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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Renne de Jesus Turibio Evangelista

RÉS-DO-CHÃO: Um Estudo sobre os Ladrilhos Hidráulicos nas Edificações


Tombadas na cidade de Florianópolis/SC

FLORIANÓPOLIS
2021
Renne de Jesus Turibio Evangelista

RÉS-DO-CHÃO: Um Estudo sobre os Ladrilhos Hidráulicos nas Edificações


Tombadas na cidade de Florianópolis/SC

Dissertação submetida ao Programa de Pós-


Graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal de Santa Catarina para a
obtenção do título de mestre em Arquitetura e
Urbanismo.
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Almeida Bastos

Florianópolis
2021
Ficha de identificação da obra

Evangelista, Renne de Jesus Turibio


RÉS-DO-CHÃO: Um Estudo sobre os Ladrilhos
Hidráulicos nas Edificações Tombadas na cidade de
Florianópolis/SC / Renne de Jesus Turibio Evangelista;
orientador, Rodrigo Almeida Bastos, 2021.
200 p.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal


de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de
Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo,
Florianópolis, 2021.

Inclui referências.

1. Arquitetura e Urbanismo. 2. Ladrilhos


Hidráulicos. 3. Ladrilhos Hidráulicos em Edificações
Tombadas. 4. Florianópolis. 5. Patrimônio Histórico
Catarinense. I. Bastos, Rodrigo Almeida. II.
Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de
Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. III. Título.
Renne de Jesus Turibio Evangelista
RÉS-DO-CHÃO: Um Estudo sobre os Ladrilhos Hidráulicos nas Edificações
Tombadas na cidade de Florianópolis/SC

O presente trabalho em nível de mestrado foi avaliado e aprovado por banca


examinadora composta pelos seguintes membros:

Prof.(a) Sandra Makowiecky, Dr.(a)


Universidade do Estado de Santa Catarina

Prof.(a) Alice de Oliveira Viana, Dr.(a)


Universidade do Estado de Santa Catarina

Prof.(a) Karine Daufenbach, Dr.(a)


Universidade Federal de Santa Catarina

Certificamos que esta é a versão original e final do trabalho de conclusão que foi
julgado adequado para obtenção do título de mestre em Arquitetura e Urbanismo.

____________________________
Coordenação do Programa de Pós-Graduação

____________________________
Prof. Rodrigo Almeida Bastos, Dr.
Orientador(a)

Florianópolis, 2021.
Este trabalho é dedicado a todos os professores,
especialmente aos meus, com eterna admiração, respeito
e gratidão.
AGRADECIMENTOS

Uma pesquisa de mestrado pode parecer, em alguns momentos, solitária,


mas nunca é feita sozinha. Este trabalho contou com o apoio de um grande número
de pessoas e, por isso agradeço a todos que, de alguma forma, tornaram possível a
realização desse estudo.
Agradeço ao meu orientador, professor Dr. Rodrigo Almeida Bastos, pelas
suas sempre gentis considerações, por me resgatar de alguns devaneios e por me
deixar confortável em realizar minha pesquisa. Obrigada ter aceitado me orientar e
por trilhar comigo este caminho.
Agradeço aos colegas do PósArq, especialmente, à minha amiga Jennifer
Vargas que, para minha sorte, embarcou comigo nessa aventura. Ter você ao meu
lado nessa nova etapa me deixou muito mais confiante e segura.
Agradeço a todas as instituições responsáveis pelas edificações que visitei.
Essa pesquisa foi bem recebida em todos os lugares que chegou: escolas, hospitais,
igrejas, comércios, museus, repartições públicas. Obrigada por abrirem-me as portas,
guiarem-me pelos corredores e pelas palavras de incentivo ao final de cada visita.
Agradeço aos funcionários dos acervos públicos da SMDU e da FCC que
prontamente me atenderam e me auxiliaram no levantamento documental realizado.
Estendo também meus agradecimentos aos escritórios: Prospectiva – Arquitetura,
Restauro e Consultoria; Concrejato – Obras Especiais; e PD – Soluções em Design
de Interiores por, gentilmente, cederem documentos e registros fotográficos
imprescindíveis para análise desenvolvida neste estudo.
Agradeço ao meu novo parceiro de home office, o pesquisador Dr. Leandro
Lima Evangelista, também conhecido como Lê, meu marido. Agradeço primeiramente
ao pesquisador, que me incentiva, encoraja e critica construtivamente. Ao meu
marido, agradeço por me acalentar, enfrentar as dificuldades comigo e me amar por
ser quem eu sou. Você foi parte fundamental desse processo que se chama mestrado.
Agradeço aos meus pais, por serem meu porto seguro; meu irmão pelo seu
amor que sempre me salva das enrascadas e a toda minha família, que não medem
esforços para que eu seja feliz.
Por fim, agradeço ao PósArq e a CAPES pelo custeio de minha participação
no seminário internacional, no qual apresentei parte dessa pesquisa e pela concessão
de bolsa de estudo durante dezoito meses. Muito obrigada!
“Os arquitetos projetam volumes até mesmo diáfanos, coberturas às vezes
móveis, ou transparentes, mas o chão, este é sempre sólido, é sempre
concebido para dar suporte às ações que os homens fazem em seu dia a dia.
O chão está a serviço da vida cotidiana e o fato de estar “no chão”, de sua
subserviência, não o faz menor, longe disso, reforça a nobreza dessa função.”
(CARSALADE, 2016).
RESUMO

Os ladrilhos hidráulicos são revestimentos fabricados à base de cimento, sendo


característicos do final do século XIX e início do século XX. Seu surgimento está
atrelado ao Ecletismo, um período que, na arquitetura, conciliou estilos de diversas
épocas, incorporou elementos decorativos de várias origens e uniu os novos materiais
construtivos produzidos industrialmente aos tradicionais. Tais características fizeram
com que a arquitetura desse período fosse desconsiderada durante muito tempo na
historiografia arquitetônica brasileira por associar múltiplos estilos e ornamentos. Esse
pensamento levou à desvalorização desse patrimônio e, consequentemente, à tardia
proteção e ao interesse pelo seu estudo e de seus elementos decorativos, entre eles
os ladrilhos hidráulicos. No entanto, notou-se que na última década se vêm ampliando
os estudos a respeito do tema e unindo-se a esses, esta pesquisa investigou os
ladrilhos hidráulicos na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, delimitando como
área de abrangência 55 imóveis tombados individualmente na área central. Para
cumprir este objetivo, primeiramente, fez-se uma pesquisa de campo visando mapear
e inventariar os ladrilhos hidráulicos nas edificações elencadas. A partir daí, as
composições foram classificadas e contabilizadas, a fim de possibilitar a realização de
uma análise exploratória de dados, correlacionando esses resultados por meio da
observação de suas características principais. Em um segundo momento este
trabalho dedicou-se a estudar a história dos ladrilhos hidráulicos em Florianópolis,
mediante as diversas fontes documentais e bibliográficas contidas na Biblioteca da
Universidade Federal de Santa Catarina, bem como nos acervos públicos, nas
coleções particulares, nas plataformas digitais institucionais e na Hemeroteca Digital
Nacional. Os resultados do levantamento de campo mostraram que das 55 edificações
visitadas, 30 apresentaram ladrilhos hidráulicos, 24 não continham o artefato e em
apenas uma não foi possível o acesso. A partir das 30 edificações com exemplares
das peças, identificaram-se 81 composições gráficas, analisadas segundo o formato,
o tamanho, a textura e a cor. Investigaram-se, também, os motivos e as formas dos
conjuntos de ladrilhos hidráulicos encontrados para isso, dividiram-se as peças em
bordas, preenchimentos internos e detalhes. Este trabalho buscou ainda estudar a
presença dos ladrilhos a partir de projetos arquitetônicos — originais, de intervenção
e de restauro — que se encontram documentados nos arquivos públicos do município
(SMDU), do Estado (FCC) e nos acervos particulares. Esses projetos foram
confrontados com os levantamentos de campo realizados nas respectivas edificações,
indicando as permanências e as transformações. Como resultado, foram localizadas
e identificadas informações relevantes sobre os ladrilhos hidráulicos nas edificações
pesquisadas, artefato, como apontado pela pesquisa, muito valorizado por arquitetos
e construtores que atuaram na cidade. A análise comparativa dos projetos
arquitetônicos e dos levantamentos de campo, cotejados com as bibliografias de
autores nacionais e locais sobre a temática, suscitaram-se várias reflexões sobre a
introdução e a consolidação do uso dos ladrilhos hidráulicos na arquitetura de
Florianópolis, incitando novos questionamentos a respeito do artefato e, também, da
cultura arquitetônica na primeira metade do século XX.

Palavras-chave: Ladrilhos Hidráulicos. Ladrilhos Hidráulicos em Edificações


Tombadas. Florianópolis. Patrimônio Histórico Catarinense.
ABSTRACT

Hydraulic tile is a cement-based floor covering typical of the late 19th and early 20th
centuries. The rise of such artifact is related to eclecticism, a period on history with an
architecture that combined styles from different eras, incorporated decorative elements
from various origins and mixed the new industrially produced construction materials to
the traditional ones. Such characteristics made the architecture of that period to be
disregarded for a long time in the Brazilian architectural historiography for associating
multiple styles and ornaments. The devaluation of Eclecticism led to the late protection
of this heritage and few studies over this style, which includes research about its
decorative elements (e.g. hydraulic tiles). However, in the last decade, studies on the
subject have been significantly expanded. Complementarily, this research proposed to
investigate the hydraulic tiles in Florianópolis, Santa Catarina, delimiting as the
coverage area 55 individually-listed properties in the central region of the city. In order
to fulfill this objective, firstly, a field research was done in order to map and inventory
the hydraulic tiles in the listed buildings. From there, the compositions were classified
and accounted for, allowing to perform an exploratory data analysis and to correlate
these results by observing their main characteristics. In a second step, this work was
dedicated to studying the history of hydraulic tiles in Florianópolis through several
documentary and bibliographic sources contained in the Library of the Federal
University of Santa Catarina, in public and private collections, on institutional digital
platforms, and in the National Digital Library. The results of the field study showed that
of the 55 visited buildings, 30 presented hydraulic tiles and 24 did not present the
artifact, while access to only one of the interest sites was not possible. From the 30
buildings with specimens of the pieces, 81 graphic compositions were identified, which
were analyzed according to format, size, texture, and color. The motifs and shapes of
the found sets of hydraulic tiles were also analyzed, which for organization matter
included the classification of the pieces into edges, internal fills, and details. This work
also sought to study the presence of tiles based on architectural projects - original,
intervention and restoration - which are documented in the City’s and State’s Public
Archives (respectively, SMDU and FCC), and in private collections. These projects
were compared with the field studies carried out in the respective buildings, indicating
the permanences and the changes. As a result, relevant information about the
hydraulic tiles in the surveyed buildings was found and identified. The investigation
also pointed out that such artifacts were highly valued by architects and builders who
worked in the city. The comparative analysis of architectural projects and field surveys,
associated with the bibliographies of national and local authors on the subject, raised
several reflections on the introduction and consolidation of the use of hydraulic tiles in
the architecture of Florianópolis, prompting new questions about the artifact and the
architectural culture in the first half of the 20th century.

Keywords: Hydraulic tiles. Hydraulic tiles in heritage buildings. Florianópolis. Santa


Catarina's Historical Patrimony.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - A: Peça com motivo flor-de-lis exposta no London Museum. B: Composição


de ladrilhos medievais, Flandres, séc. XVI-XVIII. ...................................................... 26
Figura 2 - A: Desenho esquemático do molde de gesso para impressão da figura. B:
Desenho esquemático do modelo de argila para fabricação do molde de gesso. ..... 27
Figura 3 - Esquema do processo de compactação do ladrilho cerâmico. ................. 27
Figura 4 - A: Peça de laiton no requadro aguardando a aplicação das cores. B:
Requadro sem o laiton e com as cores aplicadas. .................................................... 28
Figura 5 - Vista lateral das camadas do ladrilho hidráulico. 1: Camada fluida colorida.
2: Secante. 3: Base ou tardoz. .................................................................................. 32
Figura 6 - Prensa e ferramentas para fabricação do ladrilho hidráulico. A: 1: Requadro.
2: Base. 3: Tampa. 4: Dosador. B: Desenho ou laiton. C: Prensa manual de fuso. .. 32
Figura 7 – Produção do laiton a partir dos desenhos propostos pelos alunos da oficina.
A: Confecção das bordas. B: Moldagem do desenho. C: Laiton pronto. ................... 33
Figura 8 – Processo de produção de ladrilho hidráulico apresentado na oficina
realizada pelo CECI em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda (PE). D: Colocação
do requadro. E: Colocação do laiton. F: Aplicação dos pigmentos. ......................... 34
Figura 9 - Processo de produção de ladrilho hidráulico apresentado na oficina
realizada pelo CECI em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda (PE). G: Retirada do
laiton. H: Aplicação da camada secante. I: Nivelamento com o dosador. ................. 34
Figura 10 - Processo de produção de ladrilho hidráulico apresentado na oficina
realizada pelo CECI em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda (PE). J: Aplicação
da camada de base e nivelamento. K: Colocação da tampa. L: Prensagem. ........... 35
Figura 11 - Processo de produção de ladrilho hidráulico apresentado na oficina
realizada pelo CECI em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda (PE). M: Colocação
do suporte de madeira. N: Retirada do ladrilho hidráulico. O: Ladrilho hidráulico pronto.
.................................................................................................................................. 35
Figura 12 - Anúncio no Almanak Laemmert: Administrativo, Mercantil e Industrial,
divulgando a fábrica de ladrilhos hidráulicos de Vitório Emanuelle Cresta. Rio de
Janeiro. Ano 1985. .................................................................................................... 36
Figura 13 - Sobrados oitocentistas localizados na esquina da Praça XV de Novembro
com Fernando Machado, Centro. .............................................................................. 39
Figura 14 – Edificação de estilo eclético situada a Rua Visconde de Ouro Preto, n. 282
- Centro. .................................................................................................................... 40
Figura 15 - Edifício da Superintendência do Patrimônio da União (SPU/SC). Praça XV
de Novembro, n. 33, Centro. ..................................................................................... 41
Figura 16 – Edificações características do período do Ecletismo no Centro de
Florianópolis. A: Palácio do Governo. B: Escola de Aprendizes Artífices de Santa
Catarina. C: Ginásio Catarinense. D: Asilo de Mendicidade Irmão Joaquim. E: Asilo
São Vicente de Paulo. F: Colégio Coração de Jesus. G: Maternidade Carlos Corrêa.
H: Escola Normal do Estado. .................................................................................... 42
Figura 17 - Casa de Câmara e Cadeia, Rua dos Ilhéus, n. 194, Centro. .................. 43
Figura 18 - A: Catedral Metropolitana de Florianópolis. B e C: Fotos da substituição do
piso da nave central na atual Catedral Metropolitana, em 1974. ............................... 44
Figura 19 – A: Composição de ladrilhos hidráulicos encontrada na Sacristia. B:
Composição de ladrilhos hidráulicos encontrada no Coro. ....................................... 44
Figura 20 – A: Igreja São Sebastião. B: Composição de ladrilhos hidráulicos
encontrados na nave da Igreja São Sebastião. ......................................................... 45
Figura 21 – A: Estação Elevatória da Praça XV B: Foto interna com destaque para o
piso de ladrilho hidráulico. ......................................................................................... 46
Figura 22 – A: Vista geral de uma das composições encontradas na varanda da antiga
residência do ex-governador Hercílio Luz. B: Vista superior da composição. C:
Detalhes indivuduais das peças. ............................................................................... 48
Figura 23 - Círculo cromático das cores-pigmento opacas. ...................................... 50
Figura 24 - Exemplos de motivos encontrados nos desenhos dos ladrilhos hidráulicos.
A: Floral. B: Estrela. C: Arabesco. D: Chevron. E: Abstrato. F: Tridimensional. G:
Xadrez. H: Trama. .................................................................................................... 51
Figura 25 - Exemplos das formas encontradas nos desenhos dos ladrilhos hidráulicos.
A: Geométrica. B: Orgânica. C: Retilínea. D: Irregular. ............................................. 52
Figura 26 - Modo de aplicação das peças de borda. A: Peça única. B: Lado a lado. C:
Duas peças. .............................................................................................................. 52
Figura 27 - Tipos de canto de borda encontrados em composições com borda. A:
Peça para arremate. B: Peças de borda cortada. C: Sem peça de canto. ................ 52
Figura 28 - Modo de aplicação das peças de preenchimento. A: Peça única. B: Quatro
peças: rotacionadas em 90º. B: Quatro peças: rotacionadas em 180º e espelhadas.
D: Contínuo. .............................................................................................................. 53
Figura 29 - Períodos de construção a partir do total de edificações pesquisadas..... 54
Figura 30 - Estilo arquitetônico a partir do total de edificações pesquisadas. ........... 55
Figura 31 - Uso do solo a partir do total de edificações pesquisadas. ...................... 55
Figura 32 - Esferas de tombamento a partir do total de edificações pesquisadas. ... 56
Figura 33 - Comparação entre os Séculos de Construção A: Total das edificações
pesquisadas. B: Edificações com ladrilhos hidráulicos. ............................................ 57
Figura 34 - Comparação entre os Estilos Arquitetônicos A: Total das edificações
pesquisadas. B: Edificações com ladrilhos hidráulicos. ............................................ 58
Figura 35 - Comparação entre Uso do Solo Atual A: Total das edificações
pesquisadas. B Edificações com ladrilhos hidráulicos. ............................................. 58
Figura 36 - Comparação entre Esferas de Tombamento .......................................... 59
Figura 37 - Número de composições gráficas por edificações com ladrilhos hidráulicos.
.................................................................................................................................. 60
Figura 38 - Locais de aplicação conforme o Uso do solo. ......................................... 61
Figura 39 – Composição de ladrilhos hidráulicos encontrados na edificação n. 352, um
dos sobrados oitocentistas da Praça XV de Novembro. ........................................... 62
Figura 40 – A, B e C: Ladrilhos hidráulicos com tamanho 15 x 15 cm. D: Ladrilho
hidráulico com tamanho 10 x 10 cm. ......................................................................... 63
Figura 41 - A: Copa da antiga residência do historiador Oswaldo R. Cabral. B: Sanitário
da mesma edificação antes da intervenção. C: Local após a intervenção da Casa Cor
2016. ......................................................................................................................... 64
Figura 42 – Ladrilhos hidráulicos com textura encontrados na varanda da Escola
Básica Silveira de Souza. .......................................................................................... 65
Figura 43 – Quantidade de cores encontradas classificadas segundo o círculo
cromático das cores-pigmento opacas. ..................................................................... 66
Figura 44 - Quantidade de cores encontras nas composições de ladrilhos hidráulicos.
A, B C e D: Composições com cinco cores. .............................................................. 66
Figura 45 - A: nave da Igreja Nossa Senhora do Parto. B: academia do Colégio Bom
Jesus Coração de Jesus. C: circulação da Escola Estadual Antonieta de Barros. ... 67
Figura 46 - Classificação das peças de borda segundo seus motivos e formas. ...... 68
Figura 47 - Gráfico A: Modo de aplicação das peças de borda. Gráfico B: Acabamento
de borda. ................................................................................................................... 69
Figura 48 - Classificação das peças de preenchimento segundo seus motivos e
formas. ...................................................................................................................... 70
Figura 49 – A: Composição encontrada na Casa do Bispo com motivos floral e trama.
B: Composição encontrada no Palácio Cruz e Sousa com motivos floral e chevron. 71
Figura 50 - Modo de aplicação das peças de preenchimento. .................................. 71
Figura 51 – A: Ladrilhos hidráulicos da copa do Arquivo Público Municipal. B: Ladrilhos
hidráulicos da entrada da Igreja Nossa Senhora do Parto. ....................................... 72
Figura 52 - Composições com formas semelhantes. A: Igreja Luterana. B: Colégio
Bom Jesus Coração de Jesus. C: Agência de Fomento do Estado de SC - S/A
BADESC.................................................................................................................... 73
Figura 53 – Composições com a mesma padronagem de preenchimento. A: Catedral
Metropolitana de Florianópolis. B: Agência de Fomento do Estado de SC (BADESC).
C: Igreja Nossa Senhora do Parto. Imagem D: Casa José Boiteux. ......................... 74
Figura 54 – Intervenções nos pisos de ladrilhos hidráulicos da Casa José Boiteux. A:
ladrilhos hidráulicos dos sanitários. B: Ladrilhos hidráulicos das circulações do
pavimento superior. C: Composições do Térreo. ...................................................... 75
Figura 55 – Planta baixa do levantamento arquitetônico da Casa José Boiteux. Folha
02/06. Arquiteta responsável: Andrea Marques Dal Grande. Ano 2007. A: Trecho do
hall de entrada. B: Trecho do sanitário. C: Trecho do selo da prancha. .................... 76
Figura 56 – Composições com motivos tridimensionais. A: Casa José Boiteux. B:
antiga residência do ex-Governador Hercílio Luz. C: Museu Homem do Sambaqui -
Colégio Catarinense. D: Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. ............ 77
Figura 57 – A: Fachada principal da antiga residência do ex-Governador Hercílio Luz
antes da restauração (2014). B: Fachada principal da antiga residência do ex-
Governador Hercílio Luz depois da restauração e depois da restauração (2019). B:
Antes de depois das varandas com ladrilhos hidráulicos. ......................................... 78
Figura 58 – A: Inserção dos pisos de ladrilhos hidráulicos na varando do segundo
pavimento da Antiga residência do ex-Governador Hercílio Luz. B e C: Antes da
intervenção. ............................................................................................................... 79
Figura 59 – Composições com motivos tridimensionais. A: Igreja da Ordem Terceira
de São Francisco da Penitência. B: Igreja Nossa Senhora do Parto. C: Capela Menino
Deus. D: antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo. .............................................. 79
Figura 60 - Composições formadas por quatro peças. A: Hospital e Maternidade Dr.
Carlos Corrêa. B: Hospital Caridade. C: Torre Norte (administrativo) do Mercado
Público. ..................................................................................................................... 80
Figura 61 - Composições formadas por peças únicas. A e B: Capela Menino Deus. C
e D: Igreja Nossa Senhora do Parto.......................................................................... 81
Figura 62 - Composições idênticas com motivo arabesco. Imagem A: Capela Menino
Deus. Imagem B: Igreja Nossa Senhora do Parto. Imagem C: Igreja São Sebastião.
.................................................................................................................................. 82
Figura 63 – A e B: Ladrilhos Hidráulicos da nave da Capela Menino Deus antes da
intervenção do ano de 2010. C: Planta baixa do local da intervenção para a
substituição das peças comprometidas. .................................................................... 83
Figura 64 – Composições com motivo xadrez. A: Capela Menino Deus. B: Mercado
Público (Ala Sul). C: Escola Estadual Antonieta de Barros. ...................................... 84
Figura 65 – A: Projeto Arquitetônico de Restauro e Adequações do Mercado Público
de Florianópolis. Folha PR 04/18. Empresa responsável: Prospectiva – Arquitetura,
Restauro e Consultoria. Ano: 2013. B: Detalhe da planta baixa com a localização dos
ladrilhos hidráulicos. C: Registro dos ladrilhos hidráulicos encontrados no Box 09
durante as obras. ...................................................................................................... 85
Figura 66 – Palácio Cruz e Sousa. Praça XV de Novembro, 227 – Centro. .............. 87
Figura 67 – Composição dos ladrilhos hidráulicos expostos em frente à entrada
principal do Palácio Cruz e Sousa............................................................................. 89
Figura 68 – Casa do Barão. Antiga residência do barão alemão Dietrich Freiheer Von
Wangenheim e de sua esposa Edla Scheele. ........................................................... 90
Figura 69 – A: Levantamento Arquitetônico da planta baixa da Antiga Casa do Barão.
Folha 03/32. Arquiteto responsável: Carlos Fernando M. Pinto. Ano 1989. B e C:
Detalhe para nota do arquiteto e para a paginação de piso do sanitário. ................. 91
Figura 70 – Mitra Metropolitana, edificação parte da Arquidiocese de Florianópolis.
Conhecida como Casa do Bispo. .............................................................................. 92
Figura 71 – A: Projeto de reforma e acréscimo – Palacete do Arcebispo. Folha F1.
Construtor responsável: Mauro L. Remor. Ano 1967. B: Detalhe para nota do
construtor. ................................................................................................................. 93
Figura 72 - Ampliação realizada ao fundo da Mitra Metropolitana. A B e C: Fachadas
laterais e posterior da ampliação. D e E: Pisos cerâmicos encontrados atualmente na
edificação. ................................................................................................................. 94
Figura 73 – Igreja da Terceira de São Francisco da Penitência. ............................... 95
Figura 74 – A: Levantamento Arquitetônico – Planta de Piso do 1º Pavimento - Igreja
São Francisco. Folha 11/22. Arquiteta responsável: Mariana Nunes Elias. Ano 2013.
B: Detalhe o piso do lavabo localizado no primeiro pavimento, torre sul. ................. 96
Figura 75 – A e B: Fotos do sanitário do primeiro pavimento demolido durante a
restauração de 2012. C: Foto comparativa dos atuais ladrilhos hidráulicos
remanescentes na igreja. .......................................................................................... 97
Figura 76 – A: Foto do elevador instalado na torre sul da Igreja São Francisco. B:
Possível peça remanescente do sanitário. ................................................................ 97
Figura 77 – Antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo. ......................................... 98
Figura 78 – Páginas 106 e 107 do anuário 2017 da Casa Cor Santa Catarina. Ambiente
“Lounge Plaza Hotéis” projetado pela designer Priscila Domingues Peres. .............. 99
Figura 79 - Imagens da composição de ladrilhos hidráulicos do ambiente “Lounge
Plaza Hotéis” projetado pela designer Priscila Domingues Peres. .......................... 100
Figura 80 – Registros fotográficos das novas dependências do Asilo de Órfãs São
Vicente de Paulo, 1958. Álbum “Lar São Vicente de Paulo 1953, 1954, 1956 e 1958”.
A: Circulação. B: Lavatório. C: Refeitório. D: Cozinha. ........................................... 101
Figura 81 - Registros fotográficos das novas dependências do Asilo de Órfãs São
Vicente de Paulo, 2012. Álbum “Jardim de Infância Girassol 1987, 1998, 1999, 2000,
2004 e 2012”. .......................................................................................................... 101
Figura 82 - Área do antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo utilizada como sacristia
da Capela Divino Espírito Santo e composição de ladrilhos hidráulicos encontrada no
local. ........................................................................................................................ 102
Figura 83 – Museu Escola Catarinense, antiga Escola Normal............................... 103
Figura 84 – A: Obra para a 12ª Mostra Casa Nova, em 2013. Espaço Aldo Nunes. B:
Ladrilhos hidráulicos descobertos durante a obra. C: Sala de desenho do Instituto de
Educação Dias Velho, 1947). .................................................................................. 104
Figura 85 – A: Obra para a 12ª Mostra Casa Nova, em 2013. Sanitário feminino do
pavimento superior. B: Ladrilhos hidráulicos descobertos durante a obra. ............. 105
Figura 86 - Ladrilhos hidráulicos acondicionados no depósito do Museu da Escola
Catarinense (MESC). .............................................................................................. 105
Figura 87 – Ladrilhos hidráulicos descobertos durante uma reforma realizada nos
sanitários no ano 2000. Sanitário feminino do pavimento térreo. ............................ 106
Figura 88 - Colégio Catarinense, antigo Ginásio Catarinense................................. 107
Figura 89 - Igreja Santa Catarina de Alexandria, antiga capela do Ginásio Catarinense.
................................................................................................................................ 108
Figura 90 – A: Projeto de reforma da antiga capela do Colégio Catarinense, n. 159.
Folha única. Arquiteto responsável: Valmy Bittencout. Ano 1968. B: Detalhe para a
nota do arquiteto. .................................................................................................... 109
Figura 91 – A e B: Localização do sanitário e lavatório na planta baixa do projeto de
reforma da antiga capela do Colégio Catarinense. C: Foto atual do sanitário e lavatório.
................................................................................................................................ 109
Figura 92 – A: Fábrica de ladrilhos hidráulicos no canteiro de obras do Colégio
Catarinense. Ano 1950. B: Corredor do Colégio Catarinense com os ladrilhos
hidráulicos. Ano 1974. C: Corredor do Colégio Catarinense atualmente. ............... 110
Figura 93 – Vista do conjunto do Colégio Bom Jesus Coração de Jesus, antigo Colégio
Coração de Jesus. .................................................................................................. 111
Figura 94 – A: Projeto de reforma de prédio localizado à Rua Saldanha Marinho, n.
136. Folha única. Engenheiro responsável: Georges W. Wildi. Ano 1956. B e C:
Detalhe para a nota do engenheiro. ........................................................................ 112
Figura 95 – Anúncio do pedido de exoneração do arquiteto Tom T. Wildi do cargo de
Chefe da Secção de Obras Públicas, publicado em 27 de janeiro de 1932, no jornal O
Estado. .................................................................................................................... 113
Figura 96 – Anúncio na Revista do Comércio de 1932, divulgando os serviços do
arquiteto Tom T. Wildi e da sua fábrica de ladrilhos hidráulicos localizada em
Florianópolis. ........................................................................................................... 114
Figura 97 - Anúncio do Jornal O Estado de 1932, divulgando a fábrica de ladrilhos
hidráulicos e estoque de peças fabricadas. ............................................................ 115
Figura 98 - Anúncio do Jornal O Estado de 1933, divulgando os serviços do arquiteto
Tom T. Wildi e de sua fábrica de ladrilhos hidráulicos localizada em Florianópolis.115
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Listagem das edificações tombadas individualmente pelo Município,


Estado e União. ......................................................................................................... 22
Tabela 2 – Listagem de edificações tombadas individualmente e presença de ladrilhos
hidráulicos ................................................................................................................. 48
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APC – Áreas de Preservação Cultural


BADESC – Agência de Fomento de Santa Catarina S.A.
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CECI – Centro de Estudos Avançados de Conservação Integrada
DEINFRA – Departamento Estadual de Infraestrutura do Estado de Santa Catarina
DEOH – Diretoria de Edificações e Obras Hidráulicas
FCC – Fundação Catarinense de Cultural
IDES – Irmandade do Divino Espírito Santo
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IPUF – Instituto de Planejamento Urbanos de Florianópolis
MESC – Museu da Escola Catarinense
MPSC – Ministério Público de Santa Catarina
PMF – Prefeitura Municipal de Florianópolis
PÓSARQ – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo.
SEPHAN – Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural
SMDU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento
Urbano
SPU/SC – Superintendência do Patrimônio da União em Santa Catarina
TAC – Teatro Álvaro de Carvalho
TAC – Termo de Ajustamento de Conduta
UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina
UFSC – Universidade Federal de Santa de Santa Catarina
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 20
2. O LADRILHO HIDRÁULICO ........................................................................... 25
2.1. OS ANTECEDENTES DOS LADRILHOS HIDRÁULICOS .............................. 25
2.2. O SURGIMENTO DOS LADRILHOS HIDRÁULICOS ..................................... 29
2.3. O PROCESSO DE FABRICAÇÃO .................................................................. 31
2.4. O ECLETISMO E O LADRILHO HIDRÁULICO NO BRASIL ........................... 37
3. OS LADRILHOS HIDRÁULICOS EM FLORIANÓPOLIS ............................... 47
3.1. LEVANTAMENTO DE CAMPO ....................................................................... 47
3.1.1. Análise das Edificações Levantadas ........................................................ 53
3.1.2. Análise Gráfica das Composições Encontradas ..................................... 59
3.1.3. Análise Comparativa dos Motivos Encontrados ..................................... 72
3.2. PROCURANDO VESTÍGIOS: UMA BUSCA A PARTIR DOS ACERVOS
PÚBLICOS E PARTICULARES ................................................................................ 85
3.2.1. Palácio Cruz e Sousa | antigo Palácio do Governo ................................. 87
3.2.2. Casa do Barão | antiga Residência do Barão Dietrich Freiherr Von
Wangenheim ............................................................................................................ 89
3.2.3. Mitra Metropolitana de Florianópolis | antiga Casa do Bispo ................ 91
3.2.4. Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência .................... 94
3.2.5. Antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo ........................................... 97
3.2.6. Museu da Escola Catarinense | antiga Escola Normal Catharinense .. 102
3.2.7. Colégio Catarinense e Igreja Santa Catarina de Alexandria | antigo
Ginásio Catarinense e Capela .............................................................................. 107
3.2.8. Colégio Bom Jesus Coração de Jesus | antigo Colégio Coração de Jesus
................................................................................................................... 111
4. CONCLUSÃO ............................................................................................... 116
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 120
APÊNDICES ........................................................................................................... 124
20

