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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

SCHAYLANA TONELLO
THAYS CRISTINA LENHARDT

PROJETO ARQUITETÔNICO E COMPLEMENTARES DE UM EDIFÍCIO PÚBLICO


PARA A CIDADE DE ÁGUA DOCE– SC

Joaçaba
2023
PROJETO ARQUITETÔNICO E COMPLEMENTARES DE UM EDIFÍCIO PÚBLICO
PARA A CIDADE DE ÁGUA DOCE– SC

SCHAYLANA TONELLO
THAYS CRISTINA LENHARDT

Relatório de Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Engenharia Civil da
Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus de
Joaçaba, como requisito parcial à obtenção de grau de
Engenheiro Civil.

Orientador Prof. MSc. Scheila Lockstein

Joaçaba
2023
SCHAYLANA TONELLO
THAYS CRISTINA LENHARDT

PROJETO ARQUITETÔNICO E COMPLEMENTARES DE UM EDIFÍCIO PÚBLICO


PARA A CIDADE DE ÁGUA DOCE– SC

Relatório de Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Engenharia Civil da
Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus de
Joaçaba, como requisito parcial à obtenção de grau de
Engenheiro Civil.

Aprovado em ............ de ......................................... de 2023....

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________
Prof. Dr. Nome do professor
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

_________________________________________________
Prof. MSc. Nome do professor
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

_________________________________________________
Prof. Esp. Nome do professor
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
Dedicamos este trabalho aos nossos pais, por
todo apoio e suporte e acima de tudo pela
motivação em cada etapa desenvolvida.
AGRADECIMENTOS

Neste presente trabalho, agradecemos todas as pessoas que se envolveram e auxiliaram


de alguma forma para que se tornasse possível à realização deste sonho.
As nossas famílias pelo incentivo em cada etapa e não permitir que desistíssemos.
Aos professores do curso e em especial a nossa professora orientadora Scheila
Lockstein, que não mediu esforços para auxiliar, pelo seu apoio e amizade, sempre ajudando
no desenvolvimento dos trabalhos e competência na orientação.
A todos os amigos que nos apoiaram nas horas mais difíceis, e que durante todo o
percurso de alguma forma colaboraram repassando conhecimentos e palavras acolhedoras.
Enfim, a todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que este trabalho
fosse concluído, e acima de tudo a Deus por proporcionar este momento de forma excepcional
em nossas vidas.
“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca
tem medo e nunca se arrepende. ”
(Leonardo da Vinci)
RESUMO

Água Doce, cidade acolhedora e vibrante, situada em um cenário de beleza natural, cultura
rica e uma população calorosa, emerge um elemento central que se destaca como o epicentro
do dinamismo cívico e administrativo: o edifício público. Este edifício, é mais do que uma
simples estrutura de concreto, é um símbolo de governança local, um farol de serviços
essenciais e um elo vital entre o governo e os cidadãos. Neste estudo, embarcamos em uma
jornada de descoberta e exploração desse notável edifício público em Água Doce,
mergulhando em sua história, sua importância e seu impacto na vida cotidiana dos habitantes
desta cidade encantadora. Inicialmente foram feitos estudos de viabilidade para implantação
deste edifício público e para escolha de um terreno além de um pré-dimensionamento da
edificação através de conversas e pesquisar com pessoas envolvidas neste cenário. Para
elaboração foram executados diagramas de bolhas onde determinamos o fluxo da edificação e
para sequencia um projeto arquitetônico com área construída de 1.534,78 m². O edifício
contará com três andares, sendo que o pavimento térreo contempla a parte externa para o
estacionamento com 06 vagas normais, 02 vagas acessíveis (Idoso e PCD), além de 2 vagas
exclusivas para ambulância. A parte interna da edificação do pavimento térreo destinou-se a
clínica multiprofissional. Já para o primeiro pavimento situa-se a secretaria da saúde e por fim
um segundo pavimento utilizado para auditório coletivo que terá uma capacidade para público
de 129 pessoas levando em consideração o espaço disponível. Após a conclusão do projeto foi
estimado os quantitativos de orçamentação baseados em índices da SINAPI, DEINFRA e
através de pesquisas no mercado online. A estimativa de custos resultou em um valor de R$
R$ 4.226.777,59 sem considerar o valor do terreno, por se tratar de um terreno público. O
trabalho em questão apresentará o projeto arquitetônico e acessível da edificação, além do
projeto hidrossanitário e imagens em 3D para melhor visualização do empreendimento.

Palavras-chave: Edifício Público. Acessibilidade. Saúde.


ABSTRACT

Água Doce, a welcoming and vibrant city, situated in a setting of natural beauty, rich culture
and a warm population, emerges a central element that stands out as the epicenter of civic and
administrative dynamism: the public building. This building is more than a simple concrete
structure, it is a symbol of local governance, a beacon of essential services and a vital link
between government and citizens. In this study, we embark on a journey of discovery and
exploration of this remarkable public building in Água Doce, delving into its history, its
importance and its impact on the daily lives of the inhabitants of this enchanting city. Initially,
feasibility studies were carried out for the implementation of this public building and for
choosing a plot of land in addition to pre-sizing the building through talking and researching
with people involved in this scenario. For elaboration, bubble diagrams were executed where
we determined the flow of the building and to sequence an architectural project with a built
area of 1.534.78 m². The building will have three floors, with the ground floor covering the
outside for parking with 06 normal spaces, 02 accessible spaces (Elderly and PWD), in
addition to 2 exclusive spaces for ambulances. The internal part of the building on the ground
floor was used as a multidisciplinary clinic. On the first floor there is the health department
and finally a second floor used for a collective auditorium that will have a capacity for 129
people taking into account the available space. After completing the project, the budget
quantities were estimated based on indices from SINAPI, DEINFRA and also through online
market research. The cost estimate resulted in a value of R$ 4.226,777.59 without considering
the value of the land, as it is public land. The work in question will present the architectural
and accessible design of the building, in addition to the hydrosanitary design and 3D images
for better visualization of the project.

Keywords: Public Building. Accessibility. Health.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Terreno Selecionado Voltado Para A Travessa 25 De Julho (Parte Interna)...........18


Figura 2 - Terreno Voltado Para A Travessa 25 De Julho........................................................19
Figura 3 - Terreno Selecionado Voltado Para A Rua 31 De Março.........................................19
Figura 4 - Terreno Selecionado Voltado Para A Rua Praça João Macagnan...........................19
Figura 5 - Diagramas De Bolhas Pavimento Térreo.................................................................26
Figura 6 - Diagrama De Bolhas Primeiro Pavimento...............................................................26
Figura 7 - Diagrama De Bolhas Segundo Pavimento...............................................................27
Figura 8 - Setorização Rota De Fuga Acessível – Pavimento Térreo.......................................28
Figura 9 - Setorização Rota De Fuga Acessível - Primeiro Pavimento....................................28
Figura 10 - Setorização Rota De Fuga Acessível. - Segundo Pavimento.................................29
Figura 11 - Vagas De Garagens................................................................................................32
Figura 12 - Abrigo De Lixo......................................................................................................32
Figura 13 - Cortes Abrigo De Lixo...........................................................................................33
Figura 14 - Cadeiras Sala De Espera – Pavimento Térreo........................................................34
Figura 15 - Detalhes Balcão De Atendimento..........................................................................34
Figura 16 - Banheiros Acessíveis.............................................................................................36
Figura 17 - Detalhe Balcão Farmácia.......................................................................................40
Figura 18 - Sala De Espera Primeiro Pavimento......................................................................41
Figura 19 - Detalhes Balcão De Atendimento..........................................................................42
Figura 20 - Banheiro Acessível Primeiro Pavimento...............................................................46
Figura 21 - Palco Acessível......................................................................................................48
Figura 22 - Cortes Escada E Plataforma De Elevação..............................................................49
Figura 23 - Banheiro Acessível Segundo Pavimento...............................................................50
Figura 24 - Perspectiva Edifício Público Em 3D......................................................................50
Figura 25 - Sinalização Piso Tátil (01).....................................................................................54
Figura 26 - Sinalização Piso Tátil (02).....................................................................................55
Figura 27 - Sinalização Piso Tátil (03).....................................................................................55
Figura 28 - Sinalização Estacionamento...................................................................................55
Figura 29 - Sinalização Estacionamento...................................................................................56
Figura 30 - Contraste De Luminância.......................................................................................57
Figura 31 - Mapa Tátil..............................................................................................................57
Figura 32 - Sinalização De Ambientes.....................................................................................58
Figura 33 - Sinalização – Vista Lateral (A) E Vista Superior (B)............................................59
Figura 34 - Piso Tátil Escada E Elevador Pavimento Térreo...................................................60
Figura 35 - Piso Tátil Escada E Elevador Primeiro Pavimento................................................60
Figura 36 - Piso Tátil Escada E Elevador Segundo Pavimento................................................61
Figura 37 - Sinalização De Portas.............................................................................................61
Figura 38 - Detalhe Sinalização Escada....................................................................................63
Figura 39 - Detalhes Guarda-Corpo E Corrimão (01)..............................................................64
Figura 40 - Detalhes Guarda-Corpo E Corrimão (02)..............................................................64
Figura 41 - Dimensões Mobiliários..........................................................................................65
Figura 42 - Vista Frontal Bebedouro........................................................................................66
Figura 43 - Ábaco Para O Dimensionamento Das Instalações De Água Fria..........................76
Figura 44 - Dados De Dimensionamento..................................................................................78
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Índices Urbanísticos Da Zona De Interesse..............................................................20


Tabela 2 - Quantidade De Garagens E Estacionamentos..........................................................31
Tabela 3 - Tabela 3 Da NBR 8160............................................................................................68
Tabela 4 - Tabela 5 Da NBR 8160............................................................................................68
Tabela 5 - Tabela 6 Da NBR 8160............................................................................................69
Tabela 6 - Dimensionamento Do Tanque Séptico....................................................................71
Tabela 7 - Dimensionamento Do Tanque Séptico (Auditório).................................................71
Tabela 8 - Dimensionamento Do Filtro Anaeróbio..................................................................73
Tabela 9 - Dimensionamento Do Filtro Anaeróbio (Auditório)...............................................73
Tabela 10 - Dimensionamento Do Sumidouro.........................................................................74
Tabela 11 - Dimensionamento Do Sumidouro (Auditório)......................................................75
Tabela 12 - Dimensionamento Reservatório.............................................................................77
Tabela 13 - Dimensionamento Da Entrada (Hidrômetro-Reservatório)...................................78
Tabela 14 - Dimensionamento Da Rede De Água Fria Térreo.................................................79
Tabela 15 - Dimensionamento Rede De Água Fria Primeiro Pavimento.................................81
Tabela 16 - Dimensionamento Rede De Água Fria Segundo Pavimento.................................83
Tabela 17 - Cálculo Área Do Telhado......................................................................................84
Tabela 18 - Cálculo Das Vazões De Projeto.............................................................................85
Tabela 19 - Dimensionamento Descidas...................................................................................86
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


CM Centímetros
CBMSC Corpo de Bombeiros Militares de Santa Catarina
CIDASC Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina
DML Depósito de Material de Limpeza
° Graus
¿ Instrução Normativa
m Metros
m² Metros Quadrados
mm Milímetros
MR Módulo de Referência
NBR Normas Brasileiras Regulamentadoras
% Porcentagem
PCD Pessoa com Deficiência
km ² Quilômetros quadrados
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
TDF Tratamento Fora de Domicílio
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................16
2 METODOLOGIA DE PROJETO E MEMORIAIS....................................17
2.1 TERRENO SELECIONADO...........................................................................17
2.2 ESTILO ARQUITETÔNICO...........................................................................20
2.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES...............................................................20
2.4 DIAGRAMAS DE BOLHAS...........................................................................25
2.5 SETORIZAÇÃO...............................................................................................27
3 PROJETO BáSICO DE ARQUITETURA...................................................29
3.1.1 Pavimento térreo.............................................................................................30
3.1.1.1 Estacionamento.................................................................................................30
3.1.1.2 Abrigo de lixo....................................................................................................32
3.1.1.3 Recepção e Sala de Espera................................................................................33
3.1.1.4 Sala dos motoristas............................................................................................34
3.1.1.5 Copa..................................................................................................................35
3.1.1.6 Depósito de materiais de limpeza......................................................................35
3.1.1.7 Lavanderia.........................................................................................................35
3.1.1.8 Banheiros...........................................................................................................35
3.1.1.9 Vestiários...........................................................................................................36
3.1.1.10 Sala dos Profissionais de Saúde........................................................................37
3.1.1.10.1 Fonoaudióloga...................................................................................................38
3.1.1.10.2 Psicólogo (a)......................................................................................................38
3.1.1.10.3 Clínico Geral......................................................................................................38
3.1.1.10.4 Ginecologista......................................................................................................38
3.1.1.10.5 Pediatria.............................................................................................................38
3.1.1.10.6 Nutricionista.......................................................................................................38
3.1.1.10.7 Fisioterapia........................................................................................................39
3.1.1.11 Assistência Social..............................................................................................39
3.1.1.12 Almoxarifado....................................................................................................39
3.1.1.13 Farmácia............................................................................................................39
3.1.2 Primeiro Pavimento........................................................................................40
3.1.2.1 Recepção e Sala de Espera................................................................................40
3.1.2.2 Copa..................................................................................................................42
3.1.2.3 Depósito de materiais de limpeza......................................................................42
3.1.2.4 Lavanderia.........................................................................................................42
3.1.2.5 Sala de TFD, Controle de Frota e Logística de Transporte...............................43
3.1.2.6 Educador Físico.................................................................................................43
3.1.2.7 Sala administrativa para o Secretário Municipal de Saúde e Diretor de Saúde 43
3.1.2.8 Sala de Autorização de Exames........................................................................43
3.1.2.9 Sala de Almoxarifado........................................................................................44
3.1.2.10 Coordenação de Gestão e Compras...................................................................44
3.1.2.11 Sala de Tesouraria e Contabilidade...................................................................44
3.1.2.12 Sala de Vigilância Sanitária, Agente de endemias, Vigilância Epidemiológica
Coleta e Vacina.........................................................................................................................44
3.1.2.13 Sala de Reuniões...............................................................................................45
3.1.2.14 Banheiros...........................................................................................................45
3.1.2.15 Vestiários...........................................................................................................47
3.1.3 Segundo Pavimento.........................................................................................47
3.1.3.1 Auditório...........................................................................................................47
3.1.3.2 Camarim............................................................................................................48
3.1.3.3 Sala de multimídia.............................................................................................48
3.1.3.4 Palco..................................................................................................................48
3.1.3.5 Banheiros...........................................................................................................49
4 ÁREA PROJETADA......................................................................................50
5 DIMENSIONAMENTO HIDROSSANITÁRIO..........................................51
5.1 REDE DE ESGOTO SANITÁRIO...................................................................51
5.1.1 Dimensionamento Dos Ramais De Esgoto....................................................51
5.1.2 Caixa De Gordura...........................................................................................53
5.1.3 Dimensionamento Da Fossa Séptica..............................................................53
5.1.3.1 Pavimento Térreo e Primeiro Pavimento..........................................................54
5.1.3.2 Auditório...........................................................................................................55
5.1.4 Dimensionamento Do Filtro Anaeróbio........................................................56
5.1.4.1 Pavimento Térreo e Primeiro Pavimento..........................................................56
5.1.4.2 Auditório...........................................................................................................57
5.1.5 Dimensionamento Do Sumidouro..................................................................57
5.1.5.1 Pavimento Térreo e Primeiro Pavimento..........................................................58
5.1.5.2 Auditório...........................................................................................................59
5.2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA...................................................................59
5.2.1 Dimensionamento Reservatório.....................................................................60
5.2.1.1 Dimensionamento Entrada (Hidrômetro – Reservatório).................................61
5.2.1.2 Dimensionamento Dos Trechos De Tubulação.................................................62
5.3 ÁGUA PLUVIAL.............................................................................................68
5.3.1 Áreas de Contribuição do Telhado................................................................68
5.3.2 Dimensionamento dos Condutores Verticais................................................68
6 PROJETO ARQUITETÔNICO....................................................................51
6.1 ACESSIBILIDADE..........................................................................................70
6.1.1 Pessoa com deficiência....................................................................................71
6.1.2 Pessoa com mobilidade reduzida...................................................................71
6.1.3 Acessibilidade em edifícios públicos de uso coletivo....................................72
6.1.4 Sinalização........................................................................................................72
6.1.5 Travessia de pedestres....................................................................................81
6.1.6 Rota acessível e de fuga...................................................................................81
6.1.6.1 Escadas..............................................................................................................82
6.1.6.2 Mobiliários........................................................................................................84
6.1.6.3 Bebedouros........................................................................................................85
7 PROJETO HIDROSSANITáRIO.................................................................86
8 ORÇAMENTO ESTIMADO.........................................................................87
10 CONCLUSÃO.................................................................................................88
16

