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MARÇO DE 2012
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO PROVINCIAL DO HUAMBO
APRESENTAÇÃO
O Plano Director Municipal (PDM) é por definição o instrumento âncora para o processo de
ordenamento do território municipal e para o seu desenvolvimento económico e sociocultural.
Uma ambição tão vasta obriga à sistematização e faseamento dos estudos que conduzem à
elaboração da documentação final, de forma a permitir a participação e envolvimento das entidades
administrativas e dos diversos agentes da Sociedade.
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• 4º Volume - Plano Director Municipal - consiste na concepção do Plano, sendo nesta fase
desenvolvidas as plantas de ordenamento e condicionantes, o regulamento, o programa de
execução e o relatório descritivo e analítico de fundamentação das soluções propostas.
Também nesta fase se prevê uma concepção preliminar de Plano que será revista após a
apresentação da mesma no decorrer do processo participativo a promover. Paralelamente à
concepção do Plano serão programadas as acções de formação, definidas as listas de
participantes e preparados os respectivos conteúdos formativos.
A equipa técnica que desenvolve o PDM do Bailundo é a que consta na listagem abaixo indicada.
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Ficha Técnica
Referência: E1076
Versão: 01
Equipa de Trabalho
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ÍNDICE DE TEXTO
1 O PAPEL DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NO ÂMBITO DE UM PDM .........................................7
2 INSTRUMENTOS DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICA ..................................................................................9
3 QUADRO DE REFERÊNCIA...................................................................................................................13
3.1 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO ............................................................................................................. 14
3.2 ESTRUTURA BASILAR DE ASSENTAMENTO ................................................................................................... 16
3.3 RECURSOS PATRIMONIAIS ..................................................................................................................... 20
3.4 TRANSPORTES ................................................................................................................................... 22
3.5 INFRA-ESTRUTURAS ............................................................................................................................ 28
4 FORMULAÇÃO DA VISÃO ESTRATÉGICA .............................................................................................37
4.1 METODOLOGIA DE FORMULAÇÃO DE OBJECTIVOS .......................................................................................... 37
4.2 A VISÃO E A CAPACIDADE DE INTERVENÇÃO ............................................................................................... 40
5 EXPRESSÃO TERRITORIAL DAS DIRECTRIZES....................................................................................47
QUADROS
QUADRO 3.1 - QUADRO SÍNTESE DOS FACTORES CRÍTICOS ...................................................................................... 36
FIGURAS
FIGURA 5.1 - BASES PARA O ORDENAMENTO, SEDE DE MUNICÍPIO .............................................................................. 48
FIGURA 5.2 - BASES PARA O ORDENAMENTO, SEDE DE COMUNA ................................................................................. 48
FIGURA 5.3 - BASES PARA O ORDENAMENTO, VILA RURAL (DE CONSOLIDAÇÃO). VILA RURAL QUE DEVERÁ SER DESENVOLVIDA
COM BASE NUM ASSENTAMENTO HUMANO JÁ EXISTENTE. ........................................................................................... 49
FIGURA 5.4 - BASES PARA O ORDENAMENTO, VILA RURAL (DE ESTRUTURAÇÃO). VILA RURAL QUE DEVERÁ SER DESENVOLVIDA
COM BASE NA CONVERGÊNCIA DE VÁRIOS ASSENTAMENTOS HUMANO JÁ EXISTENTES. ......................................................... 49
PLANTAS
PLANTA DE ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO - ÂMBITO REGIONAL
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Assim, este carácter “intermediário” do PDM implica que os seus promotores - o legitimo poder político
do município e/ou da região - tenham, simultaneamente:
É assim entendimento da equipa técnica que a concretização de uma consistente e benigna política de
planeamento do território tem de assentar sempre numa sólida base estratégica, para reduzir a
casualidade e/ou a sinuosidade dos processos de planeamento e de gestão territorial e de forma a
introduzir uma visão simultaneamente abrangente mas rigorosa, persistente mas consensual.
i) do cumprimento integral dos objectivos estratégicos e estruturantes do PDM tal como desde
logo enunciados na proposta técnica para a realização do Plano;
ii) da articulação entre as várias vertentes técnicas e os vários domínios de trabalho da equipa;
iii) da subordinação das questões específicas de cada um desses domínios aos desígnios
estruturantes do Plano.
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Neste sentido, e neste âmbito específico, o domínio da estratégia de desenvolvimento deve passar,
acima de tudo, pela capacidade de fazer convergir no território de intervenção todas as lógicas que já
estão antecipadas procurando fazer de “tradutor” dessas lógicas para as já mencionadas
especificidade e circunstâncias históricas do território e das suas gentes.
Dando assim corpo ao entendimento sobre o papel do PDM e da metodologia desde logo empreendida
esta fase do plano - da definição das directrizes - não é entendida como o fim do trajecto mas sim
como a base que irá “permitir estabelecer as linhas orientadoras a considerar na concepção do PDM”.
• Numa segunda parte é apresentada uma síntese da situação existente dando-se conta, para
quase duas dezenas de vertentes sectoriais, quais os seus objectivos, quais os seus factores
críticos para o desenvolvimento, quais os aspectos mais marcantes da situação de referência,
quais os sinais e/ou tendências mais salientes e quais os (eventuais) projectos em curso e/ou já
previstos (ver ponto 3. O Quadro de Referência);
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Assumido a carácter vinculativo das determinações dos instrumentos consagrados politicamente note-
se que O PDM não deve ser o simples repositório, a um nível municipal, das determinações desses
instrumentos. Ao plano director cabem-lhe, neste domínio, duas tarefas essenciais:
1.º) Articular a diversidade de âmbitos, promotores, objectivos, recursos e horizontes dos vários
instrumentos de referência, articulação essa que tem de ser efectuada numa lógica de
convergência para o contexto municipal e
• Angola 2025: Estratégia de Longo Prazo - Revê os desafios significativos em Angola - tais como
o desenvolvimento humano, a fraca situação económica, a instabilidade institucional, a falta de
serviços de saúde e educação, desigualdade regional - e estabelece as opções estratégicas até
2025, de modo a levar a cabo o crescimento em vários sectores (não disponibilizado).
• APRH - Plano Nacional Director de Irrigação de Angola. Uma síntese dos estudos
1
Ver Caixa 1: Sobre a Informação disponível e as suas lacunas. No desenvolvimento do PDM não foi possível aceder a todas as
fontes de informação estratégica pelo que se considera este trabalho como a matriz conducente à consagração das directrizes na
fase final do Plano.
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Fontes de informação
• PNUD (Programme des Nations unies pour le développement) Rapport sur le développement
humain 2011. PNUD, 2011, New York. *
• The World Bank (2000). Cities in transition. World Bank urban and local government strategy.
