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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL | FACULDADE DE ARQUITETURA 1

PROJETO URBANO POPULAR COMO


HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A
VILA SÃO LUÍS - PORTO ALEGRE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - PRIMEIRA ETAPA (DOSSIÊ)

JULIETE RIVOIRE ARAUJO SANTOS

ORIENTAÇÃO: CLARICE MISOCKY DE OLIVEIRA


PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
SUMÁRIO

1 ASPECTOS RELATIVOS AO TEMA


Justificativa da temática escolhida
Relações entre programa e tecido urbano
04
04
06
Objetivos da proposta 07

2 ASPECTOS RELATIVOS AO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO


Etapas e níveis de desenvolvimento
08
08
Métodos e instrumentos de trabalho 09

3 ASPECTOS RELATIVOS ÀS DEFINIÇÕES GERAIS


Agentes de intervenção e seus objetivos
11
12
Caracterização da população alvo 12
Aspectos temporais 13
Aspectos econômicos 13

4 ASPECTOS RELATIVOS À DEFINIÇÃO DO PROGRAMA


Descrição dos usos e dimensionamento básico
14
14

5 DELIMITAÇÃO GEOGRÁFICA: LEVANTAMENTO BÁSICO


Inserção urbana
15
15
Geografia e microclima 17
Morfologia 18
Funcionalidade 19
Aspectos populacionais 21
Antecedentes 24
Levantamento fotográfico 25
Perspectivas 26

6 CONDICIONANTES LEGAIS E INSTITUCIONAIS


Leis Federais
27
27
Leis Municipais 28

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29

8 HISTÓRICO ESCOLAR 30
4

1 ASPECTOS
RELATIVOS AO TEMA

TEMÁTICA E JUSTIFICATIVA
Podemos entender as cidades brasileiras como taxa de crescimento de assentamentos irregu-
campos de forças de dinâmicas ativas, mutáveis lares em detrimento ao crescimento da cidade
e intrinsecamente conflituosas. Nesse aspecto formal, sinalizando o despreparo do Estado
se evidencia um dos fenômenos urbanos que para enfrentar esse problema.
hoje são responsáveis pela produção dessas
mesmas cidades,a urbanização periférica atra- Mesmo sendo a primeira capital brasileira a
vés de assentamentos informais. As consequ- apresentar um Plano Diretor, Porto Alegre so-
ências produzidas por essa urbanização “não fre as consequências do inchaço urbano desde
planejada” afetam a dinâmica dos municípios o início do século XX. Hoje, aproximadamente
como um todo, no que diz respeito a violên- 400 mil pessoas estão desabrigadas ou resi-
cia urbana, mobilidade, degeneração do meio dem em áreas de risco na capital. O número
ambiente natural e construído, dentro inúmeros de ocupações registrado no último cadastro da
outros aspectos. Segundo Maricato, a exclu- prefeitura já são pelo menos 750. Entretanto,
são social se expressa através da segregação segundo dados da Corregedoria Geral da Justi-
espacial, configurando pontos de pobreza ou ça do Rio Grande do Sul divulgados em agosto
grandes regiões onde a miséria é disseminada de 2014, a cidade possui 2.364 processos de
(MARICATO, 1996). reintegração de posse — o que implica em um
número semelhante de terrenos e imóveis ocu-
O resultado desse processo é a produção de pados de maneira irregular.
cidades que reforçam as desigualdades sociais
e de acesso à infraestrutura designada para a Mesmo assim a arquitetura e urbanismo esteve
cidade formal. Sendo assim, grande parcela sempre distante do ambiente construído infor-
da população brasileira que está sujeita a essa malmente. A urbanização desses assentamen-
moradia precarizada se vê relegada a condição tos ainda é um campo restrito de projeto, com
de marginalização, o que impede não só as poucos profissionais dedicados a área. O proje-
mesmas e executarem suas demandas diárias to urbano, entretanto, tem papel fundamental
dignamente como dificultam sua ascensão so- pois as políticas atuais de combate à informa-
cial. O problema habitacional brasileiro é uma lidade são falhas e o desenvolvimento urbano
questão estrutural nos conflitos urbanos, e a sustentável deve aliar o planejamento às sub-
resposta para isso vêm sendo a avassaladora jetividades proporcionadas pela informalidade.

TCC | PROJETO DE PESQUISA


5

No que diz respeito às teorias de planejamen- Os projetos urbanos procuraram resolver pro-
to urbano, a pesquisa se baseia na defesa que blemas específicos do território e conseguiram
Paul Davidoff faz em seu artigo “Advocacy and elevar o padrão de vida dos habitantes da área e
pluralism in planning“, publicado originalmente aproximar as comunidades da gestão municipal.
em 1965. Nele, o autor coloca o conceito de
pluralismo no planejamento urbano, abrindo Essa contradição do problema habitacional ur-
a possibilidade que vários grupos sintetizem bano com o aumento exponencial de profissio-
suas próprias propostas de planos de desen- nais com o conhecimento técnico capaz de apa-
volvimento urbano, não sendo esse processo ziguá-lo pode ser rompida. O melhor caminho
somente vinculado ao poder público. Ao dar a para isso é a complementariedade da capacita-
voz a população o planejamento deixa de se ção acadêmica com os conhecimentos únicos
limitar a uma ação passiva dos usuários e torna- de quem vivência o território. Tendo em vista
-se um processo de proposição ativa. Um con- a problemática trazida, este trabalho propõe a
ceito importante dentro do Advocacy Planning articulação de estratégias para um Projeto Ur-
é o de “alternativas”, uma pluralidade de pro- bano Integral que englobe a Vila São Luís, no
postas para que a melhor ação seja escolhida. bairro Rubem Berta. Para tanto, nesta pesquisa
encontram-se os elementos necessários para a
Esses instrumentos que buscam trazer a prática leitura espacial da área, que fornecerão subsí-
cotidiana e a participação para junto da esfera dios para propostas que englobem HABITA-
da decisão podem resultam em projetos mais ÇÃO; INFRAESTRUTURA e EQUIPAMENTOS
adaptados a esfera local, com menos impacto tais como praças, espaços culturais e de lazer.
para comunidade e com um senso de perten-
cimento aos moradores. Isso pois é uma manei-
ra de unir práticas e métodos de planejamento
com os conhecimentos gerados a partir de forma
de vida urbanas locais,geradas pela experiência Arroio Feijó

