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Florianópolis, 2018.
RESUMO
Álvaro Siza
SUMÁRIO
LOCALIZAÇÃO
1
10
BR
SÃO JOSÉ
HI
ACC
OZ
I CET
AN
AV.
CENTRO DE
SÃO JOSÉ FLORIANÓPOLIS
BAÍA DE PALHOÇA
BAIRRO PONTE
PALHOÇA
DO IMARUIM
Dentre os principais problemas urbanos Na mesma década, o governo do estado diante Diante do cenário constatado em visitas
enfrentados pelas cidades brasileiras são da situação irregular das moradias, resolveu à Comunidade da Praia, ficou evidente a
as ocupações irregulares, que acontecem, aterrar a orla da Comunidade da Praia para que necessidade em suprir o déficit habitacional da
em sua maioria em áreas periféricas e/ou fossem construídas moradias para as famílias área, caracterizado por ocupações irregulares
ambientalmente sensíveis. Isso ocorre em do local. Porém, tais moradias nunca foram em áreas ambientalmente sensíveis, precárias,
função destas áreas serem remanescentes de construídas e o aterro, ademais, retirou a fonte improvisadas e com excessivo adensamento.
ocupação e controle do mercado imobiliário. de renda de vários moradores que sobreviviam
Essas ocupações, além de prejudicarem o da extração de berbigão, agravando a situação Segundo Maricato (2018), historicamente,
meio ambiente, geram riscos à população ali da comunidade. as populações menos favorecidas ocupam as
instalada. Tal situação advém, principalmente, periferias das cidades, onde o direito à cidade é
pela falta de planejamento urbano das cidades. mais negligenciado, pois falta, na maior parte
das vezes, infraestrutura e urbanização. As
O mesmo ocorreu na Comunidade da Praia, ocupações na Comunidade da Praia ocorreram
onde as ocupações, segundo moradores, pelo negligenciamento do governo com a
surgiram na década de 1980, com a instalação situação das famílias, que diante da falta
de várias famílias vindas de outras cidades (a de oportunidades acabaram valendo-se da
maioria de cidades do interior do estado) com autoconstrução e da ocupação irregular do solo
promessa de moradia e emprego em uma urbano.
empreiteira ganhadora da licitação para a
construção da ponte do Rio Imaruim. Assim, A redensificação da área possibilitará a
as famílias foram instaladas em palafitas melhoria na integração da comunidade com
provisórias nas margens do rio. Posteriormente a cidade formal, diminuindo a segregação e
a construtora foi à falência, deixando as proporcionando uma qualificação habitacional
famílias sem emprego, mal instaladas e sem e social para a comunidade como um todo.
saneamento básico.
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OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver projeto arquitetônico de habitação • Reconhecer o tema, compreendendo o • Elaborar uma proposta de partido
de interesse social para as famílias em situação histórico das habitações sociais brasileiras arquitetônico e diretrizes urbanas que
irregular como forma de qualificação urbana e o contexto das ocupações irregulares em proporcione qualidade habitacional e
na área da Comunidade da Praia na Ponte do áreas ambientalmente sensíveis; recreativa para a comunidade;
Imaruim, Palhoça.
• Pesquisar referenciais projetuais • Desenvolver anteprojeto de habitação
e textuais inerentes a projetos de social para a Comunidade da Praia.
habitação social em áreas degradadas,
de forma a contribuir com estratégias
projetuais que poderão ser utilizadas no
desenvolvimento da proposta;
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METODOLOGIA
As primeiras políticas habitacionais surgiram Vargas cria também, em 1942, a Lei do por intermédio das leis urbanísticas (plano secretarias, sem que se conseguisse definir
após os anos 1930, na era Vargas, quando o inquilinato, responsável por congelar o preço diretor, zoneamento) enquanto a realidade com clareza um padrão de política pública a ser
estado reconheceu que o mercado privado dos aluguéis. Isso causou uma desestimulação, era que grande parte da população ocupava o implementado.