1 INTRODUÇÃO

O edifício público é muito mais do que uma estrutura física, ele representa o epicentro
da administração pública local, abrigando os escritórios e departamentos responsáveis por
uma ampla gama de serviços que impactam diretamente a vida dos cidadãos de Água Doce, o
local persiste uma construção de burocracia onde se encontra com o serviço ao público e onde
a governança se torna tangível, desde registros civis até licenças comerciais, passando por
serviços de educação e saúde, o edifício público é o ponto de acesso para as necessidades e
preocupações da comunidade (OLIVEIRA JUNIOR, 2021).
Com finalidade de otimizar o espaço e incluir todas as salas em um único espaço, vê-
se a necessidade da implantação deste edifício público, oferecendo para toda comunidade da
cidade de Água Doce, melhor acesso aos serviços fornecidos pelo local, não havendo a
necessidade de deslocamentos maiores para esses atendimentos promovendo com isso um
conforto e bem-estar a mais para todos.
A cidade de Água Doce contempla uma população de aproximadamente 6.508
habitantes, índice proveniente dos dados do IBGE (2022). Para cada setor existe uma
estimativa mensal de munícipes que frequentam o local sendo para a secretaria de saúde um
total de 400 habitantes/mês e para clínica multifuncional 350 habitantes/mês, estes dados são
aproximados e foram fornecidos pela Secretária municipal da saúde, que foram retirados de
controles internos dos departamentos.
O projeto em questão envolve a elaboração de um projeto arquitetônico com
acessibilidade, hidrossanitário, e orçamentação, bem como a criação de um projeto 3D para
um edifício público que será destinado a facilitar o acesso da população aos recursos de
saúde. Todos os aspectos do projeto serão estritamente embasados nas normas vigentes, no
Plano Diretor e no Código de Edificação do Município, garantindo sua adequação às
necessidades da comunidade e sua contribuição para o desenvolvimento de Água Doce.
17

2 METODOLOGIA DE PROJETO E MEMORIAIS

Através de entrevistas com a profissional da Secretaria da Saúde, juntamente com o


engenheiro responsável, Ciles Paulo de Moraes Júnior, foi realizado o levantamento de dados
necessário para diagnosticar a demanda e realizar o pré-dimensionamento do projeto do
Edifício Público planejado para ser implantado na cidade de Água Doce, onde o resultado
desse levantamento indicou favorável para a implantação do local.
Nesta seção do estudo, serão apresentados os materiais e métodos que foram
empregados na elaboração do projeto arquitetônico e complementares. Além disso, serão
descritos os memoriais necessários para a concepção do projeto. Para enriquecer este trabalho,
também foram incluídos registros fotográficos de autoria própria, que ajudam a visualizar e
elucidar o processo. Essa abordagem metodológica e o uso de materiais visuais, como
fotografias, contribuem para uma compreensão mais completa e detalhada do trabalho
realizado no desenvolvimento do Edifício Público em questão.
Todo o trabalho será embasado em normas e resoluções vigentes. As principais
utilizadas foram a NBR 9050/2021 que se refere à acessibilidade nas edificações e a RDC nº
50 que dispõe de metodologias de edificações para estabelecimentos assistências da saúde
entre outras descritas no decorrer do relatório.

2.1 TERRENO SELECIONADO

A escolha do terreno para o Edifício Público proposto foi feita levando em


consideração vários fatores importantes, como a localização estratégica, onde o fato de o
edifício ser construído ao lado da prefeitura municipal, com alinhamento frontal do terreno
voltado para a Rua 31 de Março, lateral direita para a Travessa Vinte e Cinco de Julho e
fundos para a Praça João Macagnan, sugere uma localização estratégica em relação à
acessibilidade e visibilidade.
A existência da edificação antiga da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente no
terreno é de extrema relevância para o projeto, sendo optado pela reutilização dessa estrutura,
visto ser mais econômico. A decisão de utilizar a estrutura existente não se pautou apenas na
questão financeira, mas também no modo mais prático de execução, de modo que
conseguimos uma característica topográfica plana com desníveis consideráveis pequenos. A
presença de uma cobertura destinada ao estacionamento de ônibus e vans da prefeitura indica
18

a necessidade de espaço para acomodar veículos oficiais, porém esta estrutura será demolida
para que uma nova estrutura com melhores condições seja executada. Os ônibus e vans que se
alocavam neste espaço serão destinados a outro espaço público, esta decisão partiu dos
responsáveis da prefeitura. Em síntese, será realizada a execução de um edifício público,
reaproveitando a estrutura já existente e implantando uma laje autoportante.
Sobre a acessibilidade e acessos, onde a análise dos acessos ao local indica que a
acessibilidade foi um fator importante na escolha do terreno. A proximidade de vias públicas
pavimentadas e a facilidade de acesso são cruciais para um edifício público que precisa ser
facilmente acessível a todos os cidadãos.
No geral, a escolha do terreno foi feita de forma cuidadosa, levando em consideração
fatores essenciais para o sucesso do projeto do Edifício Público. Isso é fundamental para
garantir que a edificação atenda eficazmente às necessidades da comunidade e do governo
local. O terreno escolhido (Figura 1) é de propriedade pública, de fácil acesso, localizado ao
lado da prefeitura e com uma área de 1.140,35 m². O local tem um acesso pela Rua 31 de
Março (pavimentada com asfalto) e acesso pela Rua Travessa Vinte e Cinco de Julho
(pavimentada com asfalto). Esse terreno possui uma topografia plana e está localizado em um
ambiente onde há um fluxo considerável por questão de estar próximo a prefeitura da cidade.

Figura 1 - Terreno selecionado voltado para a Travessa 25 de Julho (parte interna).


19

Figura 2 - Terreno voltado para a Travessa 25 de Julho

Figura 3 - Terreno selecionado voltado para a Rua 31 de Março

Figura 4 - Terreno selecionado voltado para a Rua Praça João Macagnan.

De acordo com a consulta prévia fornecida pela Prefeitura Municipal de Água Doce, o
terreno está situado na zona ZMC (Zona mista central) e tem como objetivo destinar a
instalação de Atividades Comerciais e de Prestação de Serviços fortalecendo a área Comercial
existente, compatibilizando com a Infraestrutura e Sistema Viário existente. Viabilizando
maior adensamento. Nesta zona, o uso 11 – INSTITUCIONAL, que engloba as seguintes
20

atividades: asilos, hospitais, casas de saúde, postos assistenciais, unidades sanitárias e


clínicas, enquadrando-se nas atividades escolhidas para o edifício público, tornando assim o
terreno permitido para uso.
A Tabela 1 expõe os índices e limites designados para a edificação localizada dentro
do perímetro da ZMC. Todas as especificações foram respeitadas durante o estudo do projeto.

Tabela 1. Índices Urbanísticos da Zona de Interesse


ÁREA TESTADA TAXA DE GABARIT ÍNDICE DE TAXA DE
RECUOS (m)
MÍNIMA MÍNIMA OCUPAÇÃO O Nº DE APROVEITAMENTO PERMEABIL
(m²) (m) U F L Fd (%) PAV. IAb IAm IDADE (%)
RU 3,00 80% 7 5,60 - 12%
H/24
RM 0,00 100% 21 10,10 16,80 12%
-
250 10 C= 100% até
mín.
M 0,00 o terceiro 21 12,60 21,00 10%
1,50
pav. R=80%
Fonte: Consulta Prévia Prefeitura Municipal (2023)

2.2 ESTILO ARQUITETÔNICO

Segundo Serra (2023), o estilo moderno enfatiza a simplicidade, linhas limpas e


funcionalidade, comuns em edifícios públicos que muitas vezes têm fachadas de vidro e
estruturas de aço, onde o estilo contemporâneo, por sua vez, mistura elementos de diferentes
estilos para criar uma estética única e atual.
A escolha arquitetônica de um edifício público depende da função, contexto histórico
e preferências dos arquitetos e planejadores envolvidos no projeto. Levando em consideração
que a cidade não estabelece uma tradição neste quesito, dessa forma, buscamos modernidade
neste projeto, um espaço amplo, utilizando fachadas com janelas que cobrem toda ou
parcialmente a fachada, cores que seguem a paleta da edificação ao lado e iluminação ampla,
além de atender às necessidades funcionais de cada espaço, considerando também a estética e
o ambiente geral para criar um local de trabalho agradável e eficaz, com um design acolhedor
e funcional, promovendo um ambiente de trabalho que inspire confiança e conforto.

2.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES

A partir do dimensionamento, descreveu-se um quadro (Quadro 1), baseada nos dados


levantados no município, estudos bibliográficos, nas estruturas semelhantes e entrevistas,
21

indicando uma estimativa de áreas para os ambientes necessários para o funcionamento


condizente com o Edifício Público.

Quadro 1. Áreas estimadas para o programa de necessidades do Edifício Público


Área
Pavimento Atividade Descrição Referência Quantidade Mínima
(m²)

Espaço
Resolução- RDC n° No mínimo 2 vagas para 18 m²/vaga
Estacionamento para
50 ambulância (3,00x6,00)
veículos

Lei complementar 1 vaga p/ cada 250 m² de área


Espaço 12,5m²/
Estacionamento AR N° 123/2017 construída ou fração de área
para vaga
Público de Água Doce adicionada (5 % é destinado para
veículos (2,50x5,00)
Tabela II idosos)

Espaço Lei complementar 17,5m²/


Estacionamento para Até 25 vagas 1 vaga é destinada
para AR N° 123/2017 vaga
PCD para PCD
veículos de Água Doce (3,70x5,00)
Térreo-Clinica
Espaço
Multiprofissional
para os Resolução- RDC nº
Sala motoristas 1 9,0
motoristas 50
ficarem

Espaço
para Resolução- RDC nº
Copa 1 2,6
alimentaçã 50
o

Sala para
Depósito de material guardar
Resolução- RDC nº
de limpeza com tanque material 1 2,0 m²
50
(DML) de limpeza
e lavagem

Sala para
guardar
Resolução- RDC nº
Lavanderia material 1 2,0 m²
50
de limpeza
e lavagem

Espaço
para Resolução- RDC n° 1,34m²/
Sala de espera 1
receber as 50 pessoa
pessoas

Espaço
Resolução- RDC nº
Fonoaudióloga para 1 7,5
50
consultas

Psicologia Espaço Resolução- RDC nº 1 7,5


para 50
terapia e
consulta
22

individual

Espaço
para Resolução- RDC nº
Ginecologista 1 9,0
atendiment 50
o

Espaço
para
atendiment Resolução- RDC nº
Pediatria 1 9,0
o 50
individuali
zado

Espaço
para
atendiment Resolução- RDC nº
Fisioterapia 1 9,0
o 50
individuali
zado

Espaço
para
atendiment Resolução- RDC nº
Nutricionista 1 9,0
o 50
individuali
zado

1( masc + fem) c/50m de


Sanitários
Sanitários acessíveis NBR 9050/2021 distância ou pelo menos 1 por 3,0
por sexo
pavimento

Coletivo 1 bacia sanitária e 1


Sanitários
Sanitários público 1 para cada sexo lavatório para cada grupo de 6 3,0
por sexo
pessoas

0,5 m²/
funcionário/
turno,
Local para
Resolução- RDC nº sendo 25%
Vestiários funcionári 1 para cada sexo
50 para
os
homens e
75% para
mulheres.

Espaço
para
atendiment Resolução- RDC nº
Clínico geral 1 9,0
o 50
individuali
zado

Espaço
Portaria nº 1.623 de
Almoxarifado administra 1 3,0
12 de julho de 2011
tivo

Sala de assistência Espaço Resolução- RDC nº 1 8,0


social para
23

atendiment
50
o social

Espaço
para Resolução- RDC nº
Copa 1 2,6
funcionári 50
os

Sala para
Depósito de material guardar
Resolução- RDC nº
de limpeza com tanque material 1 2,0 m²
50
(DML) de limpeza
e lavagem

Sala para
guardar
Resolução- RDC nº
Lavanderia material 1 2,0 m²
50
de limpeza
e lavagem

Espaço
para
atendiment Resolução- RDC nº
Educador físico 1 9,0
o 50
individuali
zado

Espaço
Coordenação de gestão Resolução- RDC nº 5,5m²/
administra 1
de compras 50 Pessoa
tivo
1º Pavimento Espaço
Contabilidade e Resolução- RDC nº 5,5m²/
Secretária de administra 1
tesouraria 50 Pessoa
Saúde tivo

Espaço
para Resolução- RDC nº
Vigilância sanitária 1 9,0
atendiment 50
o

Espaço
para
atendiment Resolução- RDC nº
Agentes de endemias 1 9,0
o 50
individuali
zado

Sala de
Vigilância atendiment
Resolução- RDC nº
epidemiológica coleta o 1 9,0
50
e vacinas individuali
zado

Local
Resolução- RDC nº 5,5m²/
Secretário de saúde administra 1
50 pessoa
tivo

Diretor de saúde Local Resolução- RDC nº 1 5,5m²/


administra
24

tivo 50 pessoa

Espaço
para Resolução- RDC nº 1,3m²/
Sala de espera 2
acolher as 50 pessoa
pessoas

Espaço
para
organizaçã Resolução- RDC nº 2,0m²/
Sala de Reuniões 1
o 50 pessoa
administra
tiva

1( masc + fem) c/50m de


Sanitários
Sanitários acessíveis NBR 9050 distância ou pelo menos 1 por 3,0
por sexo
pavimento

0,5 m²/
funcionário/
turno,
Local para
Resolução- RDC nº sendo 25%
Vestiários funcionári 1 para cada sexo
50 para
os
homens e
75% para
mulheres.