cotidiana e subjetiva dos moradores. O plane-


jamento também poderia ser um canal de apro- Vila São Luís
ALVORADA
Av. Baltazar
ximação da população às instancias locais do Rubem Berta
governo, promovendo a democratização e in-
tensificação do controle sobre a administração.

Outra conceito que irá nortear a metodologia


de projeto é o de Urbanismo Social, que tem
como premissa o desenvolvimento de regiões PORTO ALEGRE
de vulnerabilidade social por meio de políti-
cas intersetoriais de gestão participativa. Um
dos mais notáveis instrumentos de intervenção,
desenvolvido no âmbito do Urbanismo Social,
foi o chamado Projetos Urbanos Integrais –
PUI. O PUI foi criado em 2004 no contexto do
Plano de Desenvolvimento de Medellín. Com
esses projetos, a comunidade e outras organi-
zações nacionais, internacionais e não gover-
namentais podiam participar em todas as fases
do processo de intervenção urbana para a cons
trução, adaptação e melhoramento dos espa-
ços públicos, casas, prédios públicos e parques. Localização da Vila São Luís em Porto Alegre

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
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RELAÇÕES ENTRE PROGRAMA E TECIDO URBANO

Av. Presidente Getúlio Vargas

Av. Baltazar de Oliveira Garcia Loteamento São Luís

Rubem Berta

CENTRO POA: 14KM CENTRO ALVORADA: 5KM

Localização da Vila São Luís em Porto Alegre Delimitação da comunidade São Luís

A área a ser trabalhada é a Vila São Luís, locali- os limites dos lotes de cada família. Neste pro-
zada no bairro Rubem Berta dentro da Região jeto assumiremos a delimitação dos lotes pro-
de Planejamento 3 NORTE - EIXO BALTAZAR. posto decorrentes desse trabalho.
Trata-se de uma comunidade de 190 famílias,
com casas localizadas próximas ao Arroio Fei- Dentro do contexto de atuação do Mãos na
jó, traçado que divide os limites do município área foi possível obter o resultado das entre-
de Porto Alegre com Alvorada. A Vila São Luís vistas realizadas com os moradores pela equi-
também fica às margens de uma avenida arte- pe do escritório no final do ano de 2020. Essa
rial em Porto Alegre, a Av. Baltazar de Oliveira documentação foi sintetizada em mapas que
Garcia. Meu primeiro contato com a comunida- georreferenciam essas respostas, análise impor-
de se deu por intermédio da equipe do Mãos, tante para que posteriormente se lance diretri-
um coletivo de arquitetura com sede em Porto zes para a área. Esses mapas se encontram nas
Alegre. O Mãos, por sua vez, iniciou o trabalho páginas 23 e 24 desta pesquisa.
na Vila São Luís devido a situação conflituosa
que a comunidade vivenciava: dentre inúmeras A partir disso, em paralelo ao Trabalho de Con-
problemáticas decorrentes da negligência da clusão de curso foi aprovada uma Ação de
prefeitura, corre judicialmente um processo de Extensão, que estrutura ações presenciais de
reintegração de posse no território. estudo da área com os moradores. A ação de
extensão tem por objetivo prestar assessoria
Há entretanto, divergências quanto o caráter técnica na produção de um plano urbanístico,
privado da área, tanto que até os dias atuais que contemple as demandas e necessidades
não conseguiu-se comprovar posse de pessoa dos moradores da Vila São Luís. Sua relevância
física. Nesse contexto, o Mãos amparado pela está não apenas no exercício com a população
Lei n° 13.465, de 2017, se utiliza da REURB de conscientização do direito a permanência
como meio de incorporação dos núcleos urba- e moradia de qualidade, mas na produção de
nos informais ao ordenamento territorial urba- material que justifique a regularização fundiá-
no. Com auxílio de drones, foi possível georre- ria na área. O conhecimento técnico atuará no
ferenciar a área, e assim delimitar os terrenos papel de mediação entre as possibilidades e os
de todos os casas da comunidade fornecendo desejos e anseios dos moradores do local.

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OBJETIVOS DA PROPOSTA
Desenvolvimento de um Projeto Urbano Integral que dê
OBJETIVOS GERAIS

conta de atender as demandas por moradia, equipamen-


tos de lazer e cultura, mobilidade e infraestrutura, ajus-
integral tados à realidade local. As intervenções de um PUI são
o
an definidas em componentes específicos que podem ser
u rb
resumidos nos seguintes:
o et
proj

Componente físico (C.F.): Obras de intervenção no es-


C. F. C. I. C. S. paço público, equipamentos coletivos, habitação, dentre
outros.

Componente social (C.S.): Metodologia que ao fortale-


cer a organização comunitária permite a recuperação do
tecido social e a participação ativa da população.
Componente institucional (C.I.): Articulação integrada
das ações do município e das entidades descentralizadas
que colaboram para o desenvolvimento do território.