não atendia a demanda por moradia, por parte da iniciativa privada, nos solo ilegalmente, construindo suas casas com
principalmente da parcela de baixa renda da investimentos em moradia para este fim, seus próprios recursos técnicos e financeiros, Diante da insatisfação popular, houveram
população. Segundo Ferreira (2005), a partir de e, segundo Ferreira (2005, p.11) “apenas originando uma urbanização a baixos salários mobilizações entorno da questão urbana que
1930, o estado passou a intervir diretamente intensificou a segregação urbana [...] pois e fazendo com que as ocupações irregulares culminaram na instituição dos artigos 182 e
na promoção da industrialização, criando uma estimulou a propriedade privada do imóvel crescessem velozmente. (Ibid, 1997) 183 na Constituição Brasileira, que conforme
crescente migração rural - urbana. Tal dinâmica urbano no lugar do aluguel”. Diante da situação, Bolduki (2008), “regulam o uso da propriedade
elevou o problema da provisão habitacional em 1946 criou-se a Fundação da Casa Popular, Em 1964, com o golpe de estado, houve um urbana em prol do bem coletivo, da segurança
para a massa operária. Foi então, que pela que financiou apenas 16.964 moradias. Como intenso estímulo na indústria da construção e do bem-estar dos cidadãos, bem como do
primeira vez foram introduzidas políticas consequência da ineficiência das políticas, civil que provocou o crescimento da produção equilíbrio ambiental” e introduzem, segundo
habitacionais públicas, anunciando que o os loteamentos ilegais tornaram-se a forma da habitação, principalmente após a criação Ferreira (2005) “o princípio da chamada função
estado assumiria tal função. predominante de moradia dos trabalhadores. do Banco Nacional da Habitação (BNH), que social da propriedade urbana”. Estes artigos
O loteamento irregular na periferia, ou a pura e construiu, aproximadamente 4 milhões de foram regulamentados apenas em 2001 com
Com isso, foram criados os Institutos de simples ocupação ilegal de terras (ou mangues) moradias. Segundo Abiko e Orstein (2002), a aprovação do Estatuto da Cidade, dando ao
e a autoconstrução da moradia tornaram-se as
Aposentadoria e Pensões (IAP’s) que “iriam opções mais importantes para a provisão de desde a extinção do BNH, a habitação persiste Poder Público instrumentos urbanísticos para
financiar a construção de 140 mil moradias, moradia. (MARICATO, 1997, p.36) em ser um bem inatingível para grande parcela realizar um maior controle sobre as dinâmicas
a maior parte das quais destinada ao Nos anos 1950, o Brasil teve por base a da população. Mesmo aqueles que conseguem urbanas. Rolnik (2001) destaca que o estatuto
aluguel”. (MARICATO 1997, p.36), apesar de indústria de bens duráveis, com isso, as ter acesso a habitação, os fazem, na maioria das da cidade abrange, essencialmente, três
demonstrarem certa qualidade arquitetônica, a obras visando adequar o sistema viário ao vezes, em condições de enorme precariedade. inovações: um conjunto de novos instrumentos
quantidade não foi suficiente para a demanda automóvel foram prioridade do investimento Embora a ação do BNH fosse falha em muitos de natureza urbanística voltados para induzir
por habitação da época. público ao invés das políticas sociais. O ideário pontos, com a sua extinção, a moradia popular as formas de uso e ocupação do solo, a
urbanístico moderno passou a ser incorporado ficou órfã, passando por vários ministérios e participação popular no planejamento das
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cidades e a ampliação das possibilidades de renda, inexistente até aquele momento. Nacional para Habitação de Interesse Social
regularização das posses urbanas, até hoje (JUNIOR e UZZO, 2006). (FNHIS), lançando o Plano de Aceleração do
situadas na ambígua fronteira entre o legal e Crescimento (PAC), destinado a promover o
o ilegal. A partir desta data, é possível observar uma crescimento econômico com um ambicioso
movimentação em prol da construção de programa de investimento em infraestrutura
Destacam-se dois instrumentos importantes do uma política habitacional mais estável. Em (ARAGÃO, 2012, apud TRZCINSKI et al. 2017).
Estatuto da Cidade para a viabilidade do projeto 2004 foi aprovada a Política Nacional de
na Comunidade da Praia. O primeiro deles trata Habitação (PNH) que Trzcinski et al. (2017) Com isso, cria-se em 2009 o programa Minha
sobre a regularização fundiária, essencial ressalta como sendo o principal instrumento Casa Minha Vida (MCMV).
para a efetivação legal das urbanizações de de orientação das estratégias e das ações a A criação do Minha Casa Minha Vida, apesar
favelas, e o segundo deles é a Operação Urbana serem implementadas pelo Governo Federal de todas as suas deficiências, incorporou
pela primeira vez os mais pobres às políticas
que, segundo Rolnik (2001), são definições e é imprescindível para a concepção de de financiamento habitacional, ao ampliar
específicas para uma certa área da cidade que desenvolvimento urbano integrado, no qual de forma significativa os subsídios públicos,
se quer transformar, prevendo uso e ocupação a habitação não se restringe apenas a casa, mobilizando para isso recursos do orçamento
distintos das regras gerais que incidem sobre pois incorpora o direito à infraestrutura, do governo federal. (ROLNIK, 2018).
