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12470387698 - LAÍZA LETÍCIA DA SILVEIRA LOPES

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HIDRÁULICA
PROF. MARCUS VINICIUS CAMPITELI

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INTRODUÇÃO

Tratamento de Esgotos
Prof. Marcus Vinicius Campiteli
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INTRODUÇÃO

• A água é tida como incompressível na maioria dos problemas de hidráulica.


• Todos os líquidos têm uma tensão superficial, que resulta de uma condição
diferente de ligação molecular na superfície livre. Na água, a tensão superficial
resulta em propriedades chamadas coesão e adesão.
• A coesão permite a água resistir a uma mínima tração. A adesão permite
aderência a outro corpo.

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TENSÃO SUPERFICIAL – ADESÃO E COESÃO

Fonte: Gribbin (2014)

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CAPILARIDADE

• A capilaridade é uma propriedade dos líquidos que resulta na tensão superficial


na qual o líquido se eleva ou baixa em um fino tubo.

• Se a adesão predominar sobre a coesão em um líquido, como na água, o líquido


molhará a superfície do tubo e se elevará.

• Se a coesão predominar sobre a adesão em um líquido, como no mercúrio, o


líquido não molhará o tubo e baixará.

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CAPILARIDADE

Fonte: Gribbin (2014)

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CAPILARIDADE

Fonte: Gribbin (2014)

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VISCOSIDADE
• Quando um fluido está sujeito a uma tensão externa, suas moléculas rapidamente
cedem e deslizam próximas umas das outras, resultando em uma ação de
cisalhamento.
• Um fluido resistirá à tensão de cisalhamento mais que outro, dando origem à
propriedade dos fluidos chamada viscosidade.
• A viscosidade pode ser descrita como a resistência de um fluido à tensão de
cisalhamento.
• Ela pode ser vista como a influência do movimento de uma camada de um fluido
em uma outra camada a uma pequena distância. Portanto, a viscosidade não tem
sentido em um fluido sem movimento.

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HIDROSTÁTICA

• Estudo da água em repouso.


• A pressão é definida como força por área unitária.
• A água em um recipiente exerce pressão a um ângulo reto, ou normal, nas
paredes do recipiente ou em qualquer superfície submersa.

Fonte: Gribbin (2014)

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PESO DA ÁGUA

• Para calcular a pressão em qualquer ponto em um recipiente de água, podemos


usar a equação:

Págua = δ.V

Onde:

Págua: peso da água


δ: peso específico da água
V: volume
Volume (V) = Área (A). profundidade (z)

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PRESSÃO

Pressão (p) = Págua/A = δ.A.z/A = δ.z

• A expressão acima calcula a pressão da água a uma profundidade z, abaixo de


uma superfície livre.
• Portanto, verifica-se que a pressão em qualquer profundidade depende apenas
da altura da coluna d’água, e não do volume ou da forma do recipiente.
• A pressão efetiva é a pressão real descontada da pressão atmosférica que atua
sobre a superfície da água.

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PRESSÃO

Fonte: Gribbin (2014)

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QUESTÃO
As estruturas apresentadas na figura estão cheias de água, e seu peso específico é
1.000 kgf/m3. As áreas das seções transversais indicadas (metade da altura) são
1 m2, 5 m2 e 6 m2, para as estruturas I, II e III, respectivamente.
Sabendo-se que a pressão relativa no ponto MI é 2.000 kgf/m2, os valores das pressões
relativas, em kgf/m2, nos pontos M II e M III, são, respectivamente,
(A) 400 e 333
(B) 2.000 e 2.000
(C) 5.000 e 6.000
(D) 10.000 e 12.000
(E) 10.000 e 24.000

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QUESTÃO
As estruturas apresentadas na figura estão cheias de água, e seu peso específico é
1.000 kgf/m3. As áreas das seções transversais indicadas (metade da altura) são
1 m2, 5 m2 e 6 m2, para as estruturas I, II e III, respectivamente.
Sabendo-se que a pressão relativa no ponto MI é 2.000 kgf/m2, os valores das pressões
relativas, em kgf/m2, nos pontos M II e M III, são, respectivamente,
(A) 400 e 333
(B) 2.000 e 2.000
(C) 5.000 e 6.000
(D) 10.000 e 12.000
(E) 10.000 e 24.000

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QUESTÃO

Comentários:

Conforme vimos na aula, o sistema unitário de esgotamento é o sistema de esgoto em


que as águas pluviais e o esgoto sanitário escoam na mesma canalização.
Portanto, o lançamento de esgoto e de águas pluviais ocorre no mesmo sistema.

