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TERESINA – PI
2019
JOSÉ JANDY DA SILVA LIMA
TERESINA – PI
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
CDD 720.9
Catalogação na publicação
Antonio Luis Fonseca Silva– CRB/1035
Francisco Renato Sampaio da Silva – CRB/1028
Dedico este trabalho a toda minha família,
amigos e envolvidos que estiveram
presente de maneira direta e indireta na
sua elaboração.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar ao meu lado sempre quando preciso. A toda minha
família pelo apoio nos momentos felizes e de maiores dificuldades, ao corpo docente
e demais funcionários da instituição pelos ensinamentos, técnicas, experiências e
suporte passados durante esses anos de graduação, aos amigos pelas
contribuições e pelas trocas de conhecimento, afeto e compreensão, e também à
professora orientadora Patrícia Mendes dos Santos pelo auxílio prestado durante o
desenvolvimento deste trabalho.
RESUMO
O presente trabalho visa analisar, discutir e propor o desenvolvimento projetual de um
centro cultural a ser implantado na cidade de Teresina, capital do Piauí, cujos locais para
realização de atividades educativas, culturais e artísticas ainda se encontram distribuídos de
forma desequilibrada, uma vez que seus principais edifícios voltados aos segmentos desse
tipo estão concentrados na região central da cidade e, por vezes, causam desinteresse do
público, seja pela forma como esses espaços oferecem e integram as atividades ou, até
mesmo, por questões de deslocamento. Outro motivo está relacionado ao fato de muitas
pessoas, principalmente as mais carentes, se sentirem excluídas desse contexto social por
se julgarem não pertencentes a esses ambientes, em virtude da posição econômica, razão
pela qual é discutível a implantação de espaços que agregue todos os públicos de forma
que se sintam incorporados ao lugar. Vale ressaltar a importância de aliar a teoria e prática
sustentável em um ambiente com essa proposta, por isso, ao longo da evolução deste
trabalho, algumas estratégias bioclimáticas e sustentáveis serão associadas ao esboço do
projeto a fim de arrematar uma proposta sociocultural e socioambiental .
Tabela 01- Distribuição dos equipamentos de lazer na cidade de Teresina, Piauí ............... 17
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 14
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 16
3. OBJETIVOS......................................................................................................................... 19
3.1 GERAL ......................................................................................................... 19
3.2 ESPECÍFICOS ............................................................................................. 19
4. METODOLOGIA ................................................................................................................. 20
5. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................... 20
5.1. CONCEITOS ................................................................................................ 20
5.1.1. CENTRO CULTURAL ........................................................................................ 20
5.1.2. INCLUSÃO SOCIAL .......................................................................................... 21
5.1.3. PROTEÇÃO SOCIAL ......................................................................................... 22
5.1.4. EQUIPAMENTOS CULTURAIS ...................................................................... 22
5.1.5. EDUCAÇÃO, CULTURA E LAZER ................................................................ 22
5.2. PANORAMA HISTÓRICO ............................................................................................ 24
5.3. SITUAÇÃO ATUAL........................................................................................................ 28
6. ANÁLISE DE PROJETOS SEMELHANTES ............................................................... 31
6.1. PROJETO INTERNACIONAL – ÓPERA DE OSLO .................................... 32
6.1.1. LOCALIZAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO ....................................... 32
6.1.2. MATERIAIS .......................................................................................................... 33
6.1.3. ESPAÇOS INTERNOS ...................................................................................... 36
6.2. PROJETO NACIONAL – CENTRO CULTURAL UNIVATES ...................... 39
6.2.1. LOCALIZAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO ....................................... 39
6.2.2. ANÁLISE PLÁSTICA ......................................................................................... 40
6.2.3. MATERIAIS .......................................................................................................... 41
6.2.4. SUSTENTABILIDADE E ACESSIBILIDADE ............................................... 42
6.2.5. ESPAÇOS INTERNOS ...................................................................................... 43
6.3. PROJETO REGIONAL- MUSEU CAIS DO SERTÃO ................................. 45
6.3.1. LOCALIZAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO ....................................... 45
6.3.2. MATERIAIS .......................................................................................................... 46