a cidade e que podem ser implantadas com saneamento, mobilidade e transporte coletivo, Porém, o programa encontrou dificuldade em
a participação dos proprietários, moradores, equipamentos e serviços urbanos e sociais, atender a parcela da população com a menor
usuários e investidores privados. buscando garantir direito à cidade. renda do programa, que correspondia à quase
90% do déficit habitacional. Consequência do
Em outubro de 2003, foi realizada a primeira Foi a partir de 2007 que novas mudanças avanço do crédito e do aumento da produção
Conferência Nacional das Cidades, que, ocorreram no que tange à forma de se habitacional vivenciada na época. O preço dos
reforçou a necessidade de aprovar um implantar políticas habitacionais no Brasil. imóveis e terrenos nas regiões metropolitanas
instrumento decisivo para aplicação de uma O governo passa a liberar recursos para o disparou, causando grandes dificuldades
Política Habitacional para a população de baixa investimento habitacional por meio do Fundo para a produção de moradias em áreas
bem localizadas. Essa situação resultou na
construção de habitações distantes dos centros A cada dia acentua-se o problema da habitação SANITÁRIO COLETIVO
urbanos, isoladas do contexto da cidade e de no Brasil. O predomínio do fator econômico
QUARTO
acesso aos serviços básicos como transporte sobre o técnico impõe a miniaturização da PARA UMA
eficiente, saúde, educação e infraestrutura, moradia social. Os recursos disponíveis são FAMÍLIA
repetindo parte das posturas do período utilizados no sentido de promover a construção
atuante do BNH. do maior número de unidades. A necessidade COZINHA COLETIVA
Por se tratar de uma política econômica, este por espaços internos adequados é praticamente
programa incorpora os interesses do setor desprezada, as moradias são construídas em Figura 09: Planta Baixa de Cortiço
de construção civil e do capital imobiliário, prédios iguais, monótonos, sombrios, isolados Fonte: GHab,1999 - redesenho da autora
logo, torna-se um problema a efetivação da
dos grandes centros, à margem do mercado de
política habitacional tal como foi pensada.
Assim, compreendemos que se por um lado trabalho formal, com problemas construtivos e
este programa é significativo do ponto de acabam tornando-se lugares perniciosos à vida O estado então, de acordo com Peres
vista da quantidade de unidades habitacionais em sociedade e o crescimento das pessoas. (2000), realiza grandes investimentos em
que disponibiliza, por outro, não atende as (RIFRANO, 2006) infraestrutura e serviços urbanos, como as
necessidades da população se pensarmos a
moradia não apenas como local de morar, mas
renovações urbanas e a erradicação de cortiços,
No final do século XIX e início do XX, após a revalorizando as áreas centrais.
também de viver. (PACHECO, ARAUJO, 2017, p.2)
aceleração do processo de urbanização das
Apesar do cenário atual, é possível encontrar cidades e o adensamento dos centros urbanos, Desde 1853, o governo tentava estimular
projetos que fogem à regra, demonstrando surgem os cortiços nas áreas centrais, além a construção de moradias higiênicas, mas
que é possível, principalmente valendo-se das primeiras favelas e as vilas operárias para somente no início do século XX foram
de instrumentos como as operações urbanas, abranger a camada mais pobre da população. construídas as Vilas Operárias (fig. 10). As
Os cortiços eram caracterizados por terem vilas foram construídas pelas indústrias e
implementar projetos de qualidade. O conjunto
área mínima e as instalações sanitárias eram
habitacional do Jardim Edite (fig. 08) é parte de construtoras com o objetivo de aluga-las para
coletivas e localizadas na área comum (fig. 09).
uma investida do poder público na busca de os seus operários.
novas tipologias para a habitação econômica
na cidade. Iniciativa que ainda é exceção e não
regra nas políticas urbanas.
Figura 08: Jardim Edite
Fonte: KON, 2018.
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Figura 11: Cortiço carioca - século XIX
Fonte: FURTADO, 2012
Até a década de 30, a atuação do governo iguais e eram delimitados por cercas vivas e de
restringia-se ao incentivo para a construção sarrafos. (SZÜCS et al, 2016).
WC de moradias higiênicas e restrição dos cortiços.