Gabarito: Errada

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PRESSÃO
SUPERFÍCIE PLANA VERTICAL

• Na superfície plana vertical, a distribuição de pressão assume uma das formas


mostradas na figura a seguir.

Fonte: Gribbin (2014)

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PRESSÃO
SUPERFÍCIE PLANA VERTICAL
• Os centros de pressão e as forças resultantes aparecem na figura a seguir.

yR = (1/3).z yR = [(z2–z1)/3].[(2.z1+z2)/(z1+z2)]
Fonte: Gribbin (2014)

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PRESSÃO

SUPERFÍCIE PLANA DE PRESSÃO – CENTRO DE PRESSÃO DA FORÇA RESULTANTE

FR = (1/2).z.(δ.z).w = (δ.z2).w/2

Onde:

FR: força resultante


w: largura da superfície

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PRESSÃO - MEDIÇÃO

PIEZÔMETRO
• Um piezômetro é um tubo simples conectado a um corpo d’água (normalmente
uma tubulação) com a sua outra extremidade aberta para a atmosfera, conforme
a figura a seguir.

Fonte: Gribbin (2014)

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PRESSÃO - MEDIÇÃO

• A água entra no piezômetro e eleva-se até atingir uma altura proporcional à


pressão.

• A figura seguinte mostra que em um sistema hidráulico estático um piezômetro


colocado no ponto B mostra um nível igual ao nível do reservatório no ponto A.

• Em um sistema dinâmico, um piezômetro colocado no ponto B, com água em


movimento, mostra um nível menor que o nível do reservatório no ponto A.

• Essa queda de pressão deve-se ao movimento da água.

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PRESSÃO - MEDIÇÃO

Fonte: Gribbin (2014)

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HIDRODINÂMICA

• Estudo da água em movimento.


• Quando a água flui em um tubo, todas as partículas tendem a seguir juntas no
escoamento. Dois parâmetros são usados para descrever o deslocamento da água
confinada em uma tubulação: velocidade e vazão.
• A velocidade é a média de todas as partículas, pois todas as partículas escoam em
um tubo a velocidades ligeiramente diferentes.

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HIDRODINÂMICA

Fonte: Gribbin (2014)

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HIDRODINÂMICA

TIPOS DE ESCOAMENTO

• As categorias mais básicas são expressas como pares de opostos:


- escoamento laminar x escoamento turbulento
- escoamento permanente x escoamento não permanente (ou transiente)
- escoamento uniforme x escoamento variado
- escoamento subcrítico x supercrítico

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HIDRODINÂMICA

TIPOS DE ESCOAMENTO

• O escoamento laminar descreve o fluxo regular de água com velocidade


relativamente baixa.
• Ao fluir em um tubo, a água desloca-se em camadas paralelas, sem que as linhas
se cruzem.
• Conforme a velocidade aumenta, o fluxo torna-se mais instável, com as linhas de
corrente cruzando-se ao longo da seção transversal do tubo, passando ao
escoamento turbulento.

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HIDRODINÂMICA

Fonte: Gribbin (2014)

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HIDRODINÂMICA

ESCOAMENTO TURBULENTO

• O cruzamento das linhas de corrente associado ao escoamento turbulento resulta


em uma distribuição de velocidade mais uniforme através da seção transversal do
tubo.

• Assim, a velocidade máxima é aproximadamente 25% maior que a velocidade


média, considerando que, para o fluxo laminar, a velocidade máxima é o dobro da
velocidade média.

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HIDRODINÂMICA

ESCOAMENTO TURBULENTO

• Na medida que a água se desloca ao longo do tubo, energia é perdida devido as


interações entre a água e as paredes do tubo e entre as próprias partículas da
água.
• No escoamento turbulento, a perda de energia é muito maior que no
escoamento laminar.

