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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EM


TERESINA: propostas sustentáveis e paisagísticas para
residências multifamiliares geminadas

Letícia Rocha Cabral

TERESINA – PI
2018.2
Letícia Rocha Cabral

PROJETO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EM


TERESINA: propostas sustentáveis e paisagísticas para
residências multifamiliares geminadas

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado ao


centro universitário UNINOVAFAPI e com a colaboração do
Prof. (a).: Ma. Ísis Meireles Rodrigues, como requisito
avaliativo para obtenção do grau de bacharel em
Arquitetura e Urbanismo

TERESINA – PI
2018.2
FICHA CATALOGRÁFICA
C117p Cabral, Leticia Rocha.

Projeto de habitação de interesse social em Teresina:


propostas sustentáveis e paisagísticas para residências
multifamiliares geminadas / Leticia Rocha Cabral. – Teresina:
Uninovafapi, 2018.

Orientador (a): Prof. Me. Ísis Meireles Rodrigues; Co-


orientador(a): Prof. Esp. Rosa Karina Carvalho Cavalcante;
Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2018.

105. p.; il. 23cm.

Monografia (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) –


Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, 2018.

1. Habitação de interesse social. 2. Paisagismo. 3.


Sustentabilidade. I. Título. II. Rodrigues, Ísis Meireles. III.
Cavalcante, Rosa Karina Carvalho.

CDD 691
AGRADECIMENTOS

Agora mudam-se as metas e as expectativas para novas conquistas. Gostaria


de agradecer a Deus por tudo que tens feito por mim, por me dar força e coragem
para enfrentar todos os obstáculos. Sou muito grata a minha mãe, Lucilene, pelo
carinho e por nunca deixar eu desistir das minhas lutas diárias e ao meu pai,
Ademar, pelo exemplo de persistência e honestidade que levo para a vida. Ao
meu irmão Artur, exemplo de inteligência e de amizade. Obrigada ao meu
companheiro Lucas, por me ajudar a traçar, desde o começo, esse caminho de
vitória. Agradeço a todos meus familiares e principalmente a meus avós Gregório
(in memoriam), Maria, Duca e Pedro Rocha (in memoriam), guerreiros e
amáveis, foram fundamentais na minha formação pessoal. Agradeço aos meus
amigos de curso por me acolherem, pois sei que posso contar com vocês. E
obrigada aos meus amigos, pelos incentivos e por estarem ao meu lado vendo
esse sonho de infância se realizar. Finalizo com a certeza de que a fé não torna
as coisas fáceis, mas a fé torna tudo possível.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo geral propor um projeto de arquitetura de
habitação de interesse social com foco na cidade de Teresina, no estado do Piauí,
abrangendo propostas sustentáveis e paisagísticas para residências multifamiliares
geminadas. Os desdobramentos desse objetivo têm como finalidade primordialmente,
propor um conjunto habitacional popular através de indicadores de sustentabilidades e
paisagismo para esse tipo de edificação, com a escolha de materiais mais econômicos
e garantir a diminuição dos impactos ambientais. Realizar um projeto baseado na
utilização eficiente de recursos bioclimáticos e desenvolver um projeto paisagístico,
integrado a tipologia proposta, desde cada residência até o conjunto em si. A justificativa
utilizada é diminuir os principais problemas gerados por essa arquitetura, que agride
demasiadamente o meio ambiente, tornando-a mais sustentável e menos agressiva ao
entorno, pois existe pouco investimento em habitações de interesse social e que utilize
o meio ambiente a seu favor, tornando um relacionamento harmonioso entre o ser
humano e a natureza. Foi realizada pesquisas em campo, e embasamento teórico-
prático, visando compreender o comportamento da moradia com os materiais usados,
aproveitando o planejamento para melhorias da qualidade de vida no conjunto
habitacional desenvolvido, mostrando um investimento de pequenos recursos
bioclimáticos para almejar essa evolução.

Palavras-chave: Habitação de Interesse Social; Paisagismo; Sustentabilidade.


ABSTRACT
The present work has the general objective of proposing a housing project of social
interest focused in the city of Teresina, in the state of Piauí, covering sustainable and
landscape proposals for geminated multifamily residences. The purpose of this project
is to propose a popular housing project through sustainability indicators and landscaping
for this type of building, with the choice of more economical materials and to guarantee
the reduction of environmental impacts. Carry out a project based on the efficient use of
bioclimatic resources. Develop a landscaping project integrated with the proposed
typology, from each residence to the whole itself. The justification used is to reduce the
main problems generated by this architecture, which harms the environment too much,
making it more sustainable and less aggressive to the environment, since there is little
investment in housing of social interest and that use the environment in its favor, making
a harmonious relationship between the human being and nature. Field research and
theoretical-practical basis were used to understand the behavior of the dwelling with the
materials used, taking advantage of the planning to improve the quality of life in the
developed housing complex, showing an investment of small bioclimatic resources to
attain this evolution.

Keywords: Housing of Social Interest; Landscaping; Sustainability.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa do Brasil enfatizando o estado Piauí ..................................... 15


Figura 2 - Levantamento exploratório, reconhecimento de solos do estado do
Piauí ............................................................................................................... 16
Figura 3 - Projeto Habitacional no Chile. ......................................................... 27
Figura 4 - Planta da cidade de Teresina, em demarcação as ZEIS ................. 34
Figura 5 - Conjunto Morada Nova ................................................................... 35
Figura 6 - Localização da Quinta Monroy ........................................................ 37
Figura 7 - Fachada principal do conjunto habitacional Quinta Monroy ............ 37
Figura 8 – Materiais da fachada da Quinta Monroy ......................................... 38
Figura 9 – Acessos Quinta Monroy ................................................................. 40
Figura 10 – Planta baixa da Quinta Monroy .................................................... 41
Figura 11– Analise solar Quinta Monroy ......................................................... 41
Figura 12 - Planta de situação do Conjunto Habitacional Jardim Edite ........... 43
Figura 13 - Planta de localização .................................................................... 43
Figura 14 - Implantação do Conjunto Habitacional Jardim Edite ..................... 44
Figura 15 - Perspectiva da Quadra 1 .............................................................. 45
Figura 16 - Perspectiva da Quadra 2 .............................................................. 45
Figura 17 - Planta baixa do pavimento tipo das Torres 1,2 e 3, respectivamente
........................................................................................................................ 46
Figura 18 - Planta do Pavimento Tipo da Lâmina 1 ......................................... 47
Figura 19 - Planta do Pavimento Tipo da Lâmina 2 ......................................... 47
Figura 20 - Planta de situação do Conjunto Heliópolis .................................... 49
Figura 21 - Fachada do Conjunto Heliópolis ................................................... 50
Figura 22 - Planta baixa tipo 1 Conjunto Heliópolis ......................................... 51
Figura 23 - Planta baixa tipo 2 Conjunto Heliópolis ......................................... 51
Figura 24 - Terreno ......................................................................................... 52
Figura 25 – Vista aérea da zona leste de Teresina, em destaque o bairro
Árvores Verdes ............................................................................................... 53
Figura 26 - Zona especial de interesse social Árvores Verdes ........................ 54
Figura 27 - Planta da área acrescida à zona urbana de Teresina, na região de
do bairro Árvores Verdes ................................................................................ 55
Figura 28 – Área do terreno escolhido ............................................................ 56
Figura 29 - Mapa de zoneamento de Teresina ................................................ 57
Figura 30 - Indicadores de ocupação do solo por zona e uso ......................... 58
Figura 31 - Entorno do terreno ........................................................................ 59
Figura 32 - Grafico de Cheios e Vazios ........................................................... 60
Figura 33 - Acesso do terreno ......................................................................... 61
Figura 34 – Estudo de insolação e ventilação do terreno ................................ 62
Figura 35 - Carta Solar terreno ....................................................................... 63
Figura 36 - Planta topográfica do terreno ........................................................ 64
Figura 37 - Topografia do terreno.................................................................... 65
Figura 38 – Dimensões mínimas dos compartimentos e dos vãos de
iluminação, ventilação e insolação das edificações habitacionais ................... 66
Figura 39 - Programa de necessidade e pré-dimensionamento ...................... 69
Figura 40 - Zoneamento terreno...................................................................... 70
Figura 41 - Fluxograma e organograma do projeto ......................................... 71
Figura 42 - Fluxograma e organograma do projeto ......................................... 71
Figura 43 - Implantação do Terreno ................................................................ 72
Figura 44 - Residencial Árvore Leste .............................................................. 73
Figura 45 - Planta Baixa Térreo ...................................................................... 74
Figura 46 - Praça Árvore Leste ....................................................................... 75
Figura 47 - Corte da Horta .............................................................................. 76
Figura 48 - Planta Baixa Pavimento Superior .................................................. 77
Figura 49 - Detalhe do Cobogó ....................................................................... 78
Figura 50 - Planta Baixa Ponto Comercial ....................................................... 79
Figura 51 - Concepção Estrutural Bloco Residencial....................................... 80
Figura 52 - Concepção Estrutural Ponto Comercial ........................................ 81
Figura 53 - Grama Esmeralda ......................................................................... 92
Figura 54 - Margaridinha Amarela ................................................................... 93
Figura 55 - Ipê Branco .................................................................................... 94
Figura 56 - Palmeira Imperial .......................................................................... 95
Figura 57 - Magnólia Branca ........................................................................... 97
Figura 58 - Capim - dos - pampas ................................................................... 98
Figura 59 - Árvore Oiti ..................................................................................... 99
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Déficit Habitacional por Situação de Domicilio .............................. 29


Quadro 2 – Déficit Habitacional no Piauí nos anos de 2004 a 2007 ................ 35
Quadro 3 – Ambientes Residência .................................................................. 83
Quadro 4 – Ambientes Comercial ................................................................... 83
Quadro 5 – Espécies Utilizadas no Projeto ..................................................... 90
LISTA DE SIGLAS

AsBEA Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura

BNH Banco Nacional de Habitação

CEI Creche de Educação Infantil

HIS Habitação de Interesse Social

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

PMT Prefeitura Municipal de Teresina

SEHAB Secretaria Municipal de Habitação

SEMPLAN Secretária Municipal de Planejamento

SNHIS Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social

UBS Unidade Básica de Saúde

ZEIS Zona Especial de Interesse Social


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 15
2. JUSTIFICATIVA ....................................................................................... 18
3. OBJETIVOS ............................................................................................. 21
3.1 GERAL............................................................................................... 21
3.2 ESPECÍFICOS ................................................................................... 21
4. METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................. 22
5. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 23
5.1 CONCEITOS...................................................................................... 23
5.1.1 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ....................................... 23
5.1.2 SUSTENTABILIDADE EM HABITAÇÕES DE INTERESSE
SOCIAL .................................................................................................... 24
5.1.3 PAISAGISMO INTEGRADO AO OBJETO DE HABITAÇÃO DE
INTERESSE SOCIAL ............................................................................... 24
5.1.4 VITALIDADE URBANA ................................................................ 25
5.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA ................................................................... 26
5.2.1 ORIGENS DAS HABITAÇÕES DE INTERESSES SOCIAIS NO
MUNDO .................................................................................................... 26
5.2.2 NO BRASIL ..................................................................................... 27
5.2.3 DEFICIT HABITACIONAL BRASILEIRO ......................................... 29
5.2.4 A BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE ........................................... 30
5.2.5 PAISAGISMO, VITALIDADE URBANA NA HABITAÇÃO DE
INTERESSE SOCIAL. .............................................................................. 32
5.3 SITUAÇÃO ATUAL ............................................................................ 33
5.3.1 HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL EM TERESINA: UMA
ANÁLISE .................................................................................................. 33
6. ESTUDO DE CASOS ............................................................................... 36
6.1 CONJUNTO HABITACIONAL QUINTA MONROY ............................. 36
6.2 CONJUNTO HABITACIONAL JARDIM EDITE .......................................... 42
6.3 CONJUNTO HABITACIONAL HELIÓPOLIS GLEBA G ...................... 48
7. LEVANTAMENTO DO TERRENO ........................................................... 52
7.1 LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA .................................................... 52
7.2 ZONEAMENTO URBANO.................................................................. 56
7.5 ENTORNO ......................................................................................... 59
7.6 ACESSOS.......................................................................................... 60
7.7 ANÁLISE CLIMÁTICA ........................................................................ 61
7.8 TOPOGRAFIA ................................................................................... 63
8. LEGISLAÇÃO .......................................................................................... 65
8.1 LEI DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL ............................... 65
9. MEMORIAL JUSTIFICATIVO .................................................................. 67
9.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO .... 68
9.2 ZONEAMENTO .................................................................................. 69
9.3 FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA ................................................. 70
9.4 IMPLANTAÇÃO ................................................................................. 72
9.5 CRITÉRIOS UTILIZADOS .................................................................. 73
9.6 PARTIDO ARQUITETÔNICO............................................................. 74
9.6.1 PRAÇA ............................................................................................ 75
9.6.2 HORTA COMUNITÁRIA .................................................................. 75
9.6.3 HABITAÇÃO .................................................................................... 76
9.6.4 PONTO COMERCIAL ...................................................................... 78
9.6.5 SISTEMA CONSTRUTIVO .............................................................. 79
9.7 MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................. 82
9.8 RELAÇÕES DAS PLANTAS DOS PROJETOS ................................. 82
9.9 TIPOLOGIAS E ÁREAS ..................................................................... 83
9.10 ÁREAS ESPECÍFICAS ...................................................................... 84
9.11 ESTRUTURA ..................................................................................... 84
9.12 TELHADO .......................................................................................... 85
9.13 ESQUADRIAS ................................................................................... 85
9.14 REVESTIMENTOS ............................................................................ 86
9.15 DIVERSOS ........................................................................................ 87
9.16 INSTALAÇÕES PREDIAIS ................................................................ 89
9.17 VERIFICAÇÃO FINAL ........................................................................ 90
9.18 MANUAL PAISAGÍSTICO .................................................................. 90
9.19 GRAMÍNEAS ..................................................................................... 91
9.19.1 GRAMA ESMERALDA ................................................................... 91
9.20 FLORÍFERAS .................................................................................... 92
9.20.1 MARGARIDINHA AMARELA ......................................................... 92
9.20.2 IPÊ BRANCO ................................................................................ 93
9.20.3 PALMEIRA IMPERIAL ................................................................... 94
9.20.4 MAGNÓLIA BRANCA .................................................................... 96
9.21 ARBUSTIVAS .................................................................................... 97
9.21.1 CAPIM – DOS - PAMPAS .............................................................. 97
9.22 ÁRVORES ......................................................................................... 98
9.22.1 OITI ............................................................................................... 98
REFERÊNCIAS .............................................................................................100
15