Coletivo: 1 bacia sanitária e 1


Sanitários
Sanitários público 1 para cada sexo lavatório para cada grupo de 6 3,0
por sexo
pessoas

Espaço
TFD e Controle de para Resolução- RDC nº
1 5,7
Viagens atendiment 50
o

Espaço de
autorizaçã
Autorização de o para Resolução- RDC nº
1 5,7
exames fazer um 50
exame
médico

Espaço
Portaria nº 1.623 de
Almoxarifado administra 1 3,0
12 de julho de 2011
tivo

2° Pavimento Controle Não tem


Auditório Sala multimídia de imagem embasamento 1 9,0
e som teórico

Local para
o pessoal Não tem
2 unidades para apoio aos
Camarins das embasamento 9,0
eventos
apresentaç teórico
ões

Sanitários acessíveis Sanitários NBR 9050/2021 1( masc + fem) c/50m de 3,0


por sexo distância ou pelo menos 1 por
25

pavimento

Coletivo: 1 bacia sanitária e 1


Sanitários Sanitários
1 para cada sexo lavatório para cada grupo de 6 3,0
público por sexo
pessoas

O programa de necessidades elaborado considerou a edificação pública dividida em 3


(três) pavimentos, por várias razões que podem incluir:

Otimização de Espaço: A divisão em múltiplos pavimentos permite a melhor


utilização do espaço disponível, garantindo que cada nível seja projetado para acomodar
funções específicas de forma eficiente. Isso evita o desperdício de espaço e facilita a
organização das atividades dentro do edifício.
Separação de Funções: Cada pavimento será destinado a uma função específica,
como administração, atendimento ao público e serviços de saúde. Essa separação de funções
facilita a operação e a acessibilidade, tornando o edifício mais funcional e eficaz.
Acessibilidade: A divisão em pavimentos permite uma melhor adaptação às
necessidades de acessibilidade. Por exemplo, pavimentos serão equipados com elevadores e
outras instalações para garantir que todas as pessoas, incluindo aquelas com mobilidade
reduzida, possam acessar todas as áreas do edifício.
Circulação Vertical: A presença de múltiplos pavimentos permite uma circulação
vertical eficiente através de escadas e elevadores, garantindo que as pessoas possam se
deslocar facilmente entre os diferentes níveis do edifício.
Conformidade com Normas e Regulamentos: A divisão em pavimentos pode estar
em conformidade com as normas e regulamentos de construção locais, estaduais ou nacionais,
que podem impor requisitos específicos em relação à altura e ao número de pavimentos para
edifícios públicos.

2.4 DIAGRAMAS DE BOLHAS

Após pesquisas, levantamento dos espaços necessários e plantas baixas realizou o


diagrama de bolhas com principal objetivo de interligar todos os espaços sugeridos para o
projeto, demostrando os fluxos, acessos e circulações de todos os ambientes da edificação.
Por se tratar de um edifício, houve a necessidade de dividir em quatro diagramas, o primeiro
diagrama (Figura 5) demostrando o pavimento térreo onde estará localizada a garagem e a
clínica multiprofissional, o segundo diagrama (Figura 7) demostrando o primeiro pavimento
26

com a secretaria de saúde, e o terceiro diagrama (Figura 7) demostrando o segundo pavimento


que foi destinado ao auditório.

Figura 5 - Diagramas de bolhas pavimento térreo.

Figura 6 - Diagrama de bolhas primeiro pavimento.

.
27

Figura 7 - Diagrama de bolhas segundo pavimento.

A partir da análise dos diagramas de bolhas apresentados nas Figuras 5, 6 e 7, foi


possível observar o fluxo de todos os andares de forma mais clara. A edificação possui dois
acessos separados, ou seja, um exclusivo para funcionários e outro para o público em geral.
Observa-se que foram direcionadas ao pavimento térreo (Figura 5) as salas que são mais
utilizadas pelo público (clínica multiprofissional), sendo mais fácil o acesso para elas. Já no
primeiro pavimento (Figura 6) podemos analisar salas com menor movimentação de pessoas
por se tratar da secretaria de saúde do município, mas também possui espaços reservados
apenas para funcionários. E por fim no segundo pavimento (Figura 7) um auditório onde terá,
assim como no pavimento térreo, maior fluxo de pessoas, mas em momentos específicos.

2.5 SETORIZAÇÃO

Conforme a ABNT NBR 9050/2021 define acessibilidade como a possibilidade e


condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia,
de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações
abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na
rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. Ou seja, realizando a setorização
possibilita-se às pessoas com algum tipo de deficiência a locomoção dentro dos espaços de
maneira autônoma e segura. Abaixo, nas Figuras 8, 9 e 10, estão representados os setores de
28

cada pavimento, já as medidas para locais mais seguros estão representadas no projeto de
acessibilidade.

Figura 8 - Setorização Rota de Fuga Acessível – Pavimento Térreo

Figura 9 - Setorização Rota de Fuga Acessível - Primeiro Pavimento


29

Figura 10 - Setorização Rota de Fuga Acessível. - Segundo Pavimento

3 PROJETO BÁSICO DE ARQUITETURA

Este capítulo foi destinado a descrever detalhes de cada ambiente do Edifício Público,
auxiliando no entendimento de cada setor.
Em resumo o edifício contará com três pavimentos com salas destinadas a saúde e
administrativo, bem como um espaço para auditório e estacionamento. A divisão deste
pavimento se deu através de entrevistas e pesquisas visando atender da melhor forma as
pessoas que passam pelo local, abrangendo um conceito que englobe principalmente a
acessibilidade, integração com visitantes e flexibilidade.
Além de pesquisas realizadas em normas, obtivemos uma lista de salas necessárias da
secretaria da saúde do município. Esta lista foi elaborada pela secretaria para auxílio na
divisão de salas e de acordo com as necessidades do município e do empreendimento. Nesta
lista as salas solicitadas pela secretaria foram: recepção e sala de espera em todos os
pavimentos, secretário municipal de saúde, diretor de saúde, sala de TFD (tratamento fora de
domicilio), sala autorização de exames, sala de logística de transportes, sala motoristas, sala
para almoxarifado, sala coordenação de gestão e compras, sala tesouraria e contabilidade, sala
vigilância sanitária, sala agentes de endemias, sala vigilância epidemiológica, sala de coletas
30

da vigilância epidemiológica, fonoaudióloga, psicologia, fisioterapia, ginecologista, pediatria,


assistência social, educador físico, nutricionista, sala de reunião e auditório.
Após análise das salas solicitadas, elaboramos a distribuição das salas e acrescentamos
algumas salas que mesmo não sendo solicitadas consideramos importantes para a
funcionalidade da edificação como clínico geral, farmácia, depósito de material de limpeza,
lavanderia e copa.
Abaixo descrevemos sobre as salas que serão alocadas em cada pavimento, além de
suas funções e áreas utilizadas no projeto.

3.1.1 Pavimento térreo

O projeto de um edifício público destinado à Secretaria de Saúde de Água Doce exige


uma abordagem cuidadosa e reflexiva. O conceito subjacente a esta construção deve ser
guiado por princípios fundamentais que abrangem tanto a funcionalidade quanto a missão de
oferecer cuidados de saúde acessíveis e eficazes à comunidade local. Abaixo está descrito as
salas com suas respectivas áreas de projeto, que estarão dispostos no pavimento térreo. Ainda
sobre este pavimento, no espaço onde possui edificação abaixo, optamos pela realização de
uma laje autoportante para garantir um reforço no espaço, que neste caso será destinado a
garagens.

3.1.1.1 Estacionamento

Respeitando as dimensões mínimas estabelecidas pela NBR 9050 (ABNT, 2021), as


vagas de estacionamento público serão executadas com área de 12,5m² cada (2,50x5,00
metros), totalizando 06 vagas com este tamanho. Ainda em acordo com a NBR 9050 (ABNT,
2021) 5% destas vagas devem ser destinadas para idosos com dimensões de 3,70x5,00 metros,
ou seja, devem possuir uma área de 18,5 m². De acordo com pesquisas na Lei Complementar
nº 123/2017 onde descrevem a necessidade de 01 vaga especial a cada 25 vagas normais.
Ainda foram adotadas duas vagas para ambulância com dimensões de 3,00x6,00 metros, ou
seja, mínimo de 18 m² cada vaga.
Para definição da quantidade necessária para atender as condições do município,
utilizamos a Lei Complementar da cidade de Água Doce (2017). Nela consta uma tabela com
referências de número de vagas para cada estabelecimento. Abaixo está a Tabela 2, utilizada e
31

em seguida o cálculo realizado para atender o correto percentual de vagas para o


estabelecimento.

Tabela 2 - Quantidade de Garagens e Estacionamentos

Fonte: Lei Complementar de Água Doce nº 124 (2017)

Como solicitado na lei complementar, há a necessidade de 01 vaga a cada 250 m² de


área construída, ou seja:

1.534 , 78 m²
=6 ,13=07 vagas
250 m²

Como descrito acima, a edificação deve possuir um total de 07 vagas, deste total
deverá ser retirada as vagas especiais. Adotamos 06 vagas normas e além dessas, outras 02
vagas acessíveis e 02 exclusivas para ambulância. Todas as proporções seguindo a NBR 9050
(ABNT, 2021), como já descrito anteriormente. Na figura 11 é possível observar a
disposições das vagas de acordo com o estabelecido em norma. As vagas de ambulância
foram alocadas no canto por serem de dimensões maiores, mas em caso de emergência é
possível que as ambulâncias parem em frente a porta para o desembarque e só após se
direcione para a vaga destinada a ela.
32

Figura 11 - Vagas de garagens.

3.1.1.2 Abrigo de lixo

Um abrigo de lixo é uma estrutura projetada para acomodar e proteger recipientes de


resíduos sólidos, normalmente localizadas em áreas públicas ou privadas. Este tipo de
estrutura desempenha um papel importante na gestão adequada de resíduos, proporcionando
benefícios ambientais e estéticos. Para o projeto separamos o abrigo em 02 locais, sendo lixo
tóxico e lixo comum com área de 3,91 m² cada como demostrado na figura 12 e 13.

Figura 12 - Abrigo de lixo


33

Figura 13 - Cortes abrigo de lixo

3.1.1.3 Recepção e Sala de Espera

Tanto a recepção quanto à sala de espera são espaços destinados a passar informações
para os visitantes. Deve ser um espaço auto informativo, acolhedor e o mais agradável
possível pelo fato de ser um espaço onde os pacientes ficam esperando pelo atendimento.
Deve ser levado em consideração o tempo que as pessoas permanecem esperando para serem
atendidas, trazendo para o local estética, conforto e organização. Por se tratar de um ambiente
de espera as áreas adotadas foram de 37,26 m² para sala de espera sendo equipada com
cadeiras de espera e uma recepção de 40,50 m². Para a sala de espera, adotamos 14 cadeiras,
sendo 01 para idoso, e 01 para obeso, além disso, destinamos um local específico para
cadeirante como informado na figura 14.
Seguido ainda a NBR 9050 (ABNT, 2021), o balcão da sala de espera também possui
especificações, dentre elas devem possuir superfície com extensão de no mínimo 0,90 m,
apresentar altura entre 0,75 m e 0,85 m da superfície do piso, apresentar largura sob a
superfície de no mínimo 0,80 m, apresentar altura livre sobre a superfície de no mínimo 0,73
m, e espaço livre de modo a permitir a aproximação frontal e lateral por pessoas com cadeiras
de rodas, e circulação que permita o giro de 180 graus, todos estes requisitos foram atendidos
conforme informado na figura 15.
34

Figura 14 - Cadeiras Sala de Espera – Pavimento Térreo

Figura 15 - Detalhes balcão de atendimento.

3.1.1.4 Sala dos motoristas

Para este espaço utilizamos uma área de 10,92 m². Será uma sala onde os motoristas
tanto da saúde como da educação, utilizaram como espaço de descanso para períodos que não
estão em transporte. A segurança e conforto dos motoristas são pontos essenciais de
preocupação para este espaço.
35

3.1.1.5 Copa

A teoria do bem-estar no ambiente de trabalho destaca a importância de fornece um


espaço confortável para descanso e refeições dos funcionários, contribuindo para sua saúde e
satisfação no trabalho. Sendo este o principal objetivo do ambiente, adotamos uma área de
7,56 m² para este espaço.

3.1.1.6 Depósito de materiais de limpeza

O DML (depósito de materiais de limpeza) tem como função principal guardar


mantimentos, aparelhos, utensílios e materiais de limpeza. Este espaço será utilizado para
estocagem de itens específicos de limpeza e terá uma área de 6,67 m².

3.1.1.7 Lavanderia

Esta sala fica responsável em atender a necessidade de lavar ou secar peças usadas
neste pavimento como toalhas e panos de chão. Serão equipadas com tanque e máquina de
lavar para melhor execução da sua função. Para esta sala adotamos uma área de 7,09 m².

3.1.1.8 Banheiros

Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2021), banheiro é um cômodo que dispõe de


chuveiro, banheira, bacia sanitária, lavatório, espelho e demais acessórios. Este ambiente será
dividido banheiros femininos e masculinos. Além disso, o pavimento contará com banheiro
acessível feminino e masculino com área de 3,20 m² cada um, e com porta com abertura para
fora, respeitando a acessibilidade, levando em consideração o giro de 360º. Este pavimento
conta com dois banheiros (feminino e masculino) acessíveis na parte dos funcionários e outros
dois banheiros (feminino e masculino) para o público em geral, sendo eles de extrema
importância para garantir que o local seja inclusivo e acessível a todas as pessoas, incluindo
também aquelas com mobilidade reduzida. O banheiro deve atender às normas de
acessibilidade universais, com recursos como barras de apoio, vaso sanitário e pia adaptados,
espaço suficiente para manobras de cadeira de rodas e sinalização adequada. Não foram
36

dispostos chuveiros nos banheiros acessíveis. A figura 16 está demostrando a disposição


destes banheiros.

Figura 16 - Banheiros acessíveis.

