonça (2011).

2.1.3. Análise da infraestrutura da Praça (programa)

Segundo decreto nº 29.537-16 da Prefeitura do Recife, a praça é composta de


equipamentos, mobiliário e materiais a serem conservados, como: 14 postes de
iluminação de ferro; 15 unidades de bancos de madeira tipo veneziano; 10 unidades
de banco de concreto sem encostos; 05 brinquedos de concreto; 01 quadra
poliesportiva. Edificação de banheiros sanitários, no entorno, precisamente na
calçada uma parada de ônibus coberta em forma de arcos Salão coberto com palco
de cimento e espaço de convivência para jogos de mesa; Academia de musculação

33
ao ar livre; Edificação de apoio com sanitários; Parada de ônibus na calçada da
Praça com coberta em forma de arcos.

2.1.4. Iluminação

A Iluminação da praça Pinto Damaso é constituída por postes públicos de ferro com
luminárias de LED de 300W, a prova d’água ip67 e postes decorativos apresentado
na figura 21, atualmente a iluminação local da praça é de boa distribuição.

Figura 21: Iluminação - Praça Pinto Damaso.

Fonte: Autora, 2020.

2.1.5. Acessibilidade

Recentemente a Praça Pinto Damaso passou por reformas (Projeto de


Requalificação) que teve início em agosto de 2020. Foram feitos reparos nos
passeios e áreas comuns com piso em concreto; no playground; nos canteiros,
acessibilidade e gramado. Na figura 22 mostra a redefinição do gradil;
acessibilidade com rampas de acesso para cadeirantes; sinalização com piso tátil de
alerta e direcional, colocação de protetor de gramado; pintura geral, com
impermeabilização do telhado do abrigo e parada de ônibus. Os serviços na quadra
esportiva contemplam também a recuperação do seu alambrado, pintura e
demarcação.

34
Figura 22: Acessibilidade – rampa de acesso – Pç. Pinto Damaso.

Fonte: Autora, 2020.

2.1.6. Mobiliário

Mobiliários Urbanos são equipamentos e objetos instalados em espaços públicos


disponíveis para o uso da população ou suporte dos serviços. Na figura 23 observa-
se a utilização de bancos, mesas de concreto para jogos, poste de ferro decorativo,
bancos de madeira e equipamentos para ginástica.

Figura 23: Mobiliário - bancos de concreto. Pç. Pinto Damaso.

Fonte: Autora, 2020.

2.1.7. Vegetação

Segundo Mascaró (2001) a escolha da localização das árvores têm que priorizar o
usuário da área urbana, a vegetação permiti acesso, conforto, e segurança nos
recintos. A vegetação é um dos fatores primordial em uma praça, pois proporcionar
inúmeros benefícios que asseguram a qualidade, como conforto térmico por meio da

35
absorção da radiação solar. É possível observar na figura 24 que o aspecto vegetal
da Praça Pinto Damaso é predominantemente de árvores de médio e grande porte.
Figura 24: Vegetação - árvores de grande porte - Pç. Pinto Damaso.

Fonte: Autora, 2020.


Desse modo, na Praça Pinto Damaso, tem como predominância espécies como:
jasmim-manga, espirradeira, pata-de-vaca, palmeira Imperial, Baobá. Uma
diversidade de tipologias vegetal de porte arbórea. A vegetação proporciona a
influência na circulação dos ventos.
2.2. Praça Professor Barreto Campelo, Torre, Recife – PE.

2.2.1. Análise do partido e traçado

A Praça Professor Barreto Campelo, conhecida como a “Praça da Torre”, localiza-se


na Zona Oeste do Recife, precisamente no bairro da Torre. Foi um projeto
desenvolvido no local onde era o Engenho Uchôa, um espaço histórico, que até hoje
e encontram conservada a chaminé do engenho e posterior olaria e a fachada da
igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Desse modo, a praça tem como partido
a reutilização do espaço, sem esquecer a história que o local representa. Além
disso, possuir um traçado reto por formas arredondadas. Além disso, possuir um
traçado A figura 25, a seguir, correspondem às imagens da Praça Professor Barreto
Campelo.