6.3.3. ESPAÇOS INTERNOS ...................................................................................... 47
7. DIAGNÓSTICO LOCAL ................................................................................................... 48
7.1. APRESENTAÇÃO DO LOCAL .................................................................... 48
7.2. JUSTIFICATIVA........................................................................................... 50
7.3. ENTORNO ................................................................................................... 51
7.3.1. ACESSOS .................................................................................................... 52
7.4. ASPECTOS NATURAIS .............................................................................. 53
7.4.1. INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO ........................................................................ 53
7.4.2. TOPOGRAFIA ..................................................................................................... 54
7.4.3. COBERTURA VEGETAL .................................................................................. 55
7.5. ASPECTOS ANTRÓPICOS ......................................................................... 56
8. LEGISLAÇÃO ..................................................................................................................... 57
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 60
9.1. PROGRAMA DE NECESSIDADES ............................................................. 61
9.2. ORGANOGRAMA........................................................................................ 62
9.3. FLUXOGRAMA............................................................................................ 63
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 65
APÊNDICE................................................................................................................................... 70
APÊNDICE A ............................................................................................................................ 71
14
INTRODUÇÃO
Entre os principais motivos para elaborar uma proposta desse tipo de espaço
está o fato da cidade de Teresina ainda possuir equipamentos culturais distribuídos
de forma tão desequilibrada, o que resulta em áreas saturadas dentro da cidade,
como o centro, enquanto outras ainda padecem de entretenimento e políticas de
inclusão, contribuindo, por vezes, no processo de marginalização como cita Silva
(2012).
2. JUSTIFICATIVA
Grande parte dos brasileiros declarou não se ligar às atividades culturais pelo
simples fato de não ser um hábito, o que configura uma situação que advém da
formação do público consumidor, uma vez que a implantação cultural deveria surgir
desde os primeiros anos de vida, impulsionada por ações conjuntas. Além disso, é
preciso que haja a introdução de estímulos direcionados ao mercado, com a
finalidade de ampliar a oferta de bens culturais e auxiliar sua obtenção por parte da
população independentemente da condição financeira do público (DIÁRIO DO
NORDESTE, 2015).
1- TERRENO EM
ESTUDO
02 2- SUPERMERCADO
01
MAXXI ATACADO
PERÍMETRO
DOTERRENO
3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
3.2 ESPECÍFICOS
1–Desenvolver projeto arquitetônico de cunho sustentável destinado à
assistência educacional, cultural e artística para o público em vulnerabilidade
socioeconômica dentro da cidade de Teresina, Piauí.
4. METODOLOGIA
5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1. CONCEITOS
5.1.1. CENTRO CULTURAL
Milanesi ainda destaca que os acervos, seja de que natureza for, são, no
geral, as seções mais procuradas, por isso a importância de mantê-los
permanentemente como uma grande possibilidade de garantir púbico. Quanto às
ações intrínsecas aos centros, essas podem ser do tipo governamental, entidade,
etc., porém de interesse público. Quando governamental, os recursos propiciam a
realização das atividades, quando entidade, por não possuir montante fixo, seus
próprios integrantes são os responsáveis por arrecadarem os meios, tornando a
entidade movimentada de forma autônoma.
Essa iniciativa permitiu que o restante do mundo pudesse ver o centro como
um local de referência e modelo para instalações de edificações com o mesmo
propósito. No Brasil, os primeiros centros culturais começam a entrar em pauta de
discussão por volta de 1960, efetivados na década de 80 com a construção do
Centro Cultural do Jabaquara (Figura 04), na cidade de São Paulo (RAMOS, 2007).
A memória operária não foi apagada do local, pois Lina optou por preservar a
estrutura existente e adotar materiais que estivessem em conformidade com a
fábrica. Além disso, esse projeto pode ser visto como um modelo de respeito à
sociedade por ter em sua concepção elementos que se preocupam com as gerações
e envolvem todas as camadas sociais, principalmente as mais carentes. A arquiteta
se preocupou em levar o convívio das pessoas às ruas, onde pode haver encontros,
conversas, brincadeiras, etc. Trata-se de um projeto de diálogos entre o antigo e o
novo e mostra como a relação entre as famílias e a comunidade brasileira é
importante para a miscigenação e para a produção cultural do país (MARTIM;
SOUZA, 2010).
