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Critérios para dimensionamento

e escolha do sistema

£0 Nilton Nazar
FORMAÇÃO ACADÊMICA
• 1972 - Graduado em Engenharia
Civil-Escola de Engenharia Mauá -
I.M.T.
• 1974 - Equilíbrio Plástico dos Solos -
Escola Politécnica - U S P
• 1974 - Mecânica das Rochas -
Escola Politécnica - U S P
• 1975-Especialização em
Engenharia de Segurança do
Trabalho-Universidade Mackenzie
• 1979 - Bacharel e m Administração
de Empresas - Universidade
Mackenzie
• 1987 - Escola Superior de Guerra -
ADESG
• 2000 - Pós Graduação Lato-Sensu -
Política e E s t r a t é g i a - N a i p e U S P
• 2 0 0 6 - Mestre e m Habitação pelo
IPT - Instituto de Pesquisas
Tecnológicas do Estado de São Paulo

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
• 1973-1974 - Jubran Engenharia Ltda
- Engenheiro - Assistente Técnico.
• 1974-1975 - Construtora Bracco
T h o m é - Engenheiro de obras.
• 1 9 7 5 - 1 9 7 6 - C o n s t r u t o r a Inc. F r e s n o
S . A - Engenheiro Coordenador.
• 1976-1982 - Consórcio Técnico de
Eng. E Arq. Ltda - Coordenador
Superintendente.
• 1982 Atual - Hold Engenharia Ltda/
Pemarc Escr.Téc. Eng. S/C Ltda -
Diretor Geral.
FÔRMAS E
ESCORAMENTOS
PARA EDIFÍCIOS
Critérios para dimensionamento
e escolha do sistema
SINISTROS NA C O N S T R U Ç Ã O CIVIL
© Copyright Editora Pini Ltda.
Todos os direitos dc reprodução ou tradução reservados pela Editora Pini Ltda.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Nazar, Nilton
Fôrmas e e s c o r a m e n t o s p a r a edifícios :
critérios p a r a d i m e n s i o n a m e n t o e e s c o l h a d o
sistema / Nilton Nazar. — São Paulo : Pini, 2007.

ISBN 978-85-7266-179-9

1. C o n s t r u ç ã o - Custos 2. Edifícios
h a b i t a c i o n a i s - Projetos 3. E s c o r o n a m e n t o s d e
c o n c r e t o 4. Fôrmas d e c o n c r e t o 1. Título.

07-1402 CDD-690.1

índices para c a t á l o g o sistemático:


1. Formas d e c o n c r e t o p a r a e d i f í c i o s :
D i m e n s i o n a m e n t o e custos : C o n s t r u ç ã o civil
690.1

C o o r d e n a ç ã o M a n u a i s T é c n i c o s : Josiani S o u z a
Projeto gráfico: Lucas Aires
Capa: Lucas Aires

R e v i s ã o : R o b e r t o Carlessi - M T B - 1 0 . 8 5 4 - SP

Editora PINI Ltda.


Rua A n ha ia, 9 6 4 - CEP 0 1 1 3 0 - 9 0 0 - S ã o P a u l o - SP - Brasil
Fone: ( 1 1 ) 2 1 7 3 - 2 3 2 8 - Fax ( 1 1 ) 2 1 7 3 - 2 3 2 7
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1J edição
1a tiragem: 2.000 exemplares - mar/07
À m i n h a a m a d a e s p o s a , Viviane, e à s m i n h a s f i l h a s ,
Luciana e T h a í s , p r e s e n t e s q u e D e u s m e d e u e a r a z ã o e
a m o t i v a ç ã o de t u d o q u e faço.
A o s m e u s p a i s , Julieta e Nagib (in memoriam), pela
inspiração e dedicação.
AGRADECIMENTOS

P r i m e i r a m e n t e a D e u s , por ter p e r m i t i d o a e x e c u ç ã o d e s t e trabalho, e n e s t a altura


d a minha vida profissional continuar o m e u aprimoramento c o m o se estivesse começando,
c o m o m e s m o entusiasmo e alegria.
A o m e u o r i e n t a d o r , e a g o r a j á m e u a m i g o prof. dr. N i l s o n F r a n c o , p e l a enorme
dedicação e competência na transmissão dos ensinamentos e nos constantes estímulos
à p e s q u i s a d e s o l u ç õ e s p a r a o m e u trabalho, e d e q u e m virei u m a d m i r a d o r p e s s o a l e
profissional.
A o prof. dr. C l á u d i o Mitidieri, p e l o s c o n h e c i m e n t o s t r a n s m i t i d o s d u r a n t e o c u r s o a
atenção e a gentileza durante todo o período de aprendizado.
A o prof. dr. D o u g l a s Barreto, p e l a i n e s t i m á v e l c o l a b o r a ç ã o n a r e v i s ã o e f o r m a t a ç ã o
do trabalho.
A o prof. dr. A d ã o M a r q u e s B a t i s t a , p e l a s u a a m i z a d e e p r e s t e z a n o f o r n e c i m e n t o de
extensa bibliografia, a l é m d o s constantes esclarecimentos e troca d e opiniões sobre um
assunto, d o qual possui grande conhecimento teórico, e u m a gigantesca experiência
prática, que são as fôrmas d e concreto.

A o sr. P a u l o d e A s s i s , o P a u l i n h o , e s s e m a g n í f i c o l a b o r a t o r i s t a , p e l a p r e s t e z a n a s
e x p e r i ê n c i a s d e laboratório, h á m a i s d e 3 0 a n o s n o IPT, s e m p r e a t e n t o e d i s p o s t o a
esclarecer e a transmitir os seus conhecimentos. A toda secretaria do CENATEC,
particularmente à sra. M a r y Yoshioka Pires de Toledo, s e m p r e gentil, eficiente e prestativa
no atendimento e nas comunicações c o m todos os alunos.

À sra. Valéria d e Oliveira, s e c r e t á r i a d a D i v i s ã o d e P r o d u t o s Florestais d o C e n t r o de


T e c n o l o g i a e R e c u r s o s F l o r e s t a i s d o IPT, p e l a d e d i c a ç ã o e p a c i ê n c i a d u r a n t e t o d c o
período da execução da dissertação, c o m as constantes e naturais alterações que esse
tipo tarefa acarreta.
RESUMO

N e s t e t r a b a l h o foi e f e t u a d a u m a a n á l i s e t é c n i c a c o m p a r a t i v a p a r a o s p r i n c i p a i s e l e m e n t o s
d e u m a edificação, vigas, pilares e lajes, n o tocante a projetos d e f ô r m a s u s a d a s para a
execução dos mesmos, e também demonstrada a importância econômica das fôrmas e m
r e l a ç ã o a o c u s t o d a e s t r u t u r a d e c o n c r e t o . Foi t a m b é m a p r e s e n t a d o u m d e t a l h a m e n t o d o
custo de fabricação de fôrmas, incluindo mão-de-obra e as partes componentes.
O custo de u m a fôrma é composto por seus insumos principais c o m o c o m p e n s a d o s e
madeiras, a utilização ou não de e q u i p a m e n t o s metálicos para cimbramentos, mão-de-obra
para montagem, conforme o prazo de execução de u m a obra.
U m a p e s q u i s a bibliográfica d o s tipos de m a d e i r a e m u s o n o Brasil, a s u a fisiologia, o
c o n s u m o industrial c o m reflorestamento e florestas plantadas, as s u a s propriedades físicas e
mecânicas também foram enfocados.
T a m b é m foi o b j e t o d e p e s q u i s a o p a i n e l d e m a d e i r a c o m p e n s a d a , o s e u p r o c e s s o d e
fabricação c o m r e c o m e n d a ç õ e s para a utilização de adesivos para cada uso específico, b e m
como os processos de preparação para colagem e prensagem.
U m e s t u d o e s p e c í f i c o foi f e i t o c o m p l a c a s d e O S B , o s e u p r o c e s s o d e f a b r i c a ç ã o e p r o d u ç ã o
no mundo.
Ligações pregadas, as mais utilizadas e m fôrmas, t a m b é m foram abordadas.
O s sistemas de f ô r m a s m a i s utilizados n o m e r c a d o nacional para edifícios, c o m o os de
madeira, de metal, d e plástico, d e polipropileno e d e papelão foram objeto d e análise.
U m critério d e e s c o l h a d o s i s t e m a d e f ô r m a s , d o p o n t o d e v i s t a e c o n ô m i c o , foi feito e m
c a d a u m d o s c a s o s analisados, c o m o as vigas, os pilares e a s lajes c o m várias c o m b i n a ç õ e s
p o s s í v e i s e m u m c a s o real c o m 180 utilizações, e m q u e o p ç õ e s d e c i m b r a m e n t o s metálicos e
de madeira foram analisados.
Foi feita u m a a v a l i a ç ã o teórica s o b r e o s e s f o r ç o s solicitantes e m f ô r m a s , o n d e se p u d e r a m
c o m p a r a r o s diversos critérios d e p r e s s ã o exercida sobre elas, e u m a sugestão para utilização
dos coeficientes de majoração e de minoração da n o r m a brasileira N B R 7190/97, para
comparação c o m normas estrangeiras.
Ensaios mecânicos e m compensados e e m placas OSB, além de experiências e m obras
e m q u e foram u s a d a s estas últimas, completaram a parte experimental.
O s estudos d e caso foram todos reais e o seus resultados aplicados nos empreendimentos
foram escolhidos c o m b a s e e m u m a análise holística d a estrutura, e não s o m e n t e e m função
d a s f ô r m a s e d e s e u d i m e n s i o n a m e n t o propriamente ditos.
Finalmente, "Diagramas de Orientação" sugerem alguns passos a serem tomados
inicialmente para escolha do sistema e subsistemas de fôrmas, antes de u m a análise mais
aprofundada que deverá confirmá-la.
Palavras-chave: f ô r m a s para concreto, madeira, critérios d e dimensionamento, sistema
de fôrmas, compensado.
ABSTRACT

T h i s s t u d y w a s c o n d u c t e d in o r d e r t o p e r f o r m a c o m p a r a t i v e t e c h n i c a l a n a l y s i s for t h e
e l e m e n t s o f a s t r u c t u r e - b e a m s , c o l u m n s a n d s l a b s - r e l a t e d t o t h e p r o j e c t of f o r m w o r k s ,
w h i c h a r e u s e d for t h e i r c o n s t r u c t i o n , a n d a l s o t o d e m o n s t r a t e t h e e c o n o m i c a l i m p o r t a n c e of
t h e f o r m w o r k c o m p a r e d c o s t s o f c o n c r e t e s t r u c t u r e . It w a s a l s o p r e s e n t e d t h e f o r m w o r k s
manufacturing costs, including w o r k m a n s h i p a n d materiais (the c o m p o n e n t s parts).

T h e t o t a l c o s t o f t h e f o r m w o r k s y s t e m is c o m p o s e d b y t h e c o s t o f t h e m a i n c o m p o n e n t s
s u c h as lumber, plywood, metallic shoring w h e n used, a n d manufacturing time ( m a n hour)
during the construction time.
A r e v i e w of literature a i m i n g for t h e t y p e s w o o d s u s e d in Brazil, their p h y s i o l o g y a n d
i n d u s t r i a l c o n s u m p t i o n of r e f o r e s t e d a n d s u s t a i n e d g r o w i n g , its p h y s i c a l a n d mechanical
p r o p e r t i e s w e r e a l s o f o c u s e d in this study.

T h e p l y w o o d section covers the manufacturing p r o c e s s the different types of adhesives


for t h e specific u s e s , a s well a s t h e gluing a n d p r e s s i n g p r o c e d u r e s .
A specific section covering the use O S B boards a n d their manufacturing process around
the w o r l d w a s briefly c o m m e n t e d .
Nailing, the most utilized system, w a s also considered.
O t h e r t y p e s o f f o r m w o r k c o n s t r u c t i o n u s e d in B r a z i l s u c h a s m e t a l , p o l y p r o p y l e n e , a n d
c a r d b o a r d w e r e a l s o t h e o b j e c t of a n a l y s i s .
A s y s t e m a t i c c r i t e r i o n o f c h o i c e , b a s e d o n e c o n o m i c a l p o i n t of v i e w w a s d e s i g n a t e d f o r
e a c h s u b - s y s t e m t a k i n g in c o n s i d e r a t i o n the v a r i o u s p o s s i b l e c o m b i n a t i o n s of m a t e r i a i s . T h e y
w e r e b a s e d in a real j o b s c e n a r i o w h e r e 1 8 0 r e - u s e s of f o r m w o r k t o o k p l a c e .
Also, a theoretical evaluation w a s p e r f o r m e d w h e r e different criteria of hydraulic pressure
o n t h e f o r m w o r k w e r e s t u d i e d in t h e light of B r a z i l i a n S t a n d a r d - N B R 7 1 9 0 / 9 7 c o m p a r e d w i t h
f o r e i g n s t a n d a r d s . S u g g e s t i o n s for the u s e of c o r r e c t i n g f a c t o r s w e r e m a d e .
At e x p e r i m e n t a l levei, m e c h a n i c a l testing o n b o t h p l y w o o d a n d O S B w e r e c a r r i e d out o n
small samples.
AH c a s e s s t u d i e s w e r e " r e a l w o r l d " a n d t h e i r r e s u l t s w e r e e f f e c t i v e l y p u t i n p r a c t i c e i n
s e v e r a l c o n s t r u c t i o n s . T h u s . t h e results p r e s e n t e d c o m e f r o m a true holistic a n a l y s i s of l h o s e
s t r u c t u r e s a n d not o n l y a s a f u n c t i o n of t h e f o r m w o r k s o r their d e s i g n .

F i n a l l y , a " C h o i c e D i a g r a m " is p r e s e n t e d t o i n t r o d u c e f o r d e s i g n e r s in t h e i n i t i a l s t e p s , a
h e l p t o d e f i n e t h e t y p e s of s y s t e m s a n d / o r s u b - s y s t e m s available.
K e y w o r d s - concrete f o r m w o r k , w o o d , d i m e n s i o n i n g criteria, f o r m w o r k s y s t e m , plywood.
PREFÁCIO
V á r i a s r a z õ e s s e e n c o n t r a m a o s e ler e s t e t r a b a l h o s o b r e f ô r m a s p a r a c o n c r e t o p a r a
construção d e edifícios, assunto tão importante para o qual p o u c a importância é dada.
Primeiramente por abordar os aspectos relativos aos projetos de fôrma, enfocando
materiais, mão-de-obra, resistência, segurança, que são encontrados na sua fabricação, de
maneira clara e pontual. N ã o obstante, é por demais conhecido que os custos envolvidos no
sistema de fôrmas e cimbramentos são elevados e e m muitos casos superiores ao do concreto
m a s s a e d o aço, c o m o aqui d e m o n s t r a d o . O p r o b l e m a não se limita t ã o - s o m e n t e a o s detalhes
de projeto d e fôrmas, m a s reforça a n e c e s s i d a d e do envolvimento integrado d a s equipes de
arquitetos, engenheiros de estrutura, engenheiros projetistas de fôrmas e os executores
propriamente ditos, d e s d e a c o n c e p ç ã o d o projeto.

E m s e g u n d o lugar, p a r a b e n i z a r o autor pela d e d i c a ç ã o e e s f o r ç o c o l o c a d o s n e s s a tarefa.


M e r e c e m destaque os fatos citados sobre as tecnologias aplicadas ao material concreto onde
fatores aparentemente simples, m a s de grande importância que devem ser considerados nos
p r o j e t o s d e f ô r m a c o m o e f e i t o d a t e m p e r a t u r a , a b a t i m e n t o (slump), t e m p o d e p e g a , v e l o c i d a d e
de lançamento, entre outros, n e m sempre considerados nos cálculos de fôrmas. A o s colegas,
estudantes e usuários pela oportunidade de encontrar aqui contribuições e informações para
enfrentarem as dificuldades deparadas ao analisar u m sistema de fôrmas para estruturas de
concreto armado.

M e n c i o n o ainda, a o p o r t u n i d a d e q u e ter c o n h e c i d o e t r a b a l h a d o c o m o Nilton, profissional


c o m m a i s d e 30 a n o s de experiência, disposto a d o c u m e n t a r fatos e m prol d a engenharia,
fatos raros d e inestimável valor para estudantes e profissionais dedicados a esse ramo, que
n e c e s s i t a m d e a p o i o e m literatura, a l g o t ã o difícil d e s e e n c o n t r a r e q u e i n f e l i z m e n t e n ã o t e m
o devido respaldo nas escolas d e engenharia. A o Nilton d e v e m o s o r e c o n h e c i m e n t o a o esforço
d e s p e n d i d o e m possibilitar a tradução d e s e u s c o n h e c i m e n t o s práticos neste trabalho. Pelo
p o u c o t e m p o que convivi c o m o Nilton, percebi que é u m a pessoa especial, pelo seu
desprendimento, s e m egotismos, trazendo para este trabalho seu conhecimento adquirido ao
l o n g o d e s u a vida profissional s o b r e e s s e assunto, e, c o m o ele m e s m o diz ...."A dificuldade
do c o n h e c i m e n t o dos critérios para o d i m e n s i o n a m e n t o de fôrmas para servir d e molde ao
concreto a r m a d o t e m o s e u início n o precário e n s i n o d e s t e t e m a e m universidades brasileiras
onde, c o m raríssimas e h o n r o s a s exceções, s ã o ministradas aulas c o m a l g u m a s noções."

A o s leitores a certeza d e q u e aqui encontrarão orientações e c a m i n h o s para decisões no


cálculo de f ô r m a s para tornar os projetos de edifícios mais elaborados, s e g u r o s e econômicos.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS Pag
Figura 1 Composição de custo de uma estrutura - pavimento-tipo 31
Figura 2 C o m p o s i ç ã o do custo d o pavimento atípico 37
Figura 3 Composição do custo do pavimento-tipo 39
Figura 4 Composição do custo da fôrma do andar exemplificado 39
Figura 5 Composição porcentual (em peso) do equipamento metálico 41
Figura 6 F o t o g r a f i a s d a s p r i n c i p a i s m a d e i r a s u t i l i z a d a s n a c o n s t r u ç ã o civil 45
Figura 7 Anéis de crescimento da madeira 46
Figura 8 Fisiologia da árvore 47
Figura 9 Evolução do c o n s u m o de madeiras nativas e reflorestadas no Brasil 51
F i g u r a 10 Eixos principais de u m a peça de madeira e m relação à direção d a s fibras 52
F i g u r a 11 Planos principais de corte c o m relação às c a m a d a s de crescimento 52
F i g u r a 12 Á g u a livre e á g u a d e i m p r e g n a ç ã o n a m a d e i r a 53
F i g u r a 13 Retratibilidade da madeira de Pinus - Caribaea var hondurensis 54
F i g u r a 14 T o r n o rotativo p a r a e x t r a ç ã o d e l â m i n a s 55
F i g u r a 15 Estrutura d e ligação colada 57
F i g u r a 16 Representação de uma estrutura de ligação colada 58
F i g u r a 17 Painéis de O S B utilizados e m f ô r m a s 59
F i g u r a 18 Capacidade d e produção instalada (milhões e m m3) no C a n a d á e U S A 59
F i g u r a 19 Processo de fabricação de O S B (genérico) 60
Figura 20 Sistema de fôrmas integralmente de madeira 68
Figura 21 Sistema de fôrmas misto madeira x metálica 68
Figura 22 Fôrmas integralmente metálicas 69
Figura 23 D i a g r a m a de orientação para confecção de f ô r m a s para lajes c o m c u b e t a s
de polipropileno 70
Figura 24 F ô r m a de polipropileno 70
Figura 25 A s p e c t o d a laje d e s e n f o r m a d a 71
Figura 26 Fôrmas plásticas 71
Figura 27 F ô r m a s de papelão para pilares 72
Figura 28 F ô r m a s d e papelão tipo caixão perdido 72
Figura 29 Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para pilares 73
Figura 30 Pilares c o m tensores e sarrafos de madeira 79
Figura 31 Pilares c o m barras de a n c o r a g e m e sarrafos de madeira 80
FIGURAS Pag
Figura 32 Pilares c o m barras de a n c o r a g e m e sarrafos de madeira e suporte metálico 81
Figura 33 Pilares c o m suportes metálicos verticais e tensores 82
Figura 34 Pilares c o m suportes metálicos verticais e barras de a n c o r a g e m 83
Figura 35 Pilares c o m suportes metálicos verticais, horizontais e barras d e ancoragem 84
Figura 36 C i m b r a m e n t o principal: c o m p r a x locação mensal de e q u i p a m e n t o metálicc
para o ciclo de 180 usos 88
Figura 37 T r a n s v e r s i n a s d a s lajes, l o c a ç ã o m e n s a l x c o m p r a r m e t á l i c o x c o m p r a r m a d e i r a
para u m ciclo de 180 usos (quatro reposições) 89
Figura 38 D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a c o n f e c ç ã o d e f ô r m a s p a r a t r a n s v e r s i n a s d e lajes 90
Figura 39 C o m p a r a ç ã o d o c u s t o d e f ô r m a s p a r a lajes, c o m p a i n e l e c i m b r a m e n t o
l o c a d o / m ê s para u m ciclo d e 180 u s o s x f ô r m a s para lajes
c o m c o m p e n s a d o s e cimbramentos tradicionais 91
Figura 40 E s c o r a m e n t o de f ô r m a s para vigas para u m ciclo de 180 usos
c o m equipamento metálico e garfos de madeira 92
Figura 41 D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a c o n f e c ç ã o d e c i m b r a m e n t o d e f ô r m a s p a r a v i g a s .... 9 3
Figura 42 Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para blocos de fundação 93
Figura 4 3 Diagrama de orientação para confecção de f ô r m a s para cortinas de concreto 94
Figura 4 4 D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a c o n f e c ç ã o d e f ô r m a s para c a i x a s - d ' á g u a superiores 94
Figura 4 5 Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para vigas-baldrame 94
Figura 46 D i a g r a m a de orientação para a confecção de f ô r m a s para lajes treliçadas
e lajes n e r v u r a d a s (cubetas) 95
Figura 47 Curvas indicativas do carregamento m á x i m o para dois apoios 103
Figura 4 8 C u r v a s indicativas do c a r r e g a m e n t o m á x i m o para três a p o i o s 104
Figura 49 Curvas indicativas do carregamento m á x i m o para quatro apoios 105
Figura 50 Distribuição de pressão, adotada para cálculo d e fôrmas de vigas 108
Figura 51 G r á f i c o d a p r e s s ã o e m pilar 0 , 2 0 m x 0 , 7 0 m c o m h = 2 , 9 0 p a r a o e s t a d o - l i m i t e
de utilização 111
Figura 52 G r á f i c o d a p r e s s ã o e m pilar 0 , 2 0 m x 0 . 7 0 m c o m h = 2 . 9 0 p a r a
o estado-limite último 111
Figura 53 Pressão m á x i m a e m pilares e m f u n ç ã o d a velocidade de e n c h i m e n t o
e da temperatura, conforme metodologia do A C 1 118
Figura 54 C a r r e g a m e n t o h o r i z o n t a l e m lajes 119
Figura 55 R e l a ç ã o e n t r e o e s f o r ç o h o r i z o n t a l e m lajes, e m f u n ç ã o d o c o m p r i m e n t o
e da espessura 120
Figura 56 Sobrecarga vertical de 74 kgf/m, para o fundo da viga, adicionado
ao peso próprio 121
Figura 57 D i a g r a m a de pressão do concreto nas faces laterais d a fôrma 122
Figura 58 P r e s s ã o n o s pilares, s e g u n d o a n o r m a D I N , p a r a v < 0 , 5 m / h 123
Figura 59 P r e s s ã o n o s pilares, s e g u n d o a n o r m a D I N , p a r a v > 0 , 5 m / h 123
Figura 60 P r e s s ã o e m f ô r m a s d e p i l a r e s s e g u n d o o C E B , c o n s i d e r a n d o o efeito
de arco na c o n c r e t a g e m c o m o critério 126
Figura 61 Representação gráfica das pressões calculadas pela fórmula de Janssen
para alguns valores de fi e 0 128
Figura 62 Ensaio de flexão para obtenção do módulo de elasticidade em O S B 129
Figura 63 Aspecto d a s e ç ã o de ruptura do O S B após o ensaio 129
Figura 6 4 G r á f i c o s c o m p a r a t i v o s p a r a c h a p a s d e c o m p e n s a d o s e O S B d e 12 m m
de espessura 132
Figura 65 G r á f i c o s c o m p a r a t i v o s p a r a c h a p a s d e c o m p e n s a d o s e O S B d e 15 m m
de espessura 132
Figura 6 6 G r á f i c o s c o m p a r a t i v o s p a r a c h a p a s d e c o m p e n s a d o s e O S B d e 18 m m
de espessura 133
Figura 6 7 Painel O S B cru ( s e m revestimento) 133
Figura 68 Painel O S B c o m revestimento de filme M D O 134
Figura 69 Painel O S B c o m revestimento de filme fenólico 134
Figura 70 À e s q u e r d a , s u p e r f í c i e inferior d a 1 ê laje, p a i n e l c r u ; à direita, f ô r m a
p a r a 3 o laje c o m d a n o s l o c a l i z a d o s n o l a d o o p o s t o à s u p e r f í c i e e m c o n t a t o
c o m o concreto, e m painéis M D O transpassados por pregos 135
F i g u r a 71 À e s q u e r d a , f ô r m a p a r a 7 a laje, m a n c h a s e s b r a n q u i ç a d a s d e v i d o a
resíduos de nata de concreto aderida ao painel O S B "cru" e danificação
d a s b o r d a s d o s p a i n é i s ; à direita, m a n c h a s e d a n o s l o c a l i z a d o s
e m revestimento do painel O S B próximos a cantos e bordas 135
Figura 72 P l a n t a d e u m a n d a r - t i p o , d o c a s o 1, c o m laje n e r v u r a d a e u s o d e c u b e t a s
de polipropileno 141
Figura 73 E s q u e m a d o a n d a r - t i p o c o m laje m a c i ç a 145
Figura 74 Corte das vigas nos diversos pavimentos 147
Figura 75 D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a a c o n f e c ç ã o d e f ô r m a s p a r a lajes m a c i ç a s
e lajes treliçadas 148
Figura 76 Aspectos de colocação de painéis metálicos nas lajes 151
Figura 7 7 D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a c o n f e c ç ã o d e f ô r m a s p a r a lajes c o m p a i n é i s
do tipo "drop-head" 152
LISTA DE TABELAS

TABELAS Pag
Tabela 1 Custo dos i n s u m o s para execução de prédios (pavimento atípico) 36
Tabela 2 Custo dos insumos para execução de prédios (pavimento-tipo) 38
Tabela 3 D i m e n s õ e s d e pregos, bitolas comerciais 65
Tabela 4 Custo unitário de materiais 77
Tabela 5 Esquema de montagem e modo de reaproveitamento das fôrmas
dos pilares 78
Tabela 6 C o m b i n a ç õ e s para utilização de tensores nas f ô r m a s 80

Tabela 7 C o m b i n a ç õ e s para utilização de barras de a n c o r a g e m nas f ô r m a s 81


Tabela 8 C o m b i n a ç õ e s para utilização de sarrafos e suportes metálicos nas fôrmas 82
Tabela 9 C o m b i n a ç ã o p a r a u t i l i z a ç ã o d e s u p o r t e m e t á l i c o v e r t i c a l e t e n s o r e s n a s f ô r m a s ... 8 3
Tabela 10 C o m b i n a ç ã o para utilização d e suporte metálico vertical e barras

de ancoragem nas fôrmas 84


T a b e l a 11 C o m b i n a ç ã o para utilização de suportes metálicos vertical e horizontal
nas fôrmas 85
Tabela 12 C o m b i n a ç ã o para utilização de painéis metálicos locados nas fôrmas 85

Tabela 13 C o m b i n a ç õ e s c o n s i d e r a d a s para m o n t a g e m d e f ô r m a s d e pilares,


c o m vários critérios de projetos 85

Tabela 14 E s q u e m a de m o n t a g e m e m o d o de reaproveitamento d a s f ô r m a s d a s lajes 86


Tabela 15 C i m b r a m e n t o principal m e t á l i c o p a r a laje e x e m p l i f i c a d a ( A n e x o s A , B e C) 87

Tabela 16 Peso dos insumos 87


Tabela 17 C o m p a r a t i v a final d a s diversas o p ç õ e s d e f ô r m a s para lajes 91

Tabela 18 Ações variáveis ( F O N T E N B R 7190/97) combinações últimas 99


Tabela 19 Fatores de minoração NBR 7190/97 99
Tabela 20 V a l o r e s d e kmod l ( F O N T E N B R 7 1 9 0 / 9 7 ) 100
Tabela 21 Valores d e km0!j2 ( F O N T E N B R 7190/97) 100
T a b e l a 22 Classe3 de umidade ( F O N T E N B R 7190/97) 100
Tabela 23 Características físicas e geométricas de c o m p e n s a d o s - A B I M C I 102
Tabela 2 4 Máxima pressão do concreto - velocidade x temperatura - Paredes 115
Tabela 25 M á x i m a pressão do concreto - kN/m2 - Pilares 117
Tabela 26 E s f o r ç o h o r i z o n t a l n a s l a j e s e m f u n ç ã o d a e s p e s s u r a e d a l a r g u r a , e m kgf 120
Tabela 27 Tabela de coeficientes de aumento da pressão 124
Tabela 28 Pressão na parede da f ô r m a e m função da altura d a obra 125
TABELAS Pag
Tabela 29 Valores d e k indicados pelo C E B (1976) 126
Tabela 30 Pressões calculadas s e g u n d o os critérios indicados 127
Tabela 31 Resistência à flexão estática d o c o m p e n s a d o e m pínus brasileiro 130
Tabela 32 Características m e c â n i c a s d a s c h a p a s d e O S B , obtidas no ensaio d e flexão 131
Tabela 33 E s t i m a t i v a d o c o n s u m o d e f ô r m a s c o m u t i l i z a ç ã o d e c u b e t a s - laje n e r v u r a d a .... 1 4 2
Tabela 34 Estimativa do c o n s u m o de concreto c o m utilização d e cubetas,
e m laje n e r v u r a d a c o m v i g a s b a i x a s 142
Tabela 35 E s t i m a t i v a d o c o n s u m o d e f ô r m a s s e m u t i l i z a ç ã o d e c u b e t a s - laje m a c i ç a 143
Tabela 36 E s t i m a t i v a d o c o n s u m o d e c o n c r e t o s e m u t i l i z a ç ã o d e c u b e t a s - laje m a c i ç a 143
Tabela 37 Custo das fôrmas sem o uso de compensado sob as cubetas 143
Tabela 38 Custo das fôrmas c o m o uso de compensado sob as cubetas 144
Tabela 39 C o n s u m o de aço e concreto 144
Tabela 40 C u s t o final d a laje n e r v u r a d a d o p a v i m e n t o - t i p o c o m c u b e t a s 144
Tabela 41 C u s t o p a r a a c o n f e c ç ã o d a s f ô r m a s e c i m b r a m e n t o d a laje m a c i ç a 145
Tabela 4 2 Custo do aço e do concreto 146
Tabela 4 3 C u s t o final d o p a v i m e n t o p a r a a laje m a c i ç a 146
Tabela 44 C o m p o s i ç ã o d e c u s t o d e laje t r e l i ç a x laje m a c i ç a 150
Tabela 45 C o m p a r a ç ã o de custos para lajes c o m c i m b r a m e n t o tipo
"drop-head" x convencional, c o m chapas de compensado 152

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABCP A s s o c i a ç ã o Brasileira de C i m e n t o Portland


ABIMCI Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada M e c a n i c a m e n t e
ACI A m e r i c a n C o n c r e t e Institute
CEB Comitê Euro-lnternational du Beton
DIN D e u s t s c h e s Institut F ü r N o r m u n g
NBR N o r m a Brasileira
OSB Oriented Strand Board
LISTA DE SÍMBOLOS

H A l t u r a d o pilar e d a v i g a
z A l t u r a d o pilar n a f ó r m u l a d e J a n s s e n
h Altura m á x i m a de concretagem
qd Carga de projeto para a verificação no estado-limite último
q a u . m .. Carga de projeto para o dimensionamento no estado-limite de utilização
cP Unidade de medida de viscosidade (centipoise)
c vib Coeficiente de majoração do concreto e m função da vibração
li C o e f i c i e n t e d e atrito c o n c r e t o x c h a p a n a f ó r m u l a d e J a n s s e n
K C o e f i c i e n t e d e c o r r e n t e d o â n g u l o d e atrito i n t e r n o d o c o n c r e t o n a f ó r m u l a d e J a n s s e n
k Coeficiente de majoração das pressões e m função do abatimento e da temperatura - CEB
Papar Densidade aparente
pD Densidade básica
MDI D i - i s o c i a n e t o difenil m e t a n o

v|/0 Fator d e m i n o r a ç ã o p a r a a ç õ e s v a r i á v e i s s e c u n d á r i a s p a r a o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o
\j/, Fator d e m i n o r a ç ã o p a r a a ç õ e s v a r i á v e i s s e c u n d á r i a s p a r a o e s t a d o - l i m i t e d e u t i l i z a ç ã o
yg Fator d e m a j o r a ç ã o d a s a ç õ e s v a r i á v e i s p r i n c i p a i s e s e c u n d á r i a s p a r a o e s t a d o - l i m i t e úl:imo
ha Hectare
kg Quilograma
kgf/m3 Quilograma força por metro cúbico
kgf/m2 Quilograma força por metro q u a d r a d o
Ib/ft Libra por pé
lb/ft 3 Libra por pé cúbico
psf Libra por pé q u a d r a d o
P M á x i m a p r e s s ã o lateral p s f ; P r e s s ã o d o c o n c r e t o p e l o C E B
MPa M e g a Pascal
m Metro
mm Milímetro
E Módulo de elasticidade
E12 Módulo de elasticidade corrigido para umidade 12%

Y Peso específico do concreto


Y0 ^, Peso específico do concreto majorado para o estado-limite de utilização
Yd.utm P e s o específico do concreto majorado para o estado-limite último
q Peso próprio do c o m p e n s a d o
q Peso próprio do concreto
qj h s Pressão equivalente à altura 2/3 para o estado-limite de utilização
q2md ^ Pressão equivalente à altura 2/3 para o estado-limite último
q x maxulil P r e s s ã o h o r i z o n t a l m á x i m a p a r a o e s t a d o - l i m i t e d e u t i l i z a ç ã o
qxfraxJCim P r e s s ã o horizontal m á x i m a para o estado-limite último
P mm aax, Pressão m á x i m a do concreto pela n o r m a DIN 1

qv Pressão vertical
qvdulil Pressão vertical no estado-limite de utilização

"v.d.ultim
Pressão vertical no estado-limite último

R Raio hidráulico na fórmula de J a n s s e n


f^ Resistência característica
F,, Resistência para a umidade U %
FU12: Resistência corrigida para umidade 12%
qor Sobrecarga de pessoas e equipamentos
t T e m p e r a t u r a d o c o n c r e t o e m °C
T T e m p e r a t u r a d o c o n c r e t o e m °F n a f ó r m u l a d a A . C . I .
U% Teor d e u m i d a d e
R Velocidade de enchimento e m pé por hora na fórmula A.C.I.
v Velocidade de enchimento m/h - DIN.
pmt Valor d a p r e s t a ç ã o d e u m a s é r i e d e p a g a m e n t o s d i f e r i d o s p o s t e c i p a d o s
PVA Valor p r e s e n t e d e u m a s é r i e d e p a g a m e n t o s d i f e r i d o s p o s t e c i p a d o s
f c a COfnp Resistência de compressão de cálculo

fckoomp Resistência característica obtida pelo estimador, ou 0,7 da resistência média


fc m c o r R e s i s t ê n c i a m é d i a à c o m p r e s s ã o
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 30

1.2 OBJETIVO 32

2 AS FÔRMAS NO PROCESSO CONSTRUTIVO - COMPARATIVO ESTRUTURAL 36

2.1 PAVIMENTO ATÍPICO 36

2.2 EQUIPAMENTO METÁLICO 40

2.2.1 índice de e q u i p a m e n t o metálico 40

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 44

3.1 MADEIRA 44

3.1.1 A s madeiras d o m e r c a d o brasileiro 44

3.1.1.1 Estrutura d a madeira 45

3.1.1.2 Fisiologia e crescimento das árvores 46

3.1.2. O p í n u s n a s i l v i c u l t u r a brasileira 47

3.1.2.1 E v o l u ç ã o d o c o n s u m o g e r a l d e m a d e i r a i n d u s t r i a l no Brasil 50

3.1.2.2 Evolução do c o n s u m o geral de madeira de reflorestamento

e florestas plantadas no Brasil 51

3.1.3 Propriedades físicas e mecânicas da madeira 51

3.1.3.1 Propriedades físicas 51

3.1.3.2 Densidade da madeira 53

3.1.3.3 Umidade da madeira 53

3.1.3.4 A retratibilidade 54

3.1.4 Painéis derivados de madeira 55

3.1.4.1 Compensados 55

3.1.4.2 Processo de fabricação 55

3.1.4.3 Rolos 56

3.1.4.4 Preparação para colagem 57

3.1.5 O S B (Oriented Strand Board) 58

3.1.5.1 Processo de fabricação 60

3.1.6 Adesivos 60

3.1.6.1 Classificação dos adesivos 61


3.1.6.2 Principais adesivos para fabricação d e chapas de madeira

para fôrmas de concreto 62

3.1.6.3 P r e p a r a ç ã o d a s u p e r f í c i e - efeito d a u m i d a d e d a m a d e i r a s o b r e a a d e s ã o 63