The International Bank for Reconstruction and Development. Washington *
• World Economic Forum (2011).The Global Competitiveness Report 2010-2011. World Economic
Forum within the framework of the Centre for Global Competitiveness and Performance. Geneva
• UN-Habitat (2010). Urban trends: Wealth of cities, in State of the World’s Cities 2010/2011.
Bridging the Urban Divide, March 2010.
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Esta referência permite apontar duas notas introdutórias relevantes para o entendimento da
informação no âmbito deste trabalho:
i) Nessa nova estrutura económica (mas também social e cultural) Angola tem como objectivo
posicionar-se a médio prazo nessa sociedade de informação2 e esse objectivo deve ser
internalizado nos planos territoriais;
Tendo presentes estas duas noções importa afirmar que os trabalhos relativos à estratégia de
desenvolvimento a realizar no âmbito do PDM podem decorrer de forma consistente com o manancial
informativo desde já disponível e/ou disponibilizado. Reconhecendo-se que dada a natureza, as
especificidades e as circunstâncias históricas, sobejamente conhecidas, do território em estudo
existem lacunas óbvias quanto à actualidade, precisão e fiabilidade ou quanto à sofisticação,
abrangência e diversidade dessa informação disponível/disponibilizada, mas tais lacunas não são
impeditivas do desenvolvimento programado das tarefas previstas para este domínio de trabalho.
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Angola An Emerging Digital Player elaborado em 2005 pela CNTI - Comissão Nacional das Tecnologias de Informação.
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Qualquer que seja o contexto na elaboração de um plano deseja-se ter sempre mais informação -
dados mais rigorosos, fiáveis amplos e actuais - para se ter o máximo de elementos possível para que
esse plano tenha o maior grau de precisão possível. Mas, o processo de planeamento não poderá ficar
refém das eventuais incapacidades de cumprir esse desejo nem esse processo poderá ficar paralisado
pelo receio da dúvida.
Deste modo assumem como certas as disposições e identificam-se seguidamente uma lista dos
documentos que, conjunturalmente, se consideram como referências para a realização dos trabalhos
no domínio da estratégia de desenvolvimento sendo certo que, essa listagem deverá ser enriquecida e
corrigida ao longo dos trabalhos do PDM e que alguns dos documentos listados constituem-se mais
como referências exemplificativas do tipo de informação a utilizar.
Por último refira-se que a principal fonte de informação a aplicar nestes estudos advirá dos contactos
directos entre a equipa e os agentes presentes no território e na percepção das diversas intenções,
anseios, vantagens, obstáculos, dificuldades e potencialidades do território e das gentes que o
habitam.
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3 QUADRO DE REFERÊNCIA
De acordo com a metodologia seguida, apresenta-se neste capitulo a síntese de formulação de
objectivos, factores críticos, aspectos essências da situação de referência, sinais/tendências mais
significativos e projectos em curso e/ou previstos organizada por temas. Com esta súmula de
orientações a equipa do PDM pretende construir um referencial estratégico local - que designamos de
quadro de referência estratégica - apresentado e discutido com a administração municipal e
provincial. O resultado final será a formulação dos objectivos específicos, monitorizáveis e
quantificáveis no horizonte de implementação do PDM e simultaneamente orientadores do modelo de
ordenamento, em termos de gestão e execução territorial sendo que essa especificação dos objectivos
aliada à sua quantificação e monitorização será devidamente apresentada na fase final do plano (no
4.º volume) num documento autónomo, o Programa de Execução do Plano
De forma a organizar, articular e sistematizar os diversos temas que informam o quadro de referência
estratégica esses mesmos temas forma agrupados em cinco dimensões, a saber:
• A dimensão das infra-estruturas, que tal como os transportes se constituem como um aspecto
crucial para atingir objectivos de dignificação das condições de vida das populações. Nesta
dimensão agrupam-se os temas as redes de abastecimento, água, energia eléctrica e
telecomunicações e as redes de drenagem, águas residuais e resíduos sólidos (ver ponto 3.5);
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• Factores Críticos de âmbito nacional: Sistema de Justiça e segurança interna; Política fiscal;
Regime de propriedade e de abertura à iniciativa privada;
Factores Formação profissional (e adequação do capital humano a uma nova lógica produtiva)
críticos Capacitação da administração pública (ao nível regional e municipal mas também ao nível
sectorial).
Infra-estruturas de suporte (nomeadamente as de comunicações e as de abastecimento de
energia).
Sinais / Situação está a melhorar (mas cujos efeitos mais significativos podem ser tardios). População
Tendências escolar a aumentar de forma exponencial na última década.
Situação está a melhorar na medida em que o prolongamento do tempo de paz permite a
consolidação das várias instituições da administração pública e a emergência de estruturas da
sociedade civil.
Situação e melhorar paulatinamente e que se prevê que venha a ser significativamente
reforçada com investimentos da rede viária e na rede ferroviária.
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Objectivos • Apoiar (de imediato) os subsectores e produções virados para a transformação das
Plano Director da matérias-primas, em especial ao nível das Águas minerais (Alto Hama), derivados de fruta
Indústria da (bebidas, conservas, doces), Lacticínios e derivados, Moagens de farinhas em rama e
Província do espoadas, massas, bolachas e confeitos, farinhas lácteas, Industrialização do abacate (óleo
Huambo, 2003 e produtos de cosmética) e do vetiver (essências perfumes), Cerâmica vermelha (tijolos e
telhas) e Rede de abate, e os Subsectores e produções onde há tradição ou que são
relevantes no arranque do processo de reanimação económica e que também contribuem
Plano Director de para a substituição de importações (confecções, bicicletas, ferramentas, carpintarias,
Reindustrialização plásticos).
de Angola, 1995 • Apoiar a prazo os projectos que visem a criação de nichos de elevado valor acrescentado
Programa de ligados, nomeadamente: Agro indústria, Curtumes, couros e peles, Artigos de madeira,
Desenvolvimento carpintaria e mobiliário, Redes de armazenamento de produtos perecíveis e não perecíveis,
Comércio Rural • Apoiar o processo local de reindustrialização, com particular atenção para as indústrias do
sector primário, e com predominância para as actividades de mão-de-obra intensiva.
Plano Director de
Turismo da • Reduzir a dependência alimentar externa do país e contribuir para a comercialização
Projectos Possíveis implantações de unidades industriais na zona das Águas Quentes (Alto Hama), e na
zona florestal da Bela Vista.
Implementação local dos sistemas de incentivos financeiros, designadamente através da
subvenção ao investimento produtivo, participação minoritária no capital social das PME e por
tempo limitado, concessão de avales, créditos bonificados às PME, Incentivos Fiscais e
Aduaneiros, Incentivos à instalação ou transferência de empresas para o pólo de
desenvolvimento industrial, e incentivos ao emprego.