QUINTAL Após a criação dos IAP’s, foram construídos
conjuntos, financiadas moradias isoladas, e,
COZINHA posteriormente, foram construídos edifícios
residenciais. (RIFRANO, 2006) QUARTO WC COZ. COZ. WC QUARTO
O estado brasileiro, após a insistência pelo que provocam a inabilidade habitacional. Para Jacobs (2001), muitos bairros já possuem
discurso de remoção de favelas e projetos pontos de concentração humana ignorados
malsucedidos, começou a pensar na Segundo Maricato (1997), a dificuldade que que anseiam por parques ou praças. Neste
urbanização de favelas. Segundo Maricato as comunidades enfrentam para ter acesso contexto, Grosbaum (2012) ressalta que, os
(2003) essa mudança se consolidou nos anos aos serviços de infraestrutura urbana como espaços coletivos bem apropriados pelos
1980, quando ouve a percepção de que era mais transporte, saneamento, drenagem, acesso aos usuários, encontram-se inseridos na estrutura
viável economicamente realizar a urbanização serviços de saúde, educação e cultura, soma-se urbana como em vias estruturais, em frente a
das favelas do que remover seus moradores. a menores oportunidades de emprego, maior uma escola, um bar, ou seja, relacionando-se
exposição à violência, além da discriminação e com os demais elementos do conjunto urbano.
A urbanização implica, no mínimo, iluminação, difícil acesso à justiça oficial, ou seja, a exclusão
água tratada, esgoto, drenagem, coleta de lixo, é um todo social, econômica, ambiental, Este cenário é constatado na Comunidade
circulação viária e de pedestres e eliminação
jurídica e cultural. da Praia, onde, em vários pontos diferentes
dos riscos de vida. (Ibid., 2003, p.83)
existem apropriações dos espaços públicos
Por este motivo é imprescindível tratar da apesar de serem totalmente improvisados e
Outro motivo que impulsiona a urbanização
questão urbana nos assentamentos informais. precários conforme exposto na figura 17. Isso
de assentamentos informais é a vontade
Neste contexto Gehl (2013, p.2017) esclarece: demonstra a necessidade de criação de novos
dos moradores, que muitas vezes preferem
espaços e consolidação dos existentes.
permanecer onde estão por conveniência É precisamente naquelas áreas habitacionais
de localização, oferta de trabalho, rede de de alta densidade populacional e poucos Os parques e praças de bairro ou espaços
amigos e familiares, entre outros. (Ibid., 2003). recursos econômicos que o espaço ao ar livre similares são comumente considerados uma
tem um impacto muito grande nas condições dádiva conferida à população carente das
de vida. Onde possível, inúmeras atividades cidades. (JACOBS, 2011, p.97).
Isto é, existe, na maioria das vezes, um senso comunitárias são realizadas do lado de fora
de comunidade formado no local, porém, é a das moradias, nas ruas, praças ou em outro
falta de qualidade das moradias, dos espaços logradouro público.
públicos e da falta de oferta de equipamentos
Arquiteto: Álvaro Siza vida dos moradores, além de que o processo O terreno localizado ao lado de uma linha
Local: Porto - Portugal deveria ser participativo. férrea, fundamenta a preocupação com o ruído
nas moradias, por este motivo um robusto
Número de unidades: 126 paredão foi construído na porção voltada ao
A tipologia laminar foi executada em quatro
Área: 12.900m² fileiras paralelas de quatro andares composta norte para proteção acústica.
Projeto: 1973 por unidades duplex sobrepostas geminadas.
Construção: 2006 A disposição das lâminas formam os pátios
internos do conjunto.
O projeto foi idealizado diante de condicionantes
relevantes para o contexto em que foi inserido. O volume linear dos blocos é interrompido
Algumas destas condicionantes foram o custo no último andar pelos terraços. Atualmente
e tempo de execução, a localização próxima moradores têm fechado estes terraços em
das antigas habitações dos beneficiários, o uma busca do aumento de espaço interior.
modelo que deveria ser de habitação coletiva (SOBETCHI, 2014)
para possibilitar a continuidade no modo de
Figura 19: Esquema de Implantação - Bairro da Bouça Figura 20: Bairro da Bouça - linha férrea
Fonte: Autora Fonte: LOLA, 2014
QUARTO
e cozinha. Os andares foram distribuídos de QUARTO
COZ. QUARTO
forma a ficarem com os pavimentos de estar e
serviço contíguos e os andares de dormitórios SALA
WC SALA WC
nas extremidades, promovendo, desta forma,
maior conforto acústico e privacidade para os COZ.