A quantidade de centros culturais pelo Brasil ainda é incerta, uma vez que a
denominação desses espaços é aplicada em várias instituições. A pluralidade
cultural brasileira era sustentada em moldes tradicionais europeus, mais
precisamente propagados pelos colonizadores portugueses que tinham o teatro, a
biblioteca e o museu como base. Existe uma gama de possibilidades que permitem
distinguir um espaço voltado à cultura, e a reunião de produtos junto com as
discussões agregadas a eles, além da produção de novos elementos culturais é o
que viabiliza o exercício da criatividade (MILANESI, 1997).
O que acaba sendo observado são prédios como bibliotecas, teatros, museus,
cinemas, entre outros, locados isoladamente, ou quando em maior quantidade,
encontrados no centro. A administração pública municipal mantém sob o seu
comando unidades ligadas às artes plásticas, musicais, literárias, cênicas, etc. Os
espaços mais conhecidos são: o Teatro 04 de Setembro, a Casa da Cultura, o
Teatro Municipal João Paulo II, Teatro de Arena, Escola de Danças Folclóricas,
Teatro do Boi, Palácio da Música e, ainda, cerca de 7 bibliotecas. Entre esses
espaços de leitura estão: a Biblioteca Municipal Abdias Neves, Biblioteca Municipal
Fontes Ibiapina, Biblioteca Jornalista Carlos Castelo Branco, Biblioteca de Artes
Professor Wall Ferraz, Biblioteca Municipal São João, Biblioteca da Costa e Silva e
Biblioteca H. Dobal, a grande maioria apresenta problemas relacionados à estrutura
física, instalações, equipamentos e profissionais qualificados para o
desenvolvimento das atividades básicas de planejamento e otimização dos
estabelecimentos (MESQUITA et. AL, [201-?]).
Em relação aos museus, o Piauí ocupa a quinta posição entre os estados com
menor número de prédios destinados para tal finalidade, no total são 26 espaços,
onde 7 estão na própria capital e o restante no interior. Existe cerca de um museu
para cada 123 mil habitantes, o que o classifica como a terceira pior média do
Brasil.Em Teresina encontram-se: o Museu do Piauí, o Museu Municipal de Arte
Sacra, Memorial Zumbi dos Palmares, Edifício Vinícius de Moraes, Museu de
Arqueologia e Paleontologia, Casa da Cultura-Museu da Maçonaria (G1PIAUÍ,
2015).
ponto se encontram com o mar, fazendo com que o complexo pareça emergir das
águas (ARCHDAILY, 2015). Essa configuração projetual caracteriza a Ópera como
um espaço que tem relevância muito além do seu programa de necessidades. A
exclusiva estrutura do prédio já é um atrativo único para o seu público, como pode
ser observado na figura 09.
6.1.2. MATERIAIS
Durante a elaboração do projeto da Ópera House de Oslo já ficou definido
que os principais materiais a serem utilizados no empreendimento seriam a pedra na
cor branca, observada no “carpet”, além da madeira, vista em vários outros
componentes da edificação, o metal, usado principalmente em seu interior, além do
arremate com um quarto material, que seria o vidro, implantado com a finalidade de
transparecer ou expor o que existe na parte interna ou abaixo do “carpet”.
A pedra utilizada para revestimento do “carpet” foi o mármore italiano. A
escolha foi baseada em características do material que, entre outros aspectos,
possui qualidade técnica no que diz respeito à retenção de umidade, pois, mesmo
depois de receber a ação da água, continua a apresentar o brilho próprio. A seleção
de materiais que permanecerão sob a influência de intempéries é de extrema
34
A Ópera House de Oslo possui 37500 m², onde 11200 m² são destinados
para área pública, 8300 m² para áreas de palcos e 18000m² fazem parte do seu
telhado inclinado. Dentro do seu programa estão: foyer, auditórios, teatros,
restaurantes, espaços educativos, banheiros, administração, oficinas, entre
outros(WIKIARQUITETURA, 2018).
37
A obra possui uma clara divisão dos seus ambientes quanto à funcionalidade.
O prédio tem 4 níveis que são separados por um corredor que determina as áreas
de palcos no lado oeste, enquanto na leste estão os espaços mais simples voltados
para a administração, produção, etc.(figura 14) (ARCHDAILY, 2015).
Área de palco e
apresentações.
Áreas de
produção e
administração.
Área de palco,
galerias e
arquivos.
Escritórios,
suporte
administrativo,
centro de saúde
Área de palco e
galerias.
Departamento
administrativo,
cantinas, bares
e terraço.
