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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL


CAMPUS SANTA MARIA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA JOSÉ SCHERER


REICHEMBACH E CENTRO COMUNITÁRIO PARQUE DOM
ANTÔNIO REIS, EM SANTA MARIA

ACADÊMICO: Nathália Iop Culau


ORIENTADOR (A): Arq. Ana Paula Nogueira
PROFESSOR DA DISCIPLINA: Arq. e Urb. João Ernesto Teixeira Bohrer

SANTA MARIA
2023/2
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NATHÁLIA IOP CULAU

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA JOSÉ SCHERER


REICHEMBACH E CENTRO COMUNITÁRIO PARQUE DOM
ANTÔNIO REIS, EM SANTA MARIA

Monografia submetida ao Curso de


Arquitetura Urbanismo da
Universidade Luterana do Brasil -
Campus Santa Maria, como requisito
parcial para a obtenção do grau de
Bacharel em Arquitetura e
Urbanismo.

PROFESSOR ORIENTADOR: Arq. Ana Paula Nogueira

SANTA MARIA
2023/2
3

SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................ 4
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 5
1 Apresentação temática................................................................................ 6
1.1 Tema ..................................................................................................... 6
1.2 Delimitação do tema.............................................................................. 6
1.3 Público projetual .................................................................................... 6
2 Objetivos ..................................................................................................... 6
2.1 Objetivo Geral ....................................................................................... 7
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................ 7
3 JustificativaS ............................................................................................... 7
4 Metodologia................................................................................................. 9
5 Desenvolvimento ....................................................................................... 11
5.1 Referencial teórico .............................................................................. 11
5.1.2 ESPAÇOS PÚBLICOS E SUA IMPORTÂNCIA NO CONVÍVIO SOCIAL
...................................................................................................................... 11
5.1.3 SURGIMENTO DAS PRAÇAS ..................................................... 13
5.1.4 Centros comunitários ........................................................................... 15
5.1.5 Requalificação do Espaço Público Urbano e a sua importância para a
cidade ........................................................................................................... 16
6 Referencial teórico-prático: ....................................................................... 18
6.1 O lugar; ................................................................................................... 18
6.1.2 Aspectos ambientais; ........................................................................... 20
6.1.3 O terreno;............................................................................................. 22
6.1.4 Aspectos legais; ................................................................................... 27
6.1.5 Normas Federativas;............................................................................ 27
6.1.6 ASPECTOS FÍSICOS ......................................................................... 29
6.1.7 PESQUISA DE OPINIÃO..................................................................... 30
7 Estudos de caso e visitas in loco a obras congêneres; ............................. 33
7.1 Praça da Saudade .................................................................................. 33
7.1.2 Praça Colinas de Anhanguera / HUS.................................................. 34
7.1.3 Centro Geriátrico / Niro Arquitectura + OAU | Oficina de Arquitectura y
Urbanismo .................................................................................................... 36
8 Intenções e referências arquitetônicas. ..................................................... 38
8.1 MAPEAMENTOS-DIAGINÓSTICOS ...................................................... 38
8.1.2 DIRETRIZES ....................................................................................... 38
9 Programa de necessidades;...................................................................... 39
9.1 A PROPOSTA ........................................................................................ 39
9.1.2 ESTUDOS PRELIMINARES ............................................................... 41
10 Pré-dimensionamento/zoneamentos ......................................................... 43
11 Funcionograma/Organograma .................................................................. 45
12 Proposta do partido arquitetônico; ............................................................ 46
13 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 46
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 47
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RESUMO

TÍTULO DO ARTIGO (CAIXA ALTA, ARIAL 12, NO MÁXIMO TRÊS LINHAS)

Nathália Iop Culau


Ana Paula Nogueira

Resumo: Diante do atual contexto sobre a falta de espaços públicos relacionados ao lazer
e entretenimento, o presente trabalho aborda a necessidade de requalificação de um Parque e
Centro comunitário existente, já que o mesmo possui amplas potencialidades relacionadas aos
aspectos paisagísticos e arquitetônicos. Esta intervenção fez-se necessária devido aos poucos
locais destinados a estas práticas no município, assim como o subaproveitamento do espaço do
centro comunitário, e a falta de cuidado com a praça. A elaboração desta proposta foi embasada
em dados históricos da cidade, além de dados físicos e pesquisas teóricas como apoio para a
fundamentação do diagnóstico. Através destas analises obteve-se diretrizes projetuais,
atribuindo para a realização da proposta de intervenção. Espera-se, com esse trabalho, debater
a importância dos espaços urbanos e de que forma estes possuem relevância para a população,
assim como a melhor utilização dos mesmos, que muitas vezes acabam se tornando ociosos e
subutilizados. Por fim, apresentando uma proposta de requalificação da Praça José Scherer
Reichembach e Centro Comunitário Parque Dom Antônio Reis localizado em Santa Maria, RS,
Brasil, através da inserção de novos equipamentos urbanos, e novas propostas arquitetônicas,
com finalidade de obter um suporte afim de qualificar ainda mais a área.

Palavras-chave: Espaços públicos. Requalificação. Praça José Scherer Reichembach e


Centro Comunitário Parque.
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INTRODUÇÃO

A presente pesquisa de Trabalho Final de Graduação I visa à reunião de


dados que servirão como embasamento teórico para apresentar e fundamentar
o tema: Requalificação urbana da Praça José Scherer Reichembach e Centro
Comunitário Parque Dom Antônio Reis, localizado na região sul de Santa Maria,
Rio Grande do Sul.

Este trabalho abordará assuntos como: ambientes urbanos públicos,


praças de bairro, centros de acolhimento e entretenimento, enfatizando o estudo
da requalificação dos uso dos mesmos inserido na cidade de Santa Maria –RS.
Serão vistos, também, estudos de casos em praças e centros comunitários,
abordando ideias para revitalização urbana, diagnósticos, diretrizes, arquitetura,
arte no espaço urbano dentre outros.

Buscando obter subsídios para compor um embasamento teórico, que


sirva como auxílio para o lançamento de diretrizes que norteiem um projeto de
requalificação da Praça José Scherer Reichembach e Centro Comunitário
Parque Dom Antônio Reis, com o intuito de sanar certas problemáticas e
carências do mesmo. Gerando, assim, um programa de necessidades, de modo
a atender de forma mais adequada os anseios de seus usuários, que buscam
lazer, esportes, contemplação e demais atividades.

Esse projeto visa buscar uma identidade com a cidade, bem como com
as pessoas que vivem nela, vem a somar na qualidade de vida dos cidadãos. No
momento que os mesmos sejam requalificados e revitalizados, de forma a
proporcionar aspectos positivos para seus usuários.

O lugar onde vivemos interfere e muito no nosso dia a dia, seja de forma
positiva ou negativa, e como circulamos frequentemente pelo meio urbano o
mesmo não pode ser desprezado ao esquecimento. Sendo assim, pretende-se
através desta requalificação, chegar a um projeto que atenda às necessidades
de seus usuários.
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1 APRESENTAÇÃO TEMÁTICA

1.1 TEMA

A temática abordada neste trabalho consiste no projeto de requalificação


urbana, paisagística e arquitetônica para a Praça José Scherer Reichembach e
Centro Comunitário Parque Dom Antônio Reis, atendendo as normas e
adequações em entretenimento e lazer, na cidade de Santa Maria - RS.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

O projeto leva em consideração as demandas de uma intervenção urbana,


paisagística e arquitetônica, na busca por atender de maneira integral as
necessidades de seu público projetual, aplicando-se as justificativas de criar um
novo espaço diligente com equipamentos públicos já que o mesmo possui alta
relevância de preexistência na cidade de Santa Maria -RS. Assim sendo, serão
realizadas, através da intervenção urbana, a valoração da aprimoração de um
espaço que compreenda programas de lazer, atividades e centros esportivos,
playground, centro de eventos comunitário, integrando coerência entre
elementos de projeto arquitetônico e paisagístico.