INTRODUÇÃO

O tema a ser abordado nesse trabalho é uma Habitação de Interesse Social que
busca recomendações sustentáveis e paisagísticas e que ajudam na melhoria
do clima no local. O objeto a ser analisado, se localiza no Brasil, mais
precisamente no estado do Piauí, como é mostrado na figura 1. A cidade
escolhida foi Teresina, no centro-norte do estado do Piauí, mostrado na figura 2.

Conforme a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) (2013) afirma que Teresina


foi fundada em 16 de agosto de 1852 e foi a primeira capital planejada do Brasil,
sendo a única capital do Nordeste fora do litoral. Antigamente a capital era na
cidade de Oeiras e depois foi transferida para Teresina, por causa do
escoamento de barcos que se dava entre os rios Poti e Parnaíba. Teresina
caracteriza-se por um clima quente-úmido, altas temperaturas, taxa de insolação
altíssima e a inexistência de uma ventilação constante, no qual, geralmente
prejudica na arquitetura local.

Figura 1 - Mapa do Brasil enfatizando o estado Piauí

Fonte: FAAP, 2011, editada pela autora.


16

Figura 2 - Levantamento exploratório, reconhecimento de solos do estado do Piauí

TERESINA

Fonte: Embrapa, 1986, editada pela autora

Segundo Afonso e Veloso (2012) englobando-se um pouco sobre as habitações


de interesses sociais, elas começaram a surgir devido à grande aglomeração de
trabalhadores, que se migravam da zona rural para a zona urbana à procura de
melhores oportunidades de vida. Gera-se mais tarde, um número grande de
pessoas residente em cortiços, favelas, loteamentos irregulares e conjuntos
habitacionais precários, quase sempre localizados na periferia da cidade ou em
áreas vulneráveis.

Essa habitação é um local destinado principalmente a pessoas que possuem


uma renda baixa e encontra dificuldades na compra de uma moradia de
qualidade.

Essas famílias têm como uma das necessidades ter uma disposição de vias
públicas, abastecimento de água e energia elétrica. Além disso, será
acrescentado a esse projeto soluções de sustentabilidade.
17

É nesse contexto que a pesquisa desta monografia será desenvolvida,


estudando as necessidades da população de Habitação de Interesse Social
(HIS) e propondo diretrizes para a sua plena aplicação.

Apresentando-se como foco principal a criação dessas habitações, em


específico dos programas de Habitação de Interesse Social (HIS), foi traçado um
caminho metodológico a ser percorrido para a concepção desse projeto, desde
o estudo de casos até a conclusão do projeto. Serão mencionadas e analisadas
algumas considerações sobre o processo de sustentabilidade que ocorreu até
sua chegada em Teresina, os problemas decorrentes e suas consequências,
além da explicação da escolha do local, bem como de estudos de casos que se
assemelham ao projeto que será realizado, demonstrando-se os cenários e
debates das habitações populares no Brasil e no mundo.

É esmiuçado sobre o paisagismo e seus mais variados conceitos, o histórico de


como surgiu no mundo e no Brasil e também relacionado à habitação.

O objetivo da pesquisa é desenvolver um projeto arquitetônico com tipologias


geminadas de até três pavimentos que atendam a todos os usuários.

Os autores mas utilizados na pesquisa nos três temas desse trabalho (HIS,
sustentabilidade e paisagismo) foram, Bonduki (2011) que esmiúça sobre a
origem desse estilo de habitação social. Foi citado o autor Sedrez (2004), que
abrange sobre sustentabilidade e o autor Paiva (2004) que analisa sobre o
histórico e definições do paisagismo.

Em suma, foi analisado os diferentes modelos arquitetônicos, dando


preferências às tipologias multifamiliares geminadas destinadas as famílias de
baixa renda.

Espera-se nos resultados o conhecimento dos espaços públicos e privados da


região a ser implantada, a fim de dar contribuição para a melhoria de vida dos
moradores.
18

2. JUSTIFICATIVA

A principal justificativa do presente trabalho é de contribuir para a diminuição dos


principais problemas gerados atualmente por habitações de interesse social
(HIS), que agride demasiadamente o meio ambiente, buscando tornar mais
sustentável e menos destrutivo ao entorno, pois existem pouco investimento na
utilização do meio ambiente a favor da edificação. Diante disso, cria-se um
relacionamento harmonioso entre o ser humano e a natureza.

Para essa contribuição será proposto um uso para um (lote vazio), dando mais
vitalidade ao bairro, assim como será feito áreas de lazer para os moradores.
Além disso aumentará o valor do local.

Outra proposta é de gerar uma melhoria nas tipologias arquitetônicas de


habitação social que é projetado nos dias de hoje, e desse modo, atender
também as necessidades da população envolvida, visando promover o conforto
e ambiental e a funcionalidade.

Recomendar de forma direta as questões sustentáveis, deixando as construções


mais econômicas, para que traga melhorias na qualidade de vida dos habitantes.

Dessa forma, a importância de tal projeto é o ajuste e benefício da população


para casas mais apropriadas e mais econômicas em aspectos sustentáveis, com
a principal finalidade de atender a maioria das necessidades existentes. Busca-
se incentivar a integração das pessoas com a paisagem criada no entorno dos
blocos residenciais, para que haja uma interação maior da população.

Esse trabalho é viável, pois é de fácil acesso às fontes que já trataram desse
tema e que vem ganhando mais abrangência no decorrer dos anos, além de ser
englobado por vários teóricos durante anos, sendo uma forma de estudo para
eles e de pesquisa para vários acadêmicos.

É econômico, pois diminui o custo dos materiais, utilizando-se de materiais mais


econômicos, mas, sem deixar a estrutura precária. Se tornando realizável em
termos de execução.
19

Um diferencial que será realizado nessa proposta é de um conjunto de Habitação


de interesse social multifamiliar geminada e que traga recomendações
sustentáveis e paisagísticas para essa tipologia.

Habitação multifamiliar é quando mais de uma família habita sobre uma mesma
construção. E geminadas quando duas ou mais casa são ligadas uma a outra,
compartilhando da mesma estrutura.

O local a ser implantado esse projeto foi escolhido um terreno na cidade de


Teresina, no estado do Piauí, dando preferência a uma área mais carente de
recursos de habitação e de vegetação, pois a cidade possui um déficit
habitacional elevado, embora tenha políticas públicas efetuando a diminuição
dessa deficiência na habitação, como é discutido na Teresina Agenda 2015
(2002). Porém, ainda é necessário avançar nessa área.

Um exemplo de aglomerações de casa é o Conjunto Habitacional Jacinta


Andrade, que é a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
no setor habitacional do Piauí.

Como o objetivo da Agenda 2015 (PMT, 2002) não foi alcançado, então foi
utilizada também como estudo base a Agenda 2030 (PMT, 2016). A Agenda
2030 cita que os fatores que impossibilitam o acesso à moradia estão
relacionados ao mercado imobiliário especulativo, ao baixo poder aquisitivo da
população.

Dessa forma, será feito uma proposta que abranja uma nova forma de arquitetura
para habitações populares, utilizando materiais de baixo custo, mas com grande
eficiência e resistência adequada. Além disso, os materiais utilizados como
forma de sustentabilidade da população será captação de água da chuva, para
garantir ainda mais a eficiência da edificação.

Essa habitação será proposta de acordo com as necessidades da população,


ajudando dessa forma no clima da cidade, para que trata vários benefícios, de
tal modo que contribua para a diminuição do déficit habitacional.
20

O paisagismo será utilizado nesse contexto, com o intuito de amenizar


esteticamente e crie uma sensação de relaxamento que é tão buscado nas
grandes cidades.

Além desses citados existem outros motivos para o paisagismo, como por
exemplo, deve ter elementos de interação entre o homem e a natureza, promove
a valorização visual e estética do espaço e que contribua para melhorar a saúde
das pessoas.
21

3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

• Desenvolver um projeto de arquitetura de habitação de interesse social


na cidade de Teresina, no Piauí, que abranja propostas sustentáveis e
paisagísticas para residências multifamiliares geminadas.

3.2 ESPECÍFICOS

Dessa forma os objetivos específicos são avaliados em três pontos:

• Fazer uma escolha de materiais bioclimáticos que garanta uma


considerável diminuição do impacto ambiental no projeto arquitetônico,
buscando ampliar a sustentabilidade do local;

• Elaborar um projeto arquitetônico baseado na utilização eficiente de


recursos ecológicos e sustentáveis incentivando o desenvolvimento do
local e a harmonia;

• Conceber um projeto paisagístico integrado a tipologia proposta da


habitação, desde cada residência até as áreas de convívio social dos
habitantes.
22

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

Foi realizado um estudo para descobrir as necessidades dos habitantes no local


que será escolhido. O resultado que será obtido no final desse trabalho é devido
a pesquisas feitas em campo, inclusive de estudo de casos feitos em Teresina.
Serão coletados dados por meio de questionários aplicados a alguns conjuntos
habitacionais na cidade de Teresina, levando em conta as necessidades
construtivas dos moradores.

Também foi usado um embasamento teórico-prático, em livros, revistas e sites


para a pesquisa, onde esses são de grande relevância para o projetos, a causa
e consequência dos mesmos, visando compreender o comportamento da
moradia com os materiais usados, aproveitando o planejamento para melhorias
da qualidade de vida no conjunto habitacional desenvolvido, mostrando um
investimento de pequenos recursos sustentáveis para almejar essa evolução.

Desenvolveu-se o levantamento do terreno onde será implantada essa tipologia,


tanto para montar um programa de necessidades e um partido arquitetônico,
quanto para analisar o entorno inserido, e consequentemente, o detalhamento
do projeto com plantas, cortes e fachadas e maquete eletrônica.

Utilizou-se dos softwares para a produção do projeto arquitetônico, sendo eles o


AutoCad, SketchUp, V-Ray 3.4 para o projeto prático, PowerPoint, Excel para as
pesquisas, questionários e coleta de dados e o Word para relatar todos os
estudos de caso e a parte teórica do trabalho de conclusão de curso.

Na prática, com base nas bibliografias estudadas, espera-se que esse projeto
tenha um bom resultado para que sejam analisadas as necessidades dos
habitantes dos conjuntos levando em consideração os estudos de casos como
base de pesquisa e da pesquisa feita em campo no próprio terreno e entorno,
para que o projeto seja desenvolvido com mais coerência possível.
23

5. REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 CONCEITOS

5.1.1 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Habitação nada mais é do que uma forma de abrigo, nesse caso destinado a
pessoas de baixa renda.

Folz (2002) apresenta em seu trabalho o conceito de habitação, que é a


integração dos significados de casa e moradia no meio urbano, com todos os
elementos que este espaço possa oferecer. É um termo que nos remete a abrigo
e proteção, local onde os usuários desempenham suas atividades básicas.

Bonduki (1999) define as habitações de interesse social pelo modo de produção,


que pode advir por diferentes setores, sendo eles o setor privado (cortiços e
vilas), estatal (habitações produzidas pelo estado) e a habitação produzida pelo
próprio morador (favela e periferia).

Abiko (1995) define habitação popular como sinônimo de abrigo, e são


qualificadas como moradias direcionadas a população de baixa renda,
construídas de modo a assegurar condições necessárias para moradia sem que
haja a necessidades de altos custos na produção das habitações.

Nessas condições, entende-se por habitação de interesse social é um conjunto


que é destinado a pessoas com menores condições de adquirir uma casa
própria, com o objetivo de assegurar famílias e inseri-las em um ambiente mais
propício para morar.