1. INTRODUÇÃO

Característicos do final do século XIX e início do século XX, os ladrilhos


hidráulicos são revestimentos fabricados à base de cimento. Podem ser coloridos,
monocromáticos, lisos, com texturas e, ainda, apresentar diversas formas e tamanhos.
Os desenhos são os mais variados: geométricos, simples, com ramagens ou outras
composições ainda mais complexas. As peças são fabricadas manualmente e podem
ser aplicadas no exterior e no interior das edificações (VASCONCELLOS, 1979). Seu
surgimento está atrelado ao Ecletismo, um período que, na arquitetura, conciliou
estilos de diversas épocas, incorporou elementos decorativos de várias origens e uniu
os novos materiais construtivos produzidos industrialmente aos tradicionais. Essas
características fizeram com que a arquitetura desse período fosse duramente criticada
e vista como uma imitação, sendo desconsiderada, durante muito tempo, na
historiografia arquitetônica brasileira (PATETTA, 1987).
Influentes nomes na preservação do patrimônio histórico e artístico brasileiro,
como Lúcio Costa, defendiam que a arquitetura desse período “não tinha um estilo e
não merecia entrar na história da arquitetura brasileira” (MARTINS, 2009, p.15). Esse
pensamento acarretou a desvalorização em favorecimento do luso-brasileiro, este
considerado como uma arquitetura genuinamente nacional e abarcado nos primeiros
tombamentos, em 1938 (MARTINS, 2009; MARINS, 2016).
Paulo Cézar Marins (2016) explica que foram pontuais os tombamentos que
compreenderam os imóveis vinculados ao Ecletismo até os anos 1980, década na
qual se ampliou as ações protetivas sobre esse patrimônio. O autor conta que nesta
época centros históricos de arquiteturas heterogêneas, como: Olinda (PE), Mucugê
(BA), Rio das Contas (BA), Laguna (SC) e São Francisco do Sul (SC), foram
protegidos, embora não tenham sido registrados no livro das Belas Artes. A proteção
tardia e o desencorajamento do estudo aprofundado sobre a arquitetura do Ecletismo
fizeram com que mais tardiamente se desenvolvessem pesquisas e publicações a
respeito das linguagens arquitetônicas compreendidas e seus elementos, entre eles
os ladrilhos hidráulicos (MARTINS, 2009; MARINS, 2016).
No entanto, ao se debruçar sobre as pesquisas realizadas nacional e
internacionalmente sobre o assunto, notou-se que o interesse por estudar os ladrilhos
hidráulicos ampliou-se na última década. No Brasil, localizaram-se pesquisas nas
cidades históricas de Pelotas/RS, São Paulo/SP, São João Del Rei/MG, Ouro
21

Preto/MG, Belo Horizonte/MG, Olinda/PE, Cuiabá/MT, Recife/PE e Laguna/SC – para


citar algumas. Destaca-se também a pesquisa do professor Jorge Tinoco do Centro
de Estudos Avançados de Conservação Integrada (CECI), que junto à Fábrica de
Ladrilhos Hidráulicos Olinda (PE), estuda sobre os ladrilhos hidráulicos há 12 anos e,
desde 2016, ministra o workshop “Ladrilhos Hidráulicos: teoria e prática da fabricação
tradicional” aos interessados pelo tema. Já em âmbito internacional, conhece-se a
extensa pesquisa do professor emérito da Universidade de Aix-Marseille, Yves
Esquieu, que estudou o surgimento dos ladrilhos hidráulicos na cidade de Viviers
(França) e seu alcance mundial.
Mesmo com diferentes abordagens, percebe-se que tais estudos buscam
elucidar o processo produtivo artesanal dos ladrilhos hidráulicos; a fim de contribuir
para o conhecimento histórico a respeito do artefato; bem como para entender o
contexto de aparecimento nas referidas cidades pesquisadas; além de ampliar a
limitada bibliografia existente sobre o assunto. Assim, corroborou-se com os mesmos
interesses, estendendo-se o tema à cidade de Florianópolis, Santa Catarina, mais
especificadamente, à área central.
Florianópolis compreende atualmente um número significativo de arquiteturas
históricas com as mais variadas linguagens arquitetônicas e legalmente protegidas.
Sua fundação data de 23 de março de 1673 e seus primeiros tombamentos ocorreram
em 1938, com o intuito de contemplar a proteção de quatro fortificações do sistema
defensivo da Ilha: a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, a Fortaleza de São José
da Ponta Grossa, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones e o Forte Santana. O
quinto tombamento, entretanto, aconteceu somente em 1950, com a preservação da
Casa Natal de Victor Meirelles, que além do poder público, envolveu diversos
segmentos da sociedade engajados na sua salvaguarda (ADAMS, 2002).
Com o passar dos anos, o incentivo à preservação dos bens históricos
municipais deixou de ser somente um empenho particular de simpatizantes do
patrimônio florianopolitano, para se consolidar, na década de 1980, por meio de
estruturas administrativas do Estado e da União. Iniciou-se assim um trabalho de
parceria e de cooperação pela proteção aos bens históricos estaduais entre os três
níveis governamentais: Federal com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN); Estadual com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e
Municipal com o Instituto de Planejamento Urbanos de Florianópolis (IPUF) e com o
Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural (SEPHAN) (ADAMS, 2002).
22

Ainda na década de 1980, criou-se a Lei Municipal de Uso e Ocupação do


Solo dos Balneários “representando um marco para o planejamento da cidade, pois
inseriu aspectos da preservação do patrimônio edificado e do patrimônio natural e
ambiental no arcabouço do Plano Diretor” (ADAMS, 2002, p.64). Nessa mesma lei,
ainda instituíram-se as Áreas de Preservação Cultural – APC, que tinham por objetivo
preservar os sítios de interesses históricos, antropológicos e arqueológicos. Divididas
em APC-1, APC-2 e APC-3, as áreas foram “demarcadas sobre o zoneamento de uso
e ocupação complementando e, quando necessário, se sobrepondo às normas gerais
estabelecidas” (ADAMS, 2002, p.65). A partir dessas áreas, principalmente a APC-1 -
correspondente às áreas históricas destinadas à conservação do patrimônio histórico
e etnológico, que abrange monumentos, edificações espaços e povoações, foram
constituídos os dez conjuntos tombados na área central da cidade de Florianópolis,
que abarcam também as edificações tombadas individualmente em sua delimitação
(PMF/IPUF/SEPHAN, 2012).
Compreender este processo de preservação, a complexidade e a extensão
dos espaços históricos e arquitetônicos de Florianópolis foi fundamental para que se
pudesse delimitar a pesquisa. Optou-se, assim, em focar na área central da cidade
devido à diversidade arquitetônica e por ser o núcleo de desenvolvimento da capital,
concentrando o estudo nas edificações tombadas individualmente.
Para isso, examinaram-se as listagens de bens tombados disponibilizadas
nos sítios eletrônicos oficiais dos órgãos municipal1, estadual2 e federal3 e suas
sobreposições. Entendeu-se como necessária a correlação de listagens para que as
três esferas de tombamentos fossem contempladas e o máximo de edificações
tombadas individualmente fossem pesquisadas. Dessa forma, chegou-se ao total de
cinquenta e cinco edificações, que podem ser vistas na Tabela 1.

Tabela 1 – Listagem das edificações tombadas individualmente pelo Município, Estado e


União.
Edificações Tombadas Individualmente pelo Município, Estado e União
1 Forte Santana
2 Forte Santa Bárbara
3 Palácio Cruz e Souza

1http://www.pmf.sc.gov.br/entidades/ipuf/index.php?cms=patrimonio+cultural+de+natureza+material&menu=4&su

bmenuid=612. Acessado em ago. 2018.


2 https://www.cultura.sc.gov.br/a-fcc/patrimoniocultural/patrimonio-material/listagem-de-bens-tombados. Acessado
em ago. 2018.
3 http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/126. Acessado em ago. 2018.
23

4 Antiga Casa de Câmara e Cadeia


5 Antiga Alfândega
6 Antiga Inspetoria de Rios e Portos
7 Mercado Público de Florianópolis
8 Casa da Memória
9 Arquivo Histórico do Município de Florianópolis
10 Catedral Metropolitana de Florianópolis
11 Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência
12 Igreja Nossa Senhora do Parto
13 Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
14 Igreja São Sebastião
15 Igreja Evangélica de Confissão Luterana
16 Capela do Menino Deus
17 Capela do Coração de Jesus
18 Capela do Divino Espírito Santo
19 Imperial Hospital de Caridade
20 Hospital de Guarnição de Florianópolis
21 Hospital e Maternidade Dr. Carlos Corrêa
22 Antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo
23 Asilo Irmão Joaquim
24 Teatro Álvaro de Carvalho (TAC)
25 Teatro da UBRO
26 Antigo Cine Roxy
27 Antigo Cine Ritz
28 Colégio Coração de Jesus
29 Antiga Escola Alemã
30 Escola de Educação Básica Lauro Mueller
31 Escola Básica Silveira de Souza
32 Antiga Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina
33 Colégio Catarinense
34 Antigo Instituto Politécnico (Casa José Boiteux)
35 Museu da Escola Catarinense (MESC)
36 Escola Estadual Antonieta de Barros
37 Superintendência do Patrimônio da União em SC
38 Quartel do Comando Geral da Polícia Militar em SC
39 Prédio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
40 Antiga Estação de Elevação Mecânica - Praça XV de Novembro
41 Antiga Estação de Elevação Mecânica - Praça dos Namorados
42 Casa Natal de Vitor Meirelles (Museu Victor Meirelles)
43 Sobrados Oitocentistas – Círculo Ítalo-Brasileiro, n. 340
44 Sobrados Oitocentistas – Teatro Armação, n. 334
45 Sobrados Oitocentistas – Restaurante Mirantes, n. 348
46 Sobrados Oitocentistas – Café Kairós, n. 352
47 Sobrados Oitocentistas – Edificação n. 16
48 Casa de Azulejos - Praça XV de Novembro
24

49 Antiga Residência do ex-Governador Nereu Ramos


50 Antiga Residência do Historiador Oswaldo R. Cabral
51 Antiga Residência do ex-Governador Hercílio Luz
52 Antiga Residência do Barão Dietrich Freiherr von Wangenheim (Casa do Barão)
53 Antiga Casa do Bispo (Mitra Metropolitana de Florianópolis)
54 Antigo Conjunto Fabril da Rita Maria
55 Forno Incinerador de Lixo
Fonte: Dados compilados pela autora, 2018.

Dessa forma, o objetivo principal deste trabalho é estudar os ladrilhos


hidráulicos e sua permanência nas edificações tombadas individualmente na área
central da cidade de Florianópolis/SC. Para isso, esta pesquisa procurou definir
aportes metodológicos condizentes com os objetivos específicos traçados, iniciando
pelo mapeamento e pelo inventário dos ladrilhos hidráulicos nas edificações
elencadas, para na sequência, analisar e comparar as composições gráficas
encontradas e, por fim, investigar a história do artefato, dando ênfase ao seu uso e a
sua produção na capital.
De forma a fundamentar essa pesquisa, o capítulo “O Ladrilho Hidráulico”
apresenta um breve panorama da história dessas peças e seus antecedentes, além
de expor o processo de fabricação e sua inserção na arquitetura brasileira e
florianopolitana. Essa contextualização se mostrou bastante relevante para embasar
as buscas em campo e as posteriores discussões sobre os resultados obtidos.
Tais resultados foram organizados e discutidos no capítulo “Os Ladrilhos
Hidráulicos de Florianópolis”, dividido em dois subcapítulos com abordagens distintas.
No primeiro – Levantamento de Campo – analisam-se os dados das edificações
mapeadas e das composições gráficas dos ladrilhos hidráulicos inventariados. A partir
daí, as composições foram classificadas e contabilizadas, possibilitando a realização
de uma análise exploratória de dados, correlacionando esses resultados mediante a
observação de suas características principais. No segundo subcapítulo – Procurando
Vestígios: uma Busca a Partir dos Acervos Públicos e Particulares – investiga-se a
história dos ladrilhos hidráulicos em Florianópolis, por meio de diversas fontes
documentais e bibliográficas contidas na Biblioteca da Universidade Federal de Santa
Catarina, nos acervos públicos, em coleções particulares, em plataformas digitais
institucionais e na Hemeroteca Digital Nacional.
25

2. O LADRILHO HIDRÁULICO

2.1. OS ANTECEDENTES DOS LADRILHOS HIDRÁULICOS

Para os autores Yves Esquieu (2013), Jorge Tinoco (2016) e Márcia Lamas et
al. (2018), as técnicas utilizadas na produção dos ladrilhos medievais foram referência
para o desenvolvimento do processo de fabricação dos ladrilhos hidráulicos como se
conhece atualmente.
Estes antigos ladrilhos surgiram no norte da França entre os séculos XII e XIII
e eram especialmente produzidos para revestir os pisos das igrejas e dos espaços
monásticos, além de salas e capelas dos castelos. Feitas de terracota, as peças se
diferenciavam por serem decoradas e receberem uma esmaltação à base de chumbo.
Sua confecção consistia na moldagem da argila plástica em formas de madeira e os
desenhos eram reproduzidos, primeiramente, por meio de recortes manuais, mas logo
passaram a ser impressos por uma matriz esculpida em relevo. Os motivos eram
simples: quadrifólios e flores-de-lis de cores castanho ou verde, caso se adicionasse
óxido de cobre ao esmalte (ESQUIEU, 2013).
Ainda durante o século XIII, a técnica foi aprimorada e os motivos dos ladrilhos
passaram a ser preenchidos com uma argila líquida branca, a barbotina. O modo de
produção era semelhante, moldava-se a argila na madeira e a ilustração impressa na
massa. Após alguns dias de cura, preenchia-se o vazio com a barbotina. Passados
mais dias secando, levava-se o ladrilho ao forno, podendo ou não receber esmaltação
ao fim da produção. A partir dessa técnica, os desenhos gravados nas peças se
tornaram mais complexos. Além da flor-de-lis (imagem A da Figura 1), eram
representados animais, plantas, símbolos sagrados e brasões, podendo também
serem acompanhados de inscrições (imagem B da Figura 1) (ESQUIEU, 2013;
TINOCO, 2016).
Segundo Jorge Tinoco (2016), em 1521, os fabricantes de ladrilhos perderam
parte de seus principais consumidores em virtude da divisão entre as Igrejas Católica
e Luterana e a dissolução dos mosteiros. Essa crise foi agravada pela chegada dos
ladrilhos de faiança, “um novo tipo de ladrilho policromado e vitrificado à base de
estanho” (2016, p. 12). Essas novas peças eram importadas da Antuérpia (cidade na
Bélgica), sendo consideradas as mais belas pelos nobres e pelos senhores ricos em
detrimento das cerâmicas tradicionais.
26

Figura 1 - A: Peça com motivo flor-de-lis exposta no London Museum. B: Composição de


ladrilhos medievais, Flandres, séc. XVI-XVIII.

Fonte: A: London Museum (ID: 11131; localização: In Stone; Data: 24/09/2013).


B: Yves Esquieu (2013).

Somente no século XIX, a técnica de produção dos ladrilhos medievais –


também chamados de ladrilhos cerâmicos ou ladrilhos encáusticos – foi retomada por
arquitetos e fabricantes de ladrilhos pela necessidade de se restaurar as igrejas e os
templos em sua originalidade, além da demanda para se utilizar nos novos prédios
públicos em construção (LAMAS et al., 2018).
Durante esse século, não só materiais de composição dos ladrilhos cerâmicos
foram estudados e aperfeiçoados, mas também as técnicas e os maquinários de
fabricação. Em 1830, o inglês Samuel Wright inventou e patenteou um maquinário que
revolucionou a fabricação de ladrilhos, possibilitando a produção em larga escala e
tornando as peças mais acessíveis economicamente (TINOCO, 2016; LAMAS et al.,
2018).
Foi o inglês Samuel Wright (1783-1849), quem inventou e patenteou uma
máquina e uma técnica para produzir ladrilhos, através de uma prensa de
fuso e com pó argila muito fina, conformada em grande pressão para
submetê-lo à queima em fornos, obtendo assim, rapidamente pedras bem
mais resistentes e uniformes que os processos manuais e demorados do
passado. A máquina e a técnica transformaram a fabricação de ladrilhos,
massificando a produção e, consequentemente, tornando seu custo mais
acessível (TINOCO, 2016, p. 14)

O processo patenteado por Wright necessitava, primeiramente, de um molde


de gesso (imagem A da Figura 2), que era a matriz de replicação da ilustração
escolhida. Esse molde era fabricado a partir de um modelo de argila recortado
conforme o motivo desejado e apresentava um vazio de mesmas dimensões do
ladrilho (imagem B da Figura 2). O modelo era cuidadosamente preenchido com gesso
formando o molde, que após secar e desenformar estava pronto para ir à fundição
(TINOCO, 2016).
27

Figura 2 - A: Desenho esquemático do molde de gesso para impressão da figura.


B: Desenho esquemático do modelo de argila para fabricação do molde de gesso.

Fonte: Produzido pela autora, 2019.

A próxima etapa consistia em lubrificar com sabão o requadro de ferro, base


do molde de gesso, e aplicar a argila devidamente trabalhada no molde de gesso
pressionando uniformemente. Em seguida, colocava-se o contrapeso na face interior
do requadro e deslizava-se para a prensa, na qual o conjunto recebia uma pressão de
compactação (TINOCO, 2016). A Figura 3 ilustra esquematicamente esse processo.
Após esse processo, o ladrilho cerâmico era encaminhado para a estante de
cura e em pouco tempo estava pronto para receber a argila semilíquida branca ou
pigmentada nas envasaduras, devendo ser colocado novamente para curar.
Terminado o período, o ladrilho cerâmico era, então, levado ao forno (TINOCO, 2016).

Figura 3 - Esquema do processo de compactação do ladrilho cerâmico.

Fonte: Produzido pela autora, 2019.


28

Uma década mais tarde, conforme explicam Márcia Lopes Lamas et al. (2018,
p. 6), o engenheiro civil inglês Richard Prosser (1804-1854) patenteia uma nova
técnica de preparo para a argila dos ladrilhos: “cada argila e os demais componentes
eram pulverizados, medidos e misturados em estado puggeg, depois secos e
passados por uma série de peneiras e deixados para maturar em caixas até estarem
prontos para serem utilizados”. Esse novo processo, denominado “pó pressionado”,
passou a diminuir o tempo de produção, ao passo que dependia inteiramente da
qualidade da argila utilizada e da sua preparação.
Foi, então, que na década de 1860 se experimentou o aprimoramento do
método desenvolvido por Prosser, inovando o processo de ladrilhos cerâmicos. A
nova estratégia consistia em modificar o procedimento utilizando junto à base uma
moldura metálica fina que permitia a separação das cores de acordo com o desenho
pretendido (imagem A da Figura 4). Essa peça, denominada laiton, deveria ser
retirada cuidadosamente após o preenchimento, para na sequência o ladrilho receber
suas camadas constituintes, conforme a imagem B da Figura 4. É importante salientar
que esse novo método possibilitou a diminuição de uma camada de argila em pó na
estrutura das peças, anteriormente fabricadas com três camadas, e aumentou o
número de cores que poderiam ser empregadas nos motivos (LAMAS et al., 2018).

Figura 4 - A: Peça de laiton no requadro aguardando a aplicação das cores. B: Requadro


sem o laiton e com as cores aplicadas.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Como resultado de séculos de aperfeiçoamentos e modificações, tanto


técnica quanto ferramentais, os ladrilheiros do final do século XIX produziam peças
funcionais, decorativas e capazes de serem fabricadas em grande quantidade. Assim,
29

os ladrilhos deixam de ser um ornamento restrito às casas e às igrejas mais ricas,


para colorirem as casas mais populares. Essa foi a base para a criação dos ladrilhos
hidráulicos, que foram desenvolvidos com a invenção do cimento Portland (ESQUIEU,
2013; LAMAS et al., 2018).

2.2. O SURGIMENTO DOS LADRILHOS HIDRÁULICOS

Criado e patenteado pelo pedreiro inglês Joseph Aspdin, em 1824, o cimento


Portland é um produto à base de cal hidratada e argila e possui características e
coloração de pedra artificial. Por sua fácil aplicação e excelentes resultados na
construção civil, começou a ser testado também em materiais construtivos
ornamentais, como os ladrilhos. A inclusão do cimento Portland simplificou o processo
sem que ocorressem perdas das propriedades físicas, melhorando a estética, visto
que o ligante não deixava manchas como a argamassa de cal tradicional (TINOCO,
2016; LAMAS et al., 2018).
Segundo os autores Yves Esquieu (2013), Jorge Tinoco (2016) e Márcia
Lamas et al. (2018), há indícios de que as primeiras peças de ladrilhos hidráulicos
tenham sido fabricadas na cidade de Viviers, na França, em meados do século XIX.
Em seu livro “Une histoire du carreau-mosaïque”, Yves Esquieu (2013) conta que a
pedido do empresário Étienne Larmande, o serralheiro mecânico Auguste Lachave
construiu as primeiras e rudimentares prensas, bem como as primeiras divisórias em
aço para os desenhos. Étienne Larmande foi um dos primeiros a fabricar ladrilhos
hidráulicos na cidade de Viviers e suas peças ficaram conhecidos como “Ladrilhos
Larmande”. No final do século XIX, a fundição Lachave & Fils era a principal e,
possivelmente, a única da cidade, especializada em ferramentas e presas para a
fabricação dos ladrilhos de cimento comprimidos.
É importante salientar, também, que o departamento de Ardèche, no qual se
localiza a cidade de Viviers, transformou-se em um polo cimenteiro após a fundação
da fábrica Lafarge (hoje LafargeHolcim), em 1833. O acesso à matéria-prima e às
serralheiras foram, para Yves Esquieu (2013), fundamentais na época para o
surgimento dos ladrilhos hidráulicos em Viviers.
Em 1851, os ladrilhos hidráulicos chegam, pela primeira vez, aos salões da
Exposição Universal de Londres, pela empresa espanhola La Progresiva, da cidade
de Bilbao. Chamados de mosaico hydraulico, eram peças simples, sem
30

ornamentação, lisas e monocromáticas de cor cinza. Em 1867, na Exposição


Universal de Paris, a empresa catalã Garreta Rivet et Cia. recebeu menção honrosa
por apresentar um produto contendo duas cores em composições mais tradicionais,
imitando mármore e mosaico. Nas Exposições Universais de Barcelona (1888) e na
de Bruxelas (1892), a empresa, também catalã, Orsola Solà e Cia. recebeu
premiações pela qualidade técnica e pela ornamentação de seus ladrilhos hidráulicos
(BORGES, 2016).
Para a historiadora Maria Eliza Linhares Borges, as recorrentes premiações
de empresas fabricantes de ladrilhos hidráulicos nas Exposições Universais “reforçava
seu valor junto aos milhares de visitantes que nelas circulavam” (2016, p. 16) captando
os olhares de uma burguesia consumista, interessada em novos hábitos de viver e
morar da época. Também para a historiadora, o ladrilho hidráulico conquistou o
mercado por ser uma alternativa econômica para aqueles que não podiam pagar por
revestimentos caros como mármore, cerâmicas e marchetaria, visto que até o final do
século XIX, revestir o piso das edificações era sinônimo de distinção social (BORGES,
2016).
Além disso, os ladrilhos hidráulicos continham as características necessárias
para atender ao novo código de salubridade urbana que estava transformando as
cidades, dentro e fora da Europa. Essas transformações urbanísticas tinham por
objetivo combater à insalubridade pública e privada, estabelecendo algumas diretrizes
básicas: todos os cômodos das edificações deveriam receber ventilação; os banheiros
deveriam ser integrados ao corpo da casa e os pisos revestidos deveriam ser de um
material resistente à água (BORGES, 2016).
Esses fatores impulsionaram o surgimento de novas fábricas de ladrilhos
hidráulicos, que se estenderam da Europa para outros continentes, como a África e
as Américas. Nesses locais, encontraram abundância de recursos, matérias-primas e
mão de obra escrava que incentivaram a abertura de filiais e, assim, a expansão do
mercado europeu (BORGES, 2016).
No Brasil, as primeiras peças de ladrilhos hidráulicos eram importadas da
França, da Bélgica e de Portugal. No entanto, com a imigração Europa-Américas no
final do século XIX mestres, artífices e aprendizes do ofício desembarcaram em solo
brasileiro trazendo as técnicas e os segredos da fabricação desse artefato (LAMAS et
al., 2018). Percebeu-se, no entanto, que não há um consenso entre os autores
referenciados, nesta pesquisa, quanto à nacionalidade dos ladrilheiros que trouxeram
31

esse conhecimento para o país. O autor Jorge Tinoco (2016) defende que a técnica
aportou com os imigrantes ingleses e franceses; já para a historiadora Maria Eliza
Linhares Borges (2016) o savoir-faire foi dominado pelos portugueses, espanhóis e
italianos e para os autores Márcia Lopes Lamas et al. (2018) não distinguem em seu
artigo a nacionalidade dos artesãos recém-chegados.
Contudo, foi o saber-fazer proveniente desses artesãos que tornou as peças
de ladrilho hidráulico tão especiais e que conservou a fabricação de modo artesanal.
Mesmo em série, o método de produção é operado por um único artífice conferindo a
cada peça “um caráter singular, guardando na textura e na coloração detalhes sutis
impressos pelo ladrilheiro em seu fazer” (LAMAS et al., 2018, p. 10).

2.3. O PROCESSO DE FABRICAÇÃO

O processo de fabricação descrito a seguir inclui, além das pesquisas


bibliográficas analisadas, conhecimentos adquiridos na oficina realizada pelo Centro
de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI) em conjunto com a Fábrica
de Ladrilhos Olinda. As aulas expositivas e a prática foram ministradas,
respectivamente, nos dias 25 e 26 de outubro de 2019 na cidade de Olinda (PE),
sendo possível registar fotograficamente todo o processo de fabricação.
O modo de produção apresentado na oficina pode ser comparado com “os
ofícios culinários: fazer a massa, untar a superfície, montar, desenformar, deixar
repousar, imergir em água, dispor em uma prateleira” (BECKER, VUOLO, 2009, p.
28). Dessa forma, a massa é a mistura de areia, de água, de cimento Portland e de
óxidos (naturais ou sintéticos) para compor as cores. A espessura dos ladrilhos
hidráulicos pode variar conforme o dosador e, como mostra a Figura 5, é composta
por três camadas: a primeira mais fluida possui cimento (branco ou cinza), pó de pedra
e óxidos corantes; a segunda, denominada “secante”, possui areia fina e cimento
(cinza) e tem a função de drenar o excesso de água da primeira camada, fixando o
desenho e a terceira, uma camada de base, é formada por pó de pedra ou areia média
e cimento (cinza) (informação verbal4).

4 Informação fornecida pelo professor Jorge E. L. Tinoco na Oficina de Ladrilhos Hidráulicos realizada pelo CECI
em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda, em Olinda (PE), em outubro de 2019.
32

Figura 5 - Vista lateral das camadas do ladrilho hidráulico.


1: Camada fluida colorida. 2: Secante. 3: Base ou tardoz.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

As ferramentas necessárias para a fabricação dos ladrilhos hidráulicos são a


base, o requadro, o desenho (também conhecido como laiton) e a tampa, como mostra
a Figura 6. O requadro (1) e a base (2) são feitos em ferro fundido e determinam o
tamanho e a forma do desenho, podendo variar entre quadrado, hexagonal, octogonal
e retangular. A base pode ser lisa ou apresentar relevos para produção de peças
antiderrapante. No interior do conjunto, é colocado o desenho (imagem B), um gradil
formado por lâminas verticais habilidosamente confeccionado conforme o desenho
desejado. A função dessa ferramenta é separar as cores utilizadas, podendo ser
fabricada em cobre, latão ou até mesmo em aço inox. A última ferramenta a compor
o conjunto é a tampa (3). Também em ferro fundido, essa peça é encaixada no
requadro e recebe a carga da prensa para a compactação do ladrilho hidráulico
(informação verbal5; TINOCO, 2016).

Figura 6 - Prensa e ferramentas para fabricação do ladrilho hidráulico. A: 1: Requadro. 2:


Base. 3: Tampa. 4: Dosador. B: Desenho ou laiton. C: Prensa manual de fuso.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

5Informação fornecida pelo professor Jorge E. L. Tinoco na Oficina de Ladrilhos Hidráulicos realizada pelo CECI
em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda, em Olinda (PE), em outubro de 2019.
33

Para a compactação de seus ladrilhos hidráulicos, a Fábrica de Ladrilhos


Olinda (imagem C da Figura 6) utiliza uma prensa manual, de fuso e que possui duas
estações de trabalho. Nela podem trabalhar até quatro pessoas: duas na
compactação (ladrilheiros) e duas de apoio. A manutenção é feita com gasolina e com
a renovação da graxa do fuso, que deve ser mantido íntegro para garantir a qualidade
das peças (informação verbal6).
A fabricação dos ladrilhos hidráulicos se inicia com a escolha e a confecção
do laiton, que é produzido manualmente pelo funileiro. A habilidade do profissional
para a confecção dessa ferramenta influencia diretamente na qualidade das peças
(ESQUIEU, 2013). A Figura 7 mostra o processo realizado pela Fábrica de Ladrilhos
Olinda.
Primeiramente, elabora-se o desenho em tamanho real, que será o molde.
Depois, fazem-se as bordas do laiton (imagem A da Figura 7). O próximo passo é
moldar as lâminas na vertical, seguindo os contornos do desenho (imagem B). A
fixação das lâminas é realizada por meio da técnica de solda macia. A imagem C,
mostra o laiton produzido a partir de desenhos propostos durante o curso do CECI
(informação verbal7; ESQUIEU, 2013).