Figura 25: Projeto Atual da Praça Prof. Barreto Campelo.

36
RUA JOSÉ DE HOLANDA

RUA – PÇ. PROF. BARRETO CAMPELO

N
Fonte: googleearth. Imagem Modificada pela Autora, 2019.

Artigo 1ª do II Parágrafo da Resolução nº 008, de 11 de dezembro de 2018 - Fica


homologada a Igreja Nossa Senhora do Rosário, conhecida como Igreja da Torre,
antiga capela do engenho, localizada na Praça Professor Barreto Campelo, nº 50,
Bairro da Torre, Município do Recife, neste Estado.

Na figura 26 mostra a Chaminé como um elemento subsistente da antiga fábrica ou


moita do engenho na Torre.

Parágrafo único. O tombamento de que trata o caput dar-se em virtude das


construções elencadas nos incisos I a III serem exemplares dos séculos XVIII e XIX
e guardarem grande valor histórico do desenvolvimento urbano da cidade do Recife.

Figura 26: Chaminé da Praça Prof. Barreto Campelo.

Fonte: Autora, 2020.

37
Nos séculos XVI e XVII, segundo o Leonardo Dantas, o Engenho Uchôa produzia
melaço. Com a sua demolição na década de 1960, sobrou do engenho apenas a
mata. O tombamento do engenho da Torre garante que a preservação das
edificações seja mantida. No local existe uma chaminé que é de grande importância
para a comunidade local. Ela está no processo de Tombamento pela Fundação do
Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE).

As praças têm uma particularidade em relação as suas funções, devido às


características agregadas a cada uma delas, podendo ser visualizada
separadamente ou interligadas entre si. Existem alguns fatores que indicam estas
especificidades, como o entorno em que ela está inserida o qual interfere na
paisagem e na função urbana deste espaço; o segundo fator é o nível
socioeconômico dos indivíduos que usam a praça, e por fim, mas não
menos significativo a importância simbólica, pois são espaços que fazem parte
de um contexto histórico e sentimental. (LEITÃO, 2002, p.26 e 27).

2.2.2. Análise do tipo de espaço público, usos e freqüência

A Praça Professor Barreto Campelo, é um espaço aberto para a população, sendo


assim, um espaço livre público, sob condições pré-estabelecidas pelo poder público.
Com o uso de práticas de esportes, lazer, e contemplação.

2.2.3. Análise da infraestrutura da Praça (programa)

Localizada na zona Oeste do Recife, a Praça Professor Barreto Campelo, mais


conhecida como “Praça da Torre”, é referência para a diversão das crianças da área,
prática de esportes, além de servir como ponto de encontro para grupos de dança,
música e capoeira. Encontros que reúnem, geralmente, moradores da Vila Santa
Luzia, comunidade do bairro da Torre, e moradores do Cardoso, localizada na
Madalena, ambos na Zona Oeste.

2.2.4. Iluminação

A iluminação das praças deve ser bem estruturada para que venha suprir
necessidade do espaço, é necessário que casa área projetada receba a iluminação
adequada para realização das atividades oferecidas.
38
Na figura 27 mostra que as luminárias existentes são para uma iluminação geral e
decorativa, a fim de proporcionar mais segurança na caminhada do transeunte.

Figura 27: Iluminação - Poste e Luminárias de LED - Pç. Barreto Campelo.

Fonte: Autora, 2020.

2.2.5. Acessibilidade

Em relação à acessibilidade, a Praça Prof. Barreto Campelo é composta por áreas


calçadas e rampa de acesso, e há barreiras ao longo do trajeto, barras tubulares de
ferro, placas e degraus que ocasionam desnível entre as áreas e equipamentos no
entorno. Na figura 28, mostra que, ainda que precário, a Praça possui vagas de
estacionamento para deficientes.

Figura 28: Acessibilidade – Estacionamento para defcientes – Pç. Barreto Campelo.

Fonte: Autora, 2020.

39
Diante da análise é necessário que seja reduzido ou que não haja obstáculos que
atrapalhem a mobilidade no local, facilitando o acesso, como elementos edificados
ou instalados, destinados a construir barreira no piso para proteção de árvores,
áreas ajardinadas e espaços similares.