Habitações de interesse social são, portanto, residências inseridas dentro de um


conjunto habitacional, que para a Caixa Econômica Federal (2005) objetiva
viabilizar o acesso à moradia adequada aos segmentos populacionais de renda
familiar mensal baixa e em localidades urbanas e rurais.
24

De acordo com a Lei Federal 11.124 (2005), no Art. 2º fica instituído o Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, com o objetivo de viabilizar
para a população de menor renda o acesso à terra urbanizada e à habitação
digna e sustentável.

5.1.2 SUSTENTABILIDADE EM HABITAÇÕES DE INTERESSE


SOCIAL

Uma construção sustentável nada mais é do que o processo de suprir as


necessidades humanas nas construções atuais utilizando-se de recursos
naturais, sem agredir o meio ambiente, sem comprometer o futuro das próximas
gerações e garantindo, assim, o desenvolvimento econômico do local.

A ênfase da sustentabilidade encontrava-se em como trabalhar com recursos


limitados, e como diminuir as consequências sobre o meio ambiente.

Segundo Bossel (1998), o conceito de desenvolvimento sustentável envolve a


questão temporal e a sustentabilidade de um sistema só pode ser observada a
partir das perspectivas futuras.

Dessa forma, será utilizado na habitação de interesse social para que melhore a
vitalidade do ambiente, além de gerar recursos para o mesmo, como a
reutilização da água.

5.1.3 PAISAGISMO INTEGRADO AO OBJETO DE HABITAÇÃO


DE INTERESSE SOCIAL

Paisagismo é a maneira que o homem utiliza para planejar, criar e organizar


novas paisagens, aproveitar o máximo do terreno e modificar os aspectos
visíveis e assegurar um equilíbrio entre o homem e a natureza, que seja atrativo
esteticamente e que torne o ambiente mais harmonioso.
25

Conforme Limbergeer e Santos (2000), paisagismo é uma arte que estuda o


ornamento do espaço exterior em função das necessidades atuais e futuras.

No período colonial não havia um estilo ou uma tendência paisagística


marcante. A vegetação, sobretudo as árvores eram utilizadas como
forma de amenizar o calor tropical. Há evidências de jardins ligados à
cultura religiosa. Nos mosteiros e conventos se cultivavam plantas para
ornamentação das igrejas (PAIVA, 2004, p. 117).

As árvores geralmente são usadas como forma de amenizar o clima da


edificação e também usado como forma de contemplação ou até mesmo por
questões religiosas. Mas nos dias atuais o paisagismo é usado como melhoria
na qualidade de vida, e como função social influenciando a harmonia da
população, o relacionamento e a convivência comunitária, criando um espaço
agradável e o mais natural possível.

5.1.4 VITALIDADE URBANA

Gehl (2006) e White (2001) discutem o conceito de vitalidade urbana sob dois
aspectos vinculados aos estudos da qualidade urbana. Ou seja, segundo esses
autores, a vitalidade pode ser entendida como uma condição do espaço público,
permitindo atrair e manter em sua área usuários distintos.

Se um conjunto habitacional é utilizado em vários horários diferentes e por


pessoas diversificadas, é bem provável que a inter-relação entre esses fatores
tenha favorecido a vitalidade urbana.

Jacobs (2000) diz que a presença de pessoas nos espaços é considerada


fundamental para a existência de um estado de vitalidade. Um item de grande
relevância para a vitalidade urbana é a presença da natureza.
26

5.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA

5.2.1 ORIGENS DAS HABITAÇÕES DE INTERESSES SOCIAIS NO


MUNDO

Conforme Rubin (2013) diz que antes da Revolução Industrial grande parte da
população vivia no campo. Os camponeses trabalhavam em grupos pequenos e
produziam apenas o que necessitavam. As metrópoles que existiam tinham
função política e comercial, eram os centros de poder político dos reinos.

Os principais elementos do novo complexo urbano foram a fábrica, a


estrada de ferro e o cortiço. Em si mesmos, constituíam a cidade
industrial: expressão que descreve simplesmente o fato de que mais
de duas mil pessoas achavam-se reunidas dentro de uma área que
podia ser designada com um nome próprio (MUNFORD, 1991, p.1).

Rubin (2013) também afirma que a Revolução Industrial teve início na Inglaterra
no início do século XVIII e que foi a partir do século XIX se expandiu para outros
países da Europa, porque ao longo dos anos a burguesia inglesa acumulou
capitais que deram impulso ao processo de produção industrial. Houve um
impulso no processo de urbanização, devido à concentração dos trabalhadores
na indústria e essa grande massa também foi efeito da Revolução. Foi nesse
período que à população urbana aumentou significativamente.

O período 1945/1980 caracterizou-se por grandes transformações de


sua base produtiva com fortes impactos na urbanização. A Segunda
Guerra Mundial provocou a aceleração da atividade industrial,
promovendo a modernização do processo produtivo e das relações de
trabalho, aumentando o emprego e alimentando a continuação da
migração para as cidades, particularmente do Centro-Sul. No pós-
guerra, a política de industrialização via substituição de importações
criou novas oportunidades de emprego no setor industrial, de comércio
e serviços (CHAFFUN, 1997, p.19).

Tal qual Bonduki (2011), a carência de habitações tornou-se notória, havendo


indícios de que era um obstáculo a um crescimento ainda maior.

A Figura 3 mostra uma tipologia de habitação de interesse social internacional,


no caso do Chile, esse projeto foi feito pelo arquiteto Alejandro Aravena, onde o
mesmo iniciou esse projeto de habitação de interesse social.
27

Figura 3 - Projeto Habitacional no Chile.

Fonte: ArchDaily, 2012.

Um dos principais marcos internacionais sobre a questão da habitação social foi


a Conferência de Vancouver no Canadá, em 1976, quando foi elaborado um
primeiro documento que determinou a implantação de uma nova política de
habitação.

Seaforth (2002) considera que o Programa Habitat I abriu espaço para


reconhecimento da participação direta da sociedade organizada na definição e
elaboração de políticas e programas dirigidos ao planejamento, produção e
melhoramento de seus assentamentos.

Segundo Bonduki (1998) tanto internacionalmente como no Brasil tal concepção


do habitat voltado para a classe trabalhadora também domina junto aos gestores
públicos.

5.2.2 NO BRASIL

Vallarades (2005) mostra em um de seus trabalhos que os estudos da habitação


surgiram no Brasil, no início das décadas de 1950 e 1960, mas só ganharam
impulso nos anos 1980. Durante anos, com a criação do Banco Nacional de
28

Habitação – BNH, as maiores incidências de trabalhos eram referentes à ação


governamental.

A atuação do Banco Nacional da Habitação viabilizou a remoção de


expressivo número de favelados para conjuntos habitacionais;
contudo, ao invés de diminuir, multiplicavam-se as chamadas
“habitações subnormais” (VALLADARES, 2005, p. 487).

Valladares (2005) afirma também que desde o ano de 1960, não cresce só
vertiginosamente a população urbana do país, como também ganha maior
visibilidade a questão das residências, pela multiplicação de áreas de tipo favelas
e cortiços nas principais capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo Afonso e Veloso (2012), no final da década de 60, houve uma busca
por melhor qualidade de vida nas grandes cidades do Brasil, principalmente em
São Paulo, gerada também pela grande demanda no mercado de trabalho do
ramo de café, a população da zona rural migrou-se para a zona urbana e
consequentemente uma aglomeração de trabalhadores constituía uma grave
ameaça para a saúde pública e desencadeando assim uma crise habitacional.

Conforme Bonduki (1998), no Brasil as primeiras políticas habitacionais foram


lançadas no início do século XX, que objetivaram favorecer moradias adequadas
para a população de baixa renda.

Entretanto Bonduki (2004) salienta também, que os investimentos em habitação


apareceram como instrumentos de capitalização desprovidos de interesse
social.

Desse modo, Bonduki (2011) afirma que com a expansão periférica garantia-se
dois objetivos há décadas buscados pela elite: desadensar e segregar.

Na periferia, como na favela, a concepção de habitação social também


esteve presente. Não como uma ação positiva, mas como uma
desculpa, que justificava a aceitação de qualquer tipo de assentamento
habitacional, por mais precário e insalubre que fosse, pois era a única
maneira de enfrentar de fato a ausência de moradias (BONDUKI, 1994,
p. 730).
29

A possibilidade de possuir uma casa foi das poucas oportunidades que os


trabalhadores de baixa renda tiveram para garantir uma segurança pessoal e
familiar mínima (BONDUKI, 2011).

Por consequência, as habitações no Brasil vêm buscando melhoria para a


população, decidindo algumas questões.

5.2.3 DEFICIT HABITACIONAL BRASILEIRO

Déficit habitacional é no qual existe uma parcela da população sem um domicílio


adequado em uma determinada região. Esse termo é utilizado para se referir ao
número de famílias que vivem em condições de moradia precárias.

Abreu (2012) afirma que o déficit habitacional sobe a cada dia por não ser um
problema isolado e torna-se necessário que as políticas habitacionais estejam
vinculadas a diversas ações que promovam o desenvolvimento econômico e
social do país.

A maior parte dos problemas relacionados à qualidade do desempenho das


habitações de interesse social tem origem em projetos mal elaborados, portanto
é urgente a necessidade de revisão e rigor nos projetos.

A repetição de conjuntos habitacionais em series de casa populares


iguais, em lotes isolados, ou em idênticos edifícios de apartamentos,
para moradias de interesse social brasileiras, reproduz políticas e
programas defasados, indiferentes a qualidade projetual, os quais
afetam negativamente a qualidade de vida proporcionada pelo
ambiente construído (ROSA, 2008, p. 2).

Segundo Abreu (2012), percebe-se que, nos dias atuais, o déficit habitacional é
crescente nos centros urbanos e, de algum modo, há um descaso pelo lado do
governo, principalmente no que se refere às habitações de interesse social em
todo país, como é mostrado no Quadro 1.
30

Quadro 1 - Déficit Habitacional por Situação de Domicilio

Déficit Habitacional
Especificação Total
Total Urbano Rural
Relativo
BRASIL 6.186.503 5.414.800 771.703 9,3
Região Nordeste 1.924.333 66.695 27.213 10,9
Piauí 93.907 66.695 27.213 9,9

Fonte: IBGE, 2010, adaptada pela autora.

Para resolver essa questão deve existir uma política habitacional mais favorável,
pensando na utilização da terra e lotes vazios, para que exista uma redução no
numero de pessoas desabrigadas.

5.2.4 A BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE

Segundo Sachs (1993) o ambiente da arquitetura utiliza-se de maneira


inapropriada os recursos, como a água, solo, energia solar e os materiais. Dessa
forma, necessitou a investigação de bases de ações ecológicas, para que não
seja afetada a qualidade de vida da população, e a utilização adequada desses
recursos.

Os dados sobre consumo de recursos na construção civil indicam que


a construção, demolição ou desativação do ambiente construído geram
expressivos impactos ambientais. Por isso, o ambiente construído tem
sido um dos focos das discussões sobre a busca por padrões mais
sustentáveis de desenvolvimento (SEDREZ, 2004, p. 8).

Sedrez (2004) diz que foi a partir da década de 60 que os problemas


relacionados ao meio ambiente ganharam um foco maior, com a atenção voltada
para a escassez de recursos, a extinção de espécies, e a poluição da água, solo
e ar.

Dessa forma, começaram a surgir entre as décadas de 70 e 90 algumas reuniões


sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável que determinaram os
avanços nos conceitos de sustentabilidade.
31

De acordo com Sachs (1993) a sustentabilidade é composta por quatro


dimensões: a social, a econômica, a espacial e a cultural. A sustentabilidade
social visa a melhoria nos direitos e as condições da população, dessa forma,
cria-se uma redução das distancias entre os padrões de vida. A econômica
entende-se por condições fundamentais que superam os desenvolvimentos
negativos do país. A espacial é uma distribuição adequada e equilibrada das
zonas e atividades econômicas. A sustentabilidade cultural diz respeito à
tradução do eco desenvolvimento que respeita cada ecossistema.

Em relação ao uso de recursos, o ambiente construído é responsável


pelo consumo de um significativo contingente de matérias-primas e de
energia. A água e o solo são recursos influenciados, positiva ou
negativamente, pelo tipo de ambiente construído produzido (SEDREZ,
2004, p. 38).

De acordo com a AsBEA (2012), o desempenho do edifício é parte do conceito


mais amplo de “sustentabilidade” e se refere tanto ao produto quanto ao
processo de produção da obra. Dessa forma, deve atender as necessidades dos
usuários levando em conta os parâmetros da relação da construção com o meio
ambiente. Encontrar uma solução da sustentabilidade no setor da construção
civil requer um trabalho e conhecimento técnico.

O entendimento da sustentabilidade, para Lima (1997), significa uma tendência


à estabilidade, equilíbrio dinâmico e interdependência entre ecossistemas. E
para Gallopín (1996), os indicadores de sustentabilidade podem ser
considerados como os principais componentes da avaliação do progresso, em
relação a um desenvolvimento dito sustentável.

Ou seja, que sustentabilidade é uma forma de vivência usado atualmente em


várias edificações obtendo um equilíbrio no ecossistema e garantir que a
necessidade da população seja suprida.