Entregar por meio de material técnico (plantas, diagra-


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

mas, cortes e fachadas) soluções projetuais e de plane-


jamento que respondam as demandas levantadas pelos
moradores a partir das oficinas participativas, dentre elas:

HABITAÇÃO
estudo de reassentamento de moradias que se configu-
ram em área de APP
possibilidade de construção de habitações novas
planejamento e configuração de centralidades e pontos
de referência

INFRAESTRUTURA
gestão de resíduos sólidos para destinação adequada
iluminação pública e abastecimento de água e energia
nas moradias
readequação de malha viária para melhor responder ao
tecido urbano
EQUIPAMENTOS
desenvolvimento de praças e espaços verdes
articulação de rede de espaços coletivos
articulação de espaço de lazer, educação e cultura

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2 ASPECTOS RELATIVOS AO
DESENVOLVIMENTO
DO PROJETO

ETAPAS E NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO


Etapa 1 - Primeiro contato com a comunidade: Etapa 4 - Proposições:
Apresentação da ação e convite para participa- Definição do escopo específico de projeto, es-
ção das oficinas. Percurso nos arredores para cala e intervenção a serem sugeridas. Primeiros
observação e registros da área. lançamentos a partir das diretrizes dadas pelos
Etapa 2 -Levantamento e diagnóstico moradores e pesquisa. Desenvolvimento do
Análise a partir de entrevistas, levantamento projeto preliminar, com estratégias, diretrizes,
de tipologias arquitetônicas aspectos físicos da proposições de edificações e desenho urbano.
área, reconhecer os condicionantes e aspectos Etapa 5 - Realização da segunda oficina
geográficos e sociais do território. Apresentação do trabalho, desenvolvimento
Etapa 3 - Realização da primeira oficina conjunto de propostas e possível ação de inter-
Cartografia participativa, composta pela obser- venção no território.
vação da área juntamente com os moradores, Etapa Etapa 6 - Detalhamento
perguntando sobre os principais problemas da Escolha de setor do projeto para detalhamento,
área e possíveis soluções, mapear percursos e definições específicas de equipamentos e infra-
percepções sobre a área. estrutura.

ENTREGAS
entrega 1

entrega 2

entrega 3

ANÁLISE
PROP
O DETALHAMENT
O
SIÇÕE
S VALIDAÇÃ O

ETAPAS 1, 2 E 3 ETAPAS 4 e 5 ETAPAS 4 e 5


Macro e meso escala Meso escala - 1:2000 Meso escala - 1:200
Pesquisa teórica sobre tema, Consolidação do plano de necessidades. Diretri- Amadurecimento da implanta-
mapas de análise, mapas de zes para malha viária, infraestrutura de saneamen- ção na 1:2000 e detalhamento
diagnóstico pela percepção to e habitação,e tratamento de espaços e equipa- de setor específico, na 1:200,
dos moradores a partir das mentos públicos. Plano urbano integral sintetizado mostrando tratamento paisa-
cartografias participativas e em implantação na escala 1:2000 com diagra- gístico e desenhos técnicos de
mapas síntese gerais. mas ,fachadas, cortes na 1:500 e perspectivas. possíveis edificações.

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MÉTODOS E INSTRUMENTOS DE TRABALHO


CARTOGRAFIA PARTICIPATIVA
A cartografia participativa é um ramo do conhe-
cimento cartográfico que se orienta a partir de
uma metodologia que reconheça a população
enquanto relevante agente no reconhecimento
do território. Pode ser conhecida também por
cartografia social, pelo fato de oferecer possibi-
lidades e dar poder, voz e visibilidade à grupos
sociais fragilizados.

Essa metodologia têm se tornado uma estraté-


gia significativa na sistematização da experiên-
cia dos moradores, das condições do bairro e
da luta pela regularização fundiária, ponto im-
portante no caso da Vila São Luís. Entre os pon-
tos positivos desse método estão a melhoria na
percepção sobre o ambiente local e regional
por parte da população, maior conhecimento
dos problemas e das potencialidades dos terri-
tórios e a união comunitária nas reivindicações
com órgão do poder público.

Após divulgação prévia, o oficia “Vamos pensar


juntos possibilidades para a Vila São Luís?”
aconteceu no sábado, dia 02/07/22, na sede da
Cartaz de divulgação da primeira oficina
cooperativa da comunidade. Existem diferen-
tes métodos de mapeamento e de cartografias A partir disso, fomos conduzindo a conversa
participativas, que podem ter diferentes enfo- em 4 tópicos principais: Educação, Lazer/ Es-
ques temáticos e recortes espaciais ou sociais. portes, Mobilidade e Saúde/Meio ambiente.
Nessa primeira oficina o enfoque principal foi Conforme indagávamos a respeito dos locais
obter percepções gerais da vivência diária na de apoio,se haviam espaços adequados, áreas
vila São Luís e mapear potencialidade, riscos e destinadas a lazer dentre outros aspectos, con-
fragilidades. vidamos os próprios moradores a fazerem mar-
cações nos mapas, como uma ferramenta de
Em um primeiro momento de apresentações, localização no espaço. Surgiram também ou-
perguntamos quando as pessoas começaram a tras pautas trazidas pelos participantes, como
morar na Vila São Luís, com a intenção de de- a questão de segurança e falta de iluminação.
senvolver uma linha do tempo. Também ques-
tionamos palavras que remetessem a vivência Por fim convidamos os moradores para fazerem
na comunidade, surgiram as seguintes: Falta marcações de pontos de referência e locais com
de asfalto, pouca luz, rede de esgoto e água, apego afetivo dos moradores, assim como área
boa localização, bairro tranquilo, falta de de conflito, como alagamentos e locais mais in-
união,falta de praças para crianças, insegu- seguros. A oficina contou com 12 participantes
rança. Também houve o momento de marca- e durou cerca de 1 hora e meia e com o apoio
ção das respectivas casas no mapa. de mediação de 4 pessoas, incluindo a autora.