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HIDRODINÂMICA

ESCOAMENTO LAMINAR x TURBULENTO

• Osborn Reynolds desenvolveu um método matemático para distinguir


escoamento laminar e turbulento. O chamado número de Reynolds (Re), um
parâmetro adimensional, é definido para tubos circulares como:
Re = (D.v)/δ
Onde:
D: diâmetro interno do tubo
v: velocidade média
δ: viscosidade da água
• Valores baixos de Re (até 2.000) descrevem o escoamento suave ou laminar, e
valores altos de Re (acima de 10.000) indicam escoamento turbulento. Azevedo
Netto indica valor acima de 4.000 para escoamento turbulento.
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QUESTÃO
O número de Reynolds, válido para a determinação do regime de escoamento de
líquidos, gases e vapores, entre outros fatores, é

(A) diretamente proporcional à velocidade e à viscosidade


(B) diretamente proporcional à velocidade, ao diâmetro e à viscosidade
(C) inversamente proporcional ao diâmetro
(D) inversamente proporcional à velocidade
(E) inversamente proporcional à viscosidade

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QUESTÃO
O número de Reynolds, válido para a determinação do regime de escoamento de
líquidos, gases e vapores, entre outros fatores, é

(A) diretamente proporcional à velocidade e à viscosidade


(B) diretamente proporcional à velocidade, ao diâmetro e à viscosidade
(C) inversamente proporcional ao diâmetro
(D) inversamente proporcional à velocidade
(E) inversamente proporcional à viscosidade

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HIDRODINÂMICA

ESCOAMENTO PERMANENTE x TRANSIENTE

• O escoamento permanente ocorre quando a vazão não muda ao longo do


tempo.

• O escoamento transiente resulta de uma mudança relativamente rápida na


vazão, como a abertura de uma comporta ou o fechamento de um registro. Outro
exemplo é o golpe de aríete e o esvaziamento de um reservatório, quando a vazão
é função da profundidade remanescente.

• O golpe de aríete consiste em extremas variações na pressão da água em um tubo


causadas por uma interrupção abrupta do escoamento.

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HIDRODINÂMICA

ESCOAMENTO UNIFORME x VARIADO

• O escoamento uniforme ocorre quando a área de seção transversal do tubo


permanece constante.

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HIDRODINÂMICA

ENERGIA

• O conceito de carga ou carga de energia é usado para descrever a energia da água.

• O termo carga refere-se à energia da água por peso unitário da água e usa
unidades de comprimento.

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HIDRODINÂMICA

FORMAS DE ENERGIA

- carga de posição: descreve a energia potencial por peso unitário de uma massa de
água devido a elevação da água acima de algum plano de referência;
- carga de pressão: descreve a energia potencial por peso unitário de uma massa de
água decorrente da pressão exercida de cima;
- carga de velocidade: descreve a energia cinética por peso unitário de uma massa
de água decorrente da energia cinética resultante de seu deslocamento;
- perda de carga: descreve a perda de energia por peso unitário de uma massa de
água decorrente do atrito e da turbulência.

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO

• Quando a água escoa em um conduto, a massa não é criada nem destruída. Ou


seja, para um fluido incompressível, a quantidade de massa passando em uma
seção transversal 1 por tempo unitário é igual à quantidade de massa passando
em uma seção transversal 2:

A1.v1 = A2.v2

• Essa equação denomina-se equação da continuidade e se aplica à água escoando


em qualquer tipo de conduto (tubo, canal, curso d’água), desde que nenhum
volume entre ou saia do conduto entre as seções 1 e 2.

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO
• A equação da continuidade também é expressa por:
Q = v.A
• A conservação de energia é muito importante para descrever o comportamento
da água quando em escoamento permanente.

• Desprezando o atrito, a energia potencial no ponto mais alto dá lugar à energia


cinética no ponto mais baixo resultando na seguinte equação: U1 + K1 = U2 + K2
Onde:
• U: energia potencial
• K: energia cinética

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO
• Devido à incapacidade da água de manter a sua forma constante, representa-se a
equação de energia sob nova forma:

(U1/m.g) + (K1/m.g) = (U2/m.g) + (K2/m.g)

• Onde m.g representa o peso de um volume elementar de água.