2.2.6. Mobiliário

A Praça é composta de bancos de madeira, lixeiras para seleção de materiais


recicláveis, postes de iluminação, luminárias decorativas, gradil de ferro que serve
como cercado para dividir espaços e ambientes da praça.

Assim como a maioria dos espaços livres públicos, na figura 29 expõe a Praça
Professor Barreto Campelo, com equipamentos que são disponíveis para o uso da
população ou suporte dos serviços.

Figura 29: Mobiliário – bancos de madeira e concreto - Pç. Barreto Campelo.

Fonte: Autora, 2020.

2.2.7. Vegetação

A vegetação é um dos mais importantes elementos caracterizadores dos jardins. O


traçado é o elemento primordial do projeto paisagístico, ele organiza a distribuição e
integração dos espaços na composição. Elementos vegetais nos espaços públicos
necessitam de cuidados especiais para que possa garantir maior vida útil dos
mesmos, por isso é necessário o uso de um sistema de irrigação para as áreas
verdes. O sistema tem que ser adequado para cada tipo de solo.

40
Na Praça Barreto Campelo pode ser encontrada árvores de várias espécies,
arbustos e ervas tropicais: palmeiras imperiais, palmeiras leque, paus-
brasil, flamboyants, acácias, fícus-benjamim, mangueiras, e barrigudas.Na figura 30
mostra que a vegetação que predomina na praça é de médio e grande porte, com
exemplares de vários domínios florísticos do Brasil, entre eles Palmeiras.

Figura 30: Vegetação – Arvores de grande porte - Pç. Barreto Campelo.

Fonte: Autora, 2020.

41
2.3. Análise Comparativa das Referencias Projetuais

O Quadro 2, faz uma breve demonstração dos elementos constituintes da Praça


Pinto Damaso e da Praça Professor Barreto Campelo, identificando-se, porém, as
características peculiares de cada uma, como a vegetação, áreas de convivência,
mobiliário (mesas, bancos, lixeiras, equipamento de ginástica, luminária decorativa)
e suas respectivas funções, a área de estacionamento para veículos, localização e
construção (espaço reservado para palestras).

Quadro 2: Quadro Comparativo das Referências Projetuais.

PRAÇAS PRAÇA PINTO DAMASO (Av. Afonso PRAÇA PROFESSOR BARRETO


Olindense; Várzea – PE.) CAMPELO (Torre- Recife – PE)

Vegetação Árvores de pequeno, médio e grande Árvores de pequeno, médio e grande


predominância porte, com grande cobertura vegetal. porte, com grande cobertura vegetal.

Áreas de Descanso, relações sociais, esportivo Contemplação, reflexão e lazer.


convivência educativo, academia da cidade e espaço
de permanência.

Funções e usos Arte e Lazer Práticas de esportes. Lazer,


Contemplação.

Entorno Desfruta da paisagem, comercio informal, Vias próximas aos pontos comerciais
gradil de proteção

Mobiliário Postes de iluminação de ferro, Bancos de Mesas, bancos, postes, lixeiras, luminárias
urbano madeira tipo veneziano, Bancos curvos de
concreto sem encosto, Brinquedos em
concreto, Quadra poliesportiva, Edificação
de apoio com sanitários. e Parada de
ônibus na calçada da Praça com coberta
em forma de arcos

Traçado Recinto circundado por uma cortina de Traçado reto por formas arredondadas.
vegetaçã54o de palmeiras real, abrindo
no centro uma grande clareira, quadra
esportiva, trecho recortado com área de
estar e pequeno comércio.

Fonte: Autora, 2020.

42
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA

Neste capítulo foram desenvolvidos aspectos acerca da localização e entorno da


Praça Miguel Arraes, objeto de estudo dessa pesquisa. Aqui, definiram-se as áreas
recobertas por vegetação e áreas livres calçadas e permanência estendida de
prática de esportes e locais direcionados para palestras e eventos. O desenho a ser
desenvolvido e a ocupação seguiram a lógica dos setores, inicialmente, criados em
conjunto com as circulações hierarquizadas estabelecidas posteriormente de acordo
com a intensidade de fluxo.

