2019 - 02 - Estruturas Metálicas e de Madeira

Disciplina: Estruturas Metálicas e Madeira 11/02/2019
prof. Renata de Oliveira Melo
1/2019
ESTRUTURAS METÁLICAS E DE MADEIRA
Prof. Esp. Renata de Oliveira Melo

renataom@unipam.edu.br
Ementa da disciplina:
Estruturas Metálicas
1 Introdução às Estruturas Metálicas
2 Classificação dos aços estruturais
3 Propriedades dos aços estruturais
4 Produtos de aços estruturais
5 Ações e segurança das ações
6 Barras submetidas à flexão à tração e compressão
7 Barras submetidas à flexão simples: momento fletor e esforço
cortante
8 Dimensionamento de ligações
8.1 Ligações com conectores
8.2 Ligações soldadas
Estruturas Metálicas e de Madeira- Prof. Renata Melo
Curso: Engenharia Civil 1

Aços Estruturais
• O aço é uma liga de ferro e carbono,

Aço geralmente contendo manganês,
silício e fósforo, entre outros
elementos, e que conferem ao aço
certas propriedades;
Composição:
• Aproximadamente 98% de ferro;
Ferro Carbono
• Carbono- maior efeito sobre o aço.
Aços Estruturais – Aços Carbonos

• Tipologia usual;
• Aumento da resistência produzido pela introdução do Carbono;
• Teor de carbono máximo: 0,45% para uma boa soldabilidade;
Em função do teor de Carbono:
Baixo Carbono C < 0,29%

Médio Carbono 0,30% < C <0,59%
Alto Carbono 0,60% < C < 2,0%

Aços Estruturais – Aços Carbonos

• ASTM A-36, A7;
• ABNT MR 250 – baixo teor de Carbono;
• ASTM A-307 (parafusos comuns);
• A-325 (parafusos de alta resistência).
Carbono Resistência Dureza Ductibilidade Soldabilidade
Aços Estruturais – Aços de Baixa Liga
• Aumento da resistência através da

modificação da microestrutura;
• ASTM A-572 e A-441;

• Série ABNT;

Aços Estruturais – Aços de Baixa Liga

• Obtenção de aços com resistência à corrosão
atmosférica – ASTM 588;
- Patináveis, COR 420 (GERDAU);
- USI-SAC (USIMINAS);
- COS AR COR (COSIPA).
Quando expostos sem nenhuma proteção ao ambiente, formam uma camada de óxido
protetora, aderente e impermeável na sua superfície, conhecida como pátina.
Aços com Tratamento Térmico

• Aumento da resistência através do tratamento
térmico;
• As soldagens dos aços com tratamento térmico
não é usual no Brasil;
• Geralmente utilizados em conectores – ASTM
A-325;
• Os de baixa liga com tratamento térmico são
utilizados na fabricação de cabos de protensão
e parafusos de alta resistência ASTM A-490.

Aços Estruturais – Nomenclatura SAE

• Aços empregados em indústria mecânica e construção civil.
• Society of Automotive Engineers (SAE).
1. Aço-carbono
2. Aço-níquel
3. Aço-cromo-níquel
4. Aço-molibdênio
5. Aço-cromo
6. Aço-cromo-vanádio
7. Aço-tungstênio
8. Aço-níquel-manganês • Aço SAE 1020 – aço-carbono, com 0,20% de
9. Aço-silício-manganês
Carbono
Aços da Série
Americana
10

Tipos de aços e utilização
11
Nomeclatura
ABNT
12

Aços Estruturais
Propriedades do Aço
Ductibilidade • Capacidade que o metal tem e se deformar, sem sofrer fratura.
• Capacidade dos metais de voltar a forma original após carregamentos e

Elasticidade descarregamento da estrutura.
• Combinação de resistência e ductibilidade, isto é, resistência ao risco

Dureza
ou abrasão.
• Resistência a carregamentos repetitivos.

Fadiga
Efeito de Temperaturas • As altas temperaturas tendem a modificar as propriedades físicas do

elevadas aços. Temperaturas acima de 250°C provocam fluência.
• Resiliência- capacidade de absorver energia em regime elástico.
Resiliência e Tenacidade • Tenacidade- energia total que o material absorve, por unidade de
volume.
13
Comportamento do Aço no Ensaio de Tração
14

Propriedades Mecânicas do Aço
• Módulo de Elasticidade longitudinal

E=200.000MPa
Quando maior é o E, mais difícil de
• Coeficiente de Poisson
deformar.
μ=0,3
• Coeficiente de dilatação térmica

α = 1,2.10 °C
• Módulo de Elasticidade Transversal

G= 77.000MPa
15
Tipos de Produtos Estruturais

Perfis de Chapa Dobrada
Perfis Soldados
Aços Laminados:
• Chapas, barras e alguns perfis
16

Tipos de Perfis
Perfis Soldados
• Os perfis soldados são obtidos através do corte de

chapas de aço planas e da união das partes por meio de
cordões de solda.
17
Perfis Soldados
• VS – Altura/largura ≤ 4
• CS – Altura/largura = 1
• CVS – 1 < Altura/largura ≤ 1,5
18

Tipos de Perfis
Perfis Laminados
• Os perfis laminados são obtidos a partir de tarugos de aço reaquecidos ao rubro e laminados
a quente pelo sistema universal de laminação. Diferentemente dos perfis soldados, os perfis
laminados não apresentam tensões residuais.
19
Chapas finas à frio: 0,30 – 2,65mm

Chapas finas à quente: 1,2 – 5,0mm
Chapas zincadas: 0,25 – 1,95mm
Chapas grossas: 6,3 – 102mm
20

Tipos de Perfis
Perfis Dobrados à frio
• Os perfis dobrados a frio são feitos a partir de chapas planas mais finas e utilizados em
construções leves, em treliças pouco solicitadas e em peças como terças e travessas.
• O processo de dobra pode ser feito tanto em dobradeira manual como em perfiladeira
contínua.
21
Perfis de Chapa Dobrada

• Perfis formados por chapas de aços dúcteis;
• Dobragem dos perfis realizadas por prensas especiais;
• Utilizada em estruturas Steel Frame, terças e vigas de tapamento.
Terça
22

Tipos de Perfis: Processo de Fabricação

Perfil Tubular
• Os perfis tubulares com costuras- obtidos através da prensagem ou calandragem de
chapas e posterior soldagem da peça.
• Sem costura- produzidos a partir de barras laminadas a quente e posterior laminação por
mandril ou laminador redutor e conformação em tubos.
Possibilita de aumentar a espessura, aumentando a resistência sem,

contudo, aumentar o seu diâmetro.
23
Perfis Tubulares
Aplicação:
• Barras de treliças espaciais e planas;
• Barras submetidas à torção;
• Pilares em aço ou mistos;
Estruturas Metálicas e de Madeira- Prof. Renata Melo Centro Empresarial do Aço
24

Terminal marítimo de Mucuripe - Fortaleza
25
Tipos de Produtos Estruturais
Ponte Helix – Cingapura (Tubos de Aço Inoxidável) Aço Galvanizado

Galvanização é um processo de revestimento das
Aço inox é o termo empregado para identificar uma família de chapas de aço. Em geral é feito sobre chapas
aços contendo no mínimo 10,5% de cromo, elemento químico laminadas a frio, podendo ser realizado por
que garante ao material elevada resistência à corrosão. imersão a quente em zinco líquido puro ou com
outros metais ou ainda por processo eletrolítico.
26

Cantoneiras
• Laminadas ou dobradas;
• Utilização como barras tracionadas ou tração simples.
• São classificadas em cantoneiras de abas iguais ou cantoneira de
abas desiguais.
Ligação
L 50x4,76 L 50x30x3,2
27
Exemplo de utilização de Cantoneiras
Elevação de pisos
Pilares
• Terças;
• Vigas de suporte para o tapamento lateral;
• Contraventamento (utilizado por algumas
empresas)*
28

Perfil U
• Classifica-se em: Perfil U e Perfil U enrijecido;
• Podem ser utilizados nos banzos inferiores e superiores de
treliça, terças e vigas de escadas.
U 100x50x3,00 U 100x50x17x3,00
29
Perfil I
• Aplicações que exigem maior robustez;
• Utilização em vigas;
• Pode ser considerado associado com a laje.
30

Perfil H e I
31
Viga Vierendeel Alveolar

• A viga Vierendeel é utilizada quando se exige grandes vazios na alma, para passagem de
tubulações ou de ventilação e de iluminação, ou para tornar visualmente mais leves as vigas
de grande porte.
32

Aplicações das estruturas em Aço
Barra utilizada como tirante. Ponte suspensa por cabos- Jacareípe- ES
33

Sistema Treliçado
34

Galpões – treliça
As treliças são utilizadas onde permite grande altura das viga, apresentando maior altura que vigas de alma cheia.
35
Galpões em Arco
36

Galpões de Alma Cheia

• Utilização de perfil I
Galpões do tipo Shed

• Recurso utilizado por empresas
que visam economia com
gastos de energia;
• Indicado para armazéns com
produtos que dependem de
refrigeração.
37

Centros de Distribuição e Logística
Centro de armazenamento e distribuição Prologis CCP Cajamar Industrial Park.

Atende Empeendimentos.
Área construída- 115.000m²
Área construída- 26.600m² Local: Ribeirão das Neves – MG
Local: Ribeirão das Neves – MG Demanda: rapidez na entrega e racionalização
Demanda: rapidez na entrega do material
38

Termo utilizado para se referir a um sistema de proteção contra a ação do vento em edificações de grande porte.
Estruturas Contraventadas em X, V e K
39

Vivo- SP
Edifícios de Múltiplos Andares
Hospital Albert Einstein - SP
40


Residências
Local: Rio de Janeiro

Projeto: Luiz
Eduardo Índio da
Costa e Claudia
Amorim.
Área Construída:
800m².
41
Exemplo de Perfis:
42

Barras Redondas
• Diâmetro: 12,5 – 102mm
• Utilizadas:
• Chumbadores, parafusos e
tirantes.
43
Pré-dimensionamento
de Estruturas
Metálicas
44

Fases do Projeto Estrutural
Projeto Conceitual Projeto Preliminar Projeto Definitivo
Decisões em relação às Consideração de todas as cargas

Pré-dimensionamento;
dimensões (altura, vãos livres); e dimensionamento dos perfis e
Definição das dimensões e pesos ligações;
Definição dos partidos aproximados; Busca do menor peso.
estruturais;
Emprego de tabelas, ábacos e
fórmulas.
Avaliação das interpelações
com as estruturas secundárias
(vedação, iluminação e
ventilação)
45
Pré-dimensionamento:
Definição dos tamanhos das peças que comporão a estrutura.
Dependem:
Da relação vão e altura;
Dos esforços solicitantes que a carga estará sujeita;
Deformações aceitáveis para as peças;
Verificação da estabilidade das peças e necessidades de travamentos.
O pré-dimensionamento permite que o profissional elabore o projeto básico mais

próximo do real.
46

• As alturas das vigas deverão ser

escolhidas entre o intervalo.
• A laje colaborando com a viga (viga

mista) por meio de conectores “stud
bolts”;
• Proporciona menor altura para a
viga mista metálica.
Edifícios e Residências
47
Pórticos
Planos
48

Ábaco da relação perfil Gerdau x vãos
49
Pórticos
Planos
50

Edifício Capri - BH
Projeto Arquitetônico: MMGB Engenharia e Arquitetura
Modelo pórtico plano

51
52

• Vigas treliçadas são sistemas reticulados compostos de barras

tracionadas ou comprimidas, unidas em nós articulados e formando
sempre triângulos. As cargas devem ser sempre aplicadas nos nós. A
Vigas Treliçadas união das barras podem ser por soldagem ou por chapas de ligação com
soldas ou parafusos.
• O ângulo da diagonal com o banzo superior tentar trabalhar com 45°.
Produz treliças com menor peso.
• As treliças demandam maior altura que os pórticos, fato que deve ser
observado na determinação da altura disponível na edificação.
53
Vigas
Vierendeel
54

Treliças
Espaciais
55
Pilares
56

Tipos de Galpões
57
Galpão de
Alma Cheia
L Altura da viga de alma cheia

Menores que 10m L/50 – L/70
10 a 20 metros L/30 – L/50
20 a 40 metros L/20 a L/40
58

Montagem de Galpão
Treliçado
59
Treliças
Recomenda-se inclinações para o banzo superior da treliça valores entre 5° a 15°
60

Terças
Vigas de Tapamento
Terças e Vigas de
Tapamento
61
Galpão em Arco
62

Estruturas
em Arco
63
CENPES- RJ
Petrobras
64

1º Lugar no Concurso CBCA (2014)

Autores: Alexandre Kenji Okabaiasse, Franco Luiz Faust, Marcelo Miotto e Rodolfo Luis Scuiciato
http://www.archdaily.com.br/br/755615/primeiro-lugar-no-7-degrees-concurso-cbca-alexandre-okabaiasse-rodolfo-scuiciato-
franco-faust-e-marcelo-miotto
http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/758622/brasil-primer-lugar-en-vii-concurso-alacero-de-diseno-en-acero-2014
65
66

67
Pórticos estruturais: Contraventamento a cada 6 metros

Vão 9m
Balanço 3m
Pilares 3m
68

69

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prof. Renata de Oliveira Melo

ESTRUTURAS METÁLICAS E DE MADEIRA

Prof. Esp. Renata de Oliveira Melo

Curso: Engenharia Civil 1

• O aço é uma liga de ferro e carbono,

Estruturas Metálicas e de Madeira- Prof. Renata Melo

Aços Estruturais – Aços Carbonos

Em função do teor de Carbono:

Baixo Carbono C < 0,29%

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Curso: Engenharia Civil 2

Aços Estruturais – Aços Carbonos

Carbono Resistência Dureza Ductibilidade Soldabilidade

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Aços Estruturais – Aços de Baixa Liga

• Aumento da resistência através da

• ASTM A-572 e A-441;

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Curso: Engenharia Civil 3

Aços Estruturais – Aços de Baixa Liga

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Aços com Tratamento Térmico

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Curso: Engenharia Civil 4

Aços Estruturais – Nomenclatura SAE

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Curso: Engenharia Civil 5

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Tipos de aços e utilização

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Curso: Engenharia Civil 6

Ductibilidade • Capacidade que o metal tem e se deformar, sem sofrer fratura.

• Capacidade dos metais de voltar a forma original após carregamentos e

• Combinação de resistência e ductibilidade, isto é, resistência ao risco

• Resistência a carregamentos repetitivos.

Efeito de Temperaturas • As altas temperaturas tendem a modificar as propriedades físicas do

Comportamento do Aço no Ensaio de Tração

Estruturas Metálicas e de Madeira- Prof. Renata Melo

Curso: Engenharia Civil 7

Propriedades Mecânicas do Aço

• Módulo de Elasticidade longitudinal

• Coeficiente de dilatação térmica

• Módulo de Elasticidade Transversal

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Tipos de Produtos Estruturais

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Curso: Engenharia Civil 8

• Os perfis soldados são obtidos através do corte de

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Curso: Engenharia Civil 9

Estruturas Metálicas e de Madeira- Prof. Renata Melo

Chapas finas à frio: 0,30 – 2,65mm

Curso: Engenharia Civil 10

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Perfis de Chapa Dobrada

Curso: Engenharia Civil 11

Tipos de Perfis: Processo de Fabricação

Possibilita de aumentar a espessura, aumentando a resistência sem,

Estruturas Metálicas e de Madeira- Prof. Renata Melo

Estruturas Metálicas e de Madeira- Prof. Renata Melo Centro Empresarial do Aço