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LINS – SP
2021
KARLA DANIELLI DA SILVA REIS
LINS – SP
2021
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca “Dr. Antônio Eufrásio de Toledo”
CDD 712.5
q
KARLA DANIELLI DA SILVA REIS
AGRADECIMENTOS
Aqui se completa mais uma etapa da minha vida. Enfim, a tão sonhada
graduação em arquitetura está se realizando e não posso deixar de agradecer a todos
os que me apoiaram e incentivaram até aqui.
Agradeço imensamente a Deus, por minha vida, por me dar coragem e força,
por me capacitar para que cada dia mais meus objetivos e sonhos sejam alcançados,
por me sustentar durante meus estudos e todos os dias nessa caminhada.
RESUMO
ABSTRACT
Cities have grown excessively in a disorderly way in recent decades, which has led to
the misuse of urban spaces. However, these spaces, specifically green spaces and
squares, have been gaining prominence due to their various environmental, social,
cultural, aesthetic and economic benefits. The squares are inserted as a means to
alleviate the problems caused by urban centers, and as a response there is the
approach of human beings with nature, access to leisure, stress relief and even
socialization among people. In order to create more spaces with these configurations,
the present work aims to propose the requalification of the Antônio Ângelo dos Santos
square, located in Alto da Boa Vista park neighborhood, in Lins city, of São Paulo
state, due to the fact that be underutilized. Therefore, bibliographic materials on this
theme, historical aspects of the square and urban morphology were studied. It's
intended, with this, to contribute to the quality of urban life and local users.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................16
2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................17
3 OBJETIVOS...........................................................................................................18
3.1 Objetivos Gerais..............................................................................................18
3.2 Objetivo Específico.........................................................................................19
4 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................19
5 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................20
5.1 Espaços Livres................................................................................................20
5.2 Espaços Livres Públicos................................................................................22
5.3 Áreas Verdes Urbanas....................................................................................25
5.3.1 Benefícios Das Áreas Verdes.....................................................................25
5.4 Percurso e Evolução Das Praças...................................................................33
5.5 Requalificação Urbana e Paisagística............................................................42
6 ESTUDO DE PROJETOS CORRELATOS.............................................................46
6.1 Praça Nove de Julho - Catanduva – SP..........................................................46
6.2 Praça Colina do Senhor do Bonfim – Salvador; Bahia.................................50
6.3 Praça San Michele – Cagliari; Itália................................................................51
7 ÁREA DE INTERVENÇÃO.....................................................................................58
7.1 A Cidade de Lins.............................................................................................58
7.2 Praças da cidade de Lins................................................................................62
7.3 Localização da Área de Estudo......................................................................64
7.4 História do Local..............................................................................................66
7.5 Estudo do Entorno..........................................................................................75
8 PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO.....................................................................79
8.1 Estudo Preliminar............................................................................................79
8.2 Partido Arquitetônico......................................................................................79
8.3 Desenvolvimento do projeto..........................................................................79
8.3.1 Topografia do Terreno.................................................................................79
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1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
Nas últimas décadas, observa-se que os centros urbanos necessitam cada vez
mais de espaços verdes. Uma das alternativas para reverter, ou atenuar, esse cenário
é através da inserção de parques, jardins e praças na malha urbana. As praças, sendo
18
3 OBJETIVOS
4 MATERIAIS E MÉTODOS
5 REFERENCIAL TEÓRICO
apenas com prioridades econômicas rigorosas que levam à perda dos valores
ambientais para posteriormente, ser embelezada, num ato de redenção
estética pela inserção de elementos românticos pseudonaturais. (LEITE,
1994, p. 7)
Dessa forma, entende-se que os espaços livres são um dos principais fatores
da polarização de atividades urbanas, a fim de proporcionar uma nova conexão social.
Segundo Kliass e Magnoli (2006, p. 247), “o espaço aberto da vida coletiva apresenta-
se, pois, para nós, como um órgão da vida democrática e o primeiro instrumento
urbano para a tomada de consciência social tão necessária para a dinâmica
civilizatória”, tornando-se espaço de extrema importância para a vida da cidade e de
seus moradores.
Segundo Schlee (2010, p. 162), pode-se afirmar que estes espaços dispõem
de um papel fundamental para a estruturação da paisagem urbana e são
indispensáveis para a indicação das áreas degradadas que merecem revitalização.