3.1. Localização

A Praça Miguel Arraes, está localizada no bairro de Tabatinga, cidade de Igarassu,


PE, fica entre três ruas: Rua Vereador Josuel Roberto Souza, Rua Vereador
Washington Vilar Sampaio e Rua Vereador Genaro Pereira Baracho conforme a
figura 31

Figura 31: Localização da Praça Miguel Arraes.

RUA VER. GENARO P. BARACHO

BR 101

PÇ. MIGUEL ARRAES

RUA 18

N
Fonte: googleearth. Imagem Modificada pela Autora, 2020.

43
3.2. Geologia

Segundo o artigo 25 da Lei nº 2466 da planta diretora de Igarassu, as matas como


maciços da vegetação arbórea nas áreas de proteção dos mananciais hídricos que
servem a cidade. As áreas cobertas por vegetação, assim consideradas pelo código
de defesa do meio ambiente, combinado com o código florestal federal, bem como o
Zoneamento Ecológico Econômico costeiro do Decreto Estadual de nº 24.017 de
02/07/2002 Zoneamento Costeiro litoral Norte e Resolução do Conselho Estadual do
Meio Ambiente – COSEMA.

Como podemos perceber na imagem o mapeamento, interpretação da ocupação e


uso identificando de diferentes tamanhos, tipos e tendências ocupacionais
demonstradas as imagens através de um satélite, permitindo detalhamento, precisão
quanto aos dados utilizados no desenvolvimento da pesquisa, seguida de sua
imagem. Os solos do município de Igarassu por conta de são constituídos de
solicitadas do tipo caulinita, são compostos por uma estrutura granular de argilas de
latossolos e podzólicos, drenáve, alta acidez, baixo teor de sílica e alto teor de
Alumida. São encontrados nos topos residuais e chapadas.

3.3. Vegetação

A vegetação nativa do município é a mata atlântica composta de florestas sub-


perenifólas, por árvores verdes, com folhas largas e troncas delgados, com algumas
partes de floresta subcaducifólia como é apresentado na figura 32.

Figura 32: Vegetação - Praça Miguel Arraes

Fonte: googleearth. Imagem Modificada pela Autora, 2020.

44
3.4. Sistema Viário

O Anteprojeto a ser desenvolvido e a ocupação seguiram a lógica dos setores,


inicialmente, criados em conjunto com as circulações hierarquizadas estabelecidas
posteriormente de acordo com a intensidade de fluxo, conforme é apresentado na
figura 33. É importante citar que a via apresenta transversalidade com importante
rodovia nacional - BR 101, e o fluxo de automóveis diariamente é de cerca de 60 mil
veículos trafegando.

Figura 33:Sistema Viário - Pç. Miguel Arraes.

Fonte: googleearth. Imagem Modificada pela Autora, 2020.

3.5. Análise do Objeto de Estudo

É uma praça que tem a função poliesportiva no projeto inicial. Na figura 34 é


possivel afirmar que a Praça, objeto de estudo, possui uma grande área livre, de
acesso fácil, que mediante um projeto paisagístico organizado servirá como espaço
para realização de diversas atividades: passeio, diversão, prática de exercícios
físicos, contemplação.

Figura 34: Objeto de Estudo - Pç. Miguel Arraes.

Fonte: Autora, 2020.


45
Em relação ao entorno, verifica-se a importância da preservação de áreas verdes
(seja de porte arbóreo, herbácea ou arbustiva) para propiciar e melhorar a qualidade
ambiental urbana, que devido à expansão da cidade e desse bairro (no sentido
centro para áreas mais periféricas do município) com a construção de muitas
habitações, lojas comerciais, diminuindo, consideravelmente, as áreas de
vegetação, aumentou, significativamente, a pressão urbana sobre os grandes
fragmentos florestais.

3.6. Análise do Estado de Conservação

A proliferação de edificações se dá de forma bastante acelerada, nessa região, e


sem a menor orientação técnica qualificada na área da construção civil e arquitetura,
fator que inviabiliza a disposição adequada das vias urbanas e disposição dos
bairros.

