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TERESINA – PI
2018.2
Letícia Rocha Cabral
TERESINA – PI
2018.2
FICHA CATALOGRÁFICA
C117p Cabral, Leticia Rocha.
CDD 691
AGRADECIMENTOS
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 15
2. JUSTIFICATIVA ....................................................................................... 18
3. OBJETIVOS ............................................................................................. 21
3.1 GERAL............................................................................................... 21
3.2 ESPECÍFICOS ................................................................................... 21
4. METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................. 22
5. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 23
5.1 CONCEITOS...................................................................................... 23
5.1.1 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ....................................... 23
5.1.2 SUSTENTABILIDADE EM HABITAÇÕES DE INTERESSE
SOCIAL .................................................................................................... 24
5.1.3 PAISAGISMO INTEGRADO AO OBJETO DE HABITAÇÃO DE
INTERESSE SOCIAL ............................................................................... 24
5.1.4 VITALIDADE URBANA ................................................................ 25
5.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA ................................................................... 26
5.2.1 ORIGENS DAS HABITAÇÕES DE INTERESSES SOCIAIS NO
MUNDO .................................................................................................... 26
5.2.2 NO BRASIL ..................................................................................... 27
5.2.3 DEFICIT HABITACIONAL BRASILEIRO ......................................... 29
5.2.4 A BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE ........................................... 30
5.2.5 PAISAGISMO, VITALIDADE URBANA NA HABITAÇÃO DE
INTERESSE SOCIAL. .............................................................................. 32
5.3 SITUAÇÃO ATUAL ............................................................................ 33
5.3.1 HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL EM TERESINA: UMA
ANÁLISE .................................................................................................. 33
6. ESTUDO DE CASOS ............................................................................... 36
6.1 CONJUNTO HABITACIONAL QUINTA MONROY ............................. 36
6.2 CONJUNTO HABITACIONAL JARDIM EDITE .......................................... 42
6.3 CONJUNTO HABITACIONAL HELIÓPOLIS GLEBA G ...................... 48
7. LEVANTAMENTO DO TERRENO ........................................................... 52
7.1 LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA .................................................... 52
7.2 ZONEAMENTO URBANO.................................................................. 56
7.5 ENTORNO ......................................................................................... 59
7.6 ACESSOS.......................................................................................... 60
7.7 ANÁLISE CLIMÁTICA ........................................................................ 61
7.8 TOPOGRAFIA ................................................................................... 63
8. LEGISLAÇÃO .......................................................................................... 65
8.1 LEI DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL ............................... 65
9. MEMORIAL JUSTIFICATIVO .................................................................. 67
9.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO .... 68
9.2 ZONEAMENTO .................................................................................. 69
9.3 FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA ................................................. 70
9.4 IMPLANTAÇÃO ................................................................................. 72
9.5 CRITÉRIOS UTILIZADOS .................................................................. 73
9.6 PARTIDO ARQUITETÔNICO............................................................. 74
9.6.1 PRAÇA ............................................................................................ 75
9.6.2 HORTA COMUNITÁRIA .................................................................. 75
9.6.3 HABITAÇÃO .................................................................................... 76
9.6.4 PONTO COMERCIAL ...................................................................... 78
9.6.5 SISTEMA CONSTRUTIVO .............................................................. 79
9.7 MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................. 82
9.8 RELAÇÕES DAS PLANTAS DOS PROJETOS ................................. 82
9.9 TIPOLOGIAS E ÁREAS ..................................................................... 83
9.10 ÁREAS ESPECÍFICAS ...................................................................... 84
9.11 ESTRUTURA ..................................................................................... 84