Além dos banheiros acessíveis em cada pavimento, dispusemos de 01 sanitário


masculino e 01 sanitário feminino, também em cada pavimento dispondo de bacia sanitária,
lavatório comum, espelho e demais acessórios, estando de acordo com a norma NBR 9050
(ABNT, 2021), que recomenda 01 banheiro masculino + 01 banheiros feminino c/50 m de
distância ou pelo menos um por pavimento. Para saber a quantidade de banheiros públicos
que precisa em cada pavimento foi pego a população fixa que passa em cada setor, através de
dados repassados pelos responsáveis, 400 pessoas por mês passam no posto de saúde e 350
pessoas por mês na secretaria (valores repassados pela secretaria da saúde), e dividiu-se por
22 dias trabalhados. Abaixo está estipulado a quantidade de banheiros para as pessoas do
pavimento térreo:
400 pessoas
=20 pessoas por dia
22 dias

Os banheiros públicos estão de acordo com a normativa RDC 50 que recomenda para
banheiro coletivo 1 bacia sanitária e 1 lavatório para cada grupo de 6 pessoas, pois tem em
cada pavimento 5 sanitários femininos com área total de 17,88 m² e 5 masculinos com área
total de 17,88 m², totalizando 10 sanitários. Todos os banheiros acessíveis foram projetados
atendendo o giro de 360º.
37

3.1.1.9 Vestiários

Neste pavimento optamos pela colocação dos vestiários levando em consideração que
é um espaço exclusivo para funcionários do edifício e destinado a trocas de uniformes. Este
espaço será subdividido em vestiário feminino com área total de 14,70 m² e três vestiários, e
vestiário masculino com área total também de 14,70 m² com três vestiários, trazendo maior
privacidade com espaço privativo para sanitário e troca de roupa. Além disto, nesta área
foram adicionados dois sanitários acessíveis exclusivos para funcionários com área de 3,18 m²
cada um deles. Os espaços de vestiários contaram com bacia sanitária, lavatório comum,
espelho e demais acessórios. Para avaliar a quantidade suficiente para edificação, utilizamos
uma população fixa estimada de 20 mulheres e 15 homens para toda a edificação. A partir
disso, conforme a RDC n° 50, para a quantidade utilizamos o que dizia na norma que é 0,5
/funcionário/turno, sendo 25% para homens e 75% para mulheres, ou seja:

35 pessoas fixas x 0 , 5
=8 , 75=9unidades em toda a edifciação
2

O total de vestiários para toda edificação seria de 09 unidades sendo que, 06 unidades
femininas e 03 unidades masculinas. Na edificação alocamos 12 unidades de vestiários sendo
06 femininos e 06 masculinos, estando de acordo com o solicitado na resolução.

3.1.1.10 Sala dos Profissionais de Saúde

Todas as salas descritas no decorrer deste tópico além de serem espaços acessíveis
para todos os munícipes fornecendo um ambiente agradável e aconchegante para consultas. A
partir das pesquisas de áreas mínimas descritas no quadro 1 deste trabalho foi possível a
distribuição de cada espaço seguindo os tamanhos de cada ambiente. Além disso, cada sala de
profissional de saúde deve estar equipada com a tecnologia necessária para registrar
informações do paciente e apoiar uma entrega eficaz de cuidados. Optamos pela colocação de
lavatórios em algumas das salas de atendimento, levando em consideração que o profissional
tenha a necessidade de se higienizar entre uma consulta e outra. A seguir descreve-se a função
de cada espaço com suas respectivas áreas.
38

3.1.1.10.1 Fonoaudióloga

O espaço da fonoaudióloga deve estar equipado com os recursos necessários para


avaliação e terapia da comunicação oral, e escrita. Esta sala estará equipada com lavatório e o
espaço conta com uma área de 10,92 m².
3.1.1.10.2 Psicólogo (a)

O consultório do psicólogo deve ser projetado para proporcionar privacidade e


conforto para sessões de aconselhamento, destinamos uma área de 10,92 m² para este setor.

3.1.1.10.3 Clínico Geral

O consultório do clínico geral deve ser projetado para proporcionar privacidade e


conforto para as consultas e possível destinação para consultas com especialistas, destinamos
uma área de 10,92 m² para esta sala. Esta sala estará equipada de espaço destinado a uma
maca e lavatório.

3.1.1.10.4 Ginecologista

O consultório do ginecologista deve ser projetado para consultas ginecológicas e


exames de saúde da mulher e estará equipada de espaço destinado a uma maca e lavatório,
contemplando uma área de 10,92 m².

3.1.1.10.5 Pediatria

O consultório do pediatra deve ser adaptado às necessidades das crianças, incluindo


uma área de brinquedos e recursos pediátricos adequados. Esta sala terá 10,92 m² e será
equipada também com lavatório e espaço destinado a uma maca.

3.1.1.10.6 Nutricionista
39

O consultório do nutricionista deve fornecer um ambiente adequado para avaliação e


aconselhamento dietético e para este profissional distribuímos uma área de 10,92 m².
3.1.1.10.7 Fisioterapia

Esta sala fornece atendimento especializado em reabilitação física através de técnicas


também especializadas como massagens e ginastica. Para esta sala adotamos uma área de
10,92 m², e terá disponível um lavatório para higienização entre consultas.
3.1.1.11 Assistência Social

O espaço deste setor deve transmitir tranquilidade aos pacientes e tem como principal
função oferecer auxílio e apoio as pessoas da comunidade que estão enfrentando problemas
familiares de maneira a amenizar e auxiliar na resolução, sendo em forma de benefícios,
programas ou serviços específicos. Reservamos para este ambiente uma área de 10,92 m².

3.1.1.12 Almoxarifado

O almoxarifado nada mais é do que um espaço reservado à estocagem de suprimentos


dos setores. Este local será utilizado como um espaço exclusivo para armazenamento de
arquivos e materiais de trabalho. Para este setor destinamos uma área de 6,30 m².

3.1.1.13 Farmácia

Este espaço será utilizado para prestação de serviços de saúde e fornecimento de


medicamentos para a população. Segundo a NBR 9050 (ABNT, 2021), os balcões devem
estar localizados em locais de fácil acesso, sendo facilmente identificados e localizados.
Devem possuir superfície com extensão de no mínimo 0,90 m, apresentar altura entre 0,75 m
e 0,85 m da superfície do piso e largura sob a superfície de no mínimo 0,80 m, além de
apresentar altura livre sobre a superfície de no mínimo 0,73 m, e espaço livre de modo a
permitir a aproximação frontal e lateral por pessoas com cadeiras de rodas, e circulação que
permita o giro de 180 graus. Atendendo a estes critérios, dimensionamos uma área total desta
sala de 10,92 m² e detalhamos as condições da sala como mostrado na figura 17 abaixo. Neste
espaço fica restrito a entrada do público em geral, sendo que os medicamentos serão entregues
pelo balcão de atendimento também detalhado na figura 17.
40

Figura 17 - Detalhe Balcão Farmácia.

3.1.2 Primeiro Pavimento

O primeiro pavimento do edifício público da Secretaria de Saúde de Água Doce é uma


parte crucial da estrutura, desempenhando um papel central na administração e coordenação
das atividades de saúde. Este pavimento deve ser projetado de forma a melhorar a eficiência e
a acessibilidade, garantindo que todas as áreas de trabalho funcionem harmoniosamente. O
principal objetivo para este pavimento, assim como no andar superior é a criação de um
ambiente que promova eficiência, funcionalidade e acessibilidade, ao mesmo tempo em que
oferece conforto e bem-estar para a população que passar pelo pavimento. Este pavimento é o
núcleo administrativo do setor de saúde pública, por isso deve ser um local com eficiência,
acessibilidade e funcionalidade, ao mesmo tempo em que promove um ambiente agradável
para a equipe que desempenha um papel importante para comunidade. A seguir está descrito
as salas que este pavimento contempla com suas definidas áreas.

3.1.2.1 Recepção e Sala de Espera


41

Assim como no térreo, está sala é um espaço destinado a passar informações para os
visitantes. Deve ser um espaço auto informativo, acolhedor e o mais agradável possível pelo
fato de ser um espaço onde os pacientes ficam esperando pelo atendimento. Deve ser levado
em consideração o tempo que as pessoas permanecem na sala de espera, trazendo para o local,
estética, conforto e organização. As áreas adotadas para este pavimento foram de 24,84 m²
para sala de espera sendo equipada com cadeiras de espera e uma recepção de 22,40 m². Para
a sala de espera, adotamos 16 cadeiras, sendo 01 para idoso, e 01 para obeso, além disso,
destinamos um local específico para cadeirante como informado na figura 18 abaixo.
Seguido ainda a NBR 9050 (ABNT, 2021), o balcão da sala de espera também possui
especificações, dentre elas devem possuir superfície com extensão de no mínimo 0,90 m,
apresentar altura entre 0,75 m e 0,85 m da superfície do piso, apresentar largura sob a
superfície de no mínimo 0,80 m, apresentar altura livre sobre a superfície de no mínimo 0,73
m, e espaço livre de modo a permitir a aproximação frontal e lateral por pessoas com cadeiras
de rodas, e circulação que permita o giro de 180 graus, todos estes requisitos foram atendidos
conforme informado na figura 19.

Figura 18 - Sala de espera primeiro pavimento.


42

Figura 19 - Detalhes balcão de atendimento.

3.1.2.2 Copa

A copa é importante para que a equipe possa fazer refeições e pausas em seus períodos
de intervalo, promovendo seu bem-estar e eficiência. Levando em consideração os estudos
destinamos uma área de 7,56 m² para este ambiente.

3.1.2.3 Depósito de materiais de limpeza

Este depósito tem como função principal guardar mantimentos, aparelhos, utensílios e
materiais de limpeza, dotada de um tanque de lavagem. Este espaço será utilizado para
estocagem de itens específicos de limpeza e terá uma área de 6,67 m².

3.1.2.4 Lavanderia

Bem como no andar superior, está sala fica responsável em atender a necessidade de
lavar ou secar peças usadas neste pavimento como toalhas e pano de chão, será equipada com
tanque e máquina de lavar para melhor execução da sua função. Para esta sala adotamos uma
área de 7,09 m².
43

3.1.2.5 Sala de TFD, Controle de Frota e Logística de Transporte

O controle de frota desempenha um papel crucial na cooperação do transporte de


pacientes. Esta sala será destinada a conduzir os pacientes para consultas em municípios
vizinhos. Já o serviço de TDF (tratamento fora de domicílio), refere-se a atender pessoas que
possuem a necessidade de tratamento fora da cidade de Água Doce, ou seja, esta sala é
destinada a agendamentos, encaminhamentos e informações de serviços terceirizados em
cidades vizinhas. Ambos os serviços são de agendamento por isso a junção em uma única
sala. Utilizamos para estes serviços uma área de 10,92 m².

3.1.2.6 Educador Físico

A sala do educador físico deve ser equipada para consultas composição corporal e
avaliação física do paciente, atribuindo a esta sala uma área de 10,92 m².

3.1.2.7 Sala administrativa para o Secretário Municipal de Saúde e Diretor de Saúde

O escritório do Secretário Municipal de Saúde e do Diretor de Saúde tem como


principal função alocar os responsáveis pelo setor da saúde. Necessita de um espaço privativo
e adequado para realização das funções de maneira eficaz. Bem como todos os ambientes
devem estar preparados para receber além dos funcionários, os munícipes que de alguma
forma iram partilhar serviços. Ambos os profissionais possuem a função de coordenar a
secretaria, mas por questão estratégica escolhemos pela separação das salas. Separamos duas
salas sendo uma delas para o Secretário com uma área de 10,92 m² e outra para o Diretor da
Saúde com área de 10,92 m².

3.1.2.8 Sala de Autorização de Exames

A sala de autorização de exames como o próprio nome já diz é um local destinado a


encaminhamentos de exames solicitados pelos profissionais da saúde. Neste setor trabalham
pessoas autorizadas a destinar as verbas de exames a cada paciente, fornecendo atendimento
de qualidade e com o máximo de eficiência nos agendamentos. Este espaço contará com uma
área de 10,92 m².
44

3.1.2.9 Sala de Almoxarifado

O almoxarifado nada mais é do que um espaço reservado à estocagem de suprimentos


dos setores. Este local será utilizado como um espaço exclusivo para armazenamento de
arquivos e materiais de trabalho. Para este setor destinamos uma área de 6,30 m².

3.1.2.10 Coordenação de Gestão e Compras

Setor responsável pela compra e organização de mantimentos de escritórios,


garantindo eficiência e matérias de boa qualidade. Oferecemos para este setor uma área de
10,92 m².

3.1.2.11 Sala de Tesouraria e Contabilidade

Estas salas desempenham papéis similares, ou seja, trabalham com a movimentação


financeira de todos os outros setores. O que diferencia uma da outra é que a tesouraria se
responsabiliza pelo fluxo de caixa enquanto a contabilidade com o controle de patrimônios.
Portanto, essas áreas devem ser projetadas para facilitar uma gestão financeira e por isso
destinamos uma área de 10,92 m² para estes serviços.

3.1.2.12 Sala de Vigilância Sanitária, Agente de endemias, Vigilância Epidemiológica


Coleta e Vacina

Estes setores são interligados e atuam em conjunto no município. São responsáveis por
detecção e prevenção de doenças, avaliar condições de funcionamentos dos comércios locais,
e verificar riscos e danos à saúde da população. Optamos pela separação das salas mesmo
sendo serviços interligados entre si. As áreas adotadas para essas salas são de: sala de
vigilância sanitária com 10,92 m², agente de endemias 10,92 m² e vigilância epidemiológica
coleta e vacina com 10,92 m².
Para a sala de vigilância epidemiológica coleta e vacina, optamos pela colocação de
uma bancada com pia para higienização e cadeiras de espera acessíveis.
45

A escolha de uma mesa maior para a sala de agentes de endemias, devido à maior
quantidade de pessoas envolvidas, é uma decisão prática e que considera a necessidade de
colaborar com um espaço adequado para o desempenho das atividades desses profissionais.
Levamos em considerações alguns pontos como um espaço de trabalho adequado, ou seja,
uma mesa maior oferece um espaço mais amplo para que os agentes de endemias possam
realizar suas tarefas de forma confortável, isso pode incluir o relativo a documentos,
equipamentos, computadores, entre outros.

3.1.2.13 Sala de Reuniões

A sala de reunião é essencial para a equipe de saúde realizar estudos, treinamentos e


colaborações interdisciplinares e de suma importância para o edifício, e por sua vez possui
uma área de 30,24 m².

3.1.2.14 Banheiros

Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2021), banheiro é um cômodo que dispõe de


chuveiro, banheira, bacia sanitária, lavatório, espelho e demais acessórios. Este ambiente será
dividido banheiros femininos e masculinos. Além disso, o pavimento contará com banheiro
acessível feminino e masculino com área de 3,20 m² cada um, e com porta com abertura para
fora, respeitando a acessibilidade, levando em consideração o giro de 360º. Este pavimento
conta com dois banheiros (feminino e masculino) acessíveis na parte dos funcionários e outros
dois banheiros (feminino e masculino) para o público em geral, eles são de extrema
importância para garantir que o local seja inclusivo e acessível a todas as pessoas, incluindo
também aquelas com mobilidade reduzida. O banheiro deve atender às normas de
acessibilidade universais, com recursos como barras de apoio, vaso sanitário e pia adaptados,
espaço suficiente para manobras de cadeira de rodas e sinalização adequada. Não foram
dispostos chuveiros nos banheiros acessíveis. A figura 20 está demostrando a disposição
destes banheiros.
46

Figura 20 - Banheiro acessível primeiro pavimento.