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
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Fotos tiradas durante a oficina do dia 02/07/2022

CARTOGRAFIA
PARTICIPATIVA DA
VILA SÃO LUÍS

Durante a oficina os
próprios moradores
realizaram as
marcações, tanto de
suas respectivas casas,
quanto dos outros
pontos de referência
sinalizados.

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3 ASPECTOS RELATIVOS ÀS
DEFINIÇÕES GERAIS

AGENTES DE INTERVENÇÃO E SEUS OBJETIVOS


O conflito territorial na Vila São Luís se mate- A seguir será apresentado o organograma con-
rializa num processo corrente de reintegração tendo todos os agentes envolvidos no processo,
de posse, que busca reaver a propriedade hoje e suas relações de interdependência. No topo
ocupada pelos moradores da Vila São Luís. A do organograma inserimos a fonte de financia-
equipe do escritório Mãos em busca cartorial mento do Projeto Urbano Integral, podendo
realizada entre final de 2020 e junho de 2021 essa ser uma agência ou entidade financiado-
no Registro de Imóveis indica que não é possí- ra internacional, situação a ser explicada pos-
vel comprovar que a pessoa que entrou com o teriormente aspectos econômicos. Tendo esse
processo é legalmente proprietária da área. fundo extraordinário para execução do proje-
to, será necessário o intermédio da Prefeitura
Municipal de Porto Alegre, por meio de seus
LIMITE ESCRITURA
PROCESSO
departamentos e secretarias, que tem como
atribuição oferta de serviços urbanos.

O DMAE,DEP e DMLU seriam os departamen-


Proprietário 3
Proprietário 2 Proprietário 1
tos a fornecerem a assessoria técnica no que-
sito saneamento, hoje severamente precário
Proprietário 4
na Vila São Luís. No que diz respeito ás ques-
Proprietário 5
tões habitacionais e ambientais, o DEMHAB e
SMAM seriam os agentes intermediadores para
Proprietário 6 esses interesses e demandas. No que se refere
ao processo corrente de reintegração de posse,
têm-se o Ministério Público, os advogados de
defesa junto com os moradores da Vila São Luís
e o xxx que se coloca como dono do território.
Por fim, a UFRGS participa ativamente por meio
do projeto de extensão, que objetiva a consoli-
dação do Plano Urbano Integral com participa-
ção dos moradores da Vila São Luís.
MAPA MATRÍCULAS

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PÚBLICOS PRIVADOS

AGÊNCIA FOMENTADORA

PREFEITURA POA UFRGS DEFENSORIA PÚBLICA

assessoria por meio projeto de processo de


das secretarias extensão reintegração de posse

DEMAE
MORADORES MÃOS “DONO DA ÁREA”
DMLU
DEP subsídio, por meio de regularização fundiária da
oficinas, das demandas área pela lei 13.465/2017
DEMHAB contempladas do Plano
urbano Integral
SMAM

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ALVO


O bairro Rubem Berta, na qual se insere a Vila NÚMERO DE FAMÍLIAS
São Luís, é o bairro mais populoso de Porto cadastradas: 190 famílias,
Alegre. Possui 74.522 habitantes e área de 8,20 população de 570 pessoas.
km², refletindo em uma densidade demográfi- total: 303 famílias, população de
estimada** de 910 pessoas.
ca de 9.088,05 habitantes por km². A taxa de
analfabetismo é de 1,6% e o rendimento médio
dos responsáveis por domicílio é de 3,04 salá-
NÚMERO DE CRIANÇAS
rios mínimos*.
cadastradas: 241 crianças.
As informações acerca da população da Vila total: número estimado** de 386
crianças.
São Luís aqui apresentadas são o resultado do
cadastramento realizado pela equipe do Mãos,
no final do ano de 2020. A metodologia do ca-
dastramento se deu por idas a comunidade e RENDA MÉDIA
entrevistas presenciais com o responsável pela
família que se encontrava em casa. A amplitude Entre 1/2 e 1 salário mínimo.
dos resultados demostrados ficou limitada às
famílias presentes nas datas dos cadastramen-
tos e que se dispuseram a responder as pergun-
tas elaboradas pela equipe. Dos 303 lotes que ABASTECIMENTO
estão designados como integrantes do Lotea-
Aproximadamente 6,3%
mento São Luís, foi possível realizar o cadastra- possuem rede fornecida por
mento de 190 famílias, que corresponde a uma concessionária, e 93,7% fazem
porcentagem de 62,7%. gato.
*segundo censo do IBGE de 2010 **estimativa segundo médias obtidas pelo cadastramento.

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ASPECTOS TEMPORAIS
Podemos subdividir as soluções projetuais a se- foi catalogado cada ação de intervenção en-
rem desenvolvidas nos três grupos mostrados tre três categorias (curto, médio e longo pra-
a baixo: habitação, infraestrutura e equipamen- zo). Sendo assim, as etapas de implantação são
tos. Dentro de cada eixo temático desenvolvido condicionadas tanto pelo impacto direto da vi-
surgem variadas demandas, tendo as mesmas vência diária dos moradores da Vila São Luís,
prioridades distintas e níveis de complexidade quanto pela magnitude e tempo gasto para
igualmente divergentes. Para base de estudo, efetiva implantação.