Departamento
de ópera, balé e
dança.
Área de apoio
da produção.
Parte do grande vão que transpassa o complexo é coberta por uma estrutura
que parece repousar sobre as paredes e demais vedações. Além disso, os
arquitetos utilizaram essa técnica como uma maneira de guiar os usuários às outras
dependências do estabelecimento e garantir uma espécie de proteção àqueles que
circulam (Archdaily, 2015). As formas geométricas do prédio, juntamente com a
escolha do material de revestimento da fachada, já são responsáveis por implicar
um valor significativo à obra.
41
6.2.3. MATERIAIS
Outro diferencial da edificação diz respeito às fachadas que contam com dupla
camada de vedação na qual existe um espaço de 70 centímetros que permite com
que haja constante circulação de ar, o que resulta na diminuição da irradiação
térmica para os ambientes internos e contribui com a amenização da temperatura
(UNIVATES, [201-?]), características que contribuem com a construção do conceito
de obra ecologicamente.
42
6.3.2. MATERIAIS
7. DIAGNÓSTICO LOCAL
7.1. APRESENTAÇÃO DO LOCAL
Quanto à faixa etária, ainda de acordo com o censo de 2010, o bairro possui
uma população relativamente diversificada, porém, o percentual de indivíduos com
idade entre 25 e 49 anos é um pouco maior, conforme indica a figura 32.
7.2. JUSTIFICATIVA
Entre as principais ressalvas para escolha do local de implantação do projeto
está o fato da área ser considerada de grande potencial expansivo, de acordo com o
plano estrutural de Teresina (Semplan, 2018), além disso, em análise de dados e
coleta de informações, as zonas sudeste e leste dispõem de equipamentos e centros
organizados e distribuídos de forma desequilibrada.
Segundo o censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, o Bairro Gurupi não dispõe de qualquer espaço histórico, cultural ou de
interesse turístico. Atualmente conta apenas com alguns equipamentos, como a
quadra poliesportiva do Projeto Frutos do Brasil (item 01 da figura 33) e uma
academia da saúde (item 02 da figura 33).
7.3. ENTORNO
O que se pode perceber quanto ao entorno que circunda o terreno para
implantação do projeto é que a área possui alguns equipamentos sociais vistos
ainda de forma carente (figura 34). Em análise de um raio de cerca de 2 quilômetros
foram encontrados serviços de educação, saúde, lazer, religião e transporte público,
dentre os quais destacam-se: a Unidade Básica de Saúde Ana Lúcia Salmita, a
Unidade básica de Saúde do Bairro Redonda, o Centro Municipal de Educação
Infantil Clarice Lispector, a Escola Municipal Mário Covas, o Centro Municipal de
Educação Infantil Frei Damião, a Escola Municipal Deputado Humberto Reis da
Silveira, a quadra poliesportiva do projeto Frutos do Brasil, a Academia da Saúde
Raimundo Nonato de Moraes, as igrejas Universal do Reino de Deus, Sara Nossa
Terra, Pentecostal Deus é Amor, além de um Terminal de Integração de ônibus.
7.3.1. ACESSOS
O terreno está localizado em uma área cujos principais acessos são feitos
pelas Avenidas: João XXIII, Zequinha Freire, Deputado Paulo Ferraz, Joaquim
Nelson e Mirtes Melão (figura 35). Essas vias compreendem os Bairros Livramento,
Gurupi, Uruguai e Recanto das Palmeiras e permitem o fluxo entre partes das
regiões leste e sudeste, além da comunicação entre as outras áreas da cidade como
o grande Dirceu. As avenidas comportam o tráfego, em sua grande maioria, de
veículos motorizados, porém, nas Avenidas Joaquim Nelson e Mirtes Melão é
possível observar um fluxo moderado de pedestres, principalmente no final da tarde
quando as pessoas costumam sair para praticar atividades físicas como caminhadas
em alguns trechos dessa região.
Figura 35- Principais acessos ao terreno em estudo
02
01
Frente principal
54
7.4.2. TOPOGRAFIA
O terreno está localizado em uma área cuja topografia é relativamente
irregular. São cerca de duas curvas intermediárias e duas curvas mestras, onde
cada uma representa um desnível de 1 metro (figura 37). As principais possíveis
cotas para implantação de projeto são a de número 7, 96 e 97, pois estão
distribuídas de forma que permitem uma maior utilização do seu espaçamento útil,
além de evitar possíveis gastos com maiores serviços de corte e aterro.