Além dos banheiros acessíveis em cada pavimento, dispusemos de 01 sanitário


masculino e 01 sanitário feminino, também em cada pavimento dispondo de bacia sanitária,
lavatório comum, espelho e demais acessórios, estando de acordo com a norma NBR 9050
(ABNT, 2021), que recomenda 01 banheiro masculino + 01 banheiros feminino c/50 m de
distância ou pelo menos um por pavimento. Para saber a quantidade de banheiros públicos
que precisa em cada pavimento foi pego a população fixa que passa em cada setor, através de
dados repassados pelos responsáveis, 400 pessoas por mês passam no posto de saúde e 350
pessoas por mês na secretaria (valores repassados pela secretaria da saúde), e dividiu-se por
22 dias trabalhados.
Quantidade de banheiros para as pessoas do pavimento térreo:

350 pessoas
=16 pessoas por dia
22 dias

Os banheiros públicos estão de acordo com a normativa RDC 50 que recomenda para
banheiro coletivo 01 bacia sanitária e 01 lavatório para cada grupo de 06 pessoas, pois têm em
cada pavimento 05 sanitários femininos com área total de 17,88 m² e 05 masculinos com área
total de 17,88 m², totalizando 10 sanitários. Todos os banheiros acessíveis foram projetados
atendendo o giro de 360º.
47

3.1.2.15 Vestiários

Neste pavimento optamos pela colocação dos vestiários levando em consideração que
é um espaço exclusivo para funcionários do edifício e destinado a trocas de uniformes. Este
espaço será subdividido em vestiário feminino com área total de 14,70 m² e três vestiários, e
vestiário masculino com área total também de 14,70 m² com três vestiários, trazendo maior
privacidade com espaço privativo para sanitário e troca de roupa. Além disto, nesta área foi
adicionado dois sanitários acessíveis exclusivos para funcionários com área de 3,18 m² cada
um. Os espaços de vestiários contaram com bacia sanitária, lavatório comum, espelho e
demais acessórios. Para avaliar a quantidade suficiente para edificação, utilizamos uma
população fixa estimada de 20 mulheres e 15 homens para toda a edificação. A partir disso,
conforme a RDC n° 50, para a quantidade utilizamos o que dizia na norma que é 0,5
/funcionário/turno, sendo 25% para homens e 75% para mulheres, ou seja:

35 pessoas fixas x 0 , 5
=8 , 75=9unidades em toda a edifciação
2

O total de vestiários para toda edificação seria de 09 unidades sendo que, 06 unidades
são femininas e 03 unidades masculinas. Na edificação alocamos 12 unidades de vestiários,
sendo 06 femininos e 06 masculinos, estando de acordo com o solicitado na resolução.

3.1.3 Segundo Pavimento

O segundo pavimento do edifício da Secretaria de Saúde de Água Doce é composto


por um auditório, cuja função principal é servir como um espaço versátil para reuniões,
treinamentos, conferências e eventos relacionados à saúde pública. No entanto, como sempre,
a acessibilidade universal é uma consideração fundamental, e a presença de banheiros
acessíveis é um requisito essencial. Abaixo vamos explorar esses elementos em detalhes.

3.1.3.1 Auditório

O auditório é um espaço multifuncional projetado para acomodar uma variedade de


atividades desenvolvidas pelo município. Ele deve ser projetado de maneira flexível, com
capacidade para acomodar um número significativo de pessoas, assentos confortáveis e um
48

sistema de áudio e vídeo de alta qualidade para apresentações e palestras. As poltronas devem
ser dispostas de forma para permitir uma boa visibilidade do palco ou do pódio de onde os
palestrantes se apresentarão. Além disso, a acústica do espaço deve ser projetada para garantir
que as apresentações sejam claras e audíveis para todos os participantes. No total o auditório
possui uma área de 170,46 m² com 126 cadeiras dentre elas, 03 são para idosos e outras 03
para obesos, além disso, dispusemos de 03 espaços para PCD.

3.1.3.2 Camarim

Os camarins têm como objetivo principal acomodar possíveis grupos que iram fazer
projetos no local como apresentações e afins. Espaço destinado à organização dos promotores
do evento. Dividimos em dois espaços sendo o Camarim 01 com uma área de 14,70 m² e o
camarim 02 com área de 15,07 m².

3.1.3.3 Sala de multimídia

Esta sala tem como principal objetivo auxiliar nos métodos de transmissão do palco
sendo através de projeção de imagem e som. Destinamos uma área de 6,30 m².

3.1.3.4 Palco

O palco é um espaço destinado a apresentações dos mais variados temas, neste caso
adotaram uma área de palco de 23,40 m² com uma elevação de 7,70. Para que o espaço do
palco se tronasse acessível, foi necessária a colocação de uma plataforma de elevação com
área de 2,85 m², além da escada lateral com 04 degraus com 17,50 cm de espelho e piso de 29
cm, como demostrado na figura 21 e figura 22.
Figura 21 - Palco acessível.
49

Figura 22 - Cortes escada e plataforma de elevação.

3.1.3.5 Banheiros

Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2021), banheiro é um cômodo que dispõe de


chuveiro, banheira, bacia sanitária, lavatório, espelho e demais acessórios. Este ambiente será
dividido banheiros femininos e masculinos. Além disso, o pavimento contará com banheiro
acessível feminino e masculino com área de 3,20 m² cada um, e com porta com abertura para
fora, respeitando a acessibilidade, levando em consideração o giro de 360º. Este pavimento
conta com dois banheiros (feminino e masculino) acessíveis na parte dos funcionários e outros
dois banheiros (feminino e masculino) para o público em geral, os mesmos são de extrema
importância para garantir que o local seja inclusivo e acessível a todas as pessoas, incluindo
também aquelas com mobilidade reduzida. O banheiro deve atender às normas de
acessibilidade universais, com recursos como barras de apoio, vaso sanitário e pia adaptados,
espaço suficiente para manobras de cadeira de rodas e sinalização adequada. Não foram
dispostos chuveiros nos banheiros acessíveis. A figura 23 está demostrando a disposição
destes banheiros.
50

Figura 23 - Banheiro acessível segundo pavimento.

Os banheiros públicos estão de acordo com a normativa RDC 50 que recomenda para
banheiro coletivo 01 bacia sanitária e 01 lavatório para cada grupo de 06 pessoas, pois têm em
cada pavimento 05 sanitários femininos com área total de 17,88 m² e 05 masculinos com área
total de 17,88 m², totalizando 10 sanitários. Todos os banheiros acessíveis foram projetados
atendendo o giro de 360º.

4 ÁREA PROJETADA

Após a finalização dos projetos foi possível indicar as áreas de cada pavimento e da
área total construída. Totalizou uma área final construída de 1.534,78 m², sendo que cada um
dos pavimentos possuem uma área final de 490,66 m² e o reservatório totalizou uma área de
62,80 m². Na figura 24 demostra-se a perspectiva de edifício público para melhor
entendimento da edificação.

Figura 24 - Perspectiva Edifício Público em 3D.


51

5 PROJETO ARQUITETÔNICO

O projeto arquitetônico final do edifício público contempla as plantas baixas técnicas e


de layout, planta de situação e locação, cortes, fachadas, cobertura, além das tabelas de
esquadrias, áreas e estatísticas e detalhes de todos os pontos de acessibilidade. Abaixo estão
descritos todos os itens relacionados a acessibilidade usados para projetar a edificação com as
decisões de cada item.

5.1 ACESSIBILIDADE

O Artigo 1º da Lei nº 13.146, também conhecida como o Estatuto da Pessoa com


Deficiência, foi promulgado no Brasil em 2015. O estatuto tem como objetivo principal a
promoção da inclusão social e o reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência. Ele
estabelece diretrizes e garantias para assegurar o pleno exercício dos direitos e da cidadania
das pessoas com deficiência, visando à eliminação de barreiras e à promoção da igualdade.
A NBR 9050 (ABNT, 2021), por sua vez, é uma norma técnica brasileira desenvolvida
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que estabelece critérios e parâmetros
para a acessibilidade em diversos aspectos do ambiente, como edificações, mobiliários,
espaços públicos, equipamentos urbanos, transporte, informação e comunicação. A norma
visa garantir que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tenham a capacidade de
acesso e alcance autônomo e seguro a esses ambientes e recursos.
Portanto, o Estatuto da Pessoa com Deficiência e a NBR 9050 (Associação Brasileira
de Normas Técnicas, 2021) têm como objetivo comum promover a inclusão social e garantir o
direito ao acesso de maneira autônoma e segura para as pessoas com deficiência, contribuindo
para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.
Todo o edifício conta com ambientes acessíveis a todas as pessoas, seguindo as
especificações das normas vigentes. O edifício está equipado com mobiliário adequado,
espaços reservados para deficientes físicos, banheiros acessíveis, placas em Braille, pisos
táteis entre outros detalhes demostrados no decorrer das pranchas que contemplam este
relatório. Nos subtítulos abaixo foram representados os detalhes presentes no projeto com as
especificações de norma de cada ponto.
52

5.1.1 Pessoa com deficiência

A Lei federal nº 13.146 (BRASIL, 2015), também conhecida como o Estatuto da


Pessoa com Deficiência, define a pessoa com deficiência como aquela que possui algum tipo
de impedimento de natureza física, mental, sensorial ou intelectual que possa prejudicar a sua
igualdade de cidadania. Esta definição abrange uma ampla gama de condições e limitações
que podem afetar o pleno exercício dos direitos e a participação social das pessoas com
deficiência. O estatuto tem como objetivo garantir a igualdade de oportunidades, a inclusão
social e o pleno exercício dos direitos dessas pessoas, promovendo medidas para eliminar
barreiras e discriminações que possam existir em diversos setores da sociedade.
Por conta disso, todo o edifício está apto para recepção de PCD (pessoas com
deficiência), levando em consideração que a estrutura conta com acessos a cadeira de rodas e
espaços adequados de manobra, além de banheiros e rotas acessíveis.

5.1.2 Pessoa com mobilidade reduzida

De acordo com a Lei Federal nº 13.146 (BRASIL, 2015), (Estatuto da Pessoa com
Deficiência) do Brasil, pessoa com mobilidade reduzida é definida como aquela que,
independentemente da razão, possui dificuldades na movimentação, sejam essas dificuldades
temporárias ou permanentes, e que resultam na redução da mobilidade, da flexibilidade, da
coordenação motora ou perceptiva. Essa definição abrange um grupo diversificado de
pessoas, incluindo gestantes, lactantes, pessoas com criança de colo, idosos, obesos e qualquer
indivíduo que tenha dificuldades de locomoção ou movimentação, independentemente da
causa.
Assim como especificado acima, para este ponto o edifício também está apto para
recepção, levando em consideração que a estrutura conta com acessos e espaços adequados de
manobra, além de banheiros acessíveis.

5.1.3 Acessibilidade em edifícios públicos de uso coletivo

O Artigo 11º da Lei nº 10.098 (Lei de Acessibilidade do Brasil, de 2000) estabelece os


requisitos de acessibilidade que devem ser observados nas edificações de uso público ou
privadas destinadas ao uso coletivo. Esses requisitos visam garantir que as edificações sejam
53

acessíveis a todas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os


principais itens mencionados no Artigo 11º são os seguintes:
Nas áreas externas ou internas da edificação destinadas a garagem ou estacionamento,
deve haver reservas de vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente
sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com algum tipo de deficiência ou
mobilidade reduzida. Como já citado anteriormente, a edificação contara com vagas especiais
e para ambulância visando o cumprimento da norma.
Para que a edificação esteja de acordo com os tópicos acima reservamos duas entradas
para o edifício para que fosse ainda mais acessível à população sendo uma restrita para
funcionários, mas que também está dentro das normas de acessibilidade e outra exclusiva para
o público em geral.
A edificação também possui banheiros acessíveis, equipados com dispositivos e
acessórios que permitam o uso por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida como
barras de ferro, garantindo a sua autonomia e conforto. Dispusemos de dois (um feminino e
um masculino) banheiros acessíveis para área dos funcionários e outros dois (um feminino e
um masculino) para a área do público em geral sendo o suficiente para população que circula
no local diariamente. Para os banheiros, dispusemos em projeto os detalhes de instalações
dos acessórios.

5.1.4 Sinalização

Segundo o item 5.2 da NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2021), de modo a atender todas as pessoas, incluindo as que possuam algum tipo
de deficiência, a sinalização deve ser perceptiva, intuitiva e nítida a todos. Os sinais
classificam-se como de localização, advertência e instrução, sendo utilizada individualmente
ou combinada. A sinalização tátil no piso conforme o item 4.1 da NBR 16537
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2016), divide-se em sinalização
direcional e de alerta, as quais atendem 04 funções, que são elas: identificar perigos
(sinalização tátil alerta): indicar desníveis e/ou situações permanentes de risco; conduzir
(sinalização tátil direcional): direcionar o deslocamento seguro; mudança de direção
(sinalização tátil alerta): alertar as mudanças de direção ou opções de percursos; e marcação
de atividade (sinalização tátil direcional ou alerta): instruir o posicionamento adequado para o
uso de equipamentos ou serviços.
54

De acordo com os itens 5.2 e 5.4 da NBR 16537 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE


NORMAS TÉCNICAS, 2016), o piso tátil alerta compreende um conjunto de relevos de
seção troncocônica sobre placa, sobrepondo ou integrado ao piso adjacente. De outro modo, o
piso tátil direcional é formado por um conjunto de relevos lineares de seção troncocônica.
Conforme o item 6.3 da NBR 16537 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2016), a sinalização tátil de alerta no piso deve estar presente em áreas públicas
ou de uso comum em edificações, espaços e equipamentos urbanos, com intuito de informar a
existência de desníveis ou situações de risco, como objetos suspensos não detectáveis pela
bengala longa; orientar o posicionamento para o uso de equipamentos como elevadores,
equipamentos de autoatendimento ou serviços; informar opções de percursos ou mudanças de
direção; indicar o início e o término de escadas e rampas; indicar a existência de patamares; e
indicar o local de travessia de pedestres.
Segundo o item 7.3.3 da NBR 16537 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2016), a sinalização tátil direcional no piso deve: atender o deslocamento de
pessoas com deficiência visual aos pontos de interesse e fluxos de circulação; seguir o fluxo
das demais pessoas, evitando o confronto e cruzamento de circulações; evitar interferências
em locais de filas, áreas de permanência de pessoas e em local com bancos; e padronizar as
soluções e utilização de contrastes e relevos em um mesmo edifício.
Em todos os locais que havia necessidade, conforme a norma serão instalados os pisos
táteis visando melhor direcionamento das pessoas que possuem alguma deficiência visual.
Nas figuras abaixo (25, 26 e 27), estão dispostos os detalhes dessas sinalizações.

Figura 25 - Sinalização piso tátil (01)


55

Figura 2625 - Sinalização piso tátil (02)

Figura 27 - Sinalização piso tátil (03)

Ainda sobre sinalização, para parte do estacionamento, seguindo a normativa vigente,


as vagas de estacionamento de idosos e PCD necessitam estarem demarcadas com pintura e
placas de sinalização instaladas a 1,20 m de altura, como organizada em projeto e descrito nas
figuras 28 e 29.