HABITAÇÃO reassentamento de moradias curto prazo


contrução de habitação médio prazo
configuração de centralidades longo prazo

INFRAESTRUTURA gestão de resíduos


iluminação pública
curto prazo
médio prazo
implantação de redes médio prazo
readequação de malha viária longo prazo

EQUIPAMENTOS praças e espaços verdes curto prazo


rede de espaços coletivos curto prazo
lazer e cultura médio prazo

ASPECTOS ECONÔMICOS
O cenário atual brasileiro de atividade econô- privado para viabilizar tais projetos. Podem ser
mica reduzida, em conjunto com a crise fiscal aliadas também na condução de estudos que
dos municípios, limita a disponibilidade de or- visem melhorar a realidade social e econômica
çamento público para grandes obras. Há, en- local, capacitar gestores municipais, transferir
tretanto, alternativas de viabilização de proje- “boas práticas”, habilidades ou conhecimentos
tos urbanos que vão além dos orçamentos do para o país de destino da cooperação prestada,
Estado. entre outros aspectos.

Uma alternativa ainda pouco explorada no Bra- Um exemplo é a Agência Espanhola de Coope-
sil são as instituições financeiras de desenvol- ração Internacional para o Desenvolvimento (AE-
vimento internacionais, como bancos multila- CID) sendo o principal órgão de gestão da Coo-
terais e bilaterais e agências de fomento, por peração Espanhola, orientada para a luta contra
exemplo. Além de prover mecanismos de finan- a pobreza e para o desenvolvimento humano
ciamento efetivos e que muitas vezes promo- sustentável. Para isso, conta com instrumentos
vem critérios de sustentabilidade para projetos como cooperação técnica, cooperação econô-
urbanos, essas instituições também podem mica e financeira, ajuda humanitária e educação
auxiliar no desbloqueio dos recursos do setor para o desenvolvimento e conscientização social.

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
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4 ASPECTOS RELATIVOS
À DEFINIÇÃO DO
PROGRAMA

DESCRIÇÃO DOS USOS E DIMENSIONAMENTO BÁSICO


Abaixo apresento uma tabela síntese de numa creche, podendo os mesmos serem alte-
possíveis edificações, equipamentos e in- rados ao longo do desenvolvimento do projeto
fraestrutura a serem propostos na Vila São urbano. É válido ressaltar que como o foco do
Luís. Num primeiro momento sintetizo a trabalho não são as edificações (que não che-
demanda por espaços coletivos num cen- garão a nível de detalhamento), o programa se
tro comunitário e por espaços para crianças apresenta de modo bastante esquemático.

EQUIPAMENTO PROGRAMA POPULAÇÃO ÁREA


salão para reuniões e eventos moradores da Vila 200m²
cozinha São Luís,
CENTRO sanitários públicos aproximadamente
910 pessoas
COMUNITÁRIO depósitos
salas de reunião
biblioteca

cozinha,despensa e refeitório crianças da Vila 200m²


CRECHE/ depósito e áreas de apoio São Luís,
áreas administrativas e de funcionários aproximadamente
ESPAÇO fraldário e berçário 386.
EDUCACIONAL salas de atividades
brinquedoteca e biblioteca

depósito e áreas de apoio moradores da Vila 2000m²


PRAÇAS/ parquinho infantil São Luís,
aproximadamente
quadras e espaços esportivos
PARQUES áreas para eventos culturais 910 pessoas, e
população dos
equipamentos para idosos arredores
cachorródromo e espaços pet

-
readequação de quadras aproxima-
INFRAESTRUTU- aberturas viárias damente
600m²
RA VIÁRIA readequação das vias existentes

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5 DELIMITAÇÃO
GEOGRÁFICA:
LEVANTAMENTO BÁSICO

N
INSERÇÃO URBANA
ÁREA NAS REGIÕES DO
PLANEJAMENTO

RP3| NORTE - EIXO BALTAZAR

VLS

ACESSIBILIDADE E CONEXÕES

Av. Presidente Getúlio Vargas

Av. Baltazar de Oliveira Garcia

VLS

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16

N
INSERÇÃO URBANA
MEIOS DE TRANSPORTE

Linhas de ônibus

Paradas de ônibus

Linhas de ônibus
transversal
VLS

EQUIPAMENTOS
Escolas de ensino
fundamental ou médio
Escolas técnicas
Faculdade
IEI
VLS
Unidade de saúde
Centros sociais
Associação de moradores
CREA
CRAS
Campos de futebol

VULNERABILIDADE
Aglomerados subnormais
Vilas Demhab
AIES
VLS

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17

N
GEOGRAFIA E MICROCLIMA
TOPOGRAFIA

50m

30m

0m

Vila São Luís

GEOGRAFIA
E MICROCLIMA

APP

Risco
alagamento

Massa vegetal

Poluição
sonora e do
ar partindo da
avenida

Arroio Feijó

Vila São Luís

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18

N
MORFOLOGIA
BASE FUNDIÁRIA

A base fundiária da Vila


São Luís é irregular,
configuração também
presente em seu
entorno. Isso acontece
principalmente
ao sul, onde se
concentram ocupações
de urbanização
irregulares. O trecho ao
norte junto a Baltazar
apresenta uma maior
regularidade.

Vila São Luís

FORMA
CONSTRUÍDA

A forma construída da
Vila São Luís, assim
como a base fundiária,
são irregulares. Vale
destacar as grandes
edificações no seu
entorno imediado,
como o BIG, e uma
estrutura inacabada de
shopping ao lado do
hipermercado.