Implementação local do Programa de Desenvolvimento e Promoção do Comércio Rural.
Projectos turísticos do Alto Hama - Ecoturismo e Termalismo, Valorização da Montanha de
Halavala e Túmulo dos Reis Ekui Kui II e Katiavala (Bailundo) e Recuperação e restauro das
pinturas rupestres das pedras de Pedras de Caninguili (Mungo).
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3.2.1 Habitação
A decisão Governamental de construir um milhão de casas para solucionar o problema da edificação
de habitação condigna para todos os angolanos constitui um dos grandes desígnios nacionais e é hoje
a principal referência em matéria de planeamento de habitação, tendo começado pela delimitação das
áreas de reserva fundiária. A distribuição sectorial proposta pelo Governo assenta nas seguintes
percentagens: Sector público (11,5 %), Iniciativa Privada (12 %), Cooperativas (8 %) e Auto-
construção (68,5 %).
Objectivos • Promover a construção de habitação social para aqueles que não tem condição
Plano do económica que lhes permita aceder a uma habitação condigna.
Governo da • Disponibilizar casas de baixa, média e alta renda nas reservas fundiárias, para
República para satisfazer todos os sectores da Sociedade.
Construção de • Promover a auto-construção através da disponibilização de projectos tipo e
um milhão de materiais de construção economicamente acessíveis (especialmente nas sedes
casas comunais).
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Situação de As pessoas vivem em casas sem condições mínimas de habitabilidade quer pela
referência ausência de condições de higiene quer pelas reduzidas dimensões que apresentam
em função dos agregados familiares que servem.
A maior parte dos bairros periféricos são focos de insalubridade devido à ausência
de planeamento e redes de saneamento.
Dificuldades em promover a auto-construção através da disponibilização de
projectos tipo e materiais de construção economicamente acessíveis
(especialmente nas sedes comunais).
Sinais / Êxodo rural acentuado, embora sem dados, tem conduzido à concentração da
Tendências população nas sedes administrativas, em especial na sede municipal e ao longo
das vias primárias, mantendo contudo as características de ocupação habitacional
rural.
Necessidade de delimitação de áreas de reserva habitacional, cuja delimitação é
guiada pelo IGCA especificamente para as sedes Municipais e Sedes Comunais.
Espera-se que a concretização do projecto de reabilitação das estradas secundárias
e da chegada da energia contribua para dar um forte impulso na construção de
habitação.
3.2.2 Saúde
Do ponto de vista sectorial salienta-se como Plano fundamental ao nível da Saúde, o “MS-GEPE 2008 -
Plano de Desenvolvimento Sanitário da Província do Huambo 2009-2018”. De acordo com este
instrumento, destaca-se como grande objectivo a Proposta de uma rede de equipamento de
Saúde hierarquizada. Esta hierarquização contempla os seguintes níveis da rede de equipamentos
de saúde:
• Regiões Sanitárias > Sistema Municipal > Áreas de Saúde (centralizadas numa unidade
sanitária de referência, Hospital Municipal ou Centro de Saúde de Referência ) > Unidades
Sanitárias de Primeiro Nível.
Dos vários equipamentos propostos, salienta-se, pelo seu nível hierárquico, a Construção de um
Hospital Regional na sede do município do Bailundo, como unidade de referência da Região Sanitária
Norte.
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No âmbito do actual PDM, serão tidas em conta as regiões sanitárias e as áreas de saúde definidas no
Plano Sanitário, sendo proposto o ajustamento quanto às localizações das unidades sanitárias,
sobretudo de nível primário, permitindo assim garantir o aumento dos níveis de cobertura da rede. Ou
seja, serão propostos Postos de Saúde de forma a que estes se localizem em pontos equidistantes,
nas zonas de aldeias dispersas.
2018 rede de equipamentos de Saúde (locais com maior densidade populacional e zonas onde
seja possível cobrir o maior número de aldeias).
Sinais / Verifica-se uma preocupação por parte das administrações locais, na garantia de condições
Tendências mínimas para fixação de técnicos. São utilizados edifícios públicos existentes como
residências de carácter provisório;
A melhoria das condições de acesso à saúde e a construção de mais postos de saúde reflecte-
se como sendo uma das principais preocupações dos responsáveis das administrações locais.
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3.2.3 Educação
Ao nível dos instrumentos estratégicos no domínio da Educação destacam-se o GPH-DPECT 2011 -
Plano Provincial de Desenvolvimento da Educação 2010-2015 e o RA2001 - Estratégia Integrada para
a Melhoria do Sistema de Educação 2001-2015. Do Plano Provincial distingue-se que o “Objectivo
geral da política provincial consiste em oferecer a todas as crianças em idade de escolarização no
ensino primário um ensino de equidade.”
O Plano Provincial transpõe ainda, do Plano de Estratégia Nacional uma meta de “atingir uma taxa
bruta de admissão de 100% no 1º ano do ensino primário em 2015.” Considera-se desde já
importante mencionar que, no âmbito territorial do Plano Director em elaboração, não é realista
prever que a meta seja atingível num espaço temporal tão reduzido. Não obstante este facto, o
aumento da taxa de admissão considera-se como um objectivo fundamental na área da educação.
Objectivos • Reduzir o número de turmas ao ar livre para 20%, como meta mínima até 2015.
Plano Provincial • Residências construídas para os professores colocados nas zonas rurais até 2015.
de • Rede escolar ampliada até às zonas mais recônditas.
Desenvolvimento
• Ter escolas em pontos equidistantes, para as aldeias dispersas.
da Educação
2010-2015 • Construir Centros/Internatos para beneficiar crianças oriundas de comunas pouco povoadas
(2011) e dispersas.
• Taxa Bruta de Escolarização na classe de iniciação por Município (meta 95% até 2015).
• Taxa bruta de Admissão na 1ª classe por município (meta 95% até 2015).
• Diminuir as taxas de abandono até a metade daqui a 2015, com um valor máximo de 10%
(a principal razão do abandono escolar resulta das elevadas distâncias às escolas,
nomeadamente nas zonas rurais).
Factores Dificuldade de acesso à Educação a todas as crianças (sobretudo dos 5 aos 14 anos), a
críticos dispersão territorial e problemas ao nível de acessibilidades.
Falta de docentes sobretudo nas zonas rurais, não havendo atractivos para a fixação destes
nestas regiões (falta de infra-estruturas, acessos e sobretudo habitação).
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Sinais / Verifica-se uma preocupação por parte das administrações locais, na garantia de condições
Tendências mínimas para fixação de professores. São utilizados edifícios públicos existentes como
residências de carácter provisório para os professores.
A melhoria das condições de educação e o combate às elevadas taxas de abandono reflecte-se
como sendo uma das principais preocupações dos responsáveis das administrações locais.