Todavia, muitas vezes acabam por serem esquecidas ou não recebem o tratamento
que necessitam, uma vez que são tratados como “estruturas independentes do seu
entorno edificado, bolsões de alívio dos males da urbanização ou, o que é ainda mais
frequente, como território perigosos e hostis ao desenvolvimento de diversas e
desejáveis formas de sociabilidade [...]” (LEITE, 2011, p. 159). O que contribui para
que isso aconteça é a falta de infraestrutura e segurança nesses espaços, fazendo
com que as pessoas se sintam inseguras e falte a vontade de frequenta-los. Um outro
ponto muito importante, é o descaso do poder público diante das problemáticas. De
acordo com Queiroga (2011, p.31), “os espaços livres não estão entre as prioridades
dos poderes públicos”, portanto, eles acabam sendo dispostos e planejados de modo
a serem vistos como um sistema individual e independente, e não como parte da
constituição de um todo, tornando-se muita das vezes áreas de acessos ruins ou meio
de passagem, pois ninguém sente vontade de permanecer por um determinado
período e apenas transitar por ele. Segundo Kliass e Magnoli (2006, p. 248) “é preciso
que o poder público crie condições de utilização dos espaços livres, pois que isto se
constitui em um dos direitos do cidadão”.
urbanos e praças. Dessa forma, foram criadas as novas áreas verdes que tinham
como objetivo principal o lazer, recreação e preservação ambiental, modificando por
consequência o meio urbano.
Atualmente, aproximadamente, 55% da população mundial e 84,36% da
população do Brasil vive nas áreas urbanas. Esses dados da Organização das Nações
Unidas (ONU), justificam a relevância da inserção das áreas verdes na malha urbana.
Portanto, quanto mais pessoas saírem das áreas rurais para viverem nas áreas
urbanas, por consequência menor será o contato dessas pessoas com a natureza, o
que faz com que maior seja a importância da implantação de áreas verdes de
qualidade nas cidades.
Segundo Kliass e Magnoli (2006, p. 248), “a carência de espaços verdes é
explicada por muitos fatores, mas principalmente pela especulação imobiliária que
vem moldando toda a paisagem urbana [...] e pela incapacidade dos governos
municipais até hoje de atuarem na política dos espaços verdes”. Esses espaços
necessitam de planejamento, da atenção do poder público e da reivindicação da
população, afinal é “um dos direitos do cidadão” (KLIASS e MAGNOLI, 2006, p. 248).
Porém, “não se reivindica o que não se conhece”, porque, “ainda não foi criada a
consciência do problema em suas reais dimensões” (KLIASS e MAGNOLI, 2006, p.
248).
De acordo com Bartalini (1986, p.49), “um dos problemas mais frequentes que
podem ser detectados na paisagem urbana é o da falta, ou perda, de identidade
visual”. Segundo o autor, isso acontece, pois, a preocupação “com a localização das
funções, estabelecimento de densidades, dimensionamento da infraestrutura ou com
a eficiência do sistema viário”, acabam deixando em segundo plano os aspectos
fundamentais para a qualidade de vida urbana, “a criação ou valorização de
referenciais urbanos, a caracterização fisionômica das cidades”. O autor ainda aponta
que, “entre as funções de caráter visual destaca-se o papel das áreas verdes enquanto
"amortecedores" entre massas construídas, como contraponto à geometria dos
edifícios ou como plano de fundo”. Complementa dizendo que as “áreas verdes podem
30
Bartalini (1986, p.50) diz que “além do importante papel da qualidade visual da
paisagem e nas condições ambientais urbanas, as áreas verdes e espaços livres
merecem uma atenção especial pelas funções que desempenham na recreação”, pois
segundo Loboda e De Angelis (2005, p. 131), afim de “melhorar a qualidade de vida,
pela recreação [...] essas áreas tornam-se atenuantes da paisagem urbana”. Os
espaços de recreação, como é o caso dos parques, praças, campos de esporte e
outros, “devem constituir um sistema que atenda às várias escalas: da vizinhança ao
31
Segundo Bartalini (1986, p. 52), “as áreas verdes podem influir na qualidade
ambiental urbana e exercer papel importante na proteção do meio ambiente”, agindo
como amenizador das temperaturas, trazendo “a sensação de conforto térmico
32
O primeiro espaço público urbano a ser visto como praça, originou-se na Grécia
antiga, materializado na figura de Ágora. “A ágora das antigas cidades gregas era o
espaço das assembleias sob céu aberto” (SITTE, 1992, p. 17), que era utilizada como
local onde aconteciam as tomadas de decisões, transmissões de ideias, culturas e
conhecimentos da época. Era um espaço público e livre de edificações, onde os povos
discutiam sobre suas vidas e da sociedade de forma geral, como religião, política e
comércio. Devido ao valor e importância desses espaços para a sociedade, esses
ambientes eram, realmente, bem planejados, bem frequentados e bem cuidados.
Conforme Martins (2018), a Ágora, de Atenas, era o espaço público mais
prestigiado da Grécia antiga (Figura 11), pois era onde concentravam-se todas as
atividades daquela época, destacando-se principalmente para fins comerciais,
religiosos, políticos e culturais, sendo considerada historicamente fundamental para o
crescimento urbano e democrático local.
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Segundo Tagliani (2017), na Idade Média as praças eram usadas para fins
macabros, como torturas, execuções e funerais, mas também era utilizada para
cerimonias de casamentos, comércio e ritos religiosos. Para De Angelis et al (2005),
era local de espetáculo, mercado, encontros políticos, mas também atribuído à
espetacularização do cotidiano da sociedade. Era o espaço público de maior
importância na época, pois era onde situava-se a praça mercado, local de troca e
serviços, com fortes funções de comércio e encontro social. Nesse período eram
utilizadas para impor autoridade e respeito, e tinham pouco tratamento estético,
trazendo apenas aspectos de construções vigorosamente fortificadas (Figura 14).
37
107)
na história dos espaços livres urbanos brasileiros, pois altera a função da praça na
cidade”. Visto que, de forma expressiva, modificou o desenho urbano das cidades,
esse marco da história das praças não altera apenas a sua forma, mas também o uso
e a ocupação desses espaços.
Em função disso, é necessário uma boa gestão e planejamento para obter
maneiras eficazes de implantar soluções nas cidades, a fim de atingir os objetivos e
ter os resultados esperados com essas áreas, o que faz necessário projetos
urbanísticos e paisagísticos, voltados a atender a necessidades da população, que é
a parte mais importante desse projeto. Não basta apenas implanta-las no meio urbano
e abandona-las, tem que haver um cuidado também com o pós-ocupação, a fim de
trazer gestão e segurança pública. Assim, faz-se imprescindível o projeto de
requalificação voltado à praça Antônio Ângelo dos Santos, pois além de dar uma
ressignificância a esse espaço, permitirá as pessoas utilizarem um espaço público de
qualidade, tendo em vista os inúmeros benefícios que essa área conceberá a seus
usuários.
ações que visam melhorar a qualidade das áreas urbanas começaram a ser pensadas
e surgem os termos como reabilitação, renovação, revitalização e requalificação
urbana, “para contribuir com a resolução de uma ampla série de problemas urbanos”
(TANSCHEIT, 2017).
Segundo Tanscheit (2017), esses termos muita das vezes são utilizados como
sinônimos, mas não tem exatamente a mesma definição. “Revitalização trata de
recuperar o espaço ou construção; renovação trata de substituir, reconstruir, portanto,
pode alterar o uso; requalificar dá uma nova função enquanto melhora o aspecto; e
a reabilitação trata de restaurar, mas sem mudar a função. Cada um desses
processos gera, portanto, resultados diferentes para a área urbana”.
Segundo o Decreto-Lei n.º 307/2009:
transformação de áreas já existentes, com pouco ou nenhum uso, permitindo com que
se alinhe as novas necessidades. Como por exemplo, Paris, como demonstra a Figura
21, na foto aérea que mostra o tecido urbano com “rasgos” para ampliação do traçado
viário, preservação do espaço público e implantação de áreas verdes (LIMA, 2017).
Portanto, pode-se dizer que requalificação é uma intervenção urbana que tem
como objetivo recuperar áreas que foram esquecidas, degradadas ou não
preservadas.
Essas intervenções têm competência de melhorar a qualidade desses espaços
e, consequentemente, a qualidade de vida urbana, incluindo a condição dos
moradores e da própria cidade. O processo de requalificação afeta o ambiente da
intervenção, ao mesmo tempo que seu entorno e atrai novos usuários, uma vez que
a requalificação bem-sucedida estimula a população a usufruir o espaço.
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catatuvense que fez parte da história da cidade, em uma estátua de bronze em escala
humana, sentado em um dos bancos da praça.
A Praça Nove de Julho (Figura 27) é uma referência simbólica para a cidade
de Catanduva, e recorda a Revolução Constitucionalista de 1932 através de duas
figuras ilustrativas - o monumento ao Soldado Constitucionalista (1958), do artista
plástico Oscar Valzacchi, e o Mural em baixo relevo (1982), do artista plástico Luis
Antonio Malheiros. Ambos foram reposicionados em locais da praça, onde são mais
valorizados (Figuras 28 e 29).
Esse projeto foi escolhido para fazer parte dos estudos correlatos por conta de
sua setorização e a forte presença paisagística no local, onde as espécies já
existentes foram mantidas em meio a intervenção projetual.
foi desenvolvido pela equipe Sotero Arquitetos e realizado em uma área tombada pelo
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1983 e é
considerado um dos mais importantes pontos da cidade. Segundo a equipe de projeto
ao site Archdaily, sua configuração topográfica, com 22 metros de desnível, sugere
usos distintos em cada nível, concentrando na parte mais alta os usos destinados ao
caráter devocional e cultural do público, enquanto os pontos mais baixos são
destinados ao uso comercial, de serviço e lazer.
Esse projeto foi escolhido para fazer parte dos estudos correlatos por conta de
sua setorização, as múltiplas possibilidades de uso, o paisagismo presente no local,
onde as espécies já existentes fizeram parte das escolhas projetuais, e a priorização
da acessibilidade presente em toda a implantação.
7 ÁREA DE INTERVENÇÃO
7.1 A Cidade de Lins
Fonte: Elaborado pela autora com base no mapa disponibilizado pela prefeitura municipal de Lins.
A predominância dos ventos tem direção Leste, durante todo o ano (Figuras 53
e 54) e a velocidade média passa por pequenas variações ao longo do ano,
dependendo da estação em que encontra-se e a topografia do local. A época de mais
ventos dura 4,5 meses, de 8 de julho à 25 de novembro, tendo a velocidade média de
mais de 12 quilômetros por hora, enquanto a época de mais calma do ano dura 7,5
meses, de 25 de novembro à 8 de julho.
61
Bellagio 13
Bom Viver IV 2
Centro 14
Guapiranga 1
Jardim Aeroporto 2
Jardim Americano 6
Jardim Arapuã 1
Jardim Ariano 6
Jardim Campestre 3
Jardim Guanabara 2
Jardim Linense 3
Jardim Pinheiro 2
Jardim Primavera 3
Jardim Tangara 2
Jardim Tropical 1
63
Jardim União 1
Junqueira 5
Lins V 5
Lins VI 1
Novo Milênio 2
Paulo Freire 2
Rebouças 2
Residencial Beatriz 1
Residencial Flamboyant 7
Residencial Fortaleza 3
Residencial Himalaia 3
Residencial Morumbi 3
Residencial Ventura 1
São Benedito 1
Teissuke Kumassaka 2
Vila Alta 3
Vila Cinquentenário 1
Vila Clélia 2
64
Vila Militar 1
Vila Paulista 1
Vila Ribeiro 1
Xingu 4
Total 189
Fonte: Elaborado pela autora através da tabela de praças disponibilizada pela Secretária de
Agropecuária, Meio Ambiente e Sustentabilidade (SAMAS), 2021
Fonte: Elaborado pela autora com base no mapa disponibilizado pela prefeitura municipal de Lins,
2021
Fonte: Banco de dados da FPTE (Fundação Paulista de Tecnologia e Educação de Lins), 2021
66
Fonte: Banco de dados da FPTE (Fundação Paulista de Tecnologia e Educação de Lins), 2021
A praça Antônio Ângelo dos Santos foi inaugurada no ano de 1990, pela
Prefeitura Municipal de Lins e sua denominação deve-se a homenagem ao Sr. Antônio
Ângelo dos Santos, um morador linense muito influente da época, que foi responsável
pelos primeiros cuidados desse espaço.
Segundo os moradores mais antigos do local, inicialmente a área era apenas
um espaço aberto com solo de terra e livre de volumes,. Através da iniciativa do Sr.
Antônio, começaram os primeiros cultivos e cuidados de espécies arbóreas, fazendo
com que mais tarde o poder público reconhecesse a área como praça e instalasse no
local os equipamentos de recreação para a população, homenageando através da
denominação esse morador que foi o responsável pelo surgimento do espaço.