A figura 35 mostra imagens da Praça Miguel Arraes em Tabatinga, Igarassu – PE


em sua fase de inicial de preparação para a manutenção periódica.

Figura 35: Manutenção e conservação - Pç. Miguel Arraes.

Fonte: Autora, 2020.

46
4. ANTEPROJETO DE INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA

4.1. Fluxograma e Organograma

Figura 36: Fluxograma - Pç. Miguel Arraes

SOLO NATURAL

CIRCULAÇÃO E ACESSOS

ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA

Fonte: Autora, 2020.

Figura 37: Organograma - Praça Miguel Arraes

Fonte: Autora, 2020.

4.2. Adequação do Novo Programa de Necessidades e Dimensionamento

5. Para chegar ao objetivo do partido final de graduação deste trabalho de


graduação teve como objetivo, avaliar as necessidades de preservação
ambiental, revitalização com a preservação e com visão de interação da
sociedade local com a interação das três ruas da comunidade de tabatinga,
proporcionando o bem estar e com a saúde desse município com a implantação
e estrutura para uma academia de ginastica e implantação no conjunto de uma
academia nesta localidade, pista de cooper, edificar uma plataforma tipo
arquibancada para assistir palestrasa intervenção para uma ciclovia. Pesquisa

47
feita na comunidade para atender para o uso do espaço urbano atendendo a
população.

5.1. Partido de Intervenção Adotado

Para chegar ao objetivo do partido final de graduação deste trabalho de


graduação teve como objetivo, avaliar as necessidades de preservação
ambiental, revitalização com a preservação e com visão de interação da
sociedade local com a interação das três ruas da comunidade de tabatinga,
proporcionando o bem estar e com a saúde desse município com a implantação
e estrutura para uma academia de ginastica e implantação no conjunto de uma
academia nesta localidade, pista de cooper, edificar uma plataforma tipo
arquibancada para assistir palestrasa intervenção para uma ciclovia. Pesquisa
feita na comunidade para atender para o uso do espaço urbano atendendo a
população.

5.2. Conforto Ambiental

O conforto de um ambiente é algo indispensável para um projetista, desse modo, o


estudo dos dados climáticos de um local permite identificar os períodos de maior
probabilidade de desconforto térmico. Como a praça está localizada na região
nordeste, sabemos que nos meses de dezembro a março, no período do verão, tem-
se a dominância dos ventos nordeste (9 meses), e nos meses de abril a novembro
os ventos sudestes (9 meses).

Figura 38: Estudo "dos ventos" - Pç. Miguel Arraes.

48
Fonte: Autora, 2020.

Os ventos transportam umidade, ameniza o calor e modela o relevo.A direção das


correntes de ar precisam ser estudada antes de elaborar um anteprojeto
paisagístico, a fim de proporcionar conforto aos usuários.

Figura 39: Estudo de incidência solar - Pç. Miguel Arraes.

Fonte: Autora, 2020.

Após análise percebe-se que a direção sudeste é a mais ventilada, podendo ser
aproveitada como área de descanso, com bancos, mesas e playground, já a
nordeste, que possui mais incidência solar, pode ser aproveitada como um espaço
expositivo com alguma obra de arte, cultura como bustos e esculturas.

49
5.3. Planta de Pisos / Agenciamento

5.4. Planta de Infraestrutura e Mobiliário Urbano

50
5.5. Planta de Cobertura Vegetal

5.6. Plantas de Cortes (A-B)

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5.7. Perspectiva

Memorial Botânico

Este memorial Botânico descreve os procedimentos a serem seguidos para


execução do Projeto de Paisagismo da Praça Miguel Arraes, Igarassu - PE. O
projeto receberá estrutura vegetal nos pontos e formas indicados e apresentados,
atendendo a codificação de espécie definida neste. Tanto o cultivo como o plantio
deverá ser executado seguindo as diretrizes abaixo indicadas.

5.7.1. Manutenção/ Limpeza da Área

Será executada antes da marcação da obra, retirando-se todo o qualquer material


indesejável (entulhos, inços, etc.).