A sustentabilidade nesse estilo de habitação está em processo de


transformação. É de suma importância a necessidade de mais pesquisa nestas
áreas, e pesquisar sobre cada item destes temas para que possam contribuir
para intervenções com mais qualidade por parte dos futuros profissionais.
32

Para ser considerada uma construção sustentável deve existir uma melhoria na
qualidade de vida dos seus usuários e também da comunidade do entorno,
promover a biodiversidade, minimizar o consumo de energia e água, contribuir
para a conservação dos recursos naturais e assim, reduzir os impactos
ambientais.

5.2.5 PAISAGISMO, VITALIDADE URBANA NA HABITAÇÃO DE


INTERESSE SOCIAL.

De acordo com Paiva (2004), desde a pré-história já existiam resquícios de que


o homem era ligado à natureza. Dessa forma as paisagens foram introduzidas
em modificação, com um de seus surgimentos na Mesopotâmia, que tinha o
intuito de contemplação. Logo após surgiu no Antigo Egito, onde servia como
subsistência.

No decorrer do tempo as pessoas começaram a dar mais valor para o


paisagismo, na França e na Itália já se preocupavam ainda mais com a paisagem
verde, e usavam muito de jardins grandiosos, complementa Paiva (2004).

Macedo (1999) diz que o marco do paisagismo no mundo foram os jardins


ingleses, onde procuravam ser o mais natural possível, criando paisagens que
imitavam a natureza.

Desde o início do paisagismo no Brasil foram utilizadas árvores para amenizar o


clima local. Essas espécies geralmente eram trazidas do exterior. Foi em 1783,
quando o Brasil era Vice-Reino, que houve a inauguração do Passei Público no
Rio de Janeiro, sendo o Mestre Valentim como autor desse projeto. E em 1798
foi criado o Jardim Botânico de São Paulo (MACEDO, 1999).

E que quando ouve a Proclamação da República em 1861 a 1900, surge a


arborização nas ruas e calçadas. Já em 1930 o histórico do paisagismo tomou
uma forma diferente com Roberto Burle Marx, que começa a utilizar plantas
tropicais e nativas da região (MACEDO, 1999).
33

De acordo com Carneiro (2004) a região Semiárida do país começou a ser


habitada, as poucas chuvas e secas prolongadas não impediram que as pessoas
deixassem de habitar a cidade. E foi diante disso que começou a serem usadas
no paisagismo às plantas dessa região em Teresina. Afirma também que o
paisagismo para essa região oferece uma melhor disposição à realidade de uma
região quente e seca que sempre sofreu com a falta da água.

A relação de um projeto paisagístico associado a habitações de interesse social


nos dias de hoje só tende a melhorar o clima e a relação do meio ambiente com
as pessoas que irão usufruir do local, agregando um valor maior à construção.

5.3 SITUAÇÃO ATUAL

5.3.1 HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL EM TERESINA:


UMA ANÁLISE

De acordo com PMT, na Agenda 2015 (2002), a implantação de tantos conjuntos


habitacionais em várias áreas da cidade acelerou o processo de urbanização de
Teresina, determinado pelo intenso fluxo migratório. Nesse caso as pessoas das
zonas rurais vinham a cidade em busca de melhores condições de vida, e dessa
forma foi surgindo os conjuntos habitacionais e cortiço, para abrigar uma
quantidade maior de pessoas.

Até a década de 1950, Teresina apresentou evolução demográfica e


crescimento urbano gradativo. A implantação de tantos conjuntos
habitacionais em várias áreas da cidade acelerou o processo de
urbanização de Teresina (PMT, 2002. p.1).

Segundo a PMT, na Agenda 2030 (2015), foi a partir da década de 70, que
Teresina foi beneficiada com a construção de conjuntos habitacionais populares
de grande porte.

A habitação caracteriza-se por ser um bem de consumo de


características singulares, constituindo um elemento durável e de
elevado valor. Infelizmente, uma parcela significativa da população não
dispõe de condições financeiras para tal aquisição, constituindo-se
34

assim, em demanda imediata por habitação no Brasil (AFONSO;


VELOSO, 2012, p. 14).

De acordo com a PMT (2013) os conjuntos habitacionais surgiram em Teresina


como novos bairros, onde foi necessário implantar uma infraestrutura básica,
como rede de abastecimento de água e luz, esgoto e sistemas viários
adequados, como foi o caso do Conjunto Morada Nova, mostrado na figura 4 e
5 e o Conjunto Parque Piauí.

Figura 4 - Planta da cidade de Teresina, em demarcação as ZEIS

Fonte: PMT, 2010.


35

Figura 5 - Conjunto Morada Nova

Fonte: Alepi, 2015.

O Estado como propulsor da habitação popular deve promover projetos


arquitetônicos a fim de melhorar a qualidade construtiva e arquitetônica dos
futuros conjuntos habitacionais, além de promover a integração urbanística nas
áreas habitadas e por último incentivar a construção de edificações sociais, com
o intuito de melhorar o adensamento urbano.

Observa-se que as cidades brasileiras não se prepararam para a forte


demanda urbano/habitacional e cresceram demasiadamente e à
margem dos instrumentos legais, com moradias em condições
precárias de salubridade e segurança, comprometendo o meio
ambiente e os recursos naturais necessários a vida, não só nos locais
ocupados, como nas regiões vizinhas (AFONSO; VELOSO, 2012, p.
14).

De acordo com Prefeitura de Teresina, na Agenda 2030 (2015), dentre as


camadas da população, a de baixa renda é a que concentra a maior quantidade
de problemas relacionados à habitação.

No Estado do Piauí, dados oficiais apurados pela Fundação João Pinheiro (2007)
revela uma redução do déficit habitacional em 24,63% desde 2004. Isso equivale
à construção de 45.521 unidades habitacionais até 2007, conforme o Quadro 2.
36

Quadro 2 - Déficit Habitacional do Piauí nos anos de 2004 a 2007

Fonte: Ministério das Cidades: FJP, 2007.

Segundo o IBGE (2010) estima-se que no município de Teresina existam cerca


de 50 mil famílias residindo de forma irregular em aproximadamente 200 áreas
espalhadas pela cidade.

6. ESTUDO DE CASOS

O estudo de caso pode ser visto como um método de pesquisa, ou até mesmo
uma metodologia de pesquisa que reúne análises e atributos do objeto de
estudo, através de coletas e análise de dados.

Para o desenvolvimento do projeto serão analisados projetos semelhantes sobre


Habitações de Interesse Social em escala mundial e nacional.

6.1 CONJUNTO HABITACIONAL QUINTA MONROY

De acordo com Jardim (2017) esse projeto foi realizado no ano de 2003 pelo
escritório Elemental, S.A. do arquiteto Alejandro Avarena e tem localização na
região de Inquique, no Chile, cidade entre o Oceano Pacífico e montanhas
desérticas.

O conjunto habitacional está localizado na Rua Soldado Pedro Prado, número


2147, área central da cidade chilena e possui uma área total do terreno de 5000
m² e uma área da edificação de 3500 m², conforme a figura 6, como pode ser
observado no Google Earth em imagens aéreas de 2012.
37

Figura 6 - Localização da Quinta Monroy

Fonte: Google Earth, 2012. Editada pela autora.

Jardim (2017) afirma que o conjunto teve um tempo de execução de nove meses.
Possui como material concreto e blocos de cimento, aço e madeira, conforme a
figura 7.

Figura 7 - Fachada principal do conjunto habitacional Quinta Monroy

Fonte: ArchDaily, 2012


38

Conforme observado nas imagens de satélite o entorno do terreno da Quinta


Monroy é composto por edificações térreas e até de vinte pavimentos. Mas na
sua grande maioria é composto por edificação no mesmo gabarito do conjunto.

De acordo com Jardim (2017), a tipologia adotada para o conjunto Quinta Monroy
buscou condizer com o entorno, tanto pela altura (até 3 pavimentos) e proporção
ao gabarito das ruas tangentes, quanto pelos recuos e afastamentos. A região
fica localizado próximo de um deserto, onde os dias são quentes e as noites
frias.

Foi utilizado dessa forma materiais como concreto, que possui elevada
capacidade térmica e a madeira que é utilizada como isolante térmico, indicado
na figura 8.

Figura 8 – Materiais da fachada da Quinta Monroy

Fonte: ISSUU, 2014


39

Conforme Canotilho (2008), a história desse projeto envolve uma parte central
da cidade, que já estava na mira da especulação imobiliária.

E que nesta região, cerca de cem famílias estavam vivendo, em condições


precárias, em um loteamento irregular que existia desde a década de 60.
(CANOTILHO, 2008).

Esse caso se parece muito com a situação em que o Brasil encontra-se, onde
muitas pessoas estão em regiões precárias e em loteamentos irregulares como
será visto mais à frente.

De acordo com Canotilho (2008), porém, nos anos 60, esta era uma área
agrícola, que foi aos poucos sendo transformada em um setor central da cidade.
Nos anos 90, o entorno da comunidade da Quinta Monroy já era considerado um
bairro consolidado.

Nessa época começou uma disputa entre essas cem famílias e os donos da
terra, que queriam beneficiar-se da especulação imobiliária no local. Foi então
que a agência governamental comprou o terreno e com o programa “Vivienda
social dinamica sin duda” concedeu o valor de 7500 dólares para que cada
família pudesse comprar seu terreno e construir sua casa (CANOTILHO, 2008).

De acordo com Barros (2010), a solução encontrada pelo escritório foi a


construção de edifícios com dois andares, divididos em quatros grupos, com
núcleos de equipamentos essenciais já estruturados para receber expansões
horizontais. Outro ponto foi a atenção dada aos espaços coletivos que não
deveriam ser nem públicos e nem privados, mas como locais de extensão
familiar.

Conforme Jardim (2017), que as casas térreas teriam as vantagens de uma casa
– pátio, jardim; e os apartamentos, maior qualidade de iluminação, ventilação e
segurança. Em relação ao entorno, é muito comum que os espaços destinados
à habitação também comportem pequenos comércios voltados ao público do
bairro.
40

Os acessos verticais são individuais, uma para cada habitação. Os acessos para
pedestres, que permeiam os blocos, dividem-se entre as duas ruas, como é visto
na figura 9.
Figura 9 – Acessos Quinta Monroy

Fonte: Fonte: ISSUU, 2014. Editada pela autora.

A habitação tem 30 m² com possibilidade de expansão para 72 m² e com pé


direito de 2,5 metros, conforme a figura 10. O terreno foi dividido em lotes de
9x9m, sendo que uma faixa de 3m ao fundo acomoda o pátio. Já as residências
térreas possuem 6x6 metros, com pé-direito de 2.5m para uma habitação térrea,
deixando 3x6m livres para a autoconstrução.
41

Figura 10 – Planta baixa da Quinta Monroy

Fonte: LWArq, 2009. Editada pela autora.

Percebe- se, de acordo com a figura 11, que o projeto tem pouca preocupação
com as soluções de conforto térmico, pois não possui ventilação cruzada no
terreno devido ao formato perpendicular em que os imóveis se encontram.

Figura 11– Analise solar Quinta Monroy

Fonte: ISSUU, 2014


42

Em suma, a recuperação dessa parte do quarteirão foi essencial para a estrutura


da cidade, tornando-o ainda mais valorizado e rentável. Isso resultou num projeto
qualificado, tanto como unidade habitacional como contexto urbano.

Por esse motivo, a utilização do estudo de caso se dá pela recuperação de um


quarteirão e dar-se um novo uso, o mesmo será feito na concepção do projeto,
onde se tem um terreno vazio que é considerado área verde e que será
recuperado e implantado uma HIS.

6.2 CONJUNTO HABITACIONAL JARDIM EDITE

Lacerda Júnior (2016) discorre que esse conjunto é um tipo de obra de Habitação
Popular e foi projetado em 2008 sendo concluído no ano de 2013. Dessa forma
foi realizado pela empresa MMBB Arquitetos que é composto pelos arquitetos
Möller (2015) Marta Moreira, Milton Braga e Fernando de Mello Franco e pela
empresa H+F Arquitetos que é composto pelos arquitetos Eduardo Ferroni e
Pablo Hereñu e também coordenado pelo Luiz Fernando Arias Fachini que na
época era coordenador da SEHAB (Secretaria Municipal de Habitação).

A demanda pelo projeto surgiu com a necessidade de manter no local uma parte
da população residente na Favela Jardim Edite que existia ali. O desmonte da
favela ocorreu no ano de 2008 no contexto da Operação Urbana Água Espraiada
(MÖLLER 2015).

De acordo com Lacerda Júnior (2016) a edificação se localiza na Avenida


Engenheiro Luís Carlos Berrini com a esquina da Avenida Jornalista Roberto
Marinho na zona Sul da cidade de São Paulo, como é indicado na figura 12.
43

Figura 12 - Planta de situação do Conjunto Habitacional Jardim Edite

CONTORNO DO TERRENO

Fonte: H+F Arquitetos, 2016. Editada pela autora

De acordo com Lacerda Júnior (2016) o terreno possui 19.000 m² e 27.714 m²


de área construída, compostos de três blocos de unidades habitacionais,
restaurante-escola, unidade básica de saúde e creche, como mostra a figura 13.