3.1.6.4 Requisitos de umidade recomendados para vários tipos de adesivos 63

3.1.6.5 Para c o l a g e m 64

3.1.7 Conectores 65

3.1.7.1 Ligações c o m pregos 65

3.1.7.2 Dimensionamento dos pregos 66

3.1.8 Revestimentos 66

3.2 SISTEMAS DE F Ô R M A S 67

3.2.1 Integralmente de madeira 67

3.2.2 Misto madeira x metálico 68

3.2.3 Integralmente metálico 69

3.2.4 Cubetas (plásticas) de Polipropileno 70

3.2.5 Plásticas 71

3.2.6 Papelão 72

4 A N Á L I S E E C O N Ô M I C A PARA E S C O L H A DO SISTEMA DE F Ô R M A S 76

4.1 ESTUDO DE PILARES 77

4.1.1 C o m b i n a ç õ e s consideradas (hipóteses de cálculo) 78

4.2 E S T U D O S DAS F Ô R M A S PARA LAJES 86

4.2.1 Cimbramento principal 86

4.2.2 T r a n s v e r s i n a s ( A n e x o s A , B, C, D, E e F) 89

4.2.3 Análise comparativa do custo de f ô r m a s para lajes 90

4.3 E S T U D O D O S E S C O R A M E N T O S D E F Ô R M A S P A R A V I G A S ( A n e x o s G , H e I) 91

4.4 E S C O L H A DE F Ô R M A S PARA E S T R U T U R A S ESPECIAIS 93

5 C R I T É R I O S PARA O D I M E N S I O N A M E N T O 98

5.1 C R I T É R I O PARA O D I M E N S I O N A M E N T O U T I L I Z A N D O

O S C O E F I C I E N T E S DA N O R M A B R A S I L E I R A N B R 7 1 9 0 / 9 7 98

5.1.1 Definições importantes 98

5.1.2 Parâmetros para caracterização de madeira compensada conforme a ABIMCI 102

5.2 D I M E N S I O N A M E N T O DE F Ô R M A S PARA LAJES, UTILIZANDO

O S P A R Â M E T R O S DA N B R 7190/97 105
5.2.1 Combinação das ações 105

5.2.1.1 Dimensionamento da fôrma 106

5.2.1.2 Verificação da tensão de cálculo 107


5.3 D I M E N S I O N A M E N T O DE F Ô R M A S PARA VIGAS, UTILIZANDO

O S P A R Â M E T R O S DA N B R 7 1 9 0 / 9 7 107

5.4 D I M E N S I O N A M E N T O DE F Ô R M A S PARA PILARES, UTILIZANDO

O S P A R Â M E T R O S DA N B R 7 1 9 0 / 9 7 109

5.5 C R I T É R I O D O AMERICAN CONCRETEINSTITUTE-A. C. 1 112

5.5.1 E l e m e n t o s p a r a o d i m e n s i o n a m e n t o d e f ô r m a s , s e g u n d o o A. C . 1 112
5.5.2 A s p r e s s õ e s laterais na f ô r m a d e v i d o à a ç ã o d o c o n c r e t o f r e s c o 113

5.5.3 O peso do concreto 113


5.5.4 A velocidade de concretagem ou de enchimento 113

5.5.5 A vibração 114

5.5.6 Temperatura 114


5.5.7 S o b r e c a r g a n a s lajes e v i g a s 114

5.5.8 O u t r a s v a r i á v e i s ( s e g u n d o o A. C. I.) 114

5.6 PRESSÃO NAS FÔRMAS DOS PILARES 116

5.6.1 E s f o r ç o horizontal e m f ô r m a s p a r a lajes, s e g u n d o o A . C. 1 119


5.7 A S P R E S S Õ E S NAS F Ô R M A S DE C O N C R E T O , S E G U N D O N O R M A DIN 121

5.7.1 E s f o r ç o s horizontais, s e g u n d o a D I N 1 8 . 2 1 8 124

5.8 P R E S S Õ E S DO C O N C R E T O E M F Ô R M A S DE

PILARES, S E G U N D O O CEB 125

5.8.1 C o m p a r a ç ã o e n t r e m é t o d o s p a r a a a v a l i a ç ã o d e f ô r m a s e m u m pilar
d e 2 0 c m x 7 0 c m c o m 2 , 9 0 m d e altura, T = 15°C e v = 5 m / h 127

5.8.2 Avaliação experimental e m chapas para fôrmas 128

5.8.3 Gráficos comparativos dos resultados disponíveis para chapas de O S B


e de compensados de pínus (dados da ABIMCI) 131
5.8.3.1 A chapa de O S B e seu comportamento e m obras 133

6 E S T U D O DE C A S O 140

6.1 CASO 1 141

6.1.1 A n á l i s e d o c o n s u m o d o s m a t e r i a i s p a r a laje n e r v u r a d a 142


6.1.2 A n á l i s e e c o n ô m i c a d a s f ô r m a s p a r a a laje n e r v u r a d a 143

6.1.3 A n á l i s e e c o n ô m i c a d o a ç o e d o c o n c r e t o p a r a a laje n e r v u r a d a 144


6.1.4 A n á l i s e e c o n ô m i c a d a s f ô r m a s p a r a a laje n e r v u r a d a 144

6.1.5 A n á l i s e e c o n ô m i c a d o a ç o e d o c o n c r e t o d a laje m a c i ç a 146

6.1.6 Conclusão do caso 1 146

6.2 CASO 2 146

6.2.1 Conclusão do caso 2 147

6.3 CASO 3 - LAJE MACIÇA X LAJE TRELIÇADA 148

6.3.1 Cálculo d o custo d a s f ô r m a s para a s lajes m a c i ç a e treliçada 149

6.3.2 Conclusão do caso 3 151

6.4 CASO 4 151

6.4.1 Conclusão do caso 4 153

Anexos 154

7 COMENTÁRIOS GERAIS SOBRE O TRABALHO 168

R E C O M E N D A Ç Ã O FINAL 169

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 172


INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO

A i m p o r t â n c i a d a s f ô r m a s de c o n c r e t o na c o n c e p ç ã o , na e x e c u ç ã o e nos c u s t o s
da e s t r u t u r a de um edifício j u s t i f i c a p l e n a m e n t e um e s t u d o d e t a l h a d o do seu
d i m e n s i o n a m e n t o e a m e l h o r e s c o l h a dos m a t e r i a i s , o q u e a c a b a r á r e f l e t i n d o na m ã o -
de-obra e nos demais itens, m e s m o aqueles não d i r e t a m e n t e ligados à estrutura de
concreto armado.

Nos edifícios habitacionais e comerciais com múltiplos andares, o custo das


f ô r m a s p o d e variar de 25% até 30% do t o t a l da o b r a e o prazo da s u a e x e c u ç ã o não r a r a s
vezes a t i n g e e n t r e 50% e 60%, o que por si só a p o n t a para a c a u t e l a e para as r e p e r c u s s õ e s
q u e t a i s e v e n t o s p o d e m a c a r r e t a r no p r e ç o d e v e n d a do p r o d u t o a ser c o m e r c i a l i z a d o .

M a i s do que isso, porém, são as s e q ü e l a s que o seu m a u d i m e n s i o n a m e n t o p o d e m


a p r e s e n t a r ao longo do período de execução, ou m e s m o a p ó s a entrega do
empreendimento, c o m o s u r g i m e n t o de fissuras decorrentes de uma deformação lenta
o c a s i o n a d a por um p r o j e t o de f ô r m a m a l d i m e n s i o n a d o .

C o m relação a esta ú l t i m a advertência, os planos de e s c o r a m e n t o e r e e s c o r a m e n t o


poderiam ser objetos de u m outro trabalho, cuja relevância é igual ou superior à do projeto
d e f ô r m a s p r o p r i a m e n t e d i t o . O s c a r r e g a m e n t o s d e c o r r e n t e s d o p e s o p r ó p r i o da e s t r u t u r a
d e c o n c r e t o e m m u i t o s c a s o s p o d e m ser m a i o r e s d o q u e as s o b r e c a r g a s p r e v i s t a s no
p r o j e t o e s t r u t u r a l , e, d e p e n d e n d o d o p r a z o p r o g r a m a d o p a r a a d e s e n f o r m a , o m ó d u l o d e
d e f o r m a ç ã o , ou m ó d u l o de e l a s t i c i d a d e , p r e v i s t o no p r o j e t o e s t r u t u r a l de c o n c r e t o a i n d a
pode não ter seu o valor esperado atingido.

Tal é a i m p o r t â n c i a d a i n t e r a ç ã o e n t r e a s p a r t e s i n t e r v e n i e n t e s , q u a i s s e j a m , a
a r q u i t e t u r a na d e f i n i ç ã o d o s e s p a ç o s e a e n g e n h a r i a e s t r u t u r a l no p r o j e t o das f ô r m a s ,
q u e p r o j e t o s i n t e i r o s já f o r a m a l t e r a d o s m e s m o d e p o i s d e c o n c l u í d o s , por se m o s t r a r e m
pouco viáveis economicamente.

Neste trabalho serão abordados aspectos construtivos, qualidade dos materiais,


análise de custos, e a p r e s e n t a d o s alguns exemplos reais, nos quais tais f a t o s ocorreram
e m u d a n ç a s radicais de s o l u ç ã o estrutural f o r a m introduzidas a partir das sugestões
ocorridas durante as análises dos projetos de fôrma.

Nos grandes centros c o n s u m i d o r e s , p r i n c i p a l m e n t e em São Paulo, estão


d i s p o n í v e i s d i v e r s o s t i p o s d e f ô r m a s , p a r a o s q u a i s é p o s s í v e l l o c a r , m o n t a r na o b r a o u
comprar, d e p e n d e n d o das c o n d i ç õ e s i m p o s t a s pelas obras. Para as várias o p ç õ e s
p o s s í v e i s , a d e c i s ã o d a s o l u ç ã o m a i s a d e q u a d a é o q u e e s t á a p r e s e n t a d o no d e c o r r e r
deste trabalho.

T r a d i c i o n a l m e n t e , as f ô r m a s de m a d e i r a a s s i m c h a m a d a s , são as m a i s utilizadas
na c o n s t r u ç ã o de edifícios. A s f ô r m a s m e t á l i c a s ou s o m e n t e a e s t r u t u r a ç ã o m e t á l i c a
são u s a d a s em locais e s p e c í f i c o s c o m o c a i x a s - d ' á g u a , m u r o s de a r r i m o , f u n d a ç õ e s e
mais esporadicamente em pilares, lajes e vigas.
A o p ç ã o por u m a ou outra s o l u ç ã o está atrelada, principalmente, aos prazos de
e x e c u ç ã o d a s o b r a s , ao n ú m e r o d e u t i l i z a ç õ e s , ao nível d e s o l i c i t a ç ã o d a s p e ç a s ou a o s
três f a t o r e s s i m u l t a n e a m e n t e . Pode-se considerar, ainda, a disponibilidade de espaço
no c a n t e i r o - d e - o b r a s e a localização da obra e m relação às facilidades de transporte e
mão-de-obra local para execução.

A dificuldade do conhecimento dos critérios para o dimensionamento de fôrmas


para servir de molde ao concreto armado t e m o seu início no precário ensino deste tema
e m universidades brasileiras, onde, c o m raríssimas e honrosas exceções, são ministradas
aulas com algumas noções.

O fato de as f ô r m a s s e r e m estruturas provisórias não deve servir de justificativa


para tal postura, pois durante a execução de u m a e s t r u t u r a as sobrecargas são, na maioria
das vezes, a c i m a d a q u e l a s previstas no projeto definitivo de concreto a r m a d o e requerem,
portanto, rigoroso dimensionamento para a sua execução.

É desnecessário frisar os aspectos da segurança envolvidos no período


c o n s t r u t i v o de u m a o b r a q u e por si s ó já j u s t i f i c a r i a m o s e u d e t a l h a m e n t o rígido, m a s o
que mais impressiona é o seu reflexo no custo final da estrutura, onde a participação
das fôrmas é maior que os componentes como o aço e o concreto massa.

A deficiência de i n f o r m a ç ã o sobre este t e m a na f o r m a ç ã o de e n g e n h e i r o s civis é


o passo inicial para explicar a falta de interesse e m u m item tão importante e m todo o
processo construtivo de u m edifício.

Em média, a participação das fôrmas de concreto em estruturas de edifícios


habitacionais, c o n f o r m e dados c o m p i l a d o s e m obras executadas pelo autor, pode ser
m o s t r a d a n a f i g u r a 1, a s e g u i r :

Composição pavimento-tipo
45.00% ,
40.00%
35.00%
_ 30.00%
| 25.00%
| 20.00%
15.00%
10.00%
5.00%
0.00% ' '
Lançamento Fôrma Mão-de-obra Concreto Aço
Insumos

F i g u r a 1 - Composição de custo de uma estrutura • pavimento-tipo


Fonte: Elaborada pelo amo*
C o m o se pode notar, o significado e c o n ô m i c o das f ô r m a s é expressivo e de uma
importância incontestável para ser analisado e dimensionado de forma criteriosa.

É importante destacar que se deve dimensionar uma estrutura, não somente c o m


o c o n s u m o de a ç o e e s p e s s u r a m é d i a do c o n c r e t o a ser utilizado. A s p e c t o s r e f e r e n t e s à
v i d a ú t i l j á e s t ã o s e n d o a b r a n g i d o s n a n o r m a N B R 7190/97. C o m o s e p o d e n o t a r n a f i g u r a
1, o c u s t o d a s f ô r m a s ( 1 0 % ) é m u i t o s i g n i f i c a t i v o e d e v e m e r e c e r t r a t a m e n t o s e m e l h a n t e
por p a r t e de t o d o s os p r o j e t i s t a s e n v o l v i d o s no p r o c e s s o c o n s t r u t i v o .

Deve-se d e s t a c a r que há pouca bibliografia nacional sobre o assunto, daí a


n e c e s s i d a d e do c o m p a r a t i v o c o m e s t u d o s e n o r m a s t é c n i c a s e s t r a n g e i r a s a f i m de q u e
c o m isso, se p o s s a c h e g a r a c o n c l u s õ e s que a j u d e m a e n r i q u e c e r o c o n h e c i m e n t o s o b r e
o tema.

1.2 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é apresentar os critérios técnicos e econômicos para o
d i m e n s i o n a m e n t o das fôrmas de concreto para edifícios e considerações sobre os custos
d o s m a t e r i a i s e a i n c i d ê n c i a no c u s t o d a s e s t r u t u r a s .

C o m relação ao critério técnico, dividiu-se e m duas partes principais, uma primeira


p e s q u i s a de critérios de d i m e n s i o n a m e n t o e s t á t i c o das f ô r m a s , o n d e foi possível
c o m p a r a r o m é t o d o a d o t a d o p e l o A C I ( A m e r i c a n Concrete Institute) c o m os a d o t a d o s
p e l a s n o r m a s D I N ( D e u s i s c h e s I n s t i t u t Für N o r m u n g ) e C E B ( C o m i t ê Euro-
International du B e t o n ) e a q u e l e d a N o r m a B r a s i l e i r a N B R 7190/1997, c o m e s t u d o s
nos estados-limites e c o m os das t e n s õ e s admissíveis.

Pela pouca bibliografia existente sobre o assunto e ainda pelo empirismo que
ainda é habitual no setor, a u m e n t a a importância desta pesquisa.

A i n d a d e n t r o d e s t e item, para se avaliar o c o m p o r t a m e n t o dos materiais,


p a r t i c u l a r m e n t e o O S B ( O r i e n t e d S t r a n d Board) f o i o f o c o d e u m a p e s q u i s a e m
laboratório na qual f o r a m testadas diversas espessuras de chapas a f i m de verificar sua
possibilidade de utilização nas obras de edifícios do Estado de São Paulo. E n b o r a c o m
s i g n i f i c a d o r e s t r i t o , u m a vez q u e o r e d u z i d o n ú m e r o de a m o s t r a s não t e m r e s u l t a d o
estatístico conclusivo, serviu para confirmar que o seu uso em f ô r m a s de concreto é
a b s o l u t a m e n t e possível.

C o m relação aos aspectos econômicos, embora estes não possam estar


desvinculados dos técnicos, influem decisivamente nos parâmetros a serem adotados
no projeto. Fatores c o m o prazo de e x e c u ç ã o e n ú m e r o de u t i l i z a ç õ e s a s s u m e m papel
decisivo no critério a ser escolhido para a execução do mesmo.

O s e s t u d o s técnicos e e c o n ô m i c o s têm a finalidade de criar f e r r a m e n t a s que


p o d e r ã o servir a t o d o s os p r o f i s s i o n a i s que a t u a m na área e a t o d o s os i n t e r e s s a d o s no
aprimoramento e desenvolvimento da engenharia nacional e repassar um pouco da
e x p e r i ê n c i a p r o f i s s i o n a l d o a u t o r , h á m a i s d e 25 a n o s a t u a n d o n e s s e s e t o r .
Evidentemente, c o m o e m qualquer a s s u n t o de pesquisa técnica, não há a rrenor
pretensão de esgotá-lo. Se conseguir ao m e n o s provocar a curiosidade, ou m e s m o alguma
discórdia da qual a discussão construtiva levar ao e n g r a n d e c i m e n t o da engenharia
nacional, já terá valido a pena.
AS FÔRMAS NO PROCESSO
CONSTRUTIVO -
COMPARATIVO ESTRUTURAL
2. AS FÔRMAS NO PROCESSO CONSTRUTIVO -
COMPARATIVO ESTRUTURAL

C o n f o r m e exposto, pela importância das f ô r m a s na e s t r u t u r a e sua participação


financeira, um e s t u d o c o m p a r a t i v o dos c u s t o s dos d i v e r s o s c o m p o n e n t e s de u m a
e s t r u t u r a - o aço, o c o n c r e t o , as f ô r m a s e a m ã o - d e - o b r a de l a n ç a m e n t o - t r a d u z a
i m p o r t â n c i a e c o n ô m i c a d a s f ô r m a s no c u s t o geral d e u m a e s t r u t u r a e a s u a incidência,
já d i m i n u í d a (ou diluída) q u a n d o o n ú m e r o de r e p e t i ç õ e s é a u m e n t a d o .

P a r a t a n t o , e s c o l h e u - s e u m p a v i m e n t o c o m 300 m 2 d e á r e a d e p r o j e ç ã o , o q u a l
p o s s u i a p r o x i m a d a m e n t e 630 m 2 (2,10 x á r e a d e p r o j e ç ã o ) d e á r e a d e s e n v o l v i d a d e f ô r m a s .
Para exemplificar, no p a v i m e n t o atípico, d e s c r i t o no i t e m a seguir, o c o n s u m o de a ç o
e s t i m a d o e m 100 k g / m 3 d e c o n c r e t o e o c o n s u m o d e c o n c r e t o 0,20 m 3 / m 2 ( d e á r e a d e
projeção), que são índices usuais em edifícios. O m e s m o ocorre com a mão-de-obra de
c a r p i n t e i r o , p a r a m o n t a g e m e d e s m o n t a g e m d e f ô r m a s , s e n d o 1,5 h / m 2 d e f ô r m a . P a r a o
l a n ç a m e n t o d e c o n c r e t o , e s t i m a - s e o c o n s u m o d e 2,0 h d e c a r p i n t e i r o / m 3 d e c o n c r e t o .
E s t e s v a l o r e s s ã o s o m e n t e o r i e n t a t i v o s , m a s a s e m p r e s a s m a i s o r g a n i z a d a s já p o s s u e m
os seus índices, obtidos e m diversas obras executadas.

2.1 PAVIMENTO ATÍPICO

A tabela 1 resume os custos médios dos insumos, adotados para execução de


prédios (pavimento atípico).

Tabela 1 - Custo dos insumos para execução de prédios (pavimento atípico)

INSUMO CUSTO ÍNDICE DE CONSUMO

Concreto montagem/ RS 1 6 0 , 0 0 m 3 (•) 1 nf/m3


desmontagem(l)
Aço RS 2 , 7 0 / k g ( i n c l u s i v e m ã o - d e - o b r a ) ( " ) 100 kg/m3
Fôrmas Resinadas RS 4 5 , 0 0 / m 2 ( * " ) ( i n c l u s i v e s a r r a f o s ) 1 nv/1m2
Mão-de-obra de RS 7 , 1 4 / h ( 2 ) 1,5 n/m 2
montagem/desmontagem(1) (carpinteiro inclusive o s encargos)
Lançamento RS 3 , 1 9 ( ™ ) X 2 , 2 4 ( * * * * * ) = 7 , 1 4 / h 2 , 0 n/m 3
Obs.: (1) Náo foi considerada a m á o - f c - o b r a d e serventes, p o s se trata te andar baixo. Fcx considerada somente a máo-de-obra d e carpinteiros.

(2) Custo unitário <*> carpinteiro, c o m encargos s ó c i a s d e 12-4%.

Fonte: Elaborada pelo a u t o

(•) O custo unitário do concreto I., 25 MPa.


( " ) O custo unitário médio do aço pronto, cortado e dobrado.

( " • ) O custo do m J d a forma pronta (resinada}, inclusive c o m o sarraleamento e os ombramentos.


(••••} O custo unitário do carpinteiro, s e m encargos sociais.
( ) 0 custo d o s encargos s ó c i a s foi estimado em 124%.
Composição de custo do pavimento atípico
» C o n c r e t o RS 1 6 0 , 0 0 x ( 3 0 0 x 0 , 2 0 ) m 3 = RS 9 . 6 0 0 , 0 0 - 15,60%
» A ç o RS 2 , 7 0 x 100 kg/m3 x 60 m3 = RS 1 6 . 2 0 0 , 0 0 - 26,2%
>> F ô r m a ( r e s i n a d a ) RS 4 5 , 0 0 x 6 3 0 m2 - RS 2 8 . 3 5 0 , 0 0 - 45,9%
M ã o - d e - o b r a d e m o n t a g e m R $ 3,19 x 6 3 0 m2 x 1,5 h x 2 , 2 4 = RS 6 . 7 1 5 , 6 2 - 10,9%
>> L a n ç a m e n t o RS 3 , 1 9 x 6 0 m3 x 2 , 2 4 x 2 h = RS 8 5 7 . 4 7 - 1,4%
» TOTAL R$61.723,09
» C U S T O POR m3 RS 1.028,72/m 3
» CUSTO POR m2 R$ 97,97/m 2

A figura 2 mostra o gráfico (porcentual) da composição do custo de um pavimento


atípico.

Composição de custo do pavimento atípico

Fôrma resinada Concreto


46% \ ... 16%

MZ\M B 3 -
J
- Aço
~ 26%

Lançamento Mão-de-obra
1% 11%

F i g u r a 2 - Composição do custo do pavimento atípico


F o n t e : Elaborada pelo auior
A tabela 2 resume o custo médio dos insumos adotados para a execução de
prédios (pavimento-tipo)

Tabela 2 - Custo dos insumos para execução de prédios (pavimento-tipo)

INSUMO CUSTO ÍNDICE DE CONSUMO

Concreto RS 1 6 0 . 0 0 / m 3 (*) 1 m:/1m3


Aço RS 2 , 7 0 / k g ( • • ) ( i n c l u s i v e m ã o - d e - o b r a ) 100 kg/m3
F ô r m a s plastificadas RS 6 1 , 6 8 / m 2 ( * " ) ( i n c l u s i v e s a r r a f o s ) 1 nf/1m2
Mão-de-obra de RS 7 , 1 4 / h (****) ( c a r p i n t e i r o i n c l u s i v e 1,0 h / m 2 ( • • * • • )
montagem/desmontagem os encargos)
Sen/entes RS 6 , 0 2 / h ( " " " ) ( s e r v e n t e i n c l u s i v e 2,0/m'( )
os encargos)
Lançamento RS 7 , 1 4 / h 1,0 h/m 3
C ) O custo unitário do concreto f a 25 MPa.

{ " ) O custo unitário médio do aço pronto cortado e dobrado.

( • " ) O custo á í r í d a tòrma pfonta (plaslilicada). indusive c o m o sarrateamento e c o m o s cimbramentos de madeira.


(••••) o custo unitário do carpinteiro, c o m encargos sociais d e 124%.

{ ) C o n f o r m e a s caracterísícas do pavimento, esses índices podem aumentar ou diminuir em até 50%.

I ) O custo unitário d o servente, c o m encargos s o o a i s do 124%.

Fonto: E L A B O R A D O P E L O AUTOR

Composição de custo (percentual) do andar-tipo


>> C o n c r e t o : RS 1 6 0 , 0 0 x 6 0 m 3 = R $ 9 . 6 0 0 , 0 0 - 26,00%
>> A ç o : RS 2 , 7 0 x 6 0 m3 x 100 kg/m3 = RS 1 6 . 2 0 0 , 0 0 - 43,90%
(mão-de-obra inclusa)
>> F ô r m a - C h a p a p l a s t i f i c a d a : (RS 6 1 , 6 8 x 6 3 0 m 2 ) / 1 0 = RS 3 . 8 8 5 , 8 4 - 10,52%
( p a r a 10 u t i l i z a ç õ e s )
>> M ã o - d e - o b r a : RS 3 , 1 9 x 6 3 0 m 2 x 1 , 0 h x 2 , 2 4 = RS 4 . 5 0 1 , 7 3 - 12,19%
(carpinteiros)
» RS 2 , 6 7 x 6 3 0 m 2 x 0 , 5 h x 2 , 2 4 = RS 1 . 8 8 3 , 9 5 - 5,10%
(serventes)
>> L a n ç a m e n t o : RS 3 , 1 9 x 6 0 m 3 x 2 h x 2 , 2 4 = RS 8 5 7 , 4 7 - 2,32%
» TOTAL R$36.928,99
» CUSTO m3 RS 615,48/m 3
» CUSTO m2 RS 58,62/m 2
Composição de custo do pavimento tipo

F i g u r a 3 - Composição do custo do pavimento-tipo


F o n i e : E L A B O R A D A P E L O AUTOR

Composição de custo da fôrma do pavimento-tipo exemplificado


» Á r e a F ô r m a s : ( 3 0 0 m 2 x 2 . 1 0 x 1,20) / 2 , 9 7 6 8 = 2 5 4 c h a p a s x R $ 8 7 , 0 0 = RS 2 2 . 0 9 4 . 8 7 - 57%
2 3 2 3 3
» P o n t a l e t e s : 3 0 0 m x 0 , 0 4 m / m = 1 1 , 9 m x RS 4 0 0 , 0 0 / m = RS 4 . 7 6 2 , 8 0 12,3%
» Tábuas: 300 m2 x 0,0001 m3 / m2 = 0,025 m3 x RS 4 0 0 , 0 0 / m3 = RS 3 . 0 0 0 , 0 0 7,7%
» Mão-de-obra: 630 m2 x RS 3 , 1 9 x 2 h x 2 , 2 4 = RS 9 . 0 0 3 , 4 6 - 23,2%
(de b a n c a d a )
» TOTAL R$38.861,13
2
» CUSTO POR m R$ 61,68/m 2

Composição de custo da fôrma do andar exemplificado

F i g u r a 4 - Composição do custo da fôrma do andar exemplificado


F o n l e : Elaborada pelo autor
2.2 EQUIPAMENTO METÁLICO
O c i m b r a m e n t o do pavimento poderá t a m b é m ser todo feito c o m equipamentos
metálicos, c o n f o r m e d e m o n s t r a d o no i t e m " C r i t é r i o s para a e s c o l h a do s i s t e m a de
f ô r m a s " , onde os desenhos indicativos desses e q u i p a m e n t o s estão detalhados.

2.2.1 índice de equipamento metálico

O í n d i c e d e c o n s u m o d o e q u i p a m e n t o m e t á l i c o é o b t i d o p o r u m a m é d i a de c o n s u m o
em edifícios habitacionais e é decorrente da multiplicação da área de projeção de cada
peça estrutural (laje ou viga) pelo pé-direito e pelo índice m é d i o abaixo especificado,
c o m d a d o s g e n t i l m e n t e f o r n e c i d o s p e l o p r o f . dr. A d ã o M a r q u e s B a t i s t a . O s í n d i c e s a b a i x o
são o r i e n t a t i v o s e poderão variar, d e p e n d e n d o do critério do projetista, c o m maior ou
menor utilização de torres ou e s c o r a s metálicas para a execução do c i m b r a m e n t o das
igas e lajes.

> Viga e s c o r a m e n t o principal (torres) 5,0 kg/m


> V i g a Perfil p r i n c i p a l 1,3 kg/m
> Viga Barrotes 2,0 kg/m
> TOTAL
8,3 kg/m
> Lajes e s c o r a m e n t o principal (torres) 5,3 kg/m
> L a j e s Perfil p r i n c i p a l 1,3 kg/m
> Lajes Barrotes 2,7 kg/m
> TOTAL 9,3 kg/m

> Reescoramento 1,5 kg/m


> O preço médio d e l o c a ç ã o d o s e q u i p a m e n t o s v a r i a d e RS 0 , 1 5 a R $ 0 , 2 0 / k g x m ê s .

C o m o exemplo, pode-se citar o seguinte caso, para torres c o m o suporte de vigas:

>> Área= 300 m 2


>> Pé-direito = 3,0 m
>> Consumo = 5,0 kg/m 3

O q u e r e s u l t a e m c o n s u m o d e e s c o r a m e n t o d e 300 x 3,0 x 5,0 = 4.500 kg.


Composição percentual em peso do equipamento metálico

Viga barrote
11%
Laje o s c o r a m e n t o Viga perfil
30% principal
8%

Laje perfil
principal
8% Laje barrote Viga escoramento
15% 28%

F i g u r a 5 - Composição porcentual (em peso) do equipamento metálico


Fonte: BATISTA (2006)

C o m os d a d o s apresentados, pode-se fazer u m a c o m p a r a ç ã o entre sistemas de


c i m b r a m e n t o s metálicos e de madeira, c o n f o r m e a p r e s e n t a d o a seguir.

Comparativo metálico x madeira


>> índices de escoramento 9 , 3 3 k g + 8 , 3 3 k g = 17,67 k g
>> No exemplo: 17,67 kg x R$ 0,18 x 3 0 0 m2 x 3,00 m = R$ 2.862,54/mês
>> E s c o r a m e n t o d e m a d e i r a (ver p o n t a l e t e s e m a n d a r - t i p o ) R$4.762,80

>> índice de giro

>> O u seja 1,66 m ê s = 1 m ê s e 20 dias


REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 MADEIRA
Pela i m p o r t â n c i a da m a d e i r a na p r o d u ç ã o de chapas, na f ô r m a e na e s t r u t u r a d e
e s c o r a m e n t o de f ô r m a s , n e s t e c a p í t u l o s ã o f e i t a s c o n s i d e r a ç õ e s b á s i c a s s o b r e as
características m e c â n i c a s das madeiras e da produção de chapas, incluindo alguns
a s p e c t o s sobre s e c a g e m e colagem, materiais i m p o r t a n t e s no controle da qualidade e
processo de reutilização de fôrmas.

3.1.1 A s madeiras no mercado brasileiro

A s principais m a d e i r a s existentes no mercado brasileiro, usadas e m construção


c i v i l , s ã o a s i n d i c a d a s a b a i x o e m o s t r a d a s n a f i g u r a 6. A i m p o r t â n c i a d e a s p a r a a
utilização no mercado interno c o m o material básico é imensa, s e m dizer da importância
no mercado de exportações.

N o caso específico, uma opção inteligente para a abertura de novos mercados,


bem c o m o para o d e c o r r e n t e a u m e n t o da a t i v i d a d e e c o n ô m i c a , é o incentivo ao
d e s e n v o l v i m e n t o de políticas que envolvam o setor florestal, que t e m contribuído de
f o r m a pouco expressiva na c o m p o s i ç ã o de nosso P r o d u t o Interno Bruto, c o n f o r m e
i n f o r m a ç õ e s d o s i t e d a E s c o l a d e E n g e n h a r i a d e S ã o C a r l o s (2005a).

Sem, no entanto, e s q u e c e r de focalizar o q u a d r o atual de d e s m a t a m e n t o predador


das f l o r e s t a s tropicais, p a r t i c u l a r m e n t e na A m a z ô n i a , que possui reservas e s t i m a d a s em
50 b i l h õ e s d e m 3 d e m a d e i r a c o m a p r o x i m a d a m e n t e 4.000 e s p é c i e s a r b ó r e a s c o n f o r m e
i n d i c a m R e z e n d e e N e v e s (1988, a p u d E S C O L A D E E N G E N H A R I A D E S Ã O C A R L O S ,
2005a). P o r é m , q u a s e 2 0 % d e s s a f l o r e s t a j á s e e n c o n t r a d e v a s t a d a d e f o r m a i r r e v e r s í v e l ,
s e n d o que d e s s a s s o m e n t e s e t e e s p é c i e s t ê m i m p o r t â n c i a e c o n ô m i c a do ponto de vista
das exportações: Cedro (Cedrella fissilis), Virola (Bagassa surinamensis), Mogno
(Swietenia macrophylla), A n d i r o b a (Carapaguianensis), Maçaranduba(Manilkara huberi),
A s s a c u ( H u r a c r e p i t a n s ) e J a t o b á ( H y m e n a e a stilbocarpa). É d i g n o de d e s t a q u e o peso
p e r c e n t u a l d a V i r o l a e d o M o g n o , q u e , s e g u n d o V a n t o m m e (1991, a p u d E S C O L A D E
E N G E N H A R I A D E S Ã O C A R L O S , 2005a), r e p r e s e n t a v a m 6 8 % d a s e x p o r t a ç õ e s . O s 3 2 %
restantes são distribuídos entre as o u t r a s espécies.

A velocidade de d e s m a t a m e n t o v e m diminuindo. S e g u n d o d a d o s do A m b i e n t e Brasil


(2005), e n t r e 1978 e 1987 f o r a m d e v a s t a d o s a p r o x i m a d a m e n t e 21.130 km 2 , e m m é d i a , p o r ano,
e n o p e r í o d o d e 1988 a t é 1997 e s s e n ú m e r o d i m i n u i u p a r a 16.777 k m 2 a n u a i s , o q u e a i n d a e s t á
m u i t o l o n g e d o ideal. A a t i v i d a d e f l o r e s t a l , p o r t a n t o , s e r e v e s t e d e g r a n d e i m p o r t â n c i a e a
s u a r a c i o n a l i z a ç ã o é i m p r e s c i n d í v e l , p o i s , a l é m d a r e t e n ç ã o d o g á s c a r b ô n i c o e da l i b e r a ç ã o
do oxigênio durante o processo da fotossíntese, necessários à sobrevivência humana, o
incentivo ao d e s e n v o l v i m e n t o de políticas que envolvem o setor florestal pouco t e m
contribuído na c o m p o s i ç ã o do P r o d u t o Interno Bruto. O setor poderia ser estimulado, u m a
vez q u e p a r e c e s e r e s s a a v e r d a d e i r a v o c a ç ã o n a c i o n a l , p o i s , s e f o r c o m p a r a d a c o m o u t r o s
p a í s e s q u e p o s s u e m e s t a m e s m a t e n d ê n c i a , t ê m - s e n o B r a s i l 50 m 3 / h a / a n o n a r e g i ã o
A m a z ô n i c a e 20 m 3 / h a / a n o n o S u d e s t e d o País, e n q u a n t o n a F i n l â n d i a s ã o 5 m 3 / h a / a n c , n o s
E s t a d o s U n i d o s , 15 m 3 / h a / a n o , e na Á f r i c a d o S u l , 18 m 3 / h a / a n o . P o r t a n t o , o a d e q u a d o e s t í m u l o
às a t i v i d a d e s florestais, d e s d e que e x e c u t a d a s de f o r m a e c o l o g i c a m e n t e correta, é
importantíssimo e urgente.

3.1.1.1 Estrutura da madeira

• g y |

angelim copaiba faveira itaúba pinus elliiotti

angelim pedra cumaru garapa jatobá pinus taeda

angico preto cupiúba guajara louro roxinho

canela euc. citriodora guarucaia massaranduba sapucaia

cedrilho euc. grandis imbuiu peroba rosa parinari

m
cedro euc. saligna ipê pinho do paraná araroba

F i g u r a 6 - Fotografias das principais madeiras utilizadas na construção civil


F o n t e : Escola do E n g e a t a n a do Sâo Carlos (2005t>)
Do ponto de vista botânico, as árvores são classificadas c o m o Fanerógamas, que
c o n s t i t u e m u m g r u p o de p l a n t a s de elevada c o m p l e x i d a d e a n a t ô m i c a e f i s i o l ó g i c a . Esse
grupo se divide e m G i m n o s p e r m a s e A n g i o s p e r m a s . A s Coníferas pertencem ao grupo
d a s G i m n o s p e r m a s , c o n h e c i d a s c o m o " s o f t w o o d s " i n t e r n a c i o n a l m e n t e , e s ã o as g r a n d e s
f o r n e c e d o r a s de m a d e i r a s e m p r e g a d a s na c o n s t r u ç ã o civil no Brasil, c o m d e s t a q u e para
o Pínus e a A r a u c á r i a . O g r u p o das A n g i o s p e r m a s pode ser dividido e m duas c a t e g o r i a s
p r i n c i p a i s : as M o n o c o t i l e d ô n e a s e as D i c o t i l e d ô n e a s . Na p r i m e i r a se e n c o n t r a m as
palmas e as gramíneas. Na segunda se e n c o n t r a m madeiras de árvores folhosas ou
" h a r d w o o d s " . Nessa categoria estão as principais espécies de madeiras duras utilizadas
na c o n s t r u ç ã o civil no Brasil, e m b o r a e s t e j a m c a d a vez m a i s e m d e s u s o p a r a a p r o d u ç ã o
de f ô r m a s de madeira.

3.1.1.2 Físiología e crescimento das án/ores

A e s t r u t u r a d a á r v o r e é b a s i c a m e n t e c o n s t i t u í d a d e u m a medula c e n t r a l e n v o l v i d a
por anéis de c r e s c i m e n t o e r e c o b e r t a por um t e c i d o e s p e c i a l c h a m a d o casca. Entre a
casca e o c o n j u n t o d e a n é i s d e c r e s c i m e n t o , c h a m a d o lenho, e x i s t e u m a c a m a d a d e l g a d a
f l u i d a d e n o m i n a d a câmbio, q u e é c o n s i d e r a d a a p a r t e v i v a d a á r v o r e , c o n f o r m e m o s t r a d o
n a f i g u r a 7.