1.3 PÚBLICO PROJETUAL

Compreendendo que Praças urbanas e centros comunitários são áreas


de domínio público, a proposta projetual para a Praça José Scherer
Reichembach e Centro Comunitário Parque Dom Antônio Reis, desempenhará
intenções que requalificam a sua utilização por qualquer cidadão, sendo
crianças, jovens, adultos e idosos, prospectando a amplificação do atendimento
a demanda dos demais bairros.

2 OBJETIVOS
7

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo central deste trabalho é a elaboração de um projeto de


requalificação urbana para a cidade de Santa Maria, que visa conscientizar a
comunidade para a preservação da natureza e espaços comunitários, a fim de
manter um espaço integrado e diversificado em suas funções.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a. Reconhecer o valor do patrimônio (história dos parques urbanos) e


identificar quais são as necessidades do espaço, infraestrutura e lazer,
destacando as particularidades para a requalificação;
b. Levantamento bibliográfico, através da legislação e na história de
parques urbanos, esclarecidos de conceitos e ideias para o local de intervenção;
c. Realização de entrevistas com moradores do bairro e com o poder
público, a fim de compreender a visibilidade e a opinião a respeito da praça e
centro comunitário;
d. Fortalecer os espaços do parque com uma requalificação visual;
e. Criar maior identidade ao local, relacionando a cultura, recreação ao
meio ambiente, fortalecimento e convivência entre as pessoas;
f. Inserir diretrizes no projeto que seja com os mesmo princípios de uso;
g. Valorização da qualidade de vida e saúde pública, através dos espaços
públicos;
h. Analisar os condicionantes ambientais e climáticos do terreno, para
que, seja projetado nesses princípios;

3 JUSTIFICATIVAS

A praça é um espaço urbano livre de edificação, que por meio visa a


valorização de espaços naturais, trazendo referencias benéficas bem como
funções de bem-estar, socialização, integrar e proporcionar lazer a comunidade
local e aos turistas, qualificando representativos estéticos e simbólicos na
paisagem que compõe a cidade, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Após uma pesquisa de levantamento de dados realizada através do
google maps e outros sites, foi constatado o número de vinte praças existentes
8

em Santa Maria, Rio Grande do Sul, mas nem todas estando em estado de
conservação, o panorama atual da Praça José Scherer Reichembach é de
extremo descuido, os mobiliários urbanos passaram por atos de vandalismo, não
há existência de assentos nos bancos, foi realizado a retirada no COVID-19 e
até o momento atual a prefeitura não realocou, o aparamento da gramas é a
vizinhança que realiza, ocasionando de certo modo em seus usuários uma
condição de extremo constrangimento e desconforto.
O Centro Comunitário se faz em uma função muito igualitária das praças,
tem por menção a importância nos bairros para integrar os moradores e sediar
os eventos públicos, das famílias e de visitantes, é uma estrutura onde se
desenvolvem atividades e serviços que, de uma forma hábil, tendem a construir
um núcleo de entretenimento, animação, lazer, socialização que, visa á definição
de um projeto de desenvolvimento local, coletivamente assumido.
Diante do atual contexto, de pouco expressiva oportunidade de espaços
públicos qualificados relacionados ao lazer e entretenimento em Santa Maria,
proponho uma requalificação da praça José Scherer Reichembach e centro
comunitário do bairro Dom Antônio Reis, que é importante tanto por sua
localização quanto, pelo fato de ser um referencial de entretenimento e uso. Esta
intervenção foi reconhecida para expressar a importância dos espaços urbanos
para a população, assim como a melhor utilização dos mesmos, que muitas
vezes acabam se tornando ociosos e subutilizados. Essa requalificação pretende
recuperar as áreas degradadas, através de uma reurbanização dos espaços,
buscando a recuperação ambiental e estrutural, visando o lazer, a ligação da
sociedade com o bens públicos do bairro, bem como a reconciliação entre o meio
natural e urbano. Além de um espaço de circulação, a rua é também um
lugar de convivência, segundo Hertzberger é: “um lugar onde o contato
social entre os moradores pode ser estabelecido: como uma sala de estar
comunitária.” O autor defende a “idéia de que os moradores têm algo em
comum, que têm expectativas mútuas, mesmo que seja apenas porque estão
conscientes de que necessitam um do outro.”
Além do que, existe essa tríplice, espaço público, privado e comunitário
cuja apropriação está intimamente ligada ao desenvolvimento da rua como
espaço de transição e ocupação, uma vez que segundo Jacobs (2000, p. 35), “É
uma coisa que todos já sabem: uma rua movimentada consegue garantir a
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segurança; uma rua deserta, não.” Com isso, requalificar o espaço urbano
público oferece a oportunidade de mudança no cenário descrito previamente,
trazendo maiores condições de lazer na cidade. A importância da pesquisa
escolhida, é saber como proporcionar um bem-estar físico e mental para os
moradores de Santa Maria, em um meio urbano. Uma praça e centro comunitário
urbano, quando cuidado e reconhecido, pode trazer benefícios para sociedade,
e pode ser também uma oportunidade de convivência direta entre o homem e a
natureza.

4 METODOLOGIA

De acordo com Gil (2008, p. 08) a ciência possui como objetivo verificar a
veracidade dos fatos, e por isto, ela não se diferencia de outras formas de
conhecimento, porém, o que o torna diferente dos demais é a sua
verificabilidade. Para estes conhecimentos se tornarem científicos se faz
necessário analisar as técnicas de verificação dos fatos, o que conhecemos
como método. Método é a estratégia que usamos para atingir objetivos, já
método cientifico é a união de técnicas mentais que utilizamos para alcançar o
conhecimento desejado. A partir disto, este capítulo irá abordar a metodologia
científica adotada para o alcance do conhecimento desejado.
10

Figura 1-Etapa de metodologia de pesquisa

Fonte: Elaborado pela autora, 2023.


11

5 DESENVOLVIMENTO

5.1 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo será abordado o conteúdo que irá embasar a pesquisa


científica em questão, com o intuito de auxiliar a elaboração e viabilizar a
melhor compreensão do assunto proposto na temática. Será abordado a
importância dos espaços públicos, a importância dos centros comunitários para
a sociedade, e a requalificação de espaços públicos. Conceitos e prerrogativas
sobre lazer, qualidade de vida, bem- estar e a responsabilidade por a
manutenção de espaços públicos também serão abordados neste capítulo,
afim de subsidiar o contexto do tema proposto.

5.1.2 ESPAÇOS PÚBLICOS E SUA IMPORTÂNCIA NO CONVÍVIO SOCIAL

As cidades brasileiras oferecem poucos espaços públicos de qualidade


para lazer e recreação e muitas delas têm como única ou a principal opção as
praças públicas. Leitão (2002) ressalta a importância desses locais para a
socialização local e para o relaxamento do stress cotidiano, auxiliando na
saúde psicológica de seus usuários e desempenhando um papel fundamental
no desenvolvimento urbano e social, além de proporcionar lazer e
tranquilidade, garante que o homem tenha a plena inclusão com diferentes
habilidades e restrições, ou seja, provoca sua socialização.
Segundo o sociólogo francês Joffre Dumazedier (2002), o lazer significa
um agrupamento de atividades às quais um cidadão pode entregar-se de livre
vontade, sendo para repouso em meio a vegetação, diversão e recreação ou,
ainda, para desenvolver sua livre capacidade de criação, após livrar-se de seus
deveres profissionais, familiares e sociais.