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HIDRODINÂMICA – LEIS DE CONSERVAÇÃO

Fonte: Gribbin (2014)

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO
• No ponto 1, o volume elementar de água está a uma profundidade z1 abaixo da
superfície e a uma certa altura y1 acima do plano de referência considerado. A
carga de energia potencial (U1/m.g) é definida como:

(carga de posição) + (carga de pressão)

(U1/m.g) = (m.g.y1)/(m.g) + (m.g.z1)/(m.g) = y1 + z1 = y1 + (p1/γ) = h1

• A carga de energia cinética (carga de velocidade) no ponto 1 é:

(K1/m.g) = (m.v12/2)/(m.g) = v12/2.g

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO
• No ponto 2, a água fica em um tubo e não tem superfície livre.
• A carga potencial no ponto 2 é expressa por:
(U2/m.g) = h2 + (p2/γ)
• Onde h2 é a altura em relação ao eixo do tubo acima do plano de referência e p2 é
a pressão exercida pelo reservatório acima do ponto.
• A carga de energia cinética (carga de velocidade ou carga cinética) no ponto 2 é:
(K2/m.g) = (m.v22/2)/(m.g) = v22/2.g

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO
• Com isso:
(U1/m.g) + (K1/m.g) = (U2/m.g) + (K2/m.g)
h1 + v12/2.g = h2 + (p2/γ) + v22/2.g

• Ao aplicarmos a equação acima na figura apresentada para determinarmos a


velocidade no ponto 2 do tubo, considerando a altura da superfície do
reservatório de 5 m e a cota do eixo da tubulação de 1 m, temos que o
escoamento no reservatório tem uma velocidade tão baixa que pode ser
considerada nula. Portanto, v1 = 0.

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HIDRODINÂMICA – LEIS DE CONSERVAÇÃO

Fonte: Gribbin (2014)

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO
• Além disso, considerando que o fluxo descarrega na superfície livre, o termo de
pressão também se torna nulo. Com isso, teremos:

h1 = h2 + v22/2.g
v2 = (2.10.(5-1))1/2 = 2.101/2 m/s

• Observa-se que a velocidade no ponto 2 não depende da área superficial do


reservatório, mas apenas da sua altura. Da mesma forma, a velocidade não
depende da declividade ou diâmetro da tubulação. A diferença de cota é o único
fator determinante, pois o diâmetro vai influenciar na magnitude da vazão
escoada através da tubulação.

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO
• Em geral, a carga de energia total em qualquer ponto ao longo de uma tubulação
sem atrito pode ser expressa como:
h + (p/γ) + (v2/2.g)
• O Princípio de Bernoulli prevê que: para um fluido incompressível, escoando sem
atrito, a carga de energia total permanece constante ao longo do escoamento.
Portanto:
h + (p/γ) + (v2/2.g) = constante

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HIDRODINÂMICA – LEIS DE CONSERVAÇÃO

Fonte: Gribbin (2014)

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO

• A linha do gradiente de energia (plano de carga efetivo) representa a energia


total (carga de energia total) ao longo do sistema.
• A linha de energia é horizontal, constante, quando não há energia perdida pelo
atrito.
• A linha do gradiente hidráulico (linha piezométrica) representa a energia
potencial (posição mais carga de pressão) ao longo do sistema.
• A distância vertical entre as linhas de gradiente hidráulico e de energia é a carga
de velocidade.

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO

• Onde houver uma superfície livre, a linha de gradiente hidráulico será coincidente
com ela.
• Pela figura verifica-se que a linha de gradiente hidráulico é coincidente com as
superfícies livres de água nas duas extremidades.
• No entanto, para descrever melhor o escoamento real da água, outros fatores,
como atrito, devem ser considerados. Como energia é perdida do sistema devido
ao atrito e outros fatores, a energia total, ou carga, no ponto 2 será menor que a
energia total no ponto 1, em uma razão igual a essas perdas.

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO

Fonte: Gribbin (2014)

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO

• Observa-se que as perdas de energia acontecem pelo menos de duas maneiras:


uma pequena e repentina queda da linha de gradiente de energia no ponto de
entrada da tubulação a partir do reservatório, denominada perda de entrada
(perda de carga localizada), e outra, por uma redução constante da energia ao
longo de todo o comprimento pelo contato com a superfície interna do tubo,
denominada perda por atrito.

• A perda de entrada deve-se à perda de energia causada pelo escoamento


turbulento conforme a água sai do reservatório e entra no tubo.