Figura 7 – Produção do laiton a partir dos desenhos propostos pelos alunos da oficina.
A: Confecção das bordas. B: Moldagem do desenho. C: Laiton pronto.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Após colocar o requadro sobre a base (imagem D da Figura 8) e untá-los com


uma mistura de querosene e óleo para facilitar a retirada do ladrilho hidráulico, junta-
se o laiton ao conjunto (imagem E). Manualmente, os vazios desta peça são
preenchidos com as cores desejadas (imagem F). Quanto mais complexo o desenho,

6 Informação fornecida pelo professor Jorge E. L. Tinoco na Oficina de Ladrilhos Hidráulicos realizada pelo CECI
em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda, em Olinda (PE), em outubro de 2019.
7
Idem.
34

maior a dificuldade, exigindo mais concentração e habilidade do artífice (informação


verbal8; ESQUIEU, 2013).

Figura 8 – Processo de produção de ladrilho hidráulico apresentado na oficina realizada pelo


CECI em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda (PE). D: Colocação do requadro.
E: Colocação do laiton. F: Aplicação dos pigmentos.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Terminada a aplicação dos pigmentos, chega o momento da retirada do laiton,


que deve ser feita de modo suave e com cuidado para não misturar as cores (imagem
G da Figura 9). Na continuidade é peneirada a camada secante e ajustada com o
dosador (imagens H e I). Em seguida, com a ajuda de uma espátula, coloca-se a
camada base do ladrilho hidráulico, também nivelada com o dosador (imagem J da
Figura 10). Depois de colocada a tampa, o artefato é prensado com um ou dois
movimentos, que devem ser perfeitos e iguais (imagens K e L da Figura 10)
(informação verbal9; ESQUIEU, 2013).

Figura 9 - Processo de produção de ladrilho hidráulico apresentado na oficina realizada pelo


CECI em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda (PE). G: Retirada do laiton. H: Aplicação
da camada secante. I: Nivelamento com o dosador.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

8
Informação fornecida pelo professor Jorge E. L. Tinoco na Oficina de Ladrilhos Hidráulicos realizada pelo CECI
em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda, em Olinda (PE), em outubro de 2019.
9 Idem.
35

Figura 10 - Processo de produção de ladrilho hidráulico apresentado na oficina realizada


pelo CECI em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda (PE). J: Aplicação da camada de
base e nivelamento. K: Colocação da tampa. L: Prensagem.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Removidos o requadro e a tampa, a peça é retirada da base com a ajuda de


um suporte de madeira, o movimento requer destreza do artífice (imagens M e N da
Figura 11). O ladrilho hidráulico recém produzido (imagem O) é colocado na prateleira
para curar durante uma noite e após esse tempo é imerso em água, podendo levar
oito horas ou mais nesse processo. Por fim, as peças são retiradas da água e seguem
para a secagem em local sombreado de cinco a dez dias. Em dois ou três meses,
estão completamente prontos para serem aplicados (informação verbal10; TINOCO,
2016).

Figura 11 - Processo de produção de ladrilho hidráulico apresentado na oficina realizada


pelo CECI em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda (PE). M: Colocação do suporte de
madeira. N: Retirada do ladrilho hidráulico. O: Ladrilho hidráulico pronto.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Segundo Márcia Lamas et al., o modo de produção dos ladrilhos hidráulicos é


um “processo de transmissão dos saberes de pais para filhos e de mestres para
aprendizes” (2018, p. 13). A autora explica que para se tornar ladrilheiro leva, no
mínimo, cinco anos. Isso porque, o artífice precisa dominar as especificidades dos

10Informação fornecida pelo professor Jorge E. L. Tinoco na Oficina de Ladrilhos Hidráulicos realizada pelo CECI
em conjunto com a Fábrica Ladrilhos Olinda, em Olinda (PE), em outubro de 2019.
36

moldes, conhecer as misturas exatas para cada um deles e desenvolver a habilidade


motriz que garante a qualidade e a durabilidade das peças.
Um ladrilheiro inicia o treinamento fazendo uma peça de calçada, pois é mais
fácil de ser produzida; passando a um nível superior, começa a trabalhar com
o ladrilho liso, de uma cor só; depois, passa a fazer o decorado, que é mais
técnico e exige uma expertise que só os artistas gabaritados tem (LAMAS et
al., 2018, p. 13).

Com alta popularidade na virada do século XIX, a produção dos ladrilhos


hidráulicos se expandiu além do mercado francês, conquistando também o exterior.
Fábricas começam a surgir não somente em países europeus, mas nos Estados
Unidos, na África e nas Américas. O produto chegava ao estrangeiro, seja pela
exportação de peças prontas, seja pela venda das ferramentas para sua produção.
No Brasil, um dos importadores desse ferramental era a empresa Cresta (Figura 12),
do Rio de Janeiro, listada como um dos clientes da funilaria de Auguste Lachave
(BORGES, 2016).

Figura 12 - Anúncio no Almanak Laemmert: Administrativo, Mercantil e Industrial, divulgando


a fábrica de ladrilhos hidráulicos de Vitório Emanuelle Cresta. Rio de Janeiro. Ano 1985.

Fonte: Hemeroteca Digital Brasileira, 2020. Edição A00052.


37

2.4. O ECLETISMO E O LADRILHO HIDRÁULICO NO BRASIL

O uso do ladrilho hidráulico nas edificações brasileiras está associado às


inovações tecnológicas e às transformações econômico-sociais ocorridas no país no
final do século XIX e no início do século XX. Esse período, conhecido como Ecletismo,
foi marcado pelo fim da escravidão, pelo início da imigração, pela instalação de
ferrovias, indústrias e pelo surgimento de uma arquitetura que compreendeu todos
esses acontecimentos (REIS FILHO, 2014).
Tais mudanças ocorreram devido à prosperidade do cultivo de café, que
expandiu o centro político e econômico do Nordeste para o Centro-Sul do país,
ocasionando mudanças na agricultura tradicional, gerando fortuna e um aumento
populacional até então nunca vistos no Brasil (REIS FILHO, 2014).
Localidades no interior, afastadas e dependentes de transporte animal, foram
ligadas a cidades portuárias litorâneas por meio dos sistemas ferroviários,
comunicação que possibilitou a disseminação de novas linguagens e partidos
arquitetônicos. Carlos A. C. Lemos explica que “quanto mais rica a sociedade, mais
rápida a alteração da paisagem urbana e as cidades pobres por isso mesmo
continuaram a guardar seus antigos visuais” (1989, p. 47). Para caracterizar essas
vertiginosas mudanças urbanas impulsionadas pela implantação das estradas de
ferro, o autor cita Laguna, cidade situada ao sul de Santa Catarina.
Laguna, em Santa Catarina, outro exemplo, cidade de meados do século
XVII, teve seu modesto casario colonial substituído por magnífico conjunto de
moradias ecléticas do final do século passado mercê de um breve surto de
prosperidade, podendo nos mostrar hoje esse portentoso conjunto
arquitetônico tombado pela SPHAN (LEMOS, 1989, p. 47).

As cidades passaram a crescer e os centros urbanos mais populosos


instalaram redes de abastecimento de água, iluminação, esgoto e as primeiras linhas
de transportes coletivos. As ruas alargaram-se e passaram a receber arborização,
iluminação e passeios, mesmo que ainda mantivessem o traçado retilíneo. A
paisagem das cidades também foi transformada pelo desenvolvimento das favelas e
dos cortiços, que se multiplicaram em decorrência da pressão populacional formada
pela classe de operários e pelo êxodo rural decorrente da abolição em 1888,
resultando em problemas habitacionais e no início dos congestionamentos urbanos
(REIS FILHO, 2014).
O final do século XIX foi marcado ainda pela vinda dos imigrantes europeus,
mão de obra que seria empregada nas lavouras e nas construções após a abolição
38

da escravatura. Vindos de diversas parte da Europa e com domínio de novas técnicas


e materiais, esses trabalhadores foram fundamentais no desenvolvimento urbano e
nas transformações arquitetônicas que prometiam levar o país em direção à
modernidade. Nos jornais da cidade de São Paulo, é possível encontrar anúncios de
construtores e pedreiros recém-chegados oferecendo seus serviços (LEMOS, 1978).
O Diário de São Paulo de 30.1.1872, por exemplo, avisa que “dous moços
alemães, mestres tijoleiros offerecem seus serviços nesse gênero, a saber –
em tijolos, telhas e ladrilhos às pessoas que delles tiverem necessidade.
Também encarregão-se de ladrilhar terrenos para seccar café, etc., e do mais
que lhes fôr concernente (MORSER, 1970, p. 255 apud LEMOS, 1978, p.
125).

As camadas mais abastadas, que ansiavam por abandonar os velhos hábitos


de construir, logo aderiram aos padrões arquitetônicos europeus da época, trazendo
profissionais de várias nacionalidades e conhecimentos para a construção de suas
edificações. Segundo Carlos A. C. Lemos, “a taipa tradicional resistiu o quanto pode,
e a cidade, um dia, foi toda reconstruída de tijolos e refeita num novo estilo, ou melhor,
em vários estilos. Era o ecletismo” (1979, p. 116).
Defendido por Nestor Goulart Reis Filho como uma arquitetura de “conciliação
dos estilos” e “um veículo estético eficiente para a assimilação de inovações
tecnológicas de importância” (2014, p.169), a arquitetura desse período apresentava
algumas características que foram adotadas desde as construções mais simples até
as habitações das camadas mais abastadas. As edificações passaram a zelar pelo
conforto e pela higiene, as abafadas alcovas foram substituídas pelos dormitórios com
janelas para o exterior e um novo programa foi implantado, separando as áreas de
estar, repousar e de serviço (LEMOS, 1989).
Apesar de o modo de implantação no lote inicialmente não ter sofrido grandes
alterações – sendo as edificações ainda construídas sobre o alinhamento das vias
públicas – a entrada principal passou a se localizar na fachada lateral, direcionando
os passantes ao jardim adjacente, que recebia um tratamento aos moldes dos jardins
franceses. Além disso, esse novo acesso era elevado do nível da rua em decorrência
do porão alto e circundado por um alpendre, que servia de corredor externo (REIS
FILHO, 2014).
As edificações eram construídas em tijolos e revestidas com massa,
recebendo em suas fachadas elementos decorativos e balaustradas. O interior era
quase sempre recoberto por papel colado e os forros eram de madeira envernizada
ou recebiam pintura e detalhes decorativos. Era comum nas salas sociais o uso do
39

forro de estuque com pinturas e ornamentos em relevo. Os pisos eram assoalhos de


madeira com encaixas macho-e-fêmea ou em parquet formando coloridos desenhos.
Para as áreas molhadas, como cozinhas, banheiros e varandas, foram aplicados os
ladrilhos hidráulicos, apoiados sobre abobadilhas (REIS FILHO, 2014).
Essas mudanças arquitetônicas não passaram despercebidas pela cidade de
Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, que gradativamente modificou sua
estética urbana para incorporar as novas necessidades e as aspirações sociais da
época. Em um primeiro momento, as manifestações na Ilha foram modestas e se
restringiram às renovações e à ornamentação de fachadas, com a elevação dos
porões; à execução das platibandas; e a geometrização e simetria de cheios e vazios,
como mostra a Figura 13 (VEIGA, 2010).

Figura 13 - Sobrados oitocentistas localizados na esquina da Praça XV de Novembro com


Fernando Machado, Centro.

Fonte: Acervo da autora, 2020.

Já no início do século XX, nota-se uma mudança significativa na arquitetura e


na implantação dos lotes da Ilha, uma vez que as características do Ecletismo se
tornaram mais presentes na capital. Com o intuito de atender às demandas de um
programa que prezava pelo conforto ambiental, saúde, segurança e produtividade, os
projetos de residências florianopolitanas passaram a incorporar também a entrada
lateral, por vezes guarnecida por uma varanda. Os afastamentos laterais ou até
mesmo frontais foram introduzidos nas propostas de implantação criando a
possibilidade de um jardim e os telhados começaram a apresentar quatro ou mais
águas, como pode ser visto na Figura 14. Em uma escala mais local, as edificações e
40

os edifícios promoveram uma linguagem tecnológica e artística, com o intuito de


afastar-se do provinciano e aproximar-se do ideal europeu (VEIGA, 2010).

Figura 14 – Edificação de estilo eclético situada a Rua Visconde de Ouro Preto, n. 282 -
Centro.

Fonte: Acervo da autora, 2020.

A arquitetura desse período também se destacou por ser uma “arquitetura


falante onde o ornamento estaria imbuído de um caráter associativo, ligando certas
linguagens a determinadas funções constituindo uma tipologia que era definida pela
relação entre estilo e função ou estilo e partido” (MARTINS, 2009, p.26). Para as
habitações familiares não havia uma linguagem formal específica a ser seguida, já
para os edifícios públicos (Figura 15) o ornamento dispunha de uma importante
atribuição: conferir identidade e expressar a função para a qual a construção se
destinava.
Como explica a autora Eliane Veras da Veiga (2010), a renovação ocorrida
em Florianópolis no início do século XX não foi deflagrada por nenhuma produção
econômica, já que a capital não estava inserida em nenhum ciclo de destaque. A razão
pela qual ocorrera foi comum a quase todo o país, tendo em vista o capitalismo
florescente que possibilitou o acesso à energia elétrica, à utilização do automóvel e
às inovações tecnológicas, bem como os materiais de construção (VEIGA, 2010).
Contudo, a autora também elucida que as intensas transformações
habitacionais e urbanísticas na cidade foram incentivadas pela injeção de capital
advindos do transporte internacional marítimo para países europeus de bens de
primeira necessidade.
41

Ao irromper a guerra na Europa (1914-1918), ocorreu uma queda das


transações comerciais naquele continente, mas incrementou-se a exportação
dos países primários ou produtores de bens de primeira necessidade, como
o Brasil. A Ilha de Santa Catarina, como ponto estratégico da região
meridional, beneficiou-se do fato com a não interrupção do seu pouco
expressivo período de modernização (VEIGA, p. 137, 2010).

Figura 15 - Edifício da Superintendência do Patrimônio da União (SPU/SC). Praça XV de


Novembro, n. 33, Centro.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Como consequência dessa melhora econômica, a capital do Estado


testemunhou a modernização e a construção de várias edificações. Algumas dessas,
mostradas na Figura 16, foram a reforma do Palácio do Governo (1895) (Imagem A),
a instalação da Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina (1880-90) (Imagem
B), do Ginásio Catarinense (1906) (Imagem C), do Asilo de Mendicidade Irmão
Joaquim (1911) (Imagem D), do Asilo São Vicente de Paulo (1916) (Imagem E), a
ampliação do Colégio Coração de Jesus (1902) (Imagem F), a construção da
Maternidade Carlos Corrêa (1920) (Imagem G) e da Escola Normal do Estado (1926)
(Imagem H) (VEIGA, 2010).
Outra obra que aconteceu nesse mesmo período foi a reforma da Casa de
Câmara e Cadeia (Figura 17), aproximadamente dez anos após as intervenções
realizadas no Palácio do Governo. Segundo a autora Sara Regina Poyares dos Reis
(2008), essa reforma incluiu a modificação das aberturas e das esquadrias, a retirada
das grades de ferro, a vedação à água furtada, a introdução de elementos decorativos
em ferro e a execução de uma balaustrada em todo o perímetro da edificação,
recobrindo parte do telhado. Quanto às reformas internas, a autora conta que não foi
possível encontrar registros das modificações ocorridas. Esta pesquisa também não
42

encontrou indícios de ladrilhos hidráulicos nessa edificação, seja por pesquisas


bibliográficas ou em projetos dos arquivos públicos do município.

Figura 16 – Edificações características do período do Ecletismo no Centro de Florianópolis.


A: Palácio do Governo. B: Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina. C: Ginásio
Catarinense. D: Asilo de Mendicidade Irmão Joaquim. E: Asilo São Vicente de Paulo. F:
Colégio Coração de Jesus. G: Maternidade Carlos Corrêa. H: Escola Normal do Estado.

Fonte: A, B, D, E, F, G, H: Acervo da autora, 2019 e 2020.


C: Sítio eletrônico do Colégio Catarinense, 2019.
43

Figura 17 - Casa de Câmara e Cadeia, Rua dos Ilhéus, n. 194, Centro.

Fonte: Acervo da autora, 2020.

As arquiteturas religiosas de Florianópolis também foram abrangidas pelas


modernizações que ocorreram no início do século XX, como os casos da antiga Igreja
Matriz, atual Catedral Metropolitana e da Capela São Sebastião.
Na Catedral Metropolitana (imagem A da Figura 18), várias foram as
intervenções realizadas nesse período; no entanto, entende-se como relevante para
essa pesquisa evidenciar a obra de 1974. Essa reforma foi realizada com o intuito de
retirar os ladrilhos hidráulicos que compunham o piso da nave. A demolição foi
justificada pelo Pe. Pedro Khoeler por esses não serem “antigos e históricos, e sim
ladrilhos comuns e, por isso mesmo, desgastados pelo uso. Ladrilhos, bem, de má
qualidade” (LANER, 2007, p. 91). De acordo com Márcia Regina Escorteganha Laner
(2007) a demolição abrangeu 541 m² de ladrilhos hidráulicos, que foram substituídos
por marmorite (imagem B e C da Figura 18).
Outro fato importante diz respeito aos ladrilhos hidráulicos que se encontram
expostos na sacristia da Catedral (imagem A da Figura 19). Inicialmente o piso da
sacristia era revestido por assoalho de madeira e foi substituído por ladrilhos
hidráulicos em 1954. Essas peças, posteriormente, foram encobertas por pisos
cerâmicos e se mantiveram preservadas desde então. Com as obras de restauração
ocorridas no imóvel em 2009, a composição foi descoberta, restaurada e se
encontram visíveis no local. Vale ressaltar que as peças encontradas na sacristia são
idênticas as que foram localizadas no coro, também conservadas (imagem B da
Figura 19) (LANER, 2007; GEOARQUEOLOGIA, 2009).
44

Figura 18 - A: Catedral Metropolitana de Florianópolis. B e C: Fotos da substituição do piso


da nave central na atual Catedral Metropolitana, em 1974.

Fonte: A: Acervo da autora, 2019. B e C: Márcia Regina Escorteganha Laner, 2007.

Figura 19 – A: Composição de ladrilhos hidráulicos encontrada na Sacristia.


B: Composição de ladrilhos hidráulicos encontrada no Coro.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Já a singela capela São Sebastião, vista na imagem A da Figura 20, recebeu


modificações entre os anos de 1928-29 tanto sua fachada principal, como seu interior.
Conforme discorre a autora Regina Poyares dos Reis (2006), as intervenções
contemplaram a execução uma alta torre sineira lateral, a elevação da empena da
parede frontal, a aplicação de uma nova decoração imitando o gótico e a troca do piso
original em tijoleira por ladrilhos hidráulicos (imagem B da Figura 20), que
permanecem na edificação até os dias de hoje.
45

Figura 20 – A: Igreja São Sebastião. B: Composição de ladrilhos hidráulicos encontrados na


nave da Igreja São Sebastião.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Durante a primeira década do século XX, a administração pública de


Florianópolis iniciou também a implantação de serviços de água encanada (1906) e
esgoto sanitário (1906-1913), este constituído de uma Estação Depuradora e
Estações Elevatórias, futuramente conhecidas como “Castelinhos” (RAMOS, 1986;
VEIGA, 2010).
Foram construídas ao todo quatro Estações Elevatórias: a Estação da Praça
XV (imagem A Figura 21), a da Praça São Sebastião (atual Praça dos Namorados), a
da Praça Celso Ramos e, mais tarde, a da Agronômica. Encontrou-se registro
somente das intervenções realizadas na Estação da Praça XV por meio do autor Átila
Ramos (1986) em seu livro “Memória do Saneamento Desterrense”. Nesse livro, o
autor conta que, após sessenta anos de funcionamento, a instalação ficou obsoleta,
resultando na sua desativação. A partir disso, iniciou-se um processo de depredação
com o desmanche do telhado e a retirada das louças sanitárias das paredes divisórias,
das conexões metálicas e da maior parte do seu piso, composto de ladrilhos
hidráulicos, como mostra o destaque da imagem B da Figura 21. O autor destaca
também que esses eram de origem portuguesa e foram retirados durante a
restauração ocorrida em 1984 e relocados para a entrada principal da edificação,
formando um tapete de dois metros quadrados seguindo a composição original
(RAMOS, 1986).
46

Figura 21 – A: Estação Elevatória da Praça XV B: Foto interna com destaque para o piso de
ladrilho hidráulico.

Fonte: Acervo da autora (2019) e Átila Ramos (1986).

Esta revisão bibliográfica procurou abarcar os antecedentes, o surgimento, o


processo de fabricação e a inserção dos ladrilhos hidráulicos na arquitetura das
cidades brasileiras. Na cidade de Florianópolis, procurou-se compreender mediante
bibliografias o período de introdução dos ladrilhos hidráulicos em algumas das
edificações estudadas. A partir dessa fundamentação, parte-se agora para a análise
dos resultados obtidos e para isso, faz-se necessário apresentar os passos adotados
por essa pesquisa.
47

3. OS LADRILHOS HIDRÁULICOS EM FLORIANÓPOLIS

3.1. LEVANTAMENTO DE CAMPO

Após a delimitação das 55 edificações tombadas individualmente no centro de


Florianópolis como área de abrangência deste estudo, a etapa seguinte foi iniciar os
contatos com as instituições e os proprietários para ser realizado o levantamento de
campo. Os responsáveis pelos imóveis mostraram-se receptíveis, consentindo a
entrada e permitindo registros fotográficos. Somente a antiga Estação de Elevação
Mecânica, localizada na Praça XV de Novembro, não foi possível acesso ou
informações atuais sobre os ladrilhos hidráulicos. Entretanto, como mostrado no
capítulo anterior, há referências bibliográficas que indicam a possível presença de
ladrilhos hidráulicos no seu interior.
Nas edificações em que se confirmaram a presença de ladrilhos hidráulicos,
estes foram fotografados e medidos, com a finalidade de serem inventariados e
analisados posteriormente. Os registros fotográficos procuraram compreender
perspectivas gerais dos ambientes visando mostrar toda a área abrangida pelos
ladrilhos hidráulicos. Fotos detalhando a composição também foram tiradas,
acrescentando uma escala gráfica para o dimensionamento das peças. Para ilustrar
o modo de captura das composições, tem-se a Figura 22, com a vista geral (imagem
A), vista superior (imagem B) e detalhes das peças de borda, acabamento de borda e
preenchimento (imagem C). As fotos utilizadas, como exemplo, são de uma das
composições encontradas na varanda superior da antiga residência do ex-governador
Hercílio Luz.
Durante o levantamento de campo, que ocorreu entre os meses de setembro
de 2018 a julho de 2019, encontraram-se exemplares de ladrilhos hidráulicos em 30
construções. O levantamento também mostrou que desse total, não há presença das
peças em 24 bens tombados, o que não exclui a possibilidade de intervenções e
remoções no passado. A Tabela 2 mostra a listagem das 55 edificações levantadas,
identificando a presença ou não de ladrilhos hidráulicos em cada uma delas.
48

Figura 22 – A: Vista geral de uma das composições encontradas na varanda da antiga


residência do ex-governador Hercílio Luz. B: Vista superior da composição. C: Detalhes
indivuduais das peças.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Tabela 2 – Listagem de edificações tombadas individualmente e presença de ladrilhos


hidráulicos
Presença de Ladrilhos
Edificações Tombadas Individualmente
Hidráulicos
1 Forte Santana Não
2 Forte Santa Bárbara Sim
3 Palácio Cruz e Souza Sim
4 Antiga Casa de Câmara e Cadeia Não
5 Antiga Alfândega Não
6 Antiga Inspetoria de Rios e Portos Não
7 Mercado Público de Florianópolis Sim
8 Casa da Memória Não
9 Arquivo Histórico do Município de Florianópolis Sim
10 Catedral Metropolitana de Florianópolis Sim
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Sim
11
Penitência
12 Igreja Nossa Senhora do Parto Sim
13 Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito Sim
14 Igreja São Sebastião Sim
15 Igreja Evangélica de Confissão Luterana Sim
16 Capela do Menino Deus Sim
17 Capela do Coração de Jesus Não
18 Capela do Divino Espírito Santo Sim
19 Imperial Hospital de Caridade Sim
20 Hospital de Guarnição de Florianópolis Não
21 Hospital e Maternidade Dr. Carlos Corrêa Sim
49

22 Antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo Sim


23 Asilo Irmão Joaquim Não
24 Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) Não
25 Teatro da UBRO Não
26 Antigo Cine Roxy Sim
27 Antigo Cine Ritz Não
28 Colégio Coração de Jesus Sim
29 Antiga Escola Alemã Não
30 Escola de Educação Básica Lauro Mueller Sim
31 Escola Básica Silveira de Souza Sim
32 Antiga Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina Sim
33 Colégio Catarinense Sim
34 Antigo Instituto Politécnico (Casa José Boiteux) Sim
35 Museu da Escola Catarinense (MESC) Não
36 Escola Estadual Antonieta de Barros Sim
37 Superintendência do Patrimônio da União em SC Não
38 Quartel do Comando Geral da Polícia Militar em SC Não
39 Prédio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo Não
Antiga Estação de Elevação Mecânica - Praça XV de
40 Sem confirmação
Novembro
Antiga Estação de Elevação Mecânica - Praça dos Não
41
Namorados
42 Casa Natal de Vitor Meirelles (Museu Victor Meirelles) Não
43 Sobrados Oitocentistas – Círculo Ítalo-Brasileiro, n. 340 Sim
44 Sobrados Oitocentistas – Teatro Armação, n. 334 Não
45 Sobrados Oitocentistas – Restaurante Mirantes, n. 348 Não
46 Sobrados Oitocentistas – Café Kairós, n. 352 Sim
47 Sobrados Oitocentistas – Edificação n. 16 Não
48 Casa de Azulejos - Praça XV de Novembro Sim
49 Antiga Residência do ex-Governador Nereu Ramos Sim
50 Antiga Residência do Historiador Oswaldo R. Cabral Sim
51 Antiga Residência do ex-Governador Hercílio Luz Sim
Antiga Residência do Barão Dietrich Freiherr Von Não
52
Wangenheim (Casa do Barão)
Antiga Casa do Bispo (Mitra Metropolitana de Sim
53
Floranópolis)
54 Antigo Conjunto Fabril da Rita Maria Não
55 Forno Incinerador de Lixo Não
Fonte: Dados elaborados pela autora, 2019.

O processo de levantamento contou ainda com uma pesquisa individualizada


sobre as 55 edificações. Nessa busca, procurou-se saber o uso atual dos imóveis, o
ano de construção, a esfera de tombamento e o estilo arquitetônico. Além disso, o
local de aplicação dos ladrilhos hidráulicos, quando esses foram encontrados, também
foi verificado. Os ladrilhos hidráulicos, por sua vez, foram analisados segundo os
50

elementos visuais: formato, tamanho, textura e cor. Outras características como


motivos, formas, modos de aplicação e estado de conservação também foram
incluídas (WONG, 1998).
Sobre as cores, este estudo optou por defini-las por meio do círculo cromático
das cores-pigmento opacas, somando-se a estas as cores neutras. Segundo o autor
Israel Pedrosa (2009), as cores-pigmento são utilizadas por “todos os que trabalham
com substâncias corantes opacas (cores-pigmento, às vezes denominadas cores de
refletância ou cores-tinta) as cores indecomponíveis são o vermelho, amarelo e o azul”
(PEDROSA, 2009, p. 6). Ainda, segundo o autor, quando misturadas, as cores
pigmento geram o cinza-neutro por síntese subtrativa.
Na Figura 23, está representado o círculo cromático de cores-pigmento
opacas utilizado na classificação. Como se vê esse círculo é divido em cores
primárias, secundárias e terciárias. As cores primárias são o vermelho, amarelo e azul.
As cores secundárias são o laranja, o verde e a violeta. E as terciárias são o vermelho-
alaranjado, o amarelo-alaranjado, o amarelo-esverdeado, o azul-esverdeado, o azul-
violetado e o vermelho-violetado (que se convencionou chamar de bordô). Já as cores
neutras empregadas na classificação foram o branco, preto, cinza, marrom, bege e
creme.

Figura 23 - Círculo cromático das cores-pigmento opacas.

Fonte: https://www.fixbitt.com/blog/2020/01/circulo-cromatico-o-guia-definitivo,
adaptado pela autora, 2020.
51

Quanto aos motivos, foram encontradas oito categorias de classificação,


nomeadas conforme as padronagens encontradas. Alguns exemplos dessas podem
ser vistos na Figura 24, que constam os motivos floral (imagem A), estrela (imagem
B), arabesco (imagem C), chevron (imagem D), abstrato (imagem E), tridimensional
(imagem F), xadrez (imagem G) e trama (imagem H). Essas categorias foram
utilizadas tanto para classificar bordas como preenchimentos internos.

Figura 24 - Exemplos de motivos encontrados nos desenhos dos ladrilhos hidráulicos.


A: Floral. B: Estrela. C: Arabesco. D: Chevron. E: Abstrato. F: Tridimensional. G: Xadrez.
H: Trama.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

As composições de borda e preenchimentos internos foram classificadas


também segundo a forma plana dos desenhos. Para Wucius Wong (1998), a forma
enquanto plano pode ser classificada em seis categorias, sendo que neste estudo
utilizou-se apenas quatro: geométrica (construídas matematicamente), orgânica
(curvas livres, fluidez e crescimento), retilínea (linhas retas) e irregular (linhas retas e
curvas). As categorias feitas à mão e acidentais não foram incluídas na classificação
das peças, devido ao fato de os ladrilhos hidráulicos serem artigos manufaturados. A
Figura 25 mostra alguns exemplos das formas encontrados nas bordas.
Quanto ao modo de aplicação dos ladrilhos hidráulicos, a classificação se
diferenciou para as peças de borda e para os preenchimentos. As peças de borda
foram classificadas como peça única, lado a lado e duas peças, exemplificadas pela
Figura 26. As peças únicas (imagem A) são independentes e podem ser aplicadas em
qualquer sentido sem prejudicar o desenho da composição – neste estudo as peças
sem motivos foram inseridas nessa categoria. As aplicadas lado a lado (imagem B),
52

formam o desenho apenas quando estão enfileiradas, dependendo das adjacentes.


Já as bordas classificadas como duas peças (imagem C) formam o desenho somente
quando aplicada em pares.

Figura 25 - Exemplos das formas encontradas nos desenhos dos ladrilhos hidráulicos.
A: Geométrica. B: Orgânica. C: Retilínea. D: Irregular.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Figura 26 - Modo de aplicação das peças de borda.


A: Peça única. B: Lado a lado. C: Duas peças.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Contudo, uma particularidade dos ladrilhos hidráulicos de borda é apresentar


desenhos diferentes para os acabamentos de canto, como se vê pela Figura 27. A
partir do levantamento percebeu-se que existem dois tipos de acabamentos de canto:
peças de borda produzidas para esse arremate (imagem A) e peças de borda cortadas
e unidas a 45º (imagem B). Existem também as composições que apresentam bordas,
mas não apresentam peças de canto (imagem C).

Figura 27 - Tipos de canto de borda encontrados em composições com borda.


A: Peça para arremate. B: Peças de borda cortada. C: Sem peça de canto.

Fonte: Acervo da autora, 2019.


53

O modo de aplicação dos preenchimentos, por sua vez, dividiu-se em peça


única, quatro peças e contínuo (Figura 28). A classificação de peça única nos
preenchimentos segue a mesma definição das bordas, são peças que podem ser
aplicadas independentemente do sentido, mantendo o desenho (imagem A). As
composições formadas por quatro peças podem variar conforme são rotacionados ou
espelhados os ladrilhos hidráulicos, mas o desenho mantém-se limitado a este
número de peças (imagens B e C). As peças classificadas como contínuas são sempre
aplicadas no mesmo sentido para que o desenho seja formado (imagem D).