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Situação de Valores ecológicos relevantes, sendo notória a diversidade faunística, em especial ao nível dos
referência mamíferos.
Ausência de zonas de protecção ambiental e de estatutos legais de reserva de solos para
efeitos ecológicos, florestais ou agrícolas.
Aptidão agrícola, com condições favoráveis para a cultura do milho, feijão, batata, cereais,
fruteiras e café arábica entre outros;
Aptidão pecuária, com condições bastante favoráveis para o desenvolvimento da bovinicultura
de corte e, como já ocorreu no passado, leiteira;
A região não apresenta um coberto florestal natural com potencial de exploração económica
relevante. Contudo existem condições favoráveis para a plantação de pinheiro e eucalipto.
Sinais / Substituição progressiva de habitats naturais pela agricultura, derivada em parte de pratica
Tendências tradicional, com recurso ao fogo em extensão, concorrendo para o empobrecimento da
vegetação natural;
Incentivos à reorganização comunitária das praticas agrícolas.
Principais N.º de acções de extensão rural / aldeia, por aldeias-alvo incluídas nos programas de extensão
Indicadores de rural, numa primeira fase piloto, em função da sua proximidade às áreas sensíveis;
Monitorização N.º de agricultores abrangidos pelas acções de extensão rural / ano;
Percentagem da área ardida;
N.º de fogos destinados a desbravar terras agrícolas em áreas naturais, por ano;
Superfície de áreas/zonas propostas para conservação/superfície total do município (em
percentagem) e da província do Huambo (em hectares ou m² ou km²);
N.º de novas espécies de Flora identificadas / N.º de espécies de Flora existentes, por ano, nas
áreas delimitadas para conservação; (podem ser ainda desagregados por estratos de
vegetação herbácea, arbustiva, arbórea);
Além dos sítios já identificados importa promover a salvaguarda de outros que pela sua singularidade
possam vir a constituir-se como património municipal.
Além do património material deve ser tido em conta o património imaterial que constitui uma
importante referência cultural na sedimentação dos conceitos de nacionalidade e consciência histórica
e cultural da população.
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Projectos Nomear uma comissão responsável pela gestão da casa da cultura do Bailundo a constituir nos
próximos tempos. Comissão essa que deverá desenvolver esforços no sentido de recolher,
documentar e inventariar o futuro espólio etnográfico do Município.
Situação de Na província apenas o forte Quissala está classificado a nível nacional embora existam 129
referência Monumentos e Sítios inventariados pela Direcção Provincial da Cultura.
Sinais / Verifica-se uma cada vez maior procura de referências culturais por parte da população
Tendências residente e turistas sendo que a região do Huambo assume papel preponderante em matéria
de referências culturais no panorama cultural do próprio País.
A casa da cultura do Bailundo já está construída e deverá abrir as suas portas em breve.
3.4 TRANSPORTES
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Objectivos • Pavimentação das vias primárias e secundárias que servem os principais corredores de
Plano Director de mercadorias (principalmente numa lógica intermodal articulada com o CFB).
Transportes e • Proporcionar condições para instalação de centros de distribuição e logística, com boa
Logística da acessibilidade.
Província do
Huambo (2010)
Projectos Plataforma logística em Alto - Hama de modo a organizar o conjunto de actividades comerciais
e industriais que se têm desenvolvido na localidade (junto ao limite Oeste do município);
Interface Rodoferroviário em Huambo
Conservação e manutenção das vias de acesso rodoviário de Huambo ao Bailundo, bem como
aos centros de produção e distribuição
Situação de Escassez de centros de logística e distribuição e rede viária com algumas deficiências ao nível
referência da conservação.
Centros logísticos desorganizados
Sinais / Um pouco por toda a província estão a ser construídos centros de logística e distribuição.
Tendências Aumento das necessidades logísticas derivadas da renovação e expansão ferroviária e de um
desejado aumento da produção industrial e agrícola.
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Apesar de não existir uma estação de caminho-de-ferro no município, a proximidade ao CFB faz com o
sistema de transportes seja influenciado pelo desempenho de toda a rede ferroviária, nomeadamente
pela ligação intermodal de pessoas e mercadorias através do transporte rodoviário.
Situação de A linha ferroviária de Benguela está neste momento a ser recuperada, prevendo-se a chegada
referência a Kuito em Abril de 2012 e a ligação à fronteira do Luau até ao final de 2012;
A expansão da rede aguarda estudo de viabilidade técnica e projecto de execução.
Sinais / A renovação / reabilitação das linhas existentes está a provocar um aumento da procura deste
Tendências meio de transporte.
Criação de Interfaces Rodoferroviários permitirá potenciar o desenvolvimento regional e
inverter as tendências de êxodo populacional;
Entrada de capital estrangeiro (chinês) gerou estímulo à progressão das obras de renovação
das linhas existentes e pode catalisar desenvolvimento das fases de expansão.
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Objectivos • Fazer selecção da rede de aeródromos mais importantes e proceder à sua manutenção /
renovação, garantido a acessibilidade rodoviária.
• Reformulação da oferta (ligações, tarifas, horários, frota aérea), por forma a aumentar a
procura de passageiros e carga, viabilizando linhas economicamente sustentáveis.
Sinais / O aumento da fiabilidade de outras opções modais (ferroviária e rodoviária) está a retirar
Tendências importância aos meios de transporte aéreos.
Tentativa de reforço da actividade doméstica com um mínimo de três frequências semanais
para cada Província e pelo menos uma diária para as principais capitais (Relatório do MTGPE)
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3.5 INFRA-ESTRUTURAS
Objectivos • Aumentar a cobertura da população urbana para 67% e da população rural para 70%, no
Plano de Acção ano de 2016 (no Programa “Água para Todos” é indicado como objectivo 80% para a
Estratégico do população rural).
Sector de Águas • Reabilitar e ampliar os sistemas municipais com vista a aumentar a capacidade e diminuir
para o período as perdas para cerca de 25%; extensão de redes para áreas peri-urbanas.
2004-2016 • Para populações de áreas servidas por rede, disponibilizar pelo menos 70 l/hab./dia e para
as peri-urbanas 15 l/hab./dia (também são referidos 30 l/hab./dia).
• Construção de postos de venda de água para cisternas.
• Aumento de capacidade de distribuição ambulante de água; Deverão ser implementadas
acções que levem a baixar o preço de água vendida por camiões cisterna, através de um
maior número de pontos de venda de água tratada aos camiões e de outras acções que
façam reduzir os custos de venda a retalho.