9.12 TELHADO .......................................................................................... 85
9.13 ESQUADRIAS ................................................................................... 85
9.14 REVESTIMENTOS ............................................................................ 86
9.15 DIVERSOS ........................................................................................ 87
9.16 INSTALAÇÕES PREDIAIS ................................................................ 89
9.17 VERIFICAÇÃO FINAL ........................................................................ 90
9.18 MANUAL PAISAGÍSTICO .................................................................. 90
9.19 GRAMÍNEAS ..................................................................................... 91
9.19.1 GRAMA ESMERALDA ................................................................... 91
9.20 FLORÍFERAS .................................................................................... 92
9.20.1 MARGARIDINHA AMARELA ......................................................... 92
9.20.2 IPÊ BRANCO ................................................................................ 93
9.20.3 PALMEIRA IMPERIAL ................................................................... 94
9.20.4 MAGNÓLIA BRANCA .................................................................... 96
9.21 ARBUSTIVAS .................................................................................... 97
9.21.1 CAPIM – DOS - PAMPAS .............................................................. 97
9.22 ÁRVORES ......................................................................................... 98
9.22.1 OITI ............................................................................................... 98
REFERÊNCIAS .............................................................................................100
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INTRODUÇÃO
O tema a ser abordado nesse trabalho é uma Habitação de Interesse Social que
busca recomendações sustentáveis e paisagísticas e que ajudam na melhoria
do clima no local. O objeto a ser analisado, se localiza no Brasil, mais
precisamente no estado do Piauí, como é mostrado na figura 1. A cidade
escolhida foi Teresina, no centro-norte do estado do Piauí, mostrado na figura 2.
TERESINA
Essas famílias têm como uma das necessidades ter uma disposição de vias
públicas, abastecimento de água e energia elétrica. Além disso, será
acrescentado a esse projeto soluções de sustentabilidade.
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Os autores mas utilizados na pesquisa nos três temas desse trabalho (HIS,
sustentabilidade e paisagismo) foram, Bonduki (2011) que esmiúça sobre a
origem desse estilo de habitação social. Foi citado o autor Sedrez (2004), que
abrange sobre sustentabilidade e o autor Paiva (2004) que analisa sobre o
histórico e definições do paisagismo.
2. JUSTIFICATIVA
Para essa contribuição será proposto um uso para um (lote vazio), dando mais
vitalidade ao bairro, assim como será feito áreas de lazer para os moradores.
Além disso aumentará o valor do local.
Esse trabalho é viável, pois é de fácil acesso às fontes que já trataram desse
tema e que vem ganhando mais abrangência no decorrer dos anos, além de ser
englobado por vários teóricos durante anos, sendo uma forma de estudo para
eles e de pesquisa para vários acadêmicos.
Habitação multifamiliar é quando mais de uma família habita sobre uma mesma
construção. E geminadas quando duas ou mais casa são ligadas uma a outra,
compartilhando da mesma estrutura.
Como o objetivo da Agenda 2015 (PMT, 2002) não foi alcançado, então foi
utilizada também como estudo base a Agenda 2030 (PMT, 2016). A Agenda
2030 cita que os fatores que impossibilitam o acesso à moradia estão
relacionados ao mercado imobiliário especulativo, ao baixo poder aquisitivo da
população.
Dessa forma, será feito uma proposta que abranja uma nova forma de arquitetura
para habitações populares, utilizando materiais de baixo custo, mas com grande
eficiência e resistência adequada. Além disso, os materiais utilizados como
forma de sustentabilidade da população será captação de água da chuva, para
garantir ainda mais a eficiência da edificação.
Além desses citados existem outros motivos para o paisagismo, como por
exemplo, deve ter elementos de interação entre o homem e a natureza, promove
a valorização visual e estética do espaço e que contribua para melhorar a saúde
das pessoas.
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3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
3.2 ESPECÍFICOS
4. METODOLOGIA DA PESQUISA
Na prática, com base nas bibliografias estudadas, espera-se que esse projeto
tenha um bom resultado para que sejam analisadas as necessidades dos
habitantes dos conjuntos levando em consideração os estudos de casos como
base de pesquisa e da pesquisa feita em campo no próprio terreno e entorno,
para que o projeto seja desenvolvido com mais coerência possível.
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5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 CONCEITOS
Habitação nada mais é do que uma forma de abrigo, nesse caso destinado a
pessoas de baixa renda.