Vila São Luís

TCC | PROJETO DE PESQUISA


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N
FUNCIONALIDADE
USO DO SOLO

Área verde
Parque privado
Institucional
Comercial
Misto
Residencial

Vila São Luís

EQUIPAMENTOS

Mercados
Hipermercado
Unidade de Saúde
Escolas de ensino
fundamental ou
médio
Escolas técnicas
Faculdade
Comércios locais
Instituições
religiosas
Esporte
Associação de
moradores
Área verde privada
Escolas técnicas

Vila São Luís

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
20

N
FUNCIONALIDADE
CENTRALIDADES
1. BIG
2. Instituto de Educação
São Francisco

1 Vila São Luís


2

TRANSPORTE

Via arterial
Via coletora
Via local
regularizada
Via local irregular
Pontos de ônibus
Linhas de ônibus

Vila São Luís

TCC | PROJETO DE PESQUISA


21

N
ASPECTOS POPULACIONAIS
DENSIDADE

VLS

*pop/ha
** segundo censo
IBGE 2010

RENDA

VLS

*renda média em reais


** segundo censo
IBGE 2010

*limites municipais de Porto


Alegre e Alvorada

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22

N
ASPECTOS POPULACIONAIS

ETNIA GÊNERO NÚMERO DE CRIANÇAS

EMPREGOS RENDA AUXÍLIO

*os mapas apresentados foram borrados a fim de preservar as identidades das famílias.

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23

TRANSPORTES MAIS USADOS PRESENÇA DE BANHEIROS ALAGAMENTO

ABASTECIMENTO ÁGUA/LUZ ARMAZENAMENTO DE ÁGUA ESGOTO

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
24

ANTECEDENTES
O BAIRRO RUBEM BERTA
Localizado no limite norte da capital, faz divisa a década de 1960, e foi reflexo do crescimento
leste com o município de Alvorada, a oeste com e industrial e comercial de Porto Alegre. A par-
o bairro Sarandi, e ao sul com os bairros Mário tir dai foi constituindo-se o bairro em mais de
Quintana e Jardim Dona Leopoldina. Segundo 20 vilas e grandes conjuntos habitacionais. Essa
o cendo do IBGE de 2010, o bairro não só é o ocupação ocorreu através de loteamentos de
mais populoso mas também aquele que mais diferentes iniciativas: poder público, iniciativa
cresceu de 2000 para cá. . Até o início do século privada, áreas de ocupações mistas, com parte
XX, era uma região agropastoril, com sua eco- do loteamento organizado, e outra, com ocupa-
nomia baseada na venda de leite. Os minifún- ção irregular. O adensamento populacional fez
dios dominavam a paisagem e também abaste- com que os habitantes do bairro se mobilizas-
ciam a área central. O desenvolvimento e a alta sem em associações comunitárias para garantir
densidade habitacional da região teve início na moradia e condições de infraestrutura.

A VILA SÃO LUÍS

2012 20 famílias, organizadas por Leandro Ribas, ocupam a área criaram uma comunidade.
Em duas semanas, foram erguidos 224 casebres e montadas 32 barracas.

2013 Moradores fazem a instalação de fornecimento de água e


luz elétrica irregularmente, por meio de gatos.

2013 Moradores vão até a prefeitura de Porto Alegre para


manifestação contra pedido de reintegração de posse.

2014 Criada a Cooperativa Habitacional São Luís.

2014 Em dezembro de 2014, foi aprovado, na câmara, o


projeto AEIS (Áreas Especiais de Interesses Sociais).

2015 Reintegração de posse marcada e suspendida devido e reivindicação dos moradores.

2016 Última reintegração de posse marcada até os dias de hoje,suspendida devido e


reivindicação dos moradores.

2018 Leandro Ribas, líder comunitário, é assassinado em sua casa na Vila São Luís.

2018 Início da atuação do escritório Mãos na comunidade.

2020 Cadastramento dos moradores da Vila São Luís pela equipe do Maõs.

2020 Levantamento da área por drones e desenho dos lotes para aplicação da REURB.

TCC | PROJETO DE PESQUISA


25

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
26

PERSPECTIVAS

Horta Privada, não usada pela


comunidade 1

1
Rua H

Rua D

Rua I
2
Rua F

Rua C
B
Rua

Comunidade Aparecida

Rua A

sPlaza
arco
ida de M
Co mun

MAPA SÍNTESE DA OFICINA

Mercados Baltazar como principal conexão Áreas que alagam recorrentemente


porém com conflito de segurança
Comércios locais
Ruas mal iluminadas que reforçam Área com conflito de interesses e
insegurança que não cumpre função social

Sede social da cooperativa - Habitacional São Luís BIG como principal ponto de referência

Única praça dos loteamentos Pontos críticos de segurança

TCC | PROJETO DE PESQUISA


27

6 CONDICIONANTES
LEGAIS E INSTITUCIONAIS

LEIS FEDERAIS

O ESTATUTO DA CIDADE
Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados,
na forma desta Constituição.
Art. 43º: Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes
instrumentos: II – debates, audiências e consultas públicas; IV – iniciativa popular de projeto de lei ede pla-
nos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
Art. 45º: Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas incluirão obrigatória
e signifi cativa participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comu-
nidade, de modo a garantir o controle direto de suas atividades e o pleno exercício da cidadania.