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Situação de • Ao nível nacional, nos centros urbanos, os sistemas de abastecimento quando existem
referência apresentam geralmente graves deficiências, com perdas nas redes de cerca de 50%. Estes
sistemas permitem consumos de cerca de 51 l/(hab.dia), sendo que a sua saturação não
admite a extensão das redes às zonas peri-urbanas, onde o consumo é de cerca de 5
l/(hab.dia). As referidas restrições deixam as populações muito distantes dos padrões de
consumo necessários, por um lado ao seu bem-estar e por outro ao desenvolvimento
socioeconómico e industrial. Para colmatar as necessidades de água, as populações
recorrem a pontos de água e camiões-cisternas (Adaptado de Plano de Acção Estratégico
do Sector de Águas para o período 2004-2016).
• Ao nível da qualidade da água, as falhas de manutenção e avarias frequentes dos sistemas
levam a que a água não seja tratada de forma adequada; nas zonas peri-urbanas recorre-
se ao mercado informal, onde a qualidade da água fornecida também é frequentemente de
baixa qualidade.
• O abastecimento de água em meio rural, é baseado fundamentalmente, em captações
convencionais (poços e furos), dotados de bombas manuais, complementadas com obras
de drenagem e protecção sanitária, para evitar a contaminação da água. Estes
equipamentos são escassos e grande parte da população rural consome a água que tiver
ao seu alcance, sem qualquer tratamento (Adaptado de Plano de Acção Estratégico do
Sector de Águas para o período 2004-2016).
• De acordo com os dados preliminares do IBEP (2008-2009), pode dizer-se que ao nível
nacional, 42,0% da população tem acesso a água potável, sendo que na área urbana essa
percentagem sobe para 57,9% e na área rural é de 22,8%. Relativamente à área rural e
conforme os dados actualizados a 31 de Julho de 2011 do “Programa Água para Todos”
esta percentagem situava-se em 43,9%.
• No Município do Bailundo, de uma forma geral os sistemas existentes são antigos e
carecem de obras de reabilitação e de aumento da capacidade de captação e adução,
assim como de ampliação das redes de abastecimento e implementação de sistemas de
tratamento. Verifica-se ainda uma inexistência de sistemas na maioria dos lugares, sendo
que somente as sedes administrativas (municipal e comunais) dispõem de serviço de
distribuição, o que se traduz numa cobertura de apenas 21% da população residente total
do Município. A maioria da população do município não é coberta por sistema de
abastecimento de água, 79%, nem com sistemas que possuem tratamento, 81%.
Sinais / • Está em implementação o Programa “Água para Todos”, ao nível da população rural.
Tendências
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Objectivos • Construir sistemas de drenagem de águas residuais para as sedes municipais e construção
Plano de Acção de latrinas nas áreas peri-urbanas, para que se atinja a nível nacional uma cobertura de
Estratégico do 85% da população urbana e 65% da população rural até 2016.
Sector de Águas • As soluções tecnológicas a implementar deverão ser integradas (abastecimento de água e
para o período saneamento) e apropriadas (eficiência, padronização, complexidade de operação e
2004-2016 respectivos custos); ao nível rural e peri-urbano usar tecnologias simples, cuja operação e
(2004) manutenção possa ser feita pela própria comunidade.
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Situação de • Ao nível nacional, somente cerca de 59,6% da população tem acesso a instalações
referência sanitárias do tipo latrinas melhoradas ou tradicionais e latrinas públicas. Nas áreas
urbanas essa percentagem é superior, com 82,5%, enquanto nas áreas rurais é de 31,9%.
(MP2010-IBEP2008-2009). É de referir que estes dados não correspondem a um adequado
sistema de drenagem e tratamento de águas residuais.
• Falta de complementaridade entre o abastecimento de água e saneamento.
• Nas povoações do município em estudo não existem sistemas de drenagem de águas
residuais.
A hierarquização das opções de gestão de resíduos deve ser fundamentada por estudos técnicos,
assumindo neste domínio especial relevância o papel da CPLP na promoção de acções de cooperação e
intercâmbio de informação ao nível da gestão integrada de resíduos. Neste contexto destaca-se a
Declaração de Luanda, um documento que reafirma a importância de tomadas de decisão que
garantam a execução efectiva das prioridades de Plataforma de Cooperação da CPLP ao nível do sector
dos resíduos.
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Situação de A recolha dos resíduos sólidos urbanos na sede municipal do Bailundo é efectuada diariamente,
referência pela empresa Etosha. Contudo, a insuficiência de contentores e de veículos adequados para a
recolha e compactação dos resíduos tem inviabilizado o aumento da cobertura da população.
Nas zonas periurbanas a recolha é escassa e nas zonas rurais inexistente.
Os resíduos sólidos urbanos do Bailundo são depositados sem qualquer tratamento, numa
lixeira, localizada a cerca de 3 km da sede do município. De acordo com o director executivo
da Eco-Huambo, os comerciantes das zonas urbanas continuam a depositar os seus resíduos
fora dos contentores.
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Situação de • Ao nível nacional, a taxa actual de electrificação é estimada em cerca de 33%, na maior
referência parte fornecida em áreas urbanas.
• Ao nível do Município, a capacidade de produção de energia não é satisfatória para a
população, recorrendo-se a geradores a gasóleo (com um reduzido horário de
funcionamento e fiabilidade limitada). A capacidade eléctrica instalada representa apenas
35% das necessidades totais do município (dados retirados do Programa de Intervenção
Municipal, 2009 - PIM, 2009). Tanto a iluminação pública como a domiciliária são ainda
precárias.
• Em termos de cobertura actual por sistemas de distribuição de energia, os lugares do
Bailundo servidos correspondem essencialmente à sede municipal e sedes comunais, sem
garantias de qualidade, com uma cobertura total de apenas 20% da população residente
total do Município.
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3.5.5 Telecomunicações
No âmbito de uma fase do PDM referente à definição de directrizes importa extrair do quadro de
referência - já em si mesmo uma síntese, um panorama geral da realidade presente e de um futuro
próximo - as principais conclusões ou notas mais salientes que contribuam essencialmente para o
desenho dessa directrizes, contributos esses que passam essencialmente por dois vectores: i) a
verificação das questões mais marcantes que podem inclinar, positiva ou negativamente, o futuro da
região e mais concretamente o futuro do sector norte da província do Huambo e do município em
particular; ii) a verificação do quadro de objectivos que permita perceber quais os caminhos que se
ambiciona trilhar, qual a visão de futuro que se pretende (esta segunda vertente é abordado no
ponto 4.1).
No que concerne à verificação das questões mais marcantes dois temas foram decisivos para a sua
configuração: a percepção dos registos efectuados nos 17 temas específicos quanto à situação de
referência e a percepção dos factores críticos marcados em cada um dessas quase duas dezenas de
temas.
Concentremo-nos então nos factores críticos uma vez que estes se assumem desde logo como uma
espécie de filtro das questões abordadas na situação de referência e anunciam de forma clara quais as
matérias que devem merecer uma atenção mais profunda por parte dos decisores e dos técnicos
envolvidos no processo de planeamento.