5.7.2. Covas para Plantio

Após o solo estar em condições de receber as mudas, deverá ser procedido o


estaqueamento para demarcação das covas, nos locais indicados pelo projeto. As
covas serão cúbicas, recomendando-se executá-las nas dimensões mínimas de
70x70x70cm para plantio das árvores, afim de que não se verifiquem dobras nas
raízes das mudas. Na abertura das covas deve-se ter o cuidado de separar a terra
da superfície, da camada mais profunda, a qual não deverá retornar à cova. Após a
execução,o fundo da cova deverá ser coberto com terra vegetal selecionada. As
covas para plantio de arbustos terão dimensões mínimas de 40x40x40cm.

52
5.7.3. Sistema de Plantio

As mudas deverão ser colocadas nas covas, de tal modo que as raízes fiquem
livres. A posição correta é a vertical, de forma que sua base permaneça a alguns
centímetros acima do solo. A terra vegetal deve ser cuidadosamente espalhada em
torno das raízes para que o ar permaneça disseminado no solo; após a cova
preenchida, apertando-se livremente, constituindo-se, em torno do pé da muda, uma
espécie de bacia para reter a água da chuva ou rega. A operação deve ser
completada envolvendo-se o pé da muda com palha ou material semelhante, para
abrigá-lo do sol e diminuir a evaporação do solo.

5.7.4. Estabilidade e Adubação

As árvores e palmeiras devem ser seguramente amparadas por estacas


denominadas tutores, que é fincada no solo e onde se prende a muda,por meio de
cordões resistentes. De uma maneira geral, todas as espécies vegetais plantadas,
deverão ser adubadas anualmente, com húmus ou estrume, e assegurada sua
irrigação. Os tutores devem preceder a muda a fim de que não seja cravado no seu
torrão, vindo a destruí-lo.

5.7.5. Grama

Os gramados serão constituídos com leivas de campo, livre de inço e com


espessura média de 5cm, assentadas em terra vegetal adubada. Antes do
assentamento das leivas, o terreno deverá ser preparado com a retirada de todos os
materiais estranhos, tais como pedra,torrões, raízes, tocos, etc. As superfícies
enlevadas deverão satisfazer as condições de desempenho, alinhamento,
declividade e dimensões previstas no projeto.

O solo local deverá, sempre que necessário, ser previamente escarificado (15cm),
podendo ser manual ou mecânico, para receber a camada de terra fértil, afim de
facilitar a sua aderência. As leivas deverão ser assentes sobre a camada de 5cm no
mínimo de terra fértil adubada, compondo, ao todo, um conjunto de espessura de
aproximadamente 10cm de altura. As leivas serão assentadas como ladrilhos, em
fileira com as juntas desencontradas para prevenir deslocamentos e deformação de
área gramada. Após o assentamento, as leivas deverão ser abatidas para efeito de
53
uniformização da superfície. A superfície enlevada deverá ser molhada diariamente
(exceto em dias de chuva), num período mínimo de 60 dias, afim de assegurar sua
fixação e evitar o secamento das leivas.

5.7.6. Equipamento para irrigação do jardim

Na data de conclusão da obra deverá ser entregue os seguintes equipamentos para

Manutenção do jardim:

 Mangueira Plástica de Jardim com Ponteira e Esguicho

 Mangueira plástica para irrigação do jardim de 20 m (d = ½”), com ponteira e


esguicho da Tramontina ou similar.

 Mangueira Plástica de Jardim com Ponteira

 Mangueira plástica para irrigação do jardim de 20 m (d = ½”), com ponteira da


Tramontina ou similar.

 Suporte Móvel para Mangueira de Jardim

 Suporte móvel para mangueira de jardim até 30m da Trapp ou Tramontina

 Suporte de Parede para Mangueira de Jardim

 Suporte metálico de parede para mangueira de jardim da Tramontina ou


similar.

 Irrigadores para Jardim

 Irrigador metálico tipo ferradura com base giratória da Tramontina ou similar.

5.7.7. Limpeza Final

Limpeza final da obra, para entrega dos trabalhos, inclui a remoção do entulho,
material não aproveitável e/ou de propriedade da contratada, limpeza dos canteiros
e das pavimentações externas.

