Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INSTITUTO DE FÍSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA
Maceió-AL
2017
Jessica Edith Quispe Bautista
Maceió-AL
2017
Catalogação na Fonte
Universidade Federal de Alagoas
Biblioteca Central
Divisão de Tratamento Técnico
Bibliotecário: Marcelino de Carvalho Freitas Neto – CRB-4 - 1767
Bibliografia: f. 83-91.
Apêndices: f. 92-106.
Anexos: f. 107-132.
À minha famı́lia.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus por sempre me guiar, iluminar e cuidar de mim.
Aos meus pais, que apesar de já não estar presentes fisicamente sempre nos motiva-
ram a meus irmãos e a mim a estudar.
Aos meus irmãos pelo amor, a confiança e a motivação para continuar me superando.
À minha famı́lia pelo carinho, confiança e suas palavras de motivação.
Ao meu orientador, o professor Rodrigo Lima, pelas oportunidades que me pro-
porcionou, pela orientação e a confiança depositada em mim para a realização desta
pesquisa.
Aos professores Marcelo Lyra e Pedro Orellana, pela orientação e contribuição para
a realização deste trabalho; também pelo apoio e oportunidades oferecidas para minha
formação acadêmica.
A todos os professores que teve a oportunidade de interagir ao longo deste caminho
da vida acadêmica até o dia de hoje; todos vocês contribuı́ram com um pouco de seus
conhecimentos, os quais foram vitais para compreender e desenvolver o trabalho que aqui
apresento.
Aos meus amigos do instituto de fı́sica, principalmente a Jefferson, Leandro, Messias
e Leônade, pelos momentos de discussões sobre fı́sica, e ainda mais pela sua amizade.
A meus amigos de sempre, Isela, Sara, Ulices e Marco, que apesar da distância sempre
estamos em contato, e sempre posso contar com eles. Aos amigos que fiz ao longo destes
anos. Especialmente a Vânia, muito obrigada pelo seu apoio e a sua amizade nos momentos
mais crı́ticos.
A todos que direta ou indiretamente contribuı́ram para a realização deste trabalho.
À CAPES, CNPq, FAPEAL e FINEP; pelo apoio financeiro, muito vital para a
realização desta pesquisa.
“Nothing in life is to be feared,
it is only to be understood.”
— Marie Curie
RESUMO
The objective of this work is to study the thermoelectric properties and nonlinear
optical properties of semiconductor quantum dots, for this purpose the work is divided into
two parts. In the first part, we analyze the effects of quantum interference and electronic
interaction on the thermoelectric properties and the thermoelectric efficiency of a system
composed of two ferromagnetic quantum wires coupled to a semiconductor quantum dot,
which exhibits Rashba spin-orbit interaction and Coulomb interaction between its electrons,
on the influence of an external magnetic field. The system is described by a tight-binding
approximation and the Coulomb interaction between the electrons in the quantum dot is
described by the Hubbard model. For the calculation of the thermoelectric properties of
the system, the formalism of Landauer-Büttiker is used, which depends on the function of
transmission, calculated through Green’s functions. In addition, using the Sommerfeld
expansion, we obtain analytical expressions for the electric G and thermal K conductances,
thermopower S, as well as for the Lorenz ratio L and the dimensionless figure of merit
ZT . It is considered that the electron can tunnel through the system without changing
the polarization of its spin. On the other hand, the Rashba spin-orbit interaction creates
a second path to the electron passage through the quantum dot, in which the electron
spin is inverted. The interference between both paths gives rise to the Fano-Rashba effect,
consequently, the transmission function, in addition to showing a symmetrical peak like
Breit-Wigner, also, shows a Fano-type antisymmetric peak. The results show that in
the antiresonant regions, in the transmission function of the studied system, there is a
violation of the Wiedemann-Franz law; and an improvement of both thermopower and
thermoelectric efficiency. When the Rashba spin-orbit interaction values are close to the
direct coupling value, high efficiency is reported, ZT ą 1, whose value increases when the
electronic interaction is considered.
In the second part, we study the exciton contribution to the third-order electric
susceptibility of one-dimensional semiconductor quantum dots with a semi-parabolic
confining potential and show that the screening of the electron-hole interaction has a
strong influence on the nonlinear optical properties in the weak confinement regime. Based
on a density matrix formulation, we estimate the spectrum of the third-order electric
susceptibility and its contribution to the refraction index and absorption coefficient. In
particular, we show that the multi-peaked spectrum of the nonlinear susceptibility, which
results from the hydrogenoid character of the exciton eigenstates for a purely Coulombian
electron-hole coupling, is reverted towards a single-peaked structure as the interaction
becomes strongly screened, thus leading to a substantial enhancement of the nonlinear
optical properties of semiconductor quantum dots.
Key-words: Semiconductor quantum dots, exciton. Electronic transport, thermo-
electric transport, Rashba spin-orbit interaction, Fano effect, Coulomb interaction, electric
conductance, thermal conductance, thermopower, violation of the Wiedemann-Franz law,
figure of merit. Third-order nonlinear optical properties, third harmonic generation,
screening effect.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO 15
7 CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS 81
REFERÊNCIAS 83
1 INTRODUÇÃO
Graças à teoria de bandas foi possı́vel entender porque alguns materiais condu-
zem corrente elétrica, outros não e outros só conduzem sob certas circunstâncias, cujos
materiais são conhecidos como condutores, isolantes e semicondutores, respectivamente.
Aqui nós focaremos nos semicondutores, os quais tiveram e têm diversas aplicações em
dispositivos eletrônicos, termoelétricos e optoeletrônicos, por causa da fácil mudança de
suas propriedades fı́sicas [1], seja por dopagem ou forças externas. Além disso, o rápido
progresso das técnicas de crescimento de materiais permitiu a produção de estruturas
semicondutoras de tamanho nanométrico (isto é, estruturas com dimensões espaciais onde
as leis da mecânica quântica regem e, portanto, novos efeitos fı́sicos são manifestados),
o que nos abriu a porta a uma grande variedade de aplicações, inclusive em dispositivos
spintrônicos [2].
Nesse contexto, um tipo de nanoestrutura que tem atraı́do grande interesse nos
últimos anos são os pontos quânticos semicondutores (PQ’s semicondutores), cujos por-
tadores de carga são confinados nas suas três dimensões espaciais e, como consequência
disso, apresentam propriedades similares aos átomos, pelo que também são conhecidos
como átomos artificiais, e cujas propriedades e aplicações dependem fortemente da maneira
como eles são obtidos.
Alguns estudos recentes mostraram um grande melhoramento da eficiência ter-
moelétrica, medida através da figura de mérito [3], de dispositivos termoelétricos baseados
em pontos quânticos semicondutores devido a diversos fatores, por exemplo, sua baixa
dimensionalidade [4], efeitos de interferência [5] ou correlação eletrônica [6]; o que leva em
muitos casos à violação da lei de Wiedemann-Franz [7, 8] chegando a gerar grandes valores
da figura de mérito adimensional (ZT ą 1), motivando a visar suas futuras aplicações
em dispositivos termoelétricos [9–11]. Com o propósito de contribuir na procura por
sistemas que apresentem alta eficiência termoelétrica, para suas futuras aplicações em
dispositivos termoelétricos, aqui estudamos as propriedades termoelétricas de um sistema
similar ao proposto por Datta e Das [2]. Tal sistema é composto por um ponto quântico
semicondutor com interação spin-órbita Rashba [12], onde estudamos também a interação
entre os eletrons [13], acoplado a dois fios ferromagnéticos, a baixas temperaturas. O
sistema é estudado na aproximação de tight-binding de primeiros vizinhos e as propriedades
termoelétricas são calculadas com base no formalismo de Landauer-Bütikker [14–16], onde
a função de transmissão será calculada usando as funções de Green fora do equilı́brio.
Por outra parte, devido ao fato que os pontos quânticos semicondutores apresentam
estados discretos de energia, como os átomos, os comprimentos de onda da radiação
que são emitidos ou absorvidos em transições eletrônicas internas são bem definidos.
Portanto existe uma vasta faixa de aplicações para estas nanoestruturas. Por exemplo,
16
estes podem ser utilizados em dispositivos optoeletrônicos como fotodetectores [17, 18]
e lasers [19, 20]. Este último possue aplicações em diversos campos como na medicina,
indústria, telecomunicações e pesquisas cientı́ficas. Nesse sentido, uma diversa gama
de comprimentos de ondas são requeridos. Uma forma de aproveitar um único laser
seria a produção de lasers de diversos comprimentos de ondas, através da excitação e
misturas de ondas (ou geração de harmônicos) em PQ’s semicondutores, isto é, através
do aproveitamento das propriedades ópticas não lineares das nanoestruturas. Nesse
sentido, PQ’s semicondutores tem mostrado melhoras na suas propriedades ópticas não
lineares quando estes apresentam éxcitons em vez de só elétrons [21, 22], isso no regime de
confinamento forte. No regime fraco, onde a interação de Coulomb entre as partı́culas do
éxciton é mais intensa, se reporta uma redução das mesmas [23]. Com o fim de abortar
nesse estudo e visando futuras aplicações, neste trabalho também estudamos a repercussão
sobre a geração de terceiro harmônico, o ı́ndice de refração e o coeficiente de absorção
não lineares devido ao efeito screening sobre as partı́culas do éxciton, elétron e buraco,
confinadas num potencial semi-parabólico num ponto quântico semicondutor.
Começamos o trabalho falando brevemente, no capı́tulo 2, sobre os pontos quânticos
semicondutores, confinamento dos portadores de carga, algumas técnicas de fabricação,
assim como algumas aplicações.
Com a finalidade de estudar as propriedades termoelétricas dos PQ’s semicondutores,
no capı́tulo 3 se fará uma breve explicação do transporte eletrônico através do formalismo
de Landauer-Büttiker [14, 15], assim, como sua implementação para o estudo do transporte
termoelétrico. Para isso é necessário o cálculo da função de transmissão que será feita
através das funções de Green fora do equilı́brio, apresentado também no mesmo capı́tulo.
No capı́tulo 4 se estudam as propriedades termoelétricas de um ponto quântico
semicondutor que apresenta interação spin-órbita Rashba [12] acoplado a dois fios fer-
romagnéticos, onde efeitos de interferência tipo Breit-Wigner [24] e tipo Fano [25] são
esperados na função de transmissão [26–28]. Nesse sentido são calculadas as condutâncias
elétrica e térmica, a thermopower, a taxa de Lorenz assim como a eficiência do sistema em
questão através da figura de mérito adimensional, e como estas grandezas são afetadas
devido à interação de Coulomb entre os elétrons no PQ, para o qual consideramos interação
de Hubbard tipo I [13].
Por outro lado, com a finalidade de estudar propriedades ópticas não lineares em
PQ’s semicondutores, no capı́tulo 5 se apresenta uma breve introdução à óptica não linear
com ênfase nas propriedades ópticas não lineares de terceira ordem. No capı́tulo 6 se
estuda as repercussões do efeito screening de Thomas-Fermi [29–31] sobre um éxciton com
confinamento semiparabólico em um PQ semicondutor sobre suas propriedades ópticas
não lineares de terceira ordem através do formalismo da matriz de densidade e fazendo
uso da aproximação de massa efetiva.
17
Quando se faz crescer três capas de diferentes materiais semicondutores, tal que
a do meio possua menor gap que a de seus extremos, de tal forma que seus portadores
de carga na BV e na BC não consigam ultrapassar a barreira criada nas extremidades
pela banda proibida dos semicondutores que se encontram nos extremos, estamos frente
aos conhecidos poços quânticos, mostrado na Fig. 2.1b, onde o movimento dos elétrons e
buracos são limitados em uma das três direções, ou seja, os portadores estão livres para se
mover em duas dimensões (2-D).
19
2.2.1 Auto-organização
não pode ser mais mantida pelas camadas epitaxiais e ocorre a formação de pequenas ilhas
tridimensionais, relaxando a tensão que não pode mais ser mantida pela camada epitaxial
2-D. Após a relaxação, estas ilhas assumem o parâmetro de rede do material do qual elas
são constituı́das, como indicado na Fig. 2.2d, o que fica situado logo abaixo dos pontos
quânticos recebe o nome de wetting layer ou camada molhante [35, 36, 38]. E finalmente
pode ser coberta pelo substrato, como mostra a Fig. 2.2e
Figura 2.3: Imagem AFM de pontos quânticos organizados sobre uma superfı́cie
de GaAs p001q. Os pontos tem um diâmetro de 30 ´ 40nm, uma altura de 4 ´ 8nm
e são estatisticamente distribuı́dos sobre a superfı́cie.
Fonte: Ihn (2010) [37]
Pontos quânticos auto-organizados podem ser crescidos por epitaxia de feixe mo-
lecular ou por deposição de vapor quı́mico metal-orgânico (MBE ou MOCVD, pelas
suas siglas em inglês, respectivamente) para uma grande variedade de materiais se-
micondutores como: InpGaqAs{GaAs, InP {InGaP , InSb{GaSb, SipGeq{Si, InAs{Si,
InAlAs{AlGaAs, InAs{InGaAs e também com materiais dos grupos II{V I e IV {V I [35,
36, 38, 39].
Na figura 2.3, como exemplo, mostra uma imagem de PQ’s de InAS sobre um
substrato de GaAs p001q, onde os PQ’s encontram-se distribuı́dos estadisticamente sobre
o substrato.
2.2.2 Litografia
Implementado por Reed et al. nos 80’s, a litografia foi uma das primeiras técnicas
para obter pontos quânticos a partir de poços quânticos. Na Fig. 2.4 podemos apreciar um
esquema ilustrativo dos passos do processo utilizado para a fabricação de pontos quânticos
por meio desta técnica.
Como pode-se observar na Fig. 2.4, a superfı́cie contendo um ou mais poços quânticos
é coberta completamente por um polı́mero, para logo expor uma pequena parte (Fig. 2.4a).
22
O padrão exposto é o que gerará a forma da nanoestrutura que se deseja fabricar. Diferente
do que normalmente é feito nos casos de litografia comuns, a camada polimérica não é
exposta à luz visı́vel, pois se deseja elevadas resoluções devido às dimensões necessárias
para construir um ponto quântico, pelo que são utilizados feixes de elétrons/ı́ons (litografia
por feixe de elétrons/ı́ons). Nas áreas expostas, o polı́mero é removido (Fig. 2.4b). Depois
toda superfı́cie é coberta com uma capa metálica fina (Fig. 2.4c). Usando uma solução
especial, remove-se a camada polimérica restante e o filme metálico sobre ela, deixando
uma superfı́cie limpa, com exceção da área exposta inicialmente onde a capa metálica
permanece (Fig. 2.4d). Continuando com o processo, a área não protegida pelo filme
metálico é corroı́da quimicamente (Fig. 2.4e), criando um pilar fino, produzindo, assim,
pontos quânticos (Fig. 2.4f). Desta forma, o movimento dos elétrons, o qual era inicialmente
confinado ao plano do poço quântico, é ainda mais restringido a um pequeno pilar com
diâmetros da ordem de 10 ´ 100nm.
A facilidade em produzir poços quânticos finos e homogêneos faz do GaAs o material
mais utilizado para a fabricação de pontos quânticos por meio da técnica de litografia. Na
Fig. 2.5 mostra-se um exemplo de pontos quânticos obtidos usando este método.
23
Figura 2.5: Pontos quânticos com diâmetros de 200nm obtidos a partir de poços
quânticos de GaAs{AlGaAs através da técnica de litografia.
Fonte: Jacak (1998) [36]
Uma outra técnica muito utilizada para produzir pontos quânticos é o campo
elétrico modulado que consiste na criação de eletrodos micrométricos sobre a superfı́cie
de um poço quântico por meio de técnicas de litografia, como observado na Fig. 2.6. A
aplicação de uma voltagem apropriada aos eletrodos produz um campo elétrico modulado
espacialmente, o qual localiza os elétrons dentro de uma pequena área. Algumas vantagens
desta técnica é que o confinamento lateral criado não apresenta defeitos de bordas, os quais
são caracterı́sticas das estruturas produzidas por litografia; permite controlar muitas das
variáveis que definem um ponto quântico, como, por exemplo, seu tamanho e o número de
elétrons confinados.
relação eletrônica [6]; o que levaria a violações da lei de Wiedemann-Franz [7, 8] gerando
grandes valores da figura de mérito adimensional (ZT ą 1) permitindo assim suas futuras
aplicações em dispositivos termoelétricos [41], como nanotermômetros [9, 10], geradores de
potência [11], refrigeradores [42], retificadores térmicos [43], entre outros [6].
O efeito de interação spin-órbita Rashba [12] que algumas nanoestruturas semicon-
dutoras apresentaram [44, 45] inspirou a Datta e Das, em 1990, a propor um dispositivo
tipo transistor de spin, baseado na precessão do spin do elétron e controlado por um campo
elétrico externo via interação spin-órbita [2]. Esta proposta, desde então, tem motivado
a realização de diversos trabalhos visando aplicações em dispositivos spintrônicos como:
chaveamento termoelétrico e termospin [46], dispositivos lógicos baseado no spin [47],
sensor de campo magnético [48, 49], e gerador termoelétrico de spin [50], entre outros.
Por outro lado, devido ao fato que os pontos quânticos semicondutores apresentam
estados discretos de energia como os átomos, os comprimentos de onda da radiação
que são emitidos ou absorvidos em transições eletrônicas internas são bem definidos.
Portanto, existe uma vasta faixa de aplicações para estas estruturas como, por exemplo, em
dispositivos optoeletrônicos como fotodetectores [17, 18] e lasers [19, 20]. Também podem
possuir aplicações em chaveamento óptico [51], células solares [52], entre outras [35].
25
caminho livre médio lm e (iii) o comprimento de relaxação de fase lφ dos portadores [64].
Quando um desses critérios não é satisfeito, a segunda lei de Ohm não vale e a mostra é
dita mesoscópica. Principalmente, quando L ! lm , a condutância se aproxima de um limite
(o inverso da resistência dos contatos); quando W ! lm , G varia discretamente [64]. Essas
caracterı́sticas foram mostradas experimentalmente por van Wees et al. [58] e Wharam et
al. [59] em 1988.
No caso em que L, W ! lm , o transporte é balı́stico e podemos fazer uso do
formalismo de Landauer-Büttiker [14, 15] para expressar a condutância como um problema
de transmissão e em termos das propriedades da amostra perto do nı́vel de Fermi.
O formalismo de Landauer-Büttiker [14, 15] é uma descrição do transporte de cargas
que expressa a corrente elétrica entre dois (ou mais) pontos em termos da probabilidade
do elétron ir de um ponto para outro. Trata-se de uma alternativa às descrições de Kubo,
Boltzmann e Drude [1, 65, 66].