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No Quadro Síntese dos Factores Críticos (apresentado seguidamente neste relatório) procedeu-se ao
cruzamento entre as várias vertentes e os factores críticos registados de forma a percepcionar quais
são então aqueles que se assume como absolutamente relevantes, ou seja aqueles que são
referenciados de forma mais consistente e transversal pelas várias vertentes e pelas várias
dimensões.
Por um lado efectuou-se um trabalho prévio de alinhamento dos factores críticos que foram agrupados
em 3 blocos: o bloco do território que engloba os factores relacionadas com estruturas
eminentemente invariantes; o bloco da capacidade de intervenção que integra os factores
relacionados com questões imateriais e/ou de cariz económico-financeiro em que a expressão
territorial é transversal; por fim o bloco da extensão da estrutura de intervenção que inclui os factores
mais específicos e que têm uma expressão territorial mais precisa.
A incidência de cada um dos factores críticos relativamente a cada uma das vertentes foi então
classificada em 3 níveis:
• Factor crítico de veto, ou seja que tem uma relevância tal que a sua não correcta ponderação
compromete qualquer estratégia consistente de futuro para a vertente em questão (factores
identificados em primazia pelos vários especialistas);
• Factor crítico estruturante, ou seja tem uma relevância decisiva para o bom desempenho da
vertente em questão (factores identificados pelos vários especialistas ou que são
percepcionados pelo seu grau de semelhança com outros factores registados);
• Factor crítico de convergência, ou seja que tem uma relevância complementar para o bom
desempenho da vertente em questão uma vez que a sua ponderação se torna importante não
tanto per si mas numa lógica de articulação das várias vertentes e dos vários temas numa
estratégia integrada de desenvolvimento;
Note-se que os factores críticos patentes na Matriz resultam já de um primeiro filtro de convergência
entre as 17 vertentes abordadas uma vez que no total mais factores foram registados.
Tendo em conta o processo de construção dessa matriz verifica-se que quatro factores críticos se
revelam como absolutamente determinantes:
• A dispersão territorial;
• O nível de serviço das acessibilidades e a extensão das redes viárias (incluindo aqui o factor
relativo ao estado de conservação da rede viária e da sinistralidade).
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Num segundo patamar, mas igualmente com grande expressão pode-se verificar a relevância dos
factores críticos relacionados com:
Deste modo, e reconhecendo que esta selecção dos factores críticos predominantes é possivelmente
conjuntural mas metodológica e esforçadamente rigorosa, a internalização destes factores na
configuração da estratégia de desenvolvimento e no desenho da visão de futuro é necessária e
urgente.
públicas (equipamentos e
Processo de desminagem
Sustentabilidade da rede
valorização dos recursos
Abastecimento de Água
viárias e sinistralidade
Fornecimento energia
eléctrica e níveis de
de aeródromos
Capacitação da
de intervenção
património)
Humanos
naturais
Dimensão Vertente
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Para efeitos de interpretação considera-se o âmbito regional, pelo que os objectivos serão, para já,
comuns e transversais aos municípios da província do Huambo, com excepção das orientações
estabelecidas para locais concretos do território municipal.
• Objectivos estruturantes: os que já estão definidos na generalidade pela Lei 02/2006 e que
orientam os demais;
• Objectivos específicos: Os que, com base na opinião técnica e política se afiguram mais
apropriados ao contexto local e, que deverão ser discutidos e aprovados com a finalização da
fase 3 do PDM.
Para cada objectivo seleccionado no quadro de referência estratégica, foi identificado o instrumento de
referência, os factores críticos para a sua concretizarão, a situação de referência, e os sinais e
tendências relacionados.
Assim, e com base no trabalho realizado no ponto anterior do Quadro de Referência que forneceu um
panorama geral mas especifico do presente e do futuro próximo, importa agora integrar esses vários
patamares e tipos de objectivos de forma a definir então quais os objectivos estratégicos internos ao
próprio PDM.
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Esse cruzamento tem como propósito determinar a convergência entre os objectivos regionais, os
desafios estratégicos e os sinais/tendências para que de forma consistente se possam então definir os
objectivos estratégicos do PDM e que foram agrupados em dois patamares: os princípios da Visão e os
objectivos relacionados com a capacidade de implementar a visão.
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PLANO
Matriz de determinação dos desafios e dos objectivos estratégicos
DIRECTOR
MUNICIPAL
DESAFIOS ESTRATÉGICOS (1) OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS DO PDM
Reorganização das produções Organização de estruturas de Reabilitação de Reabilitação e/ ou melhoria da Reabilitação e/ ou criação de
primárias contribuindo para o comercialização (lojas rurais, infraestruturas económicas capacidade de infraestruturas infraestruturas e equipamentos
aumento da segurança logística de armazenamento e que contribuam para retomar/ de transporte e energia de sociais nos domínios da
alimentar e proporcionando de transporte, …) criar alguma capacidade de apoio às actividades educação e da saúde com
DO
rendimento aos camponeses e transformação e conservação económicas internas e à localizações de centralidade A capacidade de
produtores e base de de produtos primários atracção de fluxos de que possam contribuir para a
Os principios da Visão e
implementar a visão
acumulação às explorações investimentos e de visitantes melhoria das condições de
familiares agrícolas e (negócios e turismo) vida das populações
pequenas empresas
BAILUNDO
estar das populações da Província do Huambo ESTRUTURAS DE equipamentos escolares e de
INFRAESTRUTURAS BASILARES TRANSPORTE DE ENERGIA PARA A ESCOLA E O POSTO DE SAÚDE
(das mais fustigadas pela prolongada guerra); COMERCIALIZAÇÃO COMO saúde
COMO VEÍCULOS/SINAIS DA A SATISFAÇÃO DAS COMO ELEMENTOS BASILARES
CONVERGÊNCIA TOTAL E VEÍCULOS/SINAIS DE
DIGNIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES BÁSICAS DAS PARA O ASSENTAMENTO DAS
IMEDIATA DIGNIFICAÇÃO DAS Proporcionar condições de
CONDIÇÕES DE VIDA DAS POPULAÇÕES COM A POPULAÇOES E PARA A
-
CONDIÇÕES DE VIDA DAS assentamento condignas às
Combate consequente contra a pobreza e a fome; POPULAÇÕES NECESSIDADE DE EXTENSÃO DA SOBERANIA