De acordo com a Lei Federal 11.124 (2005), no Art. 2º fica instituído o Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, com o objetivo de viabilizar
para a população de menor renda o acesso à terra urbanizada e à habitação
digna e sustentável.
Dessa forma, será utilizado na habitação de interesse social para que melhore a
vitalidade do ambiente, além de gerar recursos para o mesmo, como a
reutilização da água.
Gehl (2006) e White (2001) discutem o conceito de vitalidade urbana sob dois
aspectos vinculados aos estudos da qualidade urbana. Ou seja, segundo esses
autores, a vitalidade pode ser entendida como uma condição do espaço público,
permitindo atrair e manter em sua área usuários distintos.
Conforme Rubin (2013) diz que antes da Revolução Industrial grande parte da
população vivia no campo. Os camponeses trabalhavam em grupos pequenos e
produziam apenas o que necessitavam. As metrópoles que existiam tinham
função política e comercial, eram os centros de poder político dos reinos.
Rubin (2013) também afirma que a Revolução Industrial teve início na Inglaterra
no início do século XVIII e que foi a partir do século XIX se expandiu para outros
países da Europa, porque ao longo dos anos a burguesia inglesa acumulou
capitais que deram impulso ao processo de produção industrial. Houve um
impulso no processo de urbanização, devido à concentração dos trabalhadores
na indústria e essa grande massa também foi efeito da Revolução. Foi nesse
período que à população urbana aumentou significativamente.
5.2.2 NO BRASIL
Valladares (2005) afirma também que desde o ano de 1960, não cresce só
vertiginosamente a população urbana do país, como também ganha maior
visibilidade a questão das residências, pela multiplicação de áreas de tipo favelas
e cortiços nas principais capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo Afonso e Veloso (2012), no final da década de 60, houve uma busca
por melhor qualidade de vida nas grandes cidades do Brasil, principalmente em
São Paulo, gerada também pela grande demanda no mercado de trabalho do
ramo de café, a população da zona rural migrou-se para a zona urbana e
consequentemente uma aglomeração de trabalhadores constituía uma grave
ameaça para a saúde pública e desencadeando assim uma crise habitacional.
Desse modo, Bonduki (2011) afirma que com a expansão periférica garantia-se
dois objetivos há décadas buscados pela elite: desadensar e segregar.
Abreu (2012) afirma que o déficit habitacional sobe a cada dia por não ser um
problema isolado e torna-se necessário que as políticas habitacionais estejam
vinculadas a diversas ações que promovam o desenvolvimento econômico e
social do país.
Segundo Abreu (2012), percebe-se que, nos dias atuais, o déficit habitacional é
crescente nos centros urbanos e, de algum modo, há um descaso pelo lado do
governo, principalmente no que se refere às habitações de interesse social em
todo país, como é mostrado no Quadro 1.
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Déficit Habitacional
Especificação Total
Total Urbano Rural
Relativo
BRASIL 6.186.503 5.414.800 771.703 9,3
Região Nordeste 1.924.333 66.695 27.213 10,9
Piauí 93.907 66.695 27.213 9,9
Para resolver essa questão deve existir uma política habitacional mais favorável,
pensando na utilização da terra e lotes vazios, para que exista uma redução no
numero de pessoas desabrigadas.
Para ser considerada uma construção sustentável deve existir uma melhoria na
qualidade de vida dos seus usuários e também da comunidade do entorno,
promover a biodiversidade, minimizar o consumo de energia e água, contribuir
para a conservação dos recursos naturais e assim, reduzir os impactos
ambientais.
Segundo a PMT, na Agenda 2030 (2015), foi a partir da década de 70, que
Teresina foi beneficiada com a construção de conjuntos habitacionais populares
de grande porte.
No Estado do Piauí, dados oficiais apurados pela Fundação João Pinheiro (2007)
revela uma redução do déficit habitacional em 24,63% desde 2004. Isso equivale
à construção de 45.521 unidades habitacionais até 2007, conforme o Quadro 2.
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6. ESTUDO DE CASOS
O estudo de caso pode ser visto como um método de pesquisa, ou até mesmo
uma metodologia de pesquisa que reúne análises e atributos do objeto de
estudo, através de coletas e análise de dados.
De acordo com Jardim (2017) esse projeto foi realizado no ano de 2003 pelo
escritório Elemental, S.A. do arquiteto Alejandro Avarena e tem localização na
região de Inquique, no Chile, cidade entre o Oceano Pacífico e montanhas
desérticas.
Jardim (2017) afirma que o conjunto teve um tempo de execução de nove meses.
Possui como material concreto e blocos de cimento, aço e madeira, conforme a
figura 7.
De acordo com Jardim (2017), a tipologia adotada para o conjunto Quinta Monroy
buscou condizer com o entorno, tanto pela altura (até 3 pavimentos) e proporção
ao gabarito das ruas tangentes, quanto pelos recuos e afastamentos. A região
fica localizado próximo de um deserto, onde os dias são quentes e as noites
frias.
Foi utilizado dessa forma materiais como concreto, que possui elevada
capacidade térmica e a madeira que é utilizada como isolante térmico, indicado
na figura 8.
Conforme Canotilho (2008), a história desse projeto envolve uma parte central
da cidade, que já estava na mira da especulação imobiliária.
Esse caso se parece muito com a situação em que o Brasil encontra-se, onde
muitas pessoas estão em regiões precárias e em loteamentos irregulares como
será visto mais à frente.
De acordo com Canotilho (2008), porém, nos anos 60, esta era uma área
agrícola, que foi aos poucos sendo transformada em um setor central da cidade.
Nos anos 90, o entorno da comunidade da Quinta Monroy já era considerado um
bairro consolidado.
Nessa época começou uma disputa entre essas cem famílias e os donos da
terra, que queriam beneficiar-se da especulação imobiliária no local. Foi então
que a agência governamental comprou o terreno e com o programa “Vivienda
social dinamica sin duda” concedeu o valor de 7500 dólares para que cada
família pudesse comprar seu terreno e construir sua casa (CANOTILHO, 2008).
Conforme Jardim (2017), que as casas térreas teriam as vantagens de uma casa
– pátio, jardim; e os apartamentos, maior qualidade de iluminação, ventilação e
segurança. Em relação ao entorno, é muito comum que os espaços destinados
à habitação também comportem pequenos comércios voltados ao público do
bairro.
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Os acessos verticais são individuais, uma para cada habitação. Os acessos para
pedestres, que permeiam os blocos, dividem-se entre as duas ruas, como é visto
na figura 9.
Figura 9 – Acessos Quinta Monroy
Percebe- se, de acordo com a figura 11, que o projeto tem pouca preocupação
com as soluções de conforto térmico, pois não possui ventilação cruzada no
terreno devido ao formato perpendicular em que os imóveis se encontram.
Lacerda Júnior (2016) discorre que esse conjunto é um tipo de obra de Habitação
Popular e foi projetado em 2008 sendo concluído no ano de 2013. Dessa forma
foi realizado pela empresa MMBB Arquitetos que é composto pelos arquitetos
Möller (2015) Marta Moreira, Milton Braga e Fernando de Mello Franco e pela
empresa H+F Arquitetos que é composto pelos arquitetos Eduardo Ferroni e
Pablo Hereñu e também coordenado pelo Luiz Fernando Arias Fachini que na
época era coordenador da SEHAB (Secretaria Municipal de Habitação).
A demanda pelo projeto surgiu com a necessidade de manter no local uma parte
da população residente na Favela Jardim Edite que existia ali. O desmonte da
favela ocorreu no ano de 2008 no contexto da Operação Urbana Água Espraiada
(MÖLLER 2015).
CONTORNO DO TERRENO
Lacerda Júnior (2016) também afirma que a Creche de Educação Infantil (CEI),
atende toda a população e localiza-se no final da Rua Charles Coloumb, que por
esse motivo se torna mais calma com o distanciamento da Av. Berrini com a Rua
Araçaíba. Foi projetada para estar posicionada em frente à Praça Arlindo Rossi,
onde as crianças podem se socializar. O pavimento tipo das torres possuem
características semelhantes. A orientação solar é leste e oeste. Porém, nas
Torres 1 e 2 a circulação horizontal está voltada para o leste e as unidades
habitacionais para o oeste. Já na Torre 3 a circulação horizontal está voltada
para o oeste e as unidades habitacionais estão voltadas para o leste. Dessa
forma, os vazios formados pelos desenhos das tipologias se inter-relacionam
com as circulações verticais, implantados separadamente, e assim se interligam
pela circulação horizontal, garantindo o acesso as moradias, como é visto na
Figura 17.
Dessa forma, este projeto pode ser considerado uma orientação como estudo de
caso. Onde promoveu mudanças que contrariam a prática frequente quando se
trata sobre habitação de interesse social.
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Segundo Oliveira e Pisani (2017) são 420 apartamentos que variam entre dois
tipos, com 2 dormitórios, espaço integrado de cozinha, estar e sacada. Os
conjuntos contam também com unidades adaptadas aos portadores de
necessidades especiais, locados no pavimento térreo, com acesso direto pela
rua. Com um projeto que exigia uma construção econômica, os arquitetos
conduziram a obra a uma solução de alvenaria de blocos de concreto, um
50
A planta baixa é composta por duas tipologias, com dois formatos diferente, para
que consiga fazer a composição na fachada, indicado nas Figuras 22 e 23.
Esse estudo de caso tem uma boa ligação com a busca pelo paisagismo nas
habitações para a população de baixa renda, pois eles também têm
necessidades de uma melhoria na qualidade de vida. Dessa forma, será
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7. LEVANTAMENTO DO TERRENO
Figura 24 - Terreno
Figura 25 – Vista aérea da zona leste de Teresina, em destaque o bairro Árvores Verdes
Leitão e Afonso (2012) afirmam, por ser a zona mais recente tiveram que inseri-
la no contexto urbano da cidade, sendo necessário a demarcação atualizada do
perímetro da cidade.
Figura 27 - Planta da área acrescida à zona urbana de Teresina, na região de do bairro Árvores
Verdes
A ZEIS Árvores Verdes ocupou um terreno cujo uso era a agricultura nos anos
de 2005. Já entre os anos de 2006 e 2007 a zona encontrou-se abandonada
pelo fato do crescimento da vegetação (LEITÃO; AFONSO, 2012).
habitação tem perímetro do lado esquerdo de 43,68 metros, lado direito de 43,67
metros, na parte superior 58,45 metros e na inferior de 57,52 metros, de acordo
com a figura 28. O restante o terreno será usado para áreas de convivência e
para o paisagismo.
LEGENDA:
TERRENO
Segundo o Art. 1º da Lei 3.790 (2008), o terreno está situado em uma Zona
Especial de Interesse Social (ZEIS), sendo considerado uma Área Verde. Dessa
forma para os lotes lindeiros às ruas projetadas de acordo com a figura 29.
Segundo o Art. 5º da Lei 3.560 (2006), Zonas residenciais são áreas destinadas,
predominantemente, ao uso habitacional, sendo classificadas, em função dos
parâmetros de densidade populacional e das tipologias de assentamentos
predominantes.
Segundo a Lei 3.560 (2006), Zona Residencial ZR1, caracterizada por ocupação
de baixa densidade, em lotes adequados para programas de interesse social.
Parágrafo único da Lei 3.790 (2008). Não adotado o recuo lateral nulo, a parede
correspondente pode ser construída com qualquer recuo igual ou superior a
1,50m (um metro e meio).
7.5 ENTORNO
Pode-se observar que o entorno do bairro é composto por várias áreas de lotes
vazios, como é visto na figura 32, sem moradores e por conta disso, muitas
vezes, tornam-se depósitos de lixo e entulho. Desse modo, foi utilizado um
desses terrenos vazios para realizar a proposta do projeto.