O terreno se torna autossustentável devido as unidades de apoio que existem


no local (UBS, creche e restaurante-escola), pois evita que a população circule
com seus veículos pela cidade, evitando o deslocamento para outros bairros
como também os congestionamentos nas vias.

Figura 13 - Planta de localização

Fonte: SEHAB, 2016. Editado pela autora.


44

De acordo com Lacerda Júnior (2016) na evolução do projeto a praça foi


classificada como uma extensão para o entretenimento dos futuros habitantes
do Jardim Edite. Outra consideração importante feita foi a proposta do
prolongamento da Rua George Ohm até a Av. Jornalista Roberto Marinho, que
dividiu o antigo terreno em duas quadras, como é identificado na figura 14. A
disposição dos acessos proporciona uma circulação maior de pedestres pela
Rua Charles Coloumb, que possui uma fluidez local e garante a sensação de
segurança.

Figura 14 - Implantação do Conjunto Habitacional Jardim Edite

Fonte: H+F Arquitetos, 2016.

Conforme Lacerda Júnior (2016) as calçadas possuem grandes espaços e


proporciona uma circulação confortável, o alargamento foi possível devido a
decisão dos arquitetos em ceder à cidade o recuo das quadras dos conjuntos.
Porém o mesmo não acontece na Av. Jornalista Roberto Marinho, pois, esta
avenida possui a característica de via expressa e torna o passeio desagradável
para o pedestre, o que determina um fluxo menor de pessoas.

Cada unidade habitacional possui 50 m² e são distribuídos em três torres e duas


lâminas, completando assim 252 unidades de habitação. A quadra 1 é composta
pela locação da Torre 1 e Torre 2, onde as duas possuem 17 pavimentos, sendo,
um térreo em cada torre, um pavimento condominial também em cada torre e
outros 15 pavimentos habitacionais com 4 unidades por pavimento, totalizando
60 habitações. A Lâmina 1 possui 6 pavimentos, sendo, um pavimento térreo,
45

um pavimento condominial e outros 4 pavimentos habitacionais com 10 unidades


por pavimento. O térreo dessa quadra é composto pelo Restaurante-escola e
pela Unidade Básica de Saúde, como também é vista na figura 15.

Figura 15 - Perspectiva da Quadra 1

Fonte: H+F Arquitetos, 2016. Editada pela autora.

De acordo com Lacerda Júnior (2016), na quadra 2 é visualizado pela Torre 3,


com as mesmas particularidades das torres da primeira quadra, a torre possui
60 unidades habitacionais, totalizando 180 habitações nas três torres.

A Lâmina 2 foi projetada de acordo com a Lâmina 1, sendo diferenciada apenas


pela quantidade total de habitações, pois, esta possui 32 unidades e a primeira
possui 40 unidades, totalizando 72 habitações, mostrado na figura 16.

Figura 16 - Perspectiva da Quadra 2

Fonte: H+F Arquitetos, 2016. Editada pela autora.


46

Lacerda Júnior (2016) também afirma que a Creche de Educação Infantil (CEI),
atende toda a população e localiza-se no final da Rua Charles Coloumb, que por
esse motivo se torna mais calma com o distanciamento da Av. Berrini com a Rua
Araçaíba. Foi projetada para estar posicionada em frente à Praça Arlindo Rossi,
onde as crianças podem se socializar. O pavimento tipo das torres possuem
características semelhantes. A orientação solar é leste e oeste. Porém, nas
Torres 1 e 2 a circulação horizontal está voltada para o leste e as unidades
habitacionais para o oeste. Já na Torre 3 a circulação horizontal está voltada
para o oeste e as unidades habitacionais estão voltadas para o leste. Dessa
forma, os vazios formados pelos desenhos das tipologias se inter-relacionam
com as circulações verticais, implantados separadamente, e assim se interligam
pela circulação horizontal, garantindo o acesso as moradias, como é visto na
Figura 17.

Figura 17 - Planta baixa do pavimento tipo das Torres 1,2 e 3, respectivamente

Fonte: SEHAB, 2016. Editada pela autora.

De acordo com Lacerda Júnior (2016) os pavimentos tipos a Lâmina 1


acontecem pela distribuição das tipologias refletidas, conectadas pelas escadas
com formato de U, garantindo o acesso a duas unidades por andar. Na
47

circulação, localiza-se também os shafts das instalações de gás, água, TV,


interfone, hidrante, indicado na Figura 18.

Figura 18 - Planta do Pavimento Tipo da Lâmina 1

Fonte: SEHAB, 2016.

Nos pavimentos da Lâmina 2, a escada em formato linear e os shafts encontram-


se paralelos em paredes opostas e o acesso as unidades ficam a frente
(LACERDA JR., 2016), conforme Figura 19.

Figura 19 - Planta do Pavimento Tipo da Lâmina 2

Fonte: SEHAB, 2016.

Dessa forma, este projeto pode ser considerado uma orientação como estudo de
caso. Onde promoveu mudanças que contrariam a prática frequente quando se
trata sobre habitação de interesse social.
48

O projeto do Jardim Edite se assemelha ao projeto que será criado devido a


verticalização da edificação e a forma como reintegrou famílias de baixa renda.

O conjunto habitacional do Jardim Edite é parte de um investimento do poder


público na busca de novas tipologias para a habitação econômica na cidade.
Dessa forma também será feito no novo projeto, buscando novas tipologias para
a habitação de interesse social, com um design mais trabalhado e bem
elaborado, ajudando na visão do espaço do terreno de forma menos
desagradável.

6.3 CONJUNTO HABITACIONAL HELIÓPOLIS GLEBA G

Conforme Helm (2011) Heliópolis, a maior área de favela da cidade de São


Paulo, está localizada no bairro do Ipiranga, região Sudeste e tem uma
população correspondente a 65 mil habitantes. Como a comunidade é enorme,
a região foi fragmentada em glebas, e dividida entre vários escritórios de
arquitetura, sendo que cada um ficou com um determinado lote. Coube ao Biselli
Katchborian Arquitetos conceber o projeto da gleba G, posicionada na entrada
de Heliópolis.

O conjunto Heliópolis se encontra situado entre as Avenidas Comandante Taylor


e a Avenida das Juntas Provisórias, na cidade de São Paulo, em uma região que
possuía uma antiga aglomeração de casas provisórias, onde recente foram
edificadas 420 unidades habitacionais de 50 m² cada, totalizando
aproximadamente 31.360 m² de construção em uma área de terreno de 12.000
m² (HELM 2011).

O começo da construção possui uma data de 2011 e finalizada em 2014, sendo


seus arquitetos Artur Katchborian e Mario Biselli. Possui uma tipologia de
habitação popular residencial de baixo custo, como é visto na figura 20 (HELM
2011).
49

Figura 20 - Planta de situação do Conjunto Heliópolis

Fonte: ArchDaily, 2017.

De acordo com o Portal Vitruvius (2015) a demanda por um empreendimento de


baixo custo conduziu a um sistema construtivo bastante conhecido e de fácil
execução, a alvenaria de blocos de concreto. A própria configuração das
unidades habitacionais produz uma volumetria de ritmo singular, que leva à
interpretação do conjunto arquitetônico como uma série de edifícios
independentes, o que é reforçado pelo uso da cor.

Uma quadra colorida que se integra à animada paisagem do bairro e


que, quando confrontada com os antigos conjuntos, transforma-se em
lição de arquitetura, confirmando que é dessa forma que se consolidam
as cidades inclusivas, apostando na qualidade dos projetos e na
integração de territórios (SIQUEIRA,2014, p. 1)

Segundo Oliveira e Pisani (2017) são 420 apartamentos que variam entre dois
tipos, com 2 dormitórios, espaço integrado de cozinha, estar e sacada. Os
conjuntos contam também com unidades adaptadas aos portadores de
necessidades especiais, locados no pavimento térreo, com acesso direto pela
rua. Com um projeto que exigia uma construção econômica, os arquitetos
conduziram a obra a uma solução de alvenaria de blocos de concreto, um
50

sistema construtivo comum, de execução simples, que privilegia a racionalidade


e a repetição.

O projeto de paisagismo prevê a integração dos dois conjuntos, através dos


pórticos com variação de pisos impermeáveis e permeáveis com vegetações. As
áreas de lazer estão situadas nos dois pátios centrais que compõe o conjunto,
onde estão dispostos bancos e equipamentos para o playground, visto na Figura
21. Os moradores pretendem utilizar as salas dispostas no térreo para montarem
uma biblioteca e espaço de uso infantil (OLIVEIRA; PISANI 2017).

Figura 21 - Fachada do Conjunto Heliópolis

Fonte: ArchDaily, 2017.

Segundo Oliveira e Pisani (2017) em relação ao gabarito, o entorno imediato


possui gabarito médio de sete metros, dessa forma o conjunto assume um posto
representativo da verticalização. O projeto contempla medição individualizada de
água e os dispositivos economizadores-arejadores foram fornecidos aos
moradores. O terreno possui áreas permeáveis e captação das águas pluviais,
porém o armazenamento temporário destas não foi previsto, quesito que é
obrigatório pelo Selo Casa Azul. O conjunto ora analisado adotou o partido de
quadra aberta, fato que não é recorrente em projetos de habitação de interesse
social brasileiros. Esta concepção consolida a questão de que o projeto
habitacional também envolve o planejamento da quadra e interfere na esfera
urbana. Sobre o âmbito urbano, a localização do conjunto é privilegiada,
encontrando-se na conexão da cidade formal e informal.
51

A planta baixa é composta por duas tipologias, com dois formatos diferente, para
que consiga fazer a composição na fachada, indicado nas Figuras 22 e 23.

Figura 22 - Planta baixa tipo 1 Conjunto Heliópolis

Fonte: ArchDaily, 2017. Editada pela autora

Figura 23 - Planta baixa tipo 2 Conjunto Heliópolis

Fonte: ArchDaily, 2017. Editada pela autora

Esse estudo de caso tem uma boa ligação com a busca pelo paisagismo nas
habitações para a população de baixa renda, pois eles também têm
necessidades de uma melhoria na qualidade de vida. Dessa forma, será
52

implantado no projeto a ser feito, propondo e implantando um paisagismo para


a melhoria do espaço.

7. LEVANTAMENTO DO TERRENO

7.1 LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O terreno escolhido se localiza na cidade de Teresina, capital do Piauí. A cidade


está localizada no Centro-Norte do estado, a 366 km do litoral. Segue na imagem
24, fotos do terreno escolhido.

Figura 24 - Terreno

Fonte: Google Earth, 2017. Editada pela autora.


53

O terreno fica no bairro Árvores Verdes, na zona leste de Teresina, mostrada a


figura 25. O acesso ao terreno se dá pela Avenida Dr. Nicanor Barreto, mais
conhecido como a Avenida da Cacimba Velha ou pela Rua São Carlos.

Figura 25 – Vista aérea da zona leste de Teresina, em destaque o bairro Árvores Verdes

Fonte: SEMPLAN, 2013. Editado pela autora

Leitão e Afonso (2012) afirmam, por ser a zona mais recente tiveram que inseri-
la no contexto urbano da cidade, sendo necessário a demarcação atualizada do
perímetro da cidade.

Art. 1º da Lei 3789 (2008), altera o perímetro da zona urbana de Teresina, na


região de Árvores Verdes. Essa lei tem em vista a criação de zona de especial
interesse social e a implantação de loteamento para população de baixa renda,
mostrado na figura 26.
54

Figura 26 - Zona especial de interesse social Árvores Verdes

Fonte: SDU Leste, 2010.

Segundo a Lei de nº 3.789 (2008), tem início no vértice 1, na rodovia municipal


para Cacimba Velha, possuindo como perímetro até o vértice dois 202,43
metros. Até o vértice três 507,40 metros. Até o vértice quatro 503,11 metros. Até
o vértice cinco 318,86 metros. Até o vértice seis possui 297,86 metros e até o
vértice um possui 140,28 metros de perímetro de bairro, como é visto na figura
27.
55

Figura 27 - Planta da área acrescida à zona urbana de Teresina, na região de do bairro Árvores
Verdes

Fonte: PMT, 2008.

Foi escolhido esse terreno como justificativa de ser um local centralizado no


bairro Árvores verdes, também pelo simples ocorrência de ser uma Zona
Especial de Interesse Social (ZEIS), destinado a área verde do bairro e por ainda
não está ocupado por nenhuma outra habitação.

A ZEIS Árvores Verdes ocupou um terreno cujo uso era a agricultura nos anos
de 2005. Já entre os anos de 2006 e 2007 a zona encontrou-se abandonada
pelo fato do crescimento da vegetação (LEITÃO; AFONSO, 2012).

Os terrenos escolhidos possuem um formato de triângulo e com perímetros de


medida do lado esquerdo de 100,48 metros, na parte inferior 134,02 metros e na
parte superior de 168,45 metros. A área escolhida para a implantação da
56

habitação tem perímetro do lado esquerdo de 43,68 metros, lado direito de 43,67
metros, na parte superior 58,45 metros e na inferior de 57,52 metros, de acordo
com a figura 28. O restante o terreno será usado para áreas de convivência e
para o paisagismo.