POPULAÇÕES
SOFISTICAÇÃO PARA (NOVAS) populações respeitando a memória
ACTIVIDADES ECONÓMICAS dos sítios e a relação dos habitantes
Promoção dum desenvolvimento equitativo e com o território garantindo o acesso Capacidade de criar
3º
sustentável, que assegure uma utilização inter- A SOFISTICAÇÃO DO SISTEMA das populações aos recursos excedentes de produção que
ESTRUTURA DE INFRAESTRUTURAS DE possibilitam o
geracional dos recursos naturais e garanta uma INFRAESTRUTURAS BASILARES DE ENSINO E DO SISTEMA DE basilares para o seu assentamento:
NECESSIDADE DE ARTICULAR A COMERCIALIZAÇÃO COMO TRANSPORTE DE ENERGIA desenvolvimento do comércio
repartição dos resultados COMO PRESENÇA SAÚDE COMO PILARES DA
INTENSIFICAÇÃO DE USO DOS CATALIZADOR DO COMO CONDIÇÃO ESSENCIAL água (para consumo humano e as
INCOTORNÁVEL DO PROCESSO CONSOLIDAÇÃO DE UMA
RECURSOS E SALVAGUARDAR A CRESCIMENTOS ECONÓMICO E PARA A SUSTENTAÇÃO DE UMA actividades económicas) e terra fértil
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OBJECTIVOS GLOBAIS (3)
económico nos próximos anos e de uma E CRESCIMENTO ECONÓMICO JUSTA MAS SIMULTANEAMENTE em simultâneo com a garantia de
CAPACIDADE DE CONSUMO DIVERSIFICADA E COMPETITIVA
diversidade estrutural adequada e compatível com PUJANTE E COMPETITIVA equilíbrio entre a intensificação de
a variedade dos recursos naturais da Província; uso e a valorização dos recursos
VOLUME
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-
VALORIZAÇÃO DAS TRADIÇÕES TRADIÇÕES E A MEMÓRIA actividades
Recuperação do máximo de infraestruturas físicas Situação e melhorar paulatinamente e que se prevê que venha a ser significativamente aprofundada na consolidação da rede de equipamentos colectivos
e de equipamentos sociais (nomedamente na rede escolar e hospitalar) e reforçada com investimentos da rede viária e na rede ferroviária
DEFINIÇÃO
apoios selectivos diversos e recuperação de estruturas físicas (redes de infraestruturas e acessibilidades) e da estruturação da actividade comercial TENDÊNCIAS (2)
infraestruturas agrícolas
PRIORITÁRIOS (3)
Recuperação do máximo do parque industrial da
Província destruído durante a guerra e que Situação está a melhorar na medida em que o prolongamento do tempo de paz permite a consolidação das várias instituições da administração pública e a
DE
OBJECTIVOS OPERACIONAIS /
apresente viabilidade económica e contextura no emergência de estruturas da sociedade civil indispensáveis para a consolidação de uma estrutura económica diversificada e competitiva
modelo de desenvolvimento a seguir.
Fontes:
(1) Defi ni dos pa ra a Di me ns ã o da Es trutura Económi ca do PDM
(2) Defi ni dos no Re la tóri o Pre li mi na r do PDM
(3) PDMP 2009-2013
DIRECTRIZES
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OS CAMINHOS E OS CONSTRANGIMENTOS DA
VISÃO
OS CAMINHOS DA VISÃO
APOSTA DIFERENCIADORA: BAILUNDO
A elevada capacidade COMO PÓLO CULTURAL E URBANO DO
de resistência às SECTOR NORTE DA PROVINCIA
adversidades
Vitalidade
demográfica, dada a
abundância de
recursos humanos
Localização géo-
espacial privilegiada
Articulação do País (e
do Huambo) com a
sua diáspora
ÂMBITO / CAPACIDADE DE
GLOBAL / NACIONAL REGIONAL / LOCAL
INTERVENÇÃO
A interioridade e a
A centralização
dispersão territorial
Nível de
Acessibilidade e
Extensão das redes
viárias
Desestruturação das
Abrandamento da Destruição de infraestruturas económicas e Intensificação de uso
actividades
economia global sociais dos recursos naturais
económicas
Sustentabilidade
económica versus
Situação humanitária
urgência de
intervenção
OS FACTORES DE CONSTRANGIMENTO
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Tendo como material essencial a percepção da situação de partida, os factores críticos para o
desenvolvimento e os objectivos estratégicos do PDM posicionam-se as questões mais relevantes para
o futuro do concelho obedecendo a uma matriz em que:
• Num dos eixos as questões são posicionadas tendo em conta a sua qualidade para informar o
futuro do concelho, classificando-se essas questões como factores de constrangimento (tanto
mais graves quanto mais abaixo se posicionarem relativamente ao eixo) ou como caminhos de
visão (tanto mais francos quanto mais acima se posicionarem relativamente ao eixo);
• Num outro eixo as questões são posicionadas tendo em conta o seu âmbito e/ou a capacidade
de intervenção sobre essas questões, classificando-as como de âmbito e/ou capacidade de
intervenção global/nacional quanto mais à esquerda se posicionarem em relação ao eixo e como
de âmbito e/ou capacidade de intervenção regional/local quanto mais à direita se posicionarem
em relação ao eixo considerado.
Dessa Matriz entre Visão e Capacidade de Intervenção percebe-se então qual o caminho que tem de
ser percorrido de forma a transformar constrangimentos em possibilidades e percebem-se quais os
agentes e/ou patamares de poder que têm de ser convocados para que essa transformação ocorra.
Um dos propósitos é percepcionar quais os factores cuja transformação está mais directamente
relacionada com a capacidade de acção a nível regional/local. Deste modo, os caminhos que podem
ser trilhados de forma autónoma assumem-se naturalmente como prioritários sobressaindo nesta
lógica a aposta diferenciadora do Bailundo que passaria pela afirmação do município do Bailundo, e da
sai sede em particular, como polo cultural e urbana do sector norte da província do Huambo.
Essa centralidade não tem como objectivo a determinação de qualquer catalogação administrativa
mas tem como propósito radical a assunção do Bailundo como uma cidade que, detendo uma memória
e um património cultural únicos no contexto da província e até a nível nacional, deve afirmar a sua
originalidade e aproveitar os recursos existentes (como por exemplo a conclusão para breve de um
centro cultural) para se assumir, ela própria, como o grande factor diferenciador do Município numa
nova lógica que se avizinha de competitividade territorial e urbana.
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Assumindo os caminhos da visão e percepcionada qual a capacidade de intervenção para trilhar esses
caminhos importa desde logo tornar evidente qual a expressão territorial - e qual a tradução em
termos operacionais no PDM - desses caminhos.
Num primeiro patamar considera-se que o PDM deve responder a um desiderato basilar: permitir que
as populações possam assentar no território garantindo que a dignidade desse assentamento passa
pelo acesso a: uma casa, a água para consumo e para a actividade agrícola e terra para ser
trabalhada.