54
O fornecimento de mão de obra e equipamentos necessários para execução dos
trabalhos de forma tal a se efetivar a entrega final da obra devidamente limpa e
desobstruída de todo e qualquer material estranho a mesma é de inteira
responsabilidade da Contratada.

5.8. Memorial Descritivo

Este Memorial Descritivo possui normas parciais de execução do projeto paisagístico


da Praça Miguel Arraes, Igarassu – PE. O objetivo é estabelecer as diretrizes para a
elaboração, para o fornecimento de materiais e equipamentos bem como, para a
execução das obras e instalações do sistema de irrigação das áreas ajardinadas.

5.8.1. Calçamento e Guias

As guias dos canteiros, os meios-fios das calçadas, os bancos do jardim, as


lixeiras, bem como as calhas de águas pluviais, deverão ser executadas em
concreto, exceto especificações em pedra de cantaria conforme detalhes em
projeto. Serão executadas após as demolições previstas da pavimentação
existente.

Parte do calçamento que compreende o trecho de ligação entre os blocos de


serviços será um misto de concreto simples com superfície áspera, desempenada,
com juntas de dilatação, acabamento das bordas em blocos de intertravado, na cor
vermelha, conforme detalhe em projeto. O acabamento: O piso em blocos de
intertravado será intercalado com o acabamento em placas cimentícias. O seu
acabamento será áspero.

5.8.2. Mobiliário

Os bancos serão em concreto aparente. Na execução de concreto aparente, será


levado em conta que o mesmo deverá satisfazer não somente os requisitos
normalmente exigidos para os elementos de concreto armado, como também, as
condições inerentes ao material de acabamento.

Essas condições tornam-se essenciais, um rigoroso controle para assegurar uma


uniformidade de coloração, homogeneidade de textura, regularidade das
superfícies e resistência ao pó e às intempéries em geral. Bancos com design
próprio serão instalados no equipamento, objeto de estudo.
55
As lixeiras suspensas em polipropileno serão fixadas em base de concreto quando
colocadas nos canteiros ou sobre calçada, conforme projeto.

5.8.3. Pedras naturais

As pedras naturais acrescentam mais beleza e funcionalidade ao projeto


paisagístico. Os seixos de rio pequenos e médios, em tons rosado para marron
claro serão utilizados para definição construtiva dos jardins.

5.8.4. Iluminação

Com o objetivo de proporcionar mais segurança para o pedestre e usuários da Praça


Miguel Arraes, além da iluminação pública existente nas vias de entorno, também
será adicionado postes de iluminação difusa e geral e luminárias decorativas.

56
CONSIDERAÇÕES PARCIAIS

A região metropolitana do Recife, em especial a cidade de Igarassu, possui um


legado histórico que precisa ser preservado e é óbvio que a isso se aplica a
preservação da cidade e de todos os seus espaços livres públicos.

A Praça, que remete à ideia de um ambiente agradável, um lugar de encontro, de


lazer, reflete também a cidade onde ela se encontra, pois, a forma como as pessoas
a utilizam e a percebem vai mostrar a importância que tem para a população que ali
vive, mas também o compromisso das autoridades em relação aos locais livres
públicos.

É necessário resgatar as funções primordiais da Praça, como um lugar de interação


humana, lazer, inclusão, sem esquecer-se do encantamento. A falta de projetos
paisagísticos e de planejamento tem impactado diretamente nessa realidade, o que
leva as Praças, na maioria dos casos, ao abandono, consequentemente, à falta de
segurança e deterioração do acervo público. As pessoas não se sentem motivadas a
frequentar um local que não exprime o bem-estar.

A preocupação com o verde, com a preservação da natureza não podem ser


desconsideradas para a criação de espaços convidativos, atraentes e que
representem um patrimônio para a cidade.