Figura 28 - Modo de aplicação das peças de preenchimento. A: Peça única. B: Quatro


peças: rotacionadas em 90º. B: Quatro peças: rotacionadas em 180º e espelhadas.
D: Contínuo.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Com base nas informações reunidas e nos critérios definidos anteriormente,


foram preenchidas fichas de inventário para cada uma das composições localizadas
entre as 55 edificações. Este inventário pode ser acompanhado no apêndice deste
trabalho e os resultados obtidos por meio dele foram discutidos nos subcapítulos
apresentados a seguir.

3.1.1. Análise das Edificações Levantadas

Para a posterior discussão sobre as composições gráficas encontradas, faz-


se necessário apresentar primeiramente informações gerais sobre as edificações
abrangidas por essa pesquisa. Essas informações foram coletadas inicialmente
visando compreender os potenciais dos imóveis estudados quanto à presença dos
ladrilhos hidráulicos, mas também viabilizaram a organização do levantamento e as
buscas nos arquivos públicos. Assim, investigou-se o período de construção desses
imóveis, o estilo arquitetônico de cada um, seus usos atuais, e por fim, a esfera de
tombamento no qual se enquadram.
54

Quanto ao período de construção, analisaram-se os edifícios separando-os


pelos séculos XVIII, XIX e XX, como mostra o gráfico da Figura 29. O maior número
de construções corresponde ao século XX, com o total de 27 imóveis; seguido século
XIX, com 20 edificações e, por último, o século XVIII, com um total de 8 bens
tombados. Conhecer o momento histórico no qual essas edificações foram
construídas permitiu que se avaliasse o potencial de se encontrar ladrilhos hidráulicos
nos imóveis abrangidos. Logo, constatar que, dos 55 imóveis, 47 foram construídos
entre os séculos XIX e XX foi um resultado expressivo quando comparado com o
período de surgimento dos ladrilhos hidráulicos, final do século XIX e início do século
XX.

Figura 29 - Períodos de construção a partir do total de edificações pesquisadas.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Outro dado importante se refere ao estilo arquitetônico das edificações


abrangidas. Foram observados nove estilos diferentes entre os imóveis visitados, são
eles: Luso-brasileiro, Barroco, Neoclássico, Eclético, Art Déco, Art Nouveau,
Neocolonial e Industrial. Reconhecidos os estilos, pôde-se notar uma predominância
do Eclético em relação às demais linguagens encontradas, sendo um total de 37 bens
(Figura 30). Esse dado se faz relevante, pois a essa arquitetura é característica
Ecletismo, período que possibilitou o uso de novas tecnologias construtivas, entre elas
o ladrilho hidráulico.
Na sequência aparece o Luso-brasileiro em sete edificações; o Neoclássico e
o Art Déco, ambos em três edificações cada; o Art Nouveau presente em duas
edificações; e o Neocolonial e Industrial com um exemplar de cada estilo. Apenas a
edificação conjunta ao Forno Incinerador não foi possível definir o estilo arquitetônico.
55

Figura 30 - Estilo arquitetônico a partir do total de edificações pesquisadas.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Ainda foram estabelecidos os usos atuais relativos aos 55 bens pesquisados.


Essa classificação se dividiu em institucional, comercial, hospitalar, educacional, lazer,
religioso e misto. Observando o gráfico da Figura 31, vê-se que o uso institucional foi
o mais recorrente, com um total de 16 imóveis; seguido pelos usos comercial e
religioso em nove edificações; educacional em sete; de lazer em quatro e hospitalar
em três. Verificou-se, ainda, apenas um caso de uso misto (institucional e comercial),
a Antiga Alfândega. Foram contabilizados também seis imóveis sem uso até o
momento da realização da pesquisa. A partir desses resultados, foi possível estruturar
o levantamento de campo organizando as visitas conforme a acessibilidade às
edificações. Para isso, verificaram-se os horários de funcionamento e de abertura ao
público para usos como comercial, religioso e lazer e solicitado aos responsáveis e
aos órgãos competentes permissão para a visitação e para as fotografias de usos
como institucionais, educacional e hospitalar.

Figura 31 - Uso do solo a partir do total de edificações pesquisadas.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.


56

Foram incluídas ainda nos parâmetros de análise as esferas de tombamento


municipal, estadual e federal, como apresentado na Figura 32. O gráfico mostra que
do total, 40 edificações são tombadas apenas pela esfera municipal; duas são
tombadas apenas pela esfera estadual e duas, apenas pela esfera federal. Verificou-
se, também, que em algumas das edificações há a sobreposição das esferas de
tombamento. Logo, contabilizaram-se nove imóveis tombados conjuntamente pelo
munícipio e pelo estado e dois imóveis tombados tanto pelo município como pela
União. Como um dos objetivos dessa pesquisa se propôs a investigar a história dos
ladrilhos hidráulicos, identificar as esferas de tombamento foi relevante, como forma
de orientar as buscas por documentos, registros fotográficos e projetos originais e de
intervenção nos arquivos públicos dos órgãos de preservação.

Figura 32 - Esferas de tombamento a partir do total de edificações pesquisadas.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Conhecidos os resultados dos períodos de construção, estilos arquitetônicos,


usos do solo e esferas de tombamento das 55 edificações abrangidas por essa
pesquisa, parte-se para explorar os mesmos critérios nos 30 imóveis tombados que
apresentaram exemplares de ladrilhos hidráulicos. Enquanto os resultados anteriores
foram importantes para avaliar e direcionar o início da pesquisa, os resultados a seguir
tem como intuito compará-los, mas também apresentá-los para que sejam
relacionados com os dados obtidos a partir das composições gráficas encontradas.
Sendo assim, a primeira análise realizou-se a partir da comparação entre os
períodos de construção do total de imóveis levantados e das edificações que
apresentaram ladrilhos hidráulicos, como mostra a Figura 33. Observando o gráfico
B, percebe-se que as edificações do século XX mantiveram a maior concentração de
57

ladrilhos hidráulicos, com um total de 15 bens. O segundo período de construção mais


numeroso conservou-se, no século XIX, com 10 edificações. E por último, o século
XVIII, somando-se 5 edificações. Tomando novamente os séculos XIX e XX para
comparação entre os gráficos, nota-se que mais da metade das edificações
apresentaram ladrilhos hidráulicos durante o levantamento. Contudo, o resultado para
os imóveis construídos no século XVIII foi bem curioso, pois mostrou que das oito
edificações pesquisadas, cinco apresentam ladrilhos hidráulicos. Isso indica que, em
um determinado momento, essas construções receberam intervenções para a
aplicação dos ladrilhos hidráulicos.

Figura 33 - Comparação entre os Séculos de Construção


A: Total das edificações pesquisadas. B: Edificações com ladrilhos hidráulicos.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Em relação às linguagens arquitetônicas, quando comparado os gráficos A


e B (Figura 34), nota-se que o estilo mais presente continua sendo o estilo eclético,
mesmo que 17 edificações desse estilo não apresentem ladrilhos hidráulicos. Isso se
dá pelo expressivo número de construções dessa linguagem arquitetônica abarcadas
por este trabalho. Quanto às edificações luso-brasileiras, vê-se que das sete, quatro
possuem ladrilhos hidráulicos. Sobre os três imóveis de linguagem Art Déco, percebe-
se que apenas um não possui ladrilhos hidráulicos. Já as duas construções Art
Nouveau compreendidas nessa pesquisa, ambas apresentaram composições, fato
que também ocorreu com única edificação Neocolonial estudada. O imóvel de estilo
Industrial e a edificação conjunta ao Forno Incinerador (sem definição) não foram
contabilizadas no gráfico B, pois não apresentaram composições de ladrilhos
hidráulicos.
58

Figura 34 - Comparação entre os Estilos Arquitetônicos


A: Total das edificações pesquisadas. B: Edificações com ladrilhos hidráulicos.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

O uso do solo foi o único parâmetro que mostrou resultados diferentes


quando comparados os Gráficos A e B, como se vê na Figura 35. Enquanto no Gráfico
A - que se refere ao total de edificações pesquisadas - há um predomínio do uso
institucional, no Gráfico B - que mostram os resultados a partir das edificações com
ladrilhos hidráulicos - há um maior número de edificações de uso religioso. Ainda
comparando os dois gráficos, percebe-se que apenas um imóvel do uso religioso não
possui ladrilhos hidráulicos. Outro ponto interessante a ser observado é que não foi
observada a presença de ladrilhos hidráulicos em edificações de uso misto, grupo
representado apenas pela Antiga Alfândega.

Figura 35 - Comparação entre Uso do Solo Atual


A: Total das edificações pesquisadas. B Edificações com ladrilhos hidráulicos.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.


59

Na continuidade, analisaram-se as esferas de tombamento das edificações


com ladrilhos hidráulicos (Gráfico B, Figura 36) relacionando-as aos resultados totais
(Gráfico A, da Figura 36). A partir do Gráfico B, nota-se que a esfera municipal se
mantém a frente das demais com 21 imóveis tombados. As esferas municipal e
estadual que possuem proteção conjunta aparecem em sete edificações e as esferas
municipal e federal, individualmente, são responsáveis pela proteção de uma
edificação com exemplares de ladrilhos hidráulicos, cada. No Gráfico B, ainda se pode
perceber que as edificações protegidas conjuntamente pelas esferas municipal e
federal não foram contabilizadas. Isso porque os dois imóveis mostrados no Gráfico
A não apresentaram exemplares de ladrilhos hidráulico. São eles: a Antiga Alfândega
e a Casa Natal de Victor Meirelles, atual Museu Victor Meirelles.

Figura 36 - Comparação entre Esferas de Tombamento


A: Total das edificações pesquisadas. B: Edificações com ladrilhos hidráulicos.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

3.1.2. Análise Gráfica das Composições Encontradas

Conhecidos os aspectos gerais das edificações pesquisadas e após


relacioná-los com os imóveis em que foram encontrados exemplares de ladrilhos
hidráulicos, busca-se agora analisar as composições gráficas encontradas durante o
levantamento de campo.
A partir das 30 edificações com exemplares de ladrilhos hidráulicos, foram
identificadas 81 composições gráficas, um número significativo que foi inventariado e
analisado. Esta quantidade se deve ao fato de que mais da metade dos imóveis com
ladrilhos hidráulicos (56%) apresentam mais de uma composição gráfica, como pode
ser visto na Figura 37. Conforme o gráfico abaixo, em 17 edificações foram
60

encontrados até 10 tipos diferentes de desenhos. A maior diversidade verificou-se na


Capela Menino Deus, imóvel contíguo ao Imperial Hospital de Caridade de
Florianópolis. O número de edificações com apenas uma composição completa o total,
aparecendo em 44% dos casos, ou seja, em 13 dos imóveis levantados.

Figura 37 - Número de composições gráficas por edificações com ladrilhos hidráulicos.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Também se analisaram os mais variados locais de aplicação das 81


composições gráficas encontradas. Os ladrilhos hidráulicos apareceram em 22
lugares diferentes durante o levantamento de campo, mas concentraram-se
especialmente nas circulações (16 composições), entradas (10 composições),
varandas (10 composições), naves (6 composições) e sanitários (6 composições).
Esses resultados foram contabilizados de modo geral e correspondem a,
aproximadamente, 60% das edificações pesquisadas. Entretanto, julgou-se mais
coerente apresentar os locais de aplicações relacionando-os com os usos atuais das
edificações, visto que alguns usos apresentam espaços e cômodos específicos.
Sendo assim, elaborou-se o gráfico da Figura 38, que contempla os sete usos do solo
conhecidos dessa pesquisa e os lugares nos quais as composições estão aplicadas.
Pode-se ver, ainda nesse gráfico, o número de vezes que as composições se repetem
em determinado uso.
Segundo o gráfico da Figura 38, é possível constatar que o uso religioso
possui a maior diversidade de locais de aplicação. Nesse uso, os ladrilhos hidráulicos
estão presentes em 13 lugares diferentes, como naves, sacristias, entradas, coros,
altares, consistórios e outros espaços de apoio. Deve-se atentar ainda para o fato de
que todas as igrejas e as capelas com peças de ladrilhos hidráulicos apresentam o
61

artefato em suas naves. Seguindo adiante, ao se observar o uso hospitalar,


representadas nesses estudo pelo Imperial Hospital de Caridade de Florianópolis e
pelo Hospital e Maternidade Dr. Carlos Corrêa, percebe-se que os locais de
concentração dos ladrilhos hidráulicos estão nas circulações. Outros espaços em que
também se encontram peças de ladrilhos hidráulicos foram a academia para
professores e funcionários do Colégio Bom Jesus Coração de Jesus e nos salões dos
cafés Sorrentino e Kairós.

Figura 38 - Locais de aplicação conforme o Uso do solo.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Ainda sobre o café Kairós (sobrado oitocentista nº 352 situado na Praça XV


de Novembro), deve-se relatar que se identificou uma composição formada por
ladrilhos hidráulicos com cores e padronagens distintas. Como pode-se ver na Figura
39, a diversidade de peças nesse conjunto torna incongruente analisar aspectos como
62

cor, motivo e forma a partir da metodologia proposta. Dessa forma, tais aspectos não
foram inclusos durante a análise exploratória de dados a seguir, mas podem ser
observados na ficha de inventário referente a essa edificação no apêndice desse
trabalho. Por outro lado, a análise realizada ainda abarca as demais características
dessa composição e da edificação.

Figura 39 – Composição de ladrilhos hidráulicos encontrados na edificação n. 352, um dos


sobrados oitocentistas da Praça XV de Novembro.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Esclarecido esse ponto, parte-se agora para explorar os ladrilhos hidráulicos


por meio de alguns dos princípios da linguagem visual abordados pelo autor Wucius
Wong (1998). Para tal, analisaram-se os elementos visuais, tais como: formato,
tamanho, textura e cor e, também, as formas planas do desenho a partir dos formatos
geométrico, orgânico, retilíneo e irregular. Foram adicionados ainda outros itens
considerados importantes para os estudos das peças e das composições gráficas, são
eles: os motivos, o modo de aplicação e o estado de conservação.

3.1.2.1. Os Elementos Visuais

A linguagem visual segundo Wucius Wong “constitui a base de criação do


desenho” (1998, p. 41) e tem princípios, conceitos e regras que podem ser utilizados
para ampliar a capacidade de organização visual de um desenhista. Como forma de
interpretar a linguagem visual, o autor lista quatro elementos que podem ser
observados: os elementos conceituais, os elementos visuais, os elementos relacionais
63

e os elementos práticos. Nesta pesquisa, optou-se apenas por analisar as


composições gráficas dos ladrilhos hidráulicos mediante elementos visuais, que são
divididos em formato, tamanho, textura e cor (WONG, 1998).
Quanto aos formatos e tamanhos, há uma predominância do formato
quadrado com tamanho de lado de 20 cm, modelo considerado padrão para a
produção dos ladrilhos hidráulicos. Essa combinação aparece em 76 das 81
combinações encontradas.
Por outro lado, foram as exceções a esse modelo que tornaram a pesquisa
ainda mais interessante. Outros tamanhos, como 15 x 15 cm, apareceram no passeio
do Palácio Cruz e Sousa (imagem A da Figura 40), na varanda interna da Escola de
Educação Básica Lauro Mueller (imagem B da Figura 40) e em uma circulação no
Colégio Bom Jesus Coração de Jesus (imagem C da Figura 40) . Já o tamanho 10 x
10 cm foi localizado como detalhe no piso da copa do Arquivo Histórico do Município
de Florianópolis. Esse pequeno ladrilho, mostrado na imagem D da Figura 40, forma
uma composição com outro, de medida 20 x 20 cm. Em todos esses locais as peças
são quadradas.

Figura 40 – A, B e C: Ladrilhos hidráulicos com tamanho 15 x 15 cm.


D: Ladrilho hidráulico com tamanho 10 x 10 cm.

Fonte: Imagem A: Acervo da autora, 2019.

Além do quadrado, outro formato encontrado foi o hexagonal. Esse formato,


de lado 1,5 cm, foi localizado apenas na antiga residência do historiador Oswaldo R.
Cabral, nos cômodos copa e sanitário. É importante salientar que a singularidade
64

dessas peças vai além do seu formato e tamanho. As duas composições são os únicos
exemplares, localizados por essa pesquisa, de peças monocromáticas aplicadas de
modo a formarem um motivo. Atualmente, podem-se ver, na edificação, apenas os
ladrilhos hidráulicos da copa, pois a composição do sanitário foi encoberta por um
novo piso durante a Casa Cor 2016 (Figura 41).

Figura 41 - A: Copa da antiga residência do historiador Oswaldo R. Cabral. B: Sanitário da


mesma edificação antes da intervenção. C: Local após a intervenção da Casa Cor 2016.

Fonte: A: Acervo da autora, 2019. B: Acervo cedido pela Prospectiva – Arquitetura, Restauro e
Consultoria, 2016. C: Instagram do Studio Um Interiores, @studiouminteriores, 2020.

Em relação as texturas, foram compreendidos nesse quesito peças que


apresentassem desenhos formados a partir de vincos, sulcos ou incisões. Os
resultados apontaram para uma predominância de ladrilhos hidráulicos sem textura,
ou seja, com superfícies lisas. A única edificação a apresentar ladrilhos hidráulicos
com textura foi a Escola Básica Silveira de Souza (Figura 42). Esse exemplar possui
formato quadrado com 20 cm de lado e suas ranhuras são perpendiculares formando
quadrados menores.
Outra característica que também encanta nas peças de ladrilhos hidráulicos
são as cores. Tomando por base o círculo cromático, encontraram-se 15 diferentes
cores, divididas entre cores neutras, primárias, secundárias e terciárias, como se pode
ver no gráfico da Figura 43. As cores neutras foram as mais observadas nas peças
estudadas, sendo a cor branca a mais aplicada. Essa cor foi vista em 70 composições.
Preto foi a segunda mais utilizada, aparecendo em 38 composições, seguida pelo
cinza em 31 composições. Outras cores neutras como o marrom, o bege e o creme
também se encontraram em menores quantidades.
65

Figura 42 – Ladrilhos hidráulicos com textura encontrados na varanda da Escola Básica


Silveira de Souza.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

O gráfico também mostra que entre as cores primárias (amarelo, vermelho e


azul), o vermelho é a cor mais empregada nos ladrilhos, sendo encontrada em 24
composições. O amarelo e azul, aparecem em 8 e 5 composições, respectivamente.
Já entre as cores secundárias, a única avistada foi a cor verde, em oito composições.
Das terciárias, o vermelho-violetado - que se aproxima do bordô - é o mais frequente
(15 composições), mas também se encontram as cores amarelo-alaranjado (1),
vermelho-alaranjado (2), azul-violetado (1) e azul-esverdeado (1).
Analisou-se, ainda, a quantidade de cores por composição de ladrilhos
hidráulicos. Como mostra o gráfico da Figura 44, o número máximo encontrado em
uma composição foi de cinco cores. Essas peças foram localizadas no Palácio Cruz e
Sousa (imagem A), no Colégio Bom Jesus Coração de Jesus (imagem B), na Escola
de Educação Básica Lauro Mueller (imagem C) e na residência do ex-governador
Nereu Ramos, atual sede da Fundação Cultural Badesc (imagem D).
Contudo, as composições com duas cores são as mais frequentes e foram
encontradas em 37 conjuntos. Ainda, em um número significativo de composições, os
ladrilhos hidráulicos com três cores estão em um total de 29 conjuntos de peças.
Composições com quatro cores aparecem nessa pesquisa apenas seis vezes. As
composições completamente monocromáticas são as de menor número, elas
aparecem em apenas na Escola Básica Silveira de Souza (Figura 42).
66

Figura 43 – Quantidade de cores encontradas classificadas segundo o círculo cromático das


cores-pigmento opacas.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Figura 44 - Quantidade de cores encontras nas composições de ladrilhos hidráulicos.


A, B C e D: Composições com cinco cores.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.


67

O gráfico da Figura 44 mostra também que em três locais não se conseguiram


definir as cores das peças de ladrilhos hidráulicos devido ao desgaste e sujidade que
esses se encontravam. As imagens A, B e C da Figura 45 revelam o estado de
conservação atual dos ladrilhos hidráulicos na nave da Igreja Nossa Senhora do Parto,
no piso da academia do Colégio Bom Jesus Coração de Jesus e na circulação da
Escola Estadual Antonieta de Barros, respectivamente.

Figura 45 - A: nave da Igreja Nossa Senhora do Parto. B: academia do Colégio Bom Jesus
Coração de Jesus. C: circulação da Escola Estadual Antonieta de Barros.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Comparando as três edificações e suas composições, não foram percebidas


similaridades que justificassem a impossibilidade de identificação das cores.
Especula-se, no entanto, que pelo fato de os ladrilhos hidráulicos da Imagem A se
localizarem na entrada da Igreja Nossa Senhora do Parto, esses possam ter se
desgastado pela exposição a intempéries. Já as peças das imagens B e C, essa
suposição não se justifica, pois estes estão aplicados em locais protegidos. Outros
fatores como a aplicação de produtos de limpeza, conservação e, até mesmo, a
qualidade técnica dos ladrilhos hidráulicos podem ser os motivos que dificultaram a
definição da colocação dos três exemplares estudados.

3.1.2.2. Os Motivos e as Formas

Apresentados os elementos visuais (formato, tamanho, textura e cor)


prosseguiu-se estudando os ladrilhos hidráulicos a partir das padronagens
encontradas. As peças foram divididas em bordas, preenchimentos internos e
detalhes; nomeadas segundo os motivos e as formas que apresentavam e
identificadas pelo seu modo de aplicação.
68

As bordas têm a função de delimitar o desenho central, formando um


acabamento ao redor das peças de preenchimento e tornando a composição ainda
mais elaborada. Analisando as 8011 composições viu-se que 43 apresentam a peça
de borda. Dentre as mais variadas formas, os desenhos desse acabamento se
concentraram em três principais motivos: abstrato, arabesco e floral (Figura 46).

Figura 46 - Classificação das peças de borda segundo seus motivos e formas.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

O motivo abstrato, como se percebe pelo gráfico da Figura 46, é o mais


presente entre as bordas, pois está em 32 composições. Seus desenhos têm formas
geométricas (24), irregulares (4) e retilíneas (4). No motivo arabesco, presente em
quatro composições, acham-se desenhos com formas orgânicas. O floral, também em
quatro composições, divide-se em formas geométricas (2), orgânicas (1) e irregulares
(1). Houve ainda edificações com exemplares de ladrilhos hidráulicos que não

11Desconta-se a composição do Café Kairós que não foi analisada segundo os aspectos cor, motivo e forma
devido a sua diversidade de peças.
69

possuíam motivos, as três composições encontradas eram lisas, monocromáticas e


se localizam no altar da Igreja São Sebastião, no salão do Café Sorrentino (Cine Roxy)
e no depósito do Colégio Catarinense.
O modo de aplicação das peças de borda também foi um parâmetro
incluído na análise dessa pesquisa. O gráfico A da Figura 47 mostra que o modo mais
comum de aplicação das bordas são as peças assentadas lado a lado,
correspondendo a 91% das composições levantadas. As outras disposições de
bordas, que equivalem a 9% do total, são formadas por peças únicas (3) e duas peças
(1). A única composição na qual o acabamento é formado por duas peças foi
encontrado no passeio em frente ao Palácio Cruz e Sousa (imagem C da Figura 27).
É importante destacar que esse exemplar além de formar o desenho combinando
duas peças, ele também foi assentado lado a lado, de modo a dar continuidade ao
padrão. Esse foi o único modelo de borda localizado com essa configuração.
Sobre o acabamento de borda (gráfico B da Figura 47) foi possível perceber
que 81% das composições com borda apresentaram peças produzidas especialmente
para esse arremate. Em 19% dos casos, o acabamento é feito por meio da junção de
peças de borda cortadas a 45º.

Figura 47 - Gráfico A: Modo de aplicação das peças de borda. Gráfico B: Acabamento de


borda.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Assim como as peças de bordas, os preenchimentos internos das


composições também foram estudados. Segundos os resultados obtidos, viu-se que
todas as 80 composições possuem peças de preenchimento interno. Por intermédio
do gráfico da Figura 48, pode-se verificar que o motivo mais encontrado nesses
ladrilhos hidráulicos foi o abstrato (23), mas outros também foram vistos e
70

contabilizados nessa pesquisa. São eles: estrela (16), tridimensional (12), floral (11),
xadrez (4), arabesco (4), chevron (2) e trama (1). Os ladrilhos hidráulicos sem motivos
também foram levantados e correspondem a seis composições. Quanto à forma do
desenho, observando o gráfico da Figura 48, percebe-se que a mais recorrente é a
forma geométrica, presente em 61 composições com mais variados motivos. Vê-se
ainda que, em alguns casos, como no abstrato, estrela, tridimensional, xadrez,
chevron e trama, essa é a única forma presente. Os motivos florais e arabescos foram
os únicos a apresentar formas irregulares (7 composições), sendo que formas
orgânicas foram encontradas apenas no motivo floral (3 composições).

Figura 48 - Classificação das peças de preenchimento segundo seus motivos e formas.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.


71

É importante destacar que durante a análise das peças de preenchimento,


duas composições combinaram mais de um motivo. Como mostra a Figura 49, elas
possuem formas irregulares e estão situadas na Casa do Bispo (imagem A) e no
Palácio Cruz e Sousa (imagem B). Os ladrilhos hidráulicos encontrados na Casa do
Bispo foram classificados como floral e trama, já as peças do Palácio Cruz e Sousa,
como floral e chevron.

Figura 49 – A: Composição encontrada na Casa do Bispo com motivos floral e trama.


B: Composição encontrada no Palácio Cruz e Sousa com motivos floral e chevron.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Também foram analisados, neste trabalho, a maneira com que esses ladrilhos
hidráulicos de preenchimento foram aplicados nas composições. Para isso, dividiu-
se o modo de aplicação em peça única, quatro peças e contínuo. Segundo o gráfico
da Figura 50, o modo de aplicação mais presente entre as composições é o que
apresenta peças únicas, aparecendo em 33 dos 80 conjuntos estudados. Os outros
dois modos de aplicação, contínuo e quatro peças, surgem em 23 e 24 composições,
respectivamente.

Figura 50 - Modo de aplicação das peças de preenchimento.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.


72

Quanto aos detalhes, esses foram observados em duas edificações: no


Arquivo Público Municipal e na Igreja Nossa Senhora do Parto. Os detalhes são peças
de destaque nas composições ou empregadas na edificação para evidenciar uma área
específica. As peças classificadas como detalhes podem ser vistas na Figura 51.
Na imagem A, tem-se um ladrilho hidráulico nas dimensões 10 x 10 cm (único
exemplar encontrado nesse tamanho) combinado com peças brancas 20 x 20 cm.
Acredita-se que essa composição tenha sido pensada de modo a destacar as
pequenas peças coloridas, que possui formas orgânicas e com motivo arabesco. Já o
outro detalhe está localizado na entrada da Igreja Nossa Senhora do Parto, como
mostra a imagem B. Apesar do seu precário estado de conservação e a
impossibilidade de distinguir as cores, o desenho geométrico visto nestes ladrilhos
não foi encontrado em nenhum outro espaço da igreja. Além disso, eles não são
continuidade de nenhum dos outros dois modelos de borda vistos na nave.
Considerou-se, então, a possibilidade de que esses tenham sido utilizados para
demarcar a entrada do local.

Figura 51 – A: Ladrilhos hidráulicos da copa do Arquivo Público Municipal.


B: Ladrilhos hidráulicos da entrada da Igreja Nossa Senhora do Parto.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

3.1.3. Análise Comparativa dos Motivos Encontrados

Mais do que analisar as peças individualmente, faz-se necessário associar e


comparar os ladrilhos hidráulicos encontrados por essa pesquisa de modo unificado.
Como ferramenta dessa análise, utilizaram-se as fichas de inventário, que se
73

mostraram essenciais nesse processo. A partir delas, foi possível visualizar as


composições e as características criando correlações entre os motivos, formas, locais
de aplicação, cores, entre outros. Também foram suporte para essa análise
documentos encontrados nos acervos públicos Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Urbano (SMDU) e Fundação
Catarinense de Cultural (FCC) e cedidos por particulares, que mostravam as
intervenções realizadas em algumas composições ao longo dos anos.
Como visto anteriormente, os ladrilhos hidráulicos com motivos abstratos
são os mais presentes entre as edificações abrangidas, eles estão em 22 das 78
composições estudadas. Entretanto, mesmo dentre os mais variados desenhos,
reconheceram-se semelhanças em apenas duas padronagens. Na primeira, mostrada
na Figura 52, há três composições que não são idênticas, mas que, quando
comparadas, se percebe uma similaridade nas suas formas. Os losangos, originados
a partir de formas retas combinadas entre quatro peças e dispostas em diferentes
sentidos, é a característica principal, mesmo que possuam cores diferentes. Essas
composições encontram-se aplicadas em locais e em edificações de uso distintos. O
conjunto da imagem A localiza-se em uma área de estar da Agência de Fomento do
Estado de Santa Catarina (BADESC), o conjunto da imagem B está na entrada da
capela do Colégio Bom Jesus Coração de Jesus e o conjunto da imagem C acha-se
na entrada da Igreja Luterana.

Figura 52 - Composições com formas semelhantes. A: Igreja Luterana. B: Colégio


Bom Jesus Coração de Jesus. C: Agência de Fomento do Estado de SC - S/A
BADESC.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Uma segunda padronagem com motivo abstrato se repete em quatro


edificações: no coro da Catedral Metropolitana de Florianópolis (imagem A da Figura
53), na varanda da Agência de Fomento do Estado de SC (BADESC) (imagem B da
Figura 53), na nave da Igreja Nossa Senhora do Parto (imagem C da Figura 53) e nos
74

sanitários da Casa José Boiteux (imagem D da Figura 53). Como se percebe pelas
imagens, há uma coincidência entre as composições A, B e C, pois essas apresentam
os mesmos desenhos, tanto em borda como em preenchimento e cores. A imagem C,
no entanto, destoa-se das demais, não pelo desenho, que se mantém, mas pelas
cores e por não apresentar borda.

Figura 53 – Composições com a mesma padronagem de preenchimento.