F i g u r a 7 - Anéis de crescimento da madeira


F o n t e : F R A N C O (1998)
A m o v i m e n t a ç ã o da seiva retirada do solo é feita pela periferia do lenho em uma
c a m a d a , c h a m a d a alburno, a t é a s f o l h a s , o n d e s e p r o c e s s a a f o t o s s í n t e s e , p r o d u z i n d o
u m a s e i v a e l a b o r a d a q u e d e s c e p o r u m a c a m a d a i n t e r n a d a c a s c a , c h a m a d a floema, a t é
as raízes. Parte d e s s a seiva é c o n d u z i d a ao c e n t r o do t r o n c o por m e i o de raios medulares.
E s s e e s q u e m a é i n d i c a d o n a f i g u r a 8.

A s partes dessas substâncias não utilizadas como alimento são armazenadas


n o l e n h o , q u e s o f r e u m a m o d i f i c a ç ã o , e s ã o c h a m a d a s d e cerne, q u e g e r a l m e n t e é
m e n o s p e r m e á v e l a l í q u i d o s e g a s e s e m a i s r e s i s t e n t e ao a t a q u e de f u n g o s
apodrecedores e de insetos.

Dióxido de
carbono

Oxigênio
L u z solar

A seiva elaborada
desce pelo floema
( c a m a d a interna
da casca)

A s e i v a bruta s o b e
das raízes às folhas
Cerne alburmo
periférica
lenho)

Água do

F i g u r a 8 - Fisiologia da árvore
F o n t e : F R A N C O (1938)

3.1.2 0 pfnus na silvicultura brasileira

A s e s p é c i e s de pínus no B r a s i l v ê m s e n d o i n t r o d u z i d a s há m a i s de u m século por


imigrantes europeus para fins o r n a m e n t a i s e para a produção de madeira.

O Pínus canariensis c o n s t a c o m o s e n d o o p r i m e i r o a s e r i n t r o d u z i d o n o País, p o r


v o l t a d e 1880, p r o v e n i e n t e d a s I l h a s C a n á r i a s , e f o i p l a n t a d o n o R i o G r a n d e d o S u l , d e
a c o r d o c o m S h i m i s u (2005).
O s e n s a i o s d e c a r a c t e r i z a ç ã o , t o d a v i a , t i v e r a m s e u i n í c i o e m 1948 r o S e r v i ç o
Florestal do Estado de S ã o Paulo, c o m as e s p é c i e s a m e r i c a n a s c o n h e c i d a s c o m o
" p i n h e i r o a m a r e l o " , q u e i n c l u e m Pinus elliottii, P taeda e P. palutris.

O u t r a s espécies provenientes do México, da A m é r i c a Central e da Á s a t a m b é m


foram testadas.

O Pinus taeda f o i o p r i n c i p a l d e s t a q u e n o s p l a n t i o s n a r e g i ã o d o p l a n a l t o d o S u l e
S u d e s t e d o B r a s i l . É u m a e s p é c i e d e a m p l a d i s t r i b u i ç ã o g e o g r á f i c a n o L e s t e e no S u d e s t e
dos Estados Unidos.

A p e s a r do seu rápido c r e s c i m e n t o inicial, apresenta o f u s t e de m á qualidade


d e v i d o à s u a f o r m a t o r t u o s a e ao g r a n d e n ú m e r o de b i f u r c a ç õ e s e de r a m o s grosseiros.

V á r i a s c a r a c t e r í s t i c a s d o Pinus taeda q u e t ê m r e f l e x o d i r e t o n o v a l o r e c o n ô m i c o
da madeira estão sob controle genético moderado a alto e podem ser melhoradas c o m a
seleção de m a t r i z e s e reprodução c o n t r o l a d a entre elas. A s s i m , m e d i a n t e t r a b a l h o s
b á s i c o s de s e l e ç ã o c r i t e r i o s a e c r u z a m e n t o s c o n t r o l a d o s , c o n s e g u i u - s e alterar as
c a r a c t e r í s t i c a s d a s á r v o r e s , a u m e n t a n d o o v a l o r d a s f l o r e s t a s d e P. taeda. N o B r a s i l e
e m o u t r o s países, o uso de s e m e n t e g e n e t i c a m e n t e m e l h o r a d a a u m e n t o u a p r o d u t i v i d a d e
de madeira e melhorou a qualidade do fuste. C o m manejo adequado, podem-se f o r m a r
p o v o a m e n t o s d e a l t a q u a l i d a d e , c o m á r v o r e s d e f u s t e r e t o , b a i x a i n c i d ê n c i a de d e f e i t o s
e ramos finos.

A m a d e i r a d e Pinus taeda é u t i l i z a d a p a r a p r o c e s s a m e n t o m e c â n i c o ne p r o d u ç ã o
de peças serradas para estruturas, confecção de móveis, embalagens, molduras e chapas
de diversos tipos. Para esses usos, a qualidade da matéria-prima a u m e n t a à medida que
a u m e n t a a d e n s i d a d e d a m a d e i r a , d e n t r o dos l i m i t e s n o r m a i s da espécie. N o entanto, na
p r o d u ç ã o de c e l u l o s e de f i b r a longa p e l o s p r o c e s s o s m e c â n i c o s e s e m i m e c â n i c o s , a
m a d e i r a juvenil d e s s a espécie, de baixa d e n s i d a d e , é m u i t a s vezes preferida.

O Pinus elliottii se d e s t a c o u c o m o e s p é c i e v i á v e l e m p l a n t a ç õ e s c o m e r c i a i s p a r a
p r o d u ç ã o de m a d e i r a e resina no Brasil. A região e c o l ó g i c a ideal para o seu
d e s e n v o l v i m e n t o c o i n c i d e , e m g r a n d e p a r t e , c o m a d e P taeda. P o r é m , p o r s e r de a m b i e n t e
c o m c a r a c t e r í s t i c a s m a i s p r ó x i m a s a o t r o p i c a l , e l e p e r d e e m c r e s c i m e n t o p a r a P. taeda
nas p a r t e s m a i s f r i a s d o p l a n a l t o s u l i n o . Por o u t r o lado, p o d e ser p l a n t a d o c o m g r a n d e
sucesso em ambientes característicos de Cerrado das Regiões Sul e Sudeste, bem c o m o
na planície c o s t e i r a .

Ensaios de c a m p o têm indicado baixa ou n e n h u m a variação e m produtividade


ligada ao efeito da procedência de sementes. A s s i m , a maior parte da variação nessa
c a r a c t e r í s t i c a está r e s t r i t a às c o n d i ç õ e s individuais (de árvore para árvore). Isso
s i m p l i f i c a m u i t o os t r a b a l h o s de m e l h o r a m e n t o g e n é t i c o , u m a vez q u e se pode c o n t a r
com uma extensa população, base para a seleção individual.

A m a d e i r a j u v e n i l d e Pinus elliottii a p r e s e n t a m u i t a s c a r a c t e r í s t i c a s i n d e s e j á v e i s
para a produção de peças sólidas e sua presença é inevitável nas toras, pois é a madeira
f o r m a d a i n i c i a l m e n t e nos anéis de c r e s c i m e n t o m a i s p r ó x i m o s à m e d u l a . N o e n t a n t o , a
densidade não é a única característica ligada à pouca idade da madeira. A s caracte-
rísticas d o s t r a q u e í d e o s ( " f i b r a s " ) t a m b é m se a l t e r a m na macieira adulta, e m relação à
juvenil.Trabalhos de m e l h o r a m e n t o genético t ê m indicado a possibilidade de se aumentar
a densidade da madeira juvenil mediante seleção de matrizes. No entanto, m e s m o que
se consiga aumentar a densidade da madeira c o m o m e l h o r a m e n t o genético, a sua
q u a l i d a d e física e m e c â n i c a não c h e g a a se equiparar às q u a l i d a d e s da m a d e i r a adulta.
D e u m a f o r m a g e r a l , o i n c r e m e n t o v o l u m é t r i c o d e P. elliottii c o s t u m a s e r m e n o r q u e o d e
P taeda. P o r é m , e l e i n i c i a a p r o d u ç ã o d e m a c i e i r a a d u l t a a p a r t i r d o s c i n c o a s e i s a n o s d e
i d a d e , e m c o n t r a s t e c o m 12 a 15 a n o s e m P. taeda. E s s e p o d e s e r u m d i f e r e n c i a l m u i t o
i m p o r t a n t e na escolha da espécie para p r o d u ç ã o de m a d e i r a d e s t i n a d a ao p r o c e s s a m e n t o
m e c â n i c o . I s s o s i g n i f i c a q u e , e m t o r a s d a m e s m a i d a d e , a d e P. elliottii c o n t é m m e n o r
p r o p o r ç ã o d e m a d e i r a j u v e n i l e, p o r t a n t o , s e r á d e m e l h o r q u a l i d a d e f í s i c a e m e c â n i c a d o
q u e a t o r a d e P. taeda.

E m b o r a o P. elliottii seja a m p l a m e n t e utilizado na f a b r i c a ç ã o de celulose e


papel nos E s t a d o s U n i d o s , o m e s m o não ocorre no Brasil. Isso se deve ao c u s t o no
p r o c e s s o industrial, por c a u s a do alto teor de resina na madeira. Portanto, o uso de
P. elliottii, no Brasil, se l i m i t a à p r o d u ç ã o de m a d e i r a para p r o c e s s a m e n t o m e c â n i c o
e extração de resina.

O Pinus patula é u m a e s p é c i e d e o r i g e m m e x i c a n a d e g r a n d e v a l o r c o m o p r o d u t o r a
de madeira de alta resistência e qualidade para p r o c e s s a m e n t o mecânico, e de alto
rendimento e m celulose. U m a das características marcantes e úteis para a sua identificação
é o f o r m a t o d a s a c í c u l a s , q u e s ã o f i n a s e t e n r a s , d i s p o s t a s d e f o r m a p e n d e n t e . Ela é
c u l t i v a d a c o m s u c e s s o e m vários países a n d i n o s e na Á f r i c a . N o Brasil, seu plantio
comercial é restrito aos pontos mais altos do sul de Minas Gerais e no planalto catarinense,
e m a l t i t u d e s m a i o r e s q u e 1.000 m . Q u a n d o p l a n t a d a e m b a i x a s a l t i t u d e s , a P. patula t e n d e a
produzir á r v o r e s de e s t a t u r a m é d i a a baixa, c o m r a m o s n u m e r o s o s e m a i s g r o s s o s que o
normal. A l é m disso, nesses a m b i e n t e s desfavoráveis ao seu c r e s c i m e n t o normal ela torna-
se a l t a m e n t e vulnerável ao ataque de insetos desfolhadores. C o m o m e l h o r a m e n t o
g e n é t i c o , já se t e m c o n s e g u i d o d e s e n v o l v e r á r v o r e s de boa f o r m a de f u s t e e r a m o s m a i s
finos que na g e r a ç ã o anterior. D a d a a a m p l i t u d e de variação q u e se observa, m e s m o entre
as árvores resultantes de u m a g e r a ç ã o de seleção, pode-se deduzir q u e há m u i t o trabalho
de m e l h o r a m e n t o a ser feito, basicamente seleção criteriosa e reprodução controlada,
c o m r e s u l t a d o s p r o m i s s o r e s p a r a a s p r ó x i m a s r o t a ç õ e s . E m c o n d i ç õ e s f a v o r á v e i s ao s e u
d e s e n v o l v i m e n t o , o P. patula a p r e s e n t a c r e s c i m e n t o e m a l t u r a m a i o r d o q u e o P. elliottii o u
P. taeda, t r a b a l h o d e m e l h o r a m e n t o a s e r f e i t o b a s i c a m e n t e c o m s e l e ç ã o c r i t e r i o s a e
reprodução controlada, c o m resultados promissores para as próximas rotações. Em
c o n d i ç õ e s f a v o r á v e i s a o s e u d e s e n v o l v i m e n t o , P. patulci a p r e s e n t a c r e s c i m e n t o e m a l t u r a
m a i o r d o q u e P. elliottii o u P. taeda.

O Pinus caribaea é u m a e s p é c i e q u e a b r a n g e t r ê s v a r i e d a d e s n a t u r a i s : c a r i b a e a ,
bahamensis e hondurensis. A variedade hondurensis está entre os Pinus tropicais mais
p l a n t a d o s no mundo. Isso pode ter relação c o m a grande a m p l i t u d e de c o n d i ç õ e s
a m b i e n t a i s nas suas origens, na A m é r i c a Central. Sua distribuição natural abrange
a l t i t u d e s d e s d e o n í v e l d o m a r a t é 1.000 m , q u e p r o p i c i a a g e r a ç ã o d e v a r i a b i l i d a d e g e n é t i c a
ligada à a d a p t a ç ã o a variadas c o n d i ç õ e s ecológicas. Entre as variações g e o g r á f i c a s m a i s
i m p o r t a n t e s estão as p r o c e d ê n c i a s l i t o r â n e a s e as d a s m o n t a n h a s , no interior do
c o n t i n e n t e . A s l i t o r â n e a s l o c a l i z a m - s e e m áreas c a s t i g a d a s a n u a l m e n t e por f u r a c õ e s e
t e m p e s t a d e s tropicais. A s s i m , o material genético selecionado naturalmente ao longo
de milênios nesse ambiente haveria que apresentar maior resistência aos ventos e menor
propensão à quebra de f u s t e do que os procedentes do interior do continente. Essas
diferenças f i c a r a m evidentes nos e x p e r i m e n t o s de c a m p o no S u d e s t e do Brasil, onde,
após a ocorrência de ventanias, s o m e n t e as árvores das procedências litorâneas
p e r m a n e c e r a m ilesas. N o Brasil, e s t a v a r i e d a d e é p l a n t a d a e x c l u s i v a m e n t e na r e g i ã o
tropical, visto que não tolera geadas.

J á o Pinus oocarpa e s t á e n t r e a s e s p é c i e s d e Pinus tropicais m a i s d i f u n d i d a s p e l o s


t r ó p i c o s . Ela é o r i g i n á r i a d o M é x i c o e d a A m é r i c a C e n t r a l , c o m d i s t r i b u i ç ã o n a t u r a l m a i s
e x t e n s a no s e n t i d o N o r o e s t e - S u d e s t e entre os P i n u s da região. O seu h a b i t a t varia d e s d e
c l i m a t e m p e r a d o - s e c o , c o m p r e c i p i t a ç ã o e n t r e 500 m m e 1.000 m m a t é s u b t r o p i c a l ú m i d o ,
c o m p r e c i p i t a ç ã o e m t o r n o d e 3.000 m m a n u a i s . O m e l h o r d e s e m p e n h o d e s s a e s p é c i e é
o b t i d o no planalto, e s p e c i a l m e n t e no Cerrado, dada a s u a t o l e r â n c i a à seca. A sua m a d e i r a
é m o d e r a d a m e n t e dura e resistente, de alta qualidade para produção de peças serradas
p a r a c o n s t r u ç õ e s e c o n f e c ç ã o d e c h a p a s . A l é m d e m a d e i r a , o P. oocarpa t a m b é m p r o d u z
resina em quantidade viável para extração comercial. Essa espécie produz muitas
s e m e n t e s , o q u e f a c i l i t a a e x p a n s ã o d o s s e u s plantios. Em locais de baixa a l t i t u d e ou na
planície costeira, a p r e s e n t a c r e s c i m e n t o lento, c o m má f o r m a de fuste, a l é m ds se t o r n a r
suscetível a várias doenças.

3.1.2.1 Evolução do consumo geral de madeira industrial no Brasil

Estatística florestal é definida c o m o "a ciência que t e m por objetivo a coleta e o


a g r u p a m e n t o m e t ó d i c o d e d a d o s c o n c e r n e n t e s à p r o d u ç ã o e a o c o n s u m o de p r o d u t o s
florestais".

D a d o s sobre áreas reflorestadas, e s t o q u e s e c o n s u m o de maté-ia-prima,


desempenho industrial, produtos e seus mercados, bem como dados econômicos
envolvidos, são uma excelente fonte de consulta. A disponibilização dessas informações
de f o r m a o r g a n i z a d a p e r m i t e s u b s i d i a r d e c i s õ e s t a n t o de e m p r e e n d e d o r e s c o m o d e
ó r g ã o s p ú b l i c o s r e s p o n s á v e i s pela c o n s e r v a ç ã o a m b i e n t a l e pelas políticas de
desenvolvimento econômico.

Interativamente, pela colaboração dos usuários do a m b i e n t e Brasil, dados e


informações sobre o setor florestal p a s s a m a ser do alcance de todos.
3.1.2.2 Evolução do consumo geral de madeira de rellorestamento e florestas plantadas no Brasil

Refere-se à e s t i m a t i v a de c o n s u m o geral de m a d e i r a das i n d ú s t r i a s para


f a b r i c a ç ã o de p r o d u t o s de base f l o r e s t a l : ( s e r r a d o s , p o r t a s , j a n e l a s , painéis, caixas,
chapas, c o m p e n s a d o s , papel, celulose, produção de energia, carvão, etc.).

O s d a d o s d a e v o l u ç ã o d o c o n s u m o a p r e s e n t a d o s n a f i g u r a 9, c o n s i d e r a n d o a
o r i g e m d a m a d e i r a , f l o r e s t a s n a t u r a i s e p l a n t a d a s , m o s t r a q u e , a p a r t i r d e 1994, o s
reflorestamentos são a principal fonte de matéria-prima para a b a s t e c i m e n t o industrial.

Floresta natural x floresta reflorestada

-1
250.000

200.000

E 150.000
310
r
f Hl H(I r 1I
O 100.000

50.000
- -
-

0 1 3 * 5 I 6 - 1 8 - 9 -
• Ano 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

• Natural 128.670 107.673 92.615 93.876 85.159 83.179 77.744 72.474 67,228

• Reflorestado 70.661 69.901 77.207 86.217 100,023 106.569 115.358 125,738 137.201

• Total 199.331 177.574 169.822 180.093 185.182 189.748 193.102 198.212 204.425

F i g u r a 9 - Evolução do consumo de madeiras nativas e reflorestadas no Brasil


F o n t e : Ambiente Brasil (2005)

3.1.3 Propriedades físicas e mecânicas da madeira

3.1.3.1 Propriedades físicas

As principais características físicas da madeira, importantes para o


dimensionamento do controle de qualidade das fôrmas e para utilização e m construção
e m geral, são:

- Densidade

- Umidade

- Retratibilidade
Trata-se de material ortotrópico, ou seja, que t e m c o m p o r t a m e n t o diferente e m
r e l a ç ã o à d i r e ç ã o d a s f i b r a s e a p r e s e n t a o s t r ê s e i x o s p e r p e n d i c u l a r e s e n t r e si,
considerando a posição das c a m a d a s de crescimento dentro da peça: o longitudinal, o
r a d i a l e o t a n g e n c i a l , c o m o m o s t r a m a s f i g u r a s 10 e 11.

Tangencial
Longitudinal

F i g u r a 1 0 - Eixos principais de uma peça de madeira em relação á direção das fibras


F o n t e : C A I U J Ú N O R (2001)

Anéis de crescimento

Raios

F i g u r a 11 - Planos principais de corte com relação às camadas de crescimento


F o n t e : A r q i i v o do autor
3.1.3.2 Densidade da madeira

S e g u n d o H e l l m e i s t e r (1982 a p u d D I A S ; L A H R , 2004), a d e n s i d a d e é a p r o p r i e d a d e
física m a i s s i g n i f i c a t i v a para as m a d e i r a s u t i l i z a d a s na c o n s t r u ç ã o civil. S e u c o n c e i t o
físico mais s i m p l e s é a q u a n t i d a d e de m a s s a contida em d e t e r m i n a d o volume a um
d e t e r m i n a d o teor de umidade.

S h i m o y a m a e B a r r i c h e l o (1991) a p r e s e n t a m a d e n s i d a d e c o m o u m d o s m a i s
i m p o r t a n t e s parâmetros para avaliação das características m e c â n i c a s da madeira.

L o n g s d o n (2002) a f i r m a q u e a d e n s i d a d e d a m a d e i r a p o d e s e r c o n s i d e r a d a c o m
q u a l q u e r p o r c e n t u a l d e u m i d a d e , p o r é m a N B R 7190/97 s u g e r e a p a d r o n i z a ç ã o e m 12%.
S e n d o a d e n s i d a d e a p a r e n t e a 12% d e u m i d a d e , e s s e e q u i l í b r i o é a t i n g i d o n a s c o m b i n a ç õ e s
d e 20°C d e t e m p e r a t u r a e 6 5 % d e u m i d a d e r e l a t i v a d o ar.

H e l l m e i s t e r (1983) c o n c l u i u q u e e x i s t e u m a r e l a ç ã o l i n e a r e n t r e a d e n s i d a d e e a
resistência à c o m p r e s s ã o paralela às fibras, para a espécie Pinho do Paraná.

A densidade básica é definida como a relação entre a massa completamenteseca


a 0% de u m i d a d e e o v o l u m e s a t u r a d o c o m água.

S e g u n d o D i a s e L a h r (2004), a r e l a ç ã o e n t r e a d e n s i d a d e e o s d e m a i s p a r â m e t r o s
físicos i n d i c a m u m a j u s t e a d e q u a d o ao m o d e l o de potência, portanto, não linear, c o m as
propriedades físicas das madeiras.

3.1.3.3 Umidade da madeira

O teor de u m i d a d e a s s u m e papel de i m p o r t â n c i a para a c o r r e t a utilização industrial


das madeiras, senão o mais importante, pois o processo de s e c a g e m influi decisivamente
nas dimensões finais a serem utilizadas.

A á g u a na m a d e i r a é c o m p o s t a b a s i c a m e n t e e m livre e á g u a de i m p r e g n a ç ã o ,
c o n f o r m e d e m o n s t r a d o n a f i g u r a 12.
— U m i d a d e da á r v o r e

Ponto de saturação
d a s fibras

U m i d a d e d e equilíbrio

Umidade zero

F i g u r a 1 2 - Agua livre e água de impregnação na madeira


F o n t e : C A I U J Ú N I O R <2001)
O teor de u m i d a d e c o r r e s p o n d e n t e ao m í n i m o de água livre e ao máximo de água
de impregnação é d e n o m i n a d o ponto de s a t u r a ç ã o das fibras. Para as madeiras
b r a s i l e i r a s , s i t u a - s e e m t o r n o de 25%, s e n d o que até e s s e p e r c e n t u a l p o u c o dano o c o r r e
no m a t e r i a l . A partir d e s s e p o n t o , a p e r d a de u m i d a d e é a c o m p a n h a d a de retração, c o m
as r e s p e c t i v a s r e d u ç õ e s de d i m e n s õ e s e a u m e n t o de resistência.

E m t e r m o s d e c á l c u l o e s t r u t u r a l , a N B R 7190/97 e s p e c i f i c a a u m i d a d e d e 1 2 % c o m o
referência para ensaios e valores de resistência.

A N B R 7190/97 r e c o m e n d a a c o r r e ç ã o d o F u d e r e s i s t ê n c i a e d o E u d o m ó d u l o d e
e l a s t i c i d a d e p a r a o s v a l o r e s d e u m i d a d e d e 12%, c o n f o r m e s e g u e :

cF c /i 3 (11 - 12)> , .
i2=Fu*<1+ > ( e q u a ç a o 1)

F12 = resistência corrigida para u m i d a d e 1 2 %

F.... = resistência p a r a u m i d a d e U %

U. = teor d e u m i d a d e

E12 = E (1 + 3 ( l V 12) ) (equação 2)


100

E12 = Módulo de Elasticidade corrigido para umidade 1 2 %

E US( = M ó d u l o d e E l a s t i c i d a d e para u m i d a d e U %

3.1.3.4 A relratibilidade

S e g u n d o R e z e n d e , S a g l i e t t i e G u e r r i n i (1995), a m a d e i r a t e m c o m p o r t a m e n t o
a n i s o t r ó p i c o c o m v a r i a ç õ e s d e r e t r a ç ã o n a s t r ê s d i r e ç õ e s . A f i g u r a 13, m o s t r a u m a
m a d e i r a d e Pinus caribaea var hondurensis c o m o i t o a n o s d e i d a d e :

Pinus caribea var hondurensis


12.00

é 10.00
ro
0 8.00-
a>
"8 6.00
-o
4.00
2
® 2.00
01
0.00
Logitudinal Radial Tangencial Volumétrica

F i g u r a 1 3 - Retratibilidade da madeira de Pinus caribaea var hondurensis


F o n t e : Elaborada peto autor
3.1.4 Painéis derivados de madeira

3.1.4.1 Compensados

O s c o m p e n s a d o s de m a d e i r a p o s s u e m este n o m e por apresentarem, em f u n ç ã o


da distribuição das lâminas que os c o m p õ e m , u m a c o m p e n s a ç ã o na distribuição de
tensões, quando solicitado.

N o r m a l m e n t e as lâminas são assentadas umas sobre as outras em direções


p e r p e n d i c u l a r e s e n t r e si e p o s s u e m q u a s e s e m p r e n ú m e r o ímpar d e l â m i n a s , que s ã o
c o l a d a s e n t r e si c o m a d e s i v o s p r ó p r i o s , c o n f o r m e a n a l i s a d o n e s t e t r a b a l h o .

O posicionamento cruzado das lâminas proporciona ao painel de compensado


u m a excelente resistência mecânica, t o r n a n d o - o à prova de m o v i m e n t a ç õ e s de contração
e expansão.

3.1.4.2 Processo de fabricação

O p r o c e s s o de f a b r i c a ç ã o t e m início na p r e p a r a ç ã o da t o r a da qual vão ser retiradas


as lâminas, iniciando c o m a remoção da casca, a fim de não se danificar a faca do torno
de laminação.

Inicialmente, as toras são condicionadas em vapor ou em água quente para torná-


las m a i s moles. O t e m p o n e c e s s á r i o para o a m o l e c i m e n t o varia de acordo c o m a espécie
do material.

A f o r m a mais tradicional de obter lâminas é por meio do torno rotativo, conforme


m o s t r a a f i g u r a 14, a s e g u i r .

Lâmina - lado frouxo

F i g u r a 1 4 - Torno rotativo para extração de lâminas


F o n t e : WATAI (1988)
A s lâminas p o s s u e m n e c e s s a r i a m e n t e uma face firme e outra mais fraca, sendo
que a parte sujeita à pressão contra a faca é a firme. A s normas internacionais indicam
que a face f i r m e é a que deve ficar sujeita ao lixamento.

U m a s e l e ç ã o do cerne e do a l b u r n o é realizada no setor de lâminas verdes, pois a


c a m a d a externa (alburno) c o n t é m mais umidade e requer maior t e m p o de secagem, o
que deverá ser observado.

O p r ó x i m o p a s s o é a s e c a g e m , o n d e o t e o r de u m i d a d e s e r á p r e v i a m e n t e
d e t e r m i n a d o . M o d e r n a m e n t e , a s e c a g e m é f e i t a por m e i o de rolos, o n d e as lâminas são
t r a n s p o r t a d a s até a s e c a g e m final.

A p r e s e n ç a d o ar ú m i d o n o i n t e r i o r d a c â m a r a d e s e c a g e m é e s s e n c i a l p a r a s e
p r o m o v e r no interior u m a s e c a g e m u n i f o r m e , m a n t e n d o os p o r o s d a m a d e i r a abertos. O
baixo t e o r de u m i d a d e na c â m a r a de s e c a g e m pode, m u i t a s vezes, provocar o e f e i t o d e
e n c r u a m e n t o ou e n d u r e c i m e n t o d a s u p e r f í c i e da l â m i n a e c o n s e q ü e n t e m e n t e p o d e r i a
causar sérios p r o b l e m a s na o p e r a ç ã o de c o l a g e m . A s l â m i n a s s e c a s retiradas da
secadora devem ser selecionadas e empilhadas separadamente.

A m o n t a g e m de c o m p e n s a d o s de g r a n d e s d i m e n s õ e s é f e i t a por m e i o da j u n ç ã o
de tiras mais estreitas, que são coladas ou costuradas c o m m á q u i n a s especificas para
tal fim. N e s s a fase t a m b é m são e l i m i n a d o s d e f e i t o s c o m o n ó s e furos de bicho, que são
s u b s t i t u í d o s por l â m i n a s sadias.

A aplicação dos adesivos pode ser f e i t a de várias maneiras. A s m a i s c o m u n s são


por rolos ou por b o r r i f a m e n t o , c o n f o r m e d e s c r i t o a seguir.

3.1.4.3 Rolos

A máquina é c o m p o s t a de dois rolos de aço revestidos c o m borracha ranhurada.


O s ajustes dos rolos são feitos de f o r m a bastante criteriosa, e são importantes para
u m a distribuição u n i f o rm e do adesivo.

Existe ainda a p o s s i b i l i d a d e de a p l i c a ç ã o por b o r r i f a m e n t o ou " s p r a y " , o n d e a


linha de produção é b e m automatizada. O p o s i c i o n a m e n t o do bico do revólver, a pressão
e a velocidade de d e s l o c a m e n t o da lâmina são f u n d a m e n t a i s para a aplicação adequada
do adesivo.

O adesivo pode t a m b é m ser aplicado pelo método conhecido c o m o "cortina", ou


seja, a b a i x o de u m r e s e r v a t ó r i o são c o l o c a d a s d u a s l â m i n a s de a ç o f o r m a n d o u m a
a b e r t u r a entre elas, pela qual flui o adesivo, f o r m a n d o uma espécie de cortina.

Em qualquer das m e t o d o l o g i a s utilizadas o fator t e m p o parece ser o principal,


pois o t e m p o de c u r a d o s a d e s i v o s deve ser r i g o r o s a m e n t e o b s e r v a d o . A n t e s de ser
levado para a prensa quente, e para facilitar o seu transporte, o c o m p e n s a d o passa por
u m a pré-prensagem a frio, que p e r m i t e uma f o r m a ç ã o consolidada das lâminas.
A t e m p e r a t u r a d e p r e n s a g e m p a r a o s c o m p e n s a d o s t r a d i c i o n a i s v a r i a d e 100 a t é
160°C, e m f u n ç ã o d o a d e s i v o q u e f o i a p l i c a d o e d a p r e s s ã o d e 12 a 15 k g / c m 2 . O t e m p o d e
prensagem varia em função da espessura do compensado.

A p ó s a prensagem é feito o esquadrejamento, o lixamento, reparos, a


classificação, o armazenamento e a expedição.

3.1.4.4 Preparação para a colagem

No processo de fabricação dos c o m p e n s a d o s a preparação para a colagem das


m a d e i r a s m e r e c e d e s t a q u e especial, p o i s na m a i o r i a d a s vezes os d e f e i t o s a p a r e c e m
porque o substrato (madeira) foi malpreparado.

O teor de umidade, c o m o foi descrito em capítulo referente aos adesivos, é


primordial, pois o seu excesso promove alta penetração do adesivo, influencia a sua
v i s c o s i d a d e , d i m i n u i a s u p e r f í c i e de c o n t a t o e p r e j u d i c a a c o l a g e m final. E a e s c a s s e z de
umidade dificulta a penetração do adesivo, diminuindo a sua ancoragem.

A s e c a g e m e o seu condicionamento são considerados bons quando seu processo


não p r o p i c i a o a p a r e c i m e n t o de t e n s õ e s ou e n c r u a m e n t o , e v i t a n d o e m p e n a m e n t o s e
trincas.

No c a s o de lâminas, as t e n s õ e s internas não são c o n s i d e r a d a s u m p r o b l e m a para


a colagem, c o m o nas m a d e i r a s serradas. Porém, se a u m i d a d e for m u i t o alta, promoverá
o aparecimento de bolhas ou bolsas de vapor durante a prensagem a quente, induzindo
a f a l h a s na c o l a g e m .

A preparação das superfícies é essencial e começa com a escolha das ferramentas


na u s i n a g e m , q u e d e v e m ser b e m a f i a d a s e livres de m a r c a s de f a c a s , f i b r a s s o l t a s
d e p r e s s õ e s etc. A u s i n a g e m deve ser f e i t a p o u c o a n t e s da c o l a g e m , para manter as
superfícies livres de c o n t a m i n a ç ã o e das variações de umidade.

B a s i c a m e n t e , a e s t r u t u r a da l i g a ç ã o c o l a d a p o d e ser r e s u m i d a no e s q u e m a da
f i g u r a 15, a b a i x o :

F i g u r a 15 - Estrutura da ligação colada


F o n t e : WATAI (1558}
S e g u n d o W a t a i (1988), a e s t r u t u r a p o d e s e r r e p r e s e n t a d a c o m o u m a c o r r e n t e d e
c i n c o e l o s , c o m o m o s t r a a f i g u r a 16, a s e g u i r . S e u m d o s e l o s e s t i v e r f r a c o , t o d o o p r o c e s s o
estará prejudicado.

Substrato A Interface Adesivo Interface Substrato B

F i g u r a 1 6 - Representação de uma estrutura de ligação colada


F o n t e : WATAI (1988)

3.1.5 OSB (ORIENTED STRAND BOARD)

O s p a i n é i s O S B t i v e r a m o r i g e m n o s E s t a d o s U n i d o s e e n t r a r a m no m e r c a d o
m u n d i a l a p a r t i r d e 1978. A s i n i c i a i s s i g n i f i c a m O r i e n t e d S t r a n d B o a r d . E s s e s p a i n é i s
s ã o c o n s i d e r a d o s a s e g u n d a g e r a ç ã o d o W a f e r b o a r d , q u e e x i s t e d e s d e 1954 e s e
caracterizou por ter tiras menores e distribuídas em t o d a s as direções, diferentemente
do O S B , o n d e as f i b r a s são orientadas. O s países q u e m a i s u t i l i z a m e s s e material s ã o o
C a n a d á e os E s t a d o s Unidos, c o m g r a n d e d e s t a q u e para a c o n s t r u ç ã o civil, devido às
s u a s c a r a c t e r í s t i c a s f í s i c a s e m e c â n i c a s . S e g u n d o C i c h i n e l i (2005), n e s s e s p a í s e s e s s a s
c h a p a s c o n c o r r e r a m f o r t e m e n t e c o m as c h a p a s de c o m p e n s a d o e m larga escala e
a t u a l m e n t e t o d o s o s c ó d i g o s de e d i f i c a ç õ e s c a n a d e n s e s e a m e r i c a n o s as r e c o n h e c e m e
as e q u i p a r a m aos c o m p e n s a d o s . N o Brasil, e s s e s p a i n é i s só c o m e ç a r a m a ser
c o m e r c i a l i z a d o s a p a r t i r d e 2002. U m p a i n e l d e O S B é c o m p o s t o p o r t r ê s a c i n c o c a m a d a s
c r u z a d a s de tiras ou l a s c a s de m a d e i r a o r i e n t a d a s , e m geral de Pínus, s e g u i n d o o
princípio do c o m p e n s a d o , no qual as l â m i n a s são d i s p o s t a s p e r p e n d i c u l a r m e n t e e as
t i r a s são s e m p r e f o r m a d a s na d i r e ç ã o l o n g i t u d i n a l d a s fibras.

A e v o l u ç ã o da utilização d e s s e tipo de c h a p a s d e v e - s e a a l g u n s f a t o r e s principais:

1) O m e l h o r a p r o v e i t a m e n t o d a s t o r a s d e m a d e i r a , p o i s n o c a s o d o O S B s ã o
aproveitados 96% da t o r a c o n t r a 56% do c o m p e n s a d o .

2) U t i l i z a ç ã o d e t o r a s m a i s f i n a s , o u s e j a , c o m m e n o r e s i d a d e s , d e s e i s a n o s p a r a
o O S B c o n t r a 14 a n o s p a r a o s c o m p e n s a d o s .

3) M a i o r p r o d u t i v i d a d e i n d u s t r i a l c o m p r o c e s s o d e f a b r i c a ç ã o t o t a l m e n t e
a u t o m a t i z a d o e d e g r a n d e e s c a l a . N o B r a s i l , e m t r ê s t u r n o s , c o m 24 p e s s o a s , c o n s e g u e -
s e p r o d u z i r 350.000 m 3 / a n o . P o r o u t r o l a d o , u m a f á b r i c a d e c o m p e n s a d o s n e c e s s i t a d e
200 p e s s o a s p a r a f a b r i c a r 80.000 m 3 / a n o , o u s e j a , p a r a a m e s m a p r o d u ç ã o s e r i a n e c e s s á r i a
a c o n t r a t a ç ã o d e 875 p e s s o a s .
A s propriedades m e c â n i c a s a s s e m e l h a m - s e às do c o m p e n s a d o , c o n f o r m e se pode
demonstrar em ensaios feitos em laboratório neste trabalho, confirmando a sua total
viabilidade para utilização em f ô r m a s para concreto.

O s principais usos do O S B são:

Forro e m e s t r u t u r a s de c o b e r t u r a s de telhado, paletes, paredes, pisos, mobiliário,


f ô r m a s p a r a c o n c r e t o ( f i g u r a 17), t a p u m e s , a l m a s p a r a v i g a I, e t o d o s o s s u b p r o d u t o s
dessas utilizações.

F i g u r a 1 7 - Painéis de OSB utilizados em fôrmas


F o n t e : Portal OSB (2005)

A t e n d ê n c i a de s u b s t i t u i ç ã o dos c o m p e n s a d o s pelas placas O S B pode ser


demonstrada pela capacidade de produção instalada mundialmente, conforme mostra a
f i g u r a 18, a s e g u i r .