Figura 28 – Área do terreno escolhido

LEGENDA:

TERRENO

Fonte: Google Earth, 2012. Editada pela autora

7.2 ZONEAMENTO URBANO

Segundo o Art. 1º da Lei 3.790 (2008), o terreno está situado em uma Zona
Especial de Interesse Social (ZEIS), sendo considerado uma Área Verde. Dessa
forma para os lotes lindeiros às ruas projetadas de acordo com a figura 29.

Art. 11. Zonas de Especial Interesse Social compreendem os terrenos


não utilizados, subutilizados e não edificados, considerados
necessários à implantação de programas habitacionais para a
população de baixa renda, ou ainda, regiões de ocupação e
loteamentos irregulares de baixa renda, que devem ser objeto de
programas específicos de urbanização, regularização fundiária,
recuperação ambiental e reflorestamento com espécies nativas (PMT,
Lei 3.560, 2006, p. 2).
57

Figura 29 - Mapa de zoneamento de Teresina

Fonte: SEMPLAN, 2014. Editado pela autora.

Segundo o Art. 5º da Lei 3.560 (2006), Zonas residenciais são áreas destinadas,
predominantemente, ao uso habitacional, sendo classificadas, em função dos
parâmetros de densidade populacional e das tipologias de assentamentos
predominantes.

Segundo a Lei 3.560 (2006), Zona Residencial ZR1, caracterizada por ocupação
de baixa densidade, em lotes adequados para programas de interesse social.

No Art. 7º da Lei 3.790 (2008), na ocupação dos lotes: I - o recuo de frente


mínimo é 2m (dois metros); II - o recuo de fundos mínimo é 2m (dois metros); III
58

- a taxa de ocupação é 60% (sessenta por cento); IV - o índice de aproveitamento


é 1,0. Apresentado na figura 30.

Figura 30 - Indicadores de ocupação do solo por zona e uso

Fonte: SEMPLAN, 2008. Editado pela autora.

Parágrafo único da Lei 3.790 (2008). Não adotado o recuo lateral nulo, a parede
correspondente pode ser construída com qualquer recuo igual ou superior a
1,50m (um metro e meio).

Já o anexo 1 da Lei 3.562 (2006), afirma que, o recuo de frente mínimo é 2m


(dois metros); o recuo de fundos mínimo é 1,5m (dois metros); o recuo mínimo
lateral é zero ou 1,5m; a taxa de ocupação é 60% (sessenta por cento); IV - o
índice de aproveitamento é 1,0,

Segundo o Art. 8º da Lei 3.790 (2008), é permitida a construção de edificações


térreas geminadas, desde que não haja aberturas de vãos, nem deságue de
águas pluviais para os lotes vizinhos.
59

7.5 ENTORNO

O entorno do terreno se caracteriza todo por habitação de pequeno porte e


grande parte tem gabarito de térreo sendo a maioria caracterizada por
habitações de interesse social, apresentado na figura 31.

Figura 31 - Entorno do terreno

Fonte: Google Maps, 2012. Editado pela autora.

Pode-se observar que o entorno do bairro é composto por várias áreas de lotes
vazios, como é visto na figura 32, sem moradores e por conta disso, muitas
vezes, tornam-se depósitos de lixo e entulho. Desse modo, foi utilizado um
desses terrenos vazios para realizar a proposta do projeto.
60

Figura 32 - Grafico de Cheios e Vazios

Fonte: Autora, 2018.

7.6 ACESSOS

Os acessos ao terreno se dar pela Avenida Dr. Nicanor Barreto, mais conhecido
como a Avenida da Cacimba Velha ou pela Rua São Carlos. As ruas ao redor do
terreno são projetadas, porém não possuem nomenclatura registrada pela
prefeitura, indicado na figura 33.
61

Figura 33 - Acesso do terreno

Fonte: Google Earth, 2012. Editada pela autora.

As vias são tipicamente caracterizadas por vias locais, pois não possuem
semáforos e nenhuma outra sinalização vertical ou horizontal, destinadas
apenas ao acesso local ou a áreas restritas. As vias do entorno do terreno não
são asfaltadas, possuem apenas pavimentação de blocos paralelepípedo.

7.7 ANÁLISE CLIMÁTICA

O ideal é os quartos estejam posicionados no lado leste. Isso contribuirá tanto


para que recebam o sol da manhã, como evitará o superaquecimento à tarde.
Será ideal é que também as áreas de pouca permanência estejam posicionadas
para o lado oeste, como é visto na figura 34.
62

Figura 34 – Estudo de insolação e ventilação do terreno

Fonte: Google Maps, 2012. Editada pela autora

Pode-se visualizar na carta solar da fachada do terreno feito em um transferidor


solar, representado pela linha vermelha, que a incidência solar, na figura 35,
informa que às dez horas da manhã precisaria de um brise com 50º de inclinação
para barrar a insolação na fachada leste.
63

Figura 35 - Carta Solar terreno

Fonte: Andrewmarsh, 2014.

7.8 TOPOGRAFIA

De acordo com o Google Earth (2012) o terreno aparentemente não apresenta


nenhum tipo de desnível, sendo quase plano, o que diminui na parte de
movimentação da terra, como é visto nas figuras 36 e 37.
64

Figura 36 - Planta topográfica do terreno

Fonte: SEMPLAN, 2015. Editada pela autora.


65

Figura 37 - Topografia do terreno

Fonte: Autora, 2018.

8. LEGISLAÇÃO

8.1 LEI DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL

No capítulo III da Lei 3.652 (2006), parágrafo único, Habitações de interesse


social são aquelas financiadas por programas especiais para população de baixa
renda, com área construída máxima de 40 m² (quarenta metros quadrados).
Nessa mesma lei no Parágrafo único, discute-se que, para a implantação de
unidades unifamiliares, é permitido germinar até cinco unidades.
66

Art. 44. As habitações de interesse social destinam-se à moradia


permanente de uma ou mais famílias e podem ser: I - unidades
unifamiliares ou multifamiliares, isoladas, geminadas ou superpostas,
com implantação de edificações agrupadas, mas prevista num
programa habitacional de interesse social; II - conjuntos habitacionais,
compostos por unidades isoladas, geminadas ou superpostas e blocos
de apartamentos com agrupamentos horizontais e/ou verticais (PMT,
Lei 3.562, 2006, p. 4).

No Art. 3.5.2 da Lei 11.888 (2008), assegura às famílias de baixa renda


assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação
de interesse social.

Essa lei além de assegurar o direito à moradia, visa também garantir assistência
técnica, evita a apropiação de áreas de risco e de interesse ambiental e
aperfeiçoa e qualificar o uso racional do espaço edificado e de seu entorno.

A Lei 4.729 (2015) no Art. 186 cita as dimensões e áreas mínimas dos
compartimentos, assim como as dimensões e áreas mínimas para os vãos
destinados à iluminação, ventilação e insolação das habitações multifamiliares,
devem obedecer às prescrições, deste Código, como mostra a figura 38.

Figura 38 – Dimensões mínimas dos compartimentos e dos vãos de iluminação, ventilação e


insolação das edificações habitacionais

Fonte: SEMPLAN, 2015.


67

9. MEMORIAL JUSTIFICATIVO

A habitação de interesse social é um tema de longos debates e de grande


progresso nos anos. Centenas de milhares de edifícios são inseridos no espaço
urbano, inclusive habitações de interesse social, resultados na criação de bairros
e na inserção de novos elementos construídos, provoca-se uma transformação
morfológica e funcional no local. O fato é que as habitações de interesse social
começaram a existir desde décadas passadas e são vistas até hoje.

No entanto deve-se refletir sobre a necessidade de uma maior valorização dessa


tipologia, evidenciando-as com áreas de convívio e bem-estar, além de um
ambiente mais sustentável, e de garantir um conforto térmico para os futuros
habitantes.

Foi possível visualizar que as habitações sociais dos programas do Governo na


maioria das vezes não são providas de espaços livres e de sustentabilidade,
pois, com a falta de subsídios torna-se inviável implementar um projeto ideal.

A zona leste encontra-se em crescente processo de expansão territorial, assim


como a cidade de Teresina. Faz-se necessário a implantação de projetos no
setor de habitação no qual lhe dê em troca a absorção do crescimento.

A proposta é uma habitação social multifamiliar geminada, é um modelo de uma


arquitetura mais racional, procurando reduzir gastos com materiais e também
integrar as famílias, valorizando o conforto climático, dispondo os quartos para a
área onde incide menos insolação.

A utilização de materiais de construção alinhados com princípios sustentáveis e


a utilização de recursos da arquitetura bioclimática com ventilação e iluminação
natural para potencializar a eficiência e minimizar os custos da obra.

Portanto, a proposta arquitetônica a ser realizada, busca qualificar o espaço


através da inclusão social, assim, ao se projetar os espaços de usos dos
habitantes e de uso comum a todos, com os critérios de bem-estar e conforto
são fundamentais.
68

Com a discussão sobre as diretrizes de habitações de interesse social viu-se que


é de suma importância a qualificação dos espaços, baseado dessa forma nos
eixos temáticos sobre a evolução das habitações de interesse social. A evolução
da construção sustentável e o paisagismo integrado a essa arquitetura, se
justificando em uma melhoria para a população de baixa renda. A partir dessas
considerações finais, observa-se que foi criado um programa de necessidades
junto de um pré-dimensionamento, como também um fluxograma e organograma
para uma melhor apresentação da proposta, conforme descrito a seguir.

9.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO

O programa de necessidades consiste em três áreas: a primeira é a área de


convívio, a segunda é a área da residência, e a terceira é a área de apoio do
bloco, disposto de tal forma mostrado na figura 39.

A área de convívio consiste em playground, praça, redário, horta comunitária,


área de captação da chuva, totalizando 155 m².

A área da residência é composta por sala de estar/jantar, cozinha interligada na


área de serviço, hall, quarto de solteiro, quarto casal e banheiro social,
calculando um total de 40 m².

Já a área de social é composta pelo apartamento, a área de convívio do bloco,


depósito, depósito de lixo, escada e estacionamento com, compondo um total de
143 m².
69

Figura 39 - Programa de necessidade e pré-dimensionamento

Fonte: Autora, 2018.

9.2 ZONEAMENTO

O projeto encontra-se disposto da seguinte maneira: os blocos residenciais


ficarão dispostos na área mais plana do terreno. Procura-se utilizar um cinturão
verde ao redor dessa área de residências, com áreas de convívio, como por
exemplo uma praça e playground, para uma melhoria no clima do local, além de
propiciar uma melhor qualidade de vida, visto na figura 40.
70

Figura 40 - Zoneamento terreno

Fonte: Google Earth, 2012. Editada pela autora.

9.3 FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA

Após a definição do programa de necessidades e zoneamento foi proposto um


fluxograma, no qual pode-se observar a ligação entre essas áreas. O fluxograma
apresentado foi pensado de modo a facilitar a tomada de decisões e obter
resultados efetivos em relação a disposição dos cômodos, como mostra as
figuras 41 e 42.
71

Figura 41 - Fluxograma e organograma do projeto

Fonte: Autora, 2018.

Figura 42 - Fluxograma e organograma do projeto

Fonte: Autora, 2018.


72

9.4 IMPLANTAÇÃO

O terreno escolhido compreende dois quarteirões, com área total de 20290,31


m², sendo, o terreno maior 18.736,41 m² e o menor 1.553,90 m², localizado na
Zona Leste da capital do Piauí, com acesso principal para as ruas José
Cassimiro da Costa e Rua Promotor José Meton Filho, como mostra a figura 43.

Figura 43 - Implantação do Terreno

Fonte: Autora, 2018.

Os lotes escolhidos possuem topografias relativamente planas onde foi optado


por nivelar, mas existe alguns pequenos declínios onde se tomou partido para
fazer algumas trilhas de passeios.

Os terrenos por estarem localizados em todo quarteirão, no caso possuindo 4


fachadas, dessa forma absorve todas as incidências solares durante o dia,
porém as áreas molhadas (cozinha, área de serviço, banheiros e varanda) estão
voltadas para o leste e oeste, que são considerados os mais intensos na cidade
de Teresina, já as áreas de longa permanência (quartos e salas) estão voltados
para norte e sul, onde a insolação é menos intensa.
73

A ventilação predominante em Teresina vem do nordeste e sudeste, o terreno


recebe essa ventilação direta já que no entorno não possui nenhuma edificação
com gabarito maior que um pavimento.

9.5 CRITÉRIOS UTILIZADOS

O Residencial Árvore Leste é composto por 8 edifícios habitacionais, de 4


pavimentos (1 pavimento térreo acessível e 3 pavimentos tipos), possuindo 2
apartamentos por andar, totalizando 64 apartamentos, podendo então atender a
essa quantidade de famílias. Apresentado na figura 44.

Figura 44 - Residencial Árvore Leste

Fonte: Autora, 2018.

O projeto proposto, além do residencial, possui uma grande área de lazer, com
áreas de convívio, trilhas, para pedestres e ciclistas, playground, uma horta
comunitária, uma área comercial, ou seja, garantindo um uso misto no terreno,
trazendo melhor qualidade de vida. A área de lazer (praça) é coletiva para a
comunidade, para assim terem integração social com os moradores do bairro.
74

9.6 PARTIDO ARQUITETÔNICO

O partido adotado prezou pela arquitetura contemporânea e sustentável. O


projeto utilizou-se de características bioclimáticas para uma melhor qualidade de
vida e menor custo em vários setores.

E como era exigida por lei ter no mínimo 10% de habitação acessível, foi decidido
usar do térreo de todos os edifícios habitações acessíveis, atendendo pessoas
portadoras de necessidades especiais e idosos, como mostra a figura 45.

Figura 45 - Planta Baixa Térreo

Fonte: Autora, 2018.


75

9.6.1 PRAÇA

A praça será usada como uma área de lazer coletiva para o bairro, com banco
de jardim elevados, além de redários e áreas de jogos, e de um paisagismo que
foi destinado ao local, com trilhas de terra compactada para os pedestres e
ciclistas, dessa forma trazendo vitalidade urbana para o Residencial Árvore
Leste, como mostra a figura 46.

Figura 46 - Praça Árvore Leste

Fonte: Autora, 2018.

9.6.2 HORTA COMUNITÁRIA

Possui também uma horta comunitária com quase 156 m². Essa horta será feita
para que os moradores e a comunidade possam fazer o plantio de verduras e
frutas trazendo ainda mais a interação social, além de amenizar o clima, como
também alimentação e dar renda, como é visto na figura 47.
76

Figura 47 - Corte da Horta

Fonte: Autora, 2018.

Dessa forma foi projetado um ponto comercial, para que as frutas e verduras
plantadas possam ser vendidas também nos comércios, além de dar uma renda
maior a população e gerar novos empregos.

9.6.3 HABITAÇÃO

Os 8 edifícios habitacionais possuem um total de 3368,32 m². Sobre os partidos


utilizados para os prédios foi utilizado uma varanda comunitária na fachada leste
juntamente com uso de cobogós e jardineiras, para uma passagem melhor da
iluminação e ventilação, como mostra a figura 48.
77

Figura 48 - Planta Baixa Pavimento Superior

Fonte: Autora, 2018.

A área de serviço foi colocada para o lado oeste, para diminuir a incidência do
sol e por ser área molhada, dessa forma diminui o impacto da insolação na
edificação. Já na fachada leste foi colocada a circulação, por ser local de menor
permanência. A área intima foi locada nas fachadas norte e sul, pois são as
fachadas de menor insolação e a área social ficou localizada no centro da planta,
garantindo o máximo de ventilação.

Já os cobogós existentes nas escadas, são para uma vista melhor do espaço.
As aberturas do projeto foram projetadas de acordo com a orientação solar, onde
valorize a ventilação e iluminação natural, visto na figura 49.
78

Figura 49 - Detalhe do Cobogó

Fonte: Autora, 2018.

Foi utilizado também o uso das cores diferentes, que foi optado por cores frias,
o azul claro, bege, amarelo e verde suave para dar um toque diferencial nos
edifícios. Existe um playground próximo aos prédios, além de bicicletário e uma
cisterna para cada edifício. Além disso, existe redários espalhados próximos,
com bancos para assim as pessoas sentarem e usufruírem melhor do lugar.

9.6.4 PONTO COMERCIAL

Existem 5 pontos comerciais no total, cada um com 259,57 m², com lavabo
acessível e uma copa/cozinha. O ponto comercial pode ser acessado por dois
lados, um pela avenida e outro pelo conjunto habitacional, trazendo assim um
uso misto do solo, que foi um dos pontos adotados para o projeto já que esse
uso traz a vitalidade urbana, como é visto na figura 50.
79

Figura 50 - Planta Baixa Ponto Comercial

Fonte: Autora, 2018.

9.6.5 SISTEMA CONSTRUTIVO

O plano de necessidades, além do prédio habitacional, inclui área de lazer e


comércio. A estrutura do prédio habitacional é de concreto armado devido ao seu
custo de manutenção por ser mais barato, não precisa de mão de obra
qualificada, sua grande durabilidade, maior resistência ao fogo e facilidade de
execução. Os fechamentos foram feitos utilizando tijolos ecológicos que dá ao
projeto o caráter de dinamicidade e facilidade para o caso haja algumas
mudanças futuras, como mostra a figura 51.
80

Figura 51 - Concepção Estrutural Bloco Residencial

Fonte: Autora, 2018.

Da mesma forma é a estrutura do ponto comercial, feito em concreto armado,


fechamentos foram feitos utilizando tijolos ecológicos que dá ao projeto o caráter
de dinamicidade e facilidade para o caso haja algumas mudanças futuras, como
mostra a figura 52.
81

Figura 52 - Concepção Estrutural Ponto Comercial

Fonte: Autora, 2018.

Prezando pela sustentabilidade, o projeto foi realizado de acordo com a


orientação solar da cidade de Teresina, para assim os ambientes terem um
conforto térmico melhor, além de um telhado jardim para amenizar a incidência
solar.

As espécies escolhidas para o paisagismo, se adaptam melhor às condições


naturais locais, visando assim a diminuição do custo para a manutenção e
irrigação, e melhorando a vida do local onde hoje só possui área verde
degradada, com pouco uso e sem conservação.
82

9.7 MEMORIAL DESCRITIVO

Todos os serviços deverão ser executados segundo estas Especificações


Técnicas, bem como as especificações, metodologia e materiais descritos nos
projetos executivos;

O uso de material similar/equivalente, somente será permitido quando inexistir


comprovadamente o material ou marcas previstas nas Especificações.

Será sempre suposto que as Especificações Técnicas são de total conhecimento


da empresa encarregada da construção;

As informações contidas nestas Especificações Técnicas e as das Plantas do


Projeto, abaixo relacionadas, complementam-se.

9.8 RELAÇÕES DAS PLANTAS DOS PROJETOS

• Prancha 01/14: Plantas de Situação – Esc.: indicada

• Prancha 02/14: Planta de Implantação – Esc.: 1:400

• Prancha 03/14: Planta de Paisagismo– Esc.: 1:400

• Prancha 04/14: Planta de Locação [trecho 1] – Esc.: 1:175

• Prancha 05/14: Planta de Locação [trecho 2] – Esc.: 1:175

• Prancha 06/14: Planta de Locação [trecho 3] – Esc.: 1:175

• Prancha 07/14: Planta de Locação [trecho 4] – Esc.: 1:175

• Prancha 08/14: Planta baixa residência, planta de layout, diagrama


de cobertura, concepção estrutural e cortes – Esc.: 1:100

• Prancha 09/14: Fachadas residência, pontos elétricos, pontos


iluminação, planta de forro, planta de piso – Esc.: 1:100

• Prancha 10/14: Planta baixa ponto comercial, planta de layout,


diagrama de cobertura, concepção estrutural e cortes – Esc.: 1:100
83

• Prancha 11/14: Fachadas ponto comercial, pontos elétricos, pontos


iluminação, planta de forro, planta de piso – Esc.: 1:100

• Prancha 12/14: Detalhamentos – Esc.: 1:25

• Prancha 13/14: Detalhamentos – Esc.: 1:25

• Prancha 14/14: Detalhamentos banheiro acessível ponto comercial


– Esc.: 1:25

9.9 TIPOLOGIAS E ÁREAS

Deverá ser removida todo a plantação arbustiva existente.

A nova edificação terá oito blocos com 4 pavimento e cobertura. Terá estrutura
em concreto armado, fechamento em alvenaria de tijolo, laje de concreto armado
e cobertura em telha metálica termo acústica sobre estrutura metálica e telhado
verde.

Cada bloco terá a quantidade de 8 apartamentos (2 por andar), sendo térreo


acessível.

Área Gerais:

• Área Total Construída Bloco Residencial__________3368,32 m²

• Área de cobertura ____________________________105,24 m²

• Área Total Construída Bloco Comercial ___________259,57 m²

• Área de Cobertura Bloco Comercial______________259,57 m²


84

9.10 ÁREAS ESPECÍFICAS

A edificação terá os seguintes ambientes e áreas de piso indicadas:

Quadro 3 - Ambiente Residência

Ambientes Residência Quantidade Área Total (m²)


Sala de Estar /Jantar 08 12,01
Cozinha / Área de Serviço 08 3,88
Quarto 01 08 5,85
Suíte 08 7,79
Banheiro Suíte 08 2,27
Banheiro Social 08 2,13
TOTAL DE ÁREAS DE PISO (Apartamento) 33,93
Fonte: Autora, 2018.

Quadro 4 - Ambiente Comercial

Ambientes Comercio Quantidade Área Total (m²)


Bwc acessível 05 4,73
Copa / Cozinha 05 5,80
Área Comercio 05 23,40
TOTAL DE ÁREAS DE PISO (Unidade Comercial) 33,93
Fonte: Autora, 2018.

9.11 ESTRUTURA

Estrutura em concreto armado, laje de concreto armado e cobertura em telha


metálica termo acústica sobre estrutura metálica, fechamento em alvenaria de
tijolo e cobertura em telhado verde na residência.
85

9.12 TELHADO

Estrutura: Em treliça/terça metálica com tratamento antiferrugem, pintura


eletrostática na cor branca. Dimensões a serem definidas por cálculo específico.

Telha: Telha metálica termo acústica, seção trapezoidal, espessura de 0,43mm,


tipo sanduíche, com miolo de 30 mm em poliuretano. Pintura (de fábrica)
eletrostática na cor branca, ambas as faces. Cumeeira metálica compatível para
a telha.

Calha: Metálica, com tamanho de 50 centímetros e de 60 centímetros no ponto


comercial.

9.13 ESQUADRIAS

Portas
• P1 – (0,90 x 2,10 m) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P2 – (0,80 X 2,10 m) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P3 – (0,70 X 2,10 m) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P4 – (0,60 X 2,10) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P5 – (0,50 X 2,10) - Porta de madeira de abrir, pintado na cor
branca, 1 (uma) folha
• P6 – (2,50 X 2,10) - Porta de enrolar de aço pintado na cor branca.
1 (uma) folha.

Janelas

• J1 – (1,00 x 1,00 / 1,10 m) - Janela de correr com estrutura em


alumínio, fechamento em vidro incolor 6mm. Grade interna em ferro
pintura esmalte sintético cor grafite fosco, sobre base anticorrosivo.
86

• J2 – (1,00 x 0,70 / 1,40 m) - Basculante de alumínio e vidro fosco,


de 2 (duas) folhas, sendo 1 (uma) folha móvel
• J3 – (0,50 x 0,70 / 1,40 m) - Basculante de alumínio e vidro fosco,
de 1 (uma) folha, tipo maxiar.

9.14 REVESTIMENTOS

Pisos

Banheiros: cerâmica com dimensões aproximadas de 20x20cm, PEI-5,


antiderrapante, gelo ou branca, juntas de 5 mm, rejunte cor cinza.

Demais pisos internos: cerâmica com dimensões aproximadas de 40x40cm, PEI-


5, normal, gelo ou branca, juntas de 5 mm, rejunte cor cinza.

Rodapé: exceto em paredes revestidas com cerâmica ou casquilho, em granito


cinza andorinha, altura de 7cm, aresta superior externa boleada.

Piso Externo: Calçadas em cimentado rugoso, acabamento alisado, traço 1:3,


espessura aproximadamente 20mm, antiderrapante, cor natural, com juntas
acrílicas cor bronze, modulação máxima de 90x90cm.

Paredes

Banheiros: revestimento cerâmico esmaltado até o forro, dimensão aproximada


de 20x20cm, cor branca ou gelo, rejunte 5 mm, cor cinza.

Paredes internas: rebocada, emassada, lixada e com pintura acrílica na cor


branco neve.

Paredes externas: Textura grafiato na cor cinza acrílica e em algumas partes


revestimento em mosaico degrade (ver fachadas).

OBS: Cada bloco terá uma cor diferente para diferenciar na visualização,
procurar tons mais neutros, e mosaico na mesma cor de cada prédio.
87

Forro

O forro de todas as edificações será em gesso com pé colado, estruturado com


perfilados metálicos, galvanizados. Serão pintados de tinta PVA da cor branca.
Deverá ser executado de acordo com as instruções do fabricante. Em
determinadas áreas terá apenas laje aparente (verificar planta de forro).

9.15 DIVERSOS

Bancadas

Todas as bancadas serão em granito Preto São Benedito, bordas boleadas. (Ver
tipo e dimensões na planta baixa e prancha de detalhes).

OBS: Todos os suportes metálicos das bancadas deverão receber tratamento


antiferrugem e pintura esmalte sintético na cor grafite.

Divisórias

Banheiros: Divisória do box em granito cinza andorinha espessura mínima de 2


cm, altura de 1.80m, arestas boleadas.

Splits

Prever a instalação de splits, conforme os locais sugeridos em planta baixa.


Quantidades e capacidades a serem definidas em cálculo específico, de acordo
com as necessidades dos ambientes.