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HIDRODINÂMICA

LEIS DE CONSERVAÇÃO

• Observa-se também que a linha de energia e a linha piezométrica são paralelas ao


longo da tubulação, exceto em uma distância muito curta na conexão com o
reservatório.

• Isso porque a água em movimento em um tubo de diâmetro constante, depois de


uma breve aceleração, atinge uma velocidade terminal de forma muito parecida
com a de um objeto solto no ar.

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HIDRODINÂMICA

PERDA DE CARGA POR ATRITO

• A perda de carga por atrito depende da velocidade de escoamento e da


rugosidade do tubo. A expressão para perda por atrito para escoamento
turbulento em tubos circulares é dada pela equação de Darcy-Weisbach:
hf = f.(L.v2)/(D.2.g)
onde:
hf: perda de carga por atrito
f: fator de atrito
L: comprimento do tubo
D: diâmetro do tubo
v: velocidade média

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HIDRODINÂMICA

PERDA DE CARGA POR ATRITO

Fonte: Gribbin (2014)

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HIDRODINÂMICA

PERDA DE CARGA POR ATRITO

Fonte: Gribbin (2014)

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LINHA DE CARGA E LINHA PIEZOMÉTRICA

• Linha de Carga: lugar geométrico dos pontos representativos das três cargas: de
velocidade, de pressão e de posição.

• Linha Piezométrica: corresponde às alturas a que o líquido subiria em piezômetros


instalados ao longo da canalização. É a linha de pressões.

• As linhas de carga total e a piezométrica estão separadas pelo valor


correspondente ao termo v2/2.g, isto é, energia cinética ou carga de velocidade.

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LINHA PIEZOMÉTRICA

Fonte: Paschoal (1982)

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LINHA PIEZOMÉTRICA

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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LINHAS PIEZOMÉTRICA E DE CARGA

• O nível N1 corresponde à energia total disponível no R1 e N2 à carga total no R2.

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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CONSTRUÇÃO DA LINHA DE CARGA

• Entre os trechos I e II há uma queda da linha piezométrica, pois parte da energia


de pressão se converte em energia de velocidade. Na passagem de II para III há
uma recuperação pela razão inversa.

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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CONSTRUÇÃO DA LINHA DE CARGA

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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LINHAS DE CARGA

• NN1: carga estática absoluta

• NN2: carga dinâmica absoluta

• NN3: carga estática efetiva

• NN4: carga dinâmica efetiva

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LINHAS DE CARGA

• Nos pontos baixos da canalização devem ser previstas descargas com registros
para limpeza periódica do encanamento e para possibilitar o seu esvaziamento.

• Nos pontos mais elevados devem ser instaladas ventosas, para saída do ar
acumulado (quando abaixo da LCE).

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CANALIZAÇÃO COINCIDENTE COM A LCE

• Funcionamento como condutos livres.

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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CANALIZAÇÃO COINCIDENTE COM A LCE

• Sempre que a canalização cortar a LCE, as condições de funcionamento não serão


satisfatórias.

• Por isso, nos casos em que for impraticável manter a canalização sempre abaixo
daquela linha, cuidados especiais deverão ser tomados.

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CANALIZAÇÃO ACIMA DA LCE E ABAIXO DA LPA
• A pressão efetiva assume valor negativo, propiciando a formação de bolsas de ar.
• É um caso de sifão verdadeiro, que necessita de escorva (remoção do ar
acumulado)

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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CANALIZAÇÃO ACIMA DA LPA E ABAIXO DO PCE
• R1 a T – escoamento em carga.
• T a R2 – escoamento como vertedor

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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CANALIZAÇÃO ACIMA DA LPA E ABAIXO DO PCE

• A vazão é reduzida e imprevisível, sendo considerada uma posição defeituosa.

• Se a canalização estiver abaixo do PCE e cortar a LCE e se for estabelecida a


comunicação com o exterior (pressão atmosférica) no seu ponto mais desfavorável
(por uma caixa de passagem), a canalização passará a funcionar com dois trechos
distintos, indo do R1 até o ponto alto da canalização com escoamento sob carga
reduzida correspondente a esse ponto, e daí até o R2 sob a ação da carga restante.