Figura 2826 - Sinalização Estacionamento


56

Figura 29 - Sinalização Estacionamento

No que diz respeito ao contraste de luminância, expresso no item 5.6 da mesma


norma, a diferença entre a sinalização tátil e o piso adjacente deve ser de no mínimo 30
pontos de luminância (LRV). A Figura 30 representa as melhores combinações de contrastes.
Neste projeto em questão utilizaremos inicialmente os pisos na cor amarela, levando em
consideração que a cerâmica escolhida esteja entre as cores que melhor destacam o escolhido,
além de ser a cor que possui mais cores contrastantes. Caso haja necessidade está cor pode ser
alterada desde que conversado e autorizado pelos engenheiros responsáveis.
57

Figura 30 - Contraste de luminância

Fonte: NBR 16537 (ABNT, 2016)

De acordo com o item 5.4.3 da NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE


NORMAS TÉCNICAS, 2021), deve ser identificado com sinalização tátil (letras em Braille e
relevo) os corrimãos de escadas fixas e rampas, informando o pavimento. A sinalização deve
ser disposta no início do prolongamento horizontal do corrimão, e em sua parte superior.
Também deverá ser sinalizado de forma visual na parede, e opcionalmente, tátil. Ambas as
sinalizações estão representadas na Figura 30. Para a tradução das palavras em Braille,
utilizamos a ferramenta do software Word, com ela digitamos a palavra desejada na língua
portuguesa e em seguida troca a formatação da letra para o “Braille Kiama”, traduzindo da
forma correta. Com isso, foi possível o detalhamento de todas as placas, além dos mapas
táteis elaborados para cada um dos pavimentos, dispostos nas pranchas em anexo ao relatório
em questão e na Figura 31 e 32.

Figura 3127 - Mapa Tátil


58

Figura 32 - Sinalização de Ambientes.


59

Figura 33 - Sinalização – Vista lateral (a) e Vista superior (b)

Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2021)

Conforme as diretrizes da NBR 9050, (2021) a sinalização tátil de alerta deve ser
aplicada em todos os elevadores e plataformas de elevação vertical. Essa sinalização deve
cobrir a largura do vão (projeção) da porta do equipamento, como indicado em projeto. A
sinalização de alerta tem a finalidade de informar quanto à proximidade desses equipamentos
e orientar as pessoas com deficiência visual sobre o posicionamento adequado para acionar a
botoeira do elevador ou plataforma de elevação vertical. Todos os quesitos da norma foram
atendidos na realização do projeto de acessibilidade.
A sinalização do espaço destinado para pessoa com mobilidade reduzida (P.C.R.),
deve ter as dimensões de um M.R. (Módulo de Referência), que é um espaço projetado para
acomodar uma pessoa em cadeira de rodas. Essa sinalização também se aplica às áreas de
resgate, que são espaços seguros onde as pessoas com mobilidade reduzida podem aguardar
assistência em caso de emergência. Em locais de atendimento público, como edifícios
comerciais, instituições públicas e privadas é necessário garantir pelo menos um espaço
destinado para P.C.R. Isso é fundamental para assegurar a acessibilidade e a inclusão de
pessoas com mobilidade reduzida em espaços públicos, garantindo que elas tenham acesso
aos serviços e instalações.
Todos os espaços da edificação foram planejados com espaços destinados a módulo de
referência, ou seja, todos os espaços estão aptos a assistência em caso de alguma emergência.
A figura 34, 35, 36 e 37 demostra como ficou à disposição do piso tátil na escada e elevadores
e entrada de todos os pavimentos, conforme exigências das normas descritas acima.
60

Figura 3428 - Piso Tátil Escada e Elevador Pavimento Térreo

Figura 3529 - Piso Tátil Escada e Elevador Primeiro Pavimento


61

Figura 36- Piso Tátil Escada e Elevador Segundo Pavimento

Figura 37 - Sinalização de Portas

Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2021)


62

5.1.5 Travessia de pedestres

Conforme as diretrizes da (NBR 9050, 2021) os locais de travessia, como faixas de


pedestres, devem incluir sinalização tátil de alerta no piso. Essa sinalização deve ser
posicionada de maneira a orientar o deslocamento das pessoas com deficiência visual,
permitindo que elas identifiquem a presença da travessia com segurança.
Além disso, o dimensionamento dos rebaixamentos de calçadas, que são utilizados
para facilitar a travessia de pedestres, deve seguir as especificações da (ABNT NBR 9050,
2021). Isso garante que os rebaixamentos sejam projetados de forma a atender às necessidades
de acessibilidade e segurança para pessoas com mobilidade reduzida, incluindo aquelas com
deficiência visual.

5.1.6 Rota acessível e de fuga

De acordo com a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2021), uma rota acessível é um trajeto contínuo, claramente sinalizado e livre de
obstáculos, que conecte os ambientes internos e externos dos espaços de uma edificação. A
rota acessível externa abrange elementos como estacionamentos, calçadas, faixas de
pedestres, escadas, rampas, passarelas e outros componentes de circulação. Já a rota acessível
interna consiste em corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores e outros dispositivos
similares.
Consoante a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2021), a rota de fuga deve cumprir as normas relevantes relacionadas a saídas de emergência,
prevenção contra incêndios e situações de pânico. É possível que a rota de fuga coincida com
a rota acessível, desde que ambas atendam aos requisitos de segurança necessários para
garantir a evacuação eficaz em caso de emergência.
Ainda conforme a norma citada às rotas de fuga e saídas de emergência devem ser
devidamente sinalizadas para permitir a localização, advertência e instruções em emergências.
Isso deve incluir informações visuais, sonoras e táteis, conforme estão no projeto. Utilizamos
um espaço ao lado do elevador para as rotas de fugas, realizando o detalhamento em projeto
com dimensões obrigatórias.
63

5.1.6.1 Escadas

Conforme a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,


2015), uma escada é definida como uma sequência de três degraus ou mais. As dimensões dos
pisos e espelhos devem ser uniformes em toda a escada ou degraus isolados. No
dimensionamento, a relação entre a dimensão do piso (entre 0,28 m e 0,32 m) e duas vezes a
dimensão do espelho (entre 0,16 m e 0,18 m) deve estar compreendida entre 0,63 m e 0,65 m.
A largura da escada deve ser determinada em consideração ao fluxo de pessoas, com a
largura mínima para rotas acessíveis estabelecida em 1,20 metros. Além disso, a escada deve
contar com uma guia de balizamento com altura mínima de 5 centímetros, corrimãos em
ambos os lados, com duas alturas de 0,92 metros e 0,70 metros em relação ao piso acabado, e
um guarda-corpo com altura interna mínima de 1,05 metros, podendo ser reduzida para até
0,92 metros. Essas medidas garantem a acessibilidade e segurança das escadas para todos os
usuários.
Para nosso empreendimento adotamos para escada um espelho de 0,29 metros e em
todos os degraus optamos pela colocação de um sinalizador de dimensões de 7x3 cm como
detalhado nas pranchas em anexo e na Figura 38.

Figura 38 - Detalhe sinalização escada

Além disso, todas as escadas contam com guarda corpo em aço galvanizado tubular de
diâmetro de 1 ½” composto por fechamento em tela de aço galvanizado com abertura de 5x5
cm e corrimão também em aço galvanizado tubular de diâmetro de 1 ½” instalados em duas
alturas sendo elas 70 cm e 92 cm contando do nível do piso como mostrado na figura 39 e 40.
64

Figura 39 - Detalhes Guarda-Corpo e Corrimão (01)

Figura 40 - Detalhes Guarda-Corpo e Corrimão (02)


65

5.1.6.2 Mobiliários

De acordo com a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2015), é recomendado que todo o mobiliário seja projetado de acordo com os
princípios do desenho universal para garantir a acessibilidade. Balcões de atendimento devem
estar localizados em rotas acessíveis e ser facilmente identificáveis. Eles devem ter uma
largura mínima de 0,90 metros e uma altura entre 0,75 e 0,85 metros em relação ao piso
acabado, garantindo uma largura mínima livre de 0,80 metros para permitir a passagem de
cadeiras de rodas.
A altura mínima sob o tampo do balcão de 0,73 metros e a profundidade livre mínima
de 0,30 metros são parâmetros essenciais para permitir que a parte frontal da cadeira de rodas
(PCR) possa avançar sob o balcão, garantindo o conforto e a acessibilidade para pessoas com
mobilidade reduzida. Essas diretrizes visam assegurar que o mobiliário seja inclusivo e atenda
às necessidades de uma ampla gama de usuários, promovendo a acessibilidade e a igualdade
de acesso em espaços públicos e privados.
Essas diretrizes visam proporcionar acesso e conforto adequados para pessoas com
mobilidade reduzida em ambientes públicos, como teatros, cinemas, estádios e outros espaços
de entretenimento e lazer. Para estar dentro de todas as especificações da norma, seguimos as
dimensões mínimas, mantendo os locais totalmente acessíveis. Abaixo na figura 41, esta as
dimensões mínimas a serem utilizadas para o mobiliário.

Figura 41 - Dimensões mobiliários

Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2021).


66

5.1.6.3 Bebedouros

Conforme a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,


2021), ao utilizar o bebedouro de bica, este deve ser do tipo jato inclinado, localizado na
frente do bebedouro, o que permite a utilização por meio de copos, e deve ser de fácil
higienização. Os bebedouros devem ser instalados com pelo menos duas alturas diferentes:
uma de 0,90 metros e outra entre 1,00 m e 1,10 m em relação ao piso acabado. Além disso, a
altura livre inferior deve ser de no mínimo 0,73 metros a partir do piso acabado.
Para bebedouros de garrafão e outros modelos, o acionamento deve estar situado entre
0,80 metros e 1,20 metros de altura em relação ao piso acabado. Isso permite a aproximação
lateral de pessoas com mobilidade reduzida, como aquelas que usam cadeira de rodas, para
acessar e utilizar o bebedouro com facilidade. Essas medidas visam garantir que as instalações
de bebedouros sejam acessíveis a todos os usuários, independentemente de suas necessidades
de mobilidade. Na figura 42 estão demostrados os detalhes dos bebedouros que serão
instalados na edificação.

Figura 42 - Vista frontal bebedouro


67

O projeto em questão está situado no Apêndice A e é composto pelas seguintes


pranchas:
 Prancha ARQ 01/12: Locação Atual Subsolo, Térreo, Planta Baixa Terreno.
 Prancha ARQ 02/12: Planta Baixa Atual Subsolo, Térreo, Cortes, Demolição.
 Prancha ARQ 03/12: Planta de Locação, Planta de Localização, Detalhes.
 Prancha ARQ 04/12: Planta Baixa Térreo, Corte AA, Legenda de
Revestimento, Tabela de Esquadrias.
 Prancha ARQ 05/12: Planta Baixa 1º Pavimento, Corte BB, Legenda de
Revestimento, Tabela de Esquadrias, Detalhes.
 Prancha ARQ 06/12: Planta Baixa 2º Pavimento, Planta Baixa Res/Casa de
Máq, Corte CC, Legenda de Revestimento, Tabela de Esquadrias, Detalhes.
 Prancha ARQ 07/12: Planta de Cobertura, Corte DD, Detalhes.
 Prancha ARQ 08/12: Fachadas, Imagens em 3D.
 Prancha ARQ 09/12: Planta de Localização, Acessibilidade, Detalhes.
 Prancha ARQ 10/12: Planta Baixa Térreo - Layout, Detalhes.
 Prancha ARQ 11/12: Planta Baixa 1° Pavimento - Layout, Detalhes.
 Prancha ARQ 12/12: Planta Baixa 2° Pavimento - Layout, Detalhes, Setores de
Fuga.

6 DIMENSIONAMENTO HIDROSSANITÁRIO

Este tópico será destinado a descrever os processos utilizados para realização do


projeto hidrossanitário, fazendo parte disso todo dimensionamento de água, esgoto e pluvial
da edificação.

6.1 REDE DE ESGOTO SANITÁRIO

6.1.1 Dimensionamento Dos Ramais De Esgoto

Os ramais de esgoto foram dimensionados a partir da Tabela 3 e da Tabela 4 da Norma


Brasileira Regulamentadora 8160 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 1999), que estão representadas na Tabela 3 e Tabela 4. A partir dessas tabelas,
arbitraram-se os diâmetros das saídas dos equipamentos sanitários e dimensionaram-se os
68

trechos das tubulações. O dimensionamento partiu do número de Unidades Hunter de


Contribuição (UHC) e da capacidade das tubulações.

Tabela 3 - Tabela 3 da NBR 8160

Fonte: ABNT (1999).


Tabela 4 - Tabela 4 da NBR 8160

Fonte: ABNT (1999).


69

Tabela 5 - Tabela 5 da NBR 8160

Fonte: ABNT (1999).

Os tubos de queda (TQE) da edificação estão identificados em projeto pelos números


de 1 a 8 (TQE-01 a TQ08). No quadro 2 pode-se verificar o dimensionamento dos trechos de
tubulações.

Quadro 2 - Dimensionamento do sistema sanitário


TQE Equipamento (os) Número de UHC Diâmetro (mm)

01 6 VS + 6 LAV 6x6 + 6x2 = 48 100

02 21 VS + 30 LAV 21x6+ 30x2 = 186 100


03 15 VS 15x6 = 90 100
04 6 VS + 6 LAV 6x6 + 6x2 = 48 100
05 6 VS + 6 LAV 6x6 + 6x2 = 48 100
06 2 TQ + 2ML +3 LAV 2x3 + 2x2 + 3x2 = 16 75 (adotado 100 mm por padronização)
07 3 LAV 3x2 = 6 50
08 2 PIA 2x3= 6 50

6.1.2 Caixa De Gordura

De acordo com o item 5.1.5.1 da NBR 8160 (ABNT, 1999), quando há coleta de
apenas uma cozinha, pode ser usada à caixa de gordura pequena ou a caixa de gordura
simples. Portanto, utilizou-se uma caixa de gordura simples, de PVC na cor cinza, com tampa.
A caixa de gordura será cilíndrica com DN interno de 40 cm e capacidade de retenção de 18
litros, conforme solicita a normativa.
70

6.1.3 Dimensionamento Da Fossa Séptica

O dimensionamento do tanque séptico seguiu a fórmula estabelecida pela NBR 7229


(ABNT, 1997), conforme indicada pela equação abaixo:

V =1000+ N x (C x T + K x Lf )
Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia
(conforme Tabela 1 da NBR 7229/1993)
T = período de detenção, em dias (conforme Tabela 2 da NBR 7229/1993)
K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de
acumulação de lodo fresco (conforme Tabela 3 da NBR 7229/1993)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x
dia (conforme Tabela 1 da NBR 7229/1993).