Nós estamos interessados em tratar sistemas nanoscópicos nos quais há conservação
de coerência de fase eletrônica, ou seja, as dimensões dos dispositivos em estudo são menores
que o comprimento de coerência de fase L, W ! lφ . Também estamos considerando que o
comprimento L está associado com a direção de propagação da corrente eletrônica.
Os processos de dispersão no nosso sistema, através do formalismo de Landauer-
Büttiker, ocorrem unicamente nas interfaces entre o ponto quântico semicondutor e os fios
quânticos ferromagnéticos. Nós estamos interessados no cálculo da condutância através do
ponto quântico semicondutor, o qual será explicado a seguir.
eÿ ` e ÿ 1 BE `
Ii` “ υf pEq “ f pEq (3.1)
L k L k ℏ Bk
ř L
ş
Ao usarmos a transformação k Ñ 2π
dk, considerando estados não degenerados,
obtemos
ż8
e
Ii` “ f ` pEqdE (3.2)
h ε
ż8
` e
I “ f ` pEqM pEqdE (3.3)
h ´8
ż8 ż µ1
`
f pEqM pEqdE “ M f ` pEqdE “ M rµ1 ´ µ2 s. (3.5)
´8 µ2
28
Portanto, comparando a eq. 3.9 com a lei de Ohm, I “ GV “ Gpµ1 ´ µ2 q{|e|, onde
V é a voltagem aplicada entre os contatos do sistema, obtemos a fórmula de Landauer-
Büttiker:
29
e2
G“ MT . (3.10)
h
Cuja inversa é a resistência total do sistema G´1 , composta pela resistência devido
h 1´T
as processos de dispersão, G´1 s “ e2 M T , e pela resistência devido à interface ou por
h
contato, G´1
c “ e2 M .
ż8
e
I1` “ M pEqf1 pEqdE, (3.11)
h ´8
ż8
I1` “ i`
1 pEqdE, (3.12)
´8
e
i`
1 pEq “ M pEqf1 pEq. (3.13)
h
A corrente eletrônica por unidade de energia que entra no condutor central pelo
terminal 2 é dada por
e 1
i´
2 pEq “ M pEqf2 pEq. (3.14)
h
onde M 1 pEq é o número de sub-bandas no terminal 2 e f2 pEq ” f2 pE, µ2 q é a função
de distribuição de Fermi-Dirac (anexo A) do contato 2, dependente da energia E e do
potencial quı́mico no contato 2, µ2 . Por outro lado, as correntes que saem pelos terminais
1 e 2 são dadas respectivamente por
30
i´ ` 1 ´
1 pEq “ p1 ´ Ts pEqqi1 pEq ` Ts pEqi2 pEq (3.15)
e
i` ` 1 ´
2 pEq “ Ts pEqi1 pEq ` p1 ´ Ts pEqqi2 pEq. (3.16)
Portanto, a corrente lı́quida, por unidade de energia, que flui em qualquer ponto do
dispositivo é dada por
ipEq “ i` ´ ` ´ ` 1 ´
1 pEq ´ i1 pEq “ i2 pEq ´ i2 pEq “ Ts pEqi1 pEq ´ Ts pEqi2 pEq
e
“ rM pEqTs pEqf1 pEq ´ M 1 pEqTs1 pEqf2 pEqs
h
e
“ Ts rf1 pEq ´ f2 pEqs, (3.17)
h
onde consideramos que não há dispersão inelástica e definimos a função de transmissão
como
ż8
e
I “ T pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE (3.19)
h ´8
T “ T rrt: ts (3.20)
Se ambos contatos, mostrados na Fig. 3.2, são mantidos no mesmo potencial, então
µ1 “ µ2 e a eq. 3.19 prevê corrente zero, ja que f1 pEq “ f2 pEq ñ I “ 0. Para pequenas
variações deste estado de equilı́brio (eq), a corrente é proporcional ao campo aplicado, e
pode ser expressa como
31
ż8
e
δI “ prT pEqseq δrf1 pEq ´ f2 pEqs ` rf1 pEq ´ f2 pEqseq δrT pEqsq dE (3.21)
h ´8
O segundo termo é claramente zero pelo exposto anteriormente. Por outro lado, o
primeiro termo pode ser simplificado usando as séries de Taylor
ˆ ˙
Bf0
δrf1 pEq ´ f2 pEqs « ´ ∆µ (3.22)
BE
ˆ ˙ ˆ ˙
Bf1 Bf0
δrf1 pEqs « f0 ` δµ “ f0 ` δµ ´ , (3.23)
Bδµ δµ“0 BE
ˆ ˙ ˆ ˙
Bf2 Bf0
δrf2 pEqs « f0 ` δµ “ f0 ´ δµ ´ (3.24)
Bδµ δµ“0 BE
ż8 ˆ ˙
e Bf0
δI “ T pEq ´ dE∆µ. (3.25)
h ´8 BE
e2 e2
ż8
G“ T pEqδpεF ´ EqdE “ T pεF q (3.27)
h ´8 h
Efeitos termoelétricos são fenômenos que associam o fluxo de calor com a corrente
elétrica [72, 73]; tais efeitos podem ser utilizados na construção de conversores de energia e
por esse motivo têm sido muito estudados, sobretudo após algumas pesquisas terem indicado
um aumento na resposta termoelétrica de materiais semicondutores nanoestruturados.
Existem três tipos de efeitos termoelétricos, os quais receberam o nome de seus
descobridores: efeito Seebeck, efeito Peltier e efeito Thomson.
Assim, estes efeitos podem ser aplicados para gerar energia e recuperar excedentes
de calor [69, 74] (Seebeck), e como refrigeradores e aquecedores [69, 74] (Peltier).
Até agora temos considerado que todo o sistema (Fig. 3.2) estava a uma mesma
temperatura, mas a partir de agora vamos a considerar que os contatos estão a diferentes
temperaturas. O contato esquerdo está a temperatura T1 e o contato direito a T2 . Para
33
IQ “ T IS . (3.28)
T δS “ δE ´ µδN, (3.29)
T IS “ IE ´ µIN (3.30)
1 8
ż
IE “ ET pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE, (3.31)
h ´8
1 8
ż
IN “ T pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE. (3.32)
h ´8
ż8
1
T IS “ rE ´ µsT pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE (3.33)
h ´8
ż8
1
IQ “ rE ´ µsT pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE (3.34)
h ´8
onde dEi e dNi são a energia e o número de elétrons no reservatório i (i “ 1, 2). Logo,
as únicas mudanças na energia e no número de elétrons nos reservatórios são devidas às
correntes de energia e de partı́culas entre eles. Assim,
Por conseguinte,
ż8
1
IQ1 “ IE ´ µ1 IN “ rE ´ µ1 sT pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE (3.41)
h ´8
ż8
1
IQ2 “ ´IE ` µ2 IN “ r´E ` µ2 sT pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE (3.42)
h ´8
Por outro lado, a energia extraı́da da fonte por unidade de tempo é dada por
ż8
µ1 ´ µ2 1
IE “ ∆V I “ I“ rµ1 ´ µ2 sT pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE (3.43)
e h ´8
35
ż8
1
IQ1 ` IQ2 ` IE “ rE ´ µ1 ´ E ` µ2 ` µ1 ´ µ2 sT pEqrf1 pEq ´ f2 pEqsdE “ 0, (3.44)
h ´8
cujo resultado era esperado, cumprindo, assim, com a lei de conservação da energia [75].
A energia calorı́fica que flui no sistema é igual à energia cedida pela fonte.
e 8
ż
δI “ prT pEqseq δrf1 pEq ´ f2 pEqs ` rf1 pEq ´ f2 pEqseq δrT pEqsq dE (3.45)
h ´8
1 8
ż
δIQ “ prpE ´ µqT pEqseq δrf1 pEq ´ f2 pEqs
h ´8
`rf1 pEq ´ f2 pEqseq δrpE ´ µqT pEqsq dE (3.46)
O segundo termo em ambas eqs. 3.45 e 3.46 são claramente zero pelo exposto
anteriormente. Por outro lado, os primeiros termos podem ser simplificados usando as
séries de Taylor
ˆ ˙ ˆ ˙
Bf0 E ´ µ0 Bf0
δrf1 pEq ´ f2 pEqs « ´ ∆µ ` ´ ∆T (3.47)
BE T0 BE
ˆ ˙ ˆ ˙
Bf1 Bf1
δrf1 pEqs « f0 ` δµ ` δT
Bδµδµ“0 BδT δT “0
ˆ ˙ ˆ ˙
Bf0 E ´ µ0 Bf0
“ f0 ` ´ δµ ` ´ δT, (3.48)
BE T0 BE
ˆ ˙ ˆ ˙
Bf2 Bf2
δrf2 pEqs « f0 ` δµ ` δT
Bδµ δµ“0 BδT δT “0
ˆ ˙ ˆ ˙
Bf0 E ´ µ0 Bf0
“ f0 ´ ´ δµ ´ ´ δT (3.49)
BE T0 BE
e
δI “ eL0 ∆µ ` L1 ∆T (3.50)
T
1
δIQ “ L1 ∆µ ` L2 ∆T (3.51)
T
ˆ ˙
1 8
ż
Bf0
L0 “ T pEq ´ dE (3.52)
h ´8 BE
ˆ ˙
1 8
ż
Bf0
L1 “ pE ´ µqT pEq ´ dE (3.53)
h ´8 BE
ˆ ˙
1 8
ż
2 Bf0
L2 “ pE ´ µq T pEq ´ dE. (3.54)
h ´8 BE
1 1 L1
∆V “ δI ´ ∆T (3.55)
e2 L0 eT L0
ˆ ˙
L1 1 L21
δIQ “ δI ` L2 ´ ∆T (3.56)
eL0 T L0
37
ˇ
δI ˇˇ
G ” lim . (3.57)
∆V Ñ0 ∆V ˇ
∆T “0
G “ e2 L0 (3.58)
ˇ
∆V ˇˇ
S ” lim . (3.59)
∆T Ñ0 ∆T ˇ
δI“0
1 L1
S“´ (3.60)
eT L0
ˇ
δIQ ˇˇ
K ” lim . (3.61)
∆T Ñ0 ∆T ˇ
δI“0
ˆ ˙
1 L2
K“ L2 ´ 1 (3.62)
T L0
S 2G
Z“ , (3.63)
K
onde S é a thermopower, G é a condutância elétrica e K é a condutância térmica.
Usualmente, Z é multiplicado pela temperatura média T para que o rendimento seja um
número adimensional. Logo, a figura de mérito adimensional é dada por
S 2 GT
ZT “ , (3.64)
K
Portanto, quanto maior for o valor da figura de mérito adimensional, maior será a
eficiência do material termoelétrico. De acordo com a eq. 3.64, para obter valores altos
de ZT , os valores do coeficiente de Seebeck e da condutância elétrica devem ser altos
e o valor da condutância térmica deve ser pequeno. De modo geral, um bom material
termoelétrico deve ser, ao mesmo tempo, um bom condutor elétrico e mau condutor
térmico. A otimização do valor de ZT não é tão simples, já que em muitos casos o aumento
da thermopower leva à diminuição da condutância elétrica, e o aumento da condutância
elétrica leva ao aumento da condutância térmica.
Por outro lado, em 1853, Wiedemann e Franz estudaram a condutividade térmica
de alguns metais e notaram que, para uma dada temperatura, a condutividade térmica
k é proporcional à condutividade elétrica σ para todos os metais em estudo [7]. Esta
caracterı́stica, depois, também foi confirmada por outros cientistas. Em 1872, Lorenz
através de seu trabalho [8] concluiu que a razão entre a condutividade térmica e elétrica
em metais é proporcional à temperatura absoluta T , na forma da seguinte equação
k
“ LT (3.65)
σ
a qual equação é conhecida como a lei de Wiedemann-Franz, e L é a taxa de Lorenz, cujo
valor teórico é dado por [65]
π 2 kB
2
L0 “ “ 2.44 ˆ 10´8 W K ´2 (3.66)
3 e
onde L0 é conhecido como o número de Lorenz e kB é a constante de Boltzmann.
Em macroestruturas, as razões entre as condutividades térmica e elétrica e as
condutâncias térmica e elétrica de um mesmo material são iguais, isto é [75]:
K kA{L k
“ “ , (3.67)
G σA{L σ
temos que
K
“ LT (3.68)
G
Substituindo esta eq. 3.68 na eq. 3.64, temos
S2
ZT “ , (3.69)
L
Portanto, se esperaria que o coeficiente de Seebeck determine o valor da figura de
mérito, mas esta lei nem sempre se cumpre [76]. Em semicondutores a baixas temperaturas,
a razão encontrada entre a condutividade térmica e elétrica (L) é menor que o establecido
pela lei de Wiedemann-Franz (L0 ), L ă L0 [76]. Assim pois, violações à lei de Wiedemann-
Franz resultam em valores mais altos da figura de mérito adimensional ZT [4, 5, 61] que
aqueles encontrados em metais.
A função de Green do sistema total, do ponto quântico acoplado aos dois fios
ferromagnéticos, é calculada através da equação de Dyson,
Ĝ “ ĝ ` ĝ ĤI Ĝ (3.70)
onde gLL e gRR são as funções de Green superficiais dos fios esquerdo e direito, respectiva-
mente, antes de acoplá-los ao ponto quântico, dado por B.47. Substituindo 3.83 e 3.84 em
3.77, obtemos
41
GDD “ gDD ` gDD HDL gLL HLD GDD ` gDD HDR gRR HRD GDD (3.85)
“ gDD ` gDD ΣL GDD ` gDD ΣR GDD (3.86)
onde ΣL “ HDL gLL HLD e ΣR “ HDR gRR HRD são os autoestados devido ao fio esquerdo
e direito, respectivamente. Estes descrevem a influência dos contatos sobre a estrutura
eletrônica do PQ. Deixando GDD em evidência, obtem-se
´1
GDD “ pgDD ´ ΣL ´ ΣR q´1 (3.87)
1
ρpEq “ T rrApEqs (3.90)
2π
com
Portanto, a DOS pode ser calculada apartir das funções de Green como
42
1
ρpEq “ ´ ImtT rrGDD pEqsu (3.92)
π
ż8
N“ ρpEqf0 pEqdE (3.93)
´8
1
ρσ pEq “ ´ ImtGDσ Dσ pEqu (3.94)
π
e
43
ż8
nσ “ ρσ pEqf0 pEqdE, (3.95)
´8
respectivamente.
3.3.3 Auto-consistência
Figura 3.4: Fluxo para calcular o número de elétrons (com spin para acima e
para abaixo) e a condutância.
Fonte: Autor
-V0 -V0
e0
FML e0
FMR
-tso
QD -t so
ÿÿ ÿ ÿ
ĤLpRq “ εσ c:iσ ciσ ´ υ pc:iσ cjσ ` c:jσ ciσ q (4.2)
i‰0 σ xi‰jy σ
45
aqui c:iσ (ciσ ) é operador de criação (aniquilação), o qual cria (aniquila) um elétron no sı́tio i
do contato FM com spin σ (σ “Ò, Ó). A energia em cada sı́tio é dada por εσ “ 2υ ´∆rσz sσ,σ
onde ∆ é a energia ferromagnética e é considerada ser ∆{2υ “ 0, 1. O hopping entre os
primeiros vizinhos é ´υ. Por outro lado, xi, j ‰ 0y representa a soma de i e j tal que i ‰ j
e ambos sejam diferente de zero e j “ i ˘ 1. Por outro lado, o Hamiltoniano do PQ, ĤD , é
ÿ
ĤD “ ε0σ d:σ dσ ` U d:Ò dÒ d:Ó dÓ (4.3)
σ
sendo d:σ (dσ ) o operador de criação (aniquilação), o qual cria (aniquila) um elétron no
ponto quântico com spin σ e com energia ε0σ “ ε0 ` µBrσz sσ,σ , onde ε0 é a energia de sı́tio
no PQ, µB é a energia de Zeeman devido ao campo magnético B aplicado sobre o PQ e
rσz sσ,σ é a representação de um elemento da matriz de Pauli σz . U descreve a interação de
Coulomb entre os elétrons no PQ, a qual é considerada como interação de Hubbard tipo I
[13]. Por último, o Hamiltoniano da interação entre o PQ e os contatos, ĤI , é
ÿ ÿ
ĤI “ ´ V0 pd:σ c1σ ` c:1σ dσ q ´ V0 pd:σ c´1σ ` c:´1σ dσ q
σ σ
ÿ :
ÿ
´ tso rσx sσ,σ̄ pd:σ c1σ̄ ` c1σ dσ̄ q ´ tso rσx sσ,σ̄ pd:σ c1σ̄ ` c:1σ dσ̄ q (4.4)
σ σ
onde ´V0 e ´tso descrevem o acoplamento entre o PQ e os fios FM’s via tunelamento
”direto”e ”indireto”, isto é, com conservação da polarização do spin e com inversão da
polarização do spin (devido à ISO Rashba), respetivamente. rσx sσ,σ̄ é a representação de
um elemento da matriz de Pauli σx .