O conceito de lazer incorporou-se á sociedade, e hoje está diretamente


relacionado aos conceitos de cidadania, o que exige a previsão dos
espaços públicos de lazer na cidade acessíveis á toda a população,
onde todos consigam usufruir e participar de suas atividades em
condições de igualdade. (ZUCCOLI, A: KOELZER, M: JUNIOR, O,
2010, P.19)
12

À vista disso, é considerável argumentar que os espaços urbanos seriam


todos os locais cobertos por uma vegetação sendo arborizada, arbustiva ou
rasteira. Esses espaços, além de fornecer o contato direto com a natureza,
prevê que a população tenha uma ligação direta ao lazer (LIMA E AMORIM,
2006).
Nos termos propostos pelo sociólogo Richard Sennett, espaço
público é um espaço de uso coletivo da sociedade, permite diversas
pessoas utilizando o mesmo ambiente ao mesmo tempo, o que significa um
espaço para todos: “as primeiras ocorrências da palavra ’público’ em inglês
identificam o ‘público’ como o bem comum na sociedade... ‘Público’
significava aberto à observação de qualquer pessoa, enquanto ‘privado’
significava uma região protegida da vida, definida pela família e pelos amigos.”
De acordo com Arquicast ‘’ As cidades brasileiras nem sempre trataram
bem seus espaços públicos. E não é incomum o entendimento de que o que é
público não pertence a ninguém e que cabe ao Estado, e somente à ele, a
responsabilidade pela manutenção e gestão daquilo que não é privado.’’
Mas até onde vai nossa participação na determinação do sucesso ou do
fracasso de um espaço público? Quais desses lugares podem ser apropriados
pela população? Qual a função deles na qualidade de vida que temos nas
cidades?
Pois segundo o arquiteto Herman Hertzberger ele apresenta o público e
privado nos seguintes termos:
“Público é uma área acessível a todos a qualquer momento; a
responsabilidade por sua manutenção é assumida coletivamente.
Privada é uma área cujo acesso é determinado por um pequeno grupo ou
por uma pessoa, que tem a responsabilidade de mantê-la”. Nesse caso, o
espaço público permite o acesso de todos, independentemente das
atividades ali desenvolvidas, para isso, é necessário que todos conservem
esse espaço.
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações (Constituição Federal, art. 225).
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5.1.3 SURGIMENTO DAS PRAÇAS

As primeiras praças surgiram na Idade Média na Grécia Antiga e em


Roma. Com o tempo passaram por várias transformações e diversos nomes -
fórum romano, praça medieval, praça maior, praça de armas, praça
renascentista, praça barroca, ágora, dentre outros, até chegar ao que se tem
hoje, moldada pela cultura do seu local e de seu povo.
As praças que surgiram na Grécia, segundo De Angelis (2004), eram
chamadas de ágora, definidas como espaço central e vital, tornado
historicamente símbolo da presença do povo na atividade política.

Figura 2-Ágora Romana

Fonte: Figura ‘’A’’ IMBROISI, adaptado pela autora, 2023.

Figura 3-Fórum Romano

B
14

Fonte: Figura ‘’B’’ Margaret Martins, adaptado pela autora, 2023.

Os gregos diziam que havia povos com ágora e povos sem ágora, uns
com liberdade e outros sem liberdade (SALDANHA, 1993).
Já na cidade de Roma nascia o fórum, remetendo a um ponto de
encontro no período em que a cidade era formada, o local dava origem ao
mercado comum, lugar de encontros e de exibições de jogos e lutas. (DE
ANGELIS et al., 2005).
O fórum romano representava poder, abrigava em suas proximidades
templos, monumentos simbólicos, o local influenciava diretamente no comércio,
proporcionando espaço para atos de políticas populares (ROSTOVTZEFF,
1983).

Figura 4-Representação do Fórum Romano

Fonte: Do livro O Fórum Romano: um estudo topográfico por Francis Morgan Nichols 1877
Autor: Amadscientist de artista desconhecido do século 19.

De acordo com De Angelis et al., (2005), com o surgimento do


Renascimento nos séculos XV e XVI na Europa, a praça se torna um local de
importância dentro do planejamento das cidades.
Segundo McLellan et al., (2021), durante o Renascimento surgem os
interesses pelos problemas centrais da sociedade, da humanidade e da
natureza, surgindo eixos filosóficos renascentistas: a filosofia política, da
natureza e humanista.
Nesse período, a praça se insere de forma definitiva no planejamento da
cidade, demonstrando seu valor político, artístico e social, (LAMAS, 1993).
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Em sua estruturação surgem pavimentações ornamentadas, colunas,


estatuetas, fontes, dentre outros elementos, ou seja, a praça assume um papel
de embelezamento das cidades.
Já na idade moderna, nos séculos XV até XVIII, as cidades europeias
assumem formatos padronizados, e as praças localizadas em seus centros se
encontram cercadas de prédios importantes para o funcionamento da
sociedade (BENEVOLO, 1993).
As evoluções das praças e suas funções adquiridas, juntamente com os
planejamentos urbanos que surgiram nesses períodos, vieram a influenciar
inúmeros países pelo mundo. Serviram de base para o planejamento das
cidades e para a implantação das praças, seguindo modelos já desenvolvidos
na Europa.
Assim essas influências afetaram inúmeros locais pelo mundo, entre
eles o Brasil, o qual, em seu desenvolvimento urbano, é muito influenciado por
países europeus, como pode ser visto na criação e na evolução de suas
primeiras praças (largos), as quais conservam características europeias até os
dias atuais.

5.1.4 CENTROS COMUNITÁRIOS

A origem dos centros comunitários se deu desde a década de 40, onde


foram criados vários centros comunitários no Brasil, sob a influência da Igreja
Católica e do Serviço Social, sendo a sua institucionalização e assistência a
cargo da Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) (AMMANN, 1997).
O centro comunitário elege como alvo prioritário da sua ação a família e a
comunidade, sem perder de vista a situação particular e específica de cada
pessoa. Têm como princípio essencial a organização de respostas integradas,
face às necessidades globais das populações, numa função de carácter
preventivo e de minimização dos efeitos de exclusão social, assumindo-se
também como agente dinamizador da participação das pessoas, famílias e
grupos sociais, fator de desenvolvimento local, social e de promoção da
cidadania.
Ao longo dos últimos meses, devido ao COVID-19 a interdependência
entre interação social e saúde mental nunca esteve tão evidente e manifestada,
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as pessoas estão buscando novas maneiras de usufruir os espaços públicos


devido as suas novas necessidades.
Estes espaços são locais para serem desfrutados por todos, onde os
cidadãos usufruem e apreciam tudo aquilo que possibilita o crescimento urbano,
tanto em relação aos indivíduos como em coletividades (ALOMÁ, 2013). Nesta
linha de pensamento, os Centros Comunitários de Convivência, através de sua
atuação na educação, no esporte, no lazer e na cultura, devem oferecer as
comunidades ambientes para a formação de pessoas através de palestras,
oficinas, minicursos, ensino profissionalizante, espaço para práticas culturais
como dança, teatro e música, além de proporcionar espaços de lazer e
recreação, os quais oferecem momentos de prazer e convívio. Esses centros
possuem o intuito de garantir o bem-estar social, proporcionando maior
qualidade de vida para a comunidade local (BONFIM et al, 2000).

A ideia de espaço público, por sua vez, pode ser compreendida como
a essência da vida e da formação da identidade de uma sociedade.
Através do uso do espaço, o cidadão estabelece uma relação com o
local e com o próximo, criando vínculos que revigoram a vida,
atribuindo-lhe sentido (CARLOS, 2007).