QUARTO
ambientes de descanso. O acesso à moradia QUARTO QUARTO
térrea acontece no primeiro pavimento, e
o acesso à superior acontece pelo segundo 1m
pavimento, através da escada externa, 1° 2° 3° 4°
proporcionando assim acesso independente Figura 23: Plantas - Bairro da Bouça
Fonte: VICTOR, 2014 - representação da autora.
para cada uma. (Ibid, 2014)
DORMITÓRIOS
ESTAR + SERVIÇO
ESTAR + SERVIÇO
DORMITÓRIOS
Arquiteto: Alejandro Aravena, ELEMENTAL a construção das habitações ficou limitado, Se para resolver a equação pensássemos em
Local: Tarapacá, Chile sendo assim, foram construídas unidades uma casa por lote, ainda que utilizássemos os
de 30m², porem deixou-se espaço para que pequenos lotes do padrão da habitação social,
Número de unidades: 100 as famílias pudessem expandir sua moradia conseguiríamos alocar somente 30 famílias
Área: 5.000m² conforme suas necessidades. (DELAQUA, 2012). no terreno. Isto porque, com a tipologia de
Projeto: 2003 casas separas, o uso do solo é extremamente
ineficiente; a tendência, portanto, é buscar
Com a limitação do orçamento disponível terrenos que custem pouco. (Ibid, 2012).
por unidade, escolheu-se desenvolver uma
tipologia que permitisse alcançar uma alta
A orientação técnica perante as ampliações
densidade, possibilitando assim, a compra de
e a participação das pessoas neste processo,
um terreno bem localizado, imerso na rede de
fez com que houvesse a personalização e
oportunidades que a cidade oferecia (trabalho,
Figura 26: Área privativa das individualização das unidades, contribuindo
saúde, educação, transporte). Dado o valor habitações - Quinta Monroy com a transformação de uma simples
pago pelo terreno, os recursos disponíveis para Fonte: Autora
solução habitacional em uma casa, situação
contrastante com as soluções adotadas pelos
últimos programas habitacionais brasileiros.
Outra preocupação foi quanto as relações
sociais existentes:
Ao reagrupar as 100 famílias em quatro grupos
menores, de 20 famílias cada um, conseguimos
uma escala urbana suficientemente pequena
para permitir aos vizinhos colocarem-se de
acordo, porém, não tão pequena que eliminasse
Figura 27: Esquema de Implantação - Quinta Monroy as redes sociais existente. (DELAQUA, 2012.)
Fonte: Autora
construída.
WC WC WC
Figura 29: Corte - Quinta Monroy 1m Figura 32: Planta nível 3 - Quinta Monroy 1m
Fonte: DELAQUA, 2012 - com modificações da autora Fonte: DELAQUA, 2012 - com modificações da autora
WC WC A.S.
DOR. COZ. DOR. COZ.
1
8 Construção da ponte de Figura 41: Ponte do Imaruim - 1927
O rio Imaruim tem grande importância Na década de 1960 estavam sendo abertos os 5 alvenaria Fonte: NOTÍCIAS, 2017.
para a origem da cidade de Palhoça, pois a loteamentos na região, havia muitas roças, 7
consolidação do município ocorreu em suas criavam-se cavalos e a maior área era mangue.
margens. O historiador Lopes (1926, apud A vinda de várias famílias para trabalhar 1
NIEDZIELUK, 2012) menciona que quando na construção da nova ponte aumentou a 9 Expansão urbana através
as primeiras famílias chegaram à região, a quantidade de ocupações na área. Nos anos
6 dos loteamentos
0
passagem do rio era realizada pela parte mais 1980 o governo estadual promoveu o aterro da
rasa. A população recorreu diante do problema orla para que fossem construídas moradias para
1
e em 1836 a primeira ponte foi construída. Em as famílias do local, as moradias nunca foram 9 Aterramento executado
1845, a ponte foi reconstruída para passagem construídas e o aterro foi doado para a criação 8 pelo governo estadual
do imperador Dom Pedro II, que visitou a região da Associação local. Na década de 1990 após 0
em direção à Caldas do Cubatão, a mesma foi uma grande enchente, houve a dragagem do
destruída por enchentes e em 1857 deu-se a rio para seu desassoreamento e a areia retirada 1 Figura 42: Ponte do Imaruim - 1998
construção da ponte de alvenaria. formou o pátio no qual atualmente encontra- 9 Cria-se a associação de Fonte: NOTÍCIAS, 2017.