As propriedades termoelétricas a estudar são a condutância elétrica G e térmica K,
e a thermopower S, que são dadas pelas eqs. 3.58, 3.60, 3.62:
G “ e2 L0
1 L1
S “ ´ (4.5)
eT L0
ˆ ˙
1 L21
K “ L2 ´
T L0
ż `8 ˆ ˙
1 nBf
Ln pµ, T q “ dEpE ´ µq T pEq ´ (4.6)
h ´8 BE
onde T pEq é a função transmissão, que contém a informação a respeito das propriedades
de transporte, calculada mediante o uso das funções de Green (eq. 3.88) e é dada por:
1
T pEq “ ” ı2 , (4.7)
Retg1Ò u N pEq
1` Imtg1Ò u
` 2Imtg1Ò uDpEq
com
´1 ´1
“ ´1 2 ´1 2
‰
N pEq “ gdÒ gdÓ ´ 2g1Ó gdÓ tso ` gdÒ V0 , (4.8)
` ˘2
DpEq “ 2g1Ó t2so ´ V02 ´ gdÒ´1 2 ´1 2
tso ´ gdÓ V0 (4.9)
e as funções g’s são as funções de Green dos sistemas isolados, dadas pelas eqs. B.47 e
A.48:
» d fi
ˆ ˙2
1 – pE ´ εÒ q E ´ εÒ fl
g1Ò “ ´i 1´
υ 2υ 2υ
» dˆ fi
˙2
1 – pE ´ εÓ q E ´ εÓ
g1Ó “ ` ´ 1fl (4.10)
υ 2υ 2υ
´1
pE ´ εIÒ qpE ´ εII
Ò q
gdÒ “ II
E ´ εÒ ` xnÓ yU
´1
pE ´ εIÓ qpE ´ εII
Ó q
gdÓ “ II
(4.11)
E ´ εÓ ` xnÒ yU
com εIσ “ ε0 ` rσz sσ,σ µB e εII σ “ ε0 ` rσz sσ,σ µB ` U , xnÒ y e xnÓ y são os números de
ocupação médio de elétrons com spin para cima e para baixo, respectivamente. Para o
caso sem interação eletrônica, U “ 0:
47
´1
gdÒ “ E ´ εIÒ
´1
gdÓ “ E ´ εIÓ (4.12)
ˆ ˙ ˇ
π 2 pkB T q2 B 2 FpEq ˇˇ
ż8
Bf
FpEq ´ dE « Fpµq `
´8 BE 6 BE 2 ˇE“µ
ˇ
7π 4 pkB T q4 B 4 FpEq ˇˇ
` ` OpT 6 q (4.13)
360 BE 4 ˇ E“µ
ˆ ˙
1 π 2 pkB T q2 2 7π 4 pkB T q4 1v
L0 « T pµq ` T pµq ` T pµq
h 6 360
` OpT 6 q,
ˆ ˙
π 2 kB T 7π 2 pkB T q3 3
L1 « 1
kB T T pµq ` T pµq ` OpT 6 q,
3h 30
ˆ ˙
π 2 pkB T q2 7π 2 pkB T q2 2
L2 « T pµq ` T pµq ` OpT 6 q. (4.14)
3h 10
ˇ
B n T pEq ˇ
com T pnq
pµq ” BE n ˇ
e µ sendo o potencial quı́mico. A expansão de Sommerfeld é
E“µ
válida para baixas temperaturas T ! TF , TF é a temperatura de Fermi.
A eficiência termoelétrica do sistema é dada pela figura de mérito adimensional ZT,
eq. 3.64:
ˆ ˙
S 2 GT S2 L21
ZT “ “ “ (4.15)
K L L2 L0 ´ L21
ˆ ˙
K 1 L2 L21
L “ “ 2 2 ´ (4.16)
GT eT L0 L20
48
ˆ ˙2
π2 kB
L0 “ (4.17)
3 e
4.2 Resultados
1 1
(a) t¯so = 0,0 (d) t¯so = 0,12
0 0
1 1
(b) t¯so = 0,04 (e) t¯so = 0,16
T (u.a.)
T (u.a.)
0 0
1 1
(c) t¯so = 0,08 (f) t¯so = 0,20
0 0
0.,0 0.,1 0.,2 0.,3 0.,4 0.,0 0.,1 0.,2 0.,3 0.,4
ε̄0 ε̄0
1 1
T ,<n ↑>,<n ↓> (u.a.) (a) Ū = 0,0 (d) Ū = 0,0
0 0
1 −0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 1 −0.1 0.0 0.1 0.2 0.3
(c) Ū = 0,15 (f) Ū = 0,15
0 0
−0.,1 0.,0 0.,1 0.,2 0.,3 −0.,1 0.,0 0.,1 0.,2 0.,3
ε̄0 ε̄0
1
(g) Ū = 0,0
T ,<n ↑>,<n ↓> (u.a.)
0
1 −0.1 0.0 0.1 0.2 0.3
(h) Ū = 0,10
0
1 −0.1 0.0 0.1 0.2 0.3
(i) Ū = 0,15
0
−0.,1 0.,0 0.,1 0.,2 0.,3
ε̄0
pelo estado quase-ligado com spin para cima [27, 28]. Quando o ponto quântico apresenta
interação spin-órbita Rashba [12], é criado um segundo caminho para a passagem dos
elétrons através do PQ, no qual a orientação dos spins dos elétrons é invertida; neste caso,
na função de transmissão surge um pico assimétrico tipo Fano [25], produto da interferência
entre os estados contı́nuos com spin para cima e os estados discretos com polarização de
spin oposta [27, 28, 63]. Este efeito é conhecido como efeito Fano-Rashba [26]. A medida
que a intensidade da t̄so aumenta os picos se afastam e a largura do pico simétrico aumenta,
mas a largura do pico assimétrico é reduzida até que a ISO Rashba atinge um valor igual
ao do acoplamento ”direto”, isto é, tso “ V0 ; a partir desse ponto a largura do pico Fano
começa a incrementar com a t̄so e sua direção de deslocamento muda. Por outro lado,
com o aumento da t̄so a posição da ressonância Breit-Wigner está sempre se deslocando à
direita e aumentando a sua largura. Como observação, das eqs. 4.7, 4.8 e 4.9, a função de
transmissão não depende dos sinais de tso e V0 .
A Fig. 4.3 mostra a função de transmissão (linhas azuis) e os números de ocupação
50
médio dos elétrons com spin para cima (linhas cinzas tracejadas) e para baixo (linhas
tracejadas vermelhas) no PQ em função da voltagem de porta normalizada ε̄0 “ ε0 {2υ para
diferentes valores ISO Rashba normalizada (t̄so “ 0, 04; t̄so “ 0, 08 e t̄so “ 0, 12) e para
diferentes valores da interação entre os elétrons no PQ (Ū “ 0, 0; Ū “ 0, 10 e Ū “ 0, 15).
Quando os elétrons interagem, a função de transmissão também depende de tal interação
e dos números de ocupação médio dos elétrons (eq. 4.12), e por médio desses, a função de
transmissão também depende dos efeitos da temperatura (eqs. 3.94 e 3.95), resultando em
um pequeno deslocamento dos picos de transmissão sem interação e redução da largura
do pico Fano. Além disso, é gerado mais um par de picos Fano e Breit-Wigner na função
de transmissão à esquerda dos picos sem interação. A distância entre os pico Fano é de,
aproximadamente, Ū ((b,e,h) Ū “ 0, 10 e (c,f,i) Ū “ 0, 15). A distância entre os novos
picos aumenta com o incremento da t̄so e da Ū . Com relação às antirressonâncias Fano, a
interação eletrônica ajuda fracamente a agudizar tais regiões.
0.,0 0.,2 0.,4 0.,6 0.,8 1.,0 0.,001 0.,004 0.,007 0.,010
2.,5
0.,75 2.,0
1.,5
0.,50
1.,0
0.,25 0.,5
0.,5
G 0.,0 |S|4.,00
3.,79
0.,90 3.,58
3.,37
0.,4 0.,16 3.,16
0.,75 2.,95
2.,74
2.,53
0.,3 0.,60 0.,14
2.,32
2.,11
t̄ so
¯tso
1.,89
0.,45
1.,68
0.,2 0.,12
1.,47
0.,30 1.,26
1.,05
0.,1 0.,10 0.,84
0.,15 0.,63
0.,42
0.,21
0.,0 0.,00 0.,08 0.,00
0.,2 0.,4 0.,6 0.,8 1.,0 0.,001 0.,004 0.,007 0.,010
1.,0
0.,5
0.,0
5
4
3
2
1
0
�0
¯ �0
¯
0.,20
ZT
10 -1
0.,18
10 -4
0.,16 10 -7
t̄so
10 -10
0.,14
10 -13
0.,12
10 -16
0.,10 10 -19
0.,010 0.,005 0.,000 0.,005 0.,010
�0
¯
1 4
S 2 (k B2 /e2 )
2 Ū = 0,10
1 Ū = 0,15
0 0
4
K (k B2 T /h)
3
(b) (e)
L(L 0 )
2 3
2
1
1
0
2
1
Z T (u.a.)
S (k B /e)
1 (c) (f)
0
−1
−2 0
−0.,1 0.,0 0.,1 0.,2 −0.,1 −0.,05 0.,0 0.,05
ε̄0 ε̄0
Figura 4.6: (a) Condutância elétrica G, (b) condutância térmica K, (c) thermo-
power S, (d) thermopower ao quadrado S 2 , (e) taxa de Lorenz L e (f ) figura de
mérito adimensional ZT em função da voltagem de porta normalizada ε̄0 . Para
valores diferentes de interação de Coulomb entre os elétrons no PQ e t̄so “ 0, 04.
Fonte: Autor
1 4
S 2 (k B2 /e2 )
G(e2 /h) (a) 3 Ū = 0,0 (d)
2 Ū = 0,10
1 Ū = 0,15
0 0
4
K (k B2 T /h)
3
(b) (e)
L(L 0 )
2 3
2
1
1
0
2
1
Z T (u.a.)
S (k B /e)
1 (c) (f)
0
−1
−2 0
−0.,1 0.,0 0.,1 0.,2 −0.,1 −0.,05 0.,0
ε̄0 ε̄0
Figura 4.7: (a) Condutância elétrica G, (b) condutância térmica K, (c) thermo-
power S, (a) thermopower ao quadrado S 2 , (b) taxa de Lorenz L e (c) figura de
mérito adimensional ZT em função da voltagem de porta normalizada ε̄0 . Para
valores diferentes de interação de Coulomb entre os elétrons no PQ e t̄so “ 0, 08.
Fonte: Autor
ˇ
π 2 kB
2
T B ˇ
S‰ lnT pEqˇˇ ,
3e BE E“µ
porque T pµq desvanece em tal região, sendo necessário considerar termos de ordens maiores
que o primeiro de kB T na eq. 4.14.
Ambas curvas de condutâncias apresentam comportamentos similares ao da função
de transmissão exceto nas regiões de antirressonância, como pode se observar na taxa de
Lorenz (Figs. 4.6(e), 4.7(e) e 4.8(e)) a qual é uma constante fora da região da antirres-
sonância e viola a lei de Wiedemann-Franz dentro de tal região. Perto das antirressonâncias
L2 {L0 " pL1 {L0 q2 e considerando até a segunda ordem na expansão de Sommerfeld, a
eq. 4.16 resulta em:
7π 2 pkB T q2 2
π 2 pkB {eq2 T pµq ` 10
T pµq
L « π 2 pkB T q2 2
3 T pµq ` T pµq
6
21{5 ` pT ˚ {T q2
« L0
1 ` pT ˚ {T q2
a ?
onde L0 é o numero de Lorenz e T ˚ {T “ T pµq{T 2 pµq 6{πkB . Quando T pµq e T 1 pµq
desvanecem e T 2 pµq ą 0, a taxa de Lorenz L chega atingir um valor máximo de 4, 2L0
nas antirressonâncias. Além disso, violações à lei de Wiedemann-Franz repercutem na
figura de mérito adimensional ZT , como se observa nas Figs. 4.6(f), 4.7(f) e 4.8(f). Da
eq. 4.15 sabemos que altos valores da figura de mérito adimensional ZT estão relacionados
a grandes valores da thermopower S e pequenos valores da taxa de Lorenz L. Para valores
53
1 5
S 2 (k B2 /e2 )
G(e2 /h) Ū = 0,0 (d)
(a) 4
3 Ū = 0,10
2 Ū = 0,15
1
0 0
4
K (k B2 T /h)
3
(b) (e)
L(L 0 )
2 3
2
1
1
0
2
Z T (u.a.)
S (k B /e)
1 (c) 1 (f)
0
−1
−2 0
−0.,1 0.,0 0.,1 0.,2 −0.,15 −0.,1 −0.,05 0.,0
ε̄0 ε̄0
Figura 4.8: (a) Condutância elétrica G, (b) condutância térmica K, (c) ther-
mopower S, (a) thermopower ao quadrado S 2 , (b) taxa de Lorenz L e (c) figura
de mérito adimensional ZT em função da voltagem de porta ε̄0 . Para valores
diferentes de interação de Coulomb entre os elétrons no PQ e t̄so “ 0, 12.
Fonte: Autor
4.3 Conclusões
A óptica é o ramo da ciência fı́sica que estuda a interação da luz com a matéria.
Quando a intensidade da luz é baixa as propriedades ópticas do material não dependem
da intensidade da luz. Por outro lado, se a iluminação é suficientemente intensa, então, as
propriedades ópticas começam a depender da intensidade e outras caracterı́sticas da luz, e
as ondas da luz podem interagir umas com as outras e com o meio. Este último é o campo
da óptica não linear o qual dá uma visão mais profunda da estrutura da matéria e que
tem crescido a cada dia devido ao interesse no desenvolvimento de dispositivos puramente
ópticos.
(meio sem dipolos magnéticos microscópicos), eletricamente neutro e não condutor (não
existem cargas livres ou densidade de corrente), é escrita no Sistema Internacional de
Unidades (SI) como [84, 85]:
„ ȷ
1 B2 B2
∇ ˆ ∇ ˆ ` 2 2 Epr, tq “ ´µ0 2 Ppr, tq, (5.1)
c Bt Bt
P “ ε0 χp1q ¨ E, (5.2)
.
P “ ε0 pχp1q ¨ E ` χp2q : E1 E2 ` χp3q ..E1 E2 E3 ` ¨ ¨ ¨ q
” Pp1q ` Pp2q ` Pp3q ` ¨ ¨ ¨ , (5.3)
onde as quantidades χp2q e χp3q são conhecidas como susceptibilidades ópticas não lineares
de segunda e terceira ordem, respectivamente, e Pp2q “ ε0 χp2q : E1 E2 faz referência à
.
polarização não linear de segunda ordem e Pp3q “ ε0 χp3q ..E1 E2 E3 à polarização não linear
de terceira ordem.
Os termos de ordens maiores e iguais aos dois da eq. 5.3 oscilam com frequências
que são combinações lineares (soma, harmônicos e diferenças) dos campos envolvidos.
Desta forma atuam como novas fontes de radiação na equação de onda 5.1.
Alguns fenômenos originados pelos diferentes termos da série da eq. 5.3 quando se
aplicam campos ópticos intensos são:
Os fenômenos mencionados nesta seção ilustram que a óptica não linear oferece
amplas áreas de pesquisa e de aplicações tecnológicas na construção de dispositivos.
Neste trabalho serão estudados fenômenos de terceira ordem, mais especificamente
a geração de terceiro harmônico, o coeficiente de absorção não linear e o ı́ndice de refração
não linear.
Para um melhor entendimento do surgimento da polarização não linear na próxima
seção explicaremos isto através de uma abordagem quântica, considerando um ensemble
de moléculas independentes e faremos uso do formalismo da matriz densidade e o método
de expansão de perturbação.
H “ H0 ` HI ptq, (5.4)
58
ż
xψptq|ψptqy “ ψ ˚ px, tqψpx, tqdx “ 1 (5.5)
onde ρptq é operador densidade, ou operador matriz densidade, e fornece uma descrição
fı́sica do sistema determinando completamente à resposta linear e não linear do sistema sob
forças externas. Para saber como o operador densidade muda como função do tempo vamos
59
ρptq
iℏ “ rH, ρptqs
dt
“ rH0 ` HI ptq, ρptqs
“ rH0 , ρptqs ` rHI ptq, ρptqs. (5.9)
Supondo que no passado remoto (t Ñ ´8) não há forças externas e, portanto, o
sistema está em equilı́brio a uma temperatura T . Assim, HI p´8q “ 0 e ρp´8q “ ρ0 , onde
ρ0 “ expp´H0 {kT q{Z é o operador densidade em equilı́brio térmico, k é a constante de
Boltzmann, e Z “ T rrexpp´H0 {kT qs é a função de partição. Na eq. 5.9, observamos que
quando HI ptq “ 0, ρ0 satisfaz esta equação, o que pode ser demonstrado notando que ρ0 é
independente do tempo t, e que pode ser expressa em séries de potência de H0 , permitindo,
assim, a comutação entre ρ0 e H0 . Agora, para resolver a eq. 5.9 quando HI ptq ‰ 0 e
cumprindo com a condição de contorno (ρp´8q “ ρ0 ), vamos expressar ρptq na forma de
uma série de perturbações (ou seja, uma série de potências de HI ptq):
onde ρp0q “ ρ0 , ρp1q ptq é linear em HI ptq, ρp2q ptq é quadrático em HI ptq, e assim por diante.
Também, observamos que a eq. 5.10 deve cumprir com a condição de contorno em t Ñ ´8,
portanto, os termos diferentes de ρ0 na equação devem sumir no passado remoto, isto é,
ρprq p´8q “ 0 para @r ‰ 0. Em seguida, substituindo a eq. 5.10 na eq. 5.9 e igualando os
termos que envolvem a mesma potência de HI ptq, obtem-se:
ρ0
iℏ “ rH0 , ρ0 s “ 0 (5.11)
dt
p1q
ρ ptq
iℏ “ rH0 , ρp1q ptqs ` rHI ptq, ρ0 ptqs (5.12)
dt
ρp2q ptq
iℏ “ rH0 , ρp2q ptqs ` rHI ptq, ρp1q ptqs (5.13)
dt
...
pnq
ρ ptq
iℏ “ rH0 , ρpnq ptqs ` rHI ptq, ρpn´1q ptqs (5.14)
dt
¨¨¨
d
iℏ tU0 p´tqρpnq ptqU0 ptqu “ U0 p´tqrHI ptq, ρpn´1q ptqsU0 ptq (5.15)
dt
żt
pnq
iℏU0 p´tqρ ptqU0 ptq “ dτ U0 p´τ qrHI pτ q, ρpn´1q pτ qsU0 pτ q, (5.16)
´8
onde os limites de integração têm sido fixados de acordo com a condição de contorno
ρ0 p´8q “ 0. A eq. 5.16 especifica ρpnq ptq quando ρpn´1q ptq é conhecido. Para simplificar o
resultado, definimos HI1 ptq “ U0 p´tqHI ptqU0 ptq. Também, fazemos uso das propriedades do
operador evolução temporal: da comutação rU0 ptq, U0 p´tqs “ 0 e de U0 ptqU0 pt1 q “ U0 pt`t1 q;
onde, se t1 “ ´t, U0 ptqU0 p´tq “ 1. Assim, obtemos
żt
pnq p´1q
U0 p´tqρ ptqU0 ptq “ piℏq dτ rHI1 ptq, U0 p´τ qρpn´1q pτ qU0 pτ qs (5.17)
´8
żt
p1q p´1q
U0 p´tqρ ptqU0 ptq “ piℏq dτ1 rHI1 pτ1 q, ρ0 s, (5.18)
´8
depois, resolvendo para n “ 2 e pegando o resultado da eq. 5.18 obtemos U0 p´tqρp2q ptqU0 ptq
em função de ρ0
żt ż t1
p2q p´2q
U0 p´tqρ ptqU0 ptq “ piℏq dτ1 dτ2 rHI1 pτ1 q, rHI1 pτ2 q, ρ0 ss, (5.19)
´8 ´8
61
żt ż t1 ż tn´1
pnq p´nq
ρ ptq “ piℏq U0 ptq dτ1 dτ2 ¨ ¨ ¨ dτn
´8 ´8 ´8
ˆrHI1 pτ1 q, rHI1 pτ2 q, ¨ ¨ ¨ rHI1 pτn q, ρ0 s ¨ ¨ ¨ ssU0 p´tq, (5.20)
onde os fatores ao lado de ρpnq ptq têm sido removidos multiplicando ambos lados da
equação por U0 p´tq pela direita e U0 ptq pela esquerda. De HI “ ´Q ¨ Eptq, HI1 “
U0 p´tqHI ptqU0 ptq e sendo que Eptq é um vetor clássico (e portanto comuta com U0 ptq),
ř
temos que HI1 ptq “ Qptq ¨ Eptq, onde Qptq “ j erj ptq é o momento de dipolo de todo
o ensemble na representação de interação, e rj ptq é o operador momento de dipolo da
j-ésima molécula no quadro de interação, portanto, temos que
ÿ
HI1 ptq “ ´ erj ptq ¨ Eptq (5.21)
j
onde Pp0q ptq “ T rrρp0q Qs{V “ T rrρ0 Qs{V é um termo independente do campo Eptq e pode
representar a polarização estática no sistema; Pp1q ptq “ T rrρp1q Qs{V é a polarização linear,
dependendo linearmente do campo; Pp2q ptq “ T rrρp2q Qs{V é a polarização não linear de
segunda ordem, dependendo quadraticamente do campo; e, Ppnq ptq “ T rrρpnq Qs{V é a
polarização não-linear de n-ésima ordem e depende da n-ésima potência do campo elétrico.