Conforme Souza (2013), no paradigma contemporâneo, a respectiva


comunidade se compromete com a coletividade para organização de seu futuro,
usufruindo o direito à inclusão, visando o desenvolvimento social. Esta nova
concepção de comunidade implica em realizar esforços e estratégias, a fim de
obter a articulação e integração entre as pessoas que buscam uma vida que vale
a pena ser vivida, uma vida digna e cidadã.

5.1.5 REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO URBANO E A SUA


IMPORTÂNCIA PARA A CIDADE

A Revitalização Urbana consiste em um processo pelo qual se busca a


recuperação e valorização de determinadas áreas urbanas que vem sendo
negligenciadas, subutilizadas ou degradadas por um longo período.
Ao longo das últimas décadas, tem se observado o desenvolvimento de
projetos em áreas urbanas antigas e ociosas que perderam suas funções e
demonstram estar sofrendo com os processos de deterioração urbana, social e
ambiental.
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Essas áreas urbanas abandonadas podem trazer uma serie de


consequências negativas para a cidade, uma vez que áreas ociosas contribuem
entre outras coisas, para o aumento da violência, o que exerce impacto na
segurança pública, além de prejuízos para o usufruto da população que não
pode utilizar a área em questão.
Por meio da requalificação urbana, a paisagem vai sendo mudada e
reutilizada para atender necessidades específicas de cada local, oferecendo à
área uma nova utilidade, criando oportunidades sociais, econômicas e
ambientais, e promovendo uma imagem melhor para a cidade ou parte dela
(BEZERRA; CHAVES, 2014).
A requalificação urbana inclui aspectos de caráter econômico, ambiental,
físico e social. Portanto, o papel da requalificação consiste em criar condições
necessárias para o desenvolvimento de atividades rentáveis, permitindo a
inclusão do cidadão em nível produtivo, visando atacar o ciclo da pobreza que
certas áreas se encontram, alterando a percepção social que se tem dessas,
buscando, assim, proporcionar melhor qualidade de vida e condições físicas
necessárias para tal (FERNANDES, 2012).
A requalificação está atrelada a ações que promovem qualidade
socioambiental aos setores urbanos, isto é, constitui uma ação baseada na
relação entre processos de produção social do território e sua realidade como
lugar da vida e de memória. Pode ser compreendida como um processo de
intervenção de interesse territorial, pautado na transformação de áreas urbanas
centrais ou periféricas, a fim de que constituam espaços, públicos ou não,
focados em processos totalizantes para a própria cidade (COSTA, 2011).
Pode-se ainda compreender o processo de requalificação urbana como
uma intervenção que objetiva manter o ambiente construído existente, seus usos
e a população residente, sendo que, para adaptá-la a novas necessidades, é
necessário não descaracterizar o ambiente construído herdado, executando
intervenções mínimas e indispensáveis para garantir o conforto ambiental, a
acessibilidade e a segurança (MARICATO, 2001).
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6 REFERENCIAL TEÓRICO-PRÁTICO:
Neste capítulo será abordado aspectos e condicionantes do local, Santa
Maria, bairro Dom Antônio Reis, respectivamente, afim de subsidiar e sustentar
a finalidade de partido arquitetônico. Primeiramente será apresentado o lugar,
após este será exibido aspectos ambientais, o terreno e seus aspectos físicos,
para estes será verificado os aspectos legais e normativas vigentes. Estudos
de caso, visitas in loco, intenções e referências arquitetônicas serão
acometidas afim de auxiliar na elaboração do programa de necessidades, pré-
dimensionamento e zoneamento, funciono grama e organograma, para assim
alcançar o objetivo desejado.

6.1 O LUGAR;

A Praça José Scherer Reichembach e Centro Comunitário Parque Dom


Antônio Reis, está localizado na cidade de Santa Maria, no Estado do Rio
Grande do Sul, Brasil, é objeto de estudo desta requalificação, devido a sua
importância sociocultural e ambiental para a cidade.

Figura 5-Vista aérea do bairro

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.


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No dia 22 de março de 2011, o Executivo municipal entregou à


comunidade a Praça Dom Antônio Reis totalmente remodelada, as
intervenções incluem a substituição da pavimentação e do meio-fio, e
melhorias na vegetação, floreiras, canteiros, quadras esportivas e pistas de
caminhadas. Foram realizados rebaixamentos de calçadas e espaços para
acessibilidade. Além disso, o mobiliário urbano foi totalmente revitalizado, com
novos bancos, lixeiras, orelhões, luminárias e brinquedos.
A praça é uma das áreas da cidade onde podem viver homem e
ecossistema, promovendo a conscientização ambiental, lazer, recreação,
turismo ecológico, atividades culturais e educacionais desde que respeitem os
recursos naturais (Natalia Mora, 2013).
Grande parte dos problemas de infraestrutura do local citado são
decorrentes de sua própria história de vandalismo e falta de conservação, se
formos analisar em uma linha do tempo a praça surgiu no ano de 1976, apenas
como uma área verde para assim, fosse comprovado que havia um espaço de
fato para o público no bairro, no ano de 2011 sofreu uma intervenção e
qualificação em diversos âmbitos, já recentemente no ano de 2020 obteve uma
pedido de providencias que foi feito pelos moradores da comunidade Dom
Antônio Reis na prefeitura de Santa Maria-RS, o assunto seria providências
para manutenção geral da Praça José Scherer Reichembach no Bairro Parque
Dom Antônio Reis, o relato dado foi que a praça se encontrava em situação
de calamidade a mesma apresenta bancos quebrados, grama alta, lajotas e
ladrilhos quebrados, brinquedos sem condições de uso pelas crianças e
também alguns fios soltos podendo causar acidentes e prejudicando a
iluminação da referida praça.
As áreas verdes assumem um papel muito importante nas cidades no
que se refere à qualidade do ambiente, pois servem de equilíbrio entre a vida
urbana e o meio ambiente quando esses espaços são utilizados e preservados
para este fim. Além disso, deveriam ser destinadas à recreação e ao lazer da
população, de acordo com Amorim (2001, p. 37).
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6.1.2 ASPECTOS AMBIENTAIS;

Este item está relacionado e refere-se aos aspectos ambientais


apresentados na cidade de Santa Maria/RS, que aborda temperatura, umidade,
precipitação, velocidade predominante dos ventos e orientação solar. Santa
Maria está localizada em uma região subtropical, com clima temperado,
chuvoso e quente tipo Cfa (Köppen, 1989), reunindo uma série de vantagens
geográficas e ambientais que destaca-se para seu desenvolvimento.
De acordo com o estudo em questão (Köppen, 1989), o clima da cidade
de Santa Maria pode ser classificado como temperado, chuvoso e quente tipo
Cfa, onde em “C” temos a temperatura média do mês mais frio, ficando entre -
3°C e 18°C, em “f” temos que, a região não possui estação seca, sendo úmido
o ano todo, e em “a” a temperatura média do mês mais quente, sendo ela
acima dos 22°C.
O clima da região de Santa Maria é considerado do tipo mesotérmico
brando, tendo temperaturas não tão baixas no inverno, assim como a de
grande maioria do estado, porém algumas regiões serranas não enquadram-se
nesta classificação tendo em vista sua altitude.
Santa Maria por localizar-se em uma depressão central apresenta
dualidade em suas características de ventilação, sendo elas consideradas
variáveis, podendo ser de fracas a moderadas, em média calma. Por localizar-
se na base do planalto, Santa Maria recebe ventos com maior intensidade
vindos do norte, aponta Sartori (1979).
De acordo com Machado (1950), os ventos provenientes do norte
assumem um papel mais agressivo na região de Santa Maria, com sua
intensidade ultrapassando a casa dos 20m/s, sendo ele seco, o que provoca a
rápida mudança de temperatura. A agressividade dos ventos frente a cidade de
Santa Maria deve-se a topografia mais elevada da área urbana da cidade, em
conjunto com os morros que a circundam, fazendo com que os ventos sejam
canalizados em direção a cidade. Os ventos predominantes de maior
intensidade na região ocorrem no inverno, vindos do norte, chegando aos 5m/s,
e as menores velocidades são registradas durante maior 57 parte do ano,
provenientes de sudoeste, atingindo aproximadamente 2m/s. A figura abaixo
ajuda na compreensão dos ventos incidentes frente ao terreno proposto.
21

Figura 6-Esquema de ventos

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.

