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TÉCNICAS DE FORMAS E

ESCORAMENTOS

Prof. Robson Lopes, Eng. Civil – M. Sc.


Objetivo do Módulo
(TÉCNICAS DE FORMAS E ESCORAMENTOS)

“Ter uma visão mais expandida sobre um


determinado assunto é a diferença entre o
sucesso e a sobrevivência.”
Citado por Norberto Valentini.
Conhecendo os
Participantes

Prof. Robson Lopes, Eng. Civil – M. Sc.


Conhecendo os
Participantes
Desafio: Contar uma história em 15 s que
possibilite memorizar o seu nome

Dica:

1- Associe a nomes iguais à pessoas famosas


2- Crie um rima mental
3- Diga o significado
4- Crie um quadro mental que coloque o nome
dentro de uma imagem mental
ROTEIRO
1) Importância do Assunto
A) Participação Econômica
B) Relevância estrutural
2) Interdependências de Processos na Execução
de Estruturas de Concreto
A) importância da Repetitividade
3) Tipologias usuais dos edifícios de concreto
A) Aspectos do Planejamento
Participação Econômica
O material fôrma representa menos de 10% do
custo da estrutura, ficando abaixo dos
materiais concreto e aço. Em contrapartida, a
mão de obra envolvida diretamente na
atividade de montagem e desmontagem das
fôrmas ultrapassa todas as demais atividades,
tornando-se o maior custo existente na
execução de estruturas e posicionando-se
como o maior candidato a receber a nossa
atenção quando o assunto é gerenciamento de
custos do empreendimento.

Edifício residencial com estrutura vigada (otimizada), 4 apartamentos por andar, 12 andares tipo, 2 subsolos, Área de projeção de laje tipo =
500 m2, Área de fôrmas do pavimento tipo = 1.100 m2, Volume de concreto do pavimento tipo = 80 m3, Armação do pavimento tipo = 8
ton (100kg/m3), Área construída (estrutura) total = 10.000 m2, Área de fôrmas total = 23.500 m2, Volume de concreto total = 1.650 m3 e
Armação total = 165 ton
Custos detalhados da estrutura de concreto armado de um edifício bancário BUKHART (1994):

"Overhead" corresponde às despesas gerais de uma empresa. No Brasil, esses custos são
denominados de Custos Administrativos, no qual inclui despesas fixas da matriz, do
escritório central, da diretoria, do conselho de administração da empresa e outras despesas
desta natureza.
Estudos publicados, autores e respectivos anos, relacionando o custo do sistema de fôrmas
em obras com relação ao custo total da estrutura de concreto.
Relevância Estrutural
Cimbramento ou escoramento é a estrutura de suporte provisória composta
por um conjunto de elementos que apoiam as fôrmas horizontais (vigas e lajes),
suportando as cargas atuantes (peso próprio do concreto, movimentação de
operários e equipamentos, etc.) e transmitindo-as ao piso ou ao pavimento
inferior.

Deve ser dimensionado, entre outras coisas, em função da magnitude de carga


a ser transferida, do pé-direito e da resistência do material utilizado.

“As fôrmas servem para mais do que dar simplesmente forma ao concreto”
Obra: Secretaria da Cultura de São Paulo
Data: Janeiro de 2012
Prejuízo: Uma pessoa morta e 11 feridas

Obra: Shopping Pátio de Arapiraca -AL


Data: Junho de 2013
Prejuízo: Três pessoas feridas

Obra: Metrô de Fortaleza


Data: Janeiro de 2012
Prejuízo: Duas pessoas mortas e 1 ferida
Interdependências de Processos
na Execução de Estruturas de
Concreto
Importância da Repetitividade
PROCESSOS
R$ 1.028,72/m3
R$ 97,97/m2
Fôrmas sem repetição

R$ 615,48/m3
R$ 58,62/m2
Fôrmas com 10 Utilizações
Arranjos Estruturais usuais

Estrutura Vigada

Estrutura Nervurada

Estrutura Plana
Estrutura com Lajes maciças apoiando-se nas vigas a) Laje Lisa b) Laje Plana Nervurada.

• É a tipologia estrutural mais comum. Baseia-se na concepção de estruturas


reticuladas com elementos horizontais de inércia maior (vigas) suportando placas
de concreto (lajes).
c) Laje Cogumelo d) Lajes e Vigas em uma Direção
• baixa produtividade da carpintaria em função da não padronização do encontro
(com engrossamento de laje)

entre vigas e pilares

• projeto de vigas muito esbeltas, dificultando a concretagem das peças e


possibilitando o aparecimento de "bicheiras“ f) Lajes e Vigas em 2 Direções

e) Módulo Largo

• maior consumo de fôrmas e serviços de carpintaria.

h) Laje Armada em 1 Direção


g) Lajes Nervurada em 1 Dir.
a) Laje Lisa b) Laje Pla

Estrutura com laje nervurada apoiadas nas vigas da estrutura

• Caracteriza-se pela utilização de um reticulado formado por vigas de pequena


altura e estreitos panos de lajes.
• Podem apresentar nervuras em uma ou nas duas direções. c) Laje Cogumelo d) Lajes e
(com engrossamento de laje)
• Possibilita alta inércia dos elementos resistentes levando a espessura média final
de concreto usualmente baixa.
• Baixa quantidade de aço utilizada, porém, a taxa de aço por metro cúbico é alta,
pois utiliza-se uma baixa quantidade de aço em um volume de concreto reduzido.
• Pode vencer significativos vãos estruturais sem a necessidade de protensão. f) Laj

e) Módulo Largo

h) Laje A
g) Lajes Nervurada em 1 Dir.
Estrutura com laje plana de seção transversal maciça ou nervurada apoiada
diretamente nos pilares

• Eliminação das vigas como elementos estruturais de suporte da laje.


• Os importantes fatores no cálculo de lajes planas são o limite à deformação, os
esforços horizontais e sua transmissão aos pilares e a punção nos apoios.
• Nesta tipologia estrutural, os poços de elevador e caixas de escada normalmente
a) Laje Lisa b) Laje Plana Nervurada.
funcionam como elementos que absorverão boa parte dos esforços horizontais,
principalmente o vento.
• A utilização de vigas nas bordas externas das lajes planas também contribui
significativamente para a estabilidade do conjunto estrutural, servindo como
contraventamento, absorvendo e transmitindo os esforços horizontais advindos
das solicitações provocadas peloc) Lajevento.
b) Laje Plana Nervurada.
Cogumelo d) Lajes e Vigas em uma Direção
(com engrossamento de laje)

f) Lajes e Vigas em 2 Direções

d) Lajes e Vigas em uma Direção e) Módulo Largo


de laje)
Características dos Arranjos Estruturais
• Altura da Edificação
• Flexibilidade na Arquitetura
• Acabamento do Forro
• Espessura da Laje
• Características de execução
– Quantidade de aço
– Quantidade de Protensão
– Mão-de-obra de Armação
– Tipos de Fôrmas e cimbramento
– Mão-de-obra de Fôrmas e Cimbramento
– Lançamento do concreto
– Controle de Qualidade
Vantagens e desvantagens quanto ao
sistema de Fôrmas e Cimbramentos
Vantagens e desvantagens quanto à
Mão-de-Obra
Aspectos de Planejamento para Otimizar os custos com Fôrmas e cimbramento
• O orçamento deve considerar o potencial de reutilização das fôrmas, em função da
tecnologia e material adotado.
• Os acessórios e complementos para as fôrmas devem fazer parte do orçamento de
estruturas. São eles os Desmoldantes, Pregos, Espaçadores plásticos, Distanciadores
plásticos, Barras e porcas de ancoragem, Tubo de pvc para as barras de ancoragem, Isopor,
Madeiras diversas (sarrafos, pontaletes), Cunhas de madeira, Pranchão para apoio do
cimbramento no solo, Graxa (para lubrificação de escoras) etc.
• Caso a opção seja pela locação de cimbramento metálico, por mais eficiente que sejam todos
os profissionais da construtora, é difícil que não haja custos extras neste item. Para evitar
surpresas, é recomendável que o orçamento disponibilize uma verba para indenizações, que
vão desde a simples pintura de escoras até a reposição de equipamento danificado ou
perdido. Deve-se designar um conferente a cada carga ou descarga de fôrmas e cimbramento
e fazer um inventário periódico de todo equipamento locado pode evitar surpresas
desagradáveis na hora da devolução total das peças.
• Orçamentista deve considerar verbas para fretes. Não esquecer de considerar, conforme o
sistema adotado e o planejamento da obra, um jogo a mais para fundo de vigas e faixas de
reescoramento.
• Definir um plano de ataque e os ciclos de produção que irão determinar o número de jogos
de fôrmas e o sistema a ser adotado.
Plano de Ataque
É a fase do Planejamento executivo em que se
detalham todos os aspectos técnicos da obra,
tais como:

• Ciclo
• Dimensionamento de equipamentos
• Dimensionamento de equipe
Plano de Ataque
Para a execução dos Pilares podemos montar o plano de ataque de duas formas:

• Utilização de pilares "solteiros“


Nas obras verticais esta solução, praticamente, exige grua. O ciclo é articulado de
forma que os pilares sejam concretados e desformados antes da realização de
qualquer outro serviço. Torna a obra dependente da eficiência do planejamento e
de equipamentos, além de não permitir a sobreposição de tarefas. Porém, pode
possibilitar o uso de 1⁄2 jogo de fôrmas de pilares (ou até mesmo de 1/4), caso
haja uma geometria adequada no projeto, diminuindo os custos de fôrmas.
Estruturas com lajes planas tendem a favorecer um plano de ataque com sistemas
de pilares solteiros, a utilização de grua e, eventualmente, o uso de mesas
voadoras.
• Utilização de sistema integrado
Sistema em que a montagem das fôrmas de pilares, vigas e lajes são feitas em
conjunto. É uma solução que torna a obra muito dependente da qualidade e
velocidade dos operários, além de exigir demais do sistema fôrma e cimbramento,
devido aos constantes ajustes. Estruturas vigadas aliadas ao uso de guincho
"pedem" um plano de ataque com sistema integrado de fôrmas e cimbramento.
• As soluções tecnológicas adotadas na periferia nem sempre são as
mesmas adotadas para a torre. Diferentes materiais, em função de
diferentes reaproveitamentos, devem ser considerados - por exemplo:
chapas compensadas diferentes. A logística e a metodologia de
concretagem também pode ser diferente da torre, dependendo dos
volumes e disponibilidade de equipamentos (bomba x grua).

Aspectos técnicos podem forçar a tomada de decisão em favor de


determinada alternativa. Pode ser necessária a execução de toda a
periferia antes de iniciar o pavimento tipo, quando, por exemplo,
trabalhamos em terrenos que exijam rebaixamento do lençol freático.
Nesta situação, o custo de aluguel do equipamento é alto, forçando a
priorização da execução de toda a estrutura do corpo e periferia, inclusive
a laje de subpressão.
Dimensionamento de equipe

• Os índices de composição orçamentários têm sido o principal referencial para o


dimensionamento da equipe de produção. Entretanto, devemos modificar a forma
de dimensionar este recurso, adotando uma visão detalhista das atividades que
constituem o ciclo e buscando entender exatamente quem faz o que e quando.
Observar o detalhe das operações significa entender como se processa esta
operação como um todo, quais os recursos necessários a seu desempenho e o
esforço de mão de obra requerido.
TÉCNICAS DE FORMAS E ESCORAMENTOS

Obrigado
Próxima Aula
Sistemas de Fôrmas
(Dimensionamento de Fôrmas para Pilares)

Prof. Robson Lopes, Eng. Civil – M. Sc.

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