Lembrando que nosso ensemble está constituı́do de M moléculas distinguı́veis e
ř
independentes, e que o momento de dipolo é dado por Q “ j erj , então, temos que
ř pnq pnq
Ppnq ptq “ j T rrρj erj s{V , onde ρj é o operador densidade de n-ésima ordem da j-
ésima molécula. Também, consideramos que as moléculas estiveram orientadas de modo
pnq
semelhante, no caso que foram consideradas idênticas temos que Ppnq ptq “ M T rrρ1 er1 s{V ,
onde o traço está em termos dos operadores da molécula 1 escolhida arbitrariamente.
Portanto, simplificando os resultados anteriores temos que
żt ż t1 ż tn´1
pnq n`1 p´nq
P ptq “ N e piℏq dτ1 dτ2 ¨ ¨ ¨ dτn T rtU0 ptq
´8 ´8 ´8
ˆrrpτ1 q ¨ Epτ1 q, rrpτ2 q ¨ Epτ2 q, ¨ ¨ ¨ rrpτn q ¨ Epτn q, ρ0 s ¨ ¨ ¨ ssU0 p´tqru (5.25)
ż8
p1q
P ptq “ ε0 dτ Tp1q pt; τ q¨ Epτ q, (5.26)
´8
onde Tp1q pt; τ q é a um tensor de segunda ordem o qual é função de dois tempos t e τ .
No caso não linear, a polarização de n-ésima ordem Ppnq ptq é proporcional à potência
n-ésima do Eptq, mas antes Pptq é expressado em termos do tensor Tpnq pt; τ1 , . . . , τn q de
n ` 1-ésima ordem como
ż8 ż8
pnq
P ptq “ ε0 dτ1 . . . dτn Tpnq pt; τ1 , . . . , τn q | Epτ1 q . . . Epτn q, (5.27)
´8 ´8
ż8 ż8
pnq
P pt ` t0 q “ ε0 dτ1 . . . dτn Tpnq pt ` t0 ; τ1 , . . . , τn q | Epτ1 q . . . Epτn q, (5.28)
´8 ´8
pelo princı́pio de invariância temporal, Ppnq deve ser idêntico à polarização induzida por
campos elétricos deslocados temporalmente Epτ1 ` τ0 q, . . . , Epτn ` τ0 q:
ż8 ż8
pnq
P pt ` t0 q “ ε0 dτ1 . . . dτn Tpnq pt; τ1 , . . . , τn q | Epτ1 ` t0 q . . . Epτn ` t0 q (5.29)
´8 ´8
ż8 ż8
pnq
P pt ` t0 q “ ε0 dτ1 . . . dτn Tpnq pt; τ11 ´ t0 , . . . , τn1 ´ t0 q | Epτ11 q . . . Epτn1 q (5.30)
´8 ´8
ż8 ż8
pnq
P pt ` t0 q “ ε0 dτ1 . . . dτn Tpnq pt; τ1 ´ t, . . . , τn ´ tq | Epτ1 q . . . Epτn q (5.31)
´8 ´8
ż8 ż8
pnq
P ptq “ ε0 dτ1 . . . dτn Tpnq p0; τ1 ´ t, . . . , τn ´ tq | Epτ1 q . . . Epτn q (5.33)
´8 ´8
onde Rpnq é a função resposta da polarização n-ésima ordem do meio, o qual, só tem
dependência da diferença dos tempos τ ´ t, onde τ é o tempo do campo elétrico E e t é o
64
ż8 ż8
pnq
P ptq “ ε0 dτ1 . . . dτn Rpnq pt ´ τ1 , . . . , t ´ τn q | Epτ1 q . . . Epτn q, (5.35)
´8 ´8
o qual é equivalente a
ż8 ż8
pnq
P ptq “ ε0 dτ1 . . . dτn Rpnq pτ1 , . . . , τn q | Ept ´ τ1 q . . . Ept ´ τn q (5.36)
´8 ´8
Por outro lado, a propriedade de simetria de perturbação intrı́nseca nos diz que a
função resposta não muda quando permutamos tanto a direção e o tempo de um campo
elétrico com a direção e o tempo de outro campo.
ż8
Eptq “ dωEpωqexpp´iωtq, (5.37)
´8
onde
ż8
1
Epωq “ dτ Epτ qexppiωτ q (5.38)
2π ´8
65
considerando isto, na eq. 5.36 obtemos a polarização não linear de n-ésima ordem Ppnq ptq
da forma
ż8 ż8
pnq
P ptq “ ε0 dω1 . . . dωn χpnq p´ωσ ; ω1 , . . . , ωn q | Epω1 q . . . Epωn qexpp´iωσ tq,
´8 ´8
(5.39)
onde
ż8 ż8 ÿ
pnq
χ p´ωσ ; ω1 , . . . , ωn q “ dτ1 . . . dτn Rpnq pτ1 , . . . , τn qexppi ωj τj q (5.40)
´8 ´8 j
pnq
A propriedade de simetria de perturbação implica que χµα1 ...αn p´ωσ ; ω1 , . . . , ωn q é
invariante para todas as n! permutações dos n pares pα1 ; ω1 q,. . . ,pαn ; ωn q; onde αi indica a
direção do campo Epωi q para i “ 1, . . . , n, e µ indica a direção da polarização Ppnq .
com
żt ż τ1 ż τ2
´3
ρ3 ptq “ piℏq U0 ptq dτ1 dτ2 dτ3 rHI1 pτ1 q, rHI1 pτ2 q, rHI1 pτ3 q, ρ0 sssU0 p´tq (5.43)
´8 ´8 ´8
66
żt ż τ1 ż τ2
Pµp3q ptq “V ´1 ´3
T rtpiℏq U0 ptq dτ1 dτ2 dτ3 ˆ
´8 ´8 ´8 (5.44)
rHI1 pτ1 q, rHI1 pτ2 q, rHI1 pτ3 q, ρ0 sssU0 p´tqQµ u
onde:
Sendo Eptq um vetor clássico que, portanto, comuta com U0 ptq e definindo o operador
momento de dipolo como:
assim:
Por consequência:
rHI1 pτ1 q, rHI1 pτ2 q, rHI1 pτ3 q, ρ0 sss “ r´Qα pτ1 qEα pτ1 q, r´Qβ pτ2 qEβ pτ2 q,
r´Qγ pτ3 qEγ pτ3 q, ρ0 sss (5.49)
“ ´Eα pτ1 qEβ pτ2 qEγ pτ3 qrQα pτ1 q,
rQβ pτ2 q, rQγ pτ3 q, ρ0 sss (5.50)
p3q
Substituindo este resultado em Pµ ptq e puxando fora do sı́mbolo do traço o fator
piℏq´3 e o sinal de menos, temos que:
żt ż τ1 ż τ2
Pµp3q ptq “ ´V ´1 ´3
piℏq T rtU0 ptq dτ1 dτ2 dτ3 Eα pτ1 qEβ pτ2 qEγ pτ3 q ˆ
´8 ´8 ´8
rQα pτ1 q, rQβ pτ2 q, rQγ pτ3 q, ρ0 sssU0 p´tqQµ u (5.51)
67
Lembrando que, Eptq e U0 ptq comutam, deste modo, o operador U0 ptq pode ser
puxado através da direita dos campos elétricos. Também, a integração e os campos elétricos
podem sair do sı́mbolo do traço produzindo, assim:
żt ż τ1 ż τ2
Pµp3q ptq “ ´V ´1
piℏq ´3
dτ1 dτ2 dτ3 Eα pτ1 qEβ pτ2 qEγ pτ3 q ˆ
´8 ´8 ´8
T rtU0 ptqrQα pτ1 q, rQβ pτ2 q, rQγ pτ3 q, ρ0 sssU0 p´tqQµ u (5.52)
ż8
Eα pτ1 q “ dω1 Eα pω1 qexpp´iω1 τ1 q (5.53)
ż´8
8
Eβ pτ2 q “ dω2 Eβ pω2 qexpp´iω2 τ2 q (5.54)
ż´8
8
Eγ pτ3 q “ dω3 Eγ pω3 qexpp´iω3 τ3 q (5.55)
´8
e escrevendo:
expp´iω1 τ1 qexpp´iω2 τ2 qexpp´iω3 τ3 q “ expr´iω1 pτ1 ´ tq ´ iω2 pτ2 ´ tq ´ iω3 pτ3 ´ tqs ˆ
expp´iωσ tq, (5.56)
onde
ωσ “ ω1 ` ω2 ` ω3 (5.57)
ż8 ż8 ż8
p3q
Pµp3q ptq “ ε0 dω1 dω2 dω3 χµαβγ p´ωσ ; ω1 , ω2 , ω3 q ˆ
´8 ´8 ´8
Eα pω1 qEβ pω2 qEγ pω3 qexpp´iωσ tq (5.58)
onde
68
żt ż τ1 ż τ2
p3q ´1 ´3
χµαβγ p´ωσ ; ω1 , ω2 , ω3 q “ ´pε0 V q piℏq dτ1 dτ2 dτ3 T rtU0 ptqˆ
´8 ´8 ´8
rQα pτ1 q, rQβ pτ2 q, rQγ pτ3 q, ρ0 sssU0 p´tqQµ uexpr´iω1 pτ1 ´ tq ´ iω2 pτ2 ´ tq ´ iω3 pτ3 ´ tqs
(5.59)
p3q N e4 ST ÿ ÿ
χµαβγ p´ωσ ; ω1 , ω2 , ω3 q “ ρ0 paq
ε0 pℏq3 3! a b,c,d
«
µ α β γ
rab rbc rcd rda
pΩda ´ ω3 ´ iΓda qpΩca ´ ω2 ´ ω3 ´ iΓca qpΩba ´ ωσ ´ iΓba q
α µ β γ
rab rbc rcd rda
`
pΩda ´ ω3 ´ iΓda qpΩca ´ ω2 ´ ω3 ´ iΓca qpΩba ` ω1 ` iΓba q
α β µ γ
rab rbc rcd rda
`
pΩda ´ ω3 ´ iΓda qpΩba ` ω1 ` iΓba qpΩca ` ω1 ` ω2 ` iΓca q
ff
α β γ µ
rab rbc rcd rda
`
pΩba ` ω1 ` iΓba qpΩca ` ω1 ` ω2 ` iΓca qpΩda ` ωσ ` iΓda q
(5.60)
com Ωij “ pEi ´ Ej q{ℏ (i, j “ a, b, c, d) e ST indica a soma sobre todas as possı́veis
permutações dos pares (µ,ωσ ), (α,ω1 ), (β,ω2 ) e (γ,ω3 ).
(ω1 , ω2 , ω3 “ ω) pelo meio e a emissão de um fóton com tripla frequência (3ω) por parte
deste, dada por
p3q N e4
χµαβγ p´3ω; ω, ω, ωq “
ε pℏq3
«0
µ α β γ
r03 r32 r21 r10
pΩ10 ´ 3ω ´ iΓ10 qpΩ20 ´ 2ω ´ iΓ20 qpΩ30 ´ 3ω ´ iΓ30 q
α µ β γ
r03 r32 r21 r10
`
pΩ10 ´ ω ´ iΓ10 qpΩ20 ´ 2ω ´ iΓ20 qpΩ30 ` ω ` iΓ30 q
α β µ γ
r03 r32 r21 r10
`
pΩ10 ´ ω ´ iΓ10 qpΩ30 ` ω ` iΓ30 qpΩ20 ` 2ω ` iΓ20 q
ff
α β γ µ
r03 r32 r21 r10
`
pΩ30 ` ω ` iΓ30 qpΩ20 ` 2ω ` iΓ20 qpΩ10 ` 3ω ` iΓ10 q
(5.61)
p3q
PpN Lq pωq “ 3ϵ0 χ1111 |Epωq|2 Epωq, (5.62)
onde o fator 3 corresponde à soma de três comutações da onda incidente e χp3q toma a
forma de uma constante devido ao meio ser isotrópico.
A polarização total pode ser expressa como a soma dos termos da polarização linear
mais o da polarização não linear, de forma que
Ppωq “ ϵ0 χp1q Epωq ` 3ϵ0 χp3q pωq|Epωq|2 Epωq “ ϵ0 χef Epωq, (5.63)
onde a susceptibilidade efetiva do meio, χef , pode ser expressa como função do campo
elétrico. Substituindo a eq. 5.63 na expressão que associa a polarização ao vetor de
deslocamento D “ ε0 E ` P , observa-se que a constante dielétrica do meio pode ser dada
portanto
Por outro lado, sabemos que a constante elétrica de um material também pode ser
dada por:
´ αc ¯2
εpωq “ n ` i , (5.65)
2ω
onde α representa o coeficiente de absorção e c a velocidade da luz. Para o caso em que a
absorção do material é muito menor que o ı́ndice de refração, de forma que esta possa ser
desprezada, e considerando somente a parte real desta equação, obtem-se que o ı́ndice de
refração pode ser dado por
ˆ ˙1{2
3Retχp3q pωqu|Epωq|2 3 Retχp3q pωqu|Epωq|2
n “ n0 1` « n0 ` (5.66)
n20 2 n0
n “ n0 ` n2 I, (5.67)
de terceira ordem.
3 Retχp3q pωqu
n2 “ . (5.68)
4 n20 ε0 c
Outro processo não linear, associado com a interação de um feixe laser com um
meio não linear, é a absorção não linear. Mecanismos fı́sicos de diferentes naturezas podem
contribuir para a absorção não linear, por exemplo, pode estar associada com a absorção
de dois fótons, absorção do estado excitado, absorção multifotônica em geral.
Aqui estudaremos a absorção simultânea de três fótons entre três estados sem que
exista uma ressonância real para uma transição intermediária de um fóton. Este processo
ocorre envolvendo estados virtuais. Para que o processo de absorção de três fótons seja
eficiente, os fótons devem ser fornecidos numa taxa suficientemente alta para que exista
uma probabilidade razoável de que os três fótons estejam presentes simultâneamente, o
que torna o processo de absorção de três fótons dependente da intensidade do feixe do
laser incidente.
Este processo óptico não linear está relacionado com a parte imaginária da suscepti-
bilidade não linear. Conforme o procedimento seguido para o ı́ndice de refração não linear,
deduzimos a expressão para o coeficiente de absorção de três fótons. Para isso, igualamos
as partes imaginárias das eqs. 5.64 e 5.65, e obtemos:
ω 3ω
α“ Imtχp1q pωqu ` Imtχp3q pωqu|Epωq|2 . (5.69)
nc nc
Considerando o termo da refração não linear (n “ n0 ) e a intensidade do feixe
óptico proporcional à amplitude do campo elétrico, temos:
ω 3ω
α“ Imtχp1q pωqu ` 2 2 Imtχp3q pωquI. (5.70)
n0 c 2n0 c ε0
α “ α0 ` α2 I, (5.71)
3ω
α2 “ Imtχp3q pωqu (5.72)
2n20 c2 ε0
73
$
& 1 m˚ ω 2 x2 , x ą 0,
2 i 0 i i
V0i pxi q “ (6.2)
%8, xi ď 0.
H “ HX ` Hx , (6.3)
onde
P2 M ω02 X 2
HX “ ` , (6.4)
2M 2
e
p2 µω02 x2 q 2 e´ks |x|
Hx “ ` ´ , (6.5)
2µ 2 4πε|x|
com M “ m˚e ` m˚h , 1{µ “ 1{m˚e ` 1{m˚h (µ é a massa reduzida do par elétron-buraco). P
e p são o momento do centro de massa e movimento relativo, respectivamente. Portanto,
da eq. 6.3 a função de onda que representa todo o sistema é definida como
E “ EX ` Ex (6.7)
ˆ ˙
3
EX “ 2l ` ℏω0 , pl “ 0, 1, 2, . . .q, (6.9)
2
a ?
onde a “ M ω0 {ℏ, Nl “ r π22l p2l ` 1q!{as´1{2 e H2l`1 são os polinômios de Hermite da
ordem 2l ` 1, isto é soluções ı́mpares do oscilador harmônico.
Em relação ao movimento relativo elétron-buraco, suas autofunções e autoenergias
são dadas pela equação
a qual é uma equação de Schrödinger independente do tempo e não tem solução analı́tica
para todo o Hamiltoniano. Reescrevendo esta eq. 6.10 em termos do comprimento de
a
escala tı́pica das oscilações L “ ℏ{µω0 (usado como comprimento de confinamento
caraterı́stico), do parâmetro screening adimensional λ “ ks a0 e do raio de Bohr excitônico
do par elétron-buraco (a0 “ 4πεℏ2 {µq 2 ), obtem-se
„ ȷ
B2 2 2βe´λβ|u| 2E
´ 2 `u ´ Φpuq “ Φpuq, (6.11)
Bu |u| ℏω0
onde u “ x{L, e β “ L{a0 é o parâmetro de confinamento. Esta eq. 6.11 pode ser resolvida
discretizando a coordenada adimensional u em um número muito grande de pontos. Na
prática, consideramos um valor máximo xmax muito maior do que o comprimento de
confinamento caraterı́stico e dividimos este segmento em um grande número N de pontos
igualmente espaçados. Usando uma aproximação padrão de diferenças finitas, chegamos à
seguinte relação discretizada
„ ȷ
2 4 2βSe´λβjS 2ES 2
´Φj`1 ´ Φj´1 ` 2 ` j S ´ Φj “ Φj , (6.12)
j ℏω0
rp3q p3ωq “ M01 M12 M23 M30 ˆ rf1´ pωqf2´ pωqf3´ pωq ` f1´ pωqf2´ pωqg3 pωq
χ
`f1´ pωqf2` pωqg3 pωq ` g1 pωqf2` pωqg3 pωqs (6.13)
com
76
ř
onde |Φn y “ j Φnj |jy é o autovetor correspondente ao n-ésimo autoestado. Γn0 é a
largura da linha associado com a transição entre os estados n-ésimo e fundamental, e
ωn0 “ pEn ´ E0 q{ℏ. O primeiro termo da Eq. 6.13 predomina sob uma condição de tripla
ressonância. Neste modelo, esta condição é atingida no regime confinamento forte. Os
outros três termos tornam-se relevantes quando o confinamento se torna fraco, para o qual
não se prevê ressonância tripla.
A contribuição da geração de terceiro harmônico ao ı́ndice de refração não linear e ao
coeficiente de absorção não linear podem ser obtidos facilmente a partir da susceptibilidade
não linear como [84, 86, 87]
3ℜχp3q p3ωq
n2 pωq “ , (6.17)
4ε0 n20 c
3ωℑχp3q p3ωq
α2 pωq “ , (6.18)
2ε0 n20 c2
6.2 Resultados
ωn /ω0
n=3
2.5 3.0
2.0
2.0
1.0
1.5 −2 −1 0 1 0.0 −2
10 10 10 10 −1 0 1
10 10 10 10
β λ
Figura 6.1: Frequências de ressonância normalizadas (ωn {ω0 ) como função do
coeficiente de confinamento (a) β “ L{a0 e (b) λ “ ks a0 para os primeiros três
estados excitados, quando (a) λ “ 1 e (b) β “ 3.
Fonte: Autor [98]
78
(b) 102
1 First peak
10 Second peak
0 Third peak
χ(3) |
10
|e
−1
10
−2
10
−3
10 −2 −1 0 1
10 10 10 10
λ
Figura 6.2: Se motra (a) espectro da susceptibilidade de terceiro harmônico
χp3q p3ωq|) como função da frequência de radiação ω{ω0 e do parâmetro screening
(|r
λ e (b) os valores dos picos da susceptibilidade de terceira ordem adimensional
como função do parâmetro λ. Para o parâmetro de confinamento β “ 3 em
ambos casos.
Fonte: Autor [98]
(a) (b)
6.0
10
0 0
0.0 6
e2
−10
n
-10
e2
α
−20
0 -20
−30
−6.0 -30
−40
2.4 -6 2.4 0.5
2.2 2.2 1.0
0.5
ω/ω0 2.0
1.5
1.0
ω/ω0 2.0 1.5 λ
1.8 2.0 λ 1.8 2.0
6.3 Conclusões
Aqui se estudou o efeito screening sobre o éxciton nas propriedades ópticas não
lineares de terceira ordem em um ponto quântico semicondutor unidimensional com
confinamento semi-parabólico no formalismo da matriz de densidade. No regime de
confinamento fraco, quando a energia da interação de Coulomb é maior que a energia
potencial de confinamento, produz-se mudanças no espectro de energia, o que resulta em
uma diminuição da intensidade do terceiro harmônico e no surgimento de múltiples picos
no espectro de χp3q , como também em grandes mudanças no ı́ndice de refração e coeficiente
de absorção não lineares [23]. Quando o efeito screening sobre as partı́culas do éxciton
é considerado e o comprimento screening torna-se muito menor que o comprimento de
confinamento (ks´1 ! L ou, expressado de outra forma, βλ " 1), o sistema volta a ter
um espectro de energia similar ao do regime de confinamento forte, isto é, se recupera a
uniformidade entre os nı́veis de energia tendo igual espaçamento entre eles, o que leva
ao melhoramento da condição de ressonância múltipla e por consequência ao colapso dos
picos no espectro da susceptibilidade de terceira ordem χp3q e melhoramento da geração
do terceiro harmônico, vendo-se refletido no ı́ndice de refração e no coeficiente de absorção
não lineares. Portanto, os comprimentos caracterı́sticos, comprimento de confinamento e
de screening nos pontos quânticos semicondutores, em relação ao raio de Bohr excitônico
80
7 CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
REFERÊNCIAS
[2] S. Datta and B. Das, “Electronic analog of the electro-optic modulator,” Applied
Physics Letters, vol. 56, no. 7, pp. 665–667, 1990.
[6] Y.-S. Liu, D.-B. Zhang, X.-F. Yang, and J.-F. Feng, “The role of Coulomb interaction
in thermoelectric effects of an Aharonov–Bohm interferometer,” Nanotechnology,
vol. 22, no. 22, p. 225201, 2011.
[8] L. Lorenz, “Bestimmung der Wärmegrade in absolutem Maasse,” Annalen der Physik
und Chemie, vol. 223, no. 11, pp. 429–452, 1872.
[12] Y. A. Bychkov and E. I. Rashba, “Properties of a 2D electron gas with lifted spectral
degeneracy,” Journal of Experimental and Theoretical Physics Letters, vol. 39, no. 2,
pp. 78–81, 1984.
84
[16] U. Sivan and Y. Imry, “Multichannel Landauer formula for thermoelectric transport
with application to thermopower near the mobility edge,” Physical Review B, vol. 33,
no. 1, pp. 551–558, 1986.
[17] S.-F. Tang, S.-Y. Lin, and S.-C. Lee, “Near-room-temperature operation of an
InAs/GaAs quantum-dot infrared photodetector,” Applied Physics Letters, vol. 78,
no. 17, pp. 2428–2430, 2001.
[19] U. Keller, “Recent developments in compact ultrafast lasers,” Nature, vol. 424,
no. 6950, pp. 831–838, 2003.
[20] A. Lee, M. Tang, Q. Jiang, J. Wu, A. Seeds, and H. Liu, “InAs/GaAs quantum-
dot lasers and detectors on silicon substrates for silicon photonics,” in 2013 IEEE
Photonics Conference, pp. 474–475, IEEE, 2013.
[21] I. Karabulut, H. S, afak, and M. Tomak, “Excitonic effects on the nonlinear optical
properties of small quantum dots,” Journal of Physics D: Applied Physics, vol. 41,
no. 15, p. 155104, 2008.
[22] C.-J. Zhang, K.-X. Guo, and Z.-E. Lu, “Exciton effects on the optical absorpti-
ons in one-dimensional quantum dots,” Physica E: Low-dimensional Systems and
Nanostructures, vol. 36, no. 1, pp. 92–97, 2007.
[23] J. E. Bautista, M. L. Lyra, and R. Lima, “Crossover from strong to weak exciton
confinement and third-harmonic generation on one-dimensional quantum dots,”
Photonics and Nanostructures - Fundamentals and Applications, vol. 11, no. 1,
pp. 8–14, 2013.
[24] G. Breit and E. Wigner, “Capture of Slow Neutrons,” Physical Review, vol. 49, no. 7,
pp. 519–531, 1936.
85
[26] D. Sánchez and L. Serra, “Fano-Rashba effect in a quantum wire,” Physical Review
B, vol. 74, no. 15, p. 5, 2006.
[30] E. Fermi, “Eine statistische Methode zur Bestimmung einiger Eigenschaften des
Atoms und ihre Anwendung auf die Theorie des periodischen Systems der Elemente,”
Zeitschrift für Physik, vol. 48, no. 1-2, pp. 73–79, 1928.
[32] N. W. Ashcroft and N. D. Mermin, Solid state physics. Harcourt, Inc., 1976.
[33] R. M. Eisberg and R. Resnick, Fı́sica quântica: átomos, moléculas, sólidos, núcleos
e partı́culas. Rio de Janeiro: Campus, 9 ed., 1994.
[36] L. Jacak, A. Wójs, and P. Hawrylak, Quantum Dots. Berlin, Heidelberg: Springer,
1998.
[40] M. A. Reed, “Quantum Dots,” Scientific American, vol. 268, no. 1, pp. 118–123,
1993.
[42] M. A. Sierra and D. Sánchez, “Strongly nonlinear thermovoltage and heat dissipation
in interacting quantum dots,” Physical Review B, vol. 90, no. 11, p. 115313, 2014.
[46] Q. Wang, H. Xie, Y.-H. Nie, and W. Ren, “Enhancement of thermoelectric efficiency
in triple quantum dots by the Dicke effect,” Physical Review B, vol. 87, no. 7,
p. 075102, 2013.
[47] L. Su, Y. Zhang, J.-O. Klein, Y. Zhang, A. Bournel, A. Fert, and W. Zhao, “Current-
limiting challenges for all-spin logic devices.,” Scientific reports, vol. 5, p. 14905,
2015.
[49] J. Wan, M. Cahay, and S. Bandyopadhyay, “Digital switch and femtotesla magnetic
field sensor based on Fano resonance in a spin field effect transistor,” Journal of
Applied Physics, vol. 102, no. 3, p. 034301, 2007.
[50] Y.-S. Liu, F. Chi, X.-F. Yang, and J.-F. Feng, “Pure spin thermoelectric generator
based on a rashba quantum dot molecule,” Journal of Applied Physics, vol. 109,
no. 5, p. 053712, 2011.
87
[52] P. M. Lam, J. Wu, S. Hatch, D. Kim, M. Tang, H. Liu, J. Wilson, and R. Allison,
“Effect of rapid thermal annealing on InAs/GaAs quantum dot solar cells,” IET
Optoelectronics, vol. 9, no. 2, pp. 65–68, 2015.
[54] J. Wang, H. B. Sun, and D. Y. Xing, “Rashba spin precession in a magnetic field,”
Physical Review B, vol. 69, no. 8, p. 085304, 2004.
[55] P. Chuang, S.-C. Ho, L. W. Smith, F. Sfigakis, M. Pepper, C.-H. Chen, J.-C. Fan,
J. P. Griffiths, I. Farrer, H. E. Beere, G. A. C. Jones, D. A. Ritchie, and T.-M. Chen,
“All-electric all-semiconductor spin field-effect transistors.,” Nature nanotechnology,
vol. 10, no. 1, pp. 35–9, 2015.
[65] G. Grosso and G. Pastori Parravicini, Solid state physics. California: Academic
Press, 2000.
[68] D. S. Fisher and P. A. Lee, “Relation between conductivity and transmission matrix,”
Physical Review B, vol. 23, no. 12, pp. 6851–6854, 1981.
[69] L. E. Bell, “Cooling, Heating, Generating Power, and Recovering Waste Heat with
Thermoelectric Systems,” Science, vol. 321, no. 5895, pp. 1457–1461, 2008.
[70] Y. Wang, N. S. Rogado, R. J. Cava, and N. P. Ong, “Spin entropy as the likely source
of enhanced thermopower in N ax Co2 O4 ,” Nature, vol. 423, no. 6938, pp. 425–428,
2003.
[74] F. J. DiSalvo, “Thermoelectric cooling and power generation,” Science, vol. 285,
no. 5428, pp. 703–706, 1999.
[79] P. W. Anderson, “Localized Magnetic States in Metals,” Physical Review, vol. 124,
no. 1, pp. 41–53, 1961.
[80] G. Grosso and G. Pastori Parravicini, Solid state physics. Elsevier, 2014.
[81] N. F. Mott, “The Resistance and Thermoelectric Properties of the Transition Metals
on JSTOR,” Proceedings of the Royal Society of London. Series A, Mathematical
and Physical Sciences, vol. 156, no. 888, pp. 368–382, 1936.
[82] T. H. Maiman, “Stimulated Optical Radiation in Ruby,” Nature, vol. 187, no. 4736,
pp. 493–494, 1960.
[84] Y.-R. Shen, Principles of nonlinear optics. New York: John Wiley & Sons, 1984.
[88] P. N. Butcher, “Thermal and electrical transport formalism for electronic microstruc-
tures with many terminals,” Journal of Physics: Condensed Matter, vol. 2, no. 22,
pp. 4869–4878, 1990.
[91] J. E. Q. Bautista, Estudo das propriedades ópticas não lineares de éxcitons em pontos
quânticos. Dissertação, UFAL, 2013.
90
[94] Y.-B. Yu, S.-N. Zhu, and K.-X. Guo, “Exciton effects on the nonlinear optical
rectification in one-dimensional quantum dots,” Physics Letters A, vol. 335, no. 2,
pp. 175–181, 2005.
[96] R. Lima and M. Amado, “Electronic states of on- and off-center donors in quantum
rings of finite width,” Journal of Luminescence, vol. 128, no. 5, pp. 858–861, 2008.
[99] W. Greiner, Relativistic quantum mechanics: wave equations. Springer, 3 ed., 2000.
[100] L. de la. Peña, Introducción a la mecánica cuaántica. México: FEC, UNAM, 3ª ed.,
2006.
[106] F. W. Wise, “Lead salt quantum dots: the limit of strong quantum confinement,”
Accounts of Chemical Research, vol. 33, no. 11, pp. 773–780, 2000.
[108] A. D. Yoffe, “Low-dimensional systems: quantum size effects and electronic properties
of semiconductor microcrystallites (zero-dimensional systems) and some quasi-two-
dimensional systems,” Advances in Physics, vol. 42, no. 2, pp. 173–262, 1993.
92
Para calcular a função de Green do ponto quântico isolado, vamos fazer uso do
modelo de Hubbard no limite atômico. Neste caso, não são consideradas as iterações
do ponto quântico com os fios ferromagnéticos. Dessa forma, o Hamiltoniano do ponto
quântico, ĤD , é dado por
ÿ
ĤD “ ε0σ d:σ dσ ` U d:Ò dÒ d:Ó dÓ (A.1)
σ
onde d:σ (dσ ) é o operador de criação (aniquilação), o qual cria (aniquila) um elétron no
ponto quântico com spin σ (σ “Ò, Ó) e onde a energia é ε0σ . U é a interação entre as
partı́culas, a qual é considerada ser como interação de Hubbard tipo I.
A função de Green do ponto quântico no estado com spin σ é definida (como uma
função de Green retardada) da seguinte forma
B B
i gdσ dσ ptq “ i p´iΘptqxtdσ ptq, d:σ p0quyq (A.3)
Bt Bt
B d
“ Θptqxtdσ ptq, d:σ p0quy ´ iΘptqxti dσ ptq, d:σ p0qu (A.4)
Bt dt
onde BtB Θptq “ δptq e i dtd dσ ptq “ rdσ ptq, ĤD ptqs. Lembrando que estamos considerando
ℏ “ 1. Assim, temos que
B
i gd d ptq “ δptqxtdσ ptq, d:σ p0quy ´ iΘptqxtrdσ ptq, ĤD ptqs, d:σ p0quy (A.5)
Bt σ σ
como o primeiro termo é diferente de zero só quando t “ 0, devido à função delta, então
só nos interessa calcular xtdσ ptq, d:σ p0quy para t “ 0, assim temos
B
i gd d ptq “ δptqxtdσ p0q, d:σ p0quy ´ iΘptqxtrdσ ptq, ĤD ptqs, d:σ p0quy (A.6)
Bt σ σ
93
das equações A.53 e A.54, temos que xtdσ p0q, d:σ p0quy “ x1y “ 1 e rdσ ptq, ĤD ptqs “
ε0σ dσ ptq ` U d:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq. Assim,
B
i gd d ptq “ δptq ´ iΘptqxtε0σ dσ ptq ` U d:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ p0quy (A.7)
Bt σ σ
“ δptq ´ ε0σ iΘptqxtdσ ptq, d:σ p0quy
´U iΘptqxtd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ p0quy (A.8)
“ δptq ` ε0σ gdσ dσ ptq ` U gd: dσ̄ dσ dσ ptq (A.9)
σ̄
gd: dσ̄ dσ dσ ptq “ ´iΘptqxtd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ p0quy (A.10)
σ̄
ż8
GpEq “ GpEqeiEt dt (A.11)
´8
e ż8
1
Gptq “ GpEqe´iEt dE, (A.12)
2π ´8
ˆ ż8 ˙ ż8
B 1 ´iEt 1
i gdσ dσ pEqe e´iEt dE
dE “
Bt ´82π ´8 2π
ˆ ż8 ˙
1 ´iEt
`ε0σ gd d pEqe dE
2π ´8 σ σ
ˆ ż8 ˙
1 ´iEt
`U g: pEqe dE (A.13)
2π ´8 dσ̄ dσ̄ dσ dσ
1 8 1 8 ´iEt
ż ż
´iEt
ip´iEqgdσ dσ pEqe dE “ e dE
2π ´8 2π ´8
1 8
ż
` ε0σ gdσ dσ pEqe´iEt dE
2π ´8
1 8
ż
` Ug : pEqe´iEt dE (A.14)
2π ´8 dσ̄ dσ̄ dσ dσ
1 8 1 8
ż ż
´iEt
Egdσ dσ pEqe dE “ r1 ` ε0σ gdσ dσ pEq ` U gd: dσ̄ dσ dσ pEqse´iEt dE
2π ´8 2π ´8 σ̄
(A.15)
94
1 1
gdσ dσ pEq “ ` Ug : pEq (A.17)
E ´ ε0σ E ´ ε0σ dσ̄ dσ̄ dσ dσ
Para calcular gd: dσ̄ dσ dσ pEq trabalharemos com a equação de movimento da eq. A.10,
σ̄
B
i gd: dσ̄ dσ dσ ptq “ δptqxtd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ p0quy
Bt σ̄
´iΘptqxtrd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, Ĥptqs, d:σ p0quy
“ δptqxtd:σ̄ p0qdσ̄ p0qdσ p0q, d:σ p0quy
´iΘptqxtrd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, Ĥptqs, d:σ p0quy (A.18)
onde td:σ̄ p0qdσ̄ p0qdσ p0q, d:σ p0qu “ d:σ̄ p0qdσ̄ p0q (eq. A.55) e rd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, ĤD ptqs “ pε0σ `
U qd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq (eq. A.56). Assim, temos
B
i g: ptq “ δptqxd:σ̄ p0qdσ̄ p0qy ´ iΘptqxtpε0σ ` U qd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ p0quy
Bt dσ̄ dσ̄ dσ dσ
“ δptqxn0σ̄ y ´ pε0σ ` U qiΘptqxtd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ p0quy
“ δptqxn0σ̄ y ` pε0σ ` U qgd: dσ̄ dσ dσ ptq
σ̄
(A.19)
ˆ ż8 ˙ ˆ ż8 ˙
B 1 ´iEt 1 ´iEt
i gd: dσ̄ dσ dσ pEqe dE dE xn0σ̄ y
“ e
Bt 2π ´8
σ̄ 2π ´8
ˆ ż8 ˙
1 ´iEt
`pε0σ ` U q g: pEqe dE
2π ´8 dσ̄ dσ̄ dσ dσ
(A.20)
ż8 ż8
1 1
ip´iEqgd: dσ̄ dσ dσ pEqe´iEt dE “ xn0σ̄ ye´iEt dE
2π ´8 σ̄ 2π ´8
1 8
ż
` pε0σ ` U qgd: dσ̄ dσ dσ pEqe´iEt dE
2π ´8 σ̄
(A.21)
ż8 ż8
1 1
Egd: dσ̄ dσ dσ pEqe´iEt dE “ rxn0σ̄ y ` pε0σ ` U qgd: dσ̄ dσ dσ pEqse´iEt dE
2π ´8 σ̄ 2π ´8 σ̄
(A.22)
xn0σ̄ y
gd: dσ̄ dσ dσ pEq “ (A.24)
σ̄ E ´ pε0σ ` U q
1 1 xn0σ̄ y
gdσ dσ pEq “ ` U
E ´ ε0σ E ´ ε0σ E ´ pε0σ ` U q
E ´ pε0σ ` U q ` U xn0σ̄ y
“
pE ´ ε0σ qpE ´ pε0σ ` U qq
pE ´ ε0σ ´ U q ´ pE ´ ε0σ ´ U qxn0σ̄ y ` pE ´ ε0σ qxn0σ̄ y
“
pE ´ ε0σ qpE ´ pε0σ ` U qq
pE ´ ε0σ ´ U qp1 ´ xn0σ̄ yq ` pE ´ ε0σ qxn0σ̄ y
“ (A.25)
pE ´ ε0σ qpE ´ pε0σ ` U qq
1 ´ xn0σ̄ y xn0σ̄ y
gdσ dσ pEq “ ` (A.26)
E ´ ε0σ E ´ pε0σ ` U q
96
Por outro lado, a função de Green da interação entre os estados com spin para cima
e spin para baixo, é
B
i gdσ dσ̄ ptq “ δptqxtdσ p0q, d:σ̄ p0quy ´ iΘptqxtrdσ ptq, ĤD ptqs, d:σ̄ p0quy (A.28)
Bt
onde, dos resultados A.53 e A.54, tem-se que xtdσ p0q, d:σ̄ p0quy “ 0 e rdσ ptq, ĤD ptqs “
ε0σ dσ ptq ` U d:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, respectivamente. Assim, temos
B
i gdσ dσ̄ ptq “ ´iΘptqxtε0σ dσ ptq ` U d:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ̄ p0quy (A.29)
Bt
“ ´ε0σ iΘptqxtdσ ptq, d:σ̄ p0quy
´U iΘptqxtd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ̄ p0quy (A.30)
“ ε0σ gdσ dσ̄ ptq ` U gd: dσ̄ dσ dσ̄ ptq (A.31)
σ̄
gd: dσ̄ dσ dσ̄ ptq “ ´iΘptqxtd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, d:σ̄ p0quy (A.32)
σ̄
ˆ ż8 ˙ ˆ ˙
1 8
ż
B 1 ´iEt ´iEt
i gdσ dσ̄ pEqe dE “ ε0σ gd d pEqe dE
Bt ´82π 2π ´8 σ σ̄
ˆ ż8 ˙
1 ´iEt
`U g: pEqe dE (A.33)
2π ´8 dσ̄ dσ̄ dσ dσ̄
1 8 1 8
ż ż
´iEt
ip´iEqgdσ dσ̄ pEqe dE “ ε0σ gdσ dσ̄ pEqe´iEt dE
2π ´8 2π ´8
1 8
ż
` Ug : pEqe´iEt dE (A.34)
2π ´8 dσ̄ dσ̄ dσ dσ̄
1 8 1 8
ż ż
´iEt
Egdσ dσ̄ pEqe dE “ rε0σ gdσ dσ̄ pEq ` U gd: dσ̄ dσ dσ̄ pEqse´iEt dE
2π ´8 2π ´8 σ̄
(A.35)
97
Egdσ dσ̄ pEq “ ε0σ gdσ dσ̄ pEq ` U gd: dσ̄ dσ dσ̄ pEq (A.36)
σ̄
1
gdσ dσ̄ pEq “ Ug : pEq (A.37)
E ´ ε0σ dσ̄ dσ̄ dσ dσ̄
Para calcular gd: dσ̄ dσ dσ̄ pEq trabalharemos com a equação de movimento de A.32:
σ̄
B
i g: ptq “ δptqxtd:σ̄ p0qdσ̄ p0qdσ p0q, d:σ̄ p0quy
Bt dσ̄ dσ̄ dσ dσ̄
´iΘptqxtrd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, ĤD ptqs, d:σ̄ p0quy (A.38)
fazendo uso de A.57 e A.56 temos que td:σ̄ p0qdσ̄ p0qdσ p0q, d:σ̄ p0qu “ ´d:σ̄ p0qdσ p0q e
rd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, ĤD ptqs “ pε0σ ` U qd:σ̄ ptqdσ̄ ptqdσ ptq, assim
B
i g: ptq “ ´δptqxd:σ̄ p0qdσ p0qy ´ iΘptqxtpε0σ ` U qd:σ̄ dσ̄ dσ , d:σ̄ p0quy (A.39)
Bt dσ̄ dσ̄ dσ dσ̄
“ ´δptqxd:σ̄ p0qdσ p0qy ´ ipε0σ ` U qΘptqxtd:σ̄ dσ̄ dσ , d:σ̄ p0quy (A.40)
“ ´δptqxd:σ̄ p0qdσ p0qy ` pε0σ ` U qgd: dσ̄ dσ dσ̄ ptq (A.41)
σ̄
ˆ ż8 ˙ ˆ ż8 ˙
B 1 1
i gd: dσ̄ dσ dσ̄ pEqe ´iEt
dE e
“ ´ dE xd:σ̄ p0qdσ p0qy
´iEt
Bt 2π ´8
σ̄
´8 2π
ˆ ż8 ˙
1 ´iEt
`pε0σ ` U q g: pEqe dE
2π ´8 dσ̄ dσ̄ dσ dσ̄
(A.42)
ż8 ż8
1 1
Egd: dσ̄ dσ dσ̄ pEqe´iEt dE “ rxd:σ̄ p0qdσ p0qy
2π ´8 σ̄ 2π ´8
`pε0σ ` U qgd: dσ̄ dσ dσ̄ pEqse´iEt dE (A.43)
σ̄
Egd: dσ̄ dσ dσ̄ pEq “ xd:σ̄ p0qdσ p0qy ` pε0σ ` U qgd: dσ̄ dσ dσ̄ pEq (A.44)
σ̄ σ̄
no equilı́brio, em média podemos encontrar elétrons no estado com spin up ou com spin
down; mas não em um estado intermediário. Portanto, xd:σ̄ p0qdσ p0qy “ 0 e
Assim,
˜ 1´xn0σ̄ y xn0σ̄ y
¸
E´ε0σ
` E´pε0σ `U q
0
gDD pEq “ 1´xn0σ y xn0σ y (A.48)
0 E´ε0σ̄
` E´pε0σ̄ `U q
CÁLCULOS COMPLEMENTÁRES
tA, Bu “ AB ` BA (A.49)
rA, Bs “ AB ´ BA (A.50)
99
tci , cj u “ 0 (A.51)
tc:i , c:j u “ 0 (A.52)
tc:i , cj u “ δij (A.53)
ÿ
rdσ , ĤD s “ rdσ , ε0σ1 d:σ1 dσ1 ` U d:σ̄ dσ̄ d:σ dσ s
σ1
ÿ
“ ε0σ1 rdσ , d:σ1 dσ1 s ` U rdσ , d:σ̄ dσ̄ d:σ dσ s
σ 1
ÿ
“ ε0σ1 pdσ d:σ1 dσ1 ´ d:σ1 dσ1 dσ q ` U pdσ d:σ̄ dσ̄ d:σ dσ ´ d:σ̄ dσ̄ d:σ dσ dσ q
σ 1
ÿ
“ ε0σ1 ppδσ1 ,σ ´ d:σ1 dσ qdσ1 ´ d:σ1 dσ1 dσ q ` U p´d:σ̄ dσ dσ̄ d:σ dσ q
σ 1
ÿ
“ ε0σ1 pδσ1 ,σ dσ1 ´ d:σ1 pdσ dσ1 ` dσ1 dσ qq ` U pd:σ̄ dσ̄ dσ d:σ dσ q
σ 1
ÿ
“ ε0σ1 pδσ1 ,σ dσ1 ´ d:σ1 tdσ , dσ1 uq ` U pd:σ̄ dσ̄ p1 ´ d:σ dσ qdσ q
σ 1
ÿ
“ ε0σ1 δσ1 ,σ dσ1 ` U pd:σ̄ dσ̄ dσ ´ d:σ̄ dσ̄ d:σ dσ dσ q
σ1
ÿ
rd:σ̄ dσ̄ dσ , ĤD s “ rd:σ̄ dσ̄ dσ , ε0σ1 d:σ1 dσ1 ` U d:σ̄ dσ̄ d:σ dσ ss
σ1
ÿ
“ ε0σ1 rdσ̄ dσ̄ dσ , d:σ1 dσ1 s
:
` U rd:σ̄ dσ̄ dσ , d:σ̄ dσ̄ d:σ dσ s
σ 1
ÿ
“ ε0σ1 pd:σ̄ dσ̄ dσ d:σ1 dσ1 ´ d:σ1 dσ1 d:σ̄ dσ̄ dσ q ` U pd:σ̄ dσ̄ dσ d:σ̄ dσ̄ d:σ dσ
σ1
ÿÿ ÿÿ
Ĥ “ εσ c:iσ ciσ ´ υ pc:iσ cjσ ` c:jσ ciσ q (B.1)
i σ xi,jy σ
onde c:iσ (ciσ ) é operador de criação (aniquilação), o qual cria (aniquila) uma partı́cula no
sı́tio i com spin σ (σ “Ò, Ó). A energia em cada sı́tio é dada por εσ e se tem considerado
interação entre os primeiros vizinhos com hopping igual a ´υ. xi, jy representa a soma de
i e j tal que i ‰ j e j “ i ˘ 1. Para este caso temos considerado um fio que comença no
sı́tio 1 e vá até o infinito, portanto, i e j ě 1.
Por outro lado, a função de Green do fio é definida como sendo
1
ĝpEq “ (B.2)
EI ´ Ĥ
¨ ˛
εσ 0 ´υ 0 0 0 ¨¨¨
˚ ‹
˚
˚ 0 εσ̄ 0 ´υ 0 0 ¨¨¨ ‹ ‹
˚
˚ ´υ 0 εσ 0 ´υ 0 ¨ ¨ ¨ ‹ ‹
˚ ‹
Ĥ “ ˚
˚ 0 ´υ 0 εσ̄ 0 ´υ ¨ ¨ ¨ ‹‹ (B.3)
˚
˚ 0 0 ´υ 0 εσ 0 ¨¨¨ ‹ ‹
˚ ‹
˚
˝ 0 0 0 ´υ 0 εσ̄ ¨ ¨ ¨ ‹‚
.. .. .. .. .. .. . .
. . . . . . .
¨ ˛´1
E ´ εσ 0 υ 0 0 0 ¨¨¨
˚ ‹
˚
˚ 0 E ´ εσ̄ 0 υ 0 0 ¨¨¨ ‹
‹
˚
˚ υ 0 E ´ εσ 0 υ 0 ¨¨¨ ‹
‹
˚ ‹
ĝpEq “ ˚
˚ 0 υ 0 E ´ εσ̄ 0 υ ¨¨¨ ‹
‹ (B.4)
˚
˚ 0 0 υ 0 E ´ εσ 0 ¨¨¨ ‹
‹
˚ ‹
˚
˝ 0 0 0 υ 0 E ´ εσ̄ ¨¨¨ ‹
‚
.. .. .. .. .. .. ..
. . . . . . .
¨ ˛´1
Ẽ υ̃ 0 0 0 ¨ ¨ ¨
˚ ‹
˚ υ̃ Ẽ υ̃ 0 0 ¨¨¨ ‹
˚ ‹
˚ 0 υ̃ Ẽ υ̃ 0 ¨¨¨ ‹
ĝpEq “ ˚ (B.5)
˚ ‹
‹
˚ 0 0 υ̃ Ẽ υ̃ ¨¨¨ ‹
˚ ‹
˚
˝ 0 0 0 υ̃ Ẽ ¨¨¨ ‹
‚
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
com
˜ ¸
E ´ εσ 0
Ẽ “ (B.6)
0 E ´ εσ̄
e
˜ ¸
υ 0
υ̃ “ (B.7)
0 υ
Neste caso EI ´ Ĥ é uma matriz finita mas muito grande. Nós só estamos
interessados em calcular o primeiro termo superior da sua inversa, isto é ĝ11 . Com esse
fim vamos definir D0 como sendo o determinante de EI ´ Ĥ, D1 como o determinante
de ĝ ´1 suprimindo a primeira fila e coluna, similarmente, D2 como o determinante de
EI ´ Ĥ suprimindo a sucessiva fila e coluna, e assim por diante. O determinante D0 é
desenvolvido usando os elementos da primeira fila, assim
D0 “ ẼD1 ´ υ̃ 2 D2 (B.8)
103
Considerando que
a sua vez
D1 “ ẼD2 ´ υ̃ 2 D3 (B.12)
D1 D2´1 “ ẼD2 D2´1 ´ υ̃ 2 D3 D2´1 (B.13)
D1 D2´1 “ Ẽ ´ υ̃ 2 pD2 D3´1 q´1 (B.14)
com
D2 “ ẼD3 ´ υ̃ 2 D4 (B.15)
D2 D3´1 “ ẼD3 D3´1 ´ υ̃ 2 D4 D3´1 (B.16)
D2 D3´1 “ Ẽ ´ υ̃ 2 pD3 D4´1 q´1 (B.17)
Assim sucessivamente,
ĝ11 “ pẼ ´ υ̃ 2 pẼ ´ υ̃ 2 pẼ ´ υ̃ 2 pẼ ´ υ̃ 2 p...q´1 q´1 q´1 q´1 q´1 (B.22)
ĝ11 “ pẼ ´ υ̃ 2 ĝ11 q´1 (B.23)
˜ ¸
ĝ1σ1σ ĝ1σ1σ̄
ĝ11 “ (B.27)
ĝ1σ̄1σ ĝ1σ̄1σ̄
ĝ1σ1σ̄ “ 0 (B.34)
ĝ1σ̄1σ “ 0 (B.35)
a
pE ´ εσ q ˘ pE ´ εσ q2 ´ 4υ 2
ĝ1σ1σ “ (B.38)
2υ 2
Para escolher o sinal no resultado B.38 devemos lembrar que a densidade de estados
projetada sobre um estado, neste caso 1σ, pode ser calculada através da função de Green
como sendo
1
n1σ pEq “ ´ lim ImG1σ1σ pE ` iηq (B.39)
π εÑ0`
a
1 pE ` iη ´ εσ q ˘ pE ` iη ´ εσ q2 ´ 4υ 2
n1σ pEq “ ´ lim` Imt u (B.40)
π ηÑ0 2υ 2
a
1 pE ` iη ´ εσ q ˘ i 4υ 2 ´ pE ` iη ´ εσ q2
n1σ pEq “ ´ lim` Imt u (B.41)
π ηÑ0 2υ 2
a
1 4υ 2 ´ pE ´ εσ q2
n1σ pEq “ ¯ (B.42)
π 2υ 2
Como a densidade de estados não pode ser negativa, então, para o caso em que
|E ´ εσ | ă 2υ 2 , o sinal a escolher em B.38 é o negativo. Assim,
a
pE ´ εσ q ´ i 4υ 2 ´ pE ´ εσ q2
ĝ1σ1σ pEq “ (B.43)
2υ 2
Se |E ´ εσ | ą 2υ 2 , temos que
a
pE ´ εσ q ´ ii pE ´ εσ q2 ´ 4υ 2
ĝ1σ1σ pEq “ 2
(B.44)
a 2υ
pE ´ εσ q ` pE ´ εσ q2 ´ 4υ 2
“ (B.45)
2υ 2
$ ?
& pE´εσ̄ q´i 4υ2 ´pE´εσ̄ q2 , se |E ´ ε | ă 2υ 2
2 σ̄
ĝ1σ̄1σ̄ pEq “ pE´ε q`?2υ pE´ε q 2 ´4υ 2
(B.46)
σ̄ σ̄
%
2υ 2
, se |E ´ εσ̄ | ą 2υ 2
¨ ? ˛
pE´εσ q´i 4υ 2 ´pE´εσ q2
ĝ11 pEq “ ˝ 2υ 2 ?0 ‚ (B.47)
pE´εσ̄ q` pE´εσ̄ q2 ´4υ 2
0 2υ 2
107
1
f pεq “ (a.1)
exp βpε ´ µq ` 1
$
&1, se µ ´ ε ă 0
f pεq “ Θpµ ´ εq “ (a.2)
%0, se µ ´ ε ą 0
onde Θpµ ´ εq é a função degrau Heaviside, ver Fig. a.1(a). Estados abaixo do potencial
quı́mico são totalmente preenchidos, e os estados acima do potencial quı́mico são totalmente
vácuos, enquanto que para temperaturas finitas T ą 0 a função de distribuição se alarga
devido a que os elétrons são excitados a estados acima do potencial quı́mico, com largura
de ordem de kB T , ver Fig. a.1(c).
Na Fig. a.1(b, d) podemos observar a derivada da função de distribuição de Fermi-
Dirac, apresentando um pico pronunciado em ε “ µ com uma largura aproximada de KB T ,
descrito por
$
d &δpε ´ µq, se T « 0
´ f pεq “ (a.3)
dε % 1 2
1
, se T ą 0
4kT cosh pβpε´µq{2q
Energia de Fermi
ℏ2 kF2
εF “ (a.4)
2m
108
a p̂2 p̂4
Ĥ 1 “ m2 c4 ` p̂2 c4 ` eΦ ´ mc2 « ´ ` eΦ . . . (b.1)
2m 8m3 c2
Temos que incorporar o grau de liberdade do spin do elétron, substituimos p̂4 por
2mpσ̂¨ p̂qpĤ ´ eΦqpσ̂¨ p̂q, onde também se substituiu p̂2 por 2mpĤ ´ eΦq do hamiltoniano
não relativı́stico
σ̂ está relacionado com as matrizes de Pauli. Após alguns cálculos, obtemos a seguinte
equação de Schrödinger corrigida:
ˆ ˙
B p̂2 p̂4 eℏ2 2 eℏ
´iℏ Ψ “ ` eΦ ´ ` p∇ Φq ` σ̂¨ ∇Φ ˆ p̂q Ψ (b.3)
Bt 2m 8m3 c2 8m2 c2 4m2 c2
ˆ 2 ˙
p̂ p̂4 eℏ2 eℏ
“ ` eΦ ´ ´ p∇¨ Eq ´ σ̂¨ E ˆ p̂q Ψ (b.4)
2m 8m3 c2 8m2 c2 4m2 c2
onde E “ ´∇Φ. Podemos observar 5 termos no lado direito desta última equação, os
primeiros dois termos são os pertencentes ao Hamiltoniano não relativı́stico, eq. b.2, o
terceiro termo é a correção puramente relativista à energia cinética, sem considerar o
spin do elétron. O quarto é chamado de termo de Darwin (em homenagem ao neto do
naturalista Charles Darwin, quem estudo este termo), o qual é devido ao movimento
azarado do elétron ao redor de sua trajetória média. O último termo representa a interação
do spin do elétron em movimento com o campo elétrico. Isso pode ser entendido como que
o elétron em movimento “vê” um campo magnético efetivo dado por pE ˆ pq{2mc2 devido
ao efeito relativı́stico. Reescrevendo o termo de ISO para um potencial central eΦ “ V̂ prq,
com ∇V̂ “ rr̂ dVr temos:
110
ˆ ˙ ˆ ˙
ℏ ℏ 1 dV 1 1 dV
2 2
σ̂¨ ∇V̂ ˆ p̂ “ σ̂¨ r̂ ˆ p̂ “ Ŝ¨ L̂ (b.5)
4m c 4m2 c2 r r 2m2 c2 r r
(1983) [45], Bychkov e Rashba, em 1984, [12] propuseram que o campo elétrico interfacial
E “ Ez z sobre um gás de elétrons bidimensional (GE2D) resulta em um acoplamento
spin-órbita da forma
onde αR é o parâmetro de Rashba, cujo valor pode ser calculado através da ressonância
do spin do elétron (RES) [44] ou através de experimentos de Shubnikov-de Haas (SdH) e
ressonância do ciclotron [45]. Por outro lado, k “ p{ℏ “ kx ` ky é o quase-momento do
elétron.
Como resultado do acoplamento SO Rashba as subbandas eletrônicas com diferentes
spin se separam, quebrando desse modo a degenerecência no GE2D para k ą 0, de acordo
a
ℏ2 k 2
E˘ “ Ezsub ` ˘ αR k (b.7)
2m˚
sub ℏ2 m˚ 2 m˚ 2
“ Ez ` pk ˘ 2 αR q ´ 2 αR , (b.8)
2m˚ ℏ 2ℏ
Em 1961, Fano analisou os picos assimétricos do espectro do Hélio, ver Fig. c.3,
concluindo que eram produto da interferência do estado auto-ionizado discreto com o
estado contı́nuo [25], cujas curvas são representadas por
pq ` ϵq2
σ “ (c.1)
1 ` ϵ2
2pε ´ εr q
ϵ” , (c.2)
Γ
onde ε é a energia do espectro em questão. No caso de um processo de espalhamento, ε
é a energia de incidência. εr é a energia de ressonância e Γ é a largura da ressonância.
Podemos relacionar a largura de ressonância como os máximos e mı́nimos do perfil de
Fano. σ é mı́nimo e igual a zero, quando ϵ “ ´q, então:
qΓ
σmin “ 0 ñ ε “ εr ´ . (c.3)
2
Γ
σmax “ 1 ` q 2 ñ ε “ εr ` . (c.4)
2q
1 pq ` ϵq2
σ “ (c.5)
q 2 ` 1 1 ` ϵ2
Na Fig. c.3 vemos que o parâmetro q nos dá uma medida da assimetria da ressonância,
por isso seu nome. q “ 0 e q Ñ `8 correspondem a perfis perfeitamente simétricos.
Já q “ 1 é o caso assimétrico para o qual o máximo e o mı́nimo estão distantes de Γ{2
da energia de ressonância εr , de acordo com as eqs. c.3 e c.4. O perfil simétrico da
ressonância aparece em problemas de espalhamento como um efeito de interferência entre a
113
amplitude de um espectro contı́nuo com a de um espectro discreto. A fase entre estas muda
bruscamente de π na região de ressonância, fazendo a interferência passar de destrutiva,
no mı́nimo do perfil de Fano, para construtiva, em seu máximo.
Esses picos assimétricos também estão presentes nos espectros de transmissão em
diversos trabalhos de transporte eletrônico [27, 62, 63, 105] produto da interferência entre
estados contı́nuos e discretos, pelo que é chamado de efeito Fano.
A forma da curva de ressonância torna ao sistema altamente sensı́vel ao seu ambiente,
podendo ter aplicações como chave digital [49].
114
ANEXO D - ÉXCITONS
Ze2 m0 ν 2
“ (d.1)
4πε0 r2 r
nh
L “ m0 νr “ , (d.2)
2π
onde h é a constante de Planck e n é um número inteiro positivo. Das eqs. d.1 e d.2 se
obtém:
4πn2 ε0 ℏ2
r“ “ n 2 aB . (d.3)
m0 Ze2
ˆ ˙
4πn2 εℏ2 1 1 4πεℏ2
aBexc “ ` “ (d.4)
e2 me mb µe2
4πεℏ2
aBe “ (d.5)
me e2
e
4πεℏ2
aBb “ (d.6)
mb e2
116
onde ρext prq é a densidade de carga da partı́cula. O segundo, ϕ, é o potencial fı́sico total,
produzido pela partı́cula carregada positivamente e a nuvem de elétrons screening que esta
induz. Portanto, isso satisfaz
e ρind prq é a densidade de carga induzida no gás de elétrons pela presença da partı́cula
externa.
Por analogia com a teoria de meios dielétricos, assumimos que ϕ e ϕext estão
relacionados linearmente por uma equação da forma
ż
ext
ϕ prq “ dr1 ϵpr, r1 qϕpr1 q. (e.4)
ż
ext
ϕ prq “ dr1 ϵpr ´ r1 qϕpr1 q, (e.6)
ż
ϵpqq “ dre´iq¨r ϵprq, (e.8)
ż
dq iq¨r
ϵprq “ e ϵpqq, (e.9)
p2πq3
1 ext
ϕpqq “ ϕ pqq (e.10)
ϵpqq
vemos que a q-ésima componente de Fourier do potencial total presente no gás de elétrons
não é mais do que a q-ésima componente de Fourier do potencial externo reduzido pelo
fator 1{ϵpqq.
A grandeza a ser calculada não é a constante dielétrica ϵpqq e sim a densidade de
carga induzida ρind prq no gás eletrônico através do potencial total ϕprq. Logo, examinaremos
como isso pode ser calculado. Quando a ρind e ϕ estão relacionados linearmente (quando
ϕ é suficientemente fraco), então suas transformadas de Fourier satisfazem a relação da
forma
q2
pϕpqq ´ ϕext pqqq “ χpqqϕpqq, (e.14)
2π
ou
ˆ ˙
ext 4π
ϕpqq “ ϕ pqq{ 1 ´ 2 χpqq . (e.15)
q
4π 4π ρind pqq
ϵpqq “ 1 ´ χpqq “ 1 ´ (e.16)
q2 q 2 ϕpqq
Quando se quer calcular χ é preciso fazer algumas aproximações. Uma das teorias
relevantes nesse sentido é o método de Thomas-Fermi [32], que veremos a seguir.
Para calcular a densidade de carga na presença do potencial total ϕ “ ϕext ` ϕind
devemos resolver a eq. de Schrödinger para um elétron
ℏ2 2
´ ∇ ψprq ´ eϕprqψprq “ εψi prq (e.17)
2m
A aproximação de Thomas-Fermi está baseada na simplificação desse procedimento
que pode ser feito quando o potencial total ϕprq é uma função de r que muda suavemente,
isto é, podemos assumir que a relação de dispersão de um elétron na posição r é
ℏ2 k 2
εpkq “ ´ eϕprq, (e.18)
2m
a energia é modificada de seu valor de elétron livre pelo do potencial local total.
A eq. e.18 faz sentido somente em termos de pacotes de onda, os quais terão uma
dispersão tı́pica na posição no mı́nimo de ordem 1{kF . Portanto, deve-se requerer que
ϕprq varia suavemente na escala do comprimento de Fermi. Em termos da componente de
Fourier isto significa que o cálculo será válida só para valores de χpqq com q ! kF .
Assumimos que as soluções da eq. e.17 descrevem um conjunto de elétrons com
energias da forma da eq. e.18. Para calcular a densidade de carga produzida por esses
elétrons primeiro calculamos a densidade do número de elétrons,
120
ż
dk 1
nprq “ 3 2 2
(e.19)
4π exprβpℏ k {2m ´ eϕprq ´ µqs ` 1
ż
dk 1
n0 pµq “ (e.20)
4π 3 exprβpℏ2 k 2 {2m ´ µqs ` 1
Bn0
ρind pkq “ ´e2 ϕprq. (e.22)
Bµ
Comparando as eqs. e.22 e e.11 obtemos que χpqq é dada pela constante
Bn0
χpqq “ ´e2 , (e.23)
Bµ
4πe2 Bn0
ϵpqq “ 1 ` . (e.24)
q 2 Bµ
Bn0
k02 “ 4πe2 , (e.25)
Bµ
assim,
k02
ϵpqq “ 1 ` . (e.26)
q2
121
Q 4πQ
ϕext prq “ , ϕext pqq “ . (e.27)
r q2
1 ext 4πQ
ϕpqq “ ϕ pqq “ 2 . (e.28)
ϵpqq q ` k02
ż
dq iq¨r 4πQ Q
ϕprq “ 3
e 2 2
“ e´k0 r (e.29)
p2πq q ` k0 r
ANEXO F - PUBLICAÇÕES
References
(3)
1. C. Sirtori, F. Capasso, D. Sivco, and A. Cho, “Giant, triply resonant, third-order nonlinear susceptibility χ3ω in
coupled quantum wells,” Phys. Rev. Lett. 68, 1010–1013 (1992).
2. T. Stievater, X. Li, D. Steel, D. Gammon, D. Katzer, D. Park, C. Piermarocchi, and L. Sham, “Rabi oscillations
of excitons in single quantum dots,” Phys. Rev. Lett. 87, 133603 (2001).
3. E. H. Sargent, “Infrared quantum dots,” Adv. Mater. 17, 515–522 (2005).
4. S. Chakrabarti, A. D. Stiff-Roberts, X. H. Su, P. Bhattacharya, G. Ariyawansa, and A. G. U. Perera, “High-
performance mid-infrared quantum dot infrared photodetectors,” J. Phys. D: Appl. Phys. 38, 2135–2141 (2005).
5. S. A. McDonald, G. Konstantatos, S. Zhang, P. W. Cyr, E. J. D. Klem, L. Levina, and E. H. Sargent, “Solution-
processed Pbs quantum dot infrared photodetectors and photovoltaics,” Nat. Mater. 4, 138–142 (2005).
6. S.-F. Tang, S.-Y. Lin, and S.-C. Lee, “Near-room-temperature operation of an inas/GaAs quantum-dot infrared
photodetector,” Appl. Phys. Lett. 78, 2428 (2001).
7. T. Takagahara, “Excitonic optical nonlinearity and exciton dynamics in semiconductor quantum dots,” Phys. Rev.
B 36, 9293–9296 (1987).
8. L. Banyai, Y. Hu, M. Lindberg, and S. Koch, “Third-order optical nonlinearities in semiconductor microstruc-
tures,” Phys. Rev. B 38, 8142–8153 (1988).
9. S. V. Nair and T. Takagahara, “Theory of exciton pair states and their nonlinear optical properties in semicon-
ductor quantum dots,” Phys. Rev. B 55, 5153–5170 (1997).
10. G. Wang and K. Guo, “Excitonic effects on the third-order nonlinear optical susceptibility in parabolic quantum
dots,” Physica B 315, 234–239 (2002).
11. S. Ünlü, I. Karabulut, and H. Şafak, “Linear and nonlinear intersubband optical absorption coefficients and
refractive index changes in a quantum box with finite confining potential,” Physica E 33, 319–324 (2006).
12. S. Baskoutas, E. Paspalakis, and A. Terzis, “Effects of excitons in nonlinear optical rectification in semiparabolic
quantum dots,” Phys. Rev. B 74, 153306 (2006).
#222933 - $15.00 USD Received 11 Sep 2014; revised 17 Oct 2014; accepted 20 Oct 2014; published 6 Nov 2014
(C) 2014 OSA 17 November 2014 | Vol. 22, No. 23 | DOI:10.1364/OE.22.028270 | OPTICS EXPRESS 28270
123
13. C.-J. Zhang, K.-X. Guo, and Z.-E. Lu, “Exciton effects on the optical absorptions in one-dimensional quantum
dots,” Physica E 36, 92–97 (2007).
14. I. Karabulut, H. Şafak, and M. Tomak, “Excitonic effects on the nonlinear optical properties of small quantum
dots,” J. Phys. D: Appl. Phys. 41, 155104 (2008).
15. J. Flórez and A. Camacho, “Excitonic effects on the second-order nonlinear optical properties of semi-spherical
quantum dots,” Nanoscale Res. Lett. 6, 268 (2011).
16. N. Q. Huong, “Exciton hybridization states in organicsemiconductor heterostructures containing quantum dots,”
Adv. Nat. Sci: Nanosci. Nanotechnol. 2, 013001 (2011).
17. S. Sauvage, P. Boucaud, F. Glotin, R. Prazeres, J.-M. Ortega, A. Lemaı̂tre, J.-M. Gérard, and V. Thierry-Mieg,
“Third-harmonic generation in inas/GaAs self-assembled quantum dots,” Phys. Rev. B 59, 9830–9833 (1999).
18. E. Kasapoglu, F. Ungan, H. Sari, I. Skmen, M. Mora-Ramos, and C. Duque, “Donor impurity states and related
optical responses in triangular quantum dots under applied electric field,” Superlattice. Microst. 73, 171 (2014).
19. A. Tiutiunnyk, V. Tulupenko, M. Mora-Ramos, E. Kasapoglu, F. Ungan, H. Sari, I. Sökmen, and C. Duque,
“Electron-related optical responses in triangular quantum dots,” Physica E 60, 127–132 (2014).
20. J. E. Bautista, M. L. Lyra, and R. P. A. Lima, “Crossover from strong to weak exciton confinement and third-
harmonic generation on one-dimensional quantum dots,” Photonic Nanostruct. 11, 8–14 (2013).
21. R. P. A. Lima and M. Amado, “Electronic states of on- and off-center donors in quantum rings of finite width,”
J. Lumin. 128, 858–861 (2008).
22. M. Amado, R. P. A. Lima, C. González-Santander, and F. Domı́nguez-Adame, “Donor-bound electrons in quan-
tum rings under magnetic fields,” Phys. Rev. B 76, 073312 (2007).
23. R. Boyd, Nonlinear Optics (Academic Press, 2008).
24. Y. Shen, The Principles of Nonlinear Optics (John Wiley & Sons, Inc., 2003).
1. Introduction
New devices operating in the optical and infrared regions have been recently proposed based
on the unique properties of semiconductor quantum wells and quantum dots [1–6]. These struc-
tures present enhanced nonlinear optical susceptibilities as compared with those of bulk semi-
conductors, due to the electron confinement potential, which is particularly strong in quantum
dots [7–17]. The optical response has been shown to be enhanced in the presence of a DC field
in two dimensional triangular quantum dots [18, 19]. In particular, semiconductor quantum
well and quantum dots with a semiparabolic confinement potential present very large nonlin-
ear susceptibilities which results from a multiple resonance due to the uniform spacement of
the sub-bands [12–14]. Excitonic transitions are expected to play a significant role in the low-
temperature nonlinear optical properties of these semiconductor systems, such as the optical
rectification, second and third-order harmonic generation and their corresponding contributions
to the refraction index and absorption coefficient [7–15].
In the regime of weak exciton confinement, the electron-hole Coulombian interaction pre-
dominates over the confinement potential. Recently, a density matrix perturbation theory was
used to compute the nonlinear optical susceptibilities due to third-harmonic generation and the
corresponding nonlinear corrections to the refractive index and absorption coefficient resulting
from the transitions of an electron-hole pair confined by a semi-parabolic potential and interact-
ing with each other via a Coulomb potential [20]. These quantities were analyzed as a function
of ratio between the confinement length L and the exciton Bohr radius a0 . It was shown that, as-
sociated with the degradation of the energy level separation caused by the Coulomb potential,
there emerges multiple resonance peaks in the third-harmonic generation spectrum. Further,
the third-order susceptibility was shown to decay as 1/β 8 in the weak confinement regime of
β = L/a0 1 due to the prevalence of the hydrogenoid character of the exciton eigenstates.
However, the screening of the Coulombian electron-hole interaction shall be relevant in the
weak confinement regime. It introduces a third length scale, namely the screening length `,
whose impact on the nonlinear optical response has to be properly evaluated.
Here, we will provide a detailed study of the exciton contribution to the nonlinear suscep-
tibility of a one-dimensional quantum dot by incorporating the screening of the electron-hole
coupling. We will compute the eigenenergies of the lowest levels as a function of the ratio be-
#222933 - $15.00 USD Received 11 Sep 2014; revised 17 Oct 2014; accepted 20 Oct 2014; published 6 Nov 2014
(C) 2014 OSA 17 November 2014 | Vol. 22, No. 23 | DOI:10.1364/OE.22.028270 | OPTICS EXPRESS 28271
124
tween the screening length and the characteristic Bohr radius. We will show that the screening
of the Coulomb potential acts by restoring the uniformity of the energy levels separation. In
addition, a perturbative density matrix formulation will be used to estimate the screening ef-
fect on the third-order susceptibility and its corresponding contribution to the refraction index
and absorption coefficient. In particular, we will show that the nonlinear optical susceptibility
increases while recovering a single peaked spectrum when the screening length decreases.
χe(3) (3ω) = M01 M12 M23 M30 [ f1− (ω) f2− (ω) f3− (ω) + f1− (ω) f2− (ω)g3 (ω)
+ f1− (ω) f2+ (ω)g3 (ω) + g1 (ω) f2+ (ω)g3 (ω) (3)
#222933 - $15.00 USD Received 11 Sep 2014; revised 17 Oct 2014; accepted 20 Oct 2014; published 6 Nov 2014
(C) 2014 OSA 17 November 2014 | Vol. 22, No. 23 | DOI:10.1364/OE.22.028270 | OPTICS EXPRESS 28272
125
with Mnm = hΦm |u|Φn i, fn± (ω) = ω0 /(ωn0 ±nω −iΓn0 ), and gn (ω) = ω0 /(ωn0 +3ω/n−iΓn0 ).
Here |Φn i = ∑ j Φnj | ji is the eigenvector corresponding to the n-th eigenstate. Γn0 is the line
width associated with the transition between the n-th and the ground states and ωn0 = En0 /h̄ =
(En − E0 )/h̄. The third-harmonic generation contribution to the nonlinear refractive index and
absorption coefficient can be readily obtained from the nonlinear susceptibility as [23, 24]
3Reχ (3) (3ω) 3ωI mχ (3) (3ω)
n2 (ω) = , α2 (ω) = (4)
4ε0 n20 c 2ε0 n20 c2
Here ε0 is the vacuum permittivity, n0 is the linear refraction index of the material, and c is the
light velocity in vacuum. These nonlinear coefficients can also be written in terms of dimen-
sionless quantities as n2 (ω) = ε An2 c ne2 and α2 (ω) = ε Aω 0 e
α .
n2 c2 2
0 0 0 0
3. Results
The numerical results were taken through the direct diagonalization of Hx with 0 < u = x/L <
10 discretized on 103 segments. The singularity of the Coulomb potential at x = 0 is avoided
in the discretization with no compromise to the accuracy due to the vanishing of the wave-
functions at the origin. The obtained values of the eigen-energies and corresponding eigenfunc-
tions for the first few eigenstates in the extreme confinement limit β = 0 were verified to agree
with the exact results for the pure harmonic oscillator. In the following, we will unveil the influ-
ence of the screening of the electron-hole coupling on the third-order nonlinear response. We
will consider a typical value for the line width of the transitions Γn0 = Γ0 = 0.1ω0 .
ωn /ω0
n=3
2.5 3.0
2.0
2.0
1.0
1.5 −2 −1 0 1 0.0 −2
10 10 10 10 −1 0 1
10 10 10 10
β λ
Fig. 1: (a) Normalized resonance frequencies ωn /(nω0 ) versus the confinement coefficient β =
L/a0 for the first three excited states and λ = 1.0. The collapse of the curves for β 1 indicates
the uniformity of the level spacing distribution in the strong confinement regime. The splitting
of the curves as β increases signals the non-uniformity of the level spacings. (b) ωn /(nω0 )
versus the screening parameter λ = a0 /` and β = 3.0. The uniformity of the energy levels
separation is recovered in the strong screening regime λ 1.
#222933 - $15.00 USD Received 11 Sep 2014; revised 17 Oct 2014; accepted 20 Oct 2014; published 6 Nov 2014
(C) 2014 OSA 17 November 2014 | Vol. 22, No. 23 | DOI:10.1364/OE.22.028270 | OPTICS EXPRESS 28273
126
1(b) we show the corresponding dependence of the resonance frequencies on the screening pa-
rameter λ for a specific value of the confinement length β = L/a0 = 3.0. In the regime of weak
screening on which the typical screening length is much larger than the confinement length, the
resonance frequencies retain the character of those resulting for a purely Coulombian electron-
hole coupling. For the specific value of the confinement length illustrated, these resonance
frequencies are split. The decrease of the screening length (increasing λ ) effectively turns off
the electron-hole coupling thus recovering the physical scenario of multiple resonances. This
feature potentializes the emergence of a very intense third-order nonlinear susceptibility.
The non-linear susceptibility χ (3) was determined by computing the corresponding dipole
matrix elements from the numerically obtained eigenfunctions of the discretized Hamiltonian
Hx . In Fig. 2(a) we show the dimensionless third-harmonic generation susceptibility |χ̃ (3) | ver-
sus the normalized frequency ω/ω0 and the screening parameter λ for the representative case of
a confinement parameter β = L/a0 = 3.0. One clearly notice the presence of three peaks in the
weak screening regime which result from the lack of uniformity of the energy levels spacement
promoted by the Coulomb coupling of the electron-hole pair. As the screening effect increases,
these three peaks are displaced to lower frequencies and ultimately coalesce signaling the re-
covery of the multiple resonance condition. Further, the susceptibility is substantially enhanced
at resonance. To better quantify the enhancement of the susceptibility peak at resonance, we
plot in Fig. 2(b) the peak values of |χ̃ (3) | as a function of the screening parameter λ . Notice
that there is a strong crossover when the peaks start to coalesce. After the triple resonance con-
dition is achieved, the susceptibility at resonance is over two orders of magnitude larger than in
the non-screened regime.
(b) 102
1 First peak
10 Second peak
0 Third peak
χ(3) |
10
|e
−1
10
−2
10
−3
10 −2 −1 0 1
10 10 10 10
λ
Fig. 2: (a) Dimensionless third-order susceptibility (|χe(3) (3ω)|) as a function of the radiation
frequency ω/ω0 and screening parameter λ for a confinement parameter β = L/a0 = 3.0. In the
weak screening regime λ << 1 the susceptibility spectrum depicts three peaks signaling distinct
resonance frequencies. In the extreme confinement regime, the uniform level spacing leads to a
triple resonance condition with very large nonlinearity. (b) Peak values of the susceptibility as
a function of the screening strength parameter λ . The three peaks coalesce as λ increases. The
susceptibility is enhanced by over two orders of magnitude as compared to the non-screened
regime.
Finally, the corresponding contributions of the third-harmonic generation process to the non-
linear refractive index and optical absorption coefficient are shown in Figs. 3(a) and 3(b), re-
spectively, as a function of the normalized frequency and screening strength. Both quantities
depict the main trends exhibited by the non-linear susceptibility. Their values at resonance are
substantially larger in the presence of a strong screening of the electron-hole interaction with
the resonance frequency being displaced to a lower value (redshift) in the strong screening
regime. We stress that the above reported enhancement of the exciton contribution to the non-
#222933 - $15.00 USD Received 11 Sep 2014; revised 17 Oct 2014; accepted 20 Oct 2014; published 6 Nov 2014
(C) 2014 OSA 17 November 2014 | Vol. 22, No. 23 | DOI:10.1364/OE.22.028270 | OPTICS EXPRESS 28274
127
linear absorption and refractive index shall be particularly important in 3D quantum dots where
the screening of the electron-hole coupling is substantially stronger.
(a) (b)
6.0
10
0 0
0.0 6
e2
−10
n
-10
e2
α
−20
0 -20
−30
−6.0 -30
−40
2.4 -6 2.4 0.5
2.2 2.2 1.0
0.5
ω/ω0 2.0
1.5
1.0
ω/ω0 2.0 1.5 λ
1.8 2.0 λ 1.8 2.0
Fig. 3: (a) The nonlinear refractive index ne2 and (b) the nonlinear optical absorption coefficient
α
e2 as a function of the radiation frequency ω/ω0 and screening parameter λ for a confinement
parameter β = L/a0 = 3.0. As the screening becomes stronger, the resonance is enhanced and
displaced to lower frequencies.
Acknowledgments
We thank CAPES via project PPCP-Mercosul, CNPq, and FINEP (Brazilian Research Agen-
cies) as well as FAPEAL (Alagoas State Research Agency) for partial financial support.
#222933 - $15.00 USD Received 11 Sep 2014; revised 17 Oct 2014; accepted 20 Oct 2014; published 6 Nov 2014
(C) 2014 OSA 17 November 2014 | Vol. 22, No. 23 | DOI:10.1364/OE.22.028270 | OPTICS EXPRESS 28275
128
Physica E: Low-dimensional Systems and Nanostructures 114 (2019) 113618
A B S T R A C T
In the present article, we study the spin-dependent thermoelectric properties of a quantum dot connected to two ferromagnetic contacts. We obtain results for the
conductance, thermopower, thermal conductance, Lorentz ratio and figure of merit. The transmission probability shows antiresonances as a function of the energy
due to the quantum interference effects. It results in a violation of the Wiedemann-Franz law which produces an improvement of the spin-dependent thermopower
and the merit figure of the system. This set up can be used to design new spin-dependent thermoelectric devices with high efficiencies.
*
Corresponding author. GFTC & GISC, Instituto de Física, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, 57072-970, Brazil.
E-mail addresses: rodrigo@fis.ufal.br, rodrigodelima@gmail.com (R.P.A. Lima), jessicaquib@gmail.com (J.E.Q. Bautista), pedro.orellana@usm.cl (P.A. Orellana).
https://doi.org/10.1016/j.physe.2019.113618
Received 29 March 2019; Received in revised form 12 June 2019; Accepted 22 June 2019
Available online 26 June 2019
1386-9477/ © 2019 Elsevier B.V. All rights reserved.
129
R.P.A. Lima, et al. Physica E: Low-dimensional Systems and Nanostructures 114 (2019) 113618
→
σ = (σx , σy, σz ) .
the Fano effect. In general, the necessary condition for this effect is the
existence of at least two transmission channels: the discrete level and
continuum band. In electronic transport through a single-electron 3. Linear response regime
transistor, the Fano effect permits modifying the interference between
the two paths by changing the gate voltages. Experimentally, the first We consider a bias voltage ΔV and a temperature gradient ΔT be-
tunable Fano measurements in QDs were realized by Kobayashi et al. tween the left and right ferromagnetic leads. Charge current (J) and
∫ (ε ) fLR (ε ) dε,
[34] in an Aharonov-Bohm ring with a QD embedded in one of its arms. heat current (Q) through the system can be expressed as [1],
J=
Furthermore, some authors have found [36–39] Fano like effects arise e
∫ (ε − μ) (ε ) fLR (ε ) dε,
from the interaction of electron states with opposite spin orientation. In
h (2a)
Q=
quantum dots with a strong Rashba interaction, the quantum inter-
ference of localized electronic states with spin σ with the continuum of 1
electronic states with an opposite spin, leads to the appearance of the h (2b)
Fano-Rashba effect. For instance, while in the model used in the article with e being the elementary charge, h the Planck constant, (ε ) the
of Sanchez. et al. [37], the region with spin-orbit interaction supporting transmission probability through the device, μ the chemical potential at
fLR (ε ) = ⎜⎛ ⎟⎞ Δμ + ⎛ ⎞ ΔT .
In the present article, we investigate the thermoelectric properties
f f
⎝ ⎠T ⎝ ⎠μ
of a QD coupled to ferromagnetic leads. The fundamental goal of our
work is to determine the relevance of the Fano-Rashba effect on the μ T (3)
thermoelectric properties of the QD system. We calculate the electronic
and thermal conductance, thermopower, Lorentz ratio and figure of where Δμ = eΔV. Inserting the above equation in Eqs. (2a) and (2b),
merits. Our results show a violation of the Wiedemann-Franz law due to then the charge current and the heat current through the system are
the quantum interference phenomena, and as a consequence, a sub- given by Refs. [1,40].
J = e 0e ΔV + e
stantial enhancement of figure of merit and thermopower is reached. 1
ΔT ,
T (4a)
Q = 1e ΔV +
2. Model
2
ΔT ,
Fig. 1 shows a scheme with a quantum dot connected to two fer- T (4b)
romagnetic contacts. The system is modeled by a non-interacting one where the s are the thermal integrals given by,
σ =↑↓
2 (μ, T ) = ∫−∞ (− ) (ε − μ) (ε) dε.
h
dσ† c−1σ
HR = − tso ∑σ , σ ′=↑↓ [dσ† [σx ]σσ ′ (c1σ ′ + c−1σ ′) + H . c ] ,
The thermoelectric quantities, electronic conductance G, thermo-
(1) power S and thermal conductance κ can be written in terms of the
thermal integrals,
G =
ciσ† (ciσ) is the electron creation (annihilation) operator at site i with spin
e 2 0,
S = −
σ in the ferromagnetic contacts (σ = ↑, ↓), dσ† (dσ) is the corresponding
ndσ = dσ† dσ . Besides, V0 and tso are the QD-lead couplings via normal
1 1
electron operator in the QD with spin σ, and ndσ is the number operator, eT 0
,
κ = = ( − ).
Q 1 12
and Rashba tunneling, i.e., with conserved spin and spin-flip, respec- ΔT T 2 0
1 ⎛ 2
ϵσ = 2υ − Δ[σz ]σσ , where Δ is the ferromagnetic energy, μB is the L= − 12 ⎞⎟
Eq. (1) in the article of Shelykh et al., [36]. Additionally,
2
⎝ 0 0 ⎠
⎜
e 2T 2 (7)
Zeeman energy due to the magnetic field B in the QD, ϵ0 is the energy
level in the QD without a magnetic field and Pauli matrix vector The thermoelectric efficiency of the system is described by the di-
mensionless figure of merit,
ZT =
S 2GT
κ (8)
defined in terms of measurable quantities S, G, and κ.
To calculate the above quantities, we need to know the transmission
probability. The transmission probability, (ε ) for a QD attached to
ferromagnetic leads is given by Refs. [39,41],
(ε ) =
sin2 k (ε )
+ ⎡cos k (ε ) + ⎤
,
⎣ 4D (ε ) ⎦
N (ε ) 2
sin2 k (ε )
Fig. 1. Scheme of the system with a quantum dot coupled to two ferromagnetic (9)
contacts. here
2
130
R.P.A. Lima, et al. Physica E: Low-dimensional Systems and Nanostructures 114 (2019) 113618
N (ε ) = tso2 ε↓ + V02 ε↑ + 4 ↓ ↑
eκ
εε (10)
D (ω) = 4 so ↑
+ V02 ε↓] + (tso2 − V02 )2
eκ 2
[t ε (11)
∫−∞ (ε ) − εf dε ≈ (μ) +
∞
( ) π 2 2 (ε )
6β2 ε 2 ε = μ
+ + O (T 6).
7π 4 4 (ε )
360β 4 ε 4 ε = μ (12)
1 ≈ 3h(k T ′(μ) +
π 2kB T
B
7π 2 (kB T )3
30
‴ (μ) ) + O (T ), 6
2 ≈ ((μ) + ″(μ) ) + O (T ).
π 2 (kB T )2 7π 2 (kB T )2 6
3h 10 (13)
Once the thermal integrals are known, we can calculate the ther-
moelectric quantities.
4. Result
and the normalized spin-orbit coupling ‾tso = tso/2υ at fixed magnetic Fig. 3. Spin-dependent thermopower as a function of the normalized gate
field and gate potential. As we expected, the conductance shows two voltage ‾ε0 and of the normalized spin-orbit coupling ‾tso , when μB/2v = 0.003
resonances and a Fano antiresonance as a function of the energy. For and kBT/2v = 4.3085 × 10−5.
small values of the magnetic field (μB/v ≪ 1) the transmission of the
system can be written approximately as a convolution of a Fano line- and ε ± are the detuning parameters measuring the energy ϵ0 from the
shape and a Breit-Wigner line-shape, as center of the resonance and normalized by the resonance half-width.
(ε + q)
↑ ≈ ⎡ −2
1 ⎤
⋅
The interference between localized states and resonant states in the
⎢ ε− + 1 ε+2 + 1 ⎥
2
⎣ ⎦
. QD produce to the appearing of the Fano-Rashba effect. This effect
(14) arises as a result of the quantum interference between a bound state in
the QD with a specific spin with the continuum of electronic states with
where q is the Fano parameter characterizing line shape asymmetry q
opposite spin. In the absence of spin-orbit coupling the Fano line-
shaped disappears, and only the Briet-Wigner line-shaped hold from the
contribution of the direct path of the electron through the system.
The thermopower of the system is strongly affected by the Fano-
Rashba effect. Fig. 3 displays the contour plot of the spin-dependent
thermopower as a function of the gate voltage ϵ0 and spin-orbit cou-
pling (tso) for the same parameters of Fig. 2. We note that large absolute
values of thermopower are obtained in the Fano-line-shape regime, and
small values in the Breit-Wigner-shape regime. We note that close the
2/ 0 > > (1/ 0)2 and from the second order in the Sommerfeld
imum value (4.2 L0). In fact, close the Fano antiresonances
expansion,
″(μ)
10
(μ) +
3 π 2 (kB T )2
L ≈
21 / 5 + (T * / T )2
6
1 + (T * / T )2
L0
(15)
L0 =
π 2 (kB / e )2
tage ‾ε0 = ϵ 0 /2v and of the normalized spin-orbit coupling ‾tso = tso/2v , when μB/ T * = (μ)/ ″(μ) 6 / πkB . From the above equation, the Lorentz ratio
Fig. 2. Spin-dependent conductance as a function of the normalized gate vol- where 3
is the Lorentz number and
2v = 0.003 and kBT/2v = 4.3085 × 10−5. reaches its maximum value just at the antiresonance position. Note that
3
131
R.P.A. Lima, et al. Physica E: Low-dimensional Systems and Nanostructures 114 (2019) 113618
different values of the spin-orbit coupling, ‾tso = 0.12 (solid line), ‾tso = 0.10
Fig. 4. Spin-dependent Lorentz factor as a function of the gate voltage ε0̄ for
(dashed line) and ‾tso = 0.08 (dot line) when μB/2v = 0.003 and kBT/
2v = 4.3085 × 10−5.
voltage ‾ε0 and spin-orbit coupling, ‾tso μB /2v = 0.003 and kBT/
Fig. 6. Spin-dependent figure of merit in log scale as a function of the gate
2v = 4.3085 × 10−5.
voltage ε0̄ for different values of the normalized spin-orbit coupling, ‾tso = 0.12
Fig. 5. Spin-dependent figure of merit (a) as a function of the normalized gate
(solid line), ‾tso = 0.08 (dashed line) and ‾tso = 0.04 (dot line) and (b) as function
5. Summary
of the normalized spin-orbit coupling ‾tso for different values of the normalized
gate voltage (peak values of Lorentz factor). When μB/2v = 0.003 and kBT/ In this work, we study the spin-dependent thermoelectric properties
2v = 4.3085 × 10−5. of a quantum dot coupled to ferromagnetic leads by considering Rashba
to derive the above result, we only assumed that (μ) and ′(μ) vanish
tunneling. The transmission probability shows antiresonances as a
4
132
R.P.A. Lima, et al. Physica E: Low-dimensional Systems and Nanostructures 114 (2019) 113618