A orientação e incidência solar é um fator determinante nas questões


projetuais, auxiliando a nortear o projeto, pois ajuda a zonear a proposta
evidenciando ambientes que necessitem de mais ou menos incidência solar,
também um fator determinante que pode determinar as áreas úmidas da
edificação. A região de Santa Maria possui maior incidência solar durante o
verão, onde chega a 14 horas de incidência diária, e menor incidência solar no
período do inverno, onde chega a 10 horas de incidência diária. A fachada leste
recebe o sol da manhã, já a fachada norte recebe a maior incidência solar, e a
fachada oeste é a que vê o sol se por. Na figura abaixo podemos observar
estas incidências solares em duas estações, inverno e verão, o que nos ajuda
a compreender melhor a localização do terreno frente sua orientação.
22

Figura 7-Esquema de orientação solar

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.

6.1.3 O TERRENO;

A área localiza-se na região sul da cidade. O bairro nasceu em 2006


como desmembramento do bairro Tomazetti possui uma área de 0,6270 km²
que equivale a 0,51% do distrito da Sede que é de 121,84 km² e 0,0350% do
município de Santa Maria que é de 1791,65 km².

O lote da Praça José Scherer Reichembach possui, uma área total de


3.937 m² .Fica localizado na quadra 28, tem acesso pela R. Vitório Cauzo e R.
Frederico Picinini, e pela R. Pascoal Gomes Libreloto que se torna a rua
principal da fachada da Praça. Já o Centro Comunitário Dom Antônio Reis
possui, uma área total de mais ou menos 1.301,89 m². Tem acesso pela R.
Frederico Picinini e pela Rua Aron Fischman que se torna a rua principal da
fachada do Centro da Comunidade.O desnível topográfico entre a R. Vitório
Cauzo e pela R. Frederico Picinini é de 2 metros.
23

Figura 8-Mapa de Localização

TERRENO 01-centro comunitário

TERRENO 02-praça

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.

As visuais do terreno ajudam a elucidar melhor a composição da área


como um todo, destacando suas potenciais visuais e auxiliando a compreensão
do espaço. A figura abaixo localiza as visuais a serem destacadas.
24

Figura 9-Imagens do entorno

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.

No mapa abaixo, temos esquematizado o sistema viário do entorno da


edificação. Em vermelho vias coletoras e em azul as vias locais. Ainda é
possível observar aonde existem paradas de ônibus. Com essa análise é de
25

fácil entendimento sobre o quanto é reduzido o fluxo de paradas de ônibus no


entorno da intervenção, havendo duas paradas relativamente perto, mas tendo
que seguir o restante do trajeto a pé para chegar ao local desejado. Já sobre
os acessos podemos dizer que tanto de pedestre como veicular é o usado o
mesmo.

Figura 10-Mapa viário

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.

No entorno da área de intervenção existem tipos bem específicos de


edificações, se destaca bastante a área residencial. Próximo a área
Intervenção muitas residências são térreas e de dois pisos.

Sobre os usos das edificações, é possível observar que não existe as


edificações com o uso estritamente comercial, sendo elas ferragem, mercado,
doceria, e pintura automotiva. Algumas edificações são de uso religioso, como
a Capela Santo Ivo.
26

Predominantemente as edificações possuem uso residencial, e algumas


com comercio no térreo e moradias nos andares superiores. Como é possível
observar também existem alguns espaços em desuso.

Figura 11-Mapa de alturas

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.

Figura 12-Mapa de Usos do entorno


27

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.

6.1.4 ASPECTOS LEGAIS;

A zona da Praça José Scherer Reichembach e centro comunitário Dom


Antônio Reis, localizada no bairro Dom Antônio Reis em Santa Maria-RS,
denomina-se no regime urbanístico da zona 16.C,Anexo 6.1, a lei
complementar, Seção VI -Subseção I-Art.37. Denomina-se Bairro Dom Antônio
Reis a unidade de vizinhança da R.A. Sul, cuja delimitação inicia no trevo
conhecido por Uglione, segue-se a partir daí pela seguinte delimitação: eixo da
Rodovia BR-158, no sentido nordeste; linha de projeção da Rua Padre Landell
de Moura, no sentido sudeste; divisa nordeste do Loteamento Parque
Residencial Dom Antônio Reis, no sentido sudeste, incluindo toda área de
propriedade do Seminário São José; leito da sanga afluente do Arroio Cadena,
que limita ao sul este Loteamento, no sentido a jusante; eixo da BR-392, no
sentido noroeste até alcançar o trevo conhecido por Uglione, início desta
demarcação.

Figura 13-Quadro de índices de ocupação

Fonte: IPLAN, Santa Maria,2020.

6.1.5 NORMAS FEDERATIVAS;

No Brasil, as normativas são escritas pela Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT), que tem como principal objetivo, fornece a
sociedade brasileira conhecimento sistematizado destas normas, permitindo a
28

produção, a comercialização e uso de bens e serviços de forma competitiva e


sustentável tanto no mercado interno, como externo, favorecendo o
desenvolvimento científico e tecnológico, proteção do meio ambiente e defesa
do consumidor.
1. NBR 9050/04 –Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços
e equipamentos urbanos
Define parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto,
construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos quanto às condições de acessibilidade. Aborda
definições gerais, padrões antropométricos a serem considerados, dimensões
mínimas necessárias para que portadores de necessidades especiais realizem
suas tarefas de maneira confortável e também segura, com acesso a todos
espaços. Esta norma tem grande importância pois todos têm o direito de
acessar qualquer local de uso público, seja ela portadora ou não de deficiência.
2. NBR 9283/86 – Classifica o mobiliário urbano em categorias e
subcategorias
Esta norma classifica o mobiliário urbano em categorias e subcategorias,
conforme sua função predominante. Ela também se aplica entre outras coisas,
à gestão, ao cadastramento e ao planejamento urbano. Se for o caso
observando legislação específica dos órgãos federais, estaduais e municipais.
Conforme esta norma, mobiliário urbano são todos os objetos, elementos e
pequenas construções integrantes da paisagem urbana de natureza utilitária ou
não, colocados através de autorização do poder público em espaços públicos e
privados. Entre as categorias e subcategorias estão presentes: esporte e lazer,
nos quais se enquadram mesas, assentos, quadras de esporte, playgrounds,
churrasqueiras e etc; ornamentação da paisagem e ambientação urbana, onde
se encaixam bancos, assentos, canteiros, arborização, chafariz, esculturas,
estátuas e etc.
3. ABNT NBR 14350/99 - Segurança de playgrounds
Possui o título geral "Segurança de brinquedos de playground": é
dividida em duas partes, requisitos e métodos de ensaio e diretrizes para
elaboração de contrato para aquisição/fornecimento de equipamento de
playground.
29

6.1.6 ASPECTOS FÍSICOS

Para o levantamento da área, foi realizado um estudo através de


observações e rotinas de uso no local e a realização de um questionário com
moradores, afim de compreender a visibilidade e a opinião a respeito da área
de intervenção.
Como a praça é considerado uma ‘área de preservação permanente’
(APP), conforme o Código Florestal (Lei nº 4.771/65), essas áreas determinam-
se pela proteção do solo e segurança do bem-estar da população, conforme
termos da lei.
Por se tratar de uma praça e um centro comunitário, esse é classificado
como um “bem público”, segundo o código civil brasileiro, sendo um espaço
onde o homem e a natureza podem conviver naturalmente, com atividades que
envolvam a comunidade a cultura, recreação, esportes e convivência direta
entre o homem e a natureza.
Contudo, a área de intervenção está dividida em três setores (figura 14),
de acordo com o Projeto Sinuelo/CURA, realizado no ano de 1978. Esse
projeto, detectou na época uma carência de áreas para atividades ao ar livre
em Santa Maria, bem como, uma existência de um constante vazio de áreas
verdes comunitárias e áreas para atividades com equipamentos culturais em
uma cidade com constante urbanização.