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7.6 ACESSOS
Os acessos ao terreno se dar pela Avenida Dr. Nicanor Barreto, mais conhecido
como a Avenida da Cacimba Velha ou pela Rua São Carlos. As ruas ao redor do
terreno são projetadas, porém não possuem nomenclatura registrada pela
prefeitura, indicado na figura 33.
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As vias são tipicamente caracterizadas por vias locais, pois não possuem
semáforos e nenhuma outra sinalização vertical ou horizontal, destinadas
apenas ao acesso local ou a áreas restritas. As vias do entorno do terreno não
são asfaltadas, possuem apenas pavimentação de blocos paralelepípedo.
7.8 TOPOGRAFIA
8. LEGISLAÇÃO
Essa lei além de assegurar o direito à moradia, visa também garantir assistência
técnica, evita a apropiação de áreas de risco e de interesse ambiental e
aperfeiçoa e qualificar o uso racional do espaço edificado e de seu entorno.
A Lei 4.729 (2015) no Art. 186 cita as dimensões e áreas mínimas dos
compartimentos, assim como as dimensões e áreas mínimas para os vãos
destinados à iluminação, ventilação e insolação das habitações multifamiliares,
devem obedecer às prescrições, deste Código, como mostra a figura 38.
9. MEMORIAL JUSTIFICATIVO
9.2 ZONEAMENTO
9.4 IMPLANTAÇÃO
O projeto proposto, além do residencial, possui uma grande área de lazer, com
áreas de convívio, trilhas, para pedestres e ciclistas, playground, uma horta
comunitária, uma área comercial, ou seja, garantindo um uso misto no terreno,
trazendo melhor qualidade de vida. A área de lazer (praça) é coletiva para a
comunidade, para assim terem integração social com os moradores do bairro.
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E como era exigida por lei ter no mínimo 10% de habitação acessível, foi decidido
usar do térreo de todos os edifícios habitações acessíveis, atendendo pessoas
portadoras de necessidades especiais e idosos, como mostra a figura 45.
9.6.1 PRAÇA
A praça será usada como uma área de lazer coletiva para o bairro, com banco
de jardim elevados, além de redários e áreas de jogos, e de um paisagismo que
foi destinado ao local, com trilhas de terra compactada para os pedestres e
ciclistas, dessa forma trazendo vitalidade urbana para o Residencial Árvore
Leste, como mostra a figura 46.
Possui também uma horta comunitária com quase 156 m². Essa horta será feita
para que os moradores e a comunidade possam fazer o plantio de verduras e
frutas trazendo ainda mais a interação social, além de amenizar o clima, como
também alimentação e dar renda, como é visto na figura 47.
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Dessa forma foi projetado um ponto comercial, para que as frutas e verduras
plantadas possam ser vendidas também nos comércios, além de dar uma renda
maior a população e gerar novos empregos.
9.6.3 HABITAÇÃO
A área de serviço foi colocada para o lado oeste, para diminuir a incidência do
sol e por ser área molhada, dessa forma diminui o impacto da insolação na
edificação. Já na fachada leste foi colocada a circulação, por ser local de menor
permanência. A área intima foi locada nas fachadas norte e sul, pois são as
fachadas de menor insolação e a área social ficou localizada no centro da planta,
garantindo o máximo de ventilação.
Já os cobogós existentes nas escadas, são para uma vista melhor do espaço.
As aberturas do projeto foram projetadas de acordo com a orientação solar, onde
valorize a ventilação e iluminação natural, visto na figura 49.
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Foi utilizado também o uso das cores diferentes, que foi optado por cores frias,
o azul claro, bege, amarelo e verde suave para dar um toque diferencial nos
edifícios. Existe um playground próximo aos prédios, além de bicicletário e uma
cisterna para cada edifício. Além disso, existe redários espalhados próximos,
com bancos para assim as pessoas sentarem e usufruírem melhor do lugar.
Existem 5 pontos comerciais no total, cada um com 259,57 m², com lavabo
acessível e uma copa/cozinha. O ponto comercial pode ser acessado por dois
lados, um pela avenida e outro pelo conjunto habitacional, trazendo assim um
uso misto do solo, que foi um dos pontos adotados para o projeto já que esse
uso traz a vitalidade urbana, como é visto na figura 50.