A LEI DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA


Art. 1º: Esta Lei assegura o direito das famílias de baixa renda à assistência técnica pública e gratuita para
o projeto e a construção de habitação de interesse social, como parte integrante do direito social à moradia
previsto no art. 6º da Constituição Federal.
Art. 2º: As famílias com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, residentes em áreas urbanas ou rurais,
têm o direito à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse
social para sua própria moradia.
Art. 3º: A garantia do direito previsto no art. 2º desta Lei deve ser efetivada mediante o apoio fi nanceiro
da União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para a execução de serviços permanentes e
gratuitos de assistência técnica nas áreas de arquitetura, urbanismo e engenharia.

LEI DE DIRETRIZES NACIONAIS PARA O SANEAMENTO BÁSICO


Art. 2º: Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados
com base nos seguintes princípios fundamentais:
I - universalização do acesso;
V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais;
VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza
e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social
voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante;

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
28

LEIS MUNICIPAIS
O PDDUA MACROZONA 3

O PDDUA de Porto Alegre insere a Vila São Luís no


contexto da Macrozona 3, da Cidade Radiocentri- UEU 3086 UEU 3088
ca na unidade de estruturação urbana UEU 3086 e
UEU3088. A MZ3 localiza-se na área de ocupação in-
tensiva da cidade. A região de planejamento urbana
subUEU 1 subUEU 2
correspondente é a RP3| NORTE - EIXO BALTAZAR.
subUEU 3
Pelo contexto de inserção da Vila São Luís no regime
urbanístico previsto pelo PDDUA, conclui-se que apro-
ximadamente 2/3 do loteamento consolidado está REGIME URBANÍSTICO
dentro da UEU 3088, que designa uma Área de Prote- DENSIDADE BRUTA
ção ao Ambiente Natural. O loteamento margea tam- 1: Solo privado + criado = 140 hab/ha
bém um corredor de centralidade. 9: Solo privado + criado = 385 hab/ha
25: Conforme projeto específico
1
1 3064
APROVEITAMENTO
3062
3
1: Índice de aprov. máximo = 1,5
9: Índice de aprov. máximo = 3
VLS
25: Regime urbanístico próprio
2
3
1 REGIME VOLUMÉTRICO
3082 2 1 5: Altura máxima= 18m | TO= 75 e 90%
2

1 11: Altura máxima= 52m | TO= 75 e 90%


10 3086 25: Regime urbanístico próprio
9
3088 REGIME DE ATIVIDADES
3084 4 1: Área Predominantemente residencial
6 11 4
4
5: Mista 02
5
12 19,2: Parque natural

Áreas de Proteção do Ambiente


Natural é regulamentada através de
regime urbanístico próprio, e coom-
preenderão situações de APP e de
VLS
conservação. Essa última se derá às
áreas naturais que apresentem maior
compatibilidade com as transforma-
ções urbanas, e podem receber ativi-
dades de educação ambiental, lazer,
recreação, habitação e à produção
primária, desde que tais atividades
não impliquem comprometimento
significativo dos elementos naturais e
da paisagem, favorecendo sua recu-
peração.

TCC | PROJETO DE PESQUISA


29

7 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

-ACSELRAD, Henri (org.). Cartografia social, terra e território. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2013.
-MARICATO, Ermínia. As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias. In: ARANTES, desman-
chando consensos. PETRÓPOLIS: Vozes, 2000.
-Mapeamento Ambiental Participativo (MAP) em Ilha Comprida (SP) como subsídio à gestão
e planejamento de áreas costeiras. In: PEREZ FILHO, A. AMORIM, R. R. (org.). Os desafios da
Geografia Física na fronteira do conhecimento. Campinas: Instituto de Geociências ­Unicamp,
Disponível em: https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/article/view/2013/1750. Acesso em 27. Mai
2021.
-DAVIDOFF, P. Advocacy and Pluralism in Planning. In: FAINSTEIN, S; DEFILIPPIS, J. Readings in
planning theory. Oxford: Wiley Brackwell, 2016, p 427-442.
-SOUZA, M.L. Mudar a Cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à gestão urbanos.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
-El Proyecto Urbano Integral – PUI Comuna 13 como modelo de Transformación Urbana, Are-
nas Madrigal, Medellín, 2015.

LEGISLAÇÃO
BRASIL. Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001. Estatuto da Cidade. Brasília, 2001.
PORTO ALEGRE. Lei Complementar n. 434, de 1º de dezembro de 1999. Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental. Porto Alegre, 1999.
PORTO ALEGRE. Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. Porto Alegre, 1990.
DEP/PMPA. 2013. Plano Municipal de Saneamento Básico.
DMLU/PMPA. 2013. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
DEMHAB/PMPA. Plano Municipal de Habitação de Interesse Social.
MINISTÉRIO DAS CIDADES/PLANHAB. 2009. Plano Nacional de Habitação.

BASE DE DADOS
Dados populacionais:
IDHM, IBGE
Bases cartográficas:
LABGEO, PMPA
Outros:
Orçamento Participativo de Porto Alegre
ObservaPOA
Planos Populares de Ação Regional de Porto Alegre

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS
30

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Portal de Serviços

Histórico Escolar

JULIETE RIVOIRE ARAUJO SANTOS


Cartão 274483

Vínculo em 2022/1
Curso: ARQUITETURA E URBANISMO
Habilitação: ARQUITETURA E URBANISMO
Currículo: ARQUITETURA E URBANISMO