Dessa forma, para arrematar os estudos que foram desenvolvidos nessa pesquisa, é
válido afirmar que as Praças se tornaram, no contexto urbano atual, uma questão
imperiosa. Estas, na maioria, tornaram-se quentes e desconfortáveis, com o
aumento da emissão de gases de efeito estufa, que deixam as temperaturas mais
altas, deixando as pessoas mais inquietas e irritadas, com variados problemas de
saúde. Um dos fatores que contribuem para essa situação é o desmatamento.

Acrescenta-se a isso à falta de empenho das autoridades públicas, no sentido de


investir em projetos arquitetônicos e paisagísticos para melhorar a estrutura de
praças, parques, lugares livres públicos em geral. Há muitas Praças que já
apresentam um grande potencial como é o caso da Praça Miguel Arraes, em
Tabatinga, Igarassu, instrumento desse estudo, visto que ela tem algumas espécies
57
arbóreas, alguns mobiliários e um bom espaço, porém nota-se que a mesma não foi
reconhecida como Praça pela prefeitura municipal da cidade, não se tem
conhecimento documental da sua existência, fator que dificultou a busca por
informações sobre a mesma dentro desse trabalho.

A falta de registro desse espaço público dificulta a tramitação de recursos


financeiros e destinação de projetos para a melhoria e serviços de manutenção da
praça.

Mediante essas questões, requalificar Praças, dentro das cidades, mostrou-se uma
das saídas que se quer destacar nesse trabalho. As praças são espaços livres
públicos, que muitas vezes representam um pouco da história do lugar, do bairro, da
cidade e que se cuidada, planejada e estruturada para atender aos desejos da
população que a frequenta, podem se tornar um cartão postal para a comunidade,
mas também uma solução saudável para problemas de qualidade do ar, do solo, do
sedentarismo, ociosidade e estética.

58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Disponível em: https://blogdaliga.com.br/a-importancia-da-vegetacao-para-as-
cidades/. Acesso em: 1 jul.2020.

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https://oglobo.globo.com/opiniao/o-agenciamento-urbano-14916886. Acesso em:
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FISCHER, Rafael. Como Projetar: Um guia rápido do projeto de paisagismo. 2017.


Disponível em: http://comoprojetar.com.br/como-projetar-paisagismo/. Acesso em: 6
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G-LIGHT. O que torna a Iluminação Pública tão importante? 2018. Disponível


em: http://www.glight.com.br/blog/iluminacao-publica/. Acesso em: 10 jul. 2020.

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http://igarassu.pe.gov.br/cidade/institucional/. Acesso em: 07 abr. 2020.

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http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/tempo-livre/pracas-e
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IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. População.


Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/igarassu/panorama. Acesso em:
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LEITÃO, Lúcia. As praças que a gente tem as praças que a gente quer. Manual de
procedimentos para intervenção em praças. Recife: Prefeitura do Recife, 2002.

MACEDO, Sílvio Soares de; ROBBA, Fábio. Praças brasileiras: publicsquares in


Brazil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.

MASCARÓ, Juan Luis. Infra-Estrutura da paisagem. Porto Alegre: Masquatro,


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MIGLIANI, Audrey. Como escolher pisos para áreas públicas e de alto tráfego.
ARCHDAILY Fevereiro de 2016. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/efeito-estufa/ Acesso em: 4 jul. 2020.

SÁ CARNEIRO, Ana Rita. Parque e paisagem: um olhar sobre o Recife. Recife: Ed.
Universitária da UFPE, 2010.

SÁ CARNEIRO, Ana Rita; MESQUITA, Liana de Barros. Espaços livres do Recife.


Recife: UFPE, 2000.

59
DIÁRIO OFICIAL - Prefeitura do Recife - DECRETO Nº 29.537 DE 23 DE MARÇO
DE 2016.Texto: Letícia Lins - Acervo #OxeRecife e Andréa Rego Barros/ PCR,
2020.

SMUP Recife – Lei Municipal Nº 18.014 – Art. 54, Insiso IV – Lei orgânica 2014.

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS

https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/praca-do-peixe-inaugura-
academia-de-ginastica-ao-ar-livre-amanha-as-17h

http://anponline.org.br/portal/concurso-nacional-de-paisagismo-urbano/

http://comoprojetar.com.br/como-projetar-paisagismo/

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APÊNDICES

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