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A nova edificação terá oito blocos com 4 pavimento e cobertura. Terá estrutura
em concreto armado, fechamento em alvenaria de tijolo, laje de concreto armado
e cobertura em telha metálica termo acústica sobre estrutura metálica e telhado
verde.
Área Gerais:
9.11 ESTRUTURA
9.12 TELHADO
9.13 ESQUADRIAS
Portas
• P1 – (0,90 x 2,10 m) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P2 – (0,80 X 2,10 m) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P3 – (0,70 X 2,10 m) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P4 – (0,60 X 2,10) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P5 – (0,50 X 2,10) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P6 – (2,50 X 2,10) - Porta de enrolar de aço pintado na cor branca.
1 (uma) folha.
Janelas
9.14 REVESTIMENTOS
Pisos
Paredes
OBS: Cada bloco terá uma cor diferente para diferenciar na visualização,
procurar tons mais neutros, e mosaico na mesma cor de cada prédio.
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Forro
9.15 DIVERSOS
Bancadas
Todas as bancadas serão em granito Preto São Benedito, bordas boleadas. (Ver
tipo e dimensões na planta baixa e prancha de detalhes).
Divisórias
Splits
Luminárias
Iluminação interna banheiro: Luminária Painel LED pois também é uma opção
sustentável de embutir ou sobrepor 6w luz branca, 12x12 cm.
Interruptores
Bacia convencional sem abertura frontal, referência Deca P510, linha Conforto,
ou similar – no banheiro PNE.
Acessórios de louça:
Acessórios de banheiro:
Papeleira – dispensador de papel toalha, Jack Wal ou similar, uma unidade por
cuba.
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Grelha dos ralos deverão ser de aço inoxidável com sistema de abre e fecha.
Ferragens
Válvula de descarga para bacia sanitária Silent Flux 3500 CR FRABRIMAR linha
econômica ou similar.
ESPÉCIES TIPO
GRAMÍNEAS Grama Esmeralda
Ipê Branco
FLORÍFERAS Palmeira Imperial
Magnólia Branca
9.19 GRAMÍNEAS
Descrição: Grama indicada para paisagismo, mas com boa performance na área
esportiva, a Esmeralda é uma grama de crescimento lento altamente resistente
a seca e ao pisoteio. Grama de clima quente. Adapta-se bem a áreas
ensolaradas e semi-sombreadas. Grama rústica que se adapta a solos pobres.
Tem excelente resistência a secas. Entra em estado de dormência, proteção ao
stress de altas temperaturas podendo até ficar na cor marrom amarelado,
recupera-se facilmente deste estado após normalização de chuvas ou irrigação.
Excelente tolerância ao pisoteio. Após o dano sua recuperação é rápida nos
meses quentes.
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9.20 FLORÍFERAS
Descrição: Estas flores perenes possuem folhagem muito atractiva com lindas
flores brilhantes, amarelo vivo da cor do sol. A sua ramagem é densa e com
bastante flores. As folhas são espessas e lanceoladas. A sua floração acontece
maioritariamente no verão. São de fácil propagação. As regas devem ser
regulares. Para fazer a sua manutenção basta cortar as flores secas que vão
aparecendo. Estas flores de jardim precisam de sol total a sombra parcial para
se desenvolverem.
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Altura: 16 m
Raio de Copa: 6 m
9.21 ARBUSTIVAS
conjuntos. Presta-se também como flor de corte. Deve ser cultivado a pleno sol,
em solo fértil e com regas periódicas. Multiplica-se pela divisão da touceira.
9.22 ÁRVORES
9.22.1 OITI
REFERÊNCIAS
ABIKO, Alex Kenya. Serviços públicos urbanos. São Paulo, EPUSP, 1995.
(Texto Técnico Da Escola Politécnica Da USP , Departamento De Engenharia
Da Construção Civil, TT/PPC/10).
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
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