Figura 14-Mapa de setorização

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora, 2023.


30

6.1.7 PESQUISA DE OPINIÃO

Através de um questionário, compreendeu-se como as pessoas


enxergam a Praça José Scherer Reichembach e Centro comunitário Dom
Antônio Reis. Conforme suas colocações, nesses espaços existem
frequentadores que utilizam esse local urbano a fim de lazer, para realizar
caminhadas, passeios com seus filhos e cães, para reunir amigos, encontros,
estudos; há também os praticantes de esportes tradicionais. Ao todo, foram
realizados 2 questionários e 15 entrevistas.
De acordo com as informações obtidas, 73,6% dos visitantes que
participaram da pesquisa eram do sexo feminino e 23,8% do sexo masculino.
Dentre os entrevistados, 13 eram moradores do bairro Dom Antônio Reis, e
apenas 2 não residiam no bairro. Com relação à faixa etária, foi obtida uma
variação de 14 anos a 56 anos de idade, sendo que a faixa etária com maior
representatividade foi a de 5 a 35 anos de idade, onde se pode perceber um
interesse maior pelo local da parte dos jovens entre 15 a 19 anos (Gráfico 1).
Segundo Silva (2008), as praças e áreas verdes apresentam grande
importância nas cidades, e são 45 frequentadas por pessoas de todas as
idades e classes sociais, e fornecem recreação, lazer e uma vida mais
saudável.

Figura 15- Faixa etária dos visitantes

Fonte: Autora, N. Culau, 2023.


31

De acordo com o (Gráfico 2), podemos observar qual o função principal


da praça para a comunidade, e com isso coligamos com o resultado do
(Gráfico 1), pois nele o interesse maior de faixa etária foi de 15 a 19 anos, e a
principal finalidade é a atividade física, com a analise de visitas foi captado que
hoje em dia a maior função que é exercida a praça é o campo de futebol.
A segunda atividade principal foi de atividades em família é de
importância ressaltar de como se trata de uma área de bairro os
frequentadores enxergam a área urbana como um espaço que desperta
sentimentos de laços afetivos. Ao analisar o porquê da escolha para ir a praça,
o que a maioria dos entrevistados justifica é o fato deste ser um espaço de
lazer no bairro.

Figura 16- Principais finalidades do parque para a comunidade

Fonte: Autora, N. Culau, 2023.

. Observando os demais resultados da entrevistas, constatou-se que a


praça se tornou um espaço ocioso e subutilizado pela população, em razão de
não estar em uma boa condição atual, apresentando falta de manutenção e
poucos atrativos que levem á sua visita.
32

Figura 17-Mudanças desejadas na praça

Fonte: Autora, N. Culau, 2023.

Diante das informações obtidas na parte do centro comunitário


observamos que há pouca interação no local, o bairro não se interessa em criar
novidades para atrativos educativos, culturais, econômicos, e de lazer.
O centro comunitário não oferta nenhum tipo de beneficio ao bairro, a
maioria constatou que a presença do edifício é indiferente.

Figura 18-Já teve participação em algum evento no centro comunitário

Fonte: Autora, N. Culau, 2023.


33

7 ESTUDOS DE CASO E VISITAS IN LOCO A OBRAS


CONGÊNERES;

7.1 PRAÇA DA SAUDADE

De acordo com ArchDaily o projeto “Praça da Saudade”, realizado pelo


escritório de arquitetura Natureza Urbana com a participação da Hproj
Planejamento e Projetos, faz parte de um programa de revitalização do Centro
Histórico de São Luís, capital do Maranhão, com financiamento do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os arquitetos responsáveis pelo
projeto foram Manoela Machado e Pedro Lira, sócios do escritório. A Praça da
Saudade, anteriormente ocupada de forma irregular e profundamente
degradada, havia pouco uso como local de encontro e lazer. A área fica ao lado
de um cemitério, daí seu nome, e era marcada pela venda de flores desprovida
de estruturas de apoio.
Diante dos dados quero ressaltar para o meu trabalho de inspiração o
uso de linhas orgânicas e evidenciar através das pesquisas que realizei o
processo participativo da população expressando no projeto seus anseios e
demandas.

Figura 19-Praça da saudade, Centro Histórico de São Luiz

Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em Novembro/2023


34

Figura 20-Praça da saudade, Centro Histórico de São Luiz

Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em Novembro/2023

7.1.2 PRAÇA COLINAS DE ANHANGUERA / HUS

De acordo com ArchDaily a praça fica localizada em um bairro isolado e


carente de equipamentos de lazer, a área de intervenção é um precioso
logradouro que se tornará um espaço fundamental de usufruto da população. O
projeto busca fazer com que uma praça se torne um elemento de ligação física
e social do tecido urbano, reorganizando o seu traçado, qualificando os
espaços públicos e potencializando o seu uso.
O projeto busca fazer com que uma praça se torne um elemento de
ligação física e social do tecido urbano, reorganizando o seu traçado,
qualificando os espaços públicos e potencializando o seu uso.
Essas características determinaram a setorização básica do projeto: ao
norte, o local destinado ao encontro, manifestações públicas, feiras e shows, e
ao sul, a área de caráter mais esportivo e de passeio, é algo que quero trazer
para o meu projeto setorizar mais a praça, pois hoje se encontra meio confuso
os usos, neste mesmo eixo setorizar também a vegetação.
35

Neste projeto podemos observar que os postes de luz são divididos em


diferentes escalas de iluminação, diante disso pude captar que o mesmo não
que ocorre na praça já edificada que farei a requalificação, tornando ela um
lugar mais perigoso e menos atrativo.

Figura 21-Praça Colinas de Anhanguera / HUS

Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em Novembro/2023

Figura 22-Praça Colinas de Anhanguera / HUS

Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em Novembro/2023


36

7.1.3 CENTRO GERIÁTRICO / NIRO ARQUITECTURA + OAU | OFICINA


DE ARQUITECTURA Y URBANISMO

De acordo com o ArchDaily este centro, localizado na cidade colombiana


de Bogotá, é um projeto exclusivamente pensado para a recreação e
entretenimento dos Idosos, levando em conta as suas necessidades, gostos e
interesses. Dessa forma, edificação se desenvolve em um único andar,
evitando o deslocamento vertical.
Aquários de vegetação. A arquitetura é desenhada em torno das massas
de árvores existentes, tentando preservar o maior número delas, formando
assim 3 pátios principais e um ambiente com árvores altas. Na parte inferior do
lote encontra-se o "pátio de contemplação", que possui uma área verde e uma
plataforma flutuante, proporcionando espaço para uma relação direta com a
sala de jantar e a academia.
Na parte central, e aproveitando os arbustos existentes da espécie
jasmim da China, símbolos do local, encontra-se o pátio principal de acesso ou
"pátio de purificação". Nele há samambaias, agaves, palmeiras e helicônias. No
coração do projeto, cercado por vidros em todos os 4 lados, com vegetação de
tamanho diversificado, o "pátio de purificação" é percebido como uma espécie
de “cápsula vegetal” vista pelos espaços mais importantes do projeto, onde se
pode entrar e desfrutar de um momento de tranquilidade.
Na zona mais elevada do terreno, em relação direta com o parque
existente, propõe-se o" pátio do palco". Devido à sua localização e condições
topográficas, este pátio tem a possibilidade de se abrir para o parque, tornando
a sala multiuso um palco comunitário onde podem ser realizados eventos,
apresentações e inúmeras atividades comunitárias.