Capacidade de produção instalada (milhões m 3 )


30

25

20

15 —
10

0
90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06
Anos

F i g u r a 18 - Capacidade de produção instalada (milhões de m1) no Canadá e USA


F o n t e : Portal O S B (2005)
3.1.5.1 Processo de fabricação

Processo de Fabricação do OSB (genérico)


descarregamento Tanque e escada descascador

misturador
umidecedor formador
secador de tiras

formador
de camadas cortador transporte

F i g u r a 19 - Processo de fabricação do OSB (genérico)


F o n t e : Portal O S B (2005)

3.1.6 Adesivos

O princípio da adesão pode ser r e s u m i d o da s e g u i n t e forma: dois c o r p o s


e l e t r i c a m e n t e n e u t r o s p o d e m s e m p r e a d e r i r e n t r e si, d e s d e q u e a d i s t â n c i a e n t r e e l e s
seja menor do que u m m i l i o n é s i m o de milímetro. Na prática, porém, e m f u n ç ã o da
rugosidade, isso é quase sempre impossível.

Essa a f i r m a ç ã o p o d e ser verificada por u m e x p e r i m e n t o s i m p l e s : t o m a m - s e , por


exemplo, duas placas metálicas ou de vidro e u m pedaço de u m a película de polietileno.
Inicialmente, veritica-se que m e s m o o m e l h o r a d e s i v o e x i s t e n t e no m e r c a d o não p e r m i t e
colar o p o l i e t i l e n o ao m e t a l ou a o vidro. Mas, a o se c o l o c a r o f i l m e p l á s t i c o e n t r e as
c h a p a s de vidro ou de m e t a l e se fixar o s i s t e m a c o m g r a m p o s , s u b m e t e n d o - o ao
a q u e c i m e n t o até o a m o l e c i m e n t o do plástico, v e r i f i c a - s e q u e a p ó s o r e s f r i a m e n t o o c o r r e
uma adesão resistente a esforços mecânicos.
Q u a s e todos os adesivos hoje e m p r e g a d o s são substâncias macromoleculares,
i s t o é, f o r m a d a s p o r m o l é c u l a s g i g a n t e s e d o t a d a s d e p r o p r i e d a d e s á c i d a s , b á s i c a s o u
anfóteras, conforme sua composição química. Um adesivo ácido liga-se mais fortemente
a u m a superfície básica, podendo, portanto, ser utilizado para a o b t e n ç ã o de u m a ligação
de alta resistência.

Deve-se t a m b é m levar e m c o n s i d e r a ç ã o as propriedades m e c â n i c a s do próprio


a d e s i v o , q u e u m a vez c u r a d o o u p o l i m e r i z a d o d e v e t e r s u a s p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s
s i m i l a r e s às d o s s u b s t r a t o s . E x i s t e m c a s o s e m que s ó l i d o s flexíveis são c o l a d o s c o m
um adesivo que fica duro e quebradiço quando solidificado. Quando essa junta é
s u b m e t i d a a e s f o r ç o s de f lexão, a rigidez do a d e s i v o poderá t o r n á - l o incapaz de absorver
a s t e n s õ e s a q u e e l e e s t a r á s u j e i t o e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , e l e s e r o m p e r á .

3.1.6.1 Classificação dos adesivos

O s adesivos p o d e m ser classificados de três m o d o s principais:

1) o r i g e m d o s c o m p o n e n t e s p r i m á r i o s ;

2) t e m p e r a t u r a d e c u r a ;

3) r e s i s t ê n c i a à u m i d a d e .

C l a s s i f i c a ç ã o por origem

O s a d e s i v o s p o d e m ter o r i g e m animal, de a m i d o , caseína e de a l b u m i n a de proteína


vegetal.

O g r u p o sintético inclui os a d e s i v o s de resinas c o m o uréia, resorcinol, fenol,


melamina, polivinil.

C l a s s i f i c a ç ã o por t e m p e r a t u r a de cura

C o m relação à t e m p e r a t u r a de cura, os adesivos p o d e m ser classificados em:

1) a l t a t e m p e r a t u r a , a q u e l e s c u j a t e m p e r a t u r a d e c u r a é m a i o r q u e 90°C;

2) m é d i a t e m p e r a t u r a , a q u e l e s c u j a t e m p e r a t u r a d e c u r a s i t u a - s e e n t r e 30°C e 90°C;

3) b a i x a t e m p e r a t u r a , a q u e l e s c u j a t e m p e r a t u r a d e c u r a v a i a t é 30°C.
Esta classificação é considerada a mais significativa do ponto de vista das reais
u t i l i z a ç õ e s no m e r c a d o de m a d e i r a s e se d i v i d e b a s i c a m e n t e e m t r ê s c a t e g o r i a s : à prova
de água, resistente à umidade e não resistente à umidade.

3.1.6.2 Principais adesivos para fabricação de chapas de madeira para fôrmas de concreto

Adesivos uréia-formaldeído

E s s e s a d e s i v o s p o d e m ser c u r a d o s à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e de 20°C, s ã o
e n c o n t r a d o s e m f o r m a de pó ou líquido e p o d e m ser u s a d o s c o m ou s e m incorporação
de extensores (substâncias adicionadas ao adesivo para facilitar o espalhamento),
c a t a l i s a d o r e s ou c a r g a s inertes. Eles t a m b é m p o d e m ser c u r a d o s em prensas a
t e m p e r a t u r a s m a i s a l t a s , d e 100°C a t é 130°C, o u a i n d a c o m f o r m u l a ç õ e s e s p e c i a i s , p o r
meio de alta f r e q ü ê n c i a ou outras f o r m u l a ç õ e s específicas.

Os adesivos à base de uréia, q u a n d o isentos de extensores, p o s s u e m boa


resistência à água e a umidades relativamente altas, porém são sensíveis a t e m p e r a t u r a s
a c i m a de 65°C. P o r t a n t o , n ã o s ã o r e c o m e n d a d o s p a r a u t i l i z a ç ã o e m e x t e r i o r e s , c o m o é
o c a s o das f ô r m a s de c o n c r e t o .

Adesivos fenol-formaldeído

Os adesivos à base de resina f e n o l - f o r m a l d e í d o são f o r n e c i d o s e m forma de pó,


para s e r e m m i s t u r a d o s c o m água ou outros solventes, e t a m b é m estão disponíveis e m
forma de película, para facilitar as operações de mistura e espalhamento.

Na f o r m a líquida, são n o r m a l m e n t e a v e r m e l h a d o s e e s c u r o s e para a cura


n e c e s s i t a m d e t e m p e r a t u r a e l e v a d a , i g u a l o u s u p e r i o r a 140°C, m a s t a m b é m e x i s t e m
f o r m u l a ç õ e s e s p e c i a i s para a p l i c a ç õ e s e s p e c í f i c a s , c a p a z e s de criar c o n d i ç õ e s de c u r a
a u m a t e m p e r a t u r a a o r e d o r d e 23°C.

O s a d e s i v o s f e n o l - f o r m a l d e í d o são os m a i s u s a d o s na c o l a g e m de c o m p e n s a d o s
utilizados em f ô r m a s de concreto para a c o n s t r u ç ã o civil. S e u t e m p o de e s t o c a g e m é de
6 a 12 m e s e s , e a l g u n s t i p o s s a o a l t a m e n t e I n d i c a d o s p a r a c l i m a s t r o p i c a i s .

O principal e m p r e g o d e a d e s i v o s à b a s e de r e s i n a s f e n ó l i c a s r e f e r e - s e à p r o d u ç ã o
de c o m p e n s a d o s à prova d'água, incluindo quilha ou casco de navios e outros produtos
para f i n s n á u t i c o s . Esses a d e s i v o s são t a m b é m u s a d o s c o m f a r i n h a d e c a s c a de nozes
ou o u t r o material inerte c o m o e n c h i m e n t o , m a s para j u n t a s coladas de alta durabilidade
esse tipo de material ( e n c h i m e n t o ) deve ser retirado da formulação.

Recentemente, quantidades consideráveis de c o m p e n s a d o s de coníferas de uso


interior estão sendo fabricadas c o m resinas fenólicas com adição de quantidades
e x c e p c i o n a i s de extensores e m a t e r i a i s de e n c h i m e n t o , c o m o : f a r i n h a de c a s c a de nozes,
pó de s e r r a de m a d e i r a , pó de s a n g u e a n i m a l solúvel, etc. E s s e s a d e s i v o s f e n ó l i c o s t ê m
s u b s t i t u í d o c o l a s c o n v e n c i o n a i s à base de amido, por várias d é c a d a s usadas para
compensados interiores.

A s f o r m u l a ç õ e s de adesivos f e n ó l i c o s p o d e m ser diversificadas, dentro de certos


limites, para cada p r o c e s s o de c o l a g e m e t i p o de produto a ser obtido. O ciclo de
p r e n s a g e m a q u e n t e p o d e ser c o n t r o l a d o , no m í n i m o e m parte, pela p r ó p r i a q u a n t i d a d e
e t i p o de c a t a l i s a d o r e pelo p r o c e s s o e m p r e g a d o na o b t e n ç ã o da resina.

3.1.6.3 Preparação da superfície - efeito da umidade da madeira sobre a adesão

A u m i d a d e da m a d e i r a é a responsável pela maior ou menor fluidez do adesivo e


a sua distribuição uniforme sobre a superfície.

O fluxo, a transferência e a penetração do adesivo dependem, portanto, da umidade


da m a d e i r a , a l é m da q u a n t i d a d e de cola, t e m p o de m o n t a g e m , e s p é c i e d e m a d e i r a ,
temperatura e pressão.

Q u a n d o há p o u c a u m i d a d e , o f l u x o p o d e não ser s u f i c i e n t e para a t r a n s f e r ê n c i a


d o a d e s i v o e a p e n e t r a ç ã o d e l e s e r á i n s u f i c i e n t e . O e x c e s s o de u m i d a d e , por sua vez,
acarreta o abaixamento da viscosidade da cola, ocasionando excessiva penetração do
adesivo nos poros. Nesse caso, a quantidade do adesivo será insuficiente para formar
um filme ininterrupto e a ligação ficará fraca.

Para se determinar a umidade correta da madeira, deve-se conhecer a quantidade


do s o l v e n t e ( á g u a ) d i s s o l v i d a na c o l a e a q u a n t i d a d e d e c o l a a ser aplicada.

Para obter-se uma colagem eficiente, é fundamental que o adesivo tenha a


propriedade de fluir uniformemente sobre a superfície, de modo a assegurar a sua
t r a n s f e r ê n c i a de u m a superfície à outra, a sua p e n e t r a ç ã o na m a d e i r a e o seu
endurecimento.

Esses p r o c e s s o s de fluxo, t r a n s f e r ê n c i a e p e n e t r a ç ã o do adesivo d e p e n d e m


e s s e n c i a l m e n t e da u m i d a d e da madeira, além de o u t r o s f a t o r e s c o m o viscosidade,
q u a n t i d a d e de cola, t e m p o de m o n t a g e m , e s p é c i e de m a d e i r a , t e m p e r a t u r a e pressão.

3.1.6.4 Requisitos de umidade recomendados para vários tipos de adesivos

A s f o r m u l a ç õ e s que se s e g u e m são i n d i c a d a s pelos f a b r i c a n t e s de adesivos.


Porém, dada a grande variação de produtos e marcas disponíveis no mercado, sugere-se
que o fabricante seja c o n s u l t a d o antes de sua aplicação.
D e p e n d e n d o do catalisador ou do endurecedor usado, esses adesivos podem ser
d e c u r a à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e o u d e c u r a a a l t a t e m p e r a t u r a . A s r e s i n a s de u r é i a d e
c u r a a alta t e m p e r a t u r a são u s a d a s q u a s e q u e e x c l u s i v a m e n t e na m a n u f a t u r a de
c o m p e n s a d o s de uso interior. R e c o m e n d a - s e que o teor da u m i d a d e das l â m i n a s e s t e j a
entre 6% e 8%. Para c o m p e n s a d o s c o m alma de madeira sólida, é satisfatória u m a
u m i d a d e de 5% a 7%.

Adesivos de resorcinol e resorcinol-fenol-formaldeído

Por c a u s a de sua excelente durabilidade, esses adesivos são usados c o m o colas


de a s s e n t a m e n t o nas i n d ú s t r i a s navais e de l a m i n a d o s de m a d e i r a . Eles são d e c u r a à
t e m p e r a t u r a a m b i e n t e , m a s e m a l g u n s c a s o s u t i l i z a m - s e t e m p e r a t u r a s a t é 90°C. O s
requisitos de umidade da madeira não são críticos, mas devem ser controlados de acordo
c o m as c o n d i ç õ e s de uso às q u a i s o p r o d u t o será e x p o s t o . A u m i d a d e da m a d e i r a deve
e s t a r e n t r e 6 % e 12%. Q u a n d o c o m p o n e n t e s e s p e s s o s e s t ã o s e n d o c o l a d o s , é i m p o r t a n t e
evitar v a r i a ç õ e s de u m i d a d e e n t r e os vários c o m p o n e n t e s .

Adesivos fenol-formaldeído

Existem dois tipos principais: cura à temperatura ambiente e cura a quente. Os


primeiros, catalisados por ácidos, são usados principalmente em assentamentos. A s s i m
como para os adesivos resorcinol e resorcinol-fenol-formaldeído, o teor de umidade não
p a r e c e s e r u m f a t o r c r í t i c o . S u g e r e - s e q u e o m e s m o s e j a m a n t i d o e n t r e 6 % e 12%

Os adesivos fenólicos de cura a alta temperatura são usados cuase que


e x c l u s i v a m e n t e na m a n u f a t u r a de c o m p e n s a d o s de uso exterior. Q u a n d o se usa o t i p o
c o n v e n c i o n a l d e r e s i n a f e n ó l i c a ( e m p ó o u l í q u i d o ) , a u m i d a d e d a s l â m i n a s de m a d e i r a
d e alta d e n s i d a d e deve se s i t u a r entre 4% e 7%, e n q u a n t o as de baixa d e n s i d a d e deve
f i c a r e n t r e 3% e 5%. Q u a n d o a resina f e n ó l i c a é u s a d a na f o r m a de película (Tego f i l m e ) ,
a umidade das lâminas que f o r m a m a face e o fundo deve estar c o m p r e e n d i d a entre 5% e
6 % , c o m o s i n t e r i o r e s ( " c r o s s b a n d s " ) e n t r e 8 % e 12% n o s p a i n é i s c o m l â m i n a s d e f a c e
d e s e n h a d a s . N o s p a i n é i s c o n v e n c i o n a i s , o i n t e r v a l o d a u m i d a d e p a r a t o d a s as l â m i n a s
e s t á n a f a i x a d e 5 % a 10%.

3.1.6.5 Para colagem

Testes c o m p a r a t i v o s de laboratório d e m o n s t r a m que a superfície de madeira para


c o l a g e m d e v e s e r lisa, b e m p l a i n a d a , i s e n t a d e i r r e g u l a r i d a d e s , p r e p a r a d a c o m f e r r a m e n t a s
adequadas e devidamente afiadas, a f i m de se obter juntas resistentes. A superfície para
c o l a g e m não deve ser intencionalmente áspera, n e m preparada c o m f e r r a m e n t a s denteadas
ou lixas grossas, c o m base na falsa c r e n ç a de que superfícies r u g o s a s são melhores. Estudos
Preferencialmente, o preparo deve ser feito pouco antes da operação de colagem,
para que as s u p e r f í c i e s se m a n t e n h a m l i m p a s e s e m as d i s t o r ç õ e s o c a s i o n a d a s pela
v a r i a ç ã o de u m i d a d e .

Para se obter j u n t a s resistentes, as peças de m a d e i r a d e v e m ter e s p e s s u r a


u n i f o r m e , p a r a p r o m o v e r d i s t r i b u i ç ã o regular da p r e s s ã o d u r a n t e a c o l a g e m .

3.1.7 Conectores

3.1.7.1 Ligações com pregos

A s l i g a ç õ e s c o m p r e g o s são, s e m m a r g e m de dúvida, as m a i s u s u a i s no caso de


f ô r m a s para concreto, sendo rara a necessidade do uso de outros tipos de conectores.

O s pregos são fabricados c o m a r a m e de aço-doce, c o m t a m a n h o s variados. A s


bitolas comerci a i s antigas, porém, ainda são muito usadas no Brasil e identificam os
pregos por dois n ú m e r o s . O p r i m e i r o r e p r e s e n t a o d i â m e t r o e m fieira f r a n c e s a , ou seja,
o diâmetro do a r a m e que originou o prego, e o segundo mede o c o m p r i m e n t o dele em
linhas portuguesas.

P F E I L , W . e P F E I L , M . (2003) a p r e s e n t a m u m a t a b e l a c o m a s b i t o l a s m é t r i c a s e m
que o primeiro número representa o comprimento em milímetros, e o segundo, em
d é c i m o s d e m i l í m e t r o , r e p r e s e n t a o d i â m e t r o ( v e j a t a b e l a 3).

Tabela 3 - Dimensões de pregos, bitolas comerciais

Diâmetro Comprimento Fieira francesa x comprimento de


(em décimos de milímetro) (mm) corte do arame (linhas portuguesas)

44 100 (20x48)
44 94 (20x45)
49 84 (21x42)
44 84 (20x42)
44 80 (20x39)
39 80 (19x39)
44 72 (20x36)
39 72 (19x36)
34 72 (18x36)
34 68 (18x33)
39 68 (19x33)
30 68 (17x33)
F o n t e : PFEIL. W : PFEIL. M. (2003)
» P a r a e v i t a r o f e n d i l h a m e n t o , a N B R 7190/97 r e c o m e n d a q u e s e j a f e i t a u m a
pré-furação em estruturas definitivas, com peças cujo diâmetro obedeça
ao seguinte critério, em f u n ç ã o do tipo de madeira:

d o = 0,85 d e f e m c o n í f e r a s - m a c i a s ( s o f t w o o d s )

d o = 0,98 d e f e m d i c o t i l e d ô n e a s - d u r a s ( h a r d w o o d s )

» No caso de estruturas provisórias, c o m o é o caso das fôrmas, a n o r m a


a d m i t e a pregação s e m pré-furação, desde que s e j a m observadas as
seguintes condições:

a ) u s o d e m a d e i r a l e v e (p < 600 k g / m 3 ) ;

b ) d i â m e t r o d o p r e g o d < 1/6 d a e s p e s s u r a d a p e ç a m a i s f i n a a ser p r e g a d a ;

c ) p r e g o s e s p a ç a d o s > 10 d.

C o m o r e g r a g e r a l , o d i â m e t r o d o p r e g o n ã o d e v e e x c e d e r 1/5 d a m e n o r e s p e s s u r a
atravessada.

3.1.7.2 Dimensionamento dos pregos

O critério do d i m e n s i o n a m e n t o no caso de f ô r m a s para c o n c r e t o deve seguir a


fórmula das tensões admissíveis:

D = diâmetro do prego;

R d = 4,5 d 3 / 2 , p a r a m a d e i r a s c o m p < 600 k g / m 3 , o u

R d = 7,5 d3/2, p a r a m a d e i r a s c o m p > 600 k g / m 3 , q u e d ã o v a l o r e s m a i s c o n s e r v a d o r e s


e a d e q u a d o s para as c o n d i ç õ e s usuais de obra, r e s p e i t a d o s os e s p a ç a m e n t o s da n o r m a
N B R 7190/97

3.1.8 Revestimentos

O s r e v e s t i m e n t o s das c h a p a s de c o m p e n s a d o , c h a m a d o s no m e r c a d o de
"plastificadas", são compostos do tego-filme, que nada mais é do que uma resina de
fenol-formaldeído modificada com desmoldante e formulada com uma quantidade maior
de sólidos, seja para impregnação diretamente sobre os c o m p e n s a d o s resinados, seja
para a impregnação do papel t e g o - f i l m e para p r o d u ç ã o dos plastificados.

Pelo seu poder impermeabilizante, as chapas apresentam melhor rendimento para


o uso em f ô r m a s de concreto, não só pela facilidade na desenforma, mas t a m b é m pela
impermeabilização da superfície.
» Aparência - líquido viscoso âmbar;

» V i s c o s i d a d e a 25°C - 400-700 c P ;

» S ó l i d o s de 60-64%.

A s recomendações indicam que o armazenamento deve ser feito em câmara


r e f r i g e r a d a a u m a t e m p e r a t u r a d e 17°C o u e m l o c a l s e c o , c o b e r t o e v e n t i l a d o , a u m a
t e m p e r a t u r a d e 2 5 ° C . N o p r i m e i r o c a s o a v i d a ú t i l é d e 60 d i a s e n o s e g u n d o , d e 2 0 d i a s .

3.2 SISTEMAS DE FÔRMAS


A s f ô r m a s p o d e m ser identificadas de acordo c o m o material do qual são
c o m p o s t a s . U m s i s t e m a de f ô r m a s é o c o n j u n t o de m a t e r i a i s e e q u i p a m e n t o s que são
utilizados para concebê-las e executá-las.

O s s i s t e m a s m a i s u s u a i s , p r i n c i p a l m e n t e e m e d i f í c i o s , s ã o o s d e m a d e i r a , os d e
metal e os mistos (madeira x metálico).

O critério para utilização de um ou de outro d e p e n d e do tipo de peça ser


concretada, do prazo para a sua execução, da sua repetitividade, e até da disposição
e c o n ô m i c a da e m p r e s a de investir e m e q u i p a m e n t o s e m c u r t o prazo, v i s a n d o ao
a p r o v e i t a m e n t o de longo prazo.

Uma perfeita sintonia entre o projetista da estrutura de concreto, o arquiteto, o


c o n s t r u t o r e o p r o j e t i s t a de f ô r m a s t o r n a o p r o c e s s o e f i c i e n t e e c o m r e s u l t a d o s t é c n i c o s
e econômicos consideráveis.

E x i s t e m , no e n t a n t o , d i v e r s o s m a t e r i a i s u t i l i z a d o s e m f ô r m a s que, e m b o r a n ã o
p o s s a m ser c o n s i d e r a d o s u m sistema, t ê m s u a s a p l i c a ç õ e s específicas e podem ser
a p r o v e i t a d o s de m o d o eficiente.

De m a n e i r a geral, não se pode dizer que um s i s t e m a ou m a t e r i a l é m e l h o r o i pior


do que outro, havendo a necessidade da análise dos fatores citados para a correta
indicação para a sua aplicação, em função do custo-benefício esperado.

3.2.1 Integralmente de madeira

A s f ô r m a s de m a d e i r a são as m a i s u t i l i z a d a s e m edifícios na m a i o r i a dos E s t a d o s


do País e n o r m a l m e n t e são c o n s t i t u í d a s de painéis de m a d e i r a c o m p e n s a d a , t á b u a s e
p o n t a l e t e s de m a d e i r a serrada, ou u n i c a m e n t e c o m e s t e s d o i s ú l t i m o s , c o n f o r m e m o s t r a
a f i g u r a 20.

Quando bem projetadas e executadas, apresentam excelente resultado técnico e


e c o n ô m i c o a l é m de já e s t a r e m no c o t i d i a n o d a m ã o - d e - o b r a e x i s t e n t e .
F i g u r a 2 0 - Sistema de fôrmas integralmente em madeira
F o n t e : Foto cto autor

O seu correto d i m e n s i o n a m e n t o não deve se restringir ao estático, mas avançar


na e s c o l h a dos m a t e r i a i s e m f u n ç ã o do s e u n ú m e r o de u t i l i z a ç õ e s ( r e p e t i ç õ e s ) . A l g u n s
e x e m p l o s de e s c o l h a s ã o m o s t r a d o s ao l o n g o d o t r a b a l h o .

3.2.2 Misto (madeira x metálico)

O s c i m b r a m e n t o s p o d e r ã o s e r t a m b é m c o m t o r r e s e p e r f i s m e t á l i c o s ( f i g u r a 21),
c o n f o r m e detalhado nos critérios para a escolha do sistema a ser utilizado. Quase s e m p r e
a escolha é feita a partir do prazo de sua utilização.
3.2.3 Integralmente metálico

A s f ô r m a s metálicas p o d e m ser de aço, alumínio ou c o m e s t r u t u r a de aço e painéis


de madeira (mistas).

S ã o e m p r e g a d a s e m lajes, pilares, vigas e c o r t i n a s e m a i s u m a vez o c o m p o r e n t e


p r a z o é d e c i s i v o p a r a se a d o t a r o u n ã o a s o l u ç ã o , s e m p r e p a r t i n d o d a p r e m i s s a de q u e
as empresas construtoras não adquirem o equipamento, mas o p t a m por locá-lo.

Para pilares, e s s e s i s t e m a t e m e x c e l e n t e f u n c i o n a m e n t o q u a n d o as lajes são


planas, ou seja, não p o s s u e m vigas, que c h e g a m à sua seção. Caso contrário, são
necessárias adaptações custosas e quase sempre com resultados decepcionantes, como
m o s t r a a f i g u r a 22.

Para vigas, vale o m e s m o raciocínio dos pilares. Só que o t a m a n h o delas precisa


ser m ú l t i p l o do m ó d u l o metálico, para evitar a d a p t a ç õ e s em madeira, q u e t ê m as m e s m a s
c o n s e q ü ê n c i a s dos pilares.

P a i a l a j e s , e x i s t e m e x c e l e n l e s l i p u s d e p a i n é i s , c u j a s m e d i d a s d e v e m ser
adaptadas aos vãos do concreto c o m painéis de madeira. Nesse caso, o trabalho se
apresenta mais fácil e c o m melhores resultados.

No caso de c o r t i n a s de concreto, q u a n d o elas t ê m seus lados livres antes de


serem aterrados, dificilmente se encontra uma solução melhor, pois a execução é rápida
e pode ser feita c o m m ó d u l o s (painéis) que se s u c e d e m na direção vertical, c o m
excelentes resultados.
3.2.4 Cubetas (plásticas) de polipropileno

A s f ô r m a s plásticas, c u b e t a s de polipropileno, são u s u a l m e n t e empregadas em


lajes c o m g r a n d e s vãos e p o d e m ser c o m p r a d a s ou alugadas. A d e c i s ã o entre e s s a s
alternativas quase sempre é função do prazo de execução da estrutura, c o n f o r m e
i l u s t r a d o n o d i a g r a m a d a f i g u r a 23.

F i g u r a 2 3 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para lajes com cubetas de polipropileno
F o n t e : Elaborada pelo autor

U m a das principais vantagens da sua escolha c o m o partido estrutural é a


e c o n o m i a de c o n c r e t o e m r e l a ç ã o a u m a laje m a c i ç a para o m e s m o vão. A e c o n o m i a de
m a d e i r a para a e x e c u ç ã o do a s s o a l h o da laje pode ser t o t a l m e n t e s u p r i m i d a , pois as
" c u b e t a s " p o d e m ser c o l o c a d a s d i r e t a m e n t e sobre o c i m b r a m e n t o m e t á l i c o que lhe dá
s u p o r t e , c o m o s e p o d e v e r i f i c a r n a f i g u r a 24. E n t r e e n g e n h e i r o s , e s s e n ã o é p o n t o p a c í f i c o ,
pois alguns alegam que os trabalhadores nessa condição estariam mais expostos a
acidentes de trabalho.

O r e s u l t a d o p l á s t i c o d o c o n c r e t o é n o r m a l m e n t e de e x c e l e n t e q u a l i d a d e ( f i g u r a 25) e a
s u a e s c o l h a p o d e s e r u m a b o a s o l u ç ã o , c o m o se p o d e n o t a r n a s o b s e r v a ç õ e s c o m e n t a d a s .

F i g u r a 2 4 - Fôrma de polipropileno
F o n t e : ASTRA S ' A INDÚSTRIA E C O M É R C I O (2005)
3.2.5 Plásticas

A s f ô r m a s d e p l á s t i c o t ê m p o u c o uso aqui no Brasil, e m b o r a p o s s a m ser u s a d a s


e m pilares, vigas e lajes. A t é o m o m e n t o , não se e s t u d o u n e m se d e m o n s t r o u a sua
viabilidade técnico-econômica.

A sua melhor indicação, se for recomendável do ponto de vista financeiro, parece ser
e m lajes, p a r t i c u l a r m e n t e em e s t r u t u r a s de blocos de concreto estrutural, nas quais os
m ó d u l o s são f o r m a d o s e d e s f o r m a d o s c o m maior facilidade. P o d e m ser t a m b é m usadas
c o m b a s t a n t e e f i c i ê n c i a e m p a r e d e s , e m h a b i t a ç õ e s p o p u l a r e s c o m o m o s t r a a f i g u r a 26.
3.2.6 Papelão

A s f ô r m a s de papelão são n o r m a l m e n t e usadas e m pilares c o m s e ç ã o circular, e


m e n o s f r e q ü e n t e m e n t e e m e n c h i m e n t o s de laje do tipo " c a i x ã o perdido", r e s p e c t i v a m e n t e
m o s t r a d a s n a s f i g u r a s 27 e 28, a s e g u i r .

A p e s a r da sua e x c e l e n t e resistência às p r e s s õ e s internas e do seu a s p e c t o


plástico impecável após a desenforma, apresenta alto custo se for preciso aproveitá-la
m a i s d e u m a vez. N e s s e c a s o , é p r e c i s o f a z e r u m a a n á l i s e e c o n ô m i c a e c o m p a r á - l a a
uma fôrma cambotada tradicional.

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/ Ir-v» II

F i g u r a 2 7 - Fôrmas de papelão para pilares F i g u r a 2 8 - Fôrmas de papelão tipo caixão peroido


F o n t e : D i m i t u Wultiformas Concrelubo (20351 F o n t e : Dimibu M u ü i t w m a s Cor>:retubo (2005)
Fôrma circular

1
1 utilização < 1 mês 1 utilização > 1 mês 2 ou mais utilizações
I
Executar com
Locar metálico Comprar papelão compensado cambotado

F i g u r a 2 9 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas cilíndricas para pilares


F o n t o : Elaborada pelo autor
ANÁLISE ECONÔMICA PARA
ESCOLHA DO SISTEMA
DE FÔRMAS
4. ANÁLISE ECONÔMICA PARA ESCOLHA DO SISTEMA DE FÔRMAS

P a r a e x e c u ç ã o de e s t r u t u r a s de c o n c r e t o a r m a d o , e x i s t e m vários s i s t e m a s d e
fôrmas. Para a escolha do mais adequado, deve-se sempre considerar o prazo de
execução da estrutura, u m dos fatores mais i m p o r t a n t e s e de grande influência no c u s t o
do material a ser adquirido ou locado para executá-la.

N e s t e t r a b a l h o foi realizada u m a a n á l i s e s e g m e n t a d a por t i p o de p e ç a e s t r u t u r a l


- o s pilares, as lajes e as v i g a s - e e m c a d a u m a d e l a s u m a análise das diversas s o l u ç õ e s
possíveis e usuais para o Estado de São Paulo.

E v i d e n t e m e n t e , não se t e v e a p r e t e n s ã o de e s g o t a r o a s s u n t o e m u i t o m e n o s
a p r e s e n t a r t o d o s os s i s t e m a s e x i s t e n t e s no m e r c a d o , m a s de a p r e s e n t a r uma f o r m a d e
se abordar o assunto apresentando ferramentas que possam ajudar a construir uma
s o l u ç ã o eficiente e e c o n o m i c a m e n t e viável.

N e s t a etapa do t r a b a l h o não f o r a m levadas em c o n t a eventuais diferenças e


variabilidade da produtividade de mão-de-obra, por se tratar de t e m a polêmico e muito
m a i s a s s o c i a d o à a f i n i d a d e d a m ã o - d e - o b r a c o m d e t e r m i n a d o p r o c e s s o d o :jue c o m a
eficiência propriamente dita.

P o r e x p e r i ê n c i a p r ó p r i a d o a u t o r , d e m a i s d e 30 a n o s d e t r a b a l h o no s e t o r , f o i
possível constatar, de um lado, a resistência inicial da m ã o - d e - o b r a a qualquer tipo de
i n o v a ç ã o , e m q u a l q u e r e t a p a d a c o n s t r u ç ã o d e u m e d i f í c i o , e, d e o u t r o , a g r a n d e f a c i l i d a d e
de a m e s m a , v e n c i d a a b a r r e i r a de a d a p t a ç ã o , a l c a n ç a r índices de p r o d u t i v i d a d e
compatíveis ou até superiores a processos passados.

Evidentemente, qualquer tipo de medição nesse setor está mais associado à forma
de r e m u n e r a ç ã o dos operários, ao tipo de liderança e à c o m p e t ê n c i a dos m e s t r e s e
encarregados do que aos sistemas existentes propriamente ditos.

O s poucos estudos comparativos existentes são de certa forma "manipulados"


pelo desejo ou preferência dos seus autores por s u a s s o l u ç õ e s pessoais, ou por
interesses comerciais de fornecedores em colocar os seus equipamentos no mercado.

P o r s e t r a t a r d a c o n s t r u ç ã o d e u m e d i f í c i o , u m a a t i v i d a d e d e p r o d u ç ã o c u j o "lay-
out" v a r i a e m f u n ç ã o d e c a d a t e r r e n o e d e c a d a p r o j e t o , e e x e c u t a d a c o m m ã o - d e - o b r a
q u e na m a i o r p a r t e d a s vezes i n i c i o u s u a s a t i v i d a d e s e se c o n h e c e u a partir do c o m e ç o
d a q u e l a c o n s t r u ç ã o , e d e o p e r á r i o s c u j a q u a l i f i c a ç ã o se d e u s o m e n t e por m e i o d e
experiências pessoais e não de m a n e i r a formal, é temerário falar em produtividade de
s i s t e m a s d e f ô r m a s , n o s e n t i d o d e c o m p a r a r p r o c e s s o s . D i a n t e d o n ú m e r o de v a r i á v e i s
e de f a t o r e s que i n t e r v é m nessa análise, pode-se dizer que a p r o d u t i v i d a d e está mais
a s s o c i a d a ao h á b i t o de p r o c e s s o s c o n h e c i d o s do que ao s i s t e m a p r o p r i a m e n t e dito.
4.1 ESTUDO DE PILARES
Para esse estudo, foi e s c o l h i d o um c o n j u n t o de edifícios p e r t e n c e n t e a u m a grande
e m p r e s a de São Paulo, onde as m e s m a s f ô r m a s deveriam ser utilizadas nos diversos
empreendimentos.

A s s i m , p o r e x e m p l o , n u m e m p r e e n d i m e n t o d e 12 p r é d i o s , c o m n ú m e r o d e
p a v i m e n t o s variados, p r o c u r o u - s e manter a m e s m a seção de c o n c r e t o em todos os
pilares, ainda que esses t i v e s s e m s o l i c i t a ç õ e s diferentes. Para que isso fosse possível,
d e c i d i u - s e a l t e r a r no p r o j e t o e s t r u t u r a l a r e s i s t ê n c i a do c o n c r e t o e as q u a n t i d a d e s de
a ç o p a r a m a n t e r a m e s m a s e ç ã o d e c o n c r e t o n o s p i l a r e s e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , a m e s m a
fôrma, visando ao seu melhor aproveitamento.

D o p r o j e t o , f o i e s c o l h i d o p a r a o e s t u d o d e c a s o u m p i l a r d e 20 x 80 c m por s e
t r a t a r d a s m e d i d a s q u e m a i s s e r e p e t e m (178 v e z e s / u n i d a d e ) . D e z h i p ó t e s e s d e e s t u d o
f o r a m a d o t a d a s p a r a f ô r m a s d e c o m p e n s a d o d e 18 m m e u m a h i p ó t e s e p a r a f ô r m a
m e t á l i c a l o c a d a , n o t o t a l d e 11 h i p ó t e s e s .

A s 11 h i p ó t e s e s d o e s t u d o p r e s s u p õ e m q u e a s o b r a s n o e m p r e e n d i m e n t o t e r ã o
u m a s e q ü ê n c i a , ou seja, os m a t e r i a i s do p r i m e i r o p r é d i o c o m as d e v i d a s reposições,
n e c e s s á r i a s no d e s e n v o l v i m e n t o , s e r ã o utilizados até o último, pois a s s i m e por esse
m o t i v o f o r a m c o n c e b i d o s os p r o j e t o s e s t r u t u r a i s , v i s a n d o à r e u t i l i z a ç ã o d a s f ô r m a s de
maneira seqüencial. Para avaliação do custo dos pilares, nas c o m b i n a ç õ e s estudadas
f o r a m u t i l i z a d o s o s d a d o s c o n s t a n t e s d a t a b e l a 4.

Tabela 4 - Custo unitário de materiais.

MATERIAL CUSTO OBSERVAÇÕES

C o m p e n s a d o p l a s t i f i c a d o 18 m m = > 2 0 u t i l i z a ç õ e s RS 7 8 , 0 0 / c h a p a O Aquisição
Sarrafos de pínus 0,025 X 0,075 m RS 400,00/m3 Aquisição
Pontaletes de pínus 0,075 X 0,075 m RS 400,00/m3 Aquisição
Tensores R$3,19/unidade Aquisição
Barras de ancoragem R$15,13 Aquisição
C o n e plástico (chupetas) RS 0 , 0 3 / u n i d a d e Aquisição
Tubo P V C RS 1 , 0 0 / m Aquisição
Painel m e t á l i c o RS 0,60m2/dia Locação
Perfil ][ 2 ' c o m 2 , 0 7 k g / m RS 3 , 5 0 k g / m Aquisição
Perfil ][ 3 ' c o m 2 , 4 8 k g / m RS 3 , 5 0 k g / m Aquisição
(•) área d e cada chapa d e madeira compensada = 2,9768 m;

F o n t e : Elaborada pelo autor


P a r a f a c i l i t a r a m o n t a g e m d a s t a b e l a s d e c á l c u l o p a r a a s 11 h i p ó t e s e s a d o t a d a s ,
o s s e g u i n t e s c u s t o s d o s i n s u m o s f o r a m c o n s i d e r a d o s , s u p o n d o a s f ô r m a s de m a d e i r a
c o m p e n s a d a d e 18 m m , c o m t r a v a m e n t o e m s a r r a f o s d e p i n u s o u p e r f i s m e t á l i c o s ,
t r a v a d o s c o m t e n s o r e s , ou b a r r a s de a n c o r a g e m . A á r e a de f ô r m a , s u p o n d o o p é - d i r e i t o
d e 2,80 m ( n ã o s e n d o d e s c o n t a d a s a s a l t u r a s d a s l a j e s e v i g a s ) , t o t a l i z a e m (0,20 x 2 +
0,976 x 2) x 2,80 = 6,59 m 2 .