Reconhece-se que sendo estes princípios basilares para a consolidação de qualquer rede de
assentamento humano elas não são características por si só da corporização de uma rede urbana e de
centros urbanos. Tendo presente esse reconhecimento registe-se todavia que:
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• A Cidade do Bailundo que em certa medida escapa à característica acima referenciada foi já
referenciada como um caso especial no contexto do município e com um factor diferenciador
que tem de ser tratado no PDM como efectivamente o é, como uma matéria diferente e
diferenciadora;
Internalizado que está esse primeiro patamar que deve ser indubitavelmente assegurado pelo PDM,
então isso implica que as regras para o assentamento humano se devem guiar não pela restrição de
uso e ocupação do solo mas pela possibilidade de que esse assentamento possa ocorrer na medida em
que a presença da água e da terra fértil se verifique. Assim sendo a estrutura de possibilidades de
assentamento, a disponibilidade do recurso água (e refira-se a extensão da energia eléctrica) e a
disponibilidade de terra fértil são os aspectos basilares em que se funda a elaboração da planta de
ordenamento do PDM e o respectivo regulamento.
Conscientes das débeis condições de partida os objectivos do horizonte temporal deste PDM (10 anos
como “horizonte redondo”) devem sublinhar estes dois primeiros patamares não descurando todavia a
necessidade de prever num terceiro patamar em que se integram: a qualificação da rede
assentamento humano (nomeadamente com o preenchimento da rede de equipamentos) e a
sofisticação dos níveis de mobilidade, das infra-estruturas e dos serviços, qualificação essa que
permita o consistente desenvolvimento de actividades económicas também elas mais sofisticadas.
A progressiva caminhada nesses três patamares implica necessariamente uma intensificação de uso
dos recursos (principalmente os recursos naturais) pelo que a salvaguarda desses recursos (terra,
água, minérios, paisagem, património construído, etc.…) tem a sua expressão na planta de
condicionantes do PDM e obviamente a consequente correspondência a nível regulamentar.
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Por último apresenta-se um esquema que permite de forma muito sintética (e como tal por vezes
redutora) percepcionar qual o trajecto desde a situação de referência até aos princípios que
convergem para a assunção do factor diferenciador na definição da estratégia para o município
passando pela identificação da expressão territorial dos objectivos estratégicos do PDM e pelo
resultado especifico em termos dessa expressão territorial de cada um desses objectivos.
Convergência com o Factor local
diferenciador:
Objectivos estratégicos com Resultado objectivado com expressão
Situação de referência
expressão territorial territorial
Bailundo, capital do sector Norte
DESESTRUTURAÇÃO DA ACTIVIDADE
REDE DE UNIDADES DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA,
AGRÍCOLA (SOBREPOSIÇÕA DA EMERGÊNCIA) Garantia de equilíbrio entre a intensificação BAILUNDO, CENTRO EMPRESARIAL DO SECTOR NORTE
PECUÁRIA E FLORESTAL (EM ARTICULAÇÃO COM
E FLORESTAL (PROCESSO DE de uso e a valorização dos recursos DA PROVINCIA DO HUAMBO
A ESTRUTURA DE ASSENTAMENTO)
DESFLORESTAÇÃO)
Ressalta neste esquema a ênfase dado ao factor diferenciador: Bailundo, capital do sector norte da
província do Huambo. Reitere-se que esta enunciação é muito mais um lema, uma bandeira (mas que
tem expressão concreta também a nível territorial) do que uma reivindicação administrativa.
Nesta sub-região o Bailundo tem sem dúvida o papel de centro administrativo principal, equidistante
dos restantes municípios, com maior concentração de população e funções urbanas. Concentra
também os principais investimentos previstos no domínio da educação, nomeadamente a construção
de um magistério.
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Não se pretende com a assunção deste posicionamento da Cidade do Bailundo empreender qualquer
lógica de bairrismo mas é, antes de mais, o salientar de uma evidência que percorre os estudos deste
PDM: a de que os quatro municípios do norte da província - Bailundo, Londuimbali, Mungo e
Catchiungo3 - formam uma unidade territorial precisa sendo pois de referir, como conclusão a este
capítulo do PDM do Bailundo, que muitas das questões, muitos dos propósitos e certamente a
metodologia empreendida neste PDM é comum aos quatro municípios considerados.
De referir igualmente que nesta lógica intermunicipal o município do Bailundo tende a reforçar as suas
ligações com o município do Mungo e também com o município da Andulo que é um dos grandes
centros urbanos da vizinha província do Bié.
Considera-se que essa convergência não é só salutar como absolutamente necessária para, por um
lado compreender o passado, o presente destes territórios e das suas populações numa lógica mais
alargada e, por outro lado, para percepcionar que o(s) futuro(s) destes quatro municípios está
fortemente dependente das relações que estabelecerem entre si.
3
O Catchiungo, apesar de se estender de norte a sul da provincial tem uma distribuição populacional perfeitamente assimétrica,
concentrando a larga maioria da população na sede, que fica mais a norte, sendo que o território a sul tem uma distribuição
populacional dispersa e pouco densa.
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• A estrutura viária, sobre a qual assentam as linhas de abastecimento, sendo que respeitando
os critérios emanados das directrizes, a linha de abastecimento prioritária seria sempre a rede
de abastecimento de energia que se deveria estender necessariamente a todos os
assentamentos, ou, preferencialmente/prioritariamente, à sede de município, às sedes de
comuna e às previstas/propostas Vilas Rurais. Sendo que essa extensão da rede de energia é
crucial para a consolidação da rede de assentamentos humanos e para o desenvolvimento das
actividades económicas;
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Figura 5.3 - Bases para o ordenamento, Vila Rural (de consolidação). Vila Rural que deverá ser
desenvolvida com base num assentamento humano já existente.
Figura 5.4 - Bases para o ordenamento, Vila Rural (de estruturação). Vila Rural que deverá ser
desenvolvida com base na convergência de vários assentamentos humano já existentes.
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Cada uma destas figuras apresenta um extracto do território em que se evidencia o tipo de expressão
territorial das directrizes para os vários tipos de assentamento tendo em conta os três pilares já
identificados para a sua estruturação e que agora se reiteram: presença/proximidade de terra fértil e
de água (para consumo a para desenvolvimento da agricultura); extensão da rede de energia;
extensão da rede de escolas e de postos de saúde.
Para as sedes de município (e em menor grau para as sedes de comuna) estão registadas outros
níveis de sofisticação de usos urbanos tais como a identificação de reservas fundiárias, a localização
de equipamentos ou a demarcação de áreas para o desenvolvimento da actividade industrial.
Refira-se que estas figuras não são “envelopes fechados” mas são sim ilustrativas e exemplificativas
dos princípios de actuação a seguir na fase final do plano e servem essencialmente como elementos
para apreciação e discussão destes princípios e directrizes para que os elementos finais do plano
sejam o resultado da convergência de entendimentos e do consenso.
50/50
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