Figura 23-Centro Geriátrico / Niro Arquitectura + OAU | Oficina de Arquitectura y Urbanismo

Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em Novembro/2023


37

Figura 24-Centro Geriátrico / Niro Arquitectura + OAU | Oficina de Arquitectura y Urbanismo

Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em Novembro/2023

Figura 25-Centro Geriátrico / Niro Arquitectura + OAU | Oficina de Arquitectura y Urbanismo

Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em Novembro/2023


38

8 INTENÇÕES E REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS.

8.1 MAPEAMENTOS-DIAGINÓSTICOS

Com os dados coletados via questionários, entrevistas e pesquisas em


jornais, foi elaborado em etapas as seguintes considerações: (a) diagnóstico de
questionário com 15 pessoas que visitavam ao local de intervenção; (b)
considerações sobre os diagnósticos de notícias sobre a área nos últimos
anos.
a) Os questionários realizados com a população tiveram como objetivo,
compreender uma mensagem empoderada para a visão do local atualmente.
Dessa forma, os dados adquiridos auxiliaram para o estudo projetual
paisagístico e arquitetônico da Praça José Scherer Reichembach e Centro
comunitário Dom Antônio Reis, a fim de transparecer uma nova área que
atenda às necessidades dos moradores de Santa Maria.
b) No que diz respeito a Praça José Scherer Reichembach e Centro
comunitário Dom Antônio Reis, os dados adquiridos em noticiários informam os
eventos positivos que ocorreram nos últimos anos. Todos os dados,
apresentam informações obtidas a fim de compreender a utilização do espaço
e a vinculação do mesmo com a população.

8.1.2 DIRETRIZES

A partir do diagnóstico de levantamento da área, serão traçadas


diretrizes gerais e específicas para o Parque, para que originem um projeto
paisagístico de requalificação para o local urbano. Contudo, estudarei ideias e
maneiras de adequar a praça e ao centro à ampla utilização dos usuários em
geral, adotando as seguintes diretrizes:
• Redesenhar e definir os acessos ao parque, através de seus passeios
públicos, bem como, propondo uma pista de caminhada no mesmo;
• Propor e requalificar mobiliários, playgrounds e áreas de
contemplação;
• Propor uma requalificação do centro comunitário;
39

• Fazer uso das artes visuais (rota interativa) como elemento de


identificação com a população, incentivando uma maior utilização destes
espaços;
• Propor uma organização do local bem como o uso de lixeiras,
iluminação e bancos definidos para o parque.
• Propor o plantio de flores aromáticas, a fim de aguçar o olfato dos
visitantes, proporcionando o embelezamento da área a ser trabalhada.
Atendendo essas propostas, a requalificação da área irá desconsiderar a
preexistência dos equipamentos mobiliários presentes na Praça José Scherer
Reichembach e Centro comunitário Dom Antônio Reis propondo que se
mantenha novos equipamentos que sejam condizentes ao local.

Figura 26- Diretrizes para a Praça e ao Centro comunitário

Fonte: Ilustração elaborada pela autora, 2023.

9 PROGRAMA DE NECESSIDADES;

9.1 A PROPOSTA

A partir das pesquisas e análises realizadas, a proposta vem para


fortalecer e ampliar a vida em áreas verdes na cidade, adotando um projeto
40

que apresente os seguintes sistemas: caminhos, conexão e atividades de


inclusão social, proporcionando melhorias quanto a carências e aos demais
condicionantes existentes na área de intervenção.
Em primeiro lugar, a proposta dará diretrizes para o local em relação aos
caminhos, através de acessos e circulações (tópico 1), a requalificação visual
por meio de formas que tragam conexão para o bairro, e sirvam como pontos
de referência aos demais bairros, a segurança da praça (tópico 2), trazendo
maior planejamento, através da iluminação com alturas distintas, conforto
(tópico 4) através da ligação da praça ao centro comunitário, criando visuais
que estiguem os visitantes.
Em relação aos demais condicionantes, estes serão apresentados para
melhorar o conforto durante o passeio, com novos equipamentos públicos,
requalificação visual com pintura nos espaços arquitetônicos existentes e
utilização de paisagismo com aroma (flores) proporcionando maior leveza e
beleza ao parque.
1 – CAMINHOS: A proposta relacionada aos acessos e circulações do
local, que se mostra no caso do centro comunitário sem ligação nenhuma com
o externo, e já na praça se demonstra áreas abandonados e carentes, se
apresenta a partir da conclusão do estudo efetuado sobre a malha urbana.
Com isso, a intenção justifica as ideias para requalificação do percurso, através
de uma pista de caminhada em toda a volta do centro comunitário e praça,
fornecendo melhor organização ao espaço. A respeito dos acessos, a proposta
se intensifica para criar eixos de ligação entre os dois locais.

Figura 27-Proposta para os caminhos

ACESSO PRINCIAL
EIXOS
ACESSO SECUNDÁRIO
Fonte: Ilustração elaborada pela autora, 2023.
41

1 – CONEXÃO: A proposta relacionada a conexão e atividades de


inclusão social do local estão ligadas de certa forma, nas visitas in loco e nas
imagens que foram tiradas, podemos observar que se não tivesse a sinalização
que o centro comunitário faz parte do bairro e que é de uso comum de todos
que residem no local jamais saberíamos que tem uma conexão com a praça
que se trata de um espaço público também. Com isso, a intenção é unificar a
praça e o centro comunitário, justificando as ideias para requalificação do eixo,
através de uma pista de caminhada em toda a volta do centro comunitário e
praça, espaços mais acolhedores, e coligação entre os setores.

Figura 28-A conexão do centro até a praça

Fonte: Ilustração elaborada pela autora, 2023.

9.1.2 ESTUDOS PRELIMINARES

A partir das pesquisas e análises realizadas, foram realizados croquis


como estudos preliminares e de implantação, a fim de evoluir a proposta com
formas, programa de necessidades e sínteses chegando no partido
arquitetônico.
42

Figura 29-Proposta com formas

PROGRAMA DE
NECESSIDADES
SETOR PRAÇA
-Playground;
-Bancos;
-Lixeiras;
-Iluminação;
-Formas distintas;
-Pista de caminhada;
-Mesas/Quiosques;
-Paisagismo;
-Quadra poliesportiva;
-Acadêmica ao ar livre;
-Área de contemplação;
-Bicicletário;
-Quadra de vôlei;

Fonte: Ilustração elaborada pela autora, 2023.

Figura 30-Proposta com formas

PROGRAMA DE
NECESSIDADES
SETOR CENTRO C.
-Salão de festas;
-Cozinha (2);
-Copa;
-Depósito;
-Sala de eventos;
-Banheiros;
-Estacionamento;
-Paisagismo;
-Atividades para
comunidade;

Fonte: Ilustração elaborada pela autora, 2023.