Custo dos insumos para uma unidade


A1) compensado - 6 . 5 9 m 2 x RS 7 8 . 0 0 R$172,68
2,9768
A2) Sarrafos 2,70 x 2 x R$ 400,00 x 0,075 x 0,03 m R$ 4,86
A3) Sarrafos 2,70 x 4 x R$ 400,00 x 0,075 x 0,025 m R$ 8,10
A 4 ) S a r r a f o s 2 , 7 0 x 12 x RS 4 0 0 , 0 0 x 0 , 0 7 5 x 0 , 0 2 5 m R$ 24,30
A 5 ) T e n s o r e s 3 6 x RS 3 , 1 9 R$114,84
A 6 ) B a r r a s d e a n c o r a g e m 12 x RS 1 5 , 1 3 R$181,56
A7) Tubos de PVC e espaçadores (70 conjuntos) R$ 84,24

4.1.1 Combinações consideradas (hipóteses de cálculo)

É p o s s í v e l c o n s i d e r a r a p r o x i m a d a m e n t e 20 u t i l i z a ç õ e s p o r c i c l o d e f ô r m a d e
c o m p e n s a d o , e c o m n o v e j o g o s d e f ô r m a o b t e r a p r o x i m a d a m e n t e 180 u s o s e m p i l a r e s .

A s e g u i r é m o s t r a d o , n a t a b e l a 5, o e s q u e m a d a s 11 h i p ó t e s e s a d o t a d a s p a r a
avaliação do c u s t o dos pilares:

Tabela 5 - Esquema de montagem e modo de reaproveitamento das fôrmas dos pilares

Hipótese Compensado Tensores Barra de Sarrafos Espaçadores Perfil


ancoragem metálico
• •
h1 9 reposições 5 0 % de 100% de 100% de
reposição reposição reposição
• •
h2 9 reposições 5 0 % de Sem 100% de
reposição reposição reposição

h3 9 reposições Sem Sem 100% de •

reposição reposição reposição *


h4 9 reposições Sem 100% de 100% de
reposição reposição reposição
»
h5 9 reposições *
Sem Sem 100% de
reposição reposição reposição

h6 9 reposições Sem Sem Sem 100% de
reposição reposição reposição reposição
Hipótese compensado tensores Barra de sarrafos espaçadores Perfil
ancoragem metálico

h7 9 reposições *
Sem 50% de 100% de
reposição reposição reposição
h8 9 reposições 5 0 % de *
Sem 100% de Sem
reposição reposição reposição reposição
h9 9 reposições *
Sem Sem 100% de Sem
reposição reposição reposição reposição

h10 9 reposições Sem Sem 100% de Sem
reposição reposição reposição reposição
h11 Fôrma metálica locada
F o n t e : Elaborada pelo autor

Cada hipótese é analisada separadamente, conforme mostrado nas tabelas 6 a


12 a s e g u i r .

PILAR ( 2 0 x 8 0 ) HUHEL A • e MNELOD


S6TCNSOWS
I 70 >
VT

m \
l*

-22.
? .0

F i g u r a 3 0 - Pilares com tensores e sarrafos de madeira


F o n t e : Elatorada pelo autor

• m
Hipótese h-1

Utilizando-se tensores, reposição d e t o d o o sarrafeamento e 5 0 % d o s tensores a c a d a 2 0 utilizações - figura 3 0


9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 . 6 8 x 9 = RS 1.554,12
5 0 % r e p o s i ç ã o d e t e n s o r e s a c a d a 2 0 u t i l i z a ç õ e s (RS 1 1 4 , 8 4 x 9 ) / 2 = R$516,78
1 0 0 % r e p o s i ç ã o d e s a r r a f o s a c a d a 2 0 u t i l i z a ç õ e s RS 3 2 , 4 0 x 9 = R$291,60
Espaçadores plásticos R$ 84,24
TOTAL RS 2.446,74

Hipótese h-2

Utilizando-se tensores, c o m perdas de 5 0 % e s e m perda de sarrafos - figura 30


9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = R$1.554,12
5 0 % reposição de tensores a cada 2 0 utilizações R$ 516,78
Sarrafos s e m reposição R$ 32,40
Espaçadores plásticos R$ 84,24
TOTAL R$ 2.187,54

Hipótese h-3

Utilizando-se tensores s e m perdas, e s e m perda de sarrafos - figura 30


9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = R$1.554,12
Tensores R$114,84
Sarrafos R$ 32,40
Espaçadores plásticos R$ 84,24
TOTAL R$1.785,60
Fonte: Elaborada peto aulor

Pi L A R ( 2 0 x 8 0 )
U BARRAS 0€ AWCORAOU
Í

0=

Õ=

F i g u r a 3 1 - Pilares com barras de ancoragem e sarrafos de madeira


F o n t e : Elaborada peto autor
Hipótese h-4

U t i l i z a n d o - s e b a r r a s d e a n c o r a g e m s e m r e p o s i ç ã o , e c o m 1 0 0 % d e r e p o s i ç ã o d e s a r r a f o s - figura 31
9 reposições de c o m p e n s a d o c o m 2 0 utilizações cada u m a R$ 172,68 x 9 = R$1.554,12
1 0 0 % reposição dos sarrafos a cada 20 utilizações R$ 32,40 x 9 = R$291,60
B a r r a s d e a n c o r a g e m 18 x 1 5 , 1 3 = R $ 2 7 2 , 3 4 R$ 272,34
Espaçadores R$ 84,24
TOTAL R$ 2.202,30

Hipótese h-5

U t i l i z a n d o - s e b a r r a s d e a n c o r a g e m s e m r e p o s i ç ã o e p e r d a z e r o d e s a r r a f o s - f i g u r a 31
9 reposições de c o m p e n s a d o c o m 2 0 utilizações cada u m a R$ 172,68 x 9 = R$1.554,12
B a r r a s d e a n c o r a g e m 18 x 1 5 , 1 3 = R $ 2 7 2 , 3 4 R$ 272,34
Espaçadores R$ 84,24
Sarrafos R$ 32,40 R$ 32,40
TOTAL R$1.943,10
F o n t e : Elaborada pelo autor

F i g u r a 3 2 - Pilares com barras de ancoragem e sarrafos


de madeira e suporte metálico
F o n t e : Elaborada pelo autor
Tabela 8 - Combinações para utilização de sarrafos e suportes metálicos nas fôrmas

Hipótese h-6

F ô r m a c o m c o m p e n s a d o sarrafos verticais e s u p o r t e s metálicos horizontais s e m p e r d a s de sarrafos - figura 3 2


9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 . 6 8 x 9 = RS 1.554,12
2 , 7 0 x 12 x RS 4 0 0 , 0 0 x 0 , 0 2 5 x 0 , 0 7 5 = RS 2 4 , 3 0 (sarrafos) RS 24,30
2 , 7 0 x 2 x RS 4 0 0 , 0 0 x 0,030 x 0,075 = RS 4 , 8 6 (sarrafos) RS 4,86
6 u n . x 2 x 2 , 4 8 k g x 1 , 5 0 m x RS 3 , 5 0 / k g = R S 1 5 6 , 2 4 ( m e t á l i c o ) R$156,24
RS 15,13 x 12 un. = RS 181,56 (barras d e a n c o r a g e m ) R$181,56
TOTAL R$1.921,08

Hipótese h-7

Fôrma c o m compensado e sarrafos verticais e suportes metálicos horizontais c o m 5 0 % perdas de sarrafos - figura 3 2
9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = R$1.554,12
2 , 7 0 x 12 x R S 4 0 0 , 0 0 x 0 , 0 2 5 x 0 , 0 7 5 = R S 2 4 , 3 0 x 9 / 2 ( s a r r a f o s ) R$109,35
2 , 7 0 x 2 x RS 4 0 0 , 0 0 x 0,030x 0,075 = RS 4 , 8 6 x 9/2 (sarrafos) RS 21,87
6 u n . x 2 x 2 , 4 8 k g x 1,50 m x RS 3 , 5 0 / k g = R S 1 5 6 , 2 4 ( m e t á l i c o ) R$156,24
R S 1 5 , 1 3 x 12 u n . = R S 1 8 1 , 5 6 ( b a r r a s d e a n c o r a g e m ) R$181,56
TOTAL R$2.023,14
Fonte: Elaborada peío autor

PILAR (20 x 80)


s „ , 36 TEMSOAES ^ ^ ^ ^
TTTíí—m

i • H

F i g u r a 3 3 - Pilares com suportes metálicos verticais e tensores.


F o n t e : Elaborada pelo autor
FÔRMAS E ESCORAMENTOS PARA EDIFÍCIOS

- Combinação para utilização de suporte metálico vertical e tensores nas fôrmas

Hipótese h-8

F ô r m a c o m suporte metálico vertical, e s p a ç a d o r e s e tensores c o m 5 0 % de reposição e c o m p e n s a d o s


para 2 0 utilizações c o m 9 reposições ^figura 33.
9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = R$1.554,12
2 , 7 0 m x 2 , 0 7 k g / m x 12 un. x RS 3 , 5 0 / k g R$ 234,74
RS ( 1 1 4 , 8 4 x 9 ) / 2 = R$516,78
E s p a ç a d o r e s + s a r r a f o s ( 4 x 2 , 7 0 x 0 , 0 2 5 x 0 , 0 7 5 x R $ 4 0 0 , 0 0 = RS 8 , 1 0 ) R$ 92,34
TOTAL R$ 2.397,98
F o n t e : Elaborada pelo autor

PILAR (20 x 80)


••» BARRAS D€ JWCORAGCM
6/VKSAW PAKflA. 0
Ml|« y rn^/Tff |

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F i g u r a 3 4 - Pilares com suportes metálicos verticais e barras de ancoragem


F o n t e : Elaborada pelo a i í o f
Hipótese h-9

F ô r m a c o m suporte metálico vertical, e s p a ç a d o r e s e barras de a n c o r a g e m e c o m p e n s a d o s para 20


utilizações c o m 9 reposições - figura 34.
9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = R$1.554,12
2 , 7 0 m x 2 , 0 7 k g / m x 12 un. x R $ 3 , 5 0 / k g R$ 234,74
1 5 , 1 3 x 0 , 5 x 1 8 = (barras de ancoragem) R$136,17
E s p a ç a d o r e s + s a r r a f o s RS 8 , 1 0 R$ 92,34
TOTAL R$2.017, 37
Fonte: Elaborada peío autor

PILAR (20 x 80)


1Í BARRAS C€ ASCOtAMU
PAMUA.e PWKI.C'0
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F i g u r a 3 5 - Pilares com suportes metálicos verticais, horizontais e barras de ancoragem


F o n t e : Elaborada pelo autor
Hipótese h-10

F ô r m a de c o m p e n s a d o c o m suporte metálico vertical e horizontal, c o m p e n s a d o c o m 9 reposições e


20 utilizações cada - figura 35
9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = R$1.554,12
2 , 7 0 m x 2 , 0 7 k g / m x 12 un. x RS 3 , 5 0 / k g = ( p e r f i s v e r t i c a i s ) R$ 234,74
2 , 4 8 k g / m x 1,5 m x 6 x 2 x RS 3 , 5 0 / k g = ( perfis h o r i z o n t a i s ) R$155,24
RS 1 5 , 1 3 x 1,0 x 12 = ( b a r r a s d e a n c o r a g e m ) R$136,17
E s p a ç a d o r e s + s a r r a f o s (4 x 2 , 7 0 x 0 , 0 2 5 x 0 , 0 7 5 x R $ 4 0 0 , 0 0 = RS 8 , 1 0 ) R$ 92,34
TOTAL R$ 2.173,61
F o n t e : Elaborada pelo autor

Tabela 12 - Combinação para utilização de painéis metálicos locados nas fôrmas

Hipótese h-11

Locação de painel metálico


Custo do m2/dia = R$0,60
S u p o n d o - s e 180 u t i l i z a ç õ e s c o m 6 d i a s p o r u t i l i z a ç ã o , t e m - s e :
6 , 5 9 m 2 x RS 0 , 6 0 / m 2 / d i a x 1 8 0 d i a s = R$4.270,32
F o n t e : Elaborada pelo autor

A t a b e l a 13 a p r e s e n t a , e m r e s u m o , o c u s t o p a r a c a d a h i p ó t e s e d a s várias
possibilidades (combinações) a serem realizadas para as f ô r m a s dos pilares.

Tabela 13 - Combinações consideradas para montagem de fôrmas de pilares, com vários critérios de projetos

Hipóteses C o m p e n s a d o Sarrafos Tensores Barras d e Espaçadores Perfil Projeto Custo


ancoragem plásticos metálico

h-1 1.554,12 291,60 516,78 —


84,24 — Fig. 3 0 2.446,74
h-2 1.554,12 32,40 516,78 84,24 Fig. 3 0 2.187,54
h-3 1.554,12 32,40 114,84 84,24 Fig. 3 0 1.785,60
h-4 1.554,12 291,60 272,34 84,24 Fig. 31 2.202,30
h-5 1.554,12 32,40 272,34 84,24 Fig. 31 1.943,10
h-6 1.554,12 29,16 181,56 156,24 Fig. 3 2 1.921,08
h-7 1.554,12 131,22 181,56 156,24 Fig. 3 2 2.023,14
h-8 1.554,12 8,10 516,78 84,24 234,74 Fig. 3 3 2.397,98
h-9 1.554,12 8,10 136,17 84,24 234,74 Fig. 3 4 2.017,37
h-10 1.554,12 8,10 136,17 84,24 390,98 Fig. 3 5 2.173,61
h-11 4.270,32 4.270,32
F o n t e : Elaborada pelo autor
4.2 ESTUDO DAS FÔRMAS PARA LAJES
Lajes e vigas, pela continuidade estrutural e interação dos elementos construtivos,
são normalmente concretadas conjuntamente.

Para as lajes, será feito u m e s t u d o c o m p a r a t i v o , c o m três possibilidades de


p r o c e s s o s existentes e usuais no m e r c a d o de f ô r m a s de S ã o Paulo.

» p a r t i n d o - s e da h i p ó t e s e da utilização do c i m b r a m e n t o principal matálico e m


t o d a s as o p ç õ e s , para se obter u m a j u s t e t e l e s c ó p i c o de nível das m e s m a s ;

» no caso do b a r r o t e a m e n t o secundário (transversinas), este pode s e r e x e c u t a d o


c o m a s o p ç õ e s d e s a r r a f o s g a l g a d o s n a o b r a , o u m e t á l i c o s , c o m p r a d o s o u a l u g a d o s , e;

» análise de utilização de painéis metálicos locados para compará-los c o r n o s demais.

N o p r o j e t o , f o i f e i t a u m a a n á l i s e d e c u s t o p a r a a e x e c u ç ã o d a s 180 l a j e s d o
empreendimento, resultando em quatro hipóteses, considerando: cimbramento principal
comprado ou locado, transversinas de madeira com três ou quatro reposições, ou
m e t á l i c a s c o m p r a d a s o u l o c a d a s , e f ô r m a s d e c o m p e n s a d o c o m 20 e 40 u t i l i z a ç õ e s . A
t a b e l a 14 r e s u m e a s q u a t r o h i p ó t e s e s a d o t a d a s .

Tabela 14 - Esquema de montagem e modo de reaproveitamento das fôrmas das lajes

Hipótese Cimbramento Principal Transversinas Fôrmas (compensados)

h-1 Painéis e c i m b r a m e n t o locados


h-2 Comprado 4 reposições 9 reposições (20 utilizações)
h-3 Comprado 3 reposições 4 , 5 r e p o s i ç õ e s ( 4 0 utilizações)
h-4 Locado 3 reposições 4,5 reposições (40 utilizações)
Fonte: Elaborada pelo autor

4.2.1 Cimbramento Principal

N a s t a b e l a s 15 e 16 s ã o a p r e s e n t a d o s o s p e s o s e a s q u a n t i d a d e s d e m a t e r i a i s
para o cimbramento de lajes de concreto.
CIMBRAMENTO METÁLICO

a) 12 q u a d r o s d e 1 , 0 0 x 1 , 0 0 c o m 1 1 , 2 2 kg. 134,64 k g
b) 12 q u a d r o s 1 , 0 0 m p e s a n d o 3 , 9 7 k g / u n i d a d e 47,52 kg
c) 12 s a p a t a s a j u s t á v e i s 3 , 3 7 k g / u n i d a d e 40,44 kg
d) 12 s u p o r t e s a j u s t á v e i s ( f o r ç a d o s ) 5 , 9 7 k g / u n i d a d e 71,64 kg
e) Perfis p r i n c i p a i s 4 0 m x 1 5 , 2 0 k g / m 608 kg
f) Escoras metálicas 20 kg/unidade 280 kg
TOTAL 1.182 kg
F o n t e : Elaborada peto autor

Tabela 1 6 - Peso dos insumos

TABELA DE MATERIAIS

Material
a) DX 1,00 m 3,97 kg
b) TS4 11,22 k g
c) Sapatas ajustáveis 3,34 k g
d) Suportes ajustáveis 5,97 kg
e) Perfil U 1 5 0 m m d u p l o 15,20 k g
f) Perfil U 7 5 m m d u p l o 7,70 kg
F o n t e : Elaborada peto autor

A hipótese adotada para o c i m b r a m e n t o principal metálico, que será utilizado


nas duas sugestões, ou seja, c o m barrotes (transversinas) metálicos ou c o m barrotes
de m a d e i r a executados na obra.

N e s t e c a s o , f o i p r e v i s t a a u t i l i z a ç ã o d e t r ê s t o r r e s m e t á l i c a s e 14 e s c o r a s t a m b é m
m e t á l i c a s , 4 0 m e t r o s d e p e r f i s d u p l o U , c o m h = 15 m m e p e s o 1 5 , 2 0 k g / m .

Torres - Composição
- 1 2 q u a d r o s de 1.00 m x 1.00 m. p e s a n d o 11.22 kg 134.64 kg
- 1 2 D x 1.0, p e s a n d o 3 , 9 7 k g / u n i d a d e 47,52 kg
- 1 2 sapatas, pesando 3,37 kg/unidade 40,44 kg
- 1 2 forcados duplos, pesando 5,97 kg/unidade 71.64 kg
-TOTAL 294,24 kg
Perfis p r i n c i p a i s - c o m p o s i ç ã o - 4 0 m x 1 5 , 2 0 k g / m 608 kg
Escoras metálicas
- 1 4 escoras, c o m 20 kg cada 80 k g
Total do peso do cimbramento principal 1.182,24 kg
- Opção de compra
- 1 . 1 8 2 , 2 4 k g x RS 3 , 5 0 / k g RS 4 . 1 3 7 , 8 4
- Opção de locação
- 1 . 1 8 2 , 2 4 k g x RS 0 , 1 7 / k g / m ê s RS 2 0 0 , 9 8 / m ê s
Análise comparativa - Cimbramento principal (compras x locação)
- Compra de equipamento metálico R$4.137,84

- Preço de Locação: = 1 8 0 ( u t i l i z a ç õ e s ) x 6 ( d i a s ) x RS 2 0 0 . 9 8 R$ 7.235,28 (Eq. 3)


30 (dias)
- Análise financeira da locação
- Considerando o s parâmetros da locação, calcula-se o valor presente adotando:
Taxa de atratividades i = 1,5%
Número de meses n = 36
Prestação mensal p m t = RS 2 0 0 , 9 8

Obtém-se, dessa forma, o valor presente equivalente, P V A = R $ 5.559,24,


c o n s i d e r a n d o o v a l o r d a l o c a ç ã o m e n s a l c o m o u m d e s e n c a i x e d e c a p i t a l . A f i g u r a 36
ilustra a diferença entre alugar e comprar as fôrmas.

Comparativo de custos para cimbramento principal


8
7-f
6 -

£ 5-
E 4 -
Q>
CD 3-
£
O 2-
2 1 -

Comprar Alugar Valor presente (locação)


Opções de aquisição d e cimbramento metálico

F i g u r a 3 6 - Cimbramento principal: compra x locação mensal de equipamento metálico para o ciclo de 180 usos
F o n t e : Elaborada pelo autor

A a n á l i s e d o s c u s t o s d o c i m b r a m e n t o p r i n c i p a l l e v a a o s v a l o r e s d e R $ 4.137,04
p a r a c o m p r a e d e R $ 7.235,28 p a r a l o c a ç ã o e m 36 m e s e s , d e v e n d o - s e n e s t e c a s o , p a r a
c o m p a r a ç ã o , c o n s i d e r a r o v a l o r p r e s e n t e d a l o c a ç ã o , o u s e j a , d e R $ 5.559,24, s e n d o m a i s
vantajosa a compra do equipamento.
4.2.2 Transversinas (Anexos A, B, C, D, E e F)

Para a avaliação dos custos das transversinas, três hipóteses foram consideradas,
conforme indicado a seguir:

H1 - U t i l i z a ç ã o d e t r a n s v e r s i n a s d e s a r r a f o s d e p i n u s ( A n e x o s C, D e F)
( 0 , 0 2 5 x 0 , 1 4 x 2 ) x 2 , 6 2 m x 3 4 u n i d a d e s x R $ 4 5 0 , 0 0 / m 3 = RS 2 8 0 , 6 0 / l a j e
Para três reposições 3 x RS 2 8 0 , 6 0 / l a j e = RS 841,60'laje

H2 - U t i l i z a ç ã o d e t r a n s v e r s i n a s m e t á l i c a s d u p l o U d e 7 5 m m , c o m p r a d o s ( A n e x o s B e E )
- Opção compra metálico
( 2 , 6 2 m x 3 4 u n i d a d e s x 7 , 7 k g / m ) x RS 3 , 5 0 / k g = RS 2 . 4 0 0 , 7 1

H3 - U t i l i z a ç ã o d e t r a n s v e r s i n a s m e t á l i c a s d u p l o U d e 7 5 m m , l o c a d a s ( A n e x o s B e E )
- Opção locação metálico
(2,62 m x 34 u n i d a d e s x 7 , 7 k g / m ) x RS 0 , 1 7 / k g / m ê s = RS 116,61/mês

Análise comparativa de custo entre as opções de transversina


S u p o n d o - s e a u t i l i z a ç ã o d e u m j o g o d e t r a n s v e r s i n a s p o r s e i s d i a s p o r laje, t e m - s e :

a) l o c a ç ã o m e t á l i c o 1 8 0 x 6 x R $ 116,61
30 R$4.197,96
b) C o m p r a m e t á l i c o R$ 2.400,71
c) C o m p r a d e M a d e i r a
Madeira sem reposição RS 2 8 0 , 6 0

A figura 37 ilustra a diferença d ec u s t o entre alugar e c o m p r a r f ô r m a s .

Comparativo de custos das tranversinas das lajes


-iJlOMWUA-t
Valores em reais

Comprar metálica Alugar metálica C o m p r a r m a d e i r a (4 r e p o s i ç õ e s ]


Opções de aquisição

Figura 37 -Transversinas das lajes, locação mensal x comprar metálico x comprar


madeira para um ciclo de 180 usos (quatro reposições)
Fonte: Elaborada peto autor
4.2.3 Análise comparativa do custo de fôrmas para lajes

I) P a i n é i s m e t á l i c o s l o c a d o s , a c o m p a n h a d o s d e c i m b r a m e n t o
- Á r e a 5 3 , 7 4 m 2 x RS 1 7 , 0 0 / m 2 / m ê s = RS 9 1 3 , 5 8
- RS 9 1 3 , 5 8 x 3 6 m e s e s = RS 32.888,89

II) S e for u t i l i z a d o o c i m b r a m e n t o p r i n c i p a l c o m p r a d o e t r a n s v e r s i n a s d e m a d e i r a 0 , 0 2 5 m x 0 , 1 4 m e
c o m p e n s a d o p l a s t i f i c a d o p a r a 2 0 u t i l i z a ç õ e s c o m 9 r e p o s i ç õ e s , a o c u s t o d e RS 7 8 , 0 0 p o r c h a p a :
- Cimbramento principal c o m p r a d o RS 4.137,84
- C h a p a s d e c o m p e n s a d o = ( 5 3 , 7 4 x RS 7 8 , 0 0 x 9 ) / 2 , 9 7 6 8 RS 12.673,17
-Total RS 17.942,41

III) S e for u t i l i z a d o o c i m b r a m e n t o p r i n c i p a l c o m p r a d o e t r a n s v e r s i n a s d e m a d e i r a 0 , 0 2 5 m x 0 , 1 4 m e
c o m p e n s a d o p l a s t i f i c a d o p a r a 4 0 u t i l i z a ç õ e s c o m 4 , 5 r e p o s i ç õ e s , a o c u s t o d e RS 1 1 4 , 0 0 / c h a p a .
- Cimbramento principal c o m p r a d o RS 4.137,84
- Transversinas 3 x reposições RS 841,60
- Chapas de compensado RS 9.261,16
-Total R$14.240,60

IV) S e for u t i l i z a d a a o p ç ã o l o c a ç ã o d o c i m b r a m e n t o e m 3 6 m e s e s e c o m p e n s a d o c o m 4 0 u t i l i z a ç õ e s ,
tem-se:
- Locação do cimbramento principal por 36 meses R$ 7.235,28
- Transversinas 3 x reposições R$ 841,60
- Chapas de compensado R$ 9.261,16
-Total R$17.338,04
Tabela 17 - Comparativa final das diversas opções fôrmas para lajes

I) P a i n é i s m e t á l i c o s c o m c i m b r a m e n t o Locação completa R$ 32.888,89


II) T r a d i c i o n a l c o m p e n s . 2 0 u t i l i z a ç õ e s Compra de cimbramento R$17.942,41
III) T r a d i c i o n a l c o m p e n s . 4 0 u t i l i z a ç õ e s Compra de cimbramento R$14.240,60
IV) T r a d i c i o n a l c o m p e n s . 4 0 u t i l i z a ç õ e s Locação do cimbramento R$17.338,04
F o n t e : Elaborada pelo autor

Pode-se verificar, portanto, c o n f o r m e mostra o gráfico abaixo, o fator prazo é que


d e f i n i t i v a m e n t e deverá ser o e l e m e n t o influenciador na d e c i s ã o de c o m p r a r ou alugar, a
f i m de se obter a s o l u ç ã o m a i s a d e q u a d a para c a d a p r o b l e m a de f ô r m a s , c o n f o r m e m o s t r a
a f i g u r a 39.

Comparativo de custos entre cimbramento metálico x


fôrmas para lajes tradicionais
35
30
25
20
15

o 10

Locação 20 usos - 40 usos - 4 0 usos -


d e painel 9 reposições - cimbramento cimbramento
metálico cimbramento comprado comprado locado
Formas de aquisição

F i g u r a 3 9 - Comparação do custo de (ôrmas para lajes, com painel e cimbramento locado/mês para um
ciclo de 180 usos x fôrmas para lajes com compensados e cimbramentos tradicionais
F o n t e : Elaborada pelo autor

4.3 ESTUDO DOS ESCORAMENTOS DE FÔRMAS PARA VIGAS (ANEXOS G, H e I)


Para o e s c o r a m e n t o das vigas foi feita uma análise c o m p a r a t i v a de custo c o m
u t i l i z a ç ã o d e t o r r e s m e t á l i c a s , p a r a 180 u t i l i z a ç õ e s , c o m v i g a s p r i n c i p a i s e s e c u n d á r i a s
t a m b é m m e t á l i c a s , A n e x o G e I, e u m e s t u d o c o m g a r f o s d e m a d e i r a c o n f e c c i o n a d o s n a
o b r a c o m p i n u s r e f l o r e s t a d o , c o n f o r m e d e s e n h o i n d i c a d o no A n e x o H.
- Opção de c o m p r a de equipamento metálico (cimbramento), Anexo I
- RS 3 , 5 0 / k g x 6 7 9 , 2 0 k g RS 2 . 3 7 7 , 2 0

- O p ç ã o d e l o c a ç ã o e q u i p a m e n t o m e t á l i c o (ver e q u a ç ã o 3), A n e x o I

1 8 0 x 6 x RS 1 1 5 , 4 6
R$4.156,56
30

- Garfos de madeira, Anexo H R$156,94

- C o m 4 r e p o s i ç õ e s = > 4 x RS 1 5 6 , 9 4 Anexo H R$ 627,76

A f i g u r a 40 m o s t r a a c o m p a r a ç ã o e n t r e as o p ç õ e s de painéis para e s c o r a m e n t o
de fôrmas para vigas.

C u s t o de e s c o r a m e n t o de f ô r m a s para viga
com equipamento metálico e garfos de madeira
45
40
35
30
E 25
£
o 20
IA
O 15
O 10
2 5

compra de locação de garfos de madeira


equipamento metálico equipamento metálico com 4 reposições
Opções de aquisição

F i g u r a 4 0 - Escoramento de fôrmas para vigas para um ciclo de 180 usos. com equipamento metálico e
garfos de madeira
F o n t e : E l a b o r a i pelo autor

C o m o é possível notar, e m o b r a s cujo prazo é maior d o que dois meses, dificilmente


a locação de e q u i p a m e n t o m e t á l i c o se m o s t r a viável, t a n t o c o m relação às vigas c o m a
utilização de "garfos" de madeira, q u a n t o e m relação às t r a n s v e r s i n a s d a s lajes, cujo
diferencial de custo t a m b é m mostrou bastante favorável a utilização das peças de
madeira, cujo dimensionamento, como será demonstrado mais adiante, é bastante
s i m p l e s , a s s i m c o m o a s u a f a b r i c a ç ã o . C o m o c i m b r a m e n t o principal d a s lajes, não se
efetuou a opção em madeira pelo fato do seu ajuste, nesse caso, ser pouco adequado.

O n ú m e r o de reposições de garfos e transversinas de madeira é bastante discutível


e d e p e n d e do nível de t r e i n a m e n t o da mão-de-obra, da qualidade da m a d e i r a e do rigor
da fiscalização de quem está executando. O m e s m o raciocínio se aplica aos compensados
e até ao e q u i p a m e n t o metálico. O objetivo aqui é d e m o n s t r a r a f o r m a de abordar o a s s u n t o
em função das várias opções existentes no mercado. Q u a n t o ao n ú m e r o de reposições,
poderá ser avaliado por cada profissional.
O d i a g r a m a d a f i g u r a 41 i n d i c a o c a m i n h o a s e g u i r p a r a a t o m a d a d e d e c i s ã o e n t r e
as opções possíveis.

F i g u r a 4 1 - Diagrama de orientação para confecção de cimbramento de fôrmas para vigas


F o n t e : Elaborada pelo autor

4.4 ESCOLHA DE FÔRMAS PARA ESTRUTURAS ESPECIAIS


Em e s t r u t u r a s especiais, c o m o c a i x a s - d ' á g u a , b l o c o s de f u n d a ç ã o , c o r t i n a s e m
taludes ou de c o n t e n ç ã o e vigas baldrames, lajes c o m g r a n d e s vãos, os diagramas
i n d i c a d o s n a s f i g u r a s 42 a 46, a s e g u i r , s e r v e m d e o r i e n t a ç ã o p a r a d e c i d i r s o b r e o t i p o d e
fôrma, c o n h e c e n d o - s e as particularidades do projeto.

Blocos
Cortinas de concreto

F i g u r a 4 3 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para cortinas de concreto


Fonte: Elaborada peto autor

Caixa-d'água superior

F i g u r a 4 4 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para caixas-dágua superiores


F o n t e : Elaborada polo autor

Baldrames

F i g u r a 45 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para vigas-baldrame


F o n t e : Elaborada pe'o autor
F i g u r a 4 6 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para lajes
treliçadas e lajes nervuradas (cubetas)
F o n t e : Elaborada pelo autor
CRITÉRIOS PARA O
DIMENSIONAMENTO
5. CRITÉRIOS PARA O D I M E N S I O N A M E N T O

P a r a o d i m e n s i o n a m e n t o de fôrmas, p o d e m - s e adotar os procedimentos e os


parâmetros indicados nos diversos documentos normativos disponíveis. São enfocados
aqui os c r i t é r i o s de q u a t r o n o r m a s a s s i m d e f i n i d a s :

» C R I T É R I O U T I L I Z A N D O O S C O E F I C I E N T E S D A N B R 7190/97

» CRITÉRIO DO A.C.I. ( A M E R I C A N CONCRETE INSTITUTE)

» C R I T É R I O D A N O R M A D.I.N. ( D E U S T S C H E S I N S T I T U T F Ü R N O R M U N G )

» C R I T É R I O D O C.E.B. ( C O M I T Ê E U R O - I N T E R N A T I O N A L D U B E T O N )

5.1 CRITÉRIO PARA 0 DIMENSIONAMENTO UTILIZANDO OS COEFICIENTES DA


NORMA BRASILEIRA NBR 7190/97
N e s t e m é t o d o deve-se escolher o critério de c a r r e g a m e n t o que utiliza os
c o e f i c i e n t e s d a N B R 7190/97. N e s t e t r a b a l h o , f o r a m c o n s i d e r a d a s e t a p a s - e f e r e n t e s
aos e l e m e n t o s : pilares, vigas e lajes.

Para tanto, são usados os fatores de majoração e minoração dessa norma,


c o n f o r m e i n d i c a d o s n a s t a b e l a s 18 e 19.

5.1.1 Definições importantes:

Para dar p r o s s e g u i m e n t o às avaliações, são d e f i n i d o s a seguir a l g u n s c o n c e i t o s


básicos para o entendimento das deduções:

Estados-limites

S e g u n d o C a l i l J ú n i o r (2001), s ã o o s e s t a d o s a s s u m i d o s p e l a e s t r u t u r a , a p a r t i r
d o s q u a i s a p r e s e n t a d e s e m p e n h o s i n a d e q u a d o s às f i n a l i d a d e s da c o n s t r u ç ã o :

a) Estados-limites últimos

S ã o o s que por s u a s i m p l e s o c o r r ê n c i a d e t e r m i n a m a p a r a l i s a ç ã o , no t o d o ou e m
parte, do u s o da c o n s t r u ç ã o .

b) Estados-limites de utilização

S ã o os que, por sua ocorrência, r e p e t i ç ã o ou duração, c a u s a m e f e i t o s e s t r u t u r a i s


q u e n ã o r e s p e i t a m as c o n d i ç õ e s e s p e c i f i c a d a s para o uso n o r m a l da c o n s t r u ç ã o , ou q u e
são indícios de c o m p r o m e t i m e n t o da durabilidade da estrutura.
a) p e r m a n e n t e s - s ã o a s q u e a p r e s e n t a m p e q u e n a v a r i a ç ã o d u r a n t e p r a t i c a m e n t e
toda a vida da construção.

b) v a r i á v e i s - a o c o n t r á r i o d a s a ç õ e s p e r m a n e n t e s , a p r e s e n t a m variação
significativa durante a vida da construção.

c) excepcionais - s ã o a s q u e a p r e s e n t a m d u r a ç ã o e x t r e m a m e n t e c u r t a , e c o m
baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da construção.

D e v e - s e o b s e r v a r q u e no c a s o de cimbramentos e fôrmas não existem ações


permanentes.

As tabelas 18 e 19 i n d i c a m os c o e f i c i e n t e s de m a j o r a ç ã o e minoração,
e s p e c i f i c a d o s na n o r m a N B R 7190/97, q u e d e v e r ã o s e r u s a d o s n o s c á l c u l o s e s t r u t u r a i s .

Tabela 18 - Ações variáveis, combinações últimas

Combinações Ações variáveis em geral incluídas Efeitos da


as cargas acidentais móveis temperatura

Normais Y Q =1.4 YP-1.2


Especiais ou de construção YQ = 1«2 YF = I.O
Excepcionais YR> = 1 '0 YC = 0
F o n t e : A B N T - Associação Brasileira de Normas Técnicas (1997)

Tabela 19 - Fatores de minoração (Fonte: NBR 7190/97)

Ações em estruturas correntes, cargas acidentais dos edifícios


Locais onde não há predominância de pesos de equipamentos 0,4 0,3 0,2
fixos n e m elevadas concentrações d e pessoas
Locais o n d e há predominância de pesos de equipamentos fixos 0,7 0,6 0,4
e elevadas concentrações de pessoas
Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6
F o n t e : A B N T - Associação Brasileira d e N o r m a s Técnicas (1997)

Onde:

\|/ 0 = A ç õ e s variáveis secundárias para o estado-limite último.

= A ç õ e s variáveis de m é d i a d u r a ç ã o para o e s t a d o - l i m i t e de utilização.

v|/2 = A ç õ e s variáveis de longa d u r a ç ã o para o e s t a d o - l i m i t e de utilização.


Tabela 2 0 - V a l o r e s d e k m o d l

Classe de carregamento Madeira serrada Madeira recomposta


Madeira laminada colada
Madeira compensada

Permanente 0,6 0,30


Longa duração 0,7 0,45
Média duração 0,8 0,65
Curta duração 0.9 0,9
Instantânea 1,10 1,10
F o n t e : ABNT - Associação Brasileira d e N o r m a s Técnicas (1997)

Tabela 2 1 - V a l o r e s de

Classes de umidade Madeira serrada Madeira recomposta


Madeira laminada colada
Madeira compensada

(1)e(2) 1.0 1,0


(3) e (4) 0.8 0,9
Fonte: ABNT - A s s c o a ç à o Brasileira d e Normas Técnicas (1997)

O c o e f i c i e n t e de m o d i f i c a ç ã o k m 0 ( l 3 leva e m c o n s i d e r a ç ã o a c a t e g o r i a da m a d e i r a
u t i l i z a d a , p a r a p r i m e i r a c a t e g o r i a k m o d 3 = 1,0. C a s o i s s o n ã o o c o r r a , a m a d e i r a é
c l a s s i f i c a d a c o m o d e s e g u n d a c a t e g o r i a , c o m o k m o d 3 = 0,8.

O s v a l o r e s d e k m o d 2 s ã o r e f e r e n c i a d o s c o n f o r m e i n d i c a ç ã o n a s t a b e l a s 21 e 2 2 . N o
c a s o d e f ô r m a s , e s s e c o e f i c i e n t e é s e m p r e 0,8, d e v i d o à s c o n d i ç õ e s d e u s o ( u m i d a d e
acima de 85%).

Tabela 22 - Classes de umidade

Classes de umidade Umidade relativa do ambiente Umidade de equilíbrio da madeira

1 < 65% 12%


2 65% < U < 75% 15%
3 75% < U < 85% 18%
4 U > 8 5 % durante longos períodos > 25%
Fonte: ABNT - Assco-açáo Brasileira d e N o r m a s Técnicas (1997)
>> C o m p r e s s ã o p a r a l e l a à s f i b r a s Ym = M

>>Tração paralela às f i b r a s Y„,= 1.8

>> C i s a l h a m e n t o p a r a l e l o à s f i b r a s Y =1,8

Por exemplo, a t e n s ã o de c o m p r e s s ã o de cálculo se avalia por:

K x F
C
c.d.comp
— mcKi c.k.comp
( e q u a ç ã o 4)

O n d e fc k c o m p é c a l c u l a d o p a r a u m a a m o s t r a c o m p e l o m e n o s s e i s e x e m p l a r e s , p a r a
m a d e i r a s c o n h e c i d a s , e 12 e x e m p l a r e s p a r a a s d e s c o n h e c i d a s , e c a d a l o t e c o m v o l u m e
m á x i m o 12 m 3 .

n
õ2 - r
I te. coirp
c.k.ccnp
2 _L_ - Í c.H 1,1 ( e q u a ç ã o 5)
2
2"

ou

c.k.comp X F c m c o m p
( e q u a ç ã o 6)

Q u a n d o não se d i s p õ e m de dados estatísticos sobre o lote avaliado, podem ser


adotados os resultados médios obtidos em laboratórios idôneos.
5.1.2 Parâmetros para caracterização de madeira compensada, conforme a A B I M C I

A A s s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d a I n d ú s t r i a d e M a d e i r a P r o c e s s a d a (2002) f o r n e c e e m
s e u s m a n u a i s u m a o r i e n t a ç ã o para d e f i n i ç ã o d o s p a r â m e t r o s e e q u a ç õ e s u t i l i z a d a s no
d i m e n s i o n a m e n t o de f ô r m a s , s e g u n d o as p r e s s õ e s de t r a b a l h o e d e f o r m a ç ã o m á x i m a
(flecha), limitada em F = l
360

N a t a b e l a 23 s ã o i n d i c a d a s a s c a r a c t e r í s t i c a s f í s i c a s e g e o m é t r i c a s f o r n e c i d a s
pela A B I M C I para compensados.

Tabela 23 - Características físicas e geométricas de compensados

Compensado N° de lâminas Módulo de Elasticidade Momento de


Paralelo (E) S Inércia (J) cm 4

18 m m 9 70949 48,6
18 m m 7 63383 48,6
15 m m 7 69130 28,13
15 m m 5 69331 28,13
12 m m 5 68990 14,40
Fonte: A S S O C I A Ç Ã O BRASILEIRA 0 A INDÚSTRIA DE MADEIRA P R O C E S S A D A (2C02)

A seguir, são ilustrados três exemplos de f ô r m a s utilizando-se as informações


d a t a b e l a 23 p a r a s i t u a ç õ e s d e c a r r e g a m e n t o d e c h a p a s d e c o m p e n s a d o c o m d o i s , t r ê s e
quatro apoios, respectivamente.

Para os cálculos, foi c o n s i d e r a d o : f e m cm, I e m cm, J e m c m 4 (seção = e s p e s s u r a


e m c m x l a r g u r a 100 c m ) e E e m k g f / c m 2 .

C o m o resultado, a c a r g a d i s t r i b u í d a " q " é obtida u s a n d o - s e as f ó r m u l a s indicadas


em cada exemplo:

Exemplo 1 j; • • • • • • •

q = _7618JJxExJ (kN/m2) ( e q u a ç ã o 7)

Para obter as c a r g a s e m kN/m2, ou

q= ^ (kgf/cm 2 ) ( e q u a ç ã o 8)

Para obter as cargas em kgf/cm2


Pressão na fôrma de compensado x espaçamento entre apoios
Dados da ABIMCI - com 2 apoios
30

25 - 18-91-ABIMCI
È 20 - 18-71-ABIMCI
zJí - 15-71-51 ABIMCI
15
o - 12-51-ABIMCI
Ü
a> 10
o.
5

0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6 0.65


Espaçamento (m)

F i g u r a 4 7 - Curvas indicativas do carregamento máximo para dois apoios


F o n t e : Elaborada peto autor

Exemplo 2

q= 185x.f.xExJ (kN/m2) ( e q u a ç ã o 9)

Para obter as c a r g a s e m kN/m2, ou

q= 18 <*!xExJ kgf/cm 2 ) ( e q u a ç ã o 10)


iOOx I
Para obter as c a r g a s e m kgf/cm2
Pressão na f ô r m a de c o m p e n s a d o x e s p a ç a m e n t o entre a p o i o s
Dados da ABIMCI - com 3 apoios

18-91-ABIMCI
•18-71-ABIMCI

0.7
Espaçamento (m)

F i g u r a 4 8 - Curvas indicativas do carregamento máximo para três apoios


F o n t e : Elaborada pelo autor

Exemplo 3

q = 145'25
|4
xfxExJ (kN/m2) ( e q u a ç ã o 11)

Para obter as cargas em kN/m2, ou

( e q u a ç ã o 12)
1 4 5 , 2 5 xfx E x J
q = ' ' " 7 ; ; ' ;4 (kgf/cm2)
100xl4
Para obter as cargas em kgf/cm2
Pressão na f ô r m a d e c o m p e n s a d o x e s p a ç a m e n t o entre a p o i o s
Dados da ABIMCI - c o m 4 apoios
60

50

1 40

| 20
cx
10

00 . 3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6 0.65

Espaçamento (m)

F i g u r a 4 9 - Curvas indicativas do carregamento máximo para quatro apoios.

Fonte: Elaborada pelo auior

5 . 2 D I M E N S I O N A M E N T O DE F Ô R M A S P A R A L A J E S , U T I L I Z A N D O o s P A R Â M E T R O S DA N B R 7 1 9 0 / 9 7

C o m o exemplo, é efetuado c o m quatro apoios o cálculo de uma f ô r m a para uma


l a j e d e c o n c r e t o d e 10 c m d e e s p e s s u r a , c o n f o r m e d e s c r i t o a s e g u i r .

a ) Qcon = V C O n x h i a j o = > P e s o P ^ p r i o do concreto

b ) Qcomp = Y comp xe e s Pessura d o compensado)

c) q = 2,00 k N / m 2

5.2.1 Combinação das ações

A s seguintes combinações foram definidas:

>> e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o

= 1'2 toconc+ ° ' 7 = > 1'2 (2-5 + °'7*2.°) = 4-68 kN /™2 ( e q u a ç ã o 13)

Y q = 1.2 ( v e r t a b e l a 18)

vy0=0,7 ( v e r t a b e l a 19)

>> e s t a d o - l i m i t e de u t i l i z a ç ã o

q d u t i l = q c o n c + 0,6 q c i r c = > 2,5 + 0 , 6 , 2,0 = 3,70 k N / m 2 ( e q u a ç ã o 14)

(>;/, = 0 , 6 ) ( v e r t a b e l a 19)
5.2.1.1 Dimensionamento da fôrma

N o caso do d i m e n s i o n a m e n t o no e s t a d o - l i m i t e de utilização, o peso próprio das


f ô r m a s poderá ser desprezado.

Para a v e r i f i c a ç ã o do e s p a ç a m e n t o das t r a n s v e r s i n a s s e r á c o n s i d e r a d o o e s q u e m a
e s t á t i c o c o m quatro apoios, a d o t a n d o u m c o m p e n s a d o d e 18 mm, nove lâminas, c o m
E = 70.949 kgf/cm 2 . O p r o c e d i m e n t o p o d e r á s e r s e g u i d o p o r m e i o d a e x p r e s s ã o a n a l í t i c a
( e q u a ç ã o 12), o u d a f o r m a g r á f i c a , c o n f o r m e m o s t r a a f i g u r a 49.

|3 = 145,25x70.949x48,6 = > ,= 7 2 c m
360x370

Pode-se verificar que o e s p a ç a m e n t o para c a r r e g a m e n t o no e s t a d o - l i m i t e de


u t i l i z a ç ã o u l t r a p a s s a o v a l o r d e 65 c m . P o r t a n t o , a d o t a - s e e s s e v a l o r p a r a a v e r i f i c a ç ã o
do estado último.

N o caso da verificação no estado-limite último, tem-se:

>> para vigas c o m quatro apoios

P d = 4 , 6 8 x 10" 1 b x k N / c m

P L 2
M =— — ( e q u a ç ã o 15)

a = —j—^— ( e q u a ç ã o 16)

C a l c u l a - s e e s s a t e n s ã o d e t r a b a l h o ( e q u a ç ã o 16) p a r a p o s t e r i o r c o m p a r a ç ã o c o m
a t e n s ã o de cálculo.

4,86x10-S723x3 ^ i k „ ,
a = r = 0,47 kN/cm2
5x1,8
5.2.1.2 Verificação da tensão de cálculo

A t e n s ã o m é d i a d a c o m p r e s s ã o p a r a l e l a n a s f i b r a s f c m c o m p = 3,00 k N / c m 2 , f o i
o b t i d a e m a m o s t r a , c o m p e l o m e n o s 12 e x e m p l a r e s , o u f o r n e c i d a p e l o f a b r i c a n t e
de c o m p e n s a d o .

F c.. kM. c mo mnp = 0 ,' 7 0 x F c . m . c o m p = 2 , 1 k N / c m 2 ( v e r e q u a ç ã o 6)

^r.odi = 0>9 ( c a r r e g a m e n t o d e c u r t a d u r a ç ã o ) ( v e r t a b e l a 20)

Kmwi2= 0,8 ( c l a s s e d e u m i d a d e 4) ( v e r t a b e l a 21)

KmwJ3= 0,8 ( s e m p r é v i a c l a s s i f i c a ç ã o d e p e ç a s )

K h k * x F C>.C^ 0,58x2,1
F = p = = 0 8 7 k N / c m 2 (ver e q u a ç ã o 4)
c.d.comp 1 4

<wc '

^rnod ~ ^modl X ^mod2 X ^mod3

a = 0 , 4 7 k N / c m 2 < F„c .rdf . c c ^ n p = 0 , 8 7 k N / c m 2 P o r t a n t o , e s t á O K ! (eq. 17)

5.3 DIMENSIONAMENTO DE FÔRMAS PARA VIGAS, UTILIZANDO OS PARÂMETROS


DA NBR 7190/97

a) qv = >
•v.d "v.d.uti^

= >
b ) ^h.max

= >
2/3H,d ® ^ 2 / 3 H . dri. unti^
ti
3
d> < U = >
<U- = « U + % * < U * Ycoo) - H kN/m 2 = (25 + 0,6 x 0,1 x 25) x 0,50 = 13,50 k N / m 2

q, d . uw = Y q « U + V 0 * < U >< Ycoo)« H kN/m 2 = 1,2 (25 + 0,7 x 2,5) 0,50 = 16,05 k N / m 2

Pressão horizontal

^h.max = < V K

sendo K = — 1 ~ s e n 1 5 ° — _ o,60 c o m 0 = 15° ( â n g u l o d e a t r i t o i n t e r n o do c o n c r e t o )


1 + sen15°

^h.max.util — ^v.d.util x ^

^h.max.util = ^v.d x K

A p r e s s ã o d o c o n c r e t o d e v e s e r t o m a d a c o m o v a l o r c o r r e s p o n d e n t e a 2/3 H ,
c o n f o r m e i n d i c a d o n a f i g u r a 50.

(2/3 H)
= 13 -50 x x 2/3 = 5 '40 k N / m 2

P e l a f ó r m u l a 12, c a l c u l a - s e o v a l o r d e l ,

l? = 1 4 5 , 2 5 x 7 0 . 9 4 9 x 4 8 , 6 = > t = 63 4 c m
360x5,40

E n c o n t r a n d o o v a l o r d e 63,4 c m p a r a o e s p a ç a m e n t o e n t r e a s t r a v e s s a s , c o m e s s a
m e d i d a f a z - s e a verificação no e s t a d o - l i m i t e último. P o s t e r i o r m e n t e , u m a nova c h e c a g e m
deverá ser e f e t u a d a q u a n d o do d i m e n s i o n a m e n t o do f u n d o d a s vigas. C o m o auxílio da
f ó r m u l a 16, c a l c u l a - s e o v a l o r d a t e n s ã o :

_ 6,42«10 " » 63g«3 = < F = 0 , 8 7 kN/m>


5x1,82
Portanto, esté O K !

5.4 DIMENSIONAMENTO DE FÔRMAS PARA PILARES, UTILIZANDO OS PARÂMETROS


DA NBR 7190/97

N o c a s o de pilares, C a l i l J ú n i o r (2001) s u g e r e que, c o m o a r e l a ç ã o a l t u r a / l a d o


é maior que para vigas, pode-se considerar a f ó r m u l a de J a n s s e n para as pressões
laterais:

1 -e ( e q u a ç ã o 18)

a) 7 = p e s o e s p e c í f i c o d o c o n c r e t o

b) R = raio h i d r á u l i c o = á r e a da s e ç ã o / p e r í m e t r o = ^ ( e q u a ç ã o 19)

c) p = coeficiente de atrito do concreto c o m a chapa de c o m p e n s a d o

= > t g 10° = 0,176


d ) k = — 1 - sen 15° _ 0 60 c o m 0 = 15° ( â n g u l o d e a t r i t o i n t e r n o d o c o n c r e t o )
1 + s e n 15°
e) o y na f ó r m u l a da p r e s s ã o s e r á u s a d o c o m d u a s m a j o r a ç õ e s d i f e r e n t e s p a r a
cada estado: o limite de utilização e o limite último.
f) o z c o r r e s p o n d e à a l t u r a d o p i l a r .

A ç õ e s a considerar:

y é o peso específico do concreto c o m as c o m b i n a ç õ e s das ações.

Y au(l = 25,0 + 0,6 x 0,10 x 25 = 26,5 ( e s t a d o - l i m i t e de utilização) (equação


20)

= Yq(Ycon + H>0 x Y j = 1,2 (25,0 + 0,7 x 0,10 x 25) = 32,1 k N / m 3

(estado-limite último) ( e q u a ç ã o 21)

e vyc e \]/ 1 , c o n f o r m e t a b e l a d e f a t o r e s d e m i n o r a ç ã o d a t a b e l a 19

yvit)- 10% y c o n , c o n f o r m e c o n s i d e r a C a l i l J ú n i o r (2001)

C o m o nas vigas e nas lajes, vou exemplificar melhor o d i m e n s i o n a m e n t o .

S e j a u m p i l a r d e 0,20 m x 0 , 7 0 m c o m u m p é - d i r e i t o d e 2,90 m , a p l i c a n d c a f ó r m u l a
de J a n s s e n t e m - s e para o e s t a d o - l i m i t e de utilização, c o m â n g u l o de a t r i t o interno do
c o n c r e t o 0 = 15° e p = 1 0 ° ( c o e f i c i e n t e d e a t r i t o c o n c r e t o x c h a p a ) , o g r á f i c o m o s t r a d o
n a f i g u r a 51:

Y ^ Y c o n + N W v * = kN/m3
P r e s s ã o n o pilar (0,20 x 0,70) c o m 2,90 de altura
n o e s t a d o limite d e utilização

1.5 2
Altura ( m )

F i g u r a 5 1 - Gráfico da pressão em pilar 0.20 mx 0.70 m com h = 2.90 para o estado-limite de utilização
F o n t e : Elaborada pelo auior

O d i m e n s i o n a m e n t o p a r a o e s t a d o - l i m i t e d e u t i l i z a ç ã o é o g r á f i c o d a f i g u r a 52,
pois o pilar possui s o m e n t e u m a linha de e s t r u t u r a ç ã o no meio.

P r e s s ã o n o pilar (0,20x 0,70) c o m 2,90 de altura


para o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o
16
14 '
E 12
1 10
o 8
•TO
8 6
a 4
2
0
0.5 1 1.5 2 2.5 3 3
Altura ( m )

F i g u r a 5 2 - Gráfico da pressão em pilar 0.20 m x 0.70 m com h = 2.90 para o estado-limite último
Fonte: Elaborada peto autor
A n a l i t i c a m e n t e , c o m as d i m e n s õ e s a c i m a o b t é m - s e o s e g u i n t e resultado:

yR 1 -e = 11,48 kN/m2 p t e n s ã o l i m i t e d e u t i l i z a ç ã o ( v e r e q . 18)


a r a

yR 1 -e = 13,91 kN/m2 p a r a t e n s ã o n o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o (ver e q . 18)


0,=
M

O d i m e n s i o n a m e n t o será feito no e s t a d o - l i m i t e de utilização, c o n f o r m e a


f ó r m u l a (10).

£ = ^^360 => ^= 53,43 cm va'or e s t e q u e


P o c J e r i a ser tirado do gráfico do ponto
de vista m a i s p r á t i c o

A verificação para o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o será:

13,9U10^532x3
a = = 0,52 kN/cm2 n 0,87 kN/cm2 (3 a p o i o s , v e r e q u a ç ã o 16)
7^1782

C o m o o p i l a r p o s s u i s o m e n t e 70 c m , a d o t a - s e u m a l i n h a d e t r a v a m e n t o n o m e i o
dele, favorecendo a segurança.

5.5 CRITÉRIO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE - A.C.I.


O s critérios para o d i m e n s i o n a m e n t o das diversas peças estruturais - os pilares,
as vigas e as lajes - são os a d o t a d o s pelo A . C . I . ( A m e r i c a n C o n c r e t e Instiíute) a p u d
H U R D (1963), c o n s i d e r a n d o a s p r e s s õ e s e o s c a r r e g a m e n t o s a l i i n d i c a d o s .

5.5.1 Elementos para o dimensionamento de fôrmas, segundo o A.C.I.

S e g u n d o H u r d (1963), o c o n c r e t o p o d e s e r c o n s i d e r a d o u m l í q u i d o c o m u m a
v i c i o s i d a d e aparente r e l a t i v a m e n t e alta, que g r a d a t i v a m e n t e , e m f u n ç ã o do t e m p o , se
transforma em um corpo plástico até endurecer e converter-se e m uma massa elástica.
C o m o para o d i m e n s i o n a m e n t o das f ô r m a s é f u n d a m e n t a l o c o n h e c i m e n t o da
pressão que o concreto exerce sobre as paredes do molde, vários organismos
e s p e c i a l i z a d o s e m t e c n o l o g i a do concreto, c o m o , por exemplo, o A . C . I - A m e r i c a n
C o n c r e t e Institute, s i s t e m a t i z a r a m as d i v e r s a s p e s q u i s a s sobre e s s e t e m a para elaborar
recomendações simples. Essas diretrizes permitem definir a pressão do concreto em
f u n ç ã o da v e l o c i d a d e da c o n c r e t a g e m na d i r e ç ã o vertical, n u m a o p e r a ç ã o contínua, e a
t e m p e r a t u r a d e l e no i n s t a n t e do l a n ç a m e n t o na f ô r m a .

Evidentemente, outros parâmetros complementares poderiam definir essa pressão


de maneira mais exata, tais c o m o o efeito de vibração durante o adensamento, a
e s p e s s u r a do e l e m e n t o concretado, etc. Porém, para fins práticos, os valores do A.C.I.
são conservadores para o dimensionamento.

5.5.2 A s pressões laterais na fôrma devido à ação do concreto fresco

O s c a r r e g a m e n t o s i m p o s t o s p e l o c o n c r e t o f r e s c o n a s p a r e d e s d e v i g a s eu d e
colunas são sensivelmente diferentes dos carregamentos em lajes horizontais. O
concreto comporta-se como um fluido produzindo pressões hidrostáticas que a:uam
lateralmente nas fôrmas verticais.

A pressão lateral efetiva é influenciada pelo peso, velocidade de concretagem,


t e m p e r a t u r a da mistura do concreto, uso de retardadores e pelo efeito da vibração ou
m é t o d o s de adensamento.

C o m o e s s e s f a t o r e s a f e t a m a pressão lateral, d e v e m ser avaliados antes da


e x e c u ç ã o do p r o j e t o de f ô r m a .

5.5.3 0 peso do concreto

O p e s o do c o n c r e t o t e m i n f l u ê n c i a d i r e t a na p r e s s ã o h i d r o s t á t i c a . A pressão é a
m e s m a e m t o d a s as d i r e ç õ e s e p o d e m o s c o n s i d e r a r a d e n s i d a d e c o m o a de um fluido
c o m o 2.400 k g / m 3 , q u e s e a p r o x i m a d o s c o n c r e t o s u s u a i s .

5.5.4 A velocidade de concretagem ou de enchimento

A v e l o c i d a d e de c o n c r e t a g e m t e m e f e i t o p r i m á r i o na p r e s s ã o lateral das f ô r m a s ,
e e s s a p r e s s ã o é p r o p o r c i o n a l a t é o l i m i t e d a p r e s s ã o t o t a l d o f l u i d o , 2.400 x h.

O l O
5.5.5 A vibração

A v i b r a ç ã o i n t e r n a t e n d e a c o n s o l i d a r o c o n c r e t o e a u m e n t a d e 10% a 20% a p r e s s ã o
lateral, quando c o m p a r a d a c o m concreto que é lançado sem vibração.

5.5.6 Temperatura

A t e m p e r a t u r a do c o n c r e t o na h o r a do l a n ç a m e n t o t e m i m p o r t a n t e influência na
pressão, porque afeta o "início de pega".

5.5.7 Sobrecarga nas lajes e vigas

O s e s f o r ç o s n a s lajes, s e g u n d o o A.C.I., s e g u e m as r e c o m e n d a ç õ e s para


c o n s i d e r a r o p e s o p r ó p r i o , m a i s s o b r e c a r g a m í n i m a d e 244 k g f / m 2 .

N a s vigas, as p r e s s õ e s laterais s e g u e m o m e s m o critério das paredes. Para o


d i m e n s i o n a m e n t o d o f u n d o d a s v i g a s , a c r e s c e n t a r a c a r g a m í n i m a d e 74 k g f / m , a l é m d o
peso próprio.

5.5.8 Outras variáveis (segundo o A.C.I.)

A pressão lateral do c o n c r e t o pode t a m b é m ser influenciada pela t e m p e r a t u r a


ambiente, consistência do concreto, localização dos reforços das fôrmas, pressão dos
poros, água, d i â m e t r o m á x i m o d o s a g r e g a d o s , t i p o de c i m e n t o , a l t u r a de l a n ç a m e n t o ,
seção de c o n c r e t o e até da textura e da p e r m e a b i l i d a d e da fôrma. Todavia, nas
concretagens usuais tais fatores não são levados em conta.

O s t i p o s de c i m e n t o ou a utilização de p o z o l a n a e m a m b i e n t e s c o m baixas
t e m p e r a t u r a s , ou c o m r e t a r d a d o r e s de pega, t ê m s i g n i f i c a t i v o e f e i t o na pressão lateral
das fôrmas.

D e p o i s d e 50 a 60 a n o s d e d i s c u s s ã o , t e s t e s d e l a b o r a t ó r i o s , i n v e s t i g a ç õ e s d e
c a m p o etc., ainda persistem a l g u m a s discordâncias entre engenheiros, físicos,
f a b r i c a n t e s de f ô r m a s e e m p r e e n d e d o r e s sobre essas variáveis que e n t r a m n e s s e
s i s t e m a . P o r é m , o A . C . I . ( C o m m i t t e e 622) a p u d H U R D 1963, d e s e n v o l v e u f ó r m u l a p a r a a
m á x i m a p r e s s ã o lateral, c o n s i d e r a n d o , e m dois casos, as c o n d i ç õ e s de t e m p e r a t u r a , a
v i b r a ç ã o interna, o p e s o do c o n c r e t o e seu a b a t i m e n t o m á x i m o ( s l u m p ) . No p r i m e i r o
c a s o , a v e l o c i d a d e d e c o n c r e t a g e m n ã o d e v e e x c e d e r 2,13 m (7 p é s ) p o r h o r a ( f ó r m u l a I)
e n o s e g u n d o n ã o d e v e p a s s a r d e 3,05 m (10 p é s ) p o r h o r a ( f ó r m u l a I I ) . E m a m b o s o s
c a s o s , o s l u m p n ã o d e v e s e r m a i o r q u e 10 c m ( 4 " ) , e o c o m p r i m e n t o d a v i b r a ç ã o d e v e
f i c a r l i m i t a d o a 1,21m (4 p é s ) d o t o p o d a f a c e d o c o n c r e t o .

N o c a s o d e a s p a r e d e s s e r e m m e n o r e s q u e 3,05 m e t r o s e m e s m o a s s i m a
v e l o c i d a d e d e c o n c r e t a g e m f o r d e 3,05 m p o r h o r a , p o d e - s e a d o t a r (24 k g / m 3 ) x h , d e s d e
Formulai: p = 150 + 9 0 0 0 xR ( m á x i m o 9.760 k g / m 2 ) o u
T 2.400 k g / m 3 x h s e f o r m e n o r ,
( e q u a ç ã o 21)

CX I II 43.400 2.800 R . . . ft7Cftl , 2


Fórmula II: p = l 5 0 + + ( m á x i m o 9.760 k g / m 2 o u
T T 2.400 k g / m 3 x h s e f o r m e n o r .
( e q u a ç ã o 22)

p = m á x i m a p r e s s ã o l a t e r a l psf ( l i b r a por pé q u a d r a d o )

R = velocidade de enchimento em pé/h

T = t e m p e r a t u r a d o c o n c r e t o n a s f ô r m a s e m F°

h = máxima altura de concretagem

Obs.: o s v a l o r e s d e p o b t i d o s n a s f ó r m u l a s I e 11 s ã o e x p r e s s o s e m Ib/pé 2 , d e v e n d o -
s e a p l i c a r o c o e f i c i e n t e 0,048825 p a r a t r a n s f o r m a r e m k N / m 2 . A t a b e l a 24 a p r e s e n t a o s
v a l o r e s d a p r e s s ã o m á x i m a na f ô r m a , e m f u n ç ã o d a v e l o c i d a d e d e c o n c r e t a g e m .

Tabela 24 - Máxima pressão do concreto - velocidade x temperatura - Paredes

Velocidade de Pressão máxima em kg/m2


concretagem pela tempera ura indicada
m/m 32°C 27°C 21 °C 15°C 10°C 4°C
0,30 12,20 12,78 13,56 14,64 16,10 18,30
0,60 17,08 18,30 19,86 21,96 24,88 29,28
0,90 21,96 23.81 26,15 29,28 33,67 40,26
1,20 26,84 29,28 32,40 36,60 42,45 51,24
1,50 31,72 34,74 38,69 43,92 51,24 62,22
1,80 36,60 40,26 44,94 51,24 60,02 73,20
2,10 41,48 45,77 51,24 58,56 68,80 84,18
2,40 42,99 47,48 53,19 60,80 71,54 87,59
2,70 44,50 49,19 55,14 63,09 74,27 91,01
3,00 46,01 50,89 57,09 65,39 77,00 94,42
Fonte: HURD<1963)
5.6 PRESSÃO NAS FÔRMAS DOS PILARES
Em m u i t o s t i p o s de c o n s t r u ç ã o , as f ô r m a s d o s pilares são p e q u e n a s e o c o n c r e t o
lançado as p r e e n c h e e m t e m p o r e l a t i v a m e n t e curto.

A vibração colabora para que a pressão nas f ô r m a s seja maior nos pilares do que
em paredes de concreto.

Se o p r e e n c h i m e n t o total é feito em m e n o s t e m p o do que o requerido para


que o concreto endureça consideravelmente, a pressão exercida é essencialmente
fluida e a u m e n t a u n i f o r m e m e n t e desde zero até o f u n d o da fôrma, onde ocorre o
valor máximo.

O p r o c e d i m e n t o d e s e n v o l v i d o p e l o A . C . I . C o m m i t t e e 622 r e c o m e n d a a f ó r m u l a
para a m á x i m a pressão nas f ô r m a s dos pilares, c o m concretos pesando em torno de
2.427 k g / m 3 .

9.000
>> p = 150 + ——— x R ( f ó r m u l a o r i g i n a l p a r a p e m p s f ; T e m °F e R m f t / h ) ,
o u ( e q u a ç ã o 23)

>> Yx h = ( 2 - 4 0 0 k g / m 3 ) x h; o u ( 2 4 , 0 k N / m 3 ) x h, l i m i t a d a a 146,47 k N / m 2
( 3 . 0 0 0 p s f ) , c o n f o r m e t a b e l a 16, a
s e g u i r ( e q u a ç ã o 24)

N a t a b e l a 25, a s p r e s s õ e s e s t ã o i n d i c a d a s e m k N / m 2 ; t e m p e r a t u r a e m °C e v e m m / h .
Tabela 25 - Máxima pressão do concreto - kN/m 2 - Pilares

Velocidade de P= máxima pressão lateral em kN/m 2 ,


enchimento para astemperaturas (t) indicadas
(m/h) 32° C 27° C 21°C 15°C 10°C 4o C
0,30 12,20 12,79 13,57 14,64 16,11 18,30
0,60 17,08 18,30 19,87 21,97 24,90 29,29
0,90 21,97 23,82 26,17 29,29 33,68 40,28
1,20 26,85 29,29 32,41 36,61 42,47 51,26
1,50 31,73 34,76 38,71 43,94 51,26 62,25
1,80 36,61 40,28 44,96 51,26 60,05 73,23
2,10 41,50 45,79 51,26 58,59 68,84 84,22
2,40 46,38 51,26 57,51 65,91 77,63 95,20
2,70 51,26 56,78 63,81 73,23 86,42 106,19
3,00 56,14 62,25 70,06 80,56 95,20 117,18
3,30 61,03 67,76 76,36 87,88 103,99 128,6
3,60 65,91 73,23 82,66 95,20 112,78 139,15
3,90 70,79 78,75 88,95 102,53 121,57 146,47
4,20 75,67 84,22 95,20 109,85 130,36
4,80 85,44 95,20 107,75 124,50 146,47
5,40 95,20 106,19 120,30 139,15
6,00 104,97 117,18 132,85 146,47
6,60 114,73 128,16 145,44
7,20 124,50 139,15 146,47
7,80 134,26 146,47 Limite = 146,47 kN/m2
8,40 144,03
9,00 146,47
Fonte: HURD(1963)

O s valores c o n s t a n t e s na tabela a c i m a p o d e m ser interpretados graficamente,


c o n f o r m e a f i g u r a 53, o n d e s e t e m a p r e s s ã o n a f ô r m a e m f u n ç ã o d a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o .
Pressão m á x i m a e m pilares - A.C.I
160
T = 4 T = 10 T = 1 5 ^ T = 21 _ T = 27 T = 32
140
120
| 100
i 80
'g 60
w
£ 4 0

20
0 1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Velocidade de enchimento m/h

F i g u r a 5 3 - Pressão máxima em pilares em função da velocidade de enchimento e da temperatura,


conforme metodologia do A.C.I.
F o n t o : Elaborate pek> autor

S e f o r e m a d i c i o n a d o s r e t a r d a d o r e s d e p e g a o u a d i t i v o s c o m i n c o r p o r a d o r e s d e ar
ao c o n c r e t o , q u e p o d e m ser u s a d o s q u a n d o a t e m p e r a t u r a a m b i e n t e e s t i v e r alta, o u s e
o c o r r e r e m c o n c r e t a g e n s e m c l i m a s frios, as p r e s s õ e s l a t e r a i s p o d e m ser a s s u m i d a s
c o m o u m f l u i d o o u p e s a n d o 2.400 k g / m 3 (150 I b / c u . f t o u 24,0 k N / m 3 ) .

S e g u n d o B a t i s t a , A . M . (2001) e a A . C . I . 347/88 ( a p u d M a r a n h ã o 2000), e x i s t e m a s


seguintes limitações:

Para v < 2 m / h
785 v
P = 7,2 + ( e q u a ç ã o 25)
T + 17,8

O n d e 28,7 k N / m 2 < P < 95,8 k N / m 2 o u 23,5 H

Para 2 m / h < v < 3 m / h


1.156 244 v
P = 7,2 + - — — + ( e q u a ç ã o 26)
T + 17,8 T + 17,8

s e n d o 28,7 k N / m 2 < P < 95,8 k N / m 2 o u 23,5 H


P = 23,5 x H ( e q u a ç ã o 27)

O n d e P < 95,8 k N / m 2

J á no c a s o de pilares, a e x p r e s s ã o a ser c o n s i d e r a d a é a m e s m a m o s t r a d a na
e q u a ç ã o 25, o u s e j a :

( e q u a ç ã o 25)

Porém, nesse caso a pressão deve estar entre os seguintes valores:

28,7 k N / m 2 < P < 144 k N / m 2 o u 23,5 H

5.6.1 Esforço horizontal em fôrmas de lajes, segundo o A.C.I.

S e g u n d o o A.C.I., para as lajes, a l é m do peso próprio, o p r o j e t o deverá c o n t e m p l a r


u m c a r r e g a m e n t o l a t e r a l , h o r i z o n t a l , c o n f o r m e m o s t r a a f i g u r a 54, e m f u n ç ã o d a s d i v e r s a s
e s p e s s u r a s das lajes. Em alguns c a s o s até a c a r g a de vento poderá ser levada em conta,
principalmente se as d i m e n s õ e s das f ô r m a s forem apreciáveis.

Largura

F i g u r a 5 4 - Carregamento horizontal em lajes


F o n t e : Elaborada pelo autor

{Z0D
A s u g e s t ã o e m f u n ç ã o d a e s p e s s u r a d a s l a j e s é a d a t a b e l a 26.

Tabela 26 - Esforço horizontal nas lajes em função da espessura e da largura, e m kgf

Lajes maciças PesoPróprio Largura da laje na direção da força (em N/m)


Espessura (cm) (kg/m 2 ) 6,00 m 12,00 m 18,00 m 24,00 m 30,00 m

10,0 c m 317 15,0 15,0 15,0 15,4 19,3


15,0 c m 439 15,0 15,0 16,1 21,4 26,7
20,0 c m 561 15,0 15,0 20,5 27,3 34,2
25,0 c m 683 15,0 16,7 25,0 33,2 41.6
30,0 c m 806 15,0 19,6 29,4 39,2 49,0
35,0 c m 928 15,0 22,6 33,8 45,1 56,4
40,0 c m 1050 15,0 25,6 38,3 51,1 63,8
50,0 c m 1294 15,0 31,5 47,2 63,0 78,7
Fonte: H U f l D (1963)

N a f i g u r a 55, a s e g u i r , e s t ã o a p r e s e n t a d a s a s c u r v a s d o e s f o r ç o h o r i z o n t a l em
lajes, e m f u n ç ã o da e s p e s s u r a e da largura.

Esforço em função da largura e da espessura


90
80
2 70-
J§ 60
50
I
| 40

8- 3 ° -
o 20
(O
UJ 10
00 10 20 30 40 50
E s p e s s u r a d a laje ( c m )

F i g u r a 5 5 - Relação entre o esforço horizontal em lajes, em função do comprimento e da espessura


F o n t e : Elaborada polo autof
Para o c á l c u l o dos e s f o r ç o s nas lajes, s e g u n d o o A.C.I., p r o c e d e - s e c o m a
seguinte recomendação:

- p e s o p r ó p r i o + s o b r e c a r g a m í n i m a 244 k g / m 2 (50 p s f )

>> S o b r e c a r g a em vigas, segundo o A . C . I

Nas vigas, o cálculo das pressões laterais segue o m e s m o critério das


paredes. Para o d i m e n s i o n a m e n t o do f u n d o das vigas, acrescentar a carga
m í n i m a d e 74 k g f / m a l é m d o p e s o p r ó p r i o , c o n f o r m e m o s t r a a f i g u r a 56.

F i g u r a 5 6 - Sobrecarga vertical de 74 kgf/m, para o fundo da viga,


adicionado ao peso próprio
F o n t e : Elaborada pelo autor

5.7 AS PRESSÕES NAS FÔRMAS DE CONCRETO, SEGUNDO A NORMA DIN


S e g u n d o H a r r i s o n e C l e a r (1985 a p u d M A R A N H Ã O , ?000), e s t u d o s
experimentais m o s t r a m que a pressão exercida pelo concreto nas faces laterais das
f ô r m a s i n i c i a l m e n t e é h i d r o s t á t i c a . A partir da s u p e r f í c i e livre, a l c a n ç a o m á x i m o e
e n t ã o d e c r e s c e , por m e i o do d e s e n v o l v i m e n t o de r e s i s t ê n c i a s c i s a l h a n t e s entre os
elementos que c o m p õ e m o concreto, reduzindo a carga efetiva e diminuindo a pressão
lateral para valores inferiores à pressão hidrostática. Dessa maneira, a pressão máxima
(Pmax) deverá ser a c u r v a a s s u m i d a para e f e i t o de d i m e n s i o n a m e n t o . Esse d i a g r a m a
p o d e s e r v i s t o n o g r á f i c o d a f i g u r a 57.
F i g u r a 5 7 - Diagrama de pressão do concreto nas faces laterais da fôrma
F o n t e : Adaptado de Maranhão (2000)

S e g u n d o a n o r m a a l e m ã D I N 18218 ( a p u d P F E I L , 1987), a p r e s s ã o n a f ô r m a ,
para o c o n c r e t o fresco, pode ser t o m a d a p r i n c i p a l m e n t e e m f u n ç ã o da c o n s i s t ê n c i a
e da v e l o c i d a d e de e n c h i m e n t o (v), o m e s m o que a v e l o c i d a d e de s u b i d a do c o n c r e t o
no interior da f ô r m a e m m e t r o s por hora. A s s e g u i n t e s e x p r e s s õ e s c o m r e s u l t a d o s
obtidos em (kN/m2) são consideradas:

a ) P a r a a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o ( v ) m e n o r q u e 0,5 m / h :

v < 0,5 m / h = > P = 5 v + 21 ( e q u a ç ã o 28)

C o n f o r m e r e p r e s e n t a d o g r a f i c a m e n t e n a f i g u r a 58, a s e g u i r .
Norma DIN pressão nos pilares - v < 0,5 m/h
24.0

23.5

E 23.0
1 22.5
o
KQ
8 22.0
£
£ 21.5

21.0
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
20.5
Velocidade d e enchimento m/h

F i g u r a 5 8 - Pressão nos pilares, segundo a Norma DIN, para v < 0,5 m/h.

F o n t e : Elaborada pelo autor

b ) P a r a a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o ( v ) m a i o r q u e 0,5 m / h , c o n s i d e r a n d o a
c o n s i s t ê n c i a do c o n c r e t o :

Pmax = 5 V + 21
consistência firme ( e q u a ç ã o 29)

Pmax=10v + 19 consistência média ( e q u a ç ã o 30)


v > 0,5 m/h =>
P m M =14v + 18 consistência mole ( e q u a ç ã o 31)

^max = 1 7 V + 17 consistência fluida ( e q u a ç ã o 32)

C o n f o r m e r e p r e s e n t a d a s g r a f i c a m e n t e n a f i g u r a 59, a s e g u i r .

Norma DIN pressão nos pilares - v > 0,5 m/h

2 3 4 5 6 7 8
Velocidade de enchimento m/h

F i g u r a 5 9 - Pressão nos pilares, segundo a Norma DIN. para v> 0,5 m/h
F o n t e : Elaborada pelo a u t w
A s e x p r e s s õ e s i n d i c a d a s n a s e q u a ç õ e s 28 a 32 f o r a m c o n f i g u r a d a s p a r a m a s s a
e s p e c í f i c a d o c o n c r e t o 2.500 k g / m 3 , c o n f o r m e B a t i s t a , A . M . (2004), a t e m p e r a t u r a d o
c o n c r e t o e m 15°C, o t e m p o d e i n í c i o d e p e g a i n f e r i o r a 5 h o r a s , a v e l o c i d a d e d e s u b i d a
até 7 m / h e a c o m p a c t a ç ã o c o m v i b r a d o r e s internos, pois no c a s o do uso de v i b r a d o r e s
externos as f ô r m a s d e v e m ser d i m e n s i o n a d a s c o m pressão h i d r o s t á t i c a a t u a n d o na altura
total e influenciadas pela vibração.

P a r a o c a s o d e v a r i a ç ã o da m a s s a e s p e c í f i c a do c o n c r e t o , os v a l o r e s das p r e s s õ e s

d e v e m ser c o r r i g i d o s p r o p o r c i o n a l m e n t e por u m fator m u l t i p l i c a d o r f= —


25
o n d e 25 k N / m 3 é a m a s s a e s p e c í f i c a d o c o n c r e t o . N o c a s o d e v a r i a r a t e m p e r a t u r a
a c i m a d e 1 5 ° C , p o d e - s e r e d u z i r a p r e s s ã o e m 3 % p a r a c a d a 1°C d e a u m e n t o n a
t e m p e r a t u r a , e n q u a n t o que, para c o n c r e t o s c o m início de pega a m p l i a d o s com auxílio
de aditivos retardadores, os valores da p r e s s ã o d e v e m ser a u m e n t a d o s , s e g u i n d o a
t a b e l a 27.

Tabela 27 - Tabela de coeficientes de aumento de pressão

Consistência Tempo de início de pega


5 horas 15 horas

Firme 1,15 1,45


Média 1,25 1,80
Mole o u fluídica 1,40 2,15
Fonte: Adaptado de PFEIL (1987)

A l é m d i s s o , M a r a n h ã o (2000) i n d i c o u q u e a c o n s i s t ê n c i a p o d e s e r c l a s s i f i c a d a
segundo o abatimento do concreto (Slump test) c o m o sendo: mistura firme ou densa,
c o n t e n d o o a b a t i m e n t o e n t r e 0 e 25 m m ; m i s t u r a m é d i a o u l e v e , c o m a b a t i m e n t o e n t r e 25
m m e 75 m m ; m i s t u r a f l u i d a 75 m m a 125 m m e m i s t u r a m u i t o f l u i d a , m a i o r q u e 125 m m d e
a b a t i m e n t o d o c o n c r e t o . V i e i r a (1998) i n d i c o u q u e a n o r m a a l e m ã l i m i t a a p r e s s ã o e m
P m a x £ 80 k N / m 2 p a r a p a r e d e s e q u a n d o f o r o c a s o d e p i l a r e s e m P m a x £ 100 k N / m 2 ,
i n d e p e n d e n t e m e n t e de altura de concretagem.

5.7.1 Esforços horizontais, segundo a DIN 18.218

Essa n o r m a a l e m ã r e c o m e n d a u m a r e l a ç ã o entre o p e s o do c o n c r e t o f r e s c o e o
esforço horizontal e m vigas e lajes:

A d o t a - s e a d e n s i d a d e d e m a s s a d o c o n c r e t o = > 25 k N / m 3 , c o m u m a s o b r e c a r g a
a p l i c a d a d e 1 k N / m 3 , t o t a l i z a n d o 26 k N / m 3 .
H = a p l i c a d a na base das f ô r m a s
100

A carga do vento em alguns pontos da obra poderá ser levada em c o n t a em regiões


e m q u e e s s e c o m p o n e n t e é s i g n i f i c a t i v o , c o n f o r m e i n d i c a d o n a t a b e l a 28.

Tabela 28 - Pressão na parede da fôrma em função da altura da obra

Altura da obra Velocidade do vento Pressão na parede da fôrma


(m) (m/s) (km/h) (kN/m 2 )

0 até 8 28,3 102 0,56


8 até 20 35,8 129 1,04
20 até 100 42,0 151 1,43
>100 45,6 164 1,69
F o n t e : Adaptado d e OOKA (2004)

5.8 PRESSÕES DO CONCRETO EM FÔRMAS DE PILARES, SEGUNDO 0 CEB


O u t r o s e s t u d o s f o r a m c i t a d o s p o r B a t i s t a e M a s c i a (2004). O d o b o l e t i m n Q 15 d o
C E B - C o m i t ê Euro-lnternational du Beton r e c o m e n d o u que essa norma fosse aplicada
para c o n c r e t o s f a b r i c a d o s a p a r t i r d e c i m e n t o P o r t l a n d s e m aditivos, c o m d e n s i d a d e de
m a s s a d e 2.400 k g / m 3 .

Todavia, para s i t u a ç õ e s e m q u e a d e n s i d a d e de m a s s a varia, as p r e s s õ e s poderão


ser c o r r i g i d a s por m e i o da relação entre a d e n s i d a d e de m a s s a nova e a e s t a b e l e c i d a
anteriormente. O m é t o d o foi fruto de análise e estudos experimentais e m uma grande
q u a n t i d a d e d e c o n s t r u ç õ e s , c h e g a n d o a a p r o x i m a d a m e n t e 200 o b r a s . O m é t o d o c o n s d e r a
três e x p r e s s õ e s , para as q u a i s deverá ser t o m a d o o m e n o r r e s u l t a d o entre as s e g u i n t e s
pressões em kN/m2:

P = 24 x H ( e q u a ç ã o 33)

s e n d o que, nesse caso, " P " é a pressão hidrostática do c o n c r e t o fresco fluido e


" H " (em m e t r o s ) é a altura do pilar ou da viga a ser c o n c r e t a d a ;

P = 2 4 kv + 5 ( e q u a ç ã o 34)
Tabela 29 - Valores de k indicados pelo CEB (1976)

Abatimento 5°C 10°C 15°C 20°C 25°C 30°C

25 m m 1,45 1,10 0,80 0,60 0,45 0,35


50 m m 1,90 1,45 1,10 0,80 0,60 0,45
75 m m 2,35 1,80 1,35 1,00 0,75 0,55
100 m m 2,75 2,10 1,60 1,15 0,90 0,65
Fonte: Adaptado do M A R A N H Ã O (2000)

P o r ú l t i m o , c a s o a m e n o r d i m e n s ã o d a p e ç a d e c o n c r e t o s e j a m e n o r o u i g u a l a 500
m m , calcular a p r e s s ã o t a m b é m por:
b
P = v + 15 ( e q u a ç ã o 35)
10

P a r a a e x p r e s s ã o i n d i c a d a , " P " é a p r e s s ã o p a r a o e f e i t o d e a r c o , o n d e as c a m a d a s
verticais laterais p a s s a m a suportar zonas arqueadas que deixam de colaborar para o
c r e s c i m e n t o d a p r e s s ã o a b a i x o d e s s e nível, " b " é a m e n o r d i m e n s ã o d a s e ç ã o do c o n c r e t o ,
e m m i l í m e t r o s , e " v " é a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o e m m / h . M a r a n h ã o (2000) c i t o u a i n d a
q u e a n o r m a e u r o p é i a r e c o m e n d a q u e p a r a a l t u r a s d e l a n ç a m e n t o m a i o r e s OL i g u a i s a 2
m e t r o s a p r e s s ã o d e v e s e r a u m e n t a d a e m 10 k N / m 2 .

O g r á f i c o r e p r e s e n t a d o n a f i g u r a 60 m o s t r a a c u r v a d e v a r i a ç ã o d a p r e s s ã o n a
f ô r m a d e u m p i l a r d e 200 m m n a m e n o r d i m e n s ã o , e m f u n ç ã o d a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o ,
pelo critério a d o t a d o pelo CEB, c o n s i d e r a n d o o efeito de arco no concreto.

Pressão - CEB - b = 200 mm


50
45
40
E 35
z 30
$o 25
20
ò
15
10

10
Velocidade de enchimento m/h

F i g u r a 6 0 - Pressão em fôrmas de pilares, segundo o CEB, considerando o efeito de arco na concretagem como critério
Fonte: Elaborada peto autor
5.8.1 Comparação entre métodos para a avaliação de fôrmas em um pilar de 0,20 x 0,70 com 2,90 m
de altura,T = 1 5 ° C E V = 5m/h

Para e f e i t o de c o m p a r a ç ã o , as p r e s s õ e s exercidas c o n t r a as f ô r m a s , devido à


c o n c r e t a g e m e m u m p i l a r d e 20 x 70 c m , f o r a m o b t i d a s p o r v á r i o s p e s q u i s a d o r e s , q u e
a d o t a r a m d i f e r e n t e s n o r m a s e p r o c e d i m e n t o s de cálculo. A seguir, são f e i t a s a l g u m a s
considerações sobre quatro trabalhos analisados.

A t a b e l a 30, a s e g u i r , m o s t r a a s d i f e r e n ç a s o b t i d a s n o s v a l o r e s d a p r e s s ã o p e l o s
critérios indicados.

Tabela 30 - Pressões calculadas segundo os critérios indicados

JANSSEN * ACI DIN CEB

23,8 kN/m2 68,2 kN/m2 69,0 kN/m2 40,0 kN/m*


• o cálculo loi te«:o para = 50 e = 5 0

F o n t e : Elaborada pelo autor

A e x p e r i ê n c i a f e i t a por M a r a n h ã o (2000), q u e c o n s e g u i u r e s u l t a d o s e x p e r i -
m e n t a i s e m u m p i l a r d e 20 x 100 c m c o m a l t u r a d e 2,40 m , t e m p e r a t u r a m e d i d a d e 15°C
e v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o d e 32 m / h c o m u m c o n c r e t o d e a b a t i m e n t o i g u a l a 60 m m ,
c o n s t a t o u v a l o r e s d e p r e s s ã o m á x i m a d e 26,38 k N / m 2 , q u e , s e c o m p a r a d o s c o m a f ó r m u l a
d e J a n s s e n , d a r i a m r e s u l t a d o s s i m i l a r e s s e o c o e f i c i e n t e de a t r i t o na f ô r m a f o r igual a
0,0875 ( p = t a n ( q ) = t a n 5 o = 0,0875), o u s e j a , 23,8 k N / m 2 p a r a u m p i l a r c o m a s m e s m a s
d i m e n s õ e s , o que parece ser o m a i s p r ó x i m o da realidade.

C o m o s e p o d e c o n s t a t a r p e l a a n á l i s e d a t a b e l a 30, o s r e s u l t a d o s o b t i d o s p o s s u e m
u m a v a r i a ç ã o r a z o á v e l e n t r e si. C o n f o r m e a m e t o d o l o g i a u t i l i z a d a e m c a d a n o r m a
e s t r a n g e i r a , e c o m o o b s e r v o u H u r d (1963), é s e m p r e m o t i v o d e p o l ê m i c a e n t r e os
projetistas a m e r i c a n o s e europeus a verdadeira pressão do c o n c r e t o nas fôrmas.

C o m o p r o j e t i s t a de f ô r m a s e c o n t a n d o c o m a e x p e r i ê n c i a pessoal, f a z e n d o as
v e r i f i c a ç õ e s c o m o s e s p a ç a m e n t o s habituais, o a u t o r d e s t e t r a b a l h o c o n c l u i q u e no c a s o
de pilares, que é onde existe a eventual divergência, o critério, utilizando-se a fórmula
d e J a n s s e n , a d o t a d o p o r C a l i l J ú n i o r (2001), p a r e c e b a s t a n t e a d e q u a d o e b e m p r ó x i m o
da realidade para obras prediais.

S e r i a m necessárias, entretanto, m a i s algumas experiências para se apu-ar o


c o e f i c i e n t e de atrito, c o m p a r a n d o os diversos t i p o s de m a t e r i a i s c o m p o n e n t e s das f ô ' m a s
c o m m a i o r precisão, e c o m a f ó r m u l a de J a n s s e n s e n d o utilizada de m o d o m a i s adequado.

A f i g u r a 61 é u m a r e p r e s e n t a ç ã o g r á f i c a , e f e t u a d a p e l o a u t o r , d a f ó r m u l a d e
Janssen, variando os ângulos de atrito concreto x chapa (m) e do ângulo de atrito interno
do c o n c r e t o (q).
Altura de concretagem (m)

F i g u r a 6 1 - Representação gráfica das pressões calculadas pela fórmula de Janssen para


alguns valores de JJ e 0
F o n t o : Elaborada pelo autor

C o m o s e p o d e n o t a r c o m o â n g u l o d e a t r i t o i n t e r n o JÍ i g u a l a 1 O e â n g u l o d e a t r i t o
c o n c r e t o - c h a p a 0 i g u a l a 1o, o r e s u l t a d o s e a p r o x i m a d o m e s m o y x h q u e l i m i t a a m a i o r i a
d a s f ó r m u l a s i n t e r n a c i o n a i s e v e m a o e n c o n t r o d o c o n c e i t o t r a d i c i o n a l do e m p u x o .
Resumindo, as c o n d i ç õ e s limites de t o d a s as f ó r m u l a s se igualam quando o ângulo de
a t r i t o i n t e r n o d o c o n c r e t o e o â n g u l o de a t r i t o c o n c r e t o x c h a p a s ã o e s p e c i f i c a d o s no
seu extremo.

O a u t o r c o n s i d e r a , por e x p e r i ê n c i a própria, q u e na m a i o r i a d o s c a s o s o â n g u l o d e
a t r i t o i n t e r n o 15° e o â n g u l o d e a t r i t o c h a p a x c o n c r e t o 5 o c o n d u z e m a r e s u l t a d o s b a s t a n t e
coerentes no cálculo de f ô r m a s usuais em edifícios habitacionais, e c o m concretos c o m
c o n s i s t ê n c i a ( s l u m p ) e n t r e 60 e 80 m m e c o m p e n s a d o s p l a s t i f i c a d o s .

5.8.2 Avaliação experimental em chapas para fôrmas

Pela i m p o r t â n c i a das c a r a c t e r í s t i c a s físicas e m e c â n i c a s das chapas de


madeira para o d i m e n s i o n a m e n t o de fôrmas, f o r a m p r o g r a m a d o s de maneira sucinta
a l g u n s e s t u d o s c o m c h a p a s de O S B , p r o d u t o r e c e n t e m e n t e d i s p o n i b i l i z a d o no
m e r c a d o , a f i m de c o m p a r á - l o s c o m os d a d o s e x i s t e n t e s para c o m p e n s a d o de pinus,
l a r g a m e n t e u t i l i z a d o p a r a e s s a f i n a l i d a d e . A s f i g u r a s 62 e 63 i l u s t r a m o s e n s a i o s e m
chapas de O S B .
F i g u r a 6 2 - Ensaio de flexão para obtenção do módulo de elasticidade em OSB
Fonte: Foto do autor

F i g u r a 6 3 - Aspecto da seção de ruptura do OSB após o ensaio


Fonte: Foto do autor

Foram f e i t o s e n s a i o s para o b t e n ç ã o do m ó d u l o de e l a s t i c i d a d e e da t e n s ã o de
ruptura segundo as equações abaixo:

E= —AFxt~3— = > d e t e r m i n a ç ã o d o m ó d u l o d e e l a s t i c i d a d e ( e q u a ç ã o 36)

ar = 3*FrxL = > d e t e r m i n a ç ã o da t e n s ã o de ruptura, e m M P a ou kgf/cm2;


2xlxe2 ( e q u a ç ã o 37)

E = m ó d u l o de elasticidade, e m cm4;

AF = i n t e r v a l o de c a r g a e m r e l a ç ã o à o r i g e m , a p r o x i m a d a m e n t e 50% da carga de
r u p t u r a , e m N ou kgf;
L = v ã o livre, e m c m ;

I = largura do corpo-de-prova, em cm;

e = espessura da chapa, em cm.

Fr = f o r ç a d e r u p t u r a , e m N

A s = i n t e r v a l o d e d e f o r m a ç ã o , p a r a o i n t e r v a l o d e c a r g a AF, e m c m .

A s e g u i r , n a t a b e l a 31, s ã o a p r e s e n t a d o s o s d a d o s d e r e s i s t ê n c i a à f l e x ã o p a r a
c o m p e n s a d o s de pinus, fornecidos pela A B I M C I .

labela 31 - Resistência à flexão estática do compensado de pinus brasileiro

Espessura Número Valores Paralela Paralela Perpendicular Perpendicular


da chapa de lâminas MOE MOR MOE MOR

09 05 máximo 118016 683 30417 307


09 05 médio 85477 498 22734 224
09 05 mínimo 52939 313 15052 142
12 05 máximo 89212 527 37742 348
12 05 médio 68990 381 28389 253
12 05 mínimo 48768 234 19036 158
15 05 máximo 92132 441 35435 338
15 05 médio 69331 320 26334 227
15 05 mínimo 46529 217 17233 116
15 07 máximo 89678 528 45739 405
15 07 médio 69130 395 33729 295
15 07 mínimo 48282 263 21719 184
18 07 máximo 81373 459 48526 410
18 07 médio 63383 347 36228 300
18 07 mínimo 45392 234 23931 189
18 09 máximo 82201 466 44605 351
18 09 médio 70949 369 36337 270
18 09 mínimo 59696 273 28069 189
20 07 máximo 74188 444 47482 370
20 07 médio 60660 329 36447 274
20 07 mínimo 47132 213 25412 177
20 09 máximo 76426 419 58064 438
20 09 médio 59520 326 43869 328
20 09 mínimo 42613 232 29674 218
Fonte: A S S O C I A Ç Ã O BRASILEIRA CA INOÚSTRIA OE MADEIRA P R O C E S S A D A (2002)
Os resultados obtidos, quando comparados c o m os dos compensados, cuja
a m o s t r a g e m da A B I M C I ( A s s o c i a ç ã o Brasileira da Indústria de Madeira Processada
Mecanicamente) parece bastante significativa, demonstram a viabilidade da utilização
desse material, desde que dimensionados adequadamente para fôrmas de concreto.

O s r e s u l t a d o s d o s e n s a i o s e m O S B e s t ã o m o s t r a d o s n a t a b e l a 32, o n d e f o i
colocada u m a coluna para c o m p a r a ç ã o dos resultados de resistência c o m aqueles obtidos
pela A B I M C I , para c o m p e n s a d o s de pínus.

Tabela 32 - Características mecânicas das chapas de OSB, obtidas no ensaio de flexãoO

Amostra L e AF As Fr vão MOE// MOEl A B I M C I

0 S B - 1 2 - 1 - 1 // 7,455 1,200 39,8 0,45 722 302 30 46342 =mínimo


0 S B - 1 2 - 1 - 2 // 7,457 1,216 25,2 0,31 456 186 30 40923 ^mínimo
O S B - 1 2 - 2 - 1 // 7,471 1,195 40,2 0,48 793 334 30 44341 ^mínimo
O S B - 1 2 - 2 - 2 // 7,493 1,200 40,0 0,45 793 330 30 46339 =mínimo
O S B-12-3-1 1 7,445 1,204 20,0 0,44 300 125 30 23612 OK
OSB-12-3-21 7,415 1,210 20,0 0,44 426 177 30 23357 OK
O S B-12-4-1 1 7,464 1,211 20,0 0,60 330 136 30 1 6 9 7 3 =mínimo
OS B-12-4-21 7,477 1,214 20,0 0,48 419 171 30 21023 OK
O S B - 1 5 - 1 - 1 // 7,626 1,493 60,0 0,64 997 329 37,5 48699 OK
O S B - 1 5 - 1 - 2 // 7,617 1,485 40,0 0,53 723 247 37,5 39808 OK
O S B - 1 5 - 2 - 1 // 7,601 1,482 40,0 0,50 654 224 37,5 42629 =mínimo
OS B-15-2-2// 7,612 1,473 40,0 0,52 567 196 37,5 41685 =mínimo
OSB-15-3-1-1 7,635 1,485 20,0 0,60 380 127 37,5 17576 OK
OSB-15-3-2-1 7,648 1,469 20,0 0,55 429 146 37,5 19774 OK
OSB-15-4-1-1 7,651 1,487 20,0 0,55 408 136 37,5 19057 OK
OSB-15-4-2-1 7,637 1,488 20,0 0,55 394 131 37,5 19053 OK
OSB-17-1-1-// 7,493 1,679 100 1,175 1558 498 45 54668 OK
OSB-17-1-2-// 7,379 1,682 60 0,65 1157 374 45 59888 OK
( ' ) Resu'*adc<s o t o d o s e m laboratório do iPT. conduzidos pe*o autor

F o n t e : Elaborada pelo autor

5.8.3 Gráficos comparativos dos resultados disponíveis para chapas de OSB e de compensados de
pínus (dados da ABIMCI)

C o m o c o m p a r a ç ã o entre os dois materiais, c h a p a s de c o m p e n s a d o e de O S B , foi


efetuado um estudo de aplicação usando as fórmulas indicadas no capítulo Critério para
D i m e n s i o n a m e n t o e c o m os valores dos M ó d u l o s de Elasticidade e M o m e n t o de Inércia
o b t i d o s e m laboratório, no c a s o do O S B , e os o b t i d o s no site < w w w . a b i m c i . c o m . b r , para
Comparação do desempenho em flexão - OSB x Compensado, 12 mm
20 ]

A B I M C I 3 apoios
A B I M C I 4 apoios
— O S B 3 apoios
— O S B 4 apoios
A B I M C I 2 apoios
O S B 2 apoios

0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6 0.65


Espaçamento (m)

F i g u r a 6 4 - Gráficos comparativos para chapas de compensado e OSB de 12 mm de espessura


F o n t e : Elaborada polo autor

Comparação do desempenho em flexão - OSB x Compensado, 15 mm

1
A B I M C I 3 apoios
A B I M C I 4 apoios
O S B 3 apoios
— O S B 4 apoios
A B I M C I 2 apoios
O S B 2 apoios
-

— — ^TT.ff.TT.TnTI

Espaçamento (m)

F i g u r a 6 5 - Gráficos comparativos para chapas de compensado e OSB de 15 mm de espessura


F o n t e : Elaborada polo autor
I

\ — ABIMCI 3 apoios
ABIMCI 4 apoios
40 O S B 3 apoios
' — .
o — O S B 4 apoios
<P
M -
r
s> 20; O S B 2 apoios
o.
10
—•
L: — — — — ". .. .Tr.TT.TT.TT.Tr.TT
0
0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6 0.65
Espaçamento (m)

F i g u r a 6 6 - Gráficos comparativos para chapas de compensado e OSB de 18 mm de espessura


F o n t e : Elaborada pelo autor

O s r e s u l t a d o s dos e n s a i o s d e m o n s t r a m que é b a s t a n t e viável a utilização de


chapas de O S B para c o n f e c ç ã o de f ô r m a s de concreto, desde que d i m e n s i o n a d a s
a d e q u a d a m e n t e . C o m o se pode notar pela tabela de resultados, os valores do m ó d u l o
de elasticidade se aproximam bastante dos de c o m p e n s a d o s de pinus, segundo dados
disponíveis no site da A B I M C I .

5.8.3.1 A chapa de OSB e seu comportamento em obras

C o m o material alternativo ao tradicional compensado, as chapas de OSB,


produzidas c o m resina M D I à base de isocianato, pela sua regularidade nas propriedades
físicas e mecânicas tem se mostrado eficiente tecnicamente. A produção controlada,
f i g u r a 67, c o n f e r e à s c h a p a s b a i x a v a r i a b i l i d a d e e p o d e a p r e s e n t a r a c a b a m e n t o , c o n f o r m e
m o s t r a a e x p e r i ê n c i a f e i t a e m o b r a , s e g u n d o H i n o (2004), o n d e s e c o n s e g u i u o e m p r e g o
d u r a n t e 10 u t i l i z a ç õ e s c o m c h a p a s d e 18 m m , r e v e s t i d a s c o m f i l m e M D O , f i g u r a 6 8 , e
f i l m e d e r e s i n a f e n ó l i c a , f i g u r a 69.

I F i g u r a 6 7 - Painel OSB cru (sem


F o n t e : HINO {2004}
revestimento)
F i g u r a 7 0 - À esquerda, superfície inferior da 1' laje. painel cru; á direita, fôrma para 3 " laje com danos
localizados no lado oposto à superfície em contato com o concreto, em painéis MDO transpassados por pregos
Fonte: HINO (2004)

F i g u r a 7 1 - / 4 esquerda, fôrma para 7a laje. manchas esbranquiçadas devido a resíduos de nata de concreto
aderida ao painel OSB "cru" e danificação das bordas dos painéis; à direita, manchas e danos localizados em
revestimento do painel OSB próximos a cantos e bordas
Fonte: HINO (2004)
- os painéis O S B " c r u s " a p r e s e n t a r a m d e s e m p e n h o s a t i s f a t ó r i o até a d é c i m a
utilização, p o r é m f o r a m p e r d e n d o f r a g m e n t o s das t i r a s de madeira, que g r u d a r a m no
concreto, e m menor incidência, a partir do terceiro uso, a u m e n t a n d o de f o r m a
g e n e r a l i z a d a a partir da sexta utilização; o u t r a o b s e r v a ç ã o é que a t e x t u r a do c o n c r e t o
a p a r e c e u " f o t o g r a f a d a " , c o m o m o s t r a m a s f i g u r a s 70 e 71;

- os painéis O S B c o m r e v e s t i m e n t o M D O a p r e s e n t a r a m d e s e m p e n h o satisfatório,
sendo que duas características c h a m a r a m a atenção. Q u a n d o pregados, danificavam os
p a i n é i s d e a m b o s o s l a d o s , f i g u r a 7 0 à d i r e i t a e m a n c h a s d e c o n c r e t o , f i g u r a 71 à d i r e i t a ,
desde a primeira utilização, e a u m e n t a r a m ao longo dos usos; e os painéis O S B c o m
r e v e s t i m e n t o f e n ó l i c o a p r e s e n t a r a m resultado superior ao dos dois anteriores, o c o r r e n d o
somente manchas claras e esbranquiçadas nas superfícies e o filme fenólico,
a p r e s e n t a n d o t a m b é m d a n o s nas f a c e s q u a n d o da utilização de pregos.
ESTUDO DE CASO
6. ESTUDO DE CASO

Q u a t r o casos foram destacados para demonstrar a importância do entrosamento


entre o a r q u i t e t o , o c o n s t r u t o r o p r o j e t i s t a e s t r u t u r a l e o p r o j e t i s t a de f ô r m a s ,
p r i n c i p a l m e n t e na f a s e de c o n c e p ç ã o do projeto e definição d o s m é t o d o s e materiais a
serem utilizados.

N o primeiro, a e s c o l h a do partido e s t r u t u r a l foi c o m p l e t a m e n t e m o d i f i c a d a e m


f u n ç ã o do bom e m p r e g o das f ô r m a s de madeira e m s u b s t i t u i ç ã o às cubetas de
polipropileno; no segundo, o projeto de a p r o v e i t a m e n t o da m a d e i r a foi previsto e m f u n ç ã o
d a g r a n d e v a r i a ç ã o d a s d i m e n s õ e s d a s v i g a s a o l o n g o d o s d i v e r s o s p a v i m e n t o s ; no t e r c e i r o
caso, u m e s t u d o para se optar entre laje treliçada e laje m a c i ç a e f i n a l m e n t e no q u a r t o
caso uma análise e c o n ô m i c a entre alugar ou adquirir fôrma.

Embora o primeiro caso tenha ocorrido num edifício comercial, esses casos
ilustram situações em c o n s t r u ç õ e s de edifícios tanto residenciais ou comerciais em
que a característica básica e o projeto de dois ou três andares atípicos, c o m garagem e
térreo, e os d e m a i s repetitivos, andares típicos de a p a r t a m e n t o s ou c o n j u n t o s comerciais.

C o m relação aos materiais usados para a produção das fôrmas, reccmenda-se


q u e os s e g u i n t e s p r o c e d i m e n t o s s e j a m c u i d a d o s a m e n t e o b s e r v a d o s , a f i m d e se o t i m i z a r
o uso dos equipamentos:

1. A o p ç ã o d e c o m p r a r o e q u i p a m e n t o m e t á l i c o c o m o t o r r e s , e s c o r a s , f o r c a d o s
barras de a n c o r a g e m etc., deve ser p e n s a d a ou s o m e n t e c o g i t a d a se a intenção da
empresa é ter continuidade nas obras e ainda estar disposta a criar um departamento
permanente de manutenção, caso contrário a o p ç ã o é a locação do m e s m o ;

2. A e s c o l h a d o s c o m p e n s a d o s d e v e s e g u i r u m c r i t é r i o t é c n i c o e m e t ó d i c o o n d e o
fornecedor deverá possuir as características físicas do material c o m o resistência à
c o m p r e s s ã o e m ó d u l o de e l a s t i c i d a d e a f i m de que o d i m e n s i o n a m e n t o possa ser feito
d e a c o r d o c o m a N B R 7190/97, a l é m é c l a r o , d a s g a r a n t i a s d e c o l a g e m e r e s i s t ê n c i a à
abrasão para o número de usos especificado.

3. N o c a s o d e c o m p e n s a d o s r e s i n a d o s , e x i g i r q u e a c o l a g e m t e n h a s i d o f e i t a c o m
resina à prova d'água, do tipo f e n o l - f o r m a l d e í d o por exemplo, ou c o m outras resinas
fenólicas, d e s d e que e s p e c i f i c a d a s e garantidas. No c a s o de c o m p e n s a d o s plastificados
p r e s s u p õ e - s e q u e t o d o s já p o s s u e m e s s a c a r a c t e r í s t i c a .

4. A m a d e i r a d e v e s e r a d q u i r i d a e t e s t a d a e m l a b o r a t ó r i o s i d ô n e o s , e d e p r e f e r ê n c i a
c o m m a d e i r a s ref l o r e s t a d a , por ser u m a p o s t u r a é t i c a e de c o l a b o r a ç ã o c o m a m a n u t e n ç ã o
c o m a s n o s s a s r e s e r v a s f l o r e s t a i s , a l é m d e s e r e m p e r f e i t a m e n t e u t i l i z á v e i s no c a s o d e
fôrmas para concreto.
5. Q u a n d o s e p r e f e r e u t i l i z a r c o m p e n s a d o s d e m e n o r e s p e s s u r a c o m o o s de 12
m m o u 15 m m , d e v e - s e l e v a r e m c o n t a q u e e s s e s c o m p e n s a d o s , p o r s e r e m m e n o s
c o n s u m i d o s , e m g e r a l a p r e s e n t a m q u a l i d a d e i n f e r i o r a o s d e 18 m m , q u e s ã o o s m a i s
utilizados.Todavia, em obras com poucas repetições, o seu emprego t e m sido feito com
s u c e s s o e a sua c o m p r a deve ser feita c o m u m a fiscalização ainda mais rigorosa. Q u a n d o
o n ú m e r o d e r e p e t i ç õ e s f o r m a i o r , a m e l h o r r e c o m e n d a ç ã o é u t i l i z a r o d e 18 m m .

6.1. CAS01
T r a t a - s e de u m e d i f í c i o c o m e r c i a l no m u n i c í p i o de J a n d i r a - S P , c u j o p r o j e t o inicial
foi c o n c e b i d o c o m vigas baixas e g r a n d e s vãos. Nas lajes, a s o l u ç ã o a d o t a d a foi c o m
c u b e t a s d e p o l i p r o p i l e n o , c o n f o r m e m o s t r a o p r o j e t o , n a f i g u r a 72. E s t a f i g u r a e s t á t a m b é m
r e p r o d u z i d a n o A n e x o J, e m e s c a l a a u m e n t a d a , p a r a m e l h o r v i s u a l i z a ç ã o d a s d i m e n s õ e s
e d o s d e t a l h e s de projeto. E m b o r a esse edifício t e n h a sido p r o j e t a d o para uso comercial,
o e x e m p l o t a m b é m se aplica a edifícios residenciais.

F i g u r a 7 2 - Planta de um andar-tipo, do caso 1, com laje nervurada e uso de cubetas de polipropileno


F o n t e : Arquivo do aulor
Em f u n ç ã o do prazo de execução previsto no cronograma, os gastos aumentariam
c o m a l o c a ç ã o e o alto c o n s u m o de aço, n e c e s s á r i o s nas v i g a s (baixas), devido a o s
g r a n d e s v ã o s (12 m ) , o q u e f e z c o m q u e f o s s e n e c e s s á r i o u m n o v o e s t u d o da e s t r u t u r a
de concreto.

E m b o r a o p r o j e t o inicial já e s t i v e s s e t o t a l m e n t e c o n c l u í d o , a e q u i p e c o m p o s t a
p e l o c o n s t r u t o r , p e l o a r q u i t e t o , p e l o p r o j e t i s t a e s t r u t u r a l e p e l o p r o j e t i s t a de f ô r m a s o
modificou radicalmente, e foi escolhida uma solução tradicional, ou seja, com vigas de
maior altura e lajes maciças. Pela alteração, um pequeno a u m e n t o no " p é - d i r e i t o " foi
necessário, porém o resultado foi surpreendente, c o m redução do consumo de aço e
c o n c r e t o da o r d e m de 24%. C o m r e l a ç ã o às f ô r m a s o p e q u e n o a u m e n t o na m e t r a g e m
q u a d r a d a j u s t i f i c o u - s e pela d i m i n u i ç ã o do c u s t o da locação, que d e i x o u de existir.

N e s s e c a s o , a p e r f e i t a i n t e r a ç ã o entre os d i v e r s o s p r o f i s s i o n a i s e n v o l v i d o s no
processo resultou em u m a expressiva redução de c u s t o s no empreendimento.

O u t r a s o l u ç ã o p o d e r i a s e r t e n t a d a , c o m o v i g a s d e m a i o r a l t u r a , e, n a s l a j e s , a
c o n t i n u a ç ã o d a s c u b e t a s , m a s m a i s u m a vez o f a t o r p r a z o a c a b o u p e s a n d o e a s o l u ç ã o
foi abandonada.

6.1.1 Análise do consumo dos materiais para laje nervurada

P a r a a l a j e d o a n d a r - t i p o d a f i g u r a 72, f o i e f e t u a d a u m a a n á l i s e d e c u s t o s a f i m d e
c o m p a r á - l o s c o m o u t r a s a l t e r n a t i v a s . A s t a b e l a s 33 e 34 a p r e s e n t a m a s e s t i m a t i v a s d o
c o n s u m o de f ô r m a s e de c o n c r e t o para e s s e caso, de uso de laje n e r v u r a d a c o m utilização
de cubetas.

Tabela 33 - Estimativa do consumo de fôrmas c o m utilização de cubetas - laje nervurada

Pilares 343 m2
Lajes 117,08 m 2
Vigas 749,41 m2
Lajes só c o m cubetas 786,68 m2
Total 1.996,17 m2
F o n t e : Elaborada peto autor

Tabela 34 - Estimativa do consumo de concreto com utilização de cubetas, em laje nervurada com vigas baixas

Pilares 43,34 m 3
Lajes 174,05 m 3
Vigas 169 0 0 m 3
Total 386,08 m 3
F o n t e : Elaborada peto auior
Tabela 35 - Estimativa do consumo de fôrmas sem utilização de cubetas - laje m a c i ç a O

Pilares 343,02 n 2
Lajes 1.032,00 m 2
Vigas 1.106,00 m 2
Total 2.481,03 m2
( ' ) vide figura 73

F o n t e : Elaborada pelo autor

Tabela 36 - Estimativa do consumo de concreto sem utilização de cubetas - laje maciça (*)

Pilares 4 3 , 3 4 m3
Lajes 1 1 7 , 1 0 Ti3
Vigas 1 5 1 , 9 3 TI3
Total 3 1 2 , 3 7 TI3
(*) vide figura 7 3

F o n t e : Elaborada pelo autor

A avaliação do c o n s u m o de c o n c r e t o nas lajes n e r v u r a d a s c o m relação à laje


m a c i ç a r e s u l t o u e m u m a u m e n t o d e 2 4 % , c o n f o r m e i n d i c a d o n a s t a b e l a s 34 e 36, o u s e j a ,
3 8 6 , 0 8 / 3 1 2 , 3 7 = 1,24.

6.1.2 Análise econômica das fôrmas para a laje nervurada

N a t a b e l a 37 é a p r e s e n t a d o o c á l c u l o d o c u s t o m e n s a l p a r a a c o n f e c ç ã o da laje
n e r v u r a d a c o m cubetas, s e m utilização de f ô r m a de c o m p e n s a d o sob elas.

Tabela 37 - Custo das fôrmas, sem o uso de compensado sob as cubetas

F ô r m a s (pilares, vigas e lajes m a c i ç a s ) - Tabela 3 3 -1.209,49 x R$15,00/m2 = R$18.142,35


Quantidade de cimbramento usado - 1 . 2 3 8 m 3 (área do andar) x 3,90 m (pé-direilo) x
17,0 k g / m 3 ( c o n s u m o unitário) = 8 2 . 0 7 9 , 4 0 kg
Custo de locação do cimbramento - RS 0 , 2 6 / k g m ê s ( s e m c o m p e n s a d o )
C u s t o m e n s a l de locação d o c i m b r a m e n t o - 82.079,40 kg x R$ 0 , 2 6 / k g / m ê s = RS 21.340,64
Custo de locação de cubetas • RS 0 , 6 0 / m 2 / d i a
Custo mensal de locação das cubetas - 7 8 6 , 6 8 m 2 x RS 0 , 6 0 / m 2 / d i a x 3 0 d i a s =
R$14.160,24
T O T A L = R$ 53.642,35
F o n t e : Elaborada pelo autor
Tabela 38 - Custo das fôrmas com o uso de compensado sob as cubetas

F ô r m a s (pilares, v i g a s e lajes m a c i ç a s ) - Tabela 3 3 - 1 . 9 9 6 , 1 7 m 2 x R $ 1 5 , 0 0 / m 2 = RS 2 9 . 9 4 2 , 5 5


Quantidade de cimbramento usado - 1.238 m 2 (área d o a n d a r ) x 3 , 9 0 m (pé-direito) x
17,0 k g / m 3 ( c o n s u m o unitário) = 8 2 . 0 7 9 , 4 0 Kg.
Custo de locação do cimbramento - R$ 0,17/kg/mês (com compensado)
Custo mensal de locação do cimbramento - 8 2 . 0 7 9 , 4 9 kg x R $ 0 , 1 7 / k g / m ê s = RS 1 3 . 9 5 3 , 5 0
Custo de locação de cubetas - R$ 0,60/m2/dia
Custo m e n s a l de locação d a s c u b e t a s - 786,68 n f x R S 0,60/m 2 /dia x 3 0 dias = RS 14.160,24
T O T A L = RS 5 8 . 0 5 6 , 2 9
Fonte: Elaborada pelo aulor

6.1.3 Análise econômica do aço e do concreto para a laje nervurada

N a t a b e l a 39, s ã o a p r e s e n t a d o s o s c á l c u l o s p a r a o s c u s t o s d e a ç o e d e c o n c r e t o u s a d o s
na c o n f e c ç ã o da laje n e r v u r a d a c o m cubetas.

Tabela 39 - Consumo de aço e de concreto

Custo do aço 3 8 6 , 0 6 m 3 ( t a b e l a 3 4 ) x 1 5 0 , 0 k g d e a?o/m 3


d e c o n c r e t o x RS 2 , 7 0 / k g d e a ç o = R $ 156.354,3C
Custo do concreto 3 8 6 , 0 8 m 3 x RS 1 6 0 , 0 0 / m 3 = RS 6 1 . 7 7 2 , 8 0
T O T A L = RS 2 1 8 . 1 2 7 , 1 0
Fonte: Elaborada pelo aulor

N a t a b e l a 40, s ã o a p r e s e n t a d o s o s v a l o r e s f i n a i s d o s c u s t o s p a r a c o n f e c ç ã o d a l a j e
nervurada c o m cubetas do pavimento-tipo.

Tabela 40 - Custo final da laje nervurada do pavimento-tipo, com cubetas

S e m utilizaçao d e f ô r m a s s o b a s lajes H$ 53.642,35 + H$ 218.127,10 = H$ 271.769,45


C o m utilização d e f ô r m a s s o b a s c u b e t a s RS 5 8 . 0 5 6 , 2 9 + RS 2 1 8 . 1 2 7 , 1 0 = RS 2 7 6 . 1 8 3 , 3 9
Fonte: Elaborada pelo autor

6.1.4 Análise econômica das fôrmas para a laje maciça

C o m o a l t e r n a t i v a à laje n e r v u r a d a , a f i g u r a 73 a p r e s e n t a a p l a n t a d o a n d a r - t i p o c o m a
s o l u ç ã o e m laje m a c i ç a . E s s a f i g u r a t a m b é m e s t á r e p r o d u z i d a n o A n e x o K, e m e s c a l a
aumentada, para melhor visualização das dimensões e dos detalhes de projeto.
F i g u r a 7 3 - Esquema do andar-tipo com laje maciça
F o n t e : Arquivo d o autor

A t a b e l a 41 a p r e s e n t a a s e s t i m a t i v a s d o c o n s u m o d e f ô r m a s e d e c i m b r a m e n t o , p a r a o
c a s o do uso de laje maciça.

Tabela 41 - Custo para confecção das fôrmas e do cimbramento da laje maciça

F ô r m a s (pilares, v i g a s e lajes m a c i ç a s ) - t a b e l a 3 0 2 . 4 8 1 , 0 3 m 2 (tabela 3 0 ) x R $ 1 0 , 0 0 / m 2


de fôrma = R$ 37.215,45
Custo mensal de locação do cimbramento 1 . 2 3 8 m 2 (área d o a n d a r ) x 3 , 9 0 m (pé-direito) x
18,80 kg/m 3 ( c o n s u m o unitário) x RS 0 , 1 7 / k g ' m ê s
= R$ 15.430,93
T O T A L = RS 5 2 . 6 4 6 , 3 8
F o n t e : E'atx>rada pelo autor
6.1.5 Análise econômica do aço e do concreto da laje maciça

N a t a b e l a 42, s ã o a p r e s e n t a d o s o s c á l c u l o s p a r a o s c u s t o s d e a ç o e c o n c r e t o u s a d o s n a
c o n f e c ç ã o da laje maciça.

Tabela 42 - Custo do aço e do concreto

Custo do aço 3 1 2 , 3 7 m 3 (tabela 33) x 100 kg de a ç o / m 3 d e


c o n c r e t o x RS 2 , 7 0 / k g d e a ç o = RS 8 4 . 3 3 9 , 9 0
Custo do concreto 312,37 m 3 x RS 160,00/m 3 de concreto = RS 49.979,20
T O T A L = RS 134.319,10
Fonte: Elaborada pelo autor

N a t a b e l a 43, s ã o a p r e s e n t a d o s o s v a l o r e s f i n a i s d o s c u s t o s p a r a c o n f e c ç ã o d a laje m a c i ç a
do pavimento-tipo.

Tabela 43 - Custo final do pavimento para laje maciça

Fôrma + cimbramento RS 5 2 . 6 4 6 , 3 8 ( t a b e l a 4 1 )
Concreto e aço RS 1 3 4 . 3 1 9 , 1 0 (tabela 4 2 )
T O T A L = RS 186.965,48
Fonte: Elaborada pelo autor

A diferença apurada para o uso de laje m a c i ç a sobre o uso de laje nervurada foi
de 68%, para o c a s o da laje n e r v u r a d a s e m utilização de c h a p a s de c o m p e n s a d o sob a
laje, e d e 69%, n o c a s o d e n ã o - u t i l i z a ç ã o d e c h a p a s d e c o m p e n s a d o s o b a laje.

6.1.6 Conclusão do c a s o l

A s o l u ç ã o a d o t a d a n e s s e e m p r e e n d i m e n t o foi c o n s t r u i r o p a v i m e n t o c o m laje m a c i ç a
( s e m nervuras), que acabou resultando e m grande e c o n o m i a na estrutura, confirmada
plenamente quando concluída.

6.2 CASO 2
A o verificar o projeto c o n c e b i d o originalmente, o b s e r v o u - s e que não houve a
p r e o c u p a ç ã o e m uniformizar o t a m a n h o das vigas. Em seis p a v i m e n t o s na m e s m a p r u m a d a
havia quatro tipos de seções diferentes. A solução foi criar u m m ó d u l o c o m menor t a m a n h o
de painel de c o m p e n s a d o , e o t r a v a m e n t o (gravata) c o m t a m a n h o da maior, de m o d o que,
desde o primeiro pavimento, s o m e n t e fosse necessário colocar e retirar tiras de
c o m p e n s a d o para c o m p l e t a r a s e ç ã o d e c a d a viga. E s s e s t r a v a m e n t o s p a s s a v a m entre os
barrotes horizontais que s u s t e n t a v a m as vigas, c o n f o r m e m o s t r a d o e s q u e m a t i c a m e n t e
n a f i g u r a 74. E s t a f i g u r a e s t á t a m b é m r e p r o d u z i d a n o A n e x o L, e m e s c a l a a u m e n t a d a , p a r a
melhor visualização das d i m e n s õ e s e dos detalhes de projeto.

•í.

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F i g u r a 7 4 - Corte das vigas nos diversos pavimentos


F o n t o : Arq-jivo óo autor

D u r a n t e a e x e c u ç ã o da obra, o m a i o r benefício do a p r o v e i t a m e n t o de f ô r m a s foi


i m e d i a t a m e n t e n o t a d o pela m ã o - d e - o b r a , que, no princípio, e s t r a n h o u ter q u e executar
as s e ç õ e s diferentes, m a s logo e n t e n d e u as a l t e r a ç õ e s e se a d a p t o u a elas, resultando
em grande economia de material e mão-de-obra.

6.2.1 Conclusão do caso 2

Pela análise do caso, f i c a claro q u e a f o r m a m a i s a d e q u a d a de t r a t a r o projeto


s e r i a se, na o c a s i ã o da e l a b o r a ç ã o d o p r o j e t o da e s t r u t u r a d e c o n c r e t o , h o u v e s s e
compatibilização entre o projetista de f ô r m a s e o engenheiro estrutural. Isso não ocorre
na m a i o r i a d a s vezes, p r e j u d i c a n d o t o d o s os e n v o l v i d o s no processo, q u e t ê m que se
d e s d o b r a r na b u s c a de s o l u ç õ e s de obra e de avaliação e c o n ô m i c a , pelas perdas
materiais envolvidas.

-OE
6.3 CASO 3 - LAJE MACIÇA X LAJE TRELIÇADA
O intuito, nesse caso, foi efetuar uma análise do projeto de um edifício de
a p a r t a m e n t o s c o m dois subsolos e um pavimento térreo, para o qual deveria ser feita
uma avaliação para se utilizar lajes treliçadas c o m EPS (Expanded Poli-Styrene), ou
adotar a s o l u ç ã o t r a d i c i o n a l de construir, ou seja, c o m lajes maciças.

N e s s e c a s o , o d i a g r a m a d a f i g u r a 75 p o d e s e r u s a d o c o m o o r i e n t a ç ã o .
Primeiramente, foi feita uma cotação c o m uma empresa especializada e m lajes treliçadas,
a qual f o r n e c e u , a l é m do m a t e r i a l básico, o c o n s u m o a d i c i o n a l de aço c o m p l e m e n t a r .
Para esses casos, f o r a m fornecidos os vãos e as sobrecargas de projeto.

Por outro lado, para apurar se a s o l u ç ã o m a c i ç a seria a mais adequada, foi


s o l i c i t a d o ao p r o j e t i s t a e s t r u t u r a l o c o n s u m o de a ç o e de c o n c r e t o . N e s s e caso, as
espessuras foram mantidas, o que nem sempre ocorre em situações similares.

Foram avaliados os c u s t o s das f ô r m a s de m a d e i r a (painéis e s a r r a f o s ) e o c u s t o do


c i m b r a m e n t o m e t á l i c o n o s d o i s c a s o s , c o n f o r m e m o s t r a a t a b e l a 44. C o m e s s a s
v e r i f i c a ç õ e s , c o n s e g u i u - s e obter, de i m e d i a t o , o r e s u l t a d o . A p e s a r da d i f e r e n ç a d o s
c o n s u m o s de concreto, nos dois c a s o s o que preponderou s i g n i f i c a t i v a m e n t e foi o c o n s u m o
d e a ç o n a l a j e m a c i ç a , e m t o r n o 80 k g / m 3 , o q u e a c a b o u v i a b i l i z a n d o a l a j e t r e l i ç a d a .

O d i a g r a m a d a f i g u r a 75, a s e g u i r , m o s t r a o r o t e i r o p a r a a t o m a d a d e d e c i s ã o e m
projeto envolvendo laje m a c i ç a e laje treliçada.
6.3.1 Cálculo do custo das fôrmas para as lajes maciça e treliçada

1 - F ô r m a para laje treliça

1a) Locação: 3,33 kg de aço/m2 x 3,0 m (pé-direito) x R $ 0,18/kg/m2 m ê s


= > R $ 1 , 8 0 / m 2 / m ê s . P a r a u m c i c l o d e 10 d i a s t e m - s e R $ 0 , 6 0 / m 2

1 b ) M ã o - d e - o b r a d e a r m a z e n a g e m e c o l o c a ç ã o : 0 , 5 3 h / m 2 x RS 2 , 6 7 / h x 2 , 2 4 ( e n c a r g o s s o c i a i s )
=> R$ 3,14/m2

1 c ) Total = RS 3 , 7 4 / m 2

2 - F ô r m a para laje m a c i ç a

2a) C u s t o unitário por m 2 d e c h a p a d e c o m p e n s a d o d e 8 utilizações: RS 6 1 , 6 8 / 2 , 9 7 6 8 (área d e u m a chapa)


= > R $ 2 0 , 7 2 / m 2 = > p a r a 8 u s o s = > RS 2 , 5 9 / m 2

2b) l o c a ç ã o d e c i m b r a m e n t o : 1 8 , 4 0 k g / m 3 ( c o n s u m o d e a ç o ) x 3 , 0 m (pé- direito) x RS 0 , 1 8 / k g / m ê s


= > RS 9 , 9 4 / m 2 / m ê s , p a r a u m c i c l o d e 10 d i a s = > RS 3 , 3 1 / m 2

2 c ) M ã o - d e - o b r a d e e x e c u ç ã o d a f ô r m a : 1,0 h / m 2 x RS 3 , 1 9 / h x 2 , 2 4 ( e n c a r g o s s o c i a i s ) / 8 u s o s
=> R$ 0,89/m2

2d) C u s t o d e h o r a t é c n i c a p a r a a l t e r a ç ã o d e p r o j e t o
=> R$ 1,45/m2

2 e ) RS 8 , 2 4 / m 2

O s demais insumos, c o m o aço e concreto, são os m e s m o s obtidos para os cálculos


usados no estudo de caso 1 deste capítulo.

A t a b e l a 44 m o s t r a o s c u s t o s e n v o l v i d o s p a r a a e x e c u ç ã o d e l a j e t r e l i ç a d a , m o n t a d a
c o m p a i n é i s d e 0 , 4 0 m e 0 , 2 5 m ( h i p ó t e s e H 1 ) , o u m o n t a d a c o m p a i n e l d e 1,20 m , ( h i p ó t e s e
H2), c o m p a r a d o s c o m o s c u s t o s envolvidos p a r a c o n f e c ç ã o de laje maciça, c o m c o n s u m o de
75 k g d e a ç o / m 3 d e c o n c r e t o ( h i p ó t e s e H 3 ) , o u 8 0 k g d e a ç o / m 3 d e c o n c r e t o ( h i p ó t e s e H 4 ) .
Ároa Consumo Consumo Custo Custo do Custo do
(m*) de aço de concreto da fôrma concreto aço

H 1 Total (kg) mVm 2 Total (m3) m 2 Total m 3 Total RS/kg Total

1
Laje de concreto treliçada (painel 0,4m e 0,25m)

12 206.00 2.5 515.00 0.090 18.54 RS 3.74 RS 770.44 RS 160.00 RS 2.966.40 RS 2.70 RS 1.390.50

16 117.53 2.5 293.83 0.064 7.52192 RS 3.74 RS 439.56 RS 160.00 RS 1.203.51 RS 2.70 RS 793,33

20 153.00 2.85 436.05 0.102 15.606 RS 3.74 RS 572.22 RS 160.00 RS 2.496.96 RS 2.70 RS 1.177,34

25 414.50 2.85 1.181.33 0.131 54.2995 RS 3.74 RS 1.550.23 RS 160.00 RS 8 6 8 7 . 9 2 RS 2.70 RS 3.189.58

30 270,55 3 811.65 0.155 41,9353 RS 3.74 RS 1.011,86 RS 160.00 RS 6.709.64 RS 2.70 R$2.191,46

1.161.58 RS 4.344.31 RS 22.064.43 RS 8.742.20

C U S T O FINAL = custo do fornecimontoC) (RS 59.857.58) • RS 4.344.31 + RS 22.064.43 + RS 8.742.20 = RS 95.008.51

Área Consumo Consumo Custo Custo do Custo do


(m2) de aço de concreto da fôrma concreto aço

H 1 kg/m2 Total (kg) mVm 2 Total (m3) m 2 Total m 3 Total RS/kg Total

Laje dc concreto treliçada opção 2 (painel 1,20m)

12 206,00 2.5 515.00 0.080 16.48 RS 3.74 RS 770.44 R$160.00 R$2.636.80 R$ 2.70 R$1.390,50

16 117,53 2,5 293,83 0.060 7.0518 RS 3.74 RS 439.56 R$ 160.00 R$1.128,29 R$2.70 RS 793,33

20 153,00 2,85 436.05 0,070 10,71 RS 3.74 RS 572,22 RS 160,00 RS 1.713.60 R$ 2.70 RS 1.177,34

25 414.50 2,85 1.181.33 0.090 37,305 RS 3.74 R$ 1.550,23 R$160.00 RS 5.968.80 R$ 2.70 R$3.189,58

30 270,55 3 811.65 0.102 27,5961 RS 3.74 RS 1.011,86 R$ 160.00 R$4.415.38 R$ 2.70 R$2.191,46

1161,58 R$4.344.31 R$15.862.86 R$8.742.20

CUSTO FINAL = custo d o fornecimento ( ' ) (RS 54.934.40) + RS 4.344.31 • RS 15.862.86 + RS 8.742.20 = RS 83.883.77

Área Consumo Consumo Custo Custo do Custo do


(m*) de aço de concreto da fôrma concreto aço

H3 (m*) k g / m 1 |Total (kg) mVm 2


Total (m3) m 2 Total m 3 Total RS/kg Total

Laje de concreto maciça, com consumo de aço 75 kg/m*

12 206,00 9 1.854.00 0.12 24.72 8.24 R$1.697,44 R$160.00 RS 3.955,20 RS 2.70 R$ 5.005,80

16 117,53 12 1.410.36 0.16 18.8048 8.24 R$ 968,45 R$160.00 RS 3.008.77 R$ 2.70 R$3.807,97

20 153,00 15 2.295.00 0.20 30.6 8.24 R$1.260,72 RS 160.00 R$4.896.00 R$ 2.70 R$6.196,50

25 414.50 18.8 7.771.88 0.25 103.625 8.24 R$3.415.48 R$160,00 RS 16.580.00 R$ 2.70 R$20.984,06

30 270.55 22,5 6.087.38 0.30 81.165 8,24 R$2.229,33 R$160.00 RS 12.986.40 R$ 2.70 R$16.435.91

1.161.58 258,915 R$9.571,42 RS 41.426.37 RS 52.430.25

C U S T O FINAL = RS 9.571.42 • RS 41.426.37 • RS 52.430.25 = RS 103.428,03

Área Consumo Consumo Custo Custo do Custo do


(m2) de aço de concreto da fôrma concreto aço

H4 (m*) k g / m 2 |Total (kg) mVm^Total (m3) m 2 | Total m 3 | Total RS/kg | Total

Laje do concreto maciça, com consumo do a ç o 80 kg/m3

12 206,00 9.6 1.977.60 0.12 24.72 8,24 R$1.697.44 R$ 160,00 RS 3.955.20 R$ 2.70 R$5.339,52

16 117,53 12,8 1.504.38 0.16 18.8048 8,24 R$ 968.45 R$160,00 RS 3.008.77 R$ 2.70 R$4.061.84

20 153,00 16 2.448.00 0.20 30.6 8.24 R$1.260,72 R$160.00 RS 4.896.00 RS 2.70 R$6.609,60

25 414.50 20 8.290.00 0.25 103.625 8.24 R$3.415,48 R$160.00 RS 16.580.00 R$ 2.70 RS 22.383.00

30 270,55 24 6.493.20 0.30 81,165 8.24 R$2.229,33 RS 160.00 RS 12.986.40 R$ 2.70 RS 17.531,64

1.161.58 258,915 R$9.571,42 RS 41.426,37 RS 55.925,60

C U S T O FINAL = RS 9.571.42 + RS 41.426,37 + RS 55.925.60 = RS 106.923.39

Obs.: C) relere-se ao custo total (material + trete) da laje trevçada colocada na obra
Fonte: Elaborada peto autor

160 1
6.3.2 Conclusão do caso 3

I n d e p e n d e n t e m e n t e da s o l u ç ã o adotada, que nesse caso foi a laje treliçada, o que


se m o s t r o u nesse estudo foi a f o r m a de abordar o assunto, ou seja, de u m a f o r m a holística
e m relação à estrutura e não s o m e n t e enfocando as fôrmas, pois esses aspectos, c o m o
v e m s e n d o f r i s a d o ao longo d o trabalho, se r e v e s t e m da maior importância.

6.4 CASO 4
Para ilustrar, u m a situação de decisão entre alugar ou adquirir u m s i s t e m a de f ô r m a s
para uma estrutura do andar térreo de edifício, utilizando painéis alugados tipo "drop-
head". N e s s e caso, a o p ç ã o e s c o l h i d a foi a utilização de painéis a l u g a d o s para a c o n s t r u ç ã o
d a laje, pois, d e v i d o às c o n d i ç õ e s d a obra, s e r i a u t i l i z a d o o j o g o d e f ô r m a s d e lajes s o m e n t e
u m a vez. A f i g u r a 76 m o s t r a a s p e c t o s d a c o l o c a ç ã o d o s p a i n é i s m e t á l i c o s .

O custo c o m p a r a t i v o foi feito c o n s i d e r a n d o o valor da locação dos painéis, R$0,60/


m 2 / d i a , i n c l u i n d o o c i m b r a m e n t o , d o t i p o " d r o p - h e a d " , c o n f o r m e a f i g u r a 76, s o b r e o q u a l
os painéis são colocados e c o m p l e m e n t a d o s c o m chapas de c o m p e n s a d o nas laterais.

O d i a g r a m a d a f i g u r a 77 m o s t r a a s a l t e r n a t i v a s e o s c a m i n h o s q u e p o d e m s e r
c o n s i d e r a d o s para auxiliar na t o m a d a de d e c i s ã o entre alugar ou c o m p r a r e executar o
sistema de fôrmas.
F i g u r a 7 7 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para lajes com painéis do tipo "drop-head"
F o n t e : Elaborada pelo autcr

Para que o c u s t o s e j a m e n o r do q u e a c o m p r a de c o m p e n s a d o s , é n e c e s s á r i o q u e
o t e m p o d e u t i l i z a ç ã o s e j a m e n o r d o q u e 15 d i a s , p r e v e n d o - s e t o d o s o s i m p r e v i s t o s ,
c o m o c h u v a , a d a p t a ç ã o a o s i s t e m a e t c . , o q u e e f e t i v a m e n t e n ã o o c o r r e u . Por i s s o , a
seguinte estratégia foi montada:

>> C o n c r e t a g e m d o s p i l a r e s " s o l t e i r o s " , i s t o é, s e m q u e a s v i g a s e l a j e s t i v e s s e m


sido colocadas;

>> M o n t a g e m e a r m a ç ã o d a s v i g a s ;

>> E n t r e g a e m o n t a g e m d o s p a i n é i s ;

>> C o l o c a ç ã o d a a r m a ç ã o d a s l a j e s e c o l o c a ç ã o d a s i n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a s ;

>> C o n c r e t a g e m d a s l a j e s ;

>> D e s e n f o r m a e e n t r e g a d o s p a i n é i s .

D a e t a p a 3 a t é a e t a p a 5 t u d o f o i f e i t o e m 12 d i a s , e o t é r m i n o d a d e s e n f o r m a
c o m p l e t o u u m p e r í o d o d e 15 d i a s . A t a b e l a 45 r e s u m e a c o m p o s i ç ã o d e c u s t o s p a r a
esse caso.

Tabela 45 - Comparação de custos para lajes com cimbramento tipo ^drop-head" x convencional, com chapas
de compensado

Custo das chapas = RS 15,45/m 2 Locação dos painéis tipo "drop-head"

L o c a ç ã o d o c i m b r a m e n t o = R $ 3,39/m 2 q u i n z e n a RS 0,60/m 2 dia x 15 dias = R $ 9,00 (cimbramento incluso)


TOTAL = R$18,84 TOTAL = RS 9,00
Fonte: Elaborada peto autor
6.4.1 Conclusão do caso 4

C o m o se pode notar, nesse caso foi t r e m e n d a m e n t e vantajosa a utilização de


painéis locados, cujo c u s t o foi m e n o s da m e t a d e do c u s t o da o p ç ã o de compra.
Observe-se, porém, que tal vantagem só foi possível devido à adoção da logística
a c i m a citada, que ac a b o u r e a l m e n t e a c o n t e c e n d o na obra, c o n f i r m a n d o - s e
plenamente a expectativa.
Corte A - A (metálico)

CÜEU
Corte A - A (madeira)
C.15 C.13
Corte B-B
Corte B-B

f
IO

IO

h-
c\i
CNJ

O
O

o
o

co
OJ
Detalhe genérico das transversinas - madeira

PLANTA CORTE A-A


<<

<
<1 2.5 7 2.5

ELEVAÇÃO
I < OU = 70 cm

C = CONFORME PROJETO

^ 159 1
Cibramento metálico (vigas)

21.6

V.7b

C.13
20 x 273
Corte A - A (madeira)

I) GARFOS DE MADEIRA
a) 2 X 9 X 3,00 X RS 450,00 X 0,075 X 0,075 = RS 136.69
b)18 X 0.35 X R$ 450.00X 0 20 X 0.025 = R$ 14.17
Ic) 36 X 0.075 X 0.20 X 0.025 X R $ 450.00 = R $ 6,08 "
TOTAL= RS 156.94
d) GIRO RS 156.94 =1,36 MESES
115.46
E S T U D O DE UMA VIGA C O M 5.20m C PÉ DIREITO
D E 2 . 8 0 m C O M S E Ç Ã O 14 X 5 5

I) C I M B R A M E N T O M E T Á L I C O
a)4DX 1.5 ACOM 1.884 m-5.011 Kgx4-20.WKg
b) 4 QUADROS TS4.ACOM 1.00 m * 1.Í0 m .15.367 Kg x 4 • 61,50 Kg
c) 8 SAPATAS AJUSTÁVEIS • 343 Kg x 8 • 26 72 Kg
ó) 8 SUPORTES AJUSTÁVEIS -597 x 8 • 47,76 Kg
*) 4 PERFIS (2 x 2 • 3,5 x 2» TIPO DUPLO 15 cm -1520 Kg x 11.0 • 167 20 Kg
f) 10PERUS 1.5 m TIPO DUPLO 7.5 <m-7.70 Kg x 10» 115.50Kg
TOTAL • 679 20 Kg

l-A) C O M P R A • RS 3.50 x 679.20 kg = RS 2 377.20

l-B) L O C A Ç Ã O - 679.20 kg x RS0.17 = RS 115.46


CONTRAVENTAMETO
DIAGONAL \

INSUMOS

TABELA DE MATERIAIS
MATERIAL PtSO'«g
1 0x1.5 A 5.011
" TS4-A 15.367
c SAPATAS AJUSTÁVEIS 3.34
<* SUPORTESAJUSTAVEIS 5.97
C
" PERFIL-U-150 mm TIPO CUPLO 15.20
f PERFIL "U" 75 mrr) TIPO OUPLO (1.5 m> 7.70

100
® -.1250-

14/40

©
1JLXJL 1 • • • • •
1ZDDC . • • • • • ! a
1J T T 1
•QZC 1 1
1• C H 1 1 1 1 éddHHH^
1• • • • 1
1• n n r 1 eowo
V8 102.S-40

1 II Z JLJJL Z z z z L L • • • • • • • • • • • •
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COMENTÁRIOS GERAIS
SOBRE O TRABALHO
7. COMENTÁRIOS GERAIS SOBRE O TRABALHO

A i m p o r t â n c i a d e u m a a n á l i s e c r í t i c a q u a n d o d a e s c o l h a d o s i s t e m a de f ô r m a s a
ser utilizado em u m a o b r a é primordial, p o r t o d o s os tópicos d e m o n s t r a d o s neste trabalho.
É imprescindível, entretanto, que a referida análise seja embasada em conhecimentos
técnicos de dimensionamento, de custo dos insumos e de uma provável produtividade
de m ã o - d e - o b r a e m f u n ç ã o de t r e i n a m e n t o específico, para u m a m e l h o r adaptação e m
cada sistema adotado.

Por se tratar de t e m a polêmico, o o b j e t i v o do t r a b a l h o não foi criar regras gerais,


e sim tentar mostrar a forma de abordagem deste assunto tão importante. A escolha do
s i s t e m a depende, além da análise técnica, das preferências de cada construtor, em f u n ç ã o
das experiências pessoais.Todavia, o f a t o r prazo de e x e c u ç ã o e n ú m e r o de utilizações,
e m qualquer opção, t e m i m p o r t â n c i a f u n d a m e n t a l na t o m a d a de decisão.

Q u a n t o às p r e s s õ e s nas f ô r m a s para pilares, preferiu-se ficar c o m o critério que


c o n s i d e r a a s d i m e n s õ e s d e l a s e o s â n g u l o s d e a t r i t o i n t e r n o d o c o n c r e t o e do c o n c r e t o
x f ô r m a , c o n t e m p l a d o s na f ó r m u l a de J a n s s e n . Por essa fórmula, as pressões, q u a n d o
m a j o r a d a s e m i n o r a d a s , se a s s e m e l h a m à q u e l a s q u e o c o r r e m na prática, pois, se a s s i m
não fosse, a grande maioria das f ô r m a s existentes no mercado não resistiriam.

Q u a n t o a o c r i t é r i o d e d i m e n s i o n a m e n t o , a u t i l i z a ç ã o d o s c o e f i c i e n t e s d a N B R 7190/
97 f o i a m a i s c o n v e n i e n t e , p a r a o s c a s o s d o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o e d o e s t a d o - l i m i t e d e
utilização, t a n t o para os pilares c o m o para as vigas e lajes.

Deve-se ressaltar que, no caso das fôrmas, o critério de c a r r e g a m e n t o considera


s o m e n t e as a ç õ e s variáveis, u m a vez q u e as a ç õ e s p e r m a n e n t e s não e x i s t e m , pois,
t e r m i n a d o o l a n ç a m e n t o do c o n c r e t o e iniciada a sua pega, as p r e s s õ e s t e n d e m a zero,
não tendo sentido, portanto, falar em ações permanentes.

A a b o r d a g e m e c o n ô m i c a , c o m o t r a t a d a no projeto, serve a p e n a s c o m o orientação.


Todos os c a s o s a n a l i s a d o s f o r a m reais, c o m r e s u l t a d o s c o n f i r m a d o s ao término das
respectivas obras.

A análise dos resultados obtidos em laboratório serviu para comparar


p r i n c i p a l m e n t e o material O S B , cujas características físicas se a s s e m e l h a m às dos
c o m p e n s a d o s testados pela A B I M C I . O s dados e resultados obtidos em campo foram
confirmados com e s s e tipo de chapa e sua utilização em fôrmas, conforme o número
de utilizações, para a c o n d i ç ã o e m que não há r e s t r i ç õ e s à textura de sua a p a r ê n c i a
na superfície do c o n c r e t o acabado. N e s s e caso, o seu e m p r e g o deverá merecer a
c o n s u l t a do fabricante, pois a d o s a g e m das resinas deve ser específica para o caso
de fôrmas.
RECOMENDAÇÃO FINAL
Este trabalho procurou demonstrar e indicar qual a atitude, ou decisão, que se
pode tomar para a escolha do s i s t e m a de fôrmas. É claro que a situação ideal será aquela
e m que a i n t e r v e n ç ã o do p r o j e t i s t a de f ô r m a s e j a f e i t a logo na d e f i n i ç ã o do projeto
estrutural de concreto armado e sempre juntamente c o m o construtor e o arquiteto, que
são as o u t r a s partes m u i t o i m p o r t a n t e s na d e f i n i ç ã o do e m p r e e n d i m e n t o , visto de u m a
forma holística e sistêmica.

O mau d i m e n s i o n a m e n t o do sistema de f ô r m a s pode apresentar ao longo do


período de execução, ou m e s m o a p ó s a entrega da obra, s e q ü e l a s , c o m o s u r g i m e n t o de
f i s s u r a s d e c o r r e n t e s de u m a d e f o r m a ç ã o lenta, i n f l u e n c i a d a por e s s e m a u
d i m e n s i o n a m e n t o . C o m relação a isso, os planos de e s c o r a m e n t o e r e e s c o r a m e n t o
poderiam ser objetos de outro trabalho, cuja relevância é igual ou superior à do projeto
de f ô r m a s p r o p r i a m e n t e dito. O s c a r r e g a m e n t o s d e c o r r e n t e s do peso próprio da estrutura
de c o n c r e t o e m m u i t o s c a s o s p o d e m ser m a i o r e s do que as s o b r e c a r g a s previstas no
p r o j e t o estrutural. D e p e n d e n d o do prazo p r o g r a m a d o para a d e s e n f o r m a , o m ó d u l o de
deformação, ou m ó d u l o de elasticidade, previsto no projeto estrutural de concreto ainda
pode não ter o seu valor esperado atingido.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
9. REFERÊNCIAS BIRLIOGRÁFICAS

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O z D
PRINCIPAIS ATIVIDADES E
RESPONSABILIDADES
• Análise e dimensionamento de custo
d e f u n d a ç õ e s d o s edifícios, j u n t o a o s
consultores d e solo.
• Análise, c o o r d e n a ç ã o e definição d a
estrutura j u n t o ao projetista
estrutural.
• C o o r d e n a ç ã o d o prcjeto d e
arquitetura, estrutura, elétrico-
hidráulico, ar condicionado c o m t o d o s
o s profissionais envolvidos.
• A c o m p a n h a m e n t o de projetos d e
S e g u r a n ç a d o Trabalho - PCMAT,
P C M S O , P P R A , etc.
• Visitas c o n s t a n t e s a o b r a s e a d o ç ã o
d e critérios d e conferência d e
estrutura, alvenaria, f a c h a d a s , etc.
• A c o m p a n h a m e n t o de o r ç a m e n t o s e
c r o n o g r a m a s físico financeiro d a s
obras.
• C o n c o r r ê n c i a s d e projetos e
materiais envolvidos n a s obras.
• Emissão de pedidos de fornecimento
• N e g o c i a ç ã o e m contratos específicos
para f o r n e c e d o r e s de materiais e
projetos.
• N e g o c i a ç ã o e m contratos específicos
para l o c a ç ã o d e mão-de-obra
terceirizada.
• A c o m p a n h a m e n t o junto ao
d e p a r t a m e n t o pessoal, no c a s o d e
m ã o - d e - o b r a própria.
• A n a l i s e d e terrenos junto ao
departamento de vendas antes de
sua aquisição.
• A c o m p a n h a m e n t o dos itens a c i m a ,
no q u e s e refere a p-azos, custo final
e eventuais alterações ao longo do
p r o c e s s o d e execução da obra.
b

J ã a n á l i â s íévnÍM &
Í3/ri$>sifsiii?si i r i t e m M m t í i ^ m
m M üíilizsidoy yrri pilares, vlçjai^ © làijs&. Pairai i s i ® , foi

realizada urna ^ í i p a s i -.ste ( m a d e i r a | | < t è f ô r í i ê 3 m


mercado, © da=;*jhapa*=;
do íip^SS&B. Traz feirribérn í y m á llgsiçâo Unirei ifceficáenk* Pa
N £ ) R 7 É ) í ) / 9 7 p i r e i g) ^ i m e n s j f o f i a m e r i í ü d á s ; fôrmas de W m w j .

b ) livra apreãerna blinda m ^ r t t é n ^ m diyersíaf ifcèrririãâ


iricerMifííorisife de ©niidades sorrio ® AO) (American CQfKjrece
'^mMi^^MMmmvá ^x^Amum^ m mm\) ® íd
h)ii m w p ^ i n o r i z o í i í c i b $ veríkjab aiüariíes nas m e s / r m .
d e © s © s & v i v í d 9 = j # e l o ci d cc;r r^liüi rí r i ^ y ( ç ^ í M l ê

L ^ m e u d c ) da publicação.

xxxx.xxxx - CPOO

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