Após a intervenção e as instalações realizadas pela Prefeitura Municipal de
Lins, a praça passou a ser frequentada, tanto por moradores locais como também por
moradores do entorno, que buscavam a interação social e a recreação que o local e
seus equipamentos proporcionavam. A praça foi um local receptivo e aconchegante
por anos, sendo cheio de vida e festividades, onde sob a influência do Sr. Antônio,
outros moradores também começaram a plantar espécies frutíferas e florais, adotando
o local como ponto de comemorações em datas festivas, como por exemplo, o dia das
crianças (Figura 58).
67
Pode-se notar através de imagens registradas nos anos de 2011 e 2021, que em
2011 a praça já estava em estado de abandono e com seus mobiliários depredados,
deteriorados ou inexistentes, porém a limpeza e manutenção de podas e roçadas
encontravam-se em dia, assim como o calçamento em bom estado de conservação.
O que é bem diferente da atualidade, pois o calçamento está todo quebrado,
impossibilitando a passagem segura no local e até mesmo, tornando-a uma praça sem
acessibilidade, pois ainda que exista a presença de rampas acessíveis, o estado da
calçada impede o acesso, ou por suas rachaduras e desníveis ou pelas espécies
vegetais bem no centro das calçadas. (Figuras de 62 a 82):
69
O estudo de vias mostra que a praça é contornada por duas vias locais e uma
via coletora, que é uma conexão para duas importantes avenidas da cidade, a Avenida
Nicolau Zarvos e Avenida Deolinda Maria de Lima. No entorno encontram-se também
outras vias coletoras que conectam as duas avenidas citadas, além de muitas vias
locais (Figura 85).
78
8 PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO
Porém, em sua configuração a região sul e oeste da praça (cota 439 a 443)
recebeu um corte e estão niveladas na cota 440, por conta da presença de um campo
de futebol improvisado que faz parte da configuração atual da praça, formando taludes
em seu entorno.
Sendo assim, será mantida essa configuração de nivelamento para a
implantação de duas quadras poliesportivas, aproveitando os desníveis no meio do
terreno para uma escadaria que servirá para passagem e permanência, como uma
forma de arquibancada para as quadras, aproveitando a configuração topográfica
gerada pelo corte no terreno, não havendo a necessidade de mais cortes ou aterros,
pois a implantação será realizada aproveitando e respeitando os demais desníveis.
8.4 Projeto
8.4.1 Implantação
8.4.8 Perspectivas
9 RESULTADOS ESPERADOS
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cidade de Lins-SP, assim como todas as cidades, conta com espaços vazios
e em situações de abandono. Este projeto de requalificação paisagística propõe um
espaço de qualidade para a população, assim como forma de celebrar a figura ilustre
que deu início a concepção desse espaço, o senhor Antônio Ângelo Dos Santos, o
objetivo é atrair novos usuários, incentivar as práticas esportivas, a recreação e a
socialização, tendo como consequência um espaço de qualidade que propicie
qualidade de vida a seus usuários.
103
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ENCICLOPÉDIA dos municípios brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1957. v. 29. p. 77-
82. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv27295_29.pdf.
Acesso em: 10 de maio de 2021.
LEITE, Maria Angela Faggin Pereira. Um sistema de espaços livres para São
Paulo. Estudos Avançados, 25(71), 159-174, 2011. Acesso em:
https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10604.
MARTINS, Simone. Ágora Antiga em Atenas. História das Artes, 2018. Disponível
em: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/agora-antiga-atenas/>.
Acesso em 18 abril 2021.
Sem escala Fonte: Banco de dados da FPTE Fonte: Google Street View
0.3
2.15
0.20
LAMBARI ROXO
0.15
Planta de Piso
Escala 1:250
Perspectiva artistíca do piso de areia do playground Perspectiva artistíca do piso da quadra poliesportiva
Diagrama 1 - Arborização Diagrama 2 - Permeabilidade Diagrama 3 - Iluminação Diagrama 4 - Equipamentos Diagrama 5 - Fluxos
Médio Porte Área 100% permeável gramado Poste 4 metros Banco Postes de 8 metros Automóvel
Pequeno Porte Área 100% permeável piso drenante Holofote Bebedouro Postes de 4 metros Pedestre
Palmeira Área não permeável Ponto de Luz no Chão Lixeira de recicláveis Pontos de luz no chão Sentido da escadaria
Sem escala Sem escala Sem escala Sem escala Sem escala
C B
Sem escala
Corte AA
Escala 1:200
Corte BB
Escala 1:200
Corte CC
Escala 1:200