HISTÓRICO ESCOLAR

Lista das atividades de ensino de graduação cursadas pelo aluno na UFRGS

Ano Tur- Con- Cré-


Atividade de Ensino Situação
Semestre ma ceito ditos
2021/2 CLIMATIZAÇÃO ARTIFICIAL - ARQUITETURA U A Aprovado 2
2021/2 URBANISMO IV B A Aprovado 7
2021/2 PROJETO ARQUITETÔNICO VII C A Aprovado 10
2021/1 PROJETO ARQUITETÔNICO VI A B Aprovado 10
2021/1 TÓPICOS ESPECIAIS EM PROJETO ARQUITETÔNICO I-A C A Aprovado 6
2021/1 TEORIA DA ARQUITETURA II B A Aprovado 2
2021/1 ARQUITETURA MODERNA NA AMÉRICA LATINA U A Aprovado 2
2020/2 PROJETO ARQUITETÔNICO V C A Aprovado 10
2020/2 LEGISLAÇÃO E EXERCÍCIO PROFISSIONAL NA ARQUITETURA U A Aprovado 2
2020/2 TÉCNICAS RETROSPECTIVAS A A Aprovado 4
2020/2 PRÁTICAS EM OBRAS II F2 A Aprovado 2
2020/1 URBANISMO III B A Aprovado 7
2020/1 PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA B A Aprovado 4
2020/1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS EM URBANISMO A A Aprovado 4
2020/1 PRÁTICAS EM OBRAS I I1 A Aprovado 2
2019/2 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO B U A Aprovado 4
2019/2 URBANISMO II C A Aprovado 7
2019/2 ACÚSTICA APLICADA A B Aprovado 2
2019/2 ECONOMIA E GESTÃO DA EDIFICAÇÃO A A Aprovado 4
2019/1 MORFOLOGIA E INFRAESTRUTURA URBANA A B Aprovado 4
2019/1 CIRCULAÇÃO E TRANSPORTES URBANOS B A Aprovado 4
2019/1 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO A U B Aprovado 4
2019/1 PROJETO ARQUITETÔNICO IV D B Aprovado 10
2018/2 ESTRUTURAS DE AÇO E DE MADEIRA A U A Aprovado 4
2018/2 TÉCNICAS DE EDIFICAÇÃO C A B Aprovado 4
2018/2 URBANISMO I B A Aprovado 6
2018/2 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) D B Aprovado 2
2018/2 TEORIA DA ARQUITETURA I A B Aprovado 2
2018/2 HABITABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES III B A Aprovado 2
2018/1 ANÁLISE DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS U B Aprovado 4
2018/1 ESTABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES U A Aprovado 4
2018/1 TÉCNICAS DE EDIFICAÇÃO B U B Aprovado 4
2018/1 PROJETO ARQUITETÔNICO III D A Aprovado 10
2018/1 TEORIAS SOBRE O ESPAÇO URBANO A A Aprovado 4
2018/1 PERCEPÇÃO AMBIENTAL E URBANISMO U A Aprovado 4

TCC | PROJETO DE PESQUISA


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Ano Tur- Con- Cré-


Atividade de Ensino Situação
Semestre ma ceito ditos
2017/2 EVOLUÇÃO URBANA B B Aprovado 6
2017/2 TÉCNICAS DE EDIFICAÇÃO A U A Aprovado 4
2017/2 PROJETO ARQUITETÔNICO II B A Aprovado 10
2017/2 DESENHO ARQUITETÔNICO III B A Aprovado 3
2017/2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS A B A Aprovado 2
2017/2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS B A B Aprovado 2
2017/2 HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DA ARTE IV A A Aprovado 2
2017/2 HABITABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES II A B Aprovado 2
2017/1 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS PARA ARQUITETOS A A Aprovado 4
2017/1 HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DA ARTE III B A Aprovado 2
2017/1 ARQUITETURA NO BRASIL A A Aprovado 4
2017/1 PROJETO ARQUITETÔNICO I C B Aprovado 10
2017/1 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA II A A Aprovado 6
2017/1 HABITABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES I A B Aprovado 2
2016/2 MECÂNICA PARA ARQUITETOS A B Aprovado 4
2016/2 TOPOGRAFIA I V A Aprovado 4
2016/2 HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DA ARTE II A A Aprovado 2
2016/2 LINGUAGENS GRÁFICAS II C B Aprovado 3
2016/2 INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÔNICO II B A Aprovado 9
2016/2 PRÁTICAS SOCIAIS NA ARQUITETURA E NO URBANISMO B A Aprovado 2
2016/2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA I A B Aprovado 6
2016/1 CÁLCULO E GEOMETRIA ANALÍTICA PARA ARQUITETOS U A Aprovado 6
2016/1 HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DA ARTE I B A Aprovado 2
2016/1 LINGUAGENS GRÁFICAS I A B Aprovado 3
2016/1 GEOMETRIA DESCRITIVA APLICADA À ARQUITETURA A A Aprovado 4
2016/1 MAQUETES A A Aprovado 3
2016/1 TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO ARQUITETÔNICA A B Aprovado 3
2016/1 INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÔNICO I A A Aprovado 9

TRABALHO DE CONCLUSÃO

Atividade de Ensino: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO


Aréa de Atuação:
Título: Projeto Urbano Popular como horizonte de permanência para a Vila São Luís - Porto Alegre
Período Letivo de Início: 2022/1 Período Letivo de Fim: 2022/1
Data de Início: 13/06/2022 Data de Fim: 20/10/2022
Tipo de Trabalho: Trabalho de Diplomação Data Apresentação: 20/10/2022
Conceito: -

ESTÁGIO

Atividade de Ensino: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ARQUITETURA E URBANISMO


Aréa de Atuação:
Período Letivo de Início: 2019/1 Período Letivo de Fim: 2019/2
Data de Início: 01/04/2019 Data de Fim: 01/09/2019
Conceito: A Carga Horária: 180

PROJETO URBANO POPULAR COMO HORIZONTE DE PERMANÊNCIA PARA A VILA SÃO LUÍS

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