se a associação esportiva. Em seguida, 8 esportes no aterro
4
A arquitetura da ponte de estilo colonial desenvolveu-se ainda a vila dos pescadores,
português, também é o cartão postal do bairro onde foram construídos 31 boxes geminados
a que se deu o nome [...]. Dos 16 arcos, apenas 1
para guardar os barcos e auxiliarem na criação 9 Dragagem e aumento do
alguns permanecem em pé e atualmente,
do berbigão e ostras, porém com a poluição e o 9 aterro
pertencem ao município de São José. O
restante desmoronou com a maior enchente assoreamento do mar a pesca foi escasseando, 1
ocorrida em Palhoça. (NIEDZIELUK, 2012) e desta forma os pescadores precisaram buscar
outros meios de ganho. (NIEDZIELUK, 2012) 1
9 Cria-se a Vila dos Pesca-
9 dores
4
----50---- Figura 44: Alteração limite do mar 50m ----51---- Figura 48: Ponte do Imaruim 2003 Figura 49: Ponte do Imaruim 2011 Figura 50: Ponte do Imaruim 2018
Fonte: Autora 300m Fonte: Google Earth Fonte: Google Earth Fonte: Google Earth
AV. ANICETTO ZACCHI
ACESSO PARA
SÃO JOSÉ
MOBILIDADE BR 101
NORTE
A região conta com intenso fluxo de veículos, ilegal, configurado por suas vias irregulares,
incluindo de transporte público, por ser uma miolos de quadra sem acessibilidade, falta de
importante ligação entre os centros das cidades continuação e conexão da malha urbana, vielas PEDRA
de São José e Palhoça. e servidões estreitas e sem passeios, além da BRANCA
----52---- ----53----
B
Silva
muitas vezes, possuem menos de um metro e
Da
D
meio de largura, conforme pode ser observado
Avenida Cláudio O.
na figura 54, e impossibilitam a chegada de
veículo até as moradias e dificultam o acesso
PRINCIPAL
Figura 60: G - ruela Figura 61: H - ruela Figura 62: I - ruela
LOCAL Fonte: AUTORA, 2018 Fonte: AUTORA, 2016
Fonte: AUTORA, 2018
RUELA
Ranchos
B Associação de
Pescadores
C Associação de Esportes
EEB Pedro Ivo Figueiredo D
de Campos
Jardim de Infância
EEB Irma Maria Tereza Associação João Paulo
Figura 65: A - apropriações Figura 66: B - apropriações Figura 67: C - apropriações
Unidade Básica de Saúde Fonte: AUTORA, 2018 Fonte: Google Fonte: AUTORA, 2018
Ponte do Imaruim
Posto Policial
E
Correios
F
Avenida Aniceto Zacchi G
H
Associação Casa
I das Areias
UNIASELVI
Figura 64: Equipamentos e apropriações Figura 71: G - apropriações Figura 72: H - apropriações Figura 73: I - apropriações
100m Fonte: Autora Fonte: AUTORA, 2016 Fonte: Google Fonte: AUTORA, 2016
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USO DO SOLO PERMEABILIDADE DA QUADRA
----60---- Figura 74: Uso do solo ----61---- Figura 75: Permeabilidade da quadra
100m Fonte: Autora 100m Fonte: Autora
CHEIOS E VAZIOS ASPECTOS LEGAIS
A ocupação informal fica evidente no mapa CÓDIGO FLORESTAL comum do povo, e que "os acrescidos terrenos
de cheios e vazios, e caracteriza-se pelo de marinha, formados por ascensão natural
adensamento de edificações de pequeno A intervenção em Área de Preservação ou artificial, serão destinados à implantação
porte e pela proximidade entre as moradias, Permanente poderá ser autorizada, de áreas de uso público"(PALHOÇA, 1993) e
muitas destas que em alguns casos, não excepcionalmente, em locais onde a função constituem área "non edificandi".
apresentam área externa privativa, possuem ecológica do manguezal esteja comprometida,
várias construções por lote ou ocupam todo o para execução de obras habitacionais e O plano aborda a questão do acesso de
AMC-7
ARP-1
APP
Zoneamento e gabarito Transferência do direito de construir
AVL
A ponte do Imaruim possui zoneamento Os proprietários dos imóveis com restrições
predominantemente residencial com impostas pelo plano diretor como abertura
AMC-7 exceção da avenida que possui caráter de ou alargamento viário, implantação de
AMC-8 área central. Mesmo nas áreas com previsão equipamentos urbanos e comunitário e imóveis
de uso residencial, o gabarito permitido é destinados a preservação do patrimônio,
de 4 pavimentos, conferindo um possível poderão receber a transferência de índice e
ARP-6 adensamento de todo o bairro. A previsão de acrescer 3 pavimentos, ter sua área construída
densificação deve criar uma nova dinâmica aumentada em até 50% do seu índice de
urbana e o aumento no gabarito da avenida aproveitamento, desde que o acréscimo da
AMC-7 AVL
pode agravar a segregação da comunidade taxa de ocupação não exceda a 1/3 da taxa
da praia em relação ao restante do bairro, original, respeitando os demais limites de
caracterizando-a ainda mais como fundos da ocupação. (PALHOÇA, 1993)
avenida.