Vias
Edificações residenciais Edifícios comerciais pavimentadas
Perímetro do terreno
57
8. LEGISLAÇÃO
Alguns instrumentos legislativos são de extrema importância quanto à
elaboração, organização e execução dos mais variados tipos de projetos. Para
tomar partido de todos os trâmites legais é importante que se exponham os
balizadores responsáveis por organizar esse processo. A cidade de Teresina, local
destinado à implantação da proposta arquitetônica do centro cultural, possui
algumas leis que servirão de base ao longo do desenvolvimento projetual.
A Lei Complementar nº 3560, criada em 20 de outubro de 2006, é
responsável por definir as diretrizes para o uso do solo urbano do município, além de
dar outras providências. O caderno define como deve ser a organização do solo
urbano de Teresina quanto ao uso de suas áreas, distribuição da população e
funcionamento das atividades urbanas de forma que promova a estruturação e
articulação dos pólos de dinamização e preserve seus elementos naturais e sítios de
valor histórico e cultural. A lei destaca, entre outros, a relação e delimitação das
zonas residenciais, comerciais, industriais, especiais, de serviço e preservação, bem
como os grupos de atividades que podem ser desenvolvidas dentro dessas áreas.
De acordo com a lei de uso do solo de Teresina, o terreno está localizado na zona
residencial 2,ZR2 (figura 41), cujos grupos de atividades permitidas são:
habitacional, comércio de âmbito local, serviços de âmbito local, indústrias não
incômodas e instituições de âmbito local. Parte do lote também compreende a zona
de serviço ZS1, que permite usos comerciais, de serviços, industriais e institucionais.
Outra norma de destaque é a NBR 9050, que trata dos critérios e demais
parâmetros técnicos a serem analisados em projetos, construções, instalações e
adaptações de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos a se adequarem às
condições de acessibilidade e proporcionar à maior quantidade de pessoas,
independentemente de limitações, a autonomia referente ao uso seguro do
ambiente.
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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Recepção 1 148,14 m²
Circulação
Café 1 205,78 m²
Sala de música 1 50,13 m²
Sala multiuso 1 94,23 m²
Sala de audiovisual 1 21,97 m²
Sala de fotografia 1 29,60 m²
Sala de artes 1 31,80 m²
Laboratório de informática 1 64,19 m²
Assistência social 1 17,32 m²
Recepção/biblioteca 1 32,90 m²
Salas de estudo 8 8,61 m²
Acervo 1 96,06 m²
Brinquedoteca 1 91, 34 m²
Praça/jardim
Espaço/exposição 1 358, 01 m²
Livraria 1 122 m²
Loja 3 30 m²
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
62
9.2. ORGANOGRAMA
9.3. FLUXOGRAMA
REFERÊNCIAS
BICCA, C.S. Exclusão social também se combate com cultura. Consultor Jurídico.
[S.L.], 09 fev. 2011. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2011-fev-
09/exclusao-social-tambem-combate-acesso-cultura>. Acesso em: 24 abr. 2018.
GRUNOW,E. Brasil Arquitetura e Isa Grispun Ferraz: Cais do Sertão Luíz Gonzaga,
Recife. Arcoweb. [S.L], 2015. Disponível em:
<http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/brasil-arquitetura-isa-grinspum-
ferraz-cais-sertao-luiz-gonzaga-recife>. Acesso em: 15 out. 2018.
APÊNDICE
71
3. PROGRAMA DE NECESSIDADES
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Diretoria 1 21,10 m²
Secretaria 1 18,76 m²
Serviço
DML 2 3,63 m²
Doca 1 42,82m²
Almoxarifado 1 14,82 m²
Lixeira 1 10 m²
Segurança 1 9,97 m²
Estacionamento
Área técnica
Guarita 2 10 m²
Atendimento
ao público
Recepção 1 148,14 m²
Circulação
73
Café 1 205,78 m²
Recepção/biblioteca 1 32,90 m²
Acervo 1 96,06 m²
Brinquedoteca 1 91, 34 m²
Praça/jardim
Espaço/exposição 1 358, 01 m²
Livraria 1 122 m²
Loja 3 30 m²
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
74
4. ZONEAMENTO E FLUXOGRAMA
5.1. Estrutura
5.2. Cobertura
5.3. Esquadrias
Portas
P1- Tamanho (3,00 x 2,50 m) – Porta de correr com duas folhas em vidro refletivo na
cor champanhe e caixilhos metálicos com pintura em esmalte sintético na cor preta.