Para o dimensionamento, pode-se compartimentar a edificação visto que o térreo e o


primeiro pavimento possuem ocupantes temporários em edifícios públicos e segundo
pavimento apresenta ocupantes temporários em edifícios do tipo curta permanência, como
cinemas, teatros e auditórios. Portanto, teremos:

6.1.3.1 Pavimento Térreo e Primeiro Pavimento

A população leva em conta a quantidade de funcionários no posto de saúde e na


secretaria de saúde, sendo essa um total de 35 pessoas entre ambas as ocupações. Já a
população variável leva em consideração os dados repassados pela secretaria de saúde com
relação ao número de pessoas atendidas por mês em ambas às ocupações, sendo de 750
pessoas atendidas mensalmente. Esses atendimentos se subdividem em 400 pessoas no posto
de saúde e 350 pessoas na secretaria de saúde. Com isso, dividindo-se as quantidades pelos
dias de atendimento em um mês, chegamos a um total de 35 pessoas atendidas por dia em
cada um dos ambientes. Os cálculos para estas informações estão apresentados na Tabela 6
abaixo.
71

Tabela 6 - Dimensionamento do tanque séptico


Parâmetro Valor Justificativa
N (pessoas) 70 Conforme legislação vigente
Conforme tabela 1 da NBR 7229 - Para edificação
Lf (litro/pessoa x dia) 0,20
de padrão médio.
C (litro/pessoa x dia) 50 Conforme tabela 1 da NBR 7229
Conforme tabela 2 da NBR 7229 – De 300L a
T (dia) 0,83
4500L de contribuição.
Considerando tempo de limpeza de 01 ano
K 65
(Estabelecido pelo projetista e proprietários);
V = 1000 + N x (C x T + K x Lf)
Cálculo V= 1000 + 70 x (50 x 0,83 + 65 x 0,20)
V= 4.815 litros

6.1.3.2 Auditório

O auditório possui 129 lugares marcados. O cálculo pode ser verificado na Tabela 7
abaixo:

Tabela 7 - Dimensionamento do tanque séptico (Auditório)


Parâmetro Valo Justificativa
r
N (pessoas) 129 Conforme legislação vigente
Conforme tabela 1 da NBR 7229 - Para edificação de
Lf (litro/pessoa x dia) 0,02
padrão médio.
C (litro/pessoa x dia) 2 Conforme tabela 1 da NBR 7229
Conforme tabela 2 da NBR 7229 – De 300L a 4500L
T (dia) 1
de contribuição.
Considerando tempo de limpeza de 1 ano
K 65
(Estabelecido pelo projetista e proprietários);
Cálculo V = 1000 + N x (C x T + K x Lf)
72

V= 1000 + 129 x (2 x 1 + 65 x 0,02)


V= 1.425 litros

Após a análise dos resultados observamos e adotamos que para o uso como fossa
séptica, empregou-se um biorreator com capacidade de 6.500 litros.

6.1.4 Dimensionamento Do Filtro Anaeróbio

O dimensionamento do filtro anaeróbico seguiu a fórmula estabelecida pela equação


abaixo:
V =1 , 65 x N x C x T
Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia
(conforme Tabela 1 da NBR 7229/1993)
T = período de detenção, em dias (conforme Tabela 2 da NBR 7229/1993)

Para o dimensionamento, pode-se compartimentar a edificação visto que o térreo e o


primeiro pavimento possuem ocupantes temporários em edifícios públicos e o segundo
pavimento apresenta ocupantes temporários em edifícios do tipo curta permanência, como
cinemas, teatros e auditórios.

6.1.4.1 Pavimento Térreo e Primeiro Pavimento

A população leva em conta a quantidade de funcionários no posto de saúde e na


secretaria de saúde, sendo essa um total de 35 pessoas entre ambas as ocupações. Já a
população variável leva em consideração os dados repassados pela secretaria de saúde com
relação ao número de pessoas atendidas por mês em ambas às ocupações, sendo de 750
pessoas atendidas mensalmente. Esses atendimentos se subdividem em 400 pessoas no posto
de saúde e 350 pessoas na secretaria de saúde. Com isso, dividindo a quantidade pelos dias de
73

atendimento em um mês chegou a um total de 35 pessoas atendidas por dia em cada um dos
ambientes. O cálculo pode ser verificado na Tabela 8 abaixo:

Tabela 8 - Dimensionamento do filtro anaeróbio


Parâmetro Valor Justificativa
N (pessoas) 70 Conforme legislação vigente - Plano diretor
C (litro/pessoa x
50 Conforme tabela 1 da NBR 7229
dia)
T (dia) 0,83 Conforme tabela 2 da NBR 7229 - Até 1500L de contribuição.
V = 1,60 x N x C x T
Cálculo V= 1,60 x 70 x 50 x 0,83
V= 4.648 litros

6.1.4.2 Auditório

O auditório possui 129 lugares marcados. O cálculo pode ser verificado na Tabela 9
abaixo:

Tabela 9 - Dimensionamento do filtro anaeróbio (Auditório)


Parâmetro Valor Justificativa
N (pessoas) 29 Conforme legislação vigente - Plano diretor
C (litro/pessoa x
2 Conforme tabela 1 da NBR 7229
dia)
Conforme tabela 2 da NBR 7229 - Até 1500L de
T (dia) 1
contribuição.
V = 1,60 x N x C x T
Cálculo V= 1,60 x 129 x 2 x 1
V= 5.061 litros

Para o uso como filtro anaeróbio, empregou-se um biofiltro com capacidade de 6.500
litros (mesma capacidade do biorreator).
74

6.1.5 Dimensionamento Do Sumidouro

O dimensionamento do sumidouro seguiu a fórmula estabelecida pela equação abaixo:

A=( N x C ) /Ci
Onde:
A= Área de infiltração
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia
(conforme Tabela 1 da NBR 7229/1993)
Ci = Coeficiente de infiltração ou percolação

Para o dimensionamento, pode-se compartimentar a edificação visto que o térreo e o


primeiro pavimento possuem ocupantes temporários em edifícios públicos e o segundo
pavimento apresenta ocupantes temporários em edifícios do tipo curta permanência, como
cinemas, teatros e auditórios.

6.1.5.1 Pavimento Térreo e Primeiro Pavimento

A população leva em conta a quantidade de funcionários no posto de saúde e na


secretaria de saúde, sendo essa um total de 35 pessoas entre ambas as ocupações. Já a
população variável leva em consideração os dados repassados pela secretaria de saúde com
relação ao número de pessoas atendidas por mês em ambas às ocupações, sendo de 750
pessoas atendidas mensalmente. Esses atendimentos se subdividem em 400 pessoas no posto
de saúde e 350 pessoas na secretaria de saúde. Com isso, realizando a divisão da quantidade
pelos dias de atendimento em um mês chegou a um total de 35 pessoas atendidas por dia em
cada um dos ambientes. O cálculo está descrito na Tabela 10.

Tabela 102 - Dimensionamento do Sumidouro


Parâmetro Valor Justificativa
N (pessoas) 70 Conforme legislação vigente - Plano diretor
C (litro/pessoa x 50 Conforme tabela 1 da NBR 7229
75

dia)
Coeficiente estimado para uma Argila Siltosa
Ci (L/m² x dia) 60
conforme a bibliografia
A = (N x C)/ Ci
Cálculo V= (70x50)/60
V= 58,33 m²

6.1.5.2 Auditório

O auditório possui 129 lugares marcados. O cálculo pode ser verificado na Tabela 11
abaixo:

Tabela 11 - Dimensionamento do Sumidouro (Auditório)


Parâmetro Valor Justificativa
N (pessoas) 129 Conforme legislação vigente - Plano diretor
C (litro/pessoa x dia) 2 Conforme tabela 1 da NBR 7229
Coeficiente estimado para uma Argila Siltosa conforme a
Ci (L/m² x dia) 60
bibliografia
A = (N x C)/ Ci
Cálculo V= (129x2)/60
V= 4,30 m²

O sumidouro necessita de uma área de infiltração de 62,63m² foi arbitrado com


medidas internas de 4,00 x 4,00 metros e profundidade de 3,00 m (abaixo do tubo de entrada).
Deve-se prever estrutura em concreto armado para o sumidouro.
Portanto:
Área lateral: 2 x (4,00 + 4,00) x 3,00 = 48,00 m²
Área de fundo: 4 x 4 = 16,00 m²
Total: 64,00 m²

6.2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA


76

Para o dimensionamento das tubulações de água fria, utilizou-se o ábaco apresentado


por Creder (2006), o qual pode ser verificado na Figura 43 abaixo.
O ábaco leva em consideração o peso e as vazões na tubulação, associando a
capacidade máxima na tubulação de PVC (diâmetro).

Figura 43 - Ábaco para o dimensionamento das Instalações de água fria

Fonte: Creder (2006)

6.2.1 Dimensionamento Reservatório

O dimensionamento do reservatório levou em consideração a população fixa e variável


da edificação. A população leva em conta a quantidade de funcionários no posto de saúde e na
secretaria de saúde, sendo essa um total de 35 pessoas entre ambas as ocupações. Já a
população variável leva em consideração os dados repassados pela secretaria de saúde com
77

relação ao número de pessoas atendidas por mês em ambas às ocupações, sendo de 750
pessoas atendidas mensalmente. Esses atendimentos se subdividem em 400 pessoas no posto
de saúde e 350 pessoas na secretaria de saúde. Com isso, realizando a divisão da quantidade
pelos dias de atendimento em um mês chegou a um total de 35 pessoas atendidas por dia em
cada um dos ambientes. A população total da edificação será de 70 pessoas diariamente.
Utilizou-se o critério de consumo de 50 litros/pessoa conforme exposto pela
bibliografia de Creder (2006), para edifícios públicos e para o auditório utilizou-se o consumo
de 2 litros/lugar conforme bibliografia de Gukovas. Portanto, o consumo (C) foi estabelecido
pelo cálculo da Tabela 12.

Tabela 12 - Dimensionamento Reservatório


Uso Parâmetro Quantidade Volume (L)
Posto de saúde 50 litros/pessoa 39 pessoas 1.950
Secretaria de saúde 50 litros/pessoa 31 pessoas 1.550
Auditório 2 litros/lugar 129 lugares 258
Total 3.758

Portanto, adotou-se um reservatório de polietileno com capacidade para 10.000 litros


visto que o consumo da edificação é de 3.758 litros e a reserva técnica de incêndio deverá ser
de 5.000 litros segundo a Tabela 4 da IN 007 (CBMSC, 2022).

6.2.1.1 Dimensionamento Entrada (Hidrômetro – Reservatório)

O dimensionamento da rede do hidrômetro até a caixa d’água seguiu a equação


abaixo. A partir disso efetuamos o cálculo que está descrito na Tabela 13.

CD
Q=
T
Onde:
Q = Vazão diária em L/s
CD= Consumo diário em L/s
T= Abastecimento de água para um dia (s)
78

Tabela 133 - Dimensionamento da entrada (hidrômetro-reservatório)


Parâmetro Valor
CD (litro/s) 3.758
T (s) 86400 (24 horas)
Q= CD / T
Cálculo Q= 3.758/86400
Q= 0,0435 litros/s

Considerando a vazão de 0,0435 litros/s, através do ábaco da Figura 25 adotou-se o


diâmetro mínimo para a tubulação de 25 mm.

6.2.1.2 Dimensionamento Dos Trechos De Tubulação

Para o dimensionamento dos trechos das tubulações utilizou-se as informações da


NBR 5626 (ABNT, 2020), conforme apresentado na Figura 44 abaixo.

Figura 44 - Dados de dimensionamento

Fonte: NBR 5626 (2020)


79

Salienta-se que, para todos os casos, o diâmetro mínimo utilizado para as tubulações
de água fria foi de 25 mm.
O dimensionamento de cada trecho (representado por numerais no projeto) está
disposto nas 14 a 16.

Tabela 144 - Dimensionamento da rede de água fria Térreo


PAVIMENTO TÉRREO
PESO D D
APARELHO QUANT. TOTAL Q
TRECHO RELATIVO calculado adotado
10.1 Bacia Sanitária 0,3 3 0,9 0,2846 10,9905 25
10.2 Lavatório 0,3 3 0,9 0,2846 10,9905 25
Bacia Sanitária 0,3 3 0,9
11.10 0,5692 15,5429 25
Lavatório 0,3 3 0,9
Bacia Sanitária 0,3 2 0,6
11.3 0,4648 14,0446 25
Lavatório 0,3 2 0,6
Tanque 0,7 1 0,7
11.24 0,5510 15,2922 25
Máquina de lavar 1,0 1 1
14.4 Lavatório 0,3 3 0,9 0,2846 10,9905 25
14.25 Pia 0,7 3 2,1 0,4347 13,5834 25
15.5 Bacia Sanitária 0,3 3 0,9 0,2846 10,9905 25
16.6 Lavatório 0,3 1 0,3 0,1643 8,3509 25
16.26 Lavatório 0,3 1 0,3 0,1643 8,3509 25
17.7 Lavatório 0,3 1 0,3 0,1643 8,3509 25
17.27 Lavatório 0,3 1 0,3 0,1643 8,3509 25
18.8 Lavatório 0,3 1 0,3 0,1643 8,3509 25
12.9 Bacia Sanitária 0,3 5 1,5 0,3674 12,4876 25
12.13 Lavatório 0,3 4 1,2 0,3286 11,8100 25
Bacia Sanitária 0,3 5 1,5
19.12 0,6961 17,1877 25
Lavatório 0,3 4 1,2
Bacia Sanitária 0,3 2 0,6
20.21 0,4648 14,0446 25
Lavatório 0,3 2 0,6
22.23 Lavatório 0,3 4 1,2 0,3286 11,8100 25
19.28 Bebedouro 0,1 1 0,1 0,0949 6,3453 25
29.30 Bacia Sanitária 0,3 5 1,5 0,3674 12,4876 25
Bacia Sanitária 0,3 5 1,5
Lavatório 0,3 5 1,5
14.11 1,2858 23,3609 25
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 5 1,5
Lavatório 0,3 8 2,4
15.14 1,6342 26,3357 32
Pia 0,7 1 0,7
Tanque 0,7 1 0,7
80

Máquina de lavar 1,0 1 1


Bacia Sanitária 0,3 8 2,4
Lavatório 0,3 8 2,4
16.15 Pia 0,7 1 0,7 1,7315 27,1086 32
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 8 2,4
Lavatório 0,3 10 3
17.16 Pia 0,7 1 0,7 1,7864 27,5347 32
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 8 2,4
Lavatório 0,3 12 3,6
18.17 Pia 0,7 1 0,7 1,8360 27,9143 32
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 8 2,4
Lavatório 0,3 13 3,9
Bebedouro 0,1 1 0,1
19.18 1,9541 28,7982 32
Pia 0,7 1 0,7
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 13 3,9
Lavatório 0,3 17 5,1
Bebedouro 0,1 1 0,1
20.19 2,1668 30,3253 32
Pia 0,7 1 0,7
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 15 4,5
Lavatório 0,3 19 5,7
Bebedouro 0,1 1 0,1
22.20 2,2495 30,8985 32
Pia 0,7 1 0,7
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 15 4,5
Lavatório 0,3 19 5,7
Bebedouro 0,1 1 0,1
29.22 2,2495 30,8985 40
Pia 0,7 1 0,7
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
A.29 Bacia Sanitária 0,3 20 6 2,4197 32,0464 40
Lavatório 0,3 23 6,9
Bebedouro 0,1 1 0,1
81

Pia 0,7 1 0,7


Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1

Tabela 15 - Dimensionamento rede de água fria primeiro pavimento


PRIMEIRO PAVIMENTO
TRECH PESO QUANT TOTA D D
APARELHO Q
O RELATIVO . L calculado adotado
0,284
11.1 Bacia Sanitária 0,3 3 0,9 10,9905 25
6
0,284
11.2 Lavatório 0,3 3 0,9 10,9905 25
6
Bacia Sanitária 0,3 3 0,9 0,569
12.11 15,5429 25
Lavatório 0,3 3 0,9 2
Bacia Sanitária 0,3 2 0,6 0,464
12.3 14,0446 25
Lavatório 0,3 2 0,6 8
Tanque 0,7 1 0,7 0,551
11.24 15,2922 25
Máquina de lavar 1,0 1 1 0
0,284
13.4 Lavatório 0,3 3 0,9 10,9905 25
6
0,434
14.25 Pia 0,7 3 2,1 13,5834 25
7
0,284
15.5 Bacia Sanitária 0,3 3 0,9 10,9905 25
6
0,164
16.6 Lavatório 0,3 1 0,3 8,3509 25
3
0,164
17.7 Lavatório 0,3 1 0,3 8,3509 25
3
0,094
18 Bebedouro 0,1 1 0,1 6,3453 25
9
0,367
9.8 Bacia Sanitária 0,3 5 1,5 12,4876 25
4
0,328
9.10 Lavatório 0,3 4 1,2 11,8100 25
6
Bacia Sanitária 0,3 5 1,5 0,696
19.9 17,1877 25
Lavatório 0,3 4 1,2 1
Bacia Sanitária 0,3 2 0,6 0,464
20.21 14,0446 25
Lavatório 0,3 2 0,6 8
0,328
22.23 Lavatório 0,3 4 1,2 11,8100 25
6
0,367
26.27 Bacia Sanitária 0,3 5 1,5 12,4876 25
4
Bacia Sanitária 0,3 3 0,9
1,120
12.11 Lavatório 0,3 3 0,9 21,8044 25
2
Tanque 0,7 1 0,7
82

Máquina de lavar 1,0 1 1


Bacia Sanitária 0,3 5 1,5
Lavatório 0,3 5 1,5 1,285
13.12 23,3609 25
Tanque 0,7 1 0,7 8
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 5 1,5
Lavatório 0,3 8 2,4 1,383
14.13 24,2289 25
Tanque 0,7 1 0,7 2
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 5 1,5
Lavatório 0,3 8 2,4
1,634
15.14 Pia 0,7 1 0,7 26,3357 32
2
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 8 2,4
Lavatório 0,3 8 2,4
1,731
16.15 Pia 0,7 1 0,7 27,1086 32
5
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 8 2,4
Lavatório 0,3 9 2,7
1,759
17.16 Pia 0,7 1 0,7 27,3284 32
7
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 8 2,4
Lavatório 0,3 10 3
Bebedouro 0,1 1 0,1 1,881
19.17 28,2564 32
Pia 0,7 1 0,7 2
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 13 3,9
Lavatório 0,3 14 4,2
Bebedouro 0,1 1 0,1 2,104
20.19 29,8835 32
Pia 0,7 1 0,7 1
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 15 4,5
Lavatório 0,3 16 4,8
Bebedouro 0,1 1 0,1 2,190
22.20 30,4908 32
Pia 0,7 1 0,7 5
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
26.22 Bacia Sanitária 0,3 15 4,5 2,268 31,0260 32
83

Lavatório 0,3 20 6
Bebedouro 0,1 1 0,1
Pia 0,7 1 0,7 1
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1
Bacia Sanitária 0,3 20 6
Lavatório 0,3 20 6
Bebedouro 0,1 1 0,1 2,366
B.26 31,6922 32
Pia 0,7 1 0,7 6
Tanque 0,7 1 0,7
Máquina de lavar 1,0 1 1

Tabela 165 - Dimensionamento rede de água fria segundo pavimento


SEGUNDO PAVIMENTO
PESO QUANT TOTA D D
APARELHO Q
TRECHO RELATIVO . L calculado adotado
Bacia Sanitária 0,3 2 0,6 0,464
7.1 14,0446 20
Lavatório 0,3 2 0,6 8
0,367
4.2 Bacia Sanitária 0,3 5 1,5 12,4876 20
4
0,094
4.3 Bebedouro 0,1 1 0,1 6,3453 20
9
Bebedouro 0,1 1 0,1 0,462
5.4 14,0072 20
Bacia Sanitária 0,3 5 1,5 3
0,328
5.6 Lavatório 0,3 4 1,2 11,8100 20
6
Bacia Sanitária 0,3 5 1,5
0,790
5.7 Lavatório 0,3 4 1,2 18,3215 20
9
Bebedouro 0,1 1 0,1
Bacia Sanitária 0,3 7 2,1
0,932
8.7 Lavatório 0,3 6 1,8 19,8896 20
1
Bebedouro 0,1 1 0,1
Bacia Sanitária 0,3 2 0,6 0,464
8.9 14,0446 20
Lavatório 0,3 2 0,6 8
0,328
10.11 Lavatório 0,3 4 1,2 11,8100 20
6
0,094
12.13 Bebedouro 0,1 1 0,1 6,3453 20
9
0,367
14.15 Bacia Sanitária 0,3 5 1,5 12,4876 20
4
Bacia Sanitária 0,3 9 2,7
1,052
10.8 Lavatório 0,3 8 2,4 21,1359 25
6
Bebedouro 0,1 1 0,1
12.10 Bacia Sanitária 0,3 9 2,7 1,157 22,1598 25
84

Lavatório 0,3 12 3,6


0
Bebedouro 0,1 1 0,1
Bacia Sanitária 0,3 9 2,7
1,196
14.12 Lavatório 0,3 12 3,6 22,5330 25
3
Bebedouro 0,1 2 0,2
Bacia Sanitária 0,3 14 4,2
1,318
C.14 Lavatório 0,3 12 3,6 23,6529 25
2
Bebedouro 0,1 2 0,2

6.3 ÁGUA PLUVIAL

6.3.1 Áreas de Contribuição do Telhado

Para o cálculo da área do telhado utilizamos a equação descrita abaixo e


representamos os resultados na Tabela 17.

i
At= Ap x (1+ )
2
Onde:
At= Área do telhado
Ap= Área da projeção horizontal do telhado
i= Inclinação do telhado

Tabela 17 - Cálculo área do telhado


Água Parâmetro Valor
Ap (m²) 4,00x6,00= 24,00
i (%) 20
1 At= Ap x (1+ i/2)
Cálculo At= 24,00 x (1+0,2/2)
At= 26,40 m²
2 Ap (m²) 1,50x6,00= 9,00
i (%) 20
Cálculo At= Ap x (1+ i/2)
At= 9,0x (1+0,2/2)
85

At= 9,90 m²

6.3.2 Dimensionamento dos Condutores Verticais

A partir das áreas de contribuição das águas do telhado, foram determinadas as vazões
de projeto correspondentes, pela equação abaixo, conforme a NBR 10844 (ABNT, 1989). E
os resultados obtidos através dela estão descritos na Tabela 18 abaixo.

( At x I )
Q=
60

Onde:
Q = Vazão
At = Área do telhado
I= Intensidade pluviométrica - Conforme a NBR 10844 (ABNT, 1989) para
edificações até 100 m² de projeção horizontal pode ser utilizado o valor de 150 mm/h

Tabela 186 - Cálculo das Vazões de Projeto


Área de Parâmetro Valor
contribuição
At (m²) 378,76
I (mm/h) 152,00
1 Q= (At x I) /60
Cálculo Q= (378,76 x 152) / 60
Q= 960,00 L/min - 16 L/s

O diâmetro do condutor vertical foi arbitrado pela equação abaixo e para o cálculo,
utilizou-se a vazão de projeto correspondente a maior área de contribuição, replicando assim
para a menor área (agindo a favor da segurança). O cálculo encontra-se na Tabela 21 abaixo:

( )
0,375
n 0,375
D=116 , 1 x 0,625
xQ
t0
86

Onde:
Q= Vazão, em L/s
n= Coeficiente de Manning (0,011, para tubo de PVC)
t0= taxa de ocupação do escoamento líquido no condutor vertical (será adotado
um 1/3, a razão entre área da coroa líquida formada adjacente as paredes do tubo e a
área da seção do tubo).

Como a área de contribuição do telhado será direcionada para três calhas (com
inclinação direcionando o fluxo), para o cálculo, utilizou-se a vazão total de projeto dividida
por 3. O cálculo encontra-se na Tabela 19 abaixo:

Tabela 19 - Dimensionamento Descidas


Parâmetro Valor
Q (L/s) 16/3=5,30
n 0,011
t0 1/3
D = 116,1 x (n^0,375 / t0 ^0,625) x Q^0,375
Cálculo D=116,1 x (0,011^0,375) / (1/3^0,625) x 5,30^0,375
D= 79,73 mm

Portanto, verifica-se que um tubo de diâmetro 79,73 mm é o suficiente para comportar


a vazão para cada um dos três trechos de calha projetada. Entretanto, as calhas seriam de
30x15 metros, e visando a segurança para um TR superior a 50 anos, serão empregados dois
tubos de PVC com diâmetro de 100 mm para cada trecho de calha do telhado.

7 PROJETO HIDROSSANITÁRIO

O projeto hidrossanitário engloba a distribuição de água, esgoto e pluvial da


edificação. As pranchas deste projeto estão descritas no Apêndice B e é composto pelas
seguintes pranchas:
 Prancha HID 01/03: Planta Baixa Térreo, Planta Baixa 1º Pvto, Legendas.
 Prancha HID 02/03: Planta Baixa Térreo, Planta Baixa 1º Pvto, Legendas.
87

 Prancha HID 01/03: Isométricos.


 Prancha SANIT 01/02: Planta Baixa Térreo, Detalhes.
 Prancha SANIT 02/02: Planta Baixa 1º Pvto, Planta Baixa 2° Pvto, Legenda,
Detalhes.
 Prancha PLUV 01/02: Planta Baixa Térreo, Detalhes.
 Prancha PLUV 01/02: Planta Baixa de Cobertura e Reservatório, Detalhes.

8 ORÇAMENTO ESTIMADO

O edifício público em questão totalizou uma área construída de 1.534,78 m². Com
esses dados, para estimar o valor da obra, determinamos os serviços que devem ser realizados
e com isso criamos uma planilha orçamentária baseada nos índices do SINAPI referentes ao
mês de outubro de 2023, sendo obtido um valor estimado para a obra de R$ 4.226.777,59
levando em consideração lucros e despesas indiretas (BDI) de 25% e sem contar o valor do
terreno por se tratar de terreno público. As tabelas com todas as informações deste valor final
estão descritas no Apêndice D.
88

9 CONCLUSÃO

A intenção do projeto de um edifício público voltado à saúde é tornar um lugar


acessível a toda a comunidade buscando reunir todas as atividades voltadas a saúde em um
único local. O espaço foi projetado e pensado com detalhes de acessibilidade, para que além
de um lugar agradável, seja utilizado por todos os munícipes. A escolha do terreno foi
pensando em um local onde estivesse ao alcance de outros serviços, por isso próximo a
prefeitura da cidade, e em um terreno público para diminuição de gastos. Todo o trabalho foi
executado explorando o máximo de estudos de dimensões mínimas dos ambientes além de um
bom fluxo de funcionamento para o empreendimento.
Projetamos uma estrutura de três pavimentos totalizando uma área construída de
1.534,78 m² (incluindo reservatório), sendo totalmente acessível a todas as pessoas. Os
pavimentos que contemplam este edifício foram divididos em um específico para a clínica
multiprofissional, outra para secretaria da saúde da cidade e por fim um amplo espaço de
auditório para eventos da cidade.
Com a execução do orçamento, foi possível chegar a um valor estimado da obra de R$
4.226.777,59, levando em consideração o lucro e as despesas indiretas e sem considerar o
custo do terreno, já que é de propriedade pública. Para melhor descrição de materiais e
detalhes orçados executamos também um memorial descritivo onde constam todas as
descrições de cada serviço a ser realizado.
O projeto desenvolvido respeitou rigorosamente todas as recomendações e exigências
da Lei de Zoneamento da cidade e Código de Edificações, Leis Complementares nº. 123 e 124
(Água Doce, 2017) e o Plano Diretor, além destes documentos utilizamos normativas sobre
acessibilidade e Resolução da diretoria colegiada para obter as dimensões mínimas de cada
espaço planejado.
Ao final, projetar um edifício público é algo desafiador, mas que nos proporciona
inúmeros conhecimentos específicos por ser voltado a saúde. O Edifício em questão terá
como principal objetivo oferecendo para toda comunidade da cidade de Água Doce, melhor
acesso aos serviços fornecidos pelo empreendimento, e promovendo com isso um conforto e
bem-estar a mais para todos os munícipes e visitantes.
89

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626 – Sistemas Prediais


de Água Fria e Água Quente. Rio de Janeiro, 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 - Acessibilidade a


edificações, mobiliário, Espaços Urbanos, e equipamentos. Rio de Janeiro, 2021.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16537 – Acessibilidade -


Sinalização tátil no piso - Diretrizes para elaboração de projetos e instalação
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro,
2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16636-1 – Elaboração e


desenvolvimento de serviços técnicos especializados de projeto arquitetônico e
urbanístico. Rio de Janeiro, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7229: Projeto, construção


e operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de Janeiro, 1993.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: Sistemas prediais


de esgoto sanitário – Projeto e execução. Rio de Janeiro, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13969: Tanque sépticos –


Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos –
Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro, 1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10844: Instalações


prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, 1989.

ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria


colegiada- RDC nº 50, de 27 de fevereiro de 2009. Disponível em:<
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html> Acessado
em 08 nov. 2023.
90

BRASIL. Lei n. º 10.098 de 19 de dezembro de 2000. Normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de
locomoção. Brasília, DF, 19 dez. 2000.

CARVALHO, Ana Rita Lanção da Silva. Gestão da manutenção de edifícios. 2019. Tese de
Doutorado. Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA – CBMSC. Instrução


Normativa 009: Sistema de Saída de Emergência. Santa Catarina, 2021.

HÄDRICH, Caroline. A arte e o ofício de José Lutzenberger (1882–1951). 2021.

JACOSKI, Claudio Alcides; JACOSKI, Soraia Foryta. Contribuição da modelagem BIM para
projetos complexos-um estudo com projetos de parques tecnológicos. Gestão & Tecnologia
de Projetos, v. 9, n. 1, p. 25-42, 2014.

MIORANZA, Cristina. Intervenção moderna de Carlos Scarpa no Castelvecchio. 2022.

SERRA, Letícia Maria Santos. A relação intrínseca entre arquitetura e moda: o traço do estilo.
2023.
91

APÊNDICE A – Projetos Arquitetônicos e Acessibilidade

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