AMC-7
LEGENDA LOTE TESTADA GABARITO IA TO
AVL - Área verde de lazer - - - - -
APP - Área de preservação permanente - - - - -
ARE - Área residencial exclusiva 360 12 2 1 50
ARP-1 - Área residencial predominante 360 12 4 2 50
APP
ARP-6 - Área residencial predominante 300 12 4 2 50
8
AMC-
ARP-1
AMC-7 - Área mista central 360 12 12 5,2 50
AMC-8 - Área mista central 1500 35 25 8 60
Figura 77: Zoneamento
100m Fonte: PALHOÇA, 2016 - redesenho da autora
----64---- ----65----
A avenida Aniceto Zacchi, classificada como
área mista central prevê a possibilidade de
construção para 12 pavimentos e as demais
áreas residências de 4 pavimentos. Além
disso para AM7, é permitida a construção de
12 pavimentos em terrenos de apenas 360m²,
demostrando a falta de planejamento da
distribuição do zoneamento urbano.
----66---- ----67----
VENTO
NORDESTE
ASPECTOS AMBIENTAIS
RIO IMARUIM E PAISAGEM
VENTO NORTE
INVERNO
NASCENTE
FIG. 67
VERÃO A área densamente urbanizada é carente de
massas vegetais e recebe grande insolação
por constituir-se em uma extensão plana. As
ruas praticamente não possuem arborização,
o que causa a elevação das temperaturas
da região em dias de grande insolação. A
influência de ventilação na região é promovida,
principalmente pelos ventos nordeste e norte,
sendo estes os mais frequentes na região. O
BAÍA DE PALHOÇA vento sul, caracterizado por ser um vento frio
e úmido, apesar de não tão frequente, acaba
sendo o mais incômodo no local quando de
sua ocorrência, pois alcança grande velocidade
no mar e acaba atingindo as edificações
sem nenhum tipo de bloqueio. Algumas
estratégias como o plantio de massa vegetal
ÁREA DE MAR
CURS
O D'Á
GUA O potencial visual da região é caracterizado
POENTE
ÁREA DE por uma ampla vista da Baía de Palhoça com
MANGUE
VENTO o sul da Ilha de Florianópolis ao fundo. Possui
SUL
grande potencial recreativo e contemplativo
que pode ser explorado com a sua qualificação
enquanto espaço público de lazer.
Figura 80: Análise climática
100m Fonte: Autora
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DIAGRAMA CONCEITUAL DA PROPOSTA
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Alargamento de via + RIO IMARUIM
passeio panorâmico
RANCHOS
SILVA
IO O. DA
CONECTIVIDADE DO TECIDO URBANO -Pavimentação das vias em geral, instalação de Alargamento de via
UD
AV. CLA
-Abertura de vias em locais que permitirão a um todo.
continuidade da malha viária e acessibilidade;
MELHORIA NA QUALIDADE HABITACIONAL
-Alargamento de vias essencialmente Espaço público de lazer
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IMPLANTAÇÃO POR SETORES VISTA GERAL DO CONJUNTO
SETOR 1
TIPOLOGIA 2 TIPOLOGIA 3
10 UNI. 8 UNI.
TIPOLOGIA 3
TIPOLOGIA 3
8 UNI.
8 UNI.
TERRENO 1
18 unidades
TERRENO 2
16 unidades
Figura 91: Implantação setor 1 - existente 100m Figura 92: Implantação setor 1 - proposta 100m Figura 95: Diagrama terreno 2 Figura 96: Isometria terreno 2
----82---- ----83----
IMPLANTAÇÃO SETOR 2
TIPOLOGIA 3
TIPOLOGIA 1
8 UNI.
4 UNI.
TIPOLOGIA 3
TIPOLOGIA 1 8 UNI.
TIPOLOGIA 1 4 UNI.
TERRENO 1 4 UNI.