P2 – Tamanho (3,00 x 2,50) – Porta de correr com duas folhas em vidro temperado
liso na cor verde e caixilhos metálicos com pintura em esmalte sintético na cor preta.
76
P3 – Tamanho (3,00 x 2,50 m) – Porta de abrir com duas folhas em vidro refletivo na
cor champanhe e caixilhos metálicos com pintura em esmalte sintético na cor preta.
P5 - Tamanho (3,00 x 2,50 m) – Porta de correr com uma folha em madeira maciça,
pintura em verniz e puxador em aço inox.
P6 - Tamanho (2,00 x 2,50 m) – Porta de abrir com duas folhas em vidro refletivo na
cor champanhe e caixilhos metálicos com pintura em esmalte sintético na cor preta.
P7 – Tamanho (0,80 x 2,10 m) – Porta de abrir com uma folha em madeira maciça
com pintura em esmalte sintético na cor branca.
P8 – Tamanho (0,90 x 2,10 m) – Porta de abrir com uma folha em madeira maciça
com pintura em esmalte sintético na cor branca.
P9 - Tamanho (2,00 x 2,50 m) – Porta de correr com duas folhas em vidro refletivo
na cor champanhe e caixilhos metálicos com pintura em esmalte sintético na cor
preta.
P10 - Tamanho (2,50 x 2,10 m) – Porta de correr com uma folha em madeira maciça,
pintura em verniz e puxador em aço inox.
Janelas
J1- Tamanho (2,50 x 1,50/1,00 m) – Janela maxim ar com uma folha, fechamento
em vidro refletivo na cor champanhe e estrutura metálica com pintura eletrostática
na cor preta.
J3 – Tamanho (1,00 x 0,80/ 1,72 m) – Janela maxim ar com uma folha, fechamento
em vidro refletivo na cor champanhe e estrutura metálica com pintura eletrostática
na cor preta.
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5.4. Revestimentos
Pisos
03 – Piso laminado amadeirado, 29,1 cm x 134 cm x 0,8 cm, com aplicação do tipo
encaixe macho e fêmea e junta de dilatação de 1,5 cm.
Parede
Teto
5.5. Bancadas
5.6. Divisórias
As divisórias dos banheiros serão feitas em granito branco Siena, com arestas
boleadas e portas com fechamento em vidro serigrafado com espessura de 8 mm.
Bacia Sanitária com caixa acoplada monte Carlo, Deca P.808.17, na cor branca.
Bacia sanitária com caixa acoplada Vogue Plus Conforto, Deca P.515.17, na cor
branca nos banheiros para portadores de necessidades especiais.
Lavatório de canto suspenso Izy, Deca L.101.17, nos banheiros para portadores de
necessidades especiais.
6. PROPOSTA
7. CONCEITO DO PROJETO
8. PARTIDO ADOTADO
9. SOLUÇÕES FUNCIONAIS
O projeto conta com duas entradas, uma para veículos e pedestres e outra
para caminhões ou veículos de serviço. Logo na entrada, optou-se por não utilizar
uma barreira visual que pudesse dar a sensação de confinamento, então foram
postas vegetações de pequeno porte que funcionem como contenção, sem se
desassociar do conceito estético.
Uma vasta parte do lote é contemplada com praça e áreas verdes, cuja
finalidade é proporcionar espaços de convivência e quebrar a monotonia causada
pelo uso de revestimentos. A locação da praça foi disposta de forma a permitir aos
usuários do café, localizado no bloco 1, visualizarem o espaço mais aberto e a
movimentação externa, o que proporciona maior integração entre os espaços.
Apesar de ser uma edificação térrea e outra com dois pavimentos, os blocos
se assemelham em gabaritos, uma vez que o primeiro possui pé-direito duplo o que
garante uma conversação entre as unidades.
Para que fosse possível dispor grandes vãos na construção, optou-se pela
utilização do sistema construtivo metálico. Essa iniciativa, entre outras, minimiza o
desperdício e sujeira na obra e permite organizar os espaços de forma mais livre,
sem tanta preocupação com a limitação de áreas com maior abertura livre.