Luminárias

Iluminação interna banheiro: Luminária Painel LED pois também é uma opção
sustentável de embutir ou sobrepor 6w luz branca, 12x12 cm.

Iluminação interna: Luminária Painel LED de embutir ou sobrepor 6w luz branca,


23x23 cm.
88

Iluminação externa: Luminária Painel LED de embutir ou sobrepor 6w luz branca,


23x23 cm.

Interruptores

Tomadas e interruptores: (Pial Legrand, Linha Pial Plus /Placas brancas


acetinadas) ou similar; Ponto de lógica: Tomada fêmea CAT. 6, espelho branco,
p/ conector RJ45 macho CAT.

Louças sanitárias/acessórios/ferragens sanitárias

Louças sanitárias: Deca cor branca, ou similar.

Bacia convencional, referência Deca, P9 ou similar;

Assento plástico referência Deca, AP01 ou similar;

Bacia convencional sem abertura frontal, referência Deca P510, linha Conforto,
ou similar – no banheiro PNE.

Assento em poliéster sem abertura frontal, referência Deca AP51 ou similar, no


banheiro PNE.

Lavatório de canto suspenso com mesa, referência Deca L76 ou similar, no


banheiro PNE.

Cubas de sobrepor oval, referência Deca L65 ou similar.

Acessórios de louça:

Box com bacia sanitária: 1 papeleira, referência Deca 480 ou similar.

Acessórios de banheiro:

Papeleira – dispensador de papel toalha, Jack Wal ou similar, uma unidade por
cuba.
89

Espelho 50 x 70 cm, em vidro tipo Cristal, fixado na parede sobre compensado


de 10 mm, requadro em alumínio, afixado na parede por parafuso cromado. Uma
unidade por cuba.

Espelho 50 x 90 cm, em vidro tipo Cristal, fixado na parede sobre compensado


de 10 mm, requadro em alumínio, afixado na parede por parafuso cromado,
instalado a 90cm do piso acabado, sem inclinação em relação ao plano vertical
(nos banheiros PNE).

Grelha dos ralos deverão ser de aço inoxidável com sistema de abre e fecha.

Acessórios especiais para banheiro PNE

Barra de apoio em aço inoxidável, com dimensão mínima de 80 cm, diâmetro de


3 a 4,5cm (3 barras por vaso sanitário). (ver detalhamento pranchas).

Ferragens

Deca ou equivalente, linha cromada.

Registro de gaveta, código 1509. C34. 034

Válvula de descarga para bacia sanitária Silent Flux 3500 CR FRABRIMAR linha
econômica ou similar.

Torneira para lavatório de mesa fechamento manual Deca;

9.16 INSTALAÇÕES PREDIAIS

As instalações de eletricidade, hidráulica, sanitária, estrutural, refrigeração,


águas pluviais, incêndio/pânico, lógica, telefonia, SPDA e outras que se fizerem
necessárias ao pleno funcionamento do prédio, deverão ter projetos específicos.
90

9.17 VERIFICAÇÃO FINAL

Será procedido um teste final de funcionamento de todas as instalações. As


instalações somente serão aceitas se estiverem em perfeito funcionamento. As
ferragens das esquadrias deverão estar em perfeito funcionamento, reguladas e
lubrificadas. Após a conclusão dos serviços, efetuar Limpeza Final completa,
incluindo todos os elementos (vidros, pisos, etc.), de modo que o local se
apresente em condições de imediata utilização.

9.18 MANUAL PAISAGÍSTICO

As distâncias de plantio devem respeitar algumas regras. As mudas de espécies


arbóreas deverão respeitar distâncias equivalentes ao seu porte, da seguinte
maneira.

• Entre mudas de pequeno porte: 3 a 5m;

• Entre mudas de médio porte: 5 a 10m;

• Entre mudas de grande porte: 10 m ou mais.

As mudas deverão respeitar independentemente do porte, as distâncias mínimas


de 5m das esquinas, de 1,50m das entradas de garagem e portões e de 3,00m
das divisas de lotes. E, também, de acordo com o porte e em relação aos postes,
as seguintes distâncias:

• 3m para espécies de pequeno porte;

• 5m para espécies de médio porte;

• 7m para espécies de grande porte.


91

Quadro 5 – Espécies Utilizadas no Projeto

ESPÉCIES TIPO
GRAMÍNEAS Grama Esmeralda
Ipê Branco
FLORÍFERAS Palmeira Imperial

Magnólia Branca

ARBUSTIVAS Capim - dos - pampas


ÁRVORES Oiti
Fonte: Autora, 2018.

9.19 GRAMÍNEAS

9.19.1 GRAMA ESMERALDA

Nome popular: Grama esmeralda

Nome científico: Wild Zoysia Japonica Steud

Ciclo de vida: Perene

Altura: até 20cm. Podar sempre que ultrapassar 3 cm.

Raio de Copa: ---

Descrição: Grama indicada para paisagismo, mas com boa performance na área
esportiva, a Esmeralda é uma grama de crescimento lento altamente resistente
a seca e ao pisoteio. Grama de clima quente. Adapta-se bem a áreas
ensolaradas e semi-sombreadas. Grama rústica que se adapta a solos pobres.
Tem excelente resistência a secas. Entra em estado de dormência, proteção ao
stress de altas temperaturas podendo até ficar na cor marrom amarelado,
recupera-se facilmente deste estado após normalização de chuvas ou irrigação.
Excelente tolerância ao pisoteio. Após o dano sua recuperação é rápida nos
meses quentes.
92

Figura 53 - Grama Esmeralda

Fonte: Google, 2017. Editado pela autora

9.20 FLORÍFERAS

9.20.1 MARGARIDINHA AMARELA

Nome popular: margaridinha amarela

Nome científico: Coreopsis

Ciclo de vida: Perene

Altura: sua altura não ultrapassa os 50 centímetros

Raio de Copa: ---

Descrição: Estas flores perenes possuem folhagem muito atractiva com lindas
flores brilhantes, amarelo vivo da cor do sol. A sua ramagem é densa e com
bastante flores. As folhas são espessas e lanceoladas. A sua floração acontece
maioritariamente no verão. São de fácil propagação. As regas devem ser
regulares. Para fazer a sua manutenção basta cortar as flores secas que vão
aparecendo. Estas flores de jardim precisam de sol total a sombra parcial para
se desenvolverem.
93

Figura 54 - Margaridinha Amarela

Fonte: Google, 2017. Editado pela autora

9.20.2 IPÊ BRANCO

Nome popular: Ipê Branco, Ipê Tabaco, Ipezeiro, Tapioca

Nome científico: Tabebuia roseo-alba

Ciclo de vida: Perene

Altura: 16 m

Raio de Copa: 6 m

Descrição: Dotado de copa alongada, possui um tronco ereto medindo de 40 a


50 cm de diâmetro, com casca suberosa e superficialmente fissurada. Possui
folhas compostas trifolioladas. Floresce principalmente durante os meses de
agosto-outubro com a planta totalmente despida da folhagem. Os frutos
costumam amadurecer a partir do mês de outubro.Trata-se de um tipo de ipê
muito apreciado por sua beleza e exuberância, ficando totalmente branco
durante um período muito curto, pois sua floração não dura mais do que dois
dias. Às vezes repete a floração por volta de setembro, porém com menor
intensidade. É considerada ótima para o paisagismo em geral além de ser
94

particularmente útil para a arborização de ruas e avenidas, dado ao seu porte


não muito grande.

Figura 55 - Ipê Branco

Fonte: Google, 2017. Editado pela autora

9.20.3 PALMEIRA IMPERIAL

Nome popular: Palmeira Imperial

Nome científico: Roystonea oleracea

Ciclo de vida: Perene

Altura: acima de 12 metros

Raio de Copa: 5 metros


95

Descrição: As folhas têm de 3 a 5 metros de comprimento, e são pinadas, com


folíolos arqueados e inseridos no mesmo plano. Seu estipe (tronco) é de cor
cinza claro, liso, uniformemente cilíndrico, apenas um pouco mais engrossado
na base e com diâmetro entre 40 e 60 centímetros. A coroa é arredondada, com
aproximadamente vinte folhas dispostas de forma ereta ou horizontalmente.
A inflorescência surge na base do palmito, na primavera, em cachos longos, de
até 1,5 metros de comprimento, com flores masculinas e femininas, de cor
branca. Os frutos são drupas oblongas, de cor roxa a preta quando maduros.
Eles se formam no verão e são atrativos para diversas aves silvestres, em
especial psitacídeos, como papagaios, araras e caturritas.

Figura 56 - Palmeira Imperial

Fonte: Google, 2017. Editado pela autora


96

9.20.4 MAGNÓLIA BRANCA

Nome popular: magnólia branca

Nome científico: Magnolia grandiflora

Ciclo de vida: Perene

Altura: acima de 12 metros

Raio de Copa: 5 metros

Descrição: A magnólia-branca é uma árvore originária do sudeste dos Estados


Unidos e cultivada em diferentes regiões subtropicais por suas flores chamativas
e folhagem perene. De porte médio, ela atinge acima de 12 metros de altura.
Seu tronco é retilíneo, alcançando de 60 a 90 centímetros de diâmetro, e o ramos
se espalham dando uma forma ampla e piramidal à copa. As folhas são grandes,
obovadas, simples, coriáceas, brilhantes, com a face superior verde
escura, glabra, e a inferior ferrugínea e pubescente. Conforme caem, elas
formam um denso colchão sobre o solo, que se decompõe muito lentamente,
impedindo o crescimento de forrações. Floresce na primavera, despontando
enormes flores brancas, com até 30 cm de diâmetro, terminais, com um intenso
aroma cítrico. O fruto que se segue é uma pinha ovoide, deiscente, com
numerosas sementes vermelhas a violáceas.
97

Figura 57 - Magnólia Branca

Fonte: Google, 2017. Editado pela autora

9.21 ARBUSTIVAS

9.21.1 CAPIM – DOS - PAMPAS

Nome popular: capim dos pampas

Nome científico: Cortaderia selloana

Ciclo de vida: Perene

Altura: 2.4 a 3 metros

Descrição: O capim-dos-pampas é gigante, chegando a 2,5 metros de altura.


Suas inflorescências se parecem com grandes plumas e podem ser de coloração
branca, amarelada ou arroxeada, formadas principalmente no verão. As folhas
são longas, lineares e com bordas cortantes. Sendo uma planta diferente, sua
beleza é ressaltada se utilizada isolada em gramados, podendo ser plantada em
98

conjuntos. Presta-se também como flor de corte. Deve ser cultivado a pleno sol,
em solo fértil e com regas periódicas. Multiplica-se pela divisão da touceira.

Figura 58 - Capim - dos - pampas

Fonte: Google, 2017. Editado pela autora

9.22 ÁRVORES

9.22.1 OITI

Nome popular: oiti

Nome científico: Licania tomentosa

Ciclo de vida: Perene


99

Altura: até 12 metros

Luminosidade: sol pleno

Descrição: O oiti ou oitizeiro é uma árvore perenifólia, frutífera, originária das


restingas costeiras do nordeste do Brasil e muito utilizada na arborização urbana.
Sua copa é globosa, bem formada e cheia, produzindo excelente sombra e efeito
ornamental. Suas raízes são profundas, não agressivas. O tronco é ereto e
geralmente apresenta casca cinzenta e fuste curto, ramificando em seguida. A
madeira é de boa qualidade, resistente, pesada, durável e pode ser utilizada em
postes, moirões, construção civil, etc. As folhas são simples, alternas, elípticas
a oblongas, acuminadas, brilhantes, tomentosas, de margens inteiras e nervura
central bem marcada. Elas são amarelo claras quando novas e tornam-se verdes
escuras com a maturação. Floresce no inverno, e suas inflorescências tem pouca
ou nenhuma importância ornamental.

Figura 59 - Árvore Oiti

Fonte: Google, 2017. Editado pela autora


100

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zona-sul-de-318103-1.aspx>. Acesso em: 03. abr. 2015.

TERESINA. Lei Complementar nº 3.789, de 18 de Julho de 2008. Altera o


perímetro da zona urbana de Teresina na região de Árvores Verdes. Teresina:
PI, 2008.

_________. Lei Complementar nº 3.790, de 22 de Maio de 2015. Cria a zona


de especial interesse social zeis árvores verdes e dá outras
providências.Teresina: PI, 2015.
106

_________. Lei Complementar nº 3.562, de 20 de Outubro de 2006. Define


as diretrizes para a ocupação do solo urbano e dá outras providências.
Teresina: PI, 2006.

_________. Lei Complementar nº 3.560, de 20 de Outubro de 2006. Define


as diretrizes para a ocupação do solo urbano e dá outras providências.
Teresina: PI, 2006.

______. Lei Complementar nº 4.729, de 10 de Junho de 2015. Dispõe sobre


o Código de Obras e Edificações de Teresina e dá outras providências.
Teresina: PI, 2015.

VALLADARES, L. do Prado. A invenção da favela: do mito de origem à


favela. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
WHITE, William. The Social Life of Small Urban Space. New York: Project
Public Spaces Inc, 2001.

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