43

10 PRÉ-DIMENSIONAMENTO/ZONEAMENTOS

Este item é destinado para apresentação do zoneamento proposto,


considerando cada setor já estabelecido, assim como também o pré-
dimensionamento e descrição das atividades de cada ambiente. Para cada
setor e ambiente dos mesmos, buscou-se analisar as atividades e
necessidades espaciais, afim de otimizar a área do terreno, considerando o
conforto dos usuários, no intuito de causar a maior conexão possível no espaço
e ambiente. A praça foi localizada na região onde já estava, foi realizado
ajustes de setores e amplitude na praça. O centro comunitário do bairro foi
posicionado no mesmo local que já estava a pré-existência, foi reconstruído ele
novamente mudando sua ideologia arquitetônica e dimensionamento tirando
proveito da sua topografia, evidenciando seus pontos focais e visuais
privilegiadas.

Figura 31-Setores

Fonte: Ilustração elaborada pela autora, 2023.


44

QUADRO 01-Centro comunitário Bloco 01

CENTRO COMUNITÁRIO BLOCO 01

AMBIENTE DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE QUANTIDADE AREÁ TOTAL


Recepção 01 11m²
Hall

Administração do centro e suas 01 12m²


Administrativo
atividades

Adaptado (PNE) 02 34m²


Sanitários

Guardar decorações 01 15m²


Depósito

Armazenar materiais de limpeza 01 8m²


Dep. limpeza

Preparação de alimento 01 20m²


Cozinha/Copa

Atividades educativas 01 50m²


Oficinas
esporádicas/Auxílio escolar para
crianças

Área Total do Bloco 01= 150m²


Fonte: Quadro elaborada pela autora, 2023.

QUADRO 02-Centro comunitário Bloco 02

CENTRO COMUNITÁRIO BLOCO 02

AMBIENTE DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE QUANTIDADE AREÁ TOTAL


Recepção 01 11m²
Hall
45

Local de atividade recreativa de


01 85m²
Salão de fundos para manter o centro
Festas

Cozinha/Copa Preparação de alimento 01 20m²

Adaptado (PNE) 02 34m²


Sanitários

Área Total do Bloco 02= 150m²


Fonte: Quadro elaborada pela autora, 2023.

QUADRO 03-Praça

PRAÇA JOSÉ SCHERER REICHEMBACH


AMBIENTE DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE QUANTIDADE AREÁ TOTAL

Praça Vivência dos moradores e 01 3.003m²


comunidade

Pracinha Recreação das crianças 01 97m²

Academia ao Esporte 01 252m²


ar livre

Espaço de Espaço de feira 01 585m²


feira
Fonte: Quadro elaborada pela autora, 2023.

11 FUNCIONOGRAMA/ORGANOGRAMA

Neste item, apresenta-se o fluxograma e organograma, propostos para


fins de definir fluxos e acessos, bem como a organização dos ambientes a
serem dispostos nesta proposta, com o intuito de aperfeiçoamento do objetivo
deste estudo, partido arquitetônico.
46

Figura 32-Fluxograma/Organograma

Fonte: Ilustração elaborada pela autora, 2023.

12 PROPOSTA DO PARTIDO ARQUITETÔNICO;

Consideramos a proposta de partido arquitetônico o objetivo deste estudo


científico, contando que o mesmo apontou e direcionou as tomadas de decisão.
A partir disto, apresenta-se a proposta de partido em sua totalidade no Apêndice
A desta pesquisa – REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA JOSÉ SCHERER
REICHEMBACH E CENTRO COMUNITÁRIO PARQUE DOM ANTÔNIO REIS,
EM SANTA MARIA.

13 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os espaços públicos são os grandes influenciadores dentro de uma


cidade, são estas áreas que formam os principais vínculos entre as
47

comunidades, criando relações e a própria identidade do local, através destes


espaços estimula-se a convivência entre as pessoas sem que haja qualquer
esforço, assim como a diversidade de usos. Foi observando durante o
desenvolvimento do trabalho a relevância do tema proposto, por se tratar de
uma área ocupada, porém podendo ser melhor aproveitada se houvesse
infraestrutura interessantes e diversificadas na paisagem urbana. Tendo em
vista estes aspectos, a proposta surge através da requalificação do local,
buscando melhores atrativos em pontos estratégicos, além de ter como
diretrizes, a melhoria das conexões, tanto pelos caminhos, como através do
conforto entre estes pontos, propondo maior atratividade e vitalidade para o
local. Relacionando as conexões da praça ao centro, percebe-se a
necessidade de criar espaços que se tornem mais atrativos para as pessoas
que frequentam o local, assim como propor calçadas, pista de caminhadas e
iluminação com tamanhos adequados. Esta e as demais diretrizes previstas
para o a praça José Scherer Reichembach e Centro comunitário Parque Dom
Antônio Reis, trará a diversidade de usos, através de locais onde possam
ocorrer novas atividades e eventos culturais, visando atender a demanda
existente, para o desenvolvimento da intervenção urbana. A idealização deste
novo espaço irá adotar os princípios estudados nesta etapa da pesquisa,
buscando criar uma conexão em toda área do local, como atrair a população ao
uso. Neste contexto se destaca a busca pelo bem-estar e segurança, assim
criando uma melhor identidade para o local, minimizando os problemas sociais,
ambientais e arquitetônicos existentes.

14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Organizadas de acordo com a MTD. Todos os autores utilizados no texto


devem ser referenciados.

IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Ágora Romana em Atenas. História


das Artes, 2023. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-
professores/agora-romana-em-atenas/>. Acesso em 28 Sep 2023.

MCLELLAN, DAVID T., et al. "Filosofia ocidental". Enciclopédia Britânica, 28 de


janeiro de 2021, https://www.britannica.com/topic/Western-philosophy. Acesso
em: 27 set. 2023.

ALEX, SUN. O Projeto da Praça. São Paulo: Senac.2008.


48

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. DIS PPGAUP 2023 MELO


FELIPE. USO DAS PRAÇAS PÚBLICAS DE SANTA MARIA DURANTE A
PANDEMIA DE COVID -19: ANÁLISE DO PERÍODO DE DISSEMINAÇÃO DA
VARIANTE ÔMICRON.Santa Maria: Editora da UFSM, 2023.

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU.MACHADO DÉBORA. PÚBLICO E


COMUNITÁRIO: PROJETO ARQUITETÔNICO COMO PROMOTOR DO
ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA. São Paulo Editora da UFSM, 2009.

Praças Públicas: por que precisamos delas? Blog Aquarela Parques


Disponível em: < https://blog.aquarelaparques.com.br/praas-pblicas-por-que-
precisamos-delas/>. Acesso em: 21 set. 2023.

Arquicast. "Espaço público e cidade: uma conversa com Nivaldo Andrade


e Carlos Alberto Maciel" 02 Ago 2020. ArchDaily Brasil. Acessado 28 Set
2023. <https://www.archdaily.com.br/br/944611/espaco-publico-e-cidade-uma-
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Julia Daudén. "Lina Bo Bardi e a generosidade da rua" 05 Dez


2019. ArchDaily Brasil. Acessado 28 Set 2023.
<https://www.archdaily.com.br/br/929628/lina-bo-bardi-e-a-generosidade-da-
rua> ISSN 0719-8906

ALBUQUERQUE, M. Z. A. de. Espaços livres públicos inseridos na paisagem


urbana: memórias, rugosidades e metamorfoses. 2006. 234 f. Dissertação
(Mestrado em Geografia), Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.

ARAÚJO, L. M. F. de. Avaliação de espaços públicos: o caso de duas praças


no concelho de Caminha. 2007. 120 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia),
Universidade do Minho, Portugal, 2007.
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Apêndice A

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA JOSÉ SCHERER REICHEMBACH E CENTRO COMUNITÁRIO PARQUE DOM ANTÔNIO REIS,
EM SANTA MARIA.
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