A: Catedral Metropolitana de Florianópolis. B: Agência de Fomento do Estado de SC
(BADESC). C: Igreja Nossa Senhora do Parto. Imagem D: Casa José Boiteux.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Observando ainda a imagem D da Figura 53 e a imagem A da Figura 54,


percebe-se que o ladrilho hidráulico dos sanitários está exposto em um pequeno
trecho protegido por um vidro. Isso acontece não somente nos sanitários, mas em
todos os ladrilhos hidráulicos do segundo pavimento da Casa José Boiteux. A imagem
B da Figura 54 mostra um trecho da circulação da edificação com a mesma
intervenção. As composições do térreo também sofreram modificações, como
mostram as imagens B e C da Figura 54, mas não foram encobertos por vidro. A
diferença entre as intervenções do primeiro e do segundo pavimentos é visível. No
primeiro pavimento, os ladrilhos hidráulicos foram sobrepostos por um piso granito e
deixados expostos partes dos antigos pisos. No térreo, as peças foram retiradas e
substituídas pelo mesmo piso de granito (imagens C e D da Figura 54).
75

Figura 54 – Intervenções nos pisos de ladrilhos hidráulicos da Casa José Boiteux. A:


ladrilhos hidráulicos dos sanitários. B: Ladrilhos hidráulicos das circulações do pavimento
superior. C: Composições do Térreo.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

A data dessa intervenção não pôde ser confirmada, mas estima-se que tenha
ocorrido após o ano de 2007, devido a dois projetos arquitetônicos encontrados em
arquivos públicos de Florianópolis. O primeiro projeto foi realizado em 2005 e o
segundo em 2007, ambos pela Diretoria de Edificações e Obras Hidráulicas (DEOH)
do DEINFRA.
O projeto arquitetônico de 2005, juntamente com seu memorial descritivo, foi
localizado no acervo da Fundação Catarinense de Cultura e faz um levantamento e
uma proposta simplificada para a restauração da edificação. Contudo, a informação
mais relevante consta no memorial descritivo, que no capítulo IV Proposta/Memorial
Descritivo, subcapítulo 9.3 Ladrilho hidráulico, orienta:
antes de se decidir pela remoção dever-se-á ter a garantia de produção do
ladrilho hidráulico com o mesmo desenho e cor dos originais. Diante dessa
impossibilidade caberá a fiscalização definir qual tipo de piso adotado. Dar-
se-á preferência a piso de pedra granito polido” (DEOH, 2005, p. 21).

Ainda no mesmo capítulo, complementando a orientação anterior, tem-se a


efetiva proposta para a retirada do piso de ladrilhos hidráulicos dos sanitários no
subcapítulo 9.4 Granito Polido. Neste subcapítulo, há orientação de que os pisos dos
sanitários serão em granito andorinha e que “em frente aos lavatórios será executado
um “quadro” com os ladrilhos hidráulicos retirados do próprio banheiro a fim de
76

demonstrar o piso original. As peças deverão ser selecionadas entre as melhores”


(DEOH, 2005, p. 21).
Acredita-se, no entanto, que o projeto de restauração e intervenção de 2005
não tenha sido realizado, pois no projeto de 2007, encontrado no setor de arquivo da
SMDU, há um novo levantamento cadastral com paginação de pisos sem mencionar
que esses sejam também em granito polido, como mostra a Figura 55.

Figura 55 – Planta baixa do levantamento arquitetônico da Casa José Boiteux. Folha 02/06.
Arquiteta responsável: Andrea Marques Dal Grande. Ano 2007. A: Trecho do hall de
entrada. B: Trecho do sanitário. C: Trecho do selo da prancha.

Fonte: Acervo do da autora, 2019.

Sobre a Casa José Boiteux, não se encontraram outros levantamentos,


projetos de restauração ou memoriais descritivos que esclarecessem as intervenções
realizadas nos pisos da edificação. Sendo assim, presume-se que, até o ano de 2007,
os ladrilhos hidráulicos permaneceram preservados no imóvel. Deve-se mencionar
ainda que, mesmo que a proposta de 2005 não tenha sido executada, é evidente que
essa foi a base para as intervenções realizadas posteriormente.
Como se vê na Figura 54, a Casa José Boiteux não possui apenas ladrilhos
hidráulicos com motivo abstrato, mas também composições de padronagem
tridimensional. Esses motivos foram encontrados durante o levantamento em
77

diversas edificações e apresentaram duas padronagens distintas. A primeira (Figura


56), além da circulação da Casa José Boiteux, foi encontrada na circulação da antiga
residência do ex-Governador Hercílio Luz, no depósito do Museu Homem do
Sambaqui (pertencente ao Colégio Catarinense) e na nave da Igreja Nossa Senhora
do Rosário e São Benedito. Observando as composições nota-se que as peças de
preenchimento são idênticas, diferenciando-se apenas pelo uso, ou não, de bordas.

Figura 56 – Composições com motivos tridimensionais. A: Casa José Boiteux. B: antiga


residência do ex-Governador Hercílio Luz. C: Museu Homem do Sambaqui - Colégio
Catarinense. D: Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

O estado de conservação das composições da Figura 56 é algo que também


deve-se notar. Atentando para a imagem B, referente ao piso do balcão e do torreão
da antiga residência do ex-Governador Hercílio Luz, vê-se que esse é o conjunto mais
bem conservado quando comparado aos demais. Isso porque, entre os anos de 2016
a 2019, o palacete passou por uma restauração e algumas intervenções com o
objetivo de torná-lo um espaço de eventos, a atual Casa Milano Hercílio Luz. As
imagens da Figura 57 mostram o precário estado de conservação da edificação em
2014, comparando-as com imagens após a restauração.
78

Figura 57 – A: Fachada principal da antiga residência do ex-Governador Hercílio Luz antes


da restauração (2014). B: Fachada principal da antiga residência do ex-Governador Hercílio
Luz depois da restauração e depois da restauração (2019). B: Antes de depois das varandas
com ladrilhos hidráulicos.

Fonte: Acervo cedido pela Prospectiva – Arquitetura, Restauro e Consultoria, 2014.


Acervo da autora, 2019.

Salienta-se, ainda, que o piso de ladrilhos hidráulicos da varanda do segundo


pavimento, visto na imagem A da Figura 58, foi inserido durante essa obra de
restauração finalizada em 2019. As imagens B e C da Figura 58, tiradas durante a
restauração da cobertura em 2016, mostram que esse local não apresentava
revestimento, sendo acabado apenas no contrapiso. Observando a imagem A
percebe-se que a escolha das novas peças seguiu a forma geométrica e motivos
tridimensional e chevron em conformidade com a varanda e torreão do pavimento
inferior.
A segunda padronagem tridimensional pode ser localizada na entrada do
espaço museal da Igreja Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, na sacristia
da Igreja Nossa Senhora do Parto, na área externa da Capela Menino Deus e em um
lavatório no antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo. Ilustrada pela Figura 59,
essas composições são idênticas quando comparadas às peças de preenchimentos.
As bordas, no entanto, quando utilizadas, assemelham-se apenas nas composições
das imagens B e D.
79

Figura 58 – A: Inserção dos pisos de ladrilhos hidráulicos na varando do segundo pavimento


da Antiga residência do ex-Governador Hercílio Luz. B e C: Antes da intervenção.

Fonte: Imagem A: Foto em exposição na Casa Milano Hercílio Luz, 2019.


Imagem B e C: Acervo cedido pela Prospectiva – Arquitetura, Restauro e Consultoria, 2016.

Figura 59 – Composições com motivos tridimensionais.


A: Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. B: Igreja Nossa Senhora do
Parto. C: Capela Menino Deus. D: antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Mesmo que aplicadas em locais diferentes, as composições da Figura 59


coincidem também por serem encontradas em edificações de uso religioso. A única
edificação que não teria esse caráter seria o antigo Asilo de Órfãs São Vicente de
Paulo. No entanto, durante o levantamento, constatou-se que a Capela do Divino
80

Espírito Santo, utiliza a sala adjacente do antigo imóvel – junto ao lavatório – como
sacristia. Assim, acredita-se que há uma afinidade não só pela padronagem, mas pelo
uso das edificações em que se situam.
O motivo estrela, como pode-se ver nas Figura 60 e Figura 61, aparece entre
as composições dessa padronagem formando desenhos a partir de quatro peças ou
peças únicas, respectivamente. Mesmo que com formas e motivos semelhantes,
esses conjuntos apresentam alguns aspectos que os diferenciam. Observando as
imagens A e B da Figura 60, nota-se que as composições se distinguem apenas pelo
uso da borda. Já a composição da imagem C, o diferencial é o uso da cor preta.
Quanto ao uso das edificações, destaca-se que as composições das imagens A e B,
se localizam em circulações do Hospital e Maternidade Dr. Carlos Corrêa e do Hospital
de Caridade e a da imagem C encontra-se na entrada da torre Norte do Mercado
Público.

Figura 60 - Composições formadas por quatro peças. A: Hospital e Maternidade Dr. Carlos
Corrêa. B: Hospital Caridade. C: Torre Norte (administrativo) do Mercado Público.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Outras composições que podem ser relacionadas situam-se na Capela


Menino Deus e na Igreja Nossa Senhora do Parto. A Figura 61 mostra que as
semelhanças entre essas composições vão além do preenchimento com motivo
estrela, podendo ser observadas nas cores e nas bordas. Nas quatro composições
81

das imagens A, B, C e D, nota-se uma predominância do uso das cores branca,


vermelha e preta, distinguindo-se apenas nos locais de aplicação. As bordas
apresentam forma e motivo idênticos, orgânico e floral, mas apenas a imagem A
possui borda diferente, abstrata e geométrica. Entretanto, ainda que presentes em
edificações de mesmo uso, essas composições se localizam em espaços diferentes.
Na Capela Menino Deus, os conjuntos estão situados no depósito (imagem A) e na
circulação (imagem B). Na Igreja Nossa Senhora do Parto, as peças acham-se no
altar (imagem C) e na secretaria (imagem D).

Figura 61 - Composições formadas por peças únicas. A e B: Capela Menino Deus. C e D:


Igreja Nossa Senhora do Parto.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Passando para as composições que apresentaram ladrilhos hidráulicos com


motivo arabesco, encontram-se os pisos das naves das Igrejas Nossa Senhora do
Parto e São Sebastião e da Capela Menino Deus. Essas composições são
interessantes de serem observadas, pois apresentam o mesmo motivo arabesco, as
mesmas cores estão aplicadas nos mesmos locais e em edificações de mesmo uso
(Figura 62). Outro ponto semelhante é o estado de conservação dessas peças. Como
pode-se ver nas imagens B e C, as áreas fotografadas apresentam sujidades e
desgastes, mas que se estendem por toda a composição. A imagem A de um trecho
82

da Capela Menino Deus diferencia-se em razão de essa edificação ter passado por
uma intervenção para troca de parte dos ladrilhos hidráulicos em 2010.

Figura 62 - Composições idênticas com motivo arabesco. Imagem A: Capela Menino Deus.
Imagem B: Igreja Nossa Senhora do Parto. Imagem C: Igreja São Sebastião.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Segundo o “Relatório Técnico das Intervenções Realizadas no Piso Hidráulico


da Nave da Capela Menino Deus” - elaborado pela Irmandade do Senhor Jesus dos
Passos e Imperial Hospital de Caridade (2010) em virtude da instauração do Inquérito
Civil Público (ICP 06.2009.002306-4) sobre a reforma irregular de troca de piso da
Capela Menino Deus - sendo necessária a substituição das peças, pois essas
apresentavam “problemas para limpeza e manutenção, devido às partes faltantes,
afundamentos, abrasões, rachaduras e principalmente, pelo desnivelamento das
peças” (2010, p. 2). As imagens A e B da Figura 63 ilustram o estado de conservação
desses pisos antes da intervenção. Em outro momento do documento, os
responsáveis pela edificação apontam que o trecho de ladrilhos hidráulicos mais
comprometido se encontrava no corredor central, sendo esse o local selecionado para
a substituição (Imagem C da Figura 63). O relatório ainda manifesta que a troca dos
608 ladrilhos hidráulicos “não acarretaram comprometimento estético, sendo que a
intervenção manteve a unidade entre as peças” (2010, p. 9).
83

Figura 63 – A e B: Ladrilhos Hidráulicos da nave da Capela Menino Deus antes da


intervenção do ano de 2010. C: Planta baixa do local da intervenção para a substituição das
peças comprometidas.

Fonte: o Relatório Técnico das Intervenções Realizadas no Piso Hidráulico da Nave da Capela
Menino Deus, 2010. Acervo Fundação Catarinense de Cultura (FCC), 2019.

Por fim, analisou-se o motivo xadrez, reconhecido em quatro das 78


composições. Os conjuntos em que foram notadas similaridades entre esse motivo
estão presentes na Capela Menino Deus (imagem A da Figura 64), no Mercado
Público de Florianópolis (imagem B da Figura 64) e na Escola Estadual Antonieta de
Barros (imagem C da Figura 64). A característica que se mantém é a similaridade
entre as peças de preenchimento. Estas apresentam o mesmo tamanho de malha
quadriculada e utilizam as mesmas cores, o preto e o branco. Quanto às edificações,
embora não tenham usos próximos, suas composições se assemelham por serem
aplicadas em áreas molhadas ou próximo a elas.
Esses ladrilhos hidráulicos podem ser encontrados atualmente na copa da
Capela Menino Deus, na entrada do sanitário da Ala Sul do Mercado Público de
Florianópolis e no sanitário da Escola Estadual Antonieta de Barros. Todavia,
encontraram-se registros nos arquivos da SMDU de que o exemplar do Mercado
84

público originalmente compunha o piso Box 09 da Ala Sul. Essa informação foi obtida
através no Projeto Arquitetônico de Restauro e Adequações – Revisão e Atualização
do Novo Mix de Usos, realizado pelo escritório de arquitetura Prospectiva em conjunto
com a Prefeitura Municipal de Florianópolis, em 2013.

Figura 64 – Composições com motivo xadrez. A: Capela Menino Deus. B: Mercado Público
(Ala Sul). C: Escola Estadual Antonieta de Barros.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Na imagem A da Figura 65, pode-se ver a localização exata em que foram


encontradas as peças, próximas à porta de acesso externo do box. Ampliando o trecho
em destaque da planta baixa (imagem B da Figura 65), lê-se a recomendação de que
esses ladrilhos sejam retirados cuidadosamente para exposição. Na imagem C da
Figura 65, tem-se um registro do momento em que os ladrilhos hidráulicos foram
encontrados após a retirada do piso cerâmico sobreposto (PROSPECTIVA, 2013).
O memorial descritivo do referido projeto de restauração reforça as
recomendações feitas em planta dizendo que por serem, possivelmente, o único
vestígio dos antigos ladrilhos hidráulicos dos boxes do Mercado Público de
Florianópolis, os exemplares encontrados “deverão ser cuidadosamente retirados
para futura exposição no Espaço Museu “Armazém do Mercado”” (PROSPECTIVA,
2013, p. 41). Acredita-se, porém, que no decorrer da obra houve uma reconsideração
85

e esses os ladrilhos hidráulicos foram assentados no espaço atual, a entrada dos


sanitários da Ala Sul.

Figura 65 – A: Projeto Arquitetônico de Restauro e Adequações do Mercado Público de


Florianópolis. Folha PR 04/18. Empresa responsável: Prospectiva – Arquitetura, Restauro e
Consultoria. Ano: 2013. B: Detalhe da planta baixa com a localização dos ladrilhos
hidráulicos. C: Registro dos ladrilhos hidráulicos encontrados no Box 09 durante as obras.

Fonte: Acervo setor de arquivo da SMDU.

3.2. PROCURANDO VESTÍGIOS: UMA BUSCA A PARTIR DOS ACERVOS


PÚBLICOS E PARTICULARES

Como visto no subcapítulo anterior, este trabalho realizou levantamentos em


bens tombados pelas esferas municipal, estadual e federal. Sabendo disso, planejou-
se realizar visitas aos acervos de cada uma das instituições responsáveis pela
salvaguarda do patrimônio local (SMDU, FCC e IPHAN). A intenção era localizar as
plantas originais ou outros projetos arquitetônicos que evidenciassem a existência ou
as intervenções ocorridas nas 55 edificações ao longo dos anos.
Conforme mostraram os dados, houve uma predominância de imóveis
salvaguardados pelo município de Florianópolis e por esse motivo o setor de arquivo
de projetos da SMDU foi o primeiro acervo a ser consultado na busca por registros a
86

respeito dos ladrilhos hidráulicos. A SMDU é o departamento técnico que dentre


outras funções também é responsável pelo arquivamento dos projetos arquitetônicos
protocolados no município de Florianópolis. Seu acervo conta com documentos
registrados a partir do ano de 1921 e sua numeração de localização se inicia a partir
do 500. Portanto, quanto mais próximo desse número, mais antigo é o projeto e maior
a possibilidade de ser o documento original da construção a qual se procura.
Finalizada a pesquisa na SMDU, as buscas se estenderam ao acervo da FCC,
órgão encarregado pela proteção dos bens tombados pelo Estado de Santa Catarina.
Pelo que se observou, os documentos arquivados na FCC são organizados por meio
de seu processo de tombamento – número e ano – e contam, não somente com
plantas originais e de intervenções, mas também com uma seção de clipping em cada
pasta, com artigos e reportagens de jornais locais sobre as edificações.
O intuito desse trabalho era ir além e investigar ainda o acervo da
superintendência do IPHAN em Santa Catarina, entidade responsável pelos imóveis
tombados pela União. Contudo, em virtude da pandemia de COVID-19, a instituição
decidiu restringir o acesso do público e manter os atendimentos de modo virtual,
impossibilitando a pesquisa nos seus arquivos.
Mesmo que, por um lado, o acesso a um dos acervos tenha sido limitado pela
pandemia, por outro lado, obteve-se êxito no contato com os proprietários, as
instituições responsáveis e os escritórios de arquitetura que disponibilizaram seus
arquivos particulares ou instruíram o acesso a suas plataformas virtuais como forma
de contribuir com essa pesquisa. Além disso, foi possível também realizar pesquisas
on-line na Hemeroteca Digital Nacional o que possibilitou conhecer um pouco da
produção dos ladrilhos hidráulicos em Florianópolis.
A seguir, apresenta-se o resultado dessa extensa procura por vestígios de
ladrilhos hidráulicos no centro de Florianópolis. Encontraram-se plantas de
levantamento, projetos de intervenção, fotos antigas, artigos de revistas e anúncios
de jornais que confirmam a existência das peças em edificações que, atualmente, não
apresentam o artefato; que datam intervenções de supressão ou recobrimento
realizadas em determinadas épocas e que indicam fabricantes de ladrilhos hidráulicos
locais que abasteciam as construções florianopolitanas e outras regiões do estado.
87

3.2.1. Palácio Cruz e Sousa | antigo Palácio do Governo

O Palácio do Governo, antes da reforma de 1985, era um sobrado de largas


paredes lisas e brancas com ares de fortaleza e que servia como residência e prédio
administrativo para os governantes do estado. Construído em meados do século XVIII,
a edificação passou por transformações arquitetônicas acompanhando as mudanças
políticas que aconteciam no país. A mando do governador da época, Hercílio Luz, o
casarão foi reformado por profissionais vindos de Montevidéu, que entregaram a obra
finalizada em 1989 (GOMES, 1980; VEIGA, 200-) (Figura 66).

Figura 66 – Palácio Cruz e Sousa. Praça XV de Novembro, 227 – Centro.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

A edificação recebeu ornamentos, cimalhas, florões, pilastras, capitéis e


frisos, tudo ao estilo eclético, como se vê na Figura 66. Nas janelas, foram instalados
vidros transparentes e com a introdução das platibandas foi possível esconder parte
da cobertura de telhas coloniais, circundando-a de estátuas simbólicas. No interior,
construiu-se uma escada de dois lances em mármore Carrara, ligando o térreo ao
pavimento superior. A iluminação foi melhorada com a criação de uma cúpula de ferro
e vidro no salão principal, além da iluminação a gás. A água encanada foi outra
melhoria realizada também durante essa reforma (GOMES, 1980; VEIGA, 200-).
No entanto, os ladrilhos hidráulicos que se estendiam por todo o passeio da
edificação viriam a ser instalados somente em 1910 e segundo o autor Manoel Gomes
(1980) eram peças importadas, possivelmente da Europa. A composição permaneceu
como parte do edifício até o final do século XX, quando foram substituídas. Jornais da
88

época, encontrados no acervo da Fundação Catarinense de Cultura, mostram que já


era precário o estado de conservação do conjunto antes da retirada, pois algumas
peças se encontravam soltas e eram levadas como lembranças pelos pedestres.
Os belos ladrilhos hidráulicos portugueses da calçada do Palácio Cruz e
Sousa estão sumindo. Levados como souvenirs, por ilhéus e turistas, soltos
eles se transformam em presa fácil. Leitora da coluna, que não deixa passar
nada, viu, lamentou e telefona, sugerindo que a restauração das peças conte
com o trabalho do Curso de Arquitetura da UFSC, apta, segundo ela, para a
missão (STODIECK, 2000, p. 4)

No dia 08 de dezembro de 2000, o jornal Diário Catarinense publicou uma


reportagem de capa com o título “Obra danifica calçada do Museu Histórico”, em que
faz uma denúncia sobre o descaso com que os ladrilhos hidráulicos eram tratados
durante uma obra de restauração na fachada do prédio. O artigo conta que as peças
estavam sendo destruídas a marretadas para a instalação de tapumes e que, por uma
questão de cronograma, não seria possível retirá-las de modo com que não fossem
danificadas (LIMA, 2000).
A matéria trazia ainda uma manifestação da administradora do Museu
Histórico de Santa Catarina, a engenheira Andrea Dal Grande, que diz que após
finalizada a obra, os ladrilhos hidráulicos seriam totalmente retirados e que, em seu
lugar, seria colocado um novo revestimento antiderrapante. O destino da antiga
composição seria um painel no jardim do imóvel. Deve-se salientar que o Palácio
abriga o Museu Histórico de Santa Catarina desde 1986, dois anos após o edifício
deixar de sediar o gabinete do governador do estado (LIMA, 2000).
Assim, em 2003, segundo a reportagem intitulada “Passado Desprezado” do
jornal A Notícia, foram retirados os ladrilhos hidráulicos do passeio do Palácio Cruz e
Sousa. Contudo, como conta o artigo, essa decisão foi recebida com grande
indignação e comoção pela população, profissionais de arquitetura e pesquisadores
do patrimônio florianopolitano (PESSOTTO, 2003). Iniciou-se assim um embate entre
o Museu, que defendia a retirada dos pisos por serem escorregadios e um risco a
população, e os profissionais de preservação, que defendiam a recuperação e
manutenção. Para solucionar a questão, foi assinado em 2005 um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC)
e o Governo do Estado em decorrência do “esburacamento dos jardins e a destruição
de ladrilhos antigos das calçadas, importados da Europa, ocasionados durante
escavações de um sítio arqueológico encontrado nas dependências do imóvel” (A
89

NOTÍCIA, 2005, p. 7). Neste documento ficou estabelecido que, além de cinco salas
internas, seriam recuperados também os jardins e o passeio do Palácio.
Atualmente, os antigos ladrilhos hidráulicos encontram-se expostos em frente
à entrada principal do Palácio Cruz e Sousa, em um trecho do passeio que demarca
a entrada do Museu da História Catarinense. A Figura 67 mostra a composição
circundada pelo piso antiderrapante.

Figura 67 – Composição dos ladrilhos hidráulicos expostos em frente à entrada principal do


Palácio Cruz e Sousa.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

3.2.2. Casa do Barão | antiga Residência do Barão Dietrich Freiherr Von


Wangenheim

A antiga Casa do Barão (Figura 68) é umas das edificações ecléticas mais
significativas da Praia de Fora. Localizada na esquina entre a Rua Bocaiúva e a
avenida Professor Othon Gama d’Eça, estima-se que tenha sido construída entre o
final do século XIX e início do século XX. Recebeu esse nome por ser residência do
barão alemão Dietrich Freiheer Von Wangenheim e de sua esposa Edla Scheele,
herdeira da casa (VEIGA et al., 2019).
O imóvel permaneceu como posse da família até 1986, quando foi comprado
por um empresário do Rio Grande do Sul. No mesmo ano, a casa foi tombada pelo
Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Município (SEPHAN) devido à
sua singularidade. Anos depois, de acordo com Eliane Veras da Veiga et al. (2019),
90

foi vendida para a empresa Bautec, que realizou várias intervenções na casa,
modificando seu exterior, interior e seu jardim.

Figura 68 – Casa do Barão. Antiga residência do barão alemão Dietrich Freiheer Von
Wangenheim e de sua esposa Edla Scheele.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Atualmente desocupada, a edificação foi sede de uma agência bancária até


2019, período no qual se realizou o levantamento de campo dessa pesquisa.
Observando o seu interior é possível perceber intervenções ocorridas para atender às
legislações, à segurança e aos padrões de estética da rede corporativa. Instalaram-
se pisos cerâmicos, táteis e carpetes, criadas rampas de acesso, acrescentadas
portas giratórias, entre outros itens. Durante o levantamento não se encontrou
qualquer indício de ladrilhos hidráulicos na construção, levando à constatação de que,
hoje, não existem peças aparentes na edificação.
Entretanto, com a pesquisa no setor de arquivo da SMDU, pôde-se localizar
um levantamento arquitetônico de 1989, realizado em decorrência da construção das
duas torres do Centro Executivo Casa do Barão (Figura 69, imagem A). Nesse
levantamento, elaborado pelo arquiteto Carlos Fernando M. Pinto, confirmou-se que
o sanitário do segundo pavimento da edificação principal era revestido por ladrilhos
hidráulicos. Essa informação se torna ainda mais evidente quando se lê a nota deixada
pelo arquiteto na imagem B, Figura 69. Por sua vez, a paginação, como se observa
na imagem C da Figura 69, foi realizada de maneira simples sem qualquer indício do
desenho ou composição das peças levantadas.
91

Figura 69 – A: Levantamento Arquitetônico da planta baixa da Antiga Casa do Barão. Folha


03/32. Arquiteto responsável: Carlos Fernando M. Pinto. Ano 1989. B e C: Detalhe para nota
do arquiteto e para a paginação de piso do sanitário.

Fonte: Acervo setor de arquivo da SMDU, arquivo n. 40181.

Ao fazer a visita técnica à edificação, não foi possível fotografar o interior da


agência ou acessar seu segundo pavimento, pois nesse andar se encontrava o setor
de informática e segurança do banco, restrito apenas a pessoas autorizadas. Contudo,
a gerência do banco informou que o piso do local era semelhante ao primeiro
pavimento, revestido de peças cerâmicas e carpete. A descoberta desse
levantamento cadastral foi importante, não somente para confirmar a existência de
ladrilhos hidráulicos em uma determinada época na edificação pesquisada, mas
também para aventar a possibilidade de que essas peças se encontrem encobertas
pelos novos pisos.

3.2.3. Mitra Metropolitana de Florianópolis | antiga Casa do Bispo

A Arquidiocese de Florianópolis foi instituída no dia 19 de março de 1908 por


meio da Bula “Quum Sanctissimus Dominus Noster”, assinada por Dom Júlio Grazioli,
substituto da Sagrada Congregação para os Bispos. Nesse documento, decretou-se
a separação do Estado de Santa Catarina do Bispado de Curitiba/PR, criando a
92

Diocese de Florianópolis, que seria elevada à Arquidiocese em 1927


(ARQUIDIOCESE DE FLORIANÓPOLIS, 2020).
Localizada na Rua Esteves Júnior, a Arquidiocese divide-se em duas
edificações: a Mitra Metropolitana (Figura 70) e a Cúria Arquidiocesana. Conhecida
como Casa do Bispo, a Mitra Metropolitana é uma imponente edificação de estilo Art
Nouveau, tombada pelo município de Florianópolis e sede do órgão responsável pela
administração do patrimônio da Arquidiocese de Florianópolis e suas congregações.

Figura 70 – Mitra Metropolitana, edificação parte da Arquidiocese de Florianópolis.


Conhecida como Casa do Bispo.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Embora não se tenham encontrado informações a respeito da construção do


imóvel, descobriu-se no setor de arquivo da SMDU um projeto arquitetônico de
reforma e acréscimo a ser construído aos fundos da edificação tombada, como mostra
a imagem A da Figura 71. Elaborado pelo construtor Mauro L. Remor em 1967, o
projeto propõe dois pavimentos, com um total de 426 m², sendo desses 214 m² sobre
pilotis. A proposta, posteriormente executada, conta com uma garagem no pavimento
inferior e dormitórios, sanitários, escritórios, depósito e copa/cozinha no pavimento
superior.
Por outro lado, a informação mais relevante para essa pesquisa está na
especificação deixada pelo construtor (imagem B da Figura 71). Na nota, lê-se que os
pisos da copa, cozinha, depósito e banho deverão ser de ladrilhos hidráulicos. Após
essa especificação ter sido encontrada, realizou-se uma nova visita ao imóvel, focada
principalmente na área de ampliação do imóvel (imagem A da Figura 72) e com o
93

intuito de comparar o projeto com o estado atual dos revestimentos da edificação.


Esse levantamento mostrou que não há qualquer indício dos ladrilhos hidráulicos
propostos, como se pode ver nas imagens B e C da Figura 72. Hoje, os pisos do local
são cerâmicos em toda a sua extensão e não há informações de quando foram
aplicados.

Figura 71 – A: Projeto de reforma e acréscimo – Palacete do Arcebispo. Folha F1.


Construtor responsável: Mauro L. Remor. Ano 1967. B: Detalhe para nota do construtor.

Fonte: Acervo setor de arquivo da SMDU, arquivo n.15292.

Ainda que não se tenha confirmado a existência ou a permanência das peças


de ladrilhos hidráulicos propostas pelo construtor Mauro L. Remor em seu projeto de
ampliação, o levantamento realizado na área mais antiga do imóvel mostrou a
existência uma composição ainda preservada em um dos seus depósitos (imagem D
da Figura 72). Os ladrilhos hidráulicos, que podem ser vistos na imagem E da Figura
71, foram os únicos encontrados e apresentam sujidades, furos e sinais de
escoriações.
94

Figura 72 - Ampliação realizada ao fundo da Mitra Metropolitana. A B e C: Fachadas laterais


e posterior da ampliação. D e E: Pisos cerâmicos encontrados atualmente na edificação.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

3.2.4. Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência

A Ordem Terceira de São Francisco da Penitência iniciou a construção de sua


igreja (Figura 73) em 1802, quando foi lançada a pedra fundamental. O terreno para
a implantação foi doado por Domingos Francisco Araújo em 1756 e se localiza na
esquina entre os calçadões das ruas Deodoro e Felipe Schmidt. A obra, que levou 12
anos para ser concluída, foi considerada terminada no ano de 1815, data em que a
Ordem se transferiu para o imóvel (VEIGA, 2010). Segundo Eliane Veras da Veiga
(2010), a igreja não recebeu relevantes reformas ao longo dos anos, possivelmente
pela falta de recursos, o que para autora contribuiu para preservar as características
da edificação.
Em 2012, em virtude do seu precário estado de conservação, foi iniciada uma
obra de restauração que durou seis anos e se dividiu em três etapas. Na primeira
95

etapa, a empresa Concrejato – Obras Especiais, responsável pela elaboração e


execução do projeto, realizou obras emergenciais que compreenderam a estrutura de
cobertura e as torres da edificação. Na segunda etapa, foram abarcadas as
alvenarias, as esquadrias, os forros e os pisos. E na terceira etapa, fizeram-se as
restaurações de 45 imagens sacras, altares e mobiliários (GADOTTI, 2018).

Figura 73 – Igreja da Terceira de São Francisco da Penitência.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

O memorial descritivo e parte das pranchas que compõem esse projeto de


restauração estão arquivadas na SMDU e foram acessadas pelo interesse de se
conhecerem os procedimentos propostos para a restauração dos ladrilhos hidráulicos
remanescentes na edificação. Sendo assim, o item 2.2.7.2 do caderno I B do memorial
descritivo traz orientações de como intervir na composição de modo a mantê-la e
preservá-la “como testemunho da sua época” (CONCREJATO, 2014, p. 40).
O ladrilho hidráulico presente na soleira da porta P3 deverá ser conservado
como testemunho da sua época. O mesmo deverá ser limpo com água e
sabão neutro e receber camada protetiva de três demãos de hidrofugrante
incolor, conforme recomendação do fabricante (CONCREJATO, 2014, p. 40).

Nesse mesmo item do memorial descritivo, constava ainda a informação da


existência de ladrilhos hidráulicos em um sanitário localizado em uma das torres da
igreja. A indicação é de que os ladrilhos hidráulicos do local fossem cuidadosamente
removidos, visto que o sanitário seria demolido (CONREJATO, 2014).
O ladrilho presente no sanitário instalado na torre esquerda deve ser
cuidadosamente removido quando da instalação sanitária, e seu destino
deverá ser avaliado em conjunto com a fiscalização e o cliente
(CONCREJATO, 2014, p. 41).
96

Sabendo disso, iniciou-se uma busca nas pranchas de levantamento e de


intervenção para se averiguarem e registrarem as características dessa composição.
No entanto, após a análise, constatou-se que o material arquivado na SMDU estava
incompleto. Como alternativa, fez-se contato com a empresa responsável pela
elaboração e pela execução do projeto, que gentilmente cedeu o material.
Segundo a planta de piso do levantamento arquitetônico (Figura 74), a área
do sanitário, mencionado pelo memorial descritivo, encontrava-se no primeiro
pavimento da torre sul. Como se pode ver na imagem B da Figura 74, os ladrilhos
hidráulicos eram aplicados em uma pequena área do lavabo e possuíam tamanho 20
x 20 cm.

Figura 74 – A: Levantamento Arquitetônico – Planta de Piso do 1º Pavimento - Igreja São


Francisco. Folha 11/22. Arquiteta responsável: Mariana Nunes Elias. Ano 2013. B: Detalhe o
piso do lavabo localizado no primeiro pavimento, torre sul.

Fonte: Acervo empresa Concrejato – Obras Especiais, 2019.

O levantamento arquitetônico possui também duas imagens do local. A


imagem A da Figura 75, mostra o primeiro pavimento da igreja antes da demolição do
sanitário. Observando a foto, percebe-se que este é uma pequena construção de
alvenaria sobre uma laje de concreto e possui dois acessos: um para o lavabo e outro
para o chuveiro. A imagem B da Figura 75, apresenta o interior do lavabo, com foco
nos ladrilhos hidráulicos. As peças possuem motivo tridimensional e são idênticas às
que foram restauradas e mantidas na edificação (imagem C da Figura 75).
Atualmente, no local em que se encontrava o sanitário, está instalado um
elevador que possibilita o acesso a todo primeiro pavimento da Igreja São Francisco
(imagem A da Figura 76). Quanto aos ladrilhos hidráulicos retirados, encontrou-se
97

apenas uma peça guardada como lembrança pela secretaria da igreja, como mostra
a imagem B da Figura 76. Não se tem informações sobre o destino das demais peças.

Figura 75 – A e B: Fotos do sanitário do primeiro pavimento demolido durante a restauração


de 2012. C: Foto comparativa dos atuais ladrilhos hidráulicos remanescentes na igreja.

Fonte: Acervo empresa Concrejato – Obras Especiais, 2019.

Figura 76 – A: Foto do elevador instalado na torre sul da Igreja São Francisco. B: Possível
peça remanescente do sanitário.

Fonte: Acervo
da autora, 2019.

3.2.5. Antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo

A iniciativa para a criação do Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo (Figura 77),
na cidade de Florianópolis, surgiu a partir de um convênio firmado em 8 de março de
1900 entre a paróquia de Nossa Senhora do Desterro e a Irmandade do Divino Espírito
Santo (IDES). O terreno de chácara, voltado para a Praça Getúlio Vargas, foi doado
98

anos antes pela benfeitora D. Maria Francisca de Paula Braga para esse fim. A
construção do edifício se iniciou em 24 de abril de 1900 e, em 8 de setembro de 1910,
o mesmo foi inaugurado contando com a presença do bispo diocesano, do governador
Gustavo Richard e da população (VEIGA, 2010).
Além de ter abrigado o asilo, sabe-se também que o prédio, administrado pela
Irmandade do Divino Espírito Santo, foi sede do Instituto de Planejamento Urbano de
Florianópolis (IPUF) por 37 anos e que, em 2017, recebeu a mostra de arquitetura
Casa Cor - Santa Catarina, permanecendo desocupado após a edição (CASA COR,
2017)
Figura 77 – Antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Durante os levantamentos realizados por esta pesquisa, o antigo Asilo de


Órfãs São Vicente de Paulo foi a única edificação que não se pôde visitar
integralmente, pois, segundo a administração da Irmandade do Divino Espírito Santo,
o imóvel havia sido locado para uma instituição de ensino particular. Contactada, a
instituição também não permitiu a visita justificando estar em obras. Como solução a
essa adversidade, optou-se por investigar os ladrilhos hidráulicos nessa edificação por
meio de referências bibliográficas.
Um dos primeiros indícios sobre a existência de composições no interior do
imóvel foi achado no anuário da mostra Casa Cor de 2017 (Figura 78). Dentre os
ambientes presentes na publicação, o ambiente “Lounge Plaza Hotéis”, da designer
Priscila Domingues Peres, incorporou os ladrilhos hidráulicos ainda existentes no piso
do imóvel, deixando-os visíveis. Essa decisão projetual não passou despercebida
99

também para a edição da revista, que destacou: “trazendo originalidade ao projeto, a


profissional optou por manter o piso de ladrilho original do imóvel” (CASA COR, 2017,
p.107).

Figura 78 – Páginas 106 e 107 do anuário 2017 da Casa Cor Santa Catarina. Ambiente
“Lounge Plaza Hotéis” projetado pela designer Priscila Domingues Peres.

Fonte: Anuário 2017 - Casa Cor Santa Catarina.

Em busca de mais informações sobre essa composição, fez-se contato com


a designer Priscila Domingues Peres, do escritório PD Soluções em Design de
Interiores, que prontamente contribuiu enviando as imagens da Figura 79. Nessas
imagens, pode-se ver que a composição é formada por peças de borda e
preenchimento interno, e que compreende, no mínimo, três cores. Vê-se também que
esse conjunto possui desenho com formas geométricas, sendo possível classificar o
motivo das peças de borda como abstrato e o motivo do preenchimento interno como
trama. Deve-se salientar que o desenho do preenchimento interno não se assemelha
a nenhum outro inventariado por essa pesquisa.
Com a continuidade da pesquisa bibliográfica, a respeito dos ladrilhos
hidráulicos do antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo, foram consultados os
100

álbuns digitais do acervo documental e fotográfico da IDES. O material, que está


disponível no sítio eletrônico da irmandade, foi elaborado no período de 2017 a 2018
e é parte do resultado do projeto "IDES - Mais de Dois Séculos de História:
Procedimentos Técnicos para Salvaguarda do Acervo Documental da Irmandade do
Divino Espírito Santo”, uma parceria entre a IDES e a Universidade do Estado de
Santa Catarina (UDESC) (IRMANDADE DO DIVINO ESPÍRITO SANTO, 2018).

Figura 79 - Imagens da composição de ladrilhos hidráulicos do ambiente “Lounge Plaza


Hotéis” projetado pela designer Priscila Domingues Peres.

Fonte: Acervo PD Soluções em Design de Interiores, designer Priscila Domingues Peres, 2019.

Ao investigar o acervo digitalizado descobriram-se registros fotográficos


referentes à inauguração de novas dependências do asilo, em 1958. Nas imagens,
encontradas no álbum “Lar São Vicente de Paulo 1953, 1954, 1956 e 1958” (Figura
80), é possível ver o interior da edificação e as composições de ladrilhos hidráulicos
presentes na circulação (imagem A), no lavatório (imagem B), no refeitório (imagem
C) e na cozinha (imagem D) das novas instalações.
Outros registros fotográficos do interior do imóvel também foram encontrados
no álbum “Jardim de Infância Girassol 1987, 1998, 1999, 2000, 2004 e 2012”. As fotos
(Figura 81), tiradas em 2012, mostram dois espaços com pisos de ladrilhos hidráulicos
utilizados pelo Centro de Educação Infantil Girassol. No álbum não consta a
localização desses cômodos.
101

Figura 80 – Registros fotográficos das novas dependências do Asilo de Órfãs São Vicente
de Paulo, 1958. Álbum “Lar São Vicente de Paulo 1953, 1954, 1956 e 1958”.
A: Circulação. B: Lavatório. C: Refeitório. D: Cozinha.

Fonte: Sítio eletrônico da Irmandade do Divino Espírito Santo, 2020.

Figura 81 - Registros fotográficos das novas dependências do Asilo de Órfãs São Vicente de
Paulo, 2012. Álbum “Jardim de Infância Girassol 1987, 1998, 1999, 2000, 2004 e 2012”.

Fonte: Sítio eletrônico da Irmandade do Divino Espírito Santo, 2020.

O único acesso que se teve ao antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo
aconteceu durante o levantamento na Capela Divino Espírito Santo. Em virtude de
serem ambos administrados pela IDES e adjacentes, a capela utiliza o pavimento
térreo do antigo asilo como sacristia. A imagem A da Figura 82 identifica o acesso do
local e a imagem B mostra a composição que foi encontrada no sanitário da sacristia.
102

Comparando os ladrilhos hidráulicos da Figura 82 e da Figura 79, percebe-se que os


preenchimentos internos não se assemelham, visto que um apresenta o motivo
tridimensional e o outro o motivo trama. Contudo, quando observadas as peças de
borda nota-se que são idênticas.

Figura 82 - Área do antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo utilizada como sacristia da
Capela Divino Espírito Santo e composição de ladrilhos hidráulicos encontrada no local.

Fonte: A: Acervo da autora, 2020. B: Acervo da autora, 2019.

Espera-se que a descoberta desses primeiros indícios da existência dos


ladrilhos hidráulicos no antigo Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo fomente outras
investigações sobre o tema no imóvel, uma vez que o material encontrado indica um
número significativo de composições a serem inventariadas. Faz-se necessário
também analisar o acervo fotográfico da IDES de modo integral, pois, como dito
anteriormente, foram examinados apenas os álbuns digitais que constam no sítio
eletrônico da instituição. Unir o levantamento de campo e o acervo fotográfico
permitirá verificar se os ladrilhos hidráulicos se mantiveram no imóvel, bem como
averiguar as intervenções ocorridas ao longo dos anos e o atual estado de
conservação das peças.

3.2.6. Museu da Escola Catarinense | antiga Escola Normal Catharinense

Localizada na Rua Saldanha Marinho, a edificação de estilo Neoclássico que


abriga atualmente o Museu da Escola Catarinense (MESC) (Figura 83) foi construída
no final do século XIX e inaugurada em 1926. Seu primeiro uso foi como sede da
Escola Normal Catharinense, que se tornaria em 1935 o Colégio de Educação e, em
1947, o Colégio de Educação Dias Velho (hoje Instituto Estadual de Educação). Em
1963, o Colégio transfere-se para um novo prédio localizado na Avenida Mauro
Ramos, deixando as antigas instalações. No ano seguinte, o imóvel recebe uma nova
103

instituição, a Faculdade de Educação, futura Universidade do Estado de Santa


Catarina (UDESC), que residiria no prédio até 2007. A partir dessa data, instala-se o
Museu da Escola Catarinense, tornando-se um espaço de educação, cultura e
preservação do patrimônio catarinense ligado à Educação (MAKOWIECKY, 2015).

Figura 83 – Museu Escola Catarinense, antiga Escola Normal.

Fonte: Acervo da autora, 2020.

Em 2013, o museu foi objeto da 12ª Mostra Casa Nova, uma iniciativa que
contou com a participação de instituições públicas e privadas e tinha o intuito de
realizar melhorias na infraestrutura da edificação, sem descaracterizar o patrimônio
tombado. Intitulada “Casa Nova 2013 – Aqui os grandes mestres se encontram”, foram
propostos 30 ambientes, assinados por mais de 50 profissionais ligados às áreas de
arquitetura, arte, design e decoração. Segundo a diretora do MESC, a professora Dra.
Sandra Makowiecky (2015), “a mostra pretendia valorizar a rota cultural no Centro da
cidade e preservar o patrimônio histórico da capital catarinense, revitalizando o prédio
do MESC e entregando-o para uso da comunidade” (MAKOWIECKY, 2015, p. 1947).
Com o término do evento, em novembro de 2013, as benfeitorias deixadas
como legado se estendiam por toda a edificação. Externamente, a fachada contava
com uma nova pintura, recuperaram-se as esquadrias e implantou-se um moderno
sistema luminotécnico. Internamente, novos revestimentos foram aplicados, os
assoalhos foram lixados e os novos sistemas hidráulicos e elétricos instalados. Além
disso, o museu ainda ganhou novos sanitários, um café e uma loja (MAKOWIECKY,
2015).
104

Dentre as intervenções realizadas para a preparação da mostra, dois


ambientes merecem atenção. São eles: o espaço Aldo Nunes e o sanitário feminino
do pavimento superior. Nesses locais, durante as obras, foram descobertos vestígios
dos antigos ladrilhos hidráulicos sob os pisos desses dois espaços.
Os ladrilhos hidráulicos encontrados no espaço Aldo Nunes (imagens A e B
da Figura 84) eram peças lisas, sem motivos, monocromáticas e não possuíam bordas
ou detalhes. Esse revestimento estava sob o assoalho da ampla sala situada aos
fundos do prédio e, possivelmente, era o revestimento do antigo salão de ginástica,
uma área aberta, que foi posteriormente transformada em sala de desenho. A
fotografia da imagem C, de 1947, mostra o interior da sala já com assoalho. Na época
o imóvel abrigava o Instituto de Educação Dias Velho (MESC/UDESC, 2013?).

Figura 84 – A: Obra para a 12ª Mostra Casa Nova, em 2013. Espaço Aldo Nunes. B:
Ladrilhos hidráulicos descobertos durante a obra. C: Sala de desenho do Instituto de
Educação Dias Velho, 1947).

Fonte: Acervo do MESC, cedido pela diretora Dra. Sandra Makowiecky, 2019.

Já os ladrilhos hidráulicos do sanitário feminino do pavimento superior foram


localizados a partir da retirada do piso cerâmico e contrapiso que existiam no cômodo
(imagem A da Figura 85). Como mostra a imagem B da Figura 85, a composição,
formada por peças de borda e preenchimento possuía formas geométricas. Quanto
105

ao motivo, vê-se que o preenchimento possuía motivo tridimensional e a borda


apresentava motivo abstrato.

Figura 85 – A: Obra para a 12ª Mostra Casa Nova, em 2013. Sanitário feminino do
pavimento superior. B: Ladrilhos hidráulicos descobertos durante a obra.

Fonte: Acervo do MESC, cedido pela diretora Dra. Sandra Makowiecky, 2019.

Ainda de acordo com a diretora do Museu Escola Catarinense, após a


descoberta das peças, optou-se por registrá-las fotograficamente e preservá-las
encobertas até que se tenha a possibilidade de realizar a devida restauração. Algumas
peças dessas composições podem ser encontradas também no depósito da
instituição, local em que se encontram acondicionadas, como se vê pela Figura 86.

Figura 86 - Ladrilhos hidráulicos acondicionados no depósito do Museu da Escola


Catarinense (MESC).

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Além do acervo do MESC, outra informação a respeitos dos ladrilhos


hidráulicos existentes na antiga Escola Normal foi encontrada nos arquivos da FCC.
Segundo o documento - um memorial descritivo de uma reforma realizada nos
sanitários do pavimento térreo no ano 2000 - descobriram-se peças de ladrilhos
hidráulicos durante a execução da rede de esgoto. O trecho abaixo, retirado do
106

memorial, explica que a composição foi localizada após a remoção de uma camada
de aproximadamente 20 cm, mas que devido ao seu precário estado de conservação
não foi possível deixá-la aparente.
Entretanto, já no início da reforma, quando as paredes que faziam as
divisórias entre os boxes foram derrubadas e o piso recortado para a
execução da rede de esgoto, foram encontrados trechos de piso de ladrilhos
hidráulicos (ver foto), provavelmente originais do edifício. Este piso foi
encontrado sob a camada de entulho que fazia enchimento de
aproximadamente 20 cm acima do nível do piso, que servia para ocultar a
rede de esgoto feita na primeira reforma do local. Como atualmente esta
camada de entulho não possuía serventia, no pavimento térreo, tanto no
banheiro masculino, quanto no feminino, optou-se pela retirada deste,
retornando ao nível original. Infelizmente, não foi possível deixar o piso de
ladrilho hidráulico aparente, devido ao estado de conservação, já que este
estava coberto por entulho e em muitos pontos havia sido quebrado para
passar a tubulação (MEDEIROS, 2000, p.1).

A foto mencionada no trecho pode ser vista na Figura 87 e corresponde ao


sanitário feminino do pavimento térreo. Observando essa foto e comparando-a com a
Figura 85, nota-se que as composições encontradas nos dois pavimentos (térreo e
superior) são idênticas, apresentando mesma forma, cores e motivos. Quanto ao
destino dessas peças não se encontrou qualquer registro, visto que não foram
encontrados vestígios dos mesmo durante as reformas da Mostra Casa Nova, em
2013.

Figura 87 – Ladrilhos hidráulicos descobertos durante uma reforma realizada nos sanitários
no ano 2000. Sanitário feminino do pavimento térreo.

Fonte: Acervo setor de arquivo da FCC.


107

3.2.7. Colégio Catarinense e Igreja Santa Catarina de Alexandria | antigo Ginásio


Catarinense e Capela

Fundado em 1905, sob direção da Companhia de Jesus/Sociedade Antônio


Vieira (SAV) e a pedido do então governador do Estado, Coronel Vidal de Oliveira
Ramos, o antigo Ginásio Catarinense (Figura 88) teve como modelo o Colégio D.
Pedro II, do Rio de Janeiro. Sua arquitetura é um dos destaques de obras de grande
porte realizadas em Florianópolis e, atualmente, o conjunto Colégio Catarinense e
Igreja Santa Catarina de Alexandria é tombado como patrimônio do município (VEIGA
et al., 2019; COLÉGIO CATARINENSE, 2019).

Figura 88 - Colégio Catarinense, antigo Ginásio Catarinense.

Fonte: Sítio eletrônico do Colégio Catarinense, 2019.

Embora se tenha realizado o levantamento nas duas edificações tombadas,


encontraram-se exemplares de ladrilhos hidráulicos apenas no Museu do Homem do
Sambaqui, nas dependências do Colégio Catarinense. Quanto às buscas no acervo
da SMDU, não se encontraram informações complementares a respeito dessas peças
em projetos ou outros documentos referentes ao edifício. No entanto, junto aos
processos relacionados ao Colégio Catarinense, constavam também registros sobre
Igreja Santa Catarina de Alexandria, antiga capela do Ginásio Catarinense (Figura
89).
108

Figura 89 - Igreja Santa Catarina de Alexandria, antiga capela do Ginásio Catarinense.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Inaugurada em 29 de maio de 1910, a antiga capela sofreu um incêndio em


1967, fatalidade que possivelmente levou a instituição a fazer o Projeto de Reforma
localizado no setor de arquivos da SMDU (COLÉGIO CATARINENSE, 2019). Nesse
projeto (imagem A da Figura 90), com data de 1968, verificou-se a existência de uma
nota feita a mão pelo arquiteto Valmy Bittencout (imagem B da Figura 90) que
especifica o uso de ladrilhos hidráulicos nos pisos do sanitário e do lavatório.
A partir dessa descoberta, realizou-se uma nova visita à igreja para verificar a
permanência dessas peças no imóvel. O banheiro e o lavatório, como se veem pelas
imagens A e B (Figura 91), se localizavam nos fundos da edificação, como apoio a
sacristia. A imagem C (Figura 91), tirada no local durante a visita, comprova que hoje
não existem mais o sanitário, o lavatório e nem os antigos ladrilhos hidráulicos.
Essa visita, no entanto, trouxe outras informações sobre as intervenções
realizadas na antiga capela depois de sua reabertura, em 1970. Segundo o setor de
arquitetura do Colégio Catarinense, na década de 1990, a fachada dos fundos sofreu
um desmoronamento, o que pode ter levado a instituição a realizar novas reformas e
demolir o sanitário e o lavatório. Ainda nessa época, especula-se que tenha sido
construída a Secretaria, anexa aos fundos da capela, e executado o recobrimento do
piso com peças cerâmicas.
109

Figura 90 – A: Projeto de reforma da antiga capela do Colégio Catarinense, n. 159. Folha


única. Arquiteto responsável: Valmy Bittencout. Ano 1968. B: Detalhe para a nota do
arquiteto.

Fonte: Acervo setor de arquivo da SMDU, arquivo n. 14490.

Figura 91 – A e B: Localização do sanitário e lavatório na planta baixa do projeto de reforma


da antiga capela do Colégio Catarinense. C: Foto atual do sanitário e lavatório.

Fonte: Acervo setor de arquivo da SMDU, arquivo n. 14490. Acervo da autora, 2019.
110

Além do projeto encontrado no acervo da SMDU, outras informações também


foram descobertas no sítio eletrônico do Colégio Catarinense através de uma
plataforma de busca disponibilizada pela instituição. Investigando essa base de dados
encontrou-se a imagem A da Figura 92. Essa foto mostra o maquinário de fabricação
de ladrilhos hidráulicos instalado no canteiro durante uma obra de ampliação em
195012. A imagem destaca, ainda, uma das padronagens que eram produzidas no
canteiro e que, quando comparada com a imagem B13 (Figura 92) de 1974, confirma
que os antigos ladrilhos hidráulicos utilizados no edifício foram produzidos no próprio
local. A composição com formas geométricas e de motivo tridimensional
(preenchimento) e abstrato (borda) atualmente não pode mais ser vista no Colégio,
como se vê pela imagem C, uma vez que foi encoberta ou substituída por peças
cerâmicas.

Figura 92 – A: Fábrica de ladrilhos hidráulicos no canteiro de obras do Colégio Catarinense.


Ano 1950. B: Corredor do Colégio Catarinense com os ladrilhos hidráulicos. Ano 1974. C:
Corredor do Colégio Catarinense atualmente.

Fonte: A e B: Acervo Colégio Catarinense, plataforma Pergamum, 2019. C: Acervo da autora, 2019.

Encontrar e comparar esses registros fotográficos suscitou inquietações a


respeito do porquê esse maquinário existiria no canteiro de obras do antigo Ginásio.
Seria um costume contratar os artífices e instalar seus maquinários nas obras para a
produção dos ladrilhos hidráulicos? Ou esse foi um caso pontual, devido à grandeza
da edificação? Ou ainda, essa seria uma fábrica própria para uso apenas da
instituição? Esses questionamentos até o momento se encontram sem respostas e

12 Informação disponibilizada pelo Colégio Catarinense através da plataforma Pergamum:


http://biblioteca.asav.org.br/vinculos/000077/00007761.jpg. Acessado em mar. 2019.
13 Imagem disponibilizada pelo Colégio Catarinense através da plataforma Pergamum:
http://biblioteca.asav.org.br/vinculos/000089/000089d0.jpg. Acessado em mar. 2019.
111

podem ser o ponto de partida para o desenvolvimento de novas pesquisas sobre os


ladrilhos hidráulicos produzidos no antigo Ginásio Catarinense.

3.2.8. Colégio Bom Jesus Coração de Jesus | antigo Colégio Coração de Jesus

O Colégio Coração de Jesus iniciou suas atividades em 15 de janeiro de 1898


motivado pelo desejo das Irmãs da Divina Providência de fundarem, na cidade de
Florianópolis, uma escola para meninas. Para isso adquiriram, próximo ao convento,
uma modesta e antiga propriedade de cinco cômodos, que foram transformados em
capela, salas de aula e despensa. A intensa procura por matrículas fez com que as
irmãs, ao longo dos anos, aumentassem suas instalações a fim de acomodar um
pensionato e abrir turmas também para rapazes (COELHO, 1998).
Em decorrência dessas ampliações, o Colégio apresenta hoje um conjunto de
construções de diversos momentos do século XX (Figura 93) e acredita-se que, por
esse motivo, o levantamento realizado em suas dependências apresentou um
significativo número de composições de ladrilhos hidráulicos. Foram encontradas
peças nos corredores, museu, academia de ginástica, depósitos e sanitários, que
instigaram a procura no acervo da SMDU por informações sobre as especificações
dessas peças em projetos de construções, reformas ou intervenções ocorridas no
colégio nesse período.

Figura 93 – Vista do conjunto do Colégio Bom Jesus Coração de Jesus, antigo Colégio
Coração de Jesus.

Acervo da autora, 2019.


112

Todavia, encontrou-se apenas um projeto de reforma de um prédio localizado


à Rua Saldanha Marinho, a respeito da demolição de duas paredes para a construção
de um bloco de sanitários, como se pode ver pela imagem A, da Figura 94. Esse
documento chamou atenção, pois nele há uma convenção, especificada pelo autor,
para que os pisos do alpendre e dos sanitários sejam capeados com ladrilhos de
cimento (imagem B e C, Figura 94). Durante o levantamento de campo, no entanto,
não se avistou local semelhante ao projeto. Por isso, acredita-se que essa edificação
tenha dado lugar ao novo prédio da área de educação infantil do colégio, situado à
Rua Saldanha Marinho. Especula-se também que este seja o único registro da
existência dessa edificação e dessas peças de ladrilhos hidráulicos.

Figura 94 – A: Projeto de reforma de prédio localizado à Rua Saldanha Marinho, n. 136.


Folha única. Engenheiro responsável: Georges W. Wildi. Ano 1956.
B e C: Detalhe para a nota do engenheiro.

Fonte: Acervo setor de arquivo da SMDU.

É importante destacar que o autor do projeto, o engenheiro civil Georges W.


Wildi, trabalhava para a empresa Tom T. Wildi & Cia e era filho do arquiteto suíço Tom
T. Wildi. Essa informação se faz relevante, pois de acordo com Márcia Regina
Escorteganha Laner (2007), além desta empresa, o arquiteto possuía também outros
113

empreendimentos na cidade de Florianópolis, dentre eles uma fábrica de ladrilhos


hidráulicos.

3.2.8.1. Arte Nova: A Fábrica de Ladrilhos Hidráulicos de Tom T. Wildi

Tom Traugott Wildi nasceu em 08 de maio de 1897 em Wohlen, comuna suíça


do Cantão Aargau. Estudou na Escola Profissional de Belas Artes em Zurique e
gradou-se em arquitetura em Genebra, servindo na 1ª Guerra Mundial e após seu
término embarcou para o Rio de Janeiro, chegando à capital federal em 21 de janeiro
de 1919. Em 1921 é enviado para Florianópolis a trabalho, pela empresa General
Eletric (GE) e conhece Maria Passerino, sua futura esposa, decidindo permanecer na
Ilha (LANER, 2007).
Em junho de 1921, Tom foi contratado pelo governador Hercílio Luz como
Encarregado das Obras Públicas da Municipalidade, cargo que permaneceu até 1932,
quando pede exoneração (Figura 95). Enquanto esteve na função coordenou diversas
obras de infraestrutura na capital, participou das obras de construção da Ponte
Hercílio Luz e foi responsável pelo primeiro cadastro imobiliário do município
(TEIXEIRA, 2009).

Figura 95 – Anúncio do pedido de exoneração do arquiteto Tom T. Wildi do cargo de Chefe


da Secção de Obras Públicas, publicado em 27 de janeiro de 1932, no jornal O Estado.

Fonte: Hemeroteca Digital Brasileira, 2020. Edição 05505.

A partir de 1932, Tom Wildi se dedicou exclusivamente às atividades e obras


particulares, estendendo seu legado e se consolidando como um dos importantes
nomes da arquitetura florianopolitana. Foi neste período que, notando a escassa
oferta de materiais de construção, montou uma fábrica de ladrilhos hidráulicos com o
objetivo de suprir as demandas da capital (TEIXEIRA, 2009). Pesquisando em jornais
114

e revistas da época, através do site da Hemeroteca Digital Brasileira, encontrou-se os


primeiros anúncios divulgando sua empresa: a Arte Nova.
Localizada entre a Avenida Rio Branco e a antiga Rua Joinville (atual Rua
Dom Jaime Câmara), a empresa, além de fabricar ladrilhos hidráulicos, também
beneficiava madeira para construção civil. O anúncio da Revista do Comércio, de
1932, traz essas informações, além de divulgar os serviços de projeto, orçamento e
administração de obras realizada pelo arquiteto (Figura 96).

Figura 96 – Anúncio na Revista do Comércio de 1932, divulgando os serviços do arquiteto


Tom T. Wildi e da sua fábrica de ladrilhos hidráulicos localizada em Florianópolis.

Fonte: Biblioteca Digital Brasileira, 2020. Edição 00001.

Outros dois anúncios, localizados no jornal O Estado, trazem mais


informações a respeito da fábrica de ladrilhos hidráulicos e sobre as peças produzidas.
O primeiro, uma publicação de 1932 (Figura 97), chama a atenção do leitor para a
variedade e para quantidade de peças para passeios, em estoque, uma informação
recorrente nos anúncios da fábrica. Além disso, a propaganda comunica que a
produção compreende peças com variações modernas para interiores, indicando os
locais de aplicação.
O segundo anúncio de 1933 (Figura 98) é ainda mais interessante, pois além
de comunicar os serviços do arquiteto e da sua fábrica, destaca que a empresa é a
única do Estado de Santa Catarina a produzir peças de tamanho 15 x 15 cm e
hexagonais, um diferencial para a época. Outra informação relevante são os agentes
115

(ou representantes) que se localizavam tanto ao sul como ao norte do Estado, nas
cidades de Itajaí, Brusque, Blumenau e Laguna.
Figura 97 - Anúncio do Jornal O Estado de 1932, divulgando a fábrica de ladrilhos
hidráulicos e estoque de peças fabricadas.

Fonte: Biblioteca Nacional Digital, 2020. Edição 05532.

Figura 98 - Anúncio do Jornal O Estado de 1933, divulgando os serviços do arquiteto Tom T.


Wildi e de sua fábrica de ladrilhos hidráulicos localizada em Florianópolis.

Fonte: Biblioteca Nacional Digital, 2020. Edição 05814.

Não se encontraram informações que revelassem o período em que essa


fábrica se manteve em atividade em Florianópolis, mas vê-se como um caminho
promissor para essa descoberta a continuidade das pesquisas nos jornais e revistas
do Estado. O que se sabe, retomando o projeto de reforma encontrado SMDU, é que
anos mais tarde Tom Wildi criará também a empresa Tom T. Wildi & Cia, que contará
com a participação do seu filho, o engenheiro Georges W. Wildi.
116

4. CONCLUSÃO

Este trabalho intentou estudar a permanência dos ladrilhos hidráulicos na área


central da cidade de Florianópolis/SC, delimitando como área de abrangência as 55
edificações tombadas individualmente reunidas a partir de listagens de tombamento
municipal, estadual e federal. Para que isso fosse possível, estruturou-se essa
pesquisa em dois seguimentos. No primeiro, realizou-se o levantamento de campo
que visava mapear e inventariar os ladrilhos hidráulicos encontrados entre as
edificações, para posterior análise exploratória das composições gráficas; no
segundo, dedicou-se às pesquisas documentais e bibliográficas acerca das peças e
dos imóveis elencados. Essas buscas incluíram documentos, projetos arquitetônicos,
memoriais descritivos, fotografias, artigos de jornais, livros, artigos, dissertações e
teses sobre o assunto.
O levantamento de campo mostrou que, das 55 edificações visitadas, 30
apresentaram ladrilhos hidráulicos, 24 não apresentaram o artefato e em apenas uma
não foi possível o acesso. Nos 55 imóveis, analisaram-se critérios gerais como período
de construção, linguagem arquitetônica, uso do solo e esfera de tombamento, que
foram confrontados com os mesmos critérios nas 30 edificações com ladrilhos
hidráulicos. A maioria das edificações estudadas é de imóveis de estilo eclético,
construídos no século XX e protegidos pelo tombamento municipal, características
também predominantes nas edificações com ladrilhos hidráulicos. A diferença
encontrada ficou por conta do uso do solo. Os resultados apontaram que entre as 55
edificações, o uso do solo preponderante foi o institucional, já entre os imóveis com
ladrilhos hidráulicos o uso mais visto foi o religioso.
A partir das 30 edificações com exemplares de ladrilhos hidráulicos, foram
identificadas 81 composições gráficas, um número expressivo por meio do qual se
percebeu que mais da metade dos imóveis apresentavam mais de uma composição
de peças. Encontraram-se até 10 composições em um mesmo imóvel. Os locais de
aplicação dessas composições também foram contabilizados. Espaços como
circulação, entradas, varandas, naves e sanitários foram os que apresentaram maior
número de aplicações do revestimento. Quando cotejados com os usos das
edificações, notou-se também que o uso religioso foi o que apresentou maior
diversidade de locais de aplicação.
117

Por intermédio da análise gráfica das composições, viu-se que os ladrilhos


hidráulicos levantados eram, em sua maioria, quadrados, com 20 cm de lado e sem
texturas. As cores predominantes foram o branco, o preto e o cinza. O estudo também
concluiu que o vermelho e o vermelho-violetado (bordô) foram significativamente
empregadas nas composições encontradas. Ainda sobre as cores, encontrou-se que
as composições com duas colorações são as mais frequentes, no entanto foram
observados conjuntos mais elaborados com até cinco cores.
Para estudar os motivos e as formas dos desenhos encontrados nos ladrilhos
hidráulicos, classificaram-se as peças das composições em bordas, preenchimentos
internos e detalhes. As bordas - presentes em 43 composições - apresentaram na
maioria motivos abstratos com formas geométricas, aplicados lado a lado e com
acabamento de canto feito com peça de arremate. Os preenchimentos internos, assim
como as bordas, também compreenderam mais motivos abstratos com formas
geométricas. Contudo, os motivos estrela e tridimensional, ambos geométricos
aparecem em um número significativo de composições. O modo de aplicação dos
preenchimentos mais utilizados foi como peças únicas. Os detalhes, por sua vez,
encontraram-se em apenas duas edificações: no Arquivo Público Municipal e na Igreja
Nossa Senhora do Parto. Na primeira, as peças foram empregadas como destaque
da composição; na segunda, foram utilizadas para evidenciar uma área específica da
construção.
Com base nos dados obtidos, pôde-se realizar um estudo comparativo entre
os motivos, correlacionando-os com as formas, as cores, os locais de aplicação e o
uso das edificações. Confrontando as imagens das fichas de inventário e as
informações sobre cada edificação, foi possível perceber que alguns conjuntos
apresentaram semelhanças entre essas características. Essas correlações foram
acompanhadas ainda de documentos encontrados nos acervos públicos e fornecidos
por particulares que mostraram as intervenções realizadas nas composições.
Além de complementar a análise comparativa dos motivos, a pesquisa
documental a partir dos acervos públicos da SMDU e da FCC, quando aliada a
acervos particulares e bibliografias catarinenses, possibilitou entender a virada do
século XIX para o século XX como período de introdução dos ladrilhos hidráulicos na
arquitetura da capital. Foi essencial, também, confrontar essa pesquisa com o
levantamento a campo, no qual se verificaram as intervenções realizadas nos ladrilhos
hidráulicos e seu atual estado de conservação.
118

Por meio dessa análise de documentos, foi possível a confirmação da


existência de ladrilhos hidráulicos em edificações que, atualmente, não apresentam o
artefato ou que não puderam ser integralmente visitadas. Encontrar indícios dessas
peças, principalmente em edificações florianopolitanas do início do século XX,
confirma a expressiva popularização dos ladrilhos hidráulicos, escolhidos por serem
revestimentos decorativos economicamente acessíveis, além de atenderem a
questões de salubridade e modernidade vigentes na época.
A partir da pesquisa documental, pôde-se identificar também a data
aproximada de intervenções de supressão ou possíveis recobrimentos, como
ocorreram na antiga Casa do Barão, na Mitra Metropolitana, no MESC e nos Colégios
Catarinense e Bom Jesus Coração de Jesus. Pôde-se, ainda, localizar informações a
respeito da restauração de peças, como na Igreja São Francisco, e mudanças de local,
como os ladrilhos hidráulicos da entrada do Palácio Cruz e Sousa.
A investigação realizada ainda mostrou que a especificação de uso dos
ladrilhos hidráulicos era realizada de maneira muito simples, apenas com notas ou
convenções escritas pelo responsável técnico. Não se nota nas plantas baixas
qualquer indício de uma paginação detalhada, que inclua desenhos ou motivos dos
ladrilhos a serem aplicados. Essa ausência de informações sobre a padronagens das
peças deixa ainda em aberto o processo de definição, escolha ou composição de seus
desenhos por meio de seus construtores.
Inquietações como essa se uniram a outros questionamentos durante a
pesquisa documental e bibliográfica e espera-se que esses fomentem novas
pesquisas sobre o tema na cidade de Florianópolis. Por isso, sugere-se para trabalhos
futuros que os indícios da existência dos ladrilhos hidráulicos no antigo Asilo de Órfãs
São Vicente de Paulo sejam investigados, uma vez que o material encontrado por
essa pesquisa indica um número significativo de composições a serem inventariadas
e o levantamento de campo do edifício não pôde ser realizado por completo. Faz-se
necessário, também, analisar o acervo fotográfico da IDES de modo integral, um
relevante material, que unido ao levantamento de campo, permitirá verificar as peças
que se mantiveram no imóvel, bem como averiguar as intervenções ocorridas ao longo
dos anos.
Sugere-se, ainda, que o acervo da superintendência do IPHAN em Santa
Catarina seja visitado com o intuito de coletar informações sobre os ladrilhos
hidráulicos nas edificações tombadas pela União em Florianópolis. Os imóveis
119

protegidos pela esfera federal compreendidos por essa pesquisa, são: Forte Santana,
Forte Santa Bárbara, Antiga Alfândega e Museu Victor Meirelles. Entre esses,
somente o Forte Santa Bárbara apresentou ladrilhos hidráulicos. Relembra-se que em
virtude da pandemia de COVID-19, o IPHAN decidiu restringir o acesso ao público e
manter os atendimentos de modo virtual, impossibilitando a pesquisa nos seus
arquivos.
Quanto às fábricas e aos artífices da capital, primeiramente, descobriram-se
antigos registros fotográficos do Colégio Catarinense que mostram um maquinário
para fabricação das peças no canteiro de obras durante uma das ampliações do seu
edifício. Questionamentos foram levantados, os quais se retomam: seria um costume
contratar os artífices e instalar seus maquinários nas obras para a produção dos
ladrilhos hidráulicos? Ou este foi um caso pontual, devido à grandeza da edificação?
Ou ainda, esta seria uma fábrica própria para uso apenas da instituição? Essas são
algumas perguntas que podem ser respondidas caso seja viável uma pesquisa sobre
o tema em conjunto com a instituição.
Em um segundo momento, buscou-se unir a pesquisa documental às buscas
na plataforma da Hemeroteca Digital Nacional, investigação que se mostrou assertiva
ao se descobrir informações sobre um fabricante local de ladrilhos hidráulicos que
abastecia as construções florianopolitanas e de outras regiões do estado. Esse
fabricante era o conhecido arquiteto suíço Tom T. Wildi, um empresário visionário que
notando a escassa oferta de materiais de construção, montou a Arte Nova, sua fábrica
de ladrilhos hidráulicos. Sabe-se, entretanto, que este estudo foi apenas o início de
um caminho que possui potencial para ser desenvolvido em outras pesquisas e
entende-se como relevante aprofundar os conhecimentos, não somente a respeito da
fábrica de ladrilhos hidráulicos de Tom T. Wildi, mas também sobre a história deste
arquiteto, visto que essa se entrelaça com a história da arquitetura catarinense.
120

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PMF/IPUF/SEPHAN. Elaboração: ADAMS, Betina. ALBERS ARAUJO. Suzane e


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RAMOS, Átila. Memória do Saneamento Desterrense. Florianópolis: CASAN,


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WONG, Wucius. Princípios da Forma e Desenho. 1. ed. São Paulo: Martins


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124

APÊNDICES

APÊNDICE A – Fichas de Inventário dos Ladrilhos Hidráulicos localizados na


área central da cidade de Florianópolis, Santa Catarina
FORTE SANTA BÁRBARA
Rua Antônio (Nico) Luz, 260 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
com padrão único de tamanho 20 x
20 cm. Com motivo estrela, o
desenho se constitui de formas
geométricas nas cores: branco, verde
e bordô.
Nesta composição não há bordas e
seu preenchimento interno é
formado pela combinação de peças
únicas.
Protegida legalmente pela União, a
Número de composições: Uma composição
edificação na qual o conjunto está Local de aplicação: Circulação
inserido foi construída em 1774 e Formato: Quadrado
atualmente possui estilo Eclético. Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, verde e bordô
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Estrela
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes e
sujidades em algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO
PALÁCIO CRUZ E SOUSA - antigo Palácio do Governo
Praça XV de Novembro, 227 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por dois padrões de peças de
tamanho 15 x 15 cm. Com formas
orgânicas e geométricas, o desenho
compreende cinco cores: branco, cinza,
vermelho, azul e azul-esverdeado.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato formado a partir de duas peças
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é composto por quatro peças,
assentadas em sentidos variados
combinando os motivos chevron e floral.
Este conjunto se encontra na entrada Número de composições: Uma composição
principal do Palácio Cruz e Sousa, uma Local de aplicação: Entrada principal - passeio público
Formato: Quadrado
edificação de estilo Eclético, construída Tamanho: 15 x 15 cm
em meados do século XVIII e protegida Textura: Liso
legalmente pelo município de Cores: Cinco cores - branco, cinza, vermelho, azul e azul-
esverdeado
Florianópolis e pelo Estado de Santa Forma do desenho: Irregular
Catarina. Motivo: Abstrato (borda), Floral e Chefron (preenchimento)
Estado de conservação: Regular. Foram observados quebras,
desgastes e sujidades em algumas áreas da composição.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
MERCADO PÚBLICO DE FLORIANÓPOLIS
R. Jerônimo Coelho, 60 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
padrão único de tamanho 20 x 20 cm.
Com motivo estrela, o desenho se
constitui de formas geométricas nas
cores: branco, preto e cinza.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação de quatro peças, assentadas
em sentidos variado.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída em 1898 e possui Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Entrada – administração torre norte
estilo Eclético. Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, cinza e preto
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Estrela
Estado de conservação: Ruim. Foram observados quebras, trincas
e sujidades em toda a extensão da composição.
PREENCHIMENTO
MERCADO PÚBLICO DE FLORIANÓPOLIS
R. Jerônimo Coelho, 60 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
padrão único de tamanho 20 x 20 cm.
Com motivo xadrez, o desenho se
constitui de formas geométricas
quadradas nas cores: branco e preto.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação da peça assentada de modo
contínuo.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída em 1898 e possui Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Sanitário ala sul - entrada
estilo Eclético. Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Xadrez
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO
ARQUIVO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
Praça XV de Novembro, 180 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Formada por dois padrões de peças, essa
composição se diferencia por combinar
ladrilhos hidráulicos de diferentes
tamanhos: 20 x 20 cm e 10 x 10 cm.
A peças maiores, de cor branca e sem
motivo foram classificadas como
preenchimento. Já as peças menores, de
cores bordô, branco e azul, foram
classificadas como detalhe e possuem
motivo arabesco.
Nesta composição não há bordas e tanto
seu preenchimento, como o detalhe são
Número de composições: Uma composição
formados por peças únicas. Local de aplicação: Copa
O conjunto se encontra na copa do Arquivo Formato: Quadrado
Histórico Municipal de Florianópolis, uma Tamanho: 20 x 20 cm e 10 X 10 cm
Textura: Liso
edificação de estilo Art Decó, construída em Cores: Três cores – branco, bordô e azul
1943 e protegida legalmente pelo Forma do desenho: Sem forma (preenchimento) e Orgânico
município de Florianópolis. (detalhe)
Motivo: Sem motivo (preenchimento) e Arabesco (detalhe)
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades
em algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO

DETALHE
CATEDRAL METROPOLITANA DE FLORIANÍÓLIS – antiga Igreja Matriz
R. Padre Miguelinho, 55 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formada por três padrões
de peças de tamanho 20 x 20 cm. Com formas geométricas, o
desenho compreende duas cores: branco e preto.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação peças únicas também
com motivo abstrato.
Esses conjuntos podem ser encontrados na sacristia e no coro
da Catedral Metropolitana de Florianópolis, uma edificação
de estilo Neoclássico, construída em 1753 e protegida
legalmente pelo município de Florianópolis e pelo Estado de
Santa Catarina.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Duas composições


Local de aplicação: Sacristia e Coro
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Ruim. Foram observados desgastes, quebras,
trincas e sujidades em toda a extensão da composição.

SACRISTIA CORO
IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA
R. Deodoro, 135 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Com motivo tridimensional, essa composição de ladrilhos
hidráulicos é criada por um único padrão de peça, de tamanho
20 x 20 cm. O desenho geométrico e a utilização das cores
branco, cinza e preto conferem um efeito especial ao conjunto.
Nesta composição não há bordas e acabamentos e seu
preenchimento interno é formado pela combinação da peça
assentada de modo contínuo.
Este exemplar está localizado na entrada do espaço museal da
Igreja São Francisco e foi objeto de restauro na obra de
intervenção finalizada no ano de 2019. Essa edificação histórica
foi construída em 1815 e atualmente é protegida legalmente
pelas esferas municipal e estadual.
PREENCHIMENTO

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Entrada - espaço museal
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, cinza e preto
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Tridimensional
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou rachaduras.
Não foram encontradas manchas ou sujidades.
IGREJA NOSSA SENHORA DO PARTO
R. Conselheiro Mafra, 674 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formada por três padrões
de peças de tamanho 20 x 20 cm. Com formas geométricas,
orgânicas, o desenho compreende quatro cores: branco, preto,
vermelho e azul-violetado.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
arabesco e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação peças únicas com motivo
estrela.
Esse conjunto pode ser encontrado na secretaria da Igreja
Nossa Senhora do Parto, uma edificação de estilo Luso-
brasileiro, construída em 1861 e protegida legalmente pelo
município de Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Secretaria
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Quatro cores – branco, preto, vermelho e azul-violetado
Forma do desenho: Orgânico (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Arabesco (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Ruim. Foram observados desgaste e
sujidades em toda a extensão da composição.
IGREJA NOSSA SENHORA DO PARTO
R. Conselheiro Mafra, 674 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formada por três padrões
de peças de tamanho 20 x 20 cm. Com formas geométricas,
orgânicas, o desenho compreende três cores: branco, preto e
vermelho.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
arabesco e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação peças únicas com motivo
estrela.
Esse conjunto pode ser encontrado no altar da Igreja Nossa
Senhora do Parto, uma edificação de estilo luso-brasileiro,
construída em 1861 e protegida legalmente pelo município de
Florianópolis.
PREENCHIMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Altar
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e vermelho
Forma do desenho: Orgânico (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Arabesco (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
IGREJA NOSSA SENHORA DO PARTO
R. Conselheiro Mafra, 674 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com três padrões de peças
de tamanho 20 x 20 cm. O desenho geométrico e a utilização
das cores branco, cinza e preto conferem um efeito especial ao
conjunto.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno tridimensional é formado pela combinação da peça
assentada de modo contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado na sacristia da Igreja Nossa
Senhora do Parto, uma edificação de estilo Luso-brasileiro,
construída em 1861 e protegida legalmente pelo município de
Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Sacristia
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e cinza
Forma do desenho: Geométrico e Retilíneo (borda) e
Geométrico (preenchimento)
Motivo: Abstrato (borda) e Tridimensional (preenchimento)
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades
em algumas áreas da composição.
IGREJA NOSSA SENHORA DO PARTO
R. Conselheiro Mafra, 674 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formada por três padrões
de peças de tamanho 20 x 20 cm. Com formas geométricas, o
desenho compreende duas cores: branco e preto.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação peças únicas também com
motivo abstrato.
Esse conjunto pode ser encontrado na nave da Igreja Nossa
Senhora do Parto, uma edificação de estilo Luso-brasileiro,
construída em 1861 e protegida legalmente pelo município de
Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Nave – circulação
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Ruim. Foram observados desgastes e
sujidades em toda a extensão da composição.
IGREJA NOSSA SENHORA DO PARTO
R. Conselheiro Mafra, 674 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formada por três padrões
de peças de tamanho 20 x 20 cm. Com formas irregulares, o
desenho compreende três cores: branco, bege e bordô.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno possui motivo arabesco e é formado pela combinação
de quatro peças.
Esse conjunto pode ser encontrado na nave da Igreja Nossa
Senhora do Parto, uma edificação de estilo Luso-brasileiro,
construída em 1861 e protegida legalmente pelo município de
Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Nave – área dos bancos
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, bege e bordô
Forma do desenho: Irregular
Motivo: Abstrato (borda) e arabesco (preenchimento)
Estado de conservação: Ruim. Foram observados desgastes e
sujidades em toda a extensão da composição.
IGREJA NOSSA SENHORA DO PARTO
R. Conselheiro Mafra, 674 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formada por um padrão
de peça de tamanho 20 x 20 cm. Devido ao precário estado de
conservação não se pode afirmar as cores utilizadas.
Essa composição, classificada como detalhe, é constituída
somente por peças de borda aplicadas lado a lado e com
motivo abstrato.
O conjunto pode ser encontrado na entrada da nave da Igreja
Nossa Senhora do Parto, uma edificação de estilo Luso-
brasileiro, construída em 1861 e protegida legalmente pelo
município de Florianópolis.

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Nave - entrada
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Sem definição
Forma do desenho: Geométrico e Retilíneo
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Ruim. Foram observadas sujidades e
um severo desgaste nas peças impossibilitando a verificação
das cores.
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO
R. Marechal Guilherme, 60 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado por três padrões
de peças, de tamanho 20 x 20 cm. Com formas geométricas e
orgânicas, o desenho compreende duas cores: branco e preto.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno possui motivo floral formado a partir da combinação
de quatro peças.
Esse conjunto pode ser encontrado na sacristia da Igreja
Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, uma edificação de
estilo Luso-brasileiro, construída em 1830 e protegida
legalmente pelo município de Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Nave – área dos bancos
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Geométrico (bordas) e Orgânico (preenchimento)
Motivo: Abstrato (borda) e Floral (preenchimento)
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes e
sujidades em algumas áreas da composição.
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO
R. Marechal Guilherme, 60 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado um único
padrão de peça, tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas e motivo tridimensional, o desenho compreende
três cores: branco, preto e cinza.
Nesta composição não há bordas e seu preenchimento
interno é formado pela combinação da peça assentada de
modo contínuo.
O conjunto delimita a área de circulação na nave da Igreja
Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, uma edificação de
estilo Luso-brasileiro, construída em 1830 e protegida
legalmente pelo município de Florianópolis.
PREENCHIMENTO

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Nave – área de circulação
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e cinza.
Forma do desenho: Geométrico (bordas) e orgânico (preenchimento)
Motivo: Tridimensional
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes e
sujidades em algumas áreas da composição.
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO
R. Marechal Guilherme, 60 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado por três padrões
de peças, de tamanho 20 x 20 cm. Com formas geométricas, o
desenho compreende três cores: branco, preto e cinza.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação peças únicas com motivo
estrela.
Esse conjunto pode ser encontrado na sacristia da Igreja
Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, uma edificação de
estilo Luso-brasileiro, construída em 1830 e protegida
legalmente pelo município de Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Sacristia
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e cinza
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou rachaduras.
Não foram encontradas manchas ou sujidades.
IGREJA SÃO SEBASTIÃO
R. Bocaiúva, 1600 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado por três
padrões de peças de tamanho 20 x 20 cm. Com formas
irregulares, o desenho compreende três cores: branco,
bege e bordô.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno possui motivo arabesco formado a partir da
combinação de quatro peças.
Esse conjunto pode ser encontrado na nave da Igreja São
Sebastião, uma edificação de estilo Eclético, construída em
1856 e protegida legalmente pelo município de
Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Nave
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, bege e bordô
Forma do desenho: Irregular
Motivo: Abstrato (borda) e Arabesco (preenchimento)
Estado de conservação: Ruim. Foram observados quebras, trinchas,
desgastes e sujidades em toda a extensão da composição.
IGREJA SÃO SEBASTIÃO
R. Bocaiúva, 1600 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado por dois
padrões de peças de tamanho 20 x 20 cm. Sem motivos, a
composição compreende duas cores: amarelo e bordô.
Por não apresentarem desenhos, as peças de borda e o
preenchimento interno, foram classificados como peças
únicas.
Esse conjunto pode ser encontrado no altar da Igreja São
Sebastião, uma edificação de estilo Eclético, construída em
1856 e protegida legalmente pelo município de
Florianópolis.
PREENCHIMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Altar
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – amarelo e bordô
Forma do desenho: Sem forma
Motivo: Sem motivo
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes em
algumas áreas da composição.
IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA
R. Pres. Nereu Ramos, 185 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado por dois padrões
de peças de tamanho 20 x 20 cm. Com formas geométricas, o
desenho compreende três cores: branco, bordô e vermelho-
alaranjado
As peças de borda apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento interno é formado
pela combinação de quatro peças também com motivo
abstrato.
Esse conjunto pode ser encontrado na entrada principal da
Igreja Evangélica de Confissão Luterana, uma edificação de
estilo Eclético, construída em 1913 e protegida legalmente
pelo município de Florianópolis.
PREENCHIMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Entrada principal
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, bordô e vermelho-alaranjado
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou rachaduras.
Não foram encontradas manchas ou sujidades.
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por três padrões de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas e retilíneas, o desenho
compreende duas cores: branco e preto.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno, com motivo xadrez, é formado
pela combinação da peça assentada de
modo contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado na copa
da Capela Menino Deus, uma edificação de Número de composições: Uma composição
estilo Eclético, construída em 1760 e Local de aplicação: Copa
protegida legalmente pelo município de Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Florianópolis e pelo Estado de Santa Textura: Liso
Catarina. Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Retilíneo (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Abstrato (borda) e Xadrez (preenchimento)
Estado de conservação: Ruim. Foram observados desgastes e
peças faltantes em toda a extensão da composição.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por dois padrões de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, preto e vermelho.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação peças
únicas com motivo estrela.
Esse conjunto pode ser encontrado no
depósito da Capela Menino Deus, uma
edificação de estilo Eclético, construída em Número de composições: Uma composição
1760 e protegida legalmente pelo Local de aplicação: Depósito
município de Florianópolis e pelo Estado de Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Santa Catarina. Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e vermelho
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes
e trincas em algumas áreas da composição.

PREENCHIMENTO
BORDA
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
irregulares, o desenho compreende três
cores: branco, bege e bordô.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno possui motivo arabesco formado a
partir da combinação de quatro peças.
Esse conjunto pode ser encontrado na nave
da Capela Menino Deus, uma edificação de
estilo Eclético, construída em 1760 e
Número de composições: Uma composição
protegida legalmente pelo município de Local de aplicação: Nave
Florianópolis e pelo Estado de Santa Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Catarina.
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, bege e bordô
Forma do desenho: Irregular
Motivo: Abstrato (borda) e Arabesco (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado um único padrão de peça,
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas e motivo abstrato, o desenho
compreende três cores: branco, preto e
cinza.
Nesta composição não há e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação da peça assentada de modo
contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado na
cozinha da Capela Menino Deus, uma
edificação de estilo Eclético, construída em
Número de composições: Uma composição
1760 e protegida legalmente pelo Local de aplicação: Cozinha
município de Florianópolis e pelo Estado de Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Santa Catarina.
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e cinza
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por dois padrões de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, preto e cinza.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno tridimensional é formado pela
combinação da peça assentada de modo
contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado na área
externa da Capela Menino Deus, uma Número de composições: Uma composição
edificação de estilo Eclético, construída em Local de aplicação: Área externa
1760 e protegida legalmente pelo Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
município de Florianópolis e pelo Estado de Textura: Liso
Santa Catarina. Cores: Três cores – branco, preto e cinza
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Tridimensional (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
BORDA
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas orgânicas
e geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, preto e vermelho.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo arabesco e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno possui motivo estrela formado a
partir da combinação de peças únicas.
Esse conjunto pode ser encontrado no
consistório da Capela Menino Deus, uma
edificação de estilo Eclético, construída em Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Consistório
1760 e protegida legalmente pelo Formato: Quadrado
município de Florianópolis e pelo Estado de Tamanho: 20 x 20 cm
Santa Catarina. Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e vermelho
Forma do desenho: Orgânico (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Arabesco (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado um único padrão de peça,
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas e motivo abstrato, o desenho
compreende três cores: branco, verde e
vermelho.
Nesta composição não há bordas e
acabamentos e seu preenchimento interno
é formado pela combinação da peça
assentada de modo contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado no
consistório da Capela Menino Deus, uma
edificação de estilo Eclético, construída em
Número de composições: Uma composição
1760 e protegida legalmente pelo Local de aplicação: Consistório - escada
município de Florianópolis e pelo Estado de Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Santa Catarina.
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, verde e vermelho
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Regular. Foram observadas quebras e
trincas em algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por dois padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas orgânicas
e geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, preto e vermelho.
As peças de borda apresentam motivo
arabesco e são aplicadas lado a lado. Já o
preenchimento interno possui motivo
estrela formado a partir da combinação de
peças únicas.
Esse conjunto pode ser encontrado em
uma sala lateral ao altar da Capela Menino
Deus, uma edificação de estilo Eclético, Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Sala lateral ao altar
construída em 1760 e protegida Formato: Quadrado
legalmente pelo município de Florianópolis Tamanho: 20 x 20 cm
e pelo Estado de Santa Catarina. Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e vermelho
Forma do desenho: Orgânico (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Arabesco (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Regular. Foram observadas trincas e
sujidades em algumas áreas da composição. Há substituição
de peças.

PREENCHIMENTO
BORDA
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado um único padrão de peça,
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, verde e vermelho.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno, com o mesmo motivo, é formado a
partir da combinação de peças únicas.
Esse conjunto pode ser encontrado na
sacristia da Capela Menino Deus, uma
edificação de estilo Eclético, construída em
Número de composições: Uma composição
1760 e protegida legalmente pelo Local de aplicação: Sacristia
município de Florianópolis e pelo Estado de Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Santa Catarina.
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, verde e vermelho
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
CAPELA MENINO DEUS
R. Menino Deus, 376 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado um único padrão de peça,
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas e motivo abstrato, o desenho
compreende duas cores: branco e
vermelho.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação de peças únicas.
Esse conjunto pode ser encontrado em
duas circulações da Capela Menino Deus,
uma edificação de estilo Eclético,
construída em 1760 e protegida
Número de composições: Duas composições
legalmente pelo município de Florianópolis Local de aplicação: Circulação
e pelo Estado de Santa Catarina. Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e vermelho
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Regular. Foram observadas trincas em
algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO
CAPELA DINIVO ESPÍRITO SANTO
Praça Getúlio Vargas, 212 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado por três
padrões de peças, de tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende quatro cores:
branco, preto, vermelho e amarelo.
As peças de borda e no acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação de quatro peças,
assentadas em sentidos variados compondo flores.
Esse conjunto pode ser encontrado no coro da Capela
Divino Espírito Santo, uma edificação de estilo Eclético,
construída em 1932 e protegida legalmente pelo
município de Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Coro
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Quatro cores – branco, preto, vermelho e amarelo
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Floral (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou rachaduras.
Não foram encontradas manchas ou sujidades.
CAPELA DINIVO ESPÍRITO SANTO
Praça Getúlio Vargas, 212 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado por três
padrões de peças, de tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três cores:
marrom, bege e creme.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno possui motivo estrela formado a partir da
combinação de quatro peças.
Esse conjunto pode ser encontrado na entrada principal
da Capela Divino Espírito Santo, uma edificação de estilo
Eclético, construída em 1932 e protegida legalmente
pelo município de Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Entrada Principal
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – marrom, bege e creme
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou rachaduras.
Não foram encontradas manchas ou sujidades.
CAPELA DINIVO ESPÍRITO SANTO
Praça Getúlio Vargas, 212 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos formado por três
padrões de peças, de tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três cores:
marrom, bege e creme.
As peças de borda e do acabamento apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno possui motivo estrela formado a partir da
combinação de quatro peças.
Esse conjunto pode ser encontrado no coro da Capela
Divino Espírito Santo, uma edificação de estilo Eclético,
construída em 1932 e protegida legalmente pelo
município de Florianópolis.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Entrada Principal
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – marrom, bege e creme
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou rachaduras.
Não foram encontradas manchas ou sujidades.
HOSPITAL E MATERNIDADE DR. CARLOS CORRÊA
Av. Hercílio Luz, 1302 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas orgânicas
e geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, cinza e bordô.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo floral e são aplicadas
lado a lado. Já o preenchimento interno
possui motivo estrela formado a partir da
combinação de quatro peças.
Esse conjunto pode ser encontrado na
circulação do Hospital e Maternidade Dr. Número de composições: Uma composição
Carlos Corrêa, uma edificação de estilo Local de aplicação: Circulação
Eclético, construída em 1927 e protegida Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
legalmente pelo município de Textura: Liso
Florianópolis. Cores: Três cores – branco, cinza e bordô
Forma do desenho: Orgânico (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Floral (borda) e Estrela (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
IMPERIAL HOSPITAL DE CARIDADE
Av. Hercílio Luz, 1302 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, vermelho e verde.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação de peças únicas com motivo
floral.
Esse conjunto pode ser encontrado nas
circulações do primeiro e segundo
pavimento do Imperial Hospital de Número de composições: Duas composições
Caridade, uma edificação de estilo Eclético, Local de aplicação: Circulação – primeiro e segundo
pavimentos
construída em 1789 e protegida Formato: Quadrado
legalmente pelo município de Tamanho: 20 x 20 cm
Florianópolis. Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, vermelho e verde
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Floral
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes
em algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO
IMPERIAL HOSPITAL DE CARIDADE
Av. Hercílio Luz, 1302 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende duas
cores: branco e cinza.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação de peças únicas com motivo
abstrato.
Esse conjunto pode ser encontrado em
uma das salas administrativas do Imperial
Hospital de Caridade, uma edificação de Número de composições: Uma composição
estilo Eclético, construída em 1789 e Local de aplicação: Sala administrativa
Formato: Quadrado
protegida legalmente pelo município de Tamanho: 20 x 20 cm
Florianópolis. Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e cinza
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes
em algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO
IMPERIAL HOSPITAL DE CARIDADE
Av. Hercílio Luz, 1302 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
padrão único de tamanho 20 x 20 cm. Com
formas geométricas, o desenho
compreende três cores: branco, cinza e
vermelho.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno possui motivo
estrela formado a partir da combinação de
quatro peças.
Esse conjunto pode ser encontrado na
circulação Imperial Hospital de Caridade,
Número de composições: Uma composição
uma edificação de estilo Eclético,
Local de aplicação: Circulação
construída em 1789 e protegida Formato: Quadrado
legalmente pelo município de Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Florianópolis.
Cores: Três cores – branco, cinza e bordô
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Estrela
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
Contudo, a composição apresenta substituições com peças de
outros motivos.
PREENCHIMENTO
IMPERIAL HOSPITAL DE CARIDADE
Av. Hercílio Luz, 1302 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
padrão único de tamanho 20 x 20 cm. O
desenho se constitui de formas
geométricas nas cores: branco e vermelho.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação peças únicas com motivo
estrela.
Esse conjunto pode ser encontrado em
uma circulação do Imperial Hospital de
Caridade, uma edificação de estilo Eclético,
construída em 1789 e protegida Número de composições: Duas composições
Local de aplicação: Circulação
legalmente pelo município de Formato: Quadrado
Florianópolis. Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e vermelho
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Estrela
Estado de conservação: Ruim. Foram observadas trincas,
desgastes e sujidades em toda a extensão da composição. As
composições apresentam substituições com peças de outros
motivos.
PREENCHIMENTO
IMPERIAL HOSPITAL DE CARIDADE
Av. Hercílio Luz, 1302 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
irregulares, o desenho compreende duas
cores: branco e cinza.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação de peças únicas com motivo
floral.
Esse conjunto pode ser encontrado em
uma circulação do Imperial Hospital de
Caridade, uma edificação de estilo Eclético, Número de composições: Uma composição
construída em 1789 e protegida Local de aplicação: Circulação
Formato: Quadrado
legalmente pelo município de Tamanho: 20 x 20 cm
Florianópolis. Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e cinza
Forma do desenho: Irregular
Motivo: Floral
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO
IMPERIAL HOSPITAL DE CARIDADE
Av. Hercílio Luz, 1302 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas e motivo abstrato, o desenho
compreende duas cores: branco e
vermelho.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação da peça assentada de modo
contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado em
uma circulação do Imperial Hospital de Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Circulação
Caridade, uma edificação de estilo Eclético, Formato: Quadrado
construída em 1789 e protegida Tamanho: 20 x 20 cm
legalmente pelo município de Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e vermelho
Florianópolis. Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes
em algumas áreas da composição. A composição apresenta
também substituições com peças de outros motivos.
PREENCHIMENTO
ANTIGO ASILO DE ÓRFÃS SÃO VICENTE DE PAULO
Praça Getúlio Vargas, 194 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
três padrões de peças de tamanho 20 x 20
cm. O desenho geométrico e a utilização
das cores branco, cinza e preto conferem
um efeito especial ao conjunto.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno tridimensional é formado pela
combinação da peça assentada de modo
contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado no Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Lavatório - Sacristia
lavatório o antigo Asilo de Órfãs São Formato: Quadrado
Vicente de Paulo, uma edificação de estilo Tamanho: 20 x 20 cm
Eclético, construída em 1910 e protegida Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e cinza
legalmente pelo município de Forma do desenho: Geométrico
Florianópolis. Motivo: Abstrato (borda) e Tridimensional (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
ANTIGO CINE ROXY - CAFÉ SORRENTINO
R. Padre Miguelinho, 55 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com três
padrões de peças de tamanho 20 x 20 cm. O
desenho apresenta quatro cores: branco,
amarelo, verde e bordô.
Nessa composição as peças de borda, de
cores branco e verde, não possuem motivos
e foram classificadas como peças únicas. As
peças de cor branca se entendem até a
cozinha e também na pequena circulação do
café.
Já o preenchimento interno possui motivo
floral e é formado pela combinação de Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Área de mesas, circulação e cozinha.
quatro peças, assentadas em sentidos Formato: Quadrado
variados. Tamanho: 20 x 20 cm
O conjunto se encontra em uma das salas Textura: Liso
Cores: Quatro cores – branco, amarelo, verde e bordô
comerciais do antigo Cine Roxy, uma Forma do desenho: Sem forma (borda) e Orgânico
edificação de estilo Art Nouveau, construída (preenchimento)
em 1929 e protegida legalmente pelo Motivo: Sem motivo (borda) e Floral (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
município de Florianópolis. rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO

DETALHE
BORDA
COLÉGIO BOM JESUS CORAÇÃO DE JESUS
R. Herman Blumenau, 102 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende
quatro cores: branco, preto, cinza e
vermelho.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o
preenchimento interno possui motivo
trama formado a partir da combinação da
peça assentada de modo contínuo.
Número de composições: Uma composição
Este conjunto se encontra no museu do Local de aplicação: Museu
antigo Colégio Coração de Jesus, uma Formato: Quadrado
edificação de estilo Eclético, construída Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
em 1898 e protegida legalmente pelo Cores: Quatro cores – branco, preto, cinza e vermelho
município de Florianópolis. Forma do desenho: Geométrico (borda)
Motivo: Abstrato (borda) e Trama (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
BORDA
COLÉGIO BOM JESUS CORAÇÃO DE JESUS
R. Herman Blumenau, 102 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por dois padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, preto e vermelho.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o
preenchimento interno, também com
motivo abstrato, é formado pela
combinação de quatro peças.
Este conjunto se encontra em uma
circulação no antigo Colégio Coração de Número de composições: Uma composição
Jesus, uma edificação de estilo Eclético, Local de aplicação: Museu
Formato: Quadrado
construída em 1898 e protegida Tamanho: 20 x 20 cm
legalmente pelo município de Textura: Liso
Florianópolis. Cores: Três cores – branco, preto e vermelho
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
BORDA

Foto: Marcelo Schmoeller


COLÉGIO BOM JESUS CORAÇÃO DE JESUS
R. Herman Blumenau, 102 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por dois padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende duas
cores: branco e preto.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o
preenchimento interno, também com
motivo abstrato, é formado pela
combinação da peça assentada de modo
contínuo.
Número de composições: Uma composição
Este conjunto se encontra em um Local de aplicação: Sanitário
sanitário do antigo Colégio Coração de Formato: Quadrado
Jesus, uma edificação de estilo Eclético, Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
construída em 1898 e protegida Cores: Duas cores – branco e preto
legalmente pelo município de Forma do desenho: Geométrico
Florianópolis. Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
COLÉGIO BOM JESUS CORAÇÃO DE JESUS
R. Herman Blumenau, 102 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por um padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. Devido ao precário
estado de conservação não se pode
afirmar as cores utilizadas.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno, com motivo
abstrato, é formado a partir da
combinação de peças únicas.
Este conjunto se encontra na academia de
ginástica do antigo Colégio Coração de
Número de composições: Uma composição
Jesus, uma edificação de estilo Eclético, Local de aplicação: Academia ginástica de professores e
construída em 1898 e protegida funcionários
legalmente pelo município de Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Florianópolis. Textura: Liso
Cores: Sem definição
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Ruim. Foram observadas sujidades e um
PREENCHIMENTO

severo desgaste nas peças impossibilitando a verificação das


cores. A composição ainda apresenta substituições com peças de
outros motivos.
COLÉGIO BOM JESUS CORAÇÃO DE JESUS
R. Herman Blumenau, 102 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, cinza e vermelho.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno, com motivo
abstrato, é formado pela combinação da
peça assentada de modo contínuo.
Este conjunto se encontra em um
depósito do antigo Colégio Coração de
Número de composições: Uma composição
Jesus, uma edificação de estilo Eclético, Local de aplicação: Depósito
construída em 1898 e protegida Formato: Quadrado
legalmente pelo município de Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Florianópolis. Cores: Três cores – branco, cinza e vermelho
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades em
algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO
COLÉGIO BOM JESUS CORAÇÃO DE JESUS
R. Herman Blumenau, 102 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por dois padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Sem motivo, a
composição compreende duas cores:
amarelo-alaranjado e bordô.
Nesta composição não há bordas e, por
não apresentarem desenhos, as peças de
preenchimento interno foram
classificadas como peças únicas.
Este conjunto se encontra em uma
circulação do antigo Colégio Coração de
Número de composições: Uma composição
Jesus, uma edificação de estilo Eclético, Local de aplicação: Circulação
construída em 1898 e protegida Formato: Quadrado
legalmente pelo município de Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Florianópolis. Cores: Duas cores – amarelo-alaranjado e bordô
Forma do desenho: Sem forma
Motivo: Sem motivo
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO

PREENCHIMENTO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA LAURO MUELLER
R. Marechal Guilherme, 60 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por dois padrões de peças de
tamanho 15 x 15 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende
cinco cores: branco, cinza, amarelo, azul e
bordô.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. O
preenchimento interno, também com
motivo abstrato, é formado pela
combinação peças únicas.
Este conjunto se encontra na varanda da Número de composições: Uma composição
Escola Lauro Mueller, uma edificação de Local de aplicação: Varanda
Formato: Quadrado
estilo Eclético, construída em 1912 e Tamanho: 15 x 15 cm
protegida legalmente pelo município de Textura: Liso
Florianópolis. Cores: Cinco cores – branco, cinza, amarelo, azul e bordô
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Regular. Foram observadas trincas,
quebras e peças faltantes em algumas áreas da composição.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO
BORDA
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA LAURO MUELLER
R. Marechal Guilherme, 60 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas e irregulares, o desenho
compreende três cores: branco, preto e
vermelho.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o
preenchimento interno possui motivo
floral formado a partir da combinação de
quatro peças.
Número de composições: Uma composição
Este conjunto se encontra na área externa Local de aplicação: Área Externa
da Escola Lauro Mueller, uma edificação Formato: Quadrado
de estilo Eclético, construída em 1912 e Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
protegida legalmente pelo município de Cores: Três cores – branco, preto e vermelho
Florianópolis. Forma do desenho: Geométrico (borda) e Irregular
(preenchimento)
Motivo: Abstrato (borda) e Floral (preenchimento)
Estado de conservação: Ruim. Foram observadas trincas,
desgastes e sujidade em toda a extensão da composição.

PREENCHIMENTO
BORDA
ESCOLA BÁSICA SILVEIRA DE SOUZA – antigo Grupo Escolar Silveira de Souza
R. Alves de Brito, 334 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm.
Esta composição apresenta apenas a cor
bordô. Sem bordas, seu preenchimento
interno não possui motivos. Esta
composição foi a única que apresentou
textura. Suas peças foram classificadas
como peças únicas.
Esse conjunto pode ser encontrado na
varanda do antigo Grupo Escolar Silveira
de Souza, uma edificação de estilo Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Varanda
Eclético, construída em 1913 e protegida Formato: Quadrado
legalmente pelo município de Tamanho: 20 x 20 cm
Florianópolis. Textura: Com textura
Cores: monocromático – bordô
Forma do desenho: Sem forma
Motivo: Sem motivo
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes e
complementações com argamassa em algumas áreas da
composição.
PREENCHIMENTO
AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE SC - BADESC - Antiga Escola de Aprendizes Artífices
R. Alm. Alvim, 491 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. O desenho
compreende duas cores: branco e preto.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno, com motivo
abstrato, é formado pela combinação de
quatro peças.
Este conjunto se encontra em uma área
de estar na antiga Escola de Aprendizes
Artífices, uma edificação de estilo Eclético,
construída em 1917 e protegida Número de composições: Uma composição
legalmente pelo município de Local de aplicação: Área de Estar
Formato: Quadrado
Florianópolis e pelo Estado de Santa Tamanho: 20 x 20 cm
Catarina. Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. A composição ainda apresenta substituições com
peças de mesmo motivo, mas cores diferentes.
PREENCHIMENTO

Foto: Marcelo Schmoeller


AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE SC - BADESC - Antiga Escola de Aprendizes Artífices
R. Alm. Alvim, 491 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. O desenho
compreende duas cores: branco e preto.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno, com e motivo
abstrato, é formado pela combinação de
quatro peças.
Este conjunto se encontra em uma
varanda na antiga Escola de Aprendizes
Artífices, uma edificação de estilo Eclético,
construída em 1917 e protegida Número de composições: Uma composição
legalmente pelo município de Local de aplicação: Varanda
Formato: Quadrado
Florianópolis e pelo Estado de Santa Tamanho: 20 x 20 cm
Catarina. Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO

Foto: Marcelo Schmoeller


AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE SC - BADESC - Antiga Escola de Aprendizes Artífices
R. Alm. Alvim, 491 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende duas
cores: branco e preto.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação peças
únicas também com motivo abstrato.
Este conjunto se encontra em uma
varanda na antiga Escola de Aprendizes Número de composições: Uma composição
Artífices, uma edificação de estilo Eclético, Local de aplicação: Varanda
Formato: Quadrado
construída em 1917 e protegida Tamanho: 20 x 20 cm
legalmente pelo município de Textura: Liso
Florianópolis e pelo Estado de Santa Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Geométrico
Catarina. Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Ruim. Foi observado um severo desgaste
em toda a extensão das peças. A composição ainda apresenta
substituições com peças de mesmo motivo, mas cores
diferentes.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO

BORDA

Foto: Marcelo Schmoeller


AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE SC - BADESC - Antiga Escola de Aprendizes Artífices
R. Alm. Alvim, 491 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. O desenho
compreende duas cores: branco e
vermelho.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno, com formas
geométricas e motivo abstrato, é formado
pela combinação de peças únicas.
Este conjunto se encontra nos balcões da
antiga Escola de Aprendizes Artífices, uma Número de composições: Duas composições
edificação de estilo Eclético, construída Local de aplicação: Balcões
em 1917 e protegida legalmente pelo Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
município de Florianópolis e pelo Estado Textura: Liso
de Santa Catarina. Cores: Duas cores – branco e vermelho
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Ruim. Foram observados desgastes e
trincas em algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO

Foto: Marcelo Schmoeller


AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE SC - BADESC - Antiga Escola de Aprendizes Artífices
R. Alm. Alvim, 491 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por dois padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende duas
cores: branco e vermelho.
As peças de borda e do acabamento
apresentam motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação peças
únicas também com motivo abstrato.
Este conjunto se encontra na escada Número de composições: Uma composição
externa de acesso a antiga Escola de Local de aplicação: Escada Externa
Aprendizes Artífices, uma edificação de Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
estilo Eclético, construída em 1917 e Textura: Liso
protegida legalmente pelo município de Cores: Duas cores – branco e vermelho
Florianópolis e pelo Estado de Santa Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Catarina. Estado de conservação: Regular. Foram observadas quebras,
trincas e sujidades em algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO

BORDA

Foto: Marcelo Schmoeller


COLÉGIO CATARINENSE – antigo Ginásio Catarinense
R. Esteves Júnior, 711 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos Site Colégio Catarinense
formado por dois padrões de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. O desenho
compreende quatro cores: branco, preto,
cinza e vermelho.
As peças de borda não apresentam motivo
e são classificadas como peças únicas. Já o
preenchimento interno tridimensional é
formado pela combinação das peças
assentadas de modo contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado no
depósito do Museu do Homem do Número de composições: Uma composição
Sambaqui, localizado no Colégio Local de aplicação: Depósito do Museu do Homem do
Catarinense, uma edificação de estilo Sambaqui
Formato: Quadrado
Eclético, construída em 1924 e protegida Tamanho: 20 x 20 cm
legalmente pelo município de Textura: Liso
Florianópolis. Cores: Quatro cores – branco, preto, cinza e vermelho
Forma do desenho: Sem forma (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Sem motivo (borda) e Tridimensional (preenchimento)
Estado de conservação: Ruim. Foram observados desgastes e
sujidades em toda a extensão das peças.

PREENCHIMENTO
BORDA
CASA JOSÉ BOITEUX - antigo Instituto Politécnico
Av. Hercílio Luz, 523 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por três padrões de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, preto e cinza.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o
preenchimento interno tridimensional é
formado pela combinação das peças
assentadas de modo contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado na
entrada do Antigo Instituto Politécnico,
Número de composições: Uma composição
uma edificação de estilo Eclético, Local de aplicação: Entrada
construída em 1921 e protegida Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
legalmente pelo município de Florianópolis
Textura: Liso
e pelo Estado de Santa Catarina. Cores: Três cores – branco, preto e cinza.
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Tridimensional (preenchimento)
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades
em algumas áreas das peças. A composição ainda apresenta
substituições de peças por granito na cor preta.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO

BORDA
CASA JOSÉ BOITEUX - antigo Instituto Politécnico
Av. Hercílio Luz, 523 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, preto e cinza.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o
preenchimento interno tridimensional é
formado pela combinação das peças
assentadas de modo contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado na
circulação do térreo do Antigo Instituto
Número de composições: Uma composição
Politécnico, uma edificação de estilo Local de aplicação: Circulação - térreo
Eclético, construída em 1921 e protegida Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
legalmente pelo município de Florianópolis
Textura: Liso
e pelo Estado de Santa Catarina. Cores: Três cores – branco, preto e cinza.
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Tridimensional (preenchimento)
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades
em algumas áreas das peças. A composição ainda apresenta
substituições de peças por granito na cor preta.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO

BORDA
CASA JOSÉ BOITEUX - antigo Instituto Politécnico
Av. Hercílio Luz, 523 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
geométricas, o desenho compreende três
cores: branco, preto e cinza.
As peças de borda apresentam motivo
abstrato e são aplicadas lado a lado. Já o
preenchimento interno tridimensional é
formado pela combinação das peças
assentadas de modo contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado na
circulação do pavimento superior do
Número de composições: Uma composição
Antigo Instituto Politécnico, uma edificação Local de aplicação: Circulação – pavimento superior
de estilo Eclético, construída em 1921 e Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
protegida legalmente pelo município de
Textura: Liso
Florianópolis e pelo Estado de Santa Cores: Três cores – branco, preto e cinza.
Catarina. Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato (borda) e Tridimensional (preenchimento)
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades
em algumas áreas das peças. A composição está recoberta por
peças de granito na cor preta e em partes protegida por vidro.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO

BORDA
CASA JOSÉ BOITEUX - antigo Instituto Politécnico
Av. Hercílio Luz, 523 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. O desenho
compreende duas cores: branco e cinza.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno, com motivo
abstrato, é formado pela combinação de
peças únicas.
Este conjunto se encontra no banheiro
feminino na antiga Escola de Aprendizes
Artífices, uma edificação de estilo Eclético,
construída em 1924 e protegida
Número de composições: Uma composição
legalmente pelo município de Florianópolis Local de aplicação: Sanitário feminino – pavimento superior
e pelo Estado de Santa Catarina. Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e cinza.
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades
em algumas áreas das peças. A composição está recoberta por
peças de granito andorinha e em partes protegida por vidro.
CASA JOSÉ BOITEUX - antigo Instituto Politécnico
Av. Hercílio Luz, 523 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por três padrões de peças de
tamanho 20 x 20 cm. O desenho
compreende duas cores: branco e cinza.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno, com motivo
abstrato, é formado pela combinação de
peças únicas.
Este conjunto se encontra no banheiro
masculino na antiga Escola de Aprendizes
Artífices, uma edificação de estilo Eclético,
construída em 1924 e protegida
Número de composições: Uma composição
legalmente pelo município de Florianópolis Local de aplicação: Sanitário masculino – pavimento superior
e pelo Estado de Santa Catarina. Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e cinza.
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Abstrato
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades
em algumas áreas das peças. A composição está recoberta por
peças de granito andorinha e em partes protegida por vidro.
ESCOLA ESTADUAL ANTONIETA DE BARROS – antigo Grupo Escolar Antonieta de Barros
R. Victor Meirelles - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
padrão único de tamanho 20 x 20 cm.
Com motivo xadrez, o desenho se
constitui de formas geométricas
quadradas nas cores: branco e preto.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação da peça assentada de modo
contínuo.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída em 1926 e possui Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Sanitário
estilo Art Déco. Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e preto
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Xadrez
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes em
algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO
ESCOLA ESTADUAL ANTONIETA DE BARROS – antigo Grupo Escolar Antonieta de Barros
R. Victor Meirelles - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. Devido ao precário
estado de conservação não se pode
afirmar as cores utilizadas.
Nesta composição não há bordas e, por
não apresentarem desenhos, as peças de
preenchimento interno foram
classificadas como peças únicas.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída em 1926 e possui Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Circulação
estilo Art Déco. Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Sem definição
Forma do desenho: Sem forma
Motivo: Sem motivo
Estado de conservação: Regular. Foram observadas sujidades nas
peças impossibilitando a verificação das cores.
PREENCHIMENTO
SOBRADOS OITOCENTISTAS – Círculo Ítalo-Brasileiro de Santa Catarina
R. dos Ilhéus, 340 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
padrão único de tamanho 20 x 20 cm.
Com motivo xadrez, o desenho se
constitui de formas geométricas nas
cores: branco, cinza e bordô.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação da peça únicas.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída no século XIX e
possui estilo Eclético. Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Entrada principal
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, cinza e bordô
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Xadrez
Estado de conservação: Ruim. Foram observadas trincas, quebras,
desgastes e sujidades. A composição apresenta ainda peças
faltantes e complementações com argamassa.
PREENCHIMENTO
SOBRADOS OITOCENTISTAS – Círculo Ítalo-Brasileiro de Santa Catarina
R. dos Ilhéus, 340 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos de
tamanho 20 x 20 cm.
Devido as diversas cores e padronagens
presentes nesse conjunto torna-se
incongruente analisar aspectos como cor,
motivo e forma.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída no século XIX e
possui estilo Eclético.

Número de composições: Uma composição


Local de aplicação: Salão
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Não se aplica – grande variedade
Forma do desenho: Não se aplica – grande variedade
Motivo: Não se aplica – grande variedade
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
CASA DOS AZULEJOS – restaurante e café Família Sens
Praça XV de Novembro, 320 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
padrão único de tamanho 20 x 20 cm.
Com formas orgânicas o desenho
compreende duas cores: marrom e bege.
O preenchimento interno possui motivo
floral e é formado pela combinação de
peças únicas.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída no século XIX e
possui estilo Luso-brasileiro.
Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Sanitário
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – marrom e creme
Forma do desenho: Orgânico
Motivo: Floral
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO
CASA DOS AZULEJOS – restaurante e café Família Sens
Praça XV de Novembro, 320 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos com
padrão único de tamanho 20 x 20 cm.
Com formas irregulares o desenho
compreende três cores: branco, marrom
e vermelho-alaranjado.
O preenchimento interno possui motivo
arabesco e é formado pela combinação
de peças únicas.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída no século XIX e
possui estilo Luso-brasileiro. Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Circulação
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, marrom e vermelho-alaranjado
Forma do desenho: Irregular
Motivo: Arabesco
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO
FUNDAÇÃO CULTURAL BADESC – antiga casa do ex-Governador Nereu Ramos
R. Visconde Ouro Preto, 216 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por três padrões de peças,
de tamanho 20 x 20 cm. Com motivo
floral e estrela, o desenho se constitui
de pequenas formas geométricas
quadradas nas cores: amarelo, verde,
branco, cinza e bordô.
A borda e o acabamento motivo floral
e as peças são aplicadas lado a lado.
Já o preenchimento interno é
formado pela combinação de quatro
Número de composições: Duas composições
peças, assentadas em sentidos Local de aplicação: Entrada principal e varanda do segundo pavimento
variados compondo uma estrela de Formato: Quadrado
quatro pontas. Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
O conjunto está localizado em uma Cores: Cinco cores - amarelo, verde, branco, cinza e bordô (claro e
edificação de estilo Eclético, escuro)
construída na década de 1920 e Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Floral (borda) e Estrela (preenchimento)
protegida legalmente pelo município Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou rachaduras.
de Florianópolis. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO
BORDA
FUNDAÇÃO CULTURAL BADESC – antiga casa do ex-Governador Nereu Ramos
R. Visconde Ouro Preto, 216 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por três padrões de peças,
de tamanho 20 x 20 cm. Com motivo
floral, o desenho se constitui a partir
de formas orgânicas e geométricas
nas cores: branco, cinza e azul.
A borda e o acabamento da
composição apresentam motivo floral
e as peças são aplicadas lado a lado.
Já o preenchimento interno é
formado pela combinação de quatro
peças, assentadas em sentidos Número de composições: Uma composição
variados. Local de aplicação: Varanda lateral do primeiro pavimento
Formato: Quadrado
O conjunto está localizado em uma Tamanho: 20 x 20 cm
edificação de estilo Eclético, Textura: Liso
construída na década de 1920 e Cores: Três cores - branco, cinza e azul.
Forma do desenho: Irregular
protegida legalmente pelo município Motivo: Floral
de Florianópolis. Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou rachaduras.
Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO
BORDA
RESIDÊNCIA DO HISTORIADOR OSWALDO R. CABRAL – Complexo Oswaldo Cabral
R. Esteves Júnior, 546 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peça de
tamanho 20 x 20 cm. Com motivo floral,
o desenho se constitui de formas
geométricas nas cores: marrom e bege.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação da peça únicas.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está
inserido foi construída em 1950 e possui
estilo Neocolonial. Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Circulação
Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Duas cores – marrom e bege
Forma do desenho: Geométrico
Motivo: Floral
Estado de conservação: Regular. Foram observados desgastes e
sujidades em algumas áreas da composição.
PREENCHIMENTO
RESIDÊNCIA DO HISTORIADOR OSWALDO R. CABRAL – Complexo Oswaldo Cabral
R. Esteves Júnior, 546 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peças
de formato hexagonal com 1,5 de aresta.
Esta composição é constituída por peças
monocromáticas nas cores azul e branca,
aplicadas de modo a formarem o motivo
floral.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno foi classificado
como peças únicas.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Copa
inserido foi construída em 1950 e possui Formato: Hexagonal
estilo Neocolonial. Tamanho: 1,5 de aresta
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e azul
Forma do desenho: Sem forma
Motivo: Sem motivo. Contudo, classificou-se como Floral pelo
modo de aplicação das peças.
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
PREENCHIMENTO
RESIDÊNCIA DO HISTORIADOR OSWALDO R. CABRAL – Complexo Oswaldo Cabral
R. Esteves Júnior, 546 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peças
de formato hexagonal com 1,5 de aresta.
Esta composição é constituída por peças
monocromáticas nas cores branca e
verde, aplicadas de modo a formarem o
motivo floral.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno foi classificado
como peças únicas.
Protegida legalmente pelo município, a
edificação na qual o conjunto está Número de composições: Uma composição
Local de aplicação: Sanitário
inserido foi construída em 1950 e possui Formato: Hexagonal
estilo Neocolonial. Tamanho: 1,5 de aresta
Textura: Liso
Cores: Duas cores – branco e verde
Forma do desenho: Sem forma
Motivo: Sem motivo. Contudo, classificou-se como Floral pelo
modo de aplicação das peças.
Estado de conservação: Sem visualização. Encoberto.

Atualmente a composição está encoberta por


um novo piso, aplicado durante a Casa Cor
Foto: PROSPECTIVA (escritório de arquitetura) 2016 .

DEPOIS
ANTES

Foto: PROSPECTIVA (escritório de arquitetura) Foto: STUDIO UM (escritório de arquitetura)


RESIDÊNCIA DO EX-GOVERNADOR HERCÍLIO LUZ – Espaço de Eventos Casa Milano Hercílio Luz
Av. Mauro Ramos, 1512 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por três padrões de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. O desenho
compreende duas cores: branco e preto.
As peças de borda apresentam formas
retilíneas com motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é composto por quatro peças,
assentadas em sentidos variados formando
o motivo chevron.
Esse conjunto pode ser encontrado nas
varandas do pavimento térreo e superior
Número de composições: Duas composições
da antiga residência do ex-Governador Local de aplicação: Varanda – pavimento térreo e superior
Hercílio Luz, uma edificação de estilo Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
Eclético, construída em 1848 e protegida
Textura: Liso
legalmente pelo Estado de Santa Catarina. Cores: Duas cores – branco e preto.
Forma: do desenho: Retilíneo (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Abstrato (borda) e Chevron (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
ACABAMENTO

BORDA

PAVIMENTO TÉRREO PAVIMENTO SUPERIOR


RESIDÊNCIA DO EX-GOVERNADOR HERCÍLIO LUZ – Espaço de Eventos Casa Milano Hercílio Luz
Av. Mauro Ramos, 1512 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por um único padrão de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. Com motivo
tridimensional, o desenho compreende
três cores: branco, preto e cinza.
Nesta composição não há bordas e seu
preenchimento interno é formado pela
combinação das peças assentadas de modo
contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado nas
varandas do pavimento térreo e superior
da antiga residência do ex-Governador
Hercílio Luz, uma edificação de estilo Número de composições: Duas composições
Local de aplicação: Varanda – pavimento térreo e superior
Eclético, construída em 1848 e protegida Formato: Quadrado
legalmente pelo Estado de Santa Catarina. Tamanho: 20 x 20 cm
Textura: Liso
Cores: Três cores – branco, preto e cinza
Forma: do desenho: Geométrico
Motivo: Tridimensional
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.
PREENCHIMENTO

PAVIMENTO TÉRREO PAVIMENTO SUPERIOR


RESIDÊNCIA DO EX-GOVERNADOR HERCÍLIO LUZ – Espaço de Eventos Casa Milano Hercílio Luz
Av. Mauro Ramos, 1512 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formado por dois padrões de peças, de
tamanho 20 x 20 cm. O desenho
compreende três cores: branco, preto e
cinza.
As peças de borda apresentam formas
retilíneas com motivo abstrato e são
aplicadas lado a lado. Já o preenchimento
interno é formado pela combinação das
peças assentadas de modo contínuo.
Esse conjunto pode ser encontrado no
balcão da antiga residência do ex-
Número de composições: Uma composição
Governador Hercílio Luz, uma edificação de Local de aplicação: Balcão
estilo eclético, construída em 1848 e Formato: Quadrado
Tamanho: 20 x 20 cm
protegida legalmente pelo Estado de Santa
Textura: Liso
Catarina. Cores: Três cores – branco, preto e cinza
Forma: do desenho: Retilíneo (borda) e Geométrico
(preenchimento)
Motivo: Abstrato (borda) e Tridimensional (preenchimento)
Estado de conservação: Bom. Não há peças faltantes ou
rachaduras. Não foram encontradas manchas ou sujidades.

PREENCHIMENTO
BORDA
MITRA METROPOLITANA – antiga Casa do Bispo
R. Esteves Júnior, 447 - Centro
INVENTÁRIO E FOTOS: Renne Turibio
Composição de ladrilhos hidráulicos
formada por um único padrão de peças de
tamanho 20 x 20 cm. Com formas
irregulares, o desenho compreende
quatro cores: branco, cinza, amarelo e
vermelho.
Nesta composição não há borda e o
preenchimento interno é composto por
quatro peças, assentadas em sentidos
variados combinando os motivos floral e
trama.
Este conjunto se encontra em um
depósito na antiga Casa do Bispo, uma Número de composições: Uma composição
edificação de estilo Art Nouveau, Local de aplicação: Depósito
Formato: Quadrado
construída em 1908 e protegida Tamanho: 20 x 20 cm
legalmente pelo município de Textura: Liso
Florianópolis. Cores: Quatro cores - branco, cinza, amarelo e vermelho.
Forma: do desenho: Irregular
Motivo: Floral e Trama
Estado de conservação: Ruim. Foram observados desgastes e
sujidades por toda a extensão da composição.
PREENCHIMENTO

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