12 unidades TIPOLOGIA 2
2 UNI.
TERRENO 2
18 unidades
Figura 97: Implantação setor 2 - existente 20m Figura 98: Implantação setor 2 - proposta 20m Figura 101: Diagrama terreno 2 Figura 102: Isometria terreno 2
----84---- ----85----
IMPLANTAÇÃO SETOR 3 No setor 3 foram retiradas e ou desapropriadas TIPOLOGIA 1
4 UNI.
101 residências. Foram projetadas 134
habitações em diferentes tipologias e terrenos. TIPOLOGIA 2
4 UNI.
TERRENO 1
8 unidades
TIPOLOGIA 2
20 UNI.
TERRENO2
20 unidades
TIPOLOGIA 3
8 UNI.
TERRENO 5
62 unidades
Figura 103: Implantação setor 3 - existente 20m Figura 104: Implantação setor 3 - proposta Figura 109: Diagrama terreno 3 Figura 110: Isometria terreno 3
20m
----86---- ----87----
PROGRAMA DE NECESSIDADES DAS HABITAÇÕES
TIPOLOGIA 3
8 UNI.
----88---- ----89----
TIPOLOGIA 1
Casa térrea
Casa superior 0m DORM. SALA SALA DORM.
Circulação vertical
Figura 115: Diagrama
Figura 117: Planta baixa superior Figura 119: Corte esquemático longitudinal Figura 121: Fachada
1m 1m
----90---- ----91----
TIPOLOGIA 2
CASAS SUPERIORES
CORTE ESQUEMÁTICO - LONGITUDINAL
COZ. COZ.
DORM. WC SALA SALA DORM.
WC 6m
----92---- ----93----
TIPOLOGIA 3
CORTE ESQUEMÁTICO - TRANSVERSAL
12m
EDIFICAÇÃO DE 4 PAVIMENTOS
9m SALA / COZ.
Nesta tipologia de 4 pavimentos, cada andar
possui 2 apartamentos de 2 dormitórios. A
entrada do prédio pode ser invertida para se 6m SALA / COZ.
adaptar ao terreno, favorecendo a localização
dos dormitórios para a melhor orientação solar.
3m SALA / COZ.
Apartamentos
Circulação vertical 0m SALA / COZ.
Figura 129: Diagrama
Figura 131: Corte esquemático transversal 1m Figura 133: Vista Isométrica
PAVIMENTO TIPO
CORTE ESQUEMÁTICO - LONGITUDINAL
12m
DORM. DORM.
SALA SALA 9m DORM. WC A.S. COZ. COZ. A.S. WC DORM.
DORM. WC A.S. COZ. A.S. WC DORM. 3m DORM. WC A.S. COZ. COZ. A.S. WC DORM.
COZ.
----94---- ----95----
CORTE ESQUEMÁTICO - TRANSVERSAL
TIPOLOGIA 4
24m
SALA SALA DORM. 9m DORM.DORM. WCA.S. SALA SALA A.S. WC DORM. DORM.
DORM. A.S. WC
WC A.S. DORM.
DORM. 6m DORM.DORM. WCA.S. SALA SALA A.S. WC DORM. DORM.
COZ. COZ.
3m DORM.DORM. WCA.S. SALA SALA A.S. WC DORM. DORM.
0m PILOTIS PILOTIS
Figura 136: Planta baixa pavimento tipo
1m Figura 138: Corte esquemático longitudinal Figura 140: Fachada
1m
----96---- ----97----
CONCEPÇÃO E ESTRUTURA
PILAR
VIGA INVERTIDA
VIGA BALDRAME
----98---- ----99----
MATERIAIS
CORREA, Lucio. Ponte do Imaruim. 2011. Disponível em: < https:// IBGE. Sinopse por setores. Disponível em: <https://bit.ly/2wj9F- MARICATO, ERMÍNIA. Conhecer para resolver a cidade ilegal. In: CAS- SZÜCS, Carolina Palermo; TRIVELLA, Luciana Monte Alegre; SOUZA,
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DELAQUA, Victor. Quinta monroy / elementar. 2012. Disponível IMIRANTE. Fraudes do Minha Casa Minha Vida são investigadas em 2016.
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FARIAS, Erika. Os conjuntos habitacionais dos IAP's. 2014. Disponível JUNIOR, Nelson Saule, UZZO, Karina. A trajetória da Luta pela
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2018.
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*Artigo de versão adaptada do Trabalho de Conclusão de Curso em Geografia do autor intitulado “O marco da verticalização em Florianópolis”, defendido por
Maurício Ruiz Câmara em 1997 junto ao Departamento de Geociências da UFSC.
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