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CANALIZAÇÃO CORTA A LP E O PCE, MAS FICA
ABAIXO DA LPA
• Trata-se de um sifão funcionando em condições precárias, exigindo escorva
sempre que entrar ar na canalização.

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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CANALIZAÇÃO ACIMA DO PCE E DA LPA, MAS ABAIXO
DO PCA
• Trata-se de um sifão funcionando em nas piores condições possíveis.

• Nesses casos, são tomadas medidas necessárias para o escorvamento por meio de
dispositivos mecânicos.

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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CANALIZAÇÃO CORTA O PCA

• O escoamento por gravidade é impossível, pois há necessidade de recalque no


primeiro trecho.

Fonte: Azevedo Netto (1998)

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QUESTÃO
A figura esquematiza o conduto que liga o reservatório R1 ao R2.

Onde:

PCE = plano de carga estático


Lp = linha piezométrica
= ventosa

Nesse conduto, a posição correta para a ventosa é a indicada em

(A) I (B) II (C) III (D) IV (E) V

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QUESTÃO
Comentários:

Onde possível, a tubulação deve ser instalada com declive em relação ao fluxo da água,
com o ponto mais alto na saída da rede de distribuição do reservatório elevado. Onde
inevitável a instalação de trechos em aclive, em relação ao fluxo, os pontos mais altos
devem ser, preferencialmente, nas peças de utilização ou providos de dispositivos
próprios para a eliminação do ar (ventosas ou outros meios), instalados em local
apropriado.

Verifica-se que o ponto mais alto do aclive se encontra no ponto IV.

Gabarito: D

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QUESTÃO
A figura esquematiza o conduto que liga o reservatório R1 ao R2.

Onde:

PCE = plano de carga estático


Lp = linha piezométrica
= ventosa

Nesse conduto, a posição correta para a ventosa é a indicada em

(A) I (B) II (C) III (D) IV (E) V

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QUESTÃO

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QUESTÃO
O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas
estruturas hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere
os reservatórios de água R1 e R2, as linhas R1, R2, R3 e R4 e o desenvolvimento dos
condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-B”-C”-D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas
linhas, em que a pressão atmosférica (Pa) é a origem das medidas de pressão, e julgue
os itens a seguir.

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QUESTÃO
A tubulação A-B’-C’-D’-E funciona como um sifão e, por isso, não precisa de escorva
prévia para garantir o escoamento.

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QUESTÃO
Comentários:

Pelo contrário, a tubulação precisa de escorva, ou seja, de pré-preenchimento da


tubulação para funcionar, tendo em vista que o ponto C' encontra-se acima do nível do
plano de carga efetiva.

Gabarito: Errada

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QUESTÃO
O teorema de Bernoulli pode ser aplicado entre os pontos A e E exatamente como foi
postulado, pois a conservação de energia se mantém constante para qualquer uma das
tubulações que interligue esses dois pontos.

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QUESTÃO
Comentários:

O erro decorre da não consideração da perda de energia por atrito, motivo pelo qual a
conservação da energia não se mantém constante entre A e E.

Gabarito: Errada

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QUESTÃO
A perda de carga unitária tende ao seno da linha de carga efetiva à medida que a
declividade da tubulação tende a zero e, para os condutos livres com fluxo em
movimento uniforme, a perda de carga unitária representa a declividade real do
conduto.

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QUESTÃO
Comentários:

Na verdade, a perda de carga tende à tangente da linha de carga efetiva, pois,


considerando que a referência do trecho horizontal é unitária, ou seja, de 1 m, teremos
a tangente do ângulo da linha de carga efetiva com a horizontal igual à perda
de carga/1 m.

Gabarito: Errada

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HIDRODINÂMICA

PERDA DE CARGA POR ATRITO

Fonte: Gribbin (2014)

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QUESTÃO
Sem a atuação de forças externas, o fluxo de água na tubulação A-B”-C”-D”-E se
mantém, devido, exclusivamente, à ação da Pa.

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QUESTÃO
Comentários:

O ponto C’’ está acima do PCA, necessitando de recalque para manutenção do fluxo.

Gabarito: Errada

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QUESTÃO
No trecho B-C-D do conduto A-B-C-D-E, atua uma pressão inferior à Pa que provoca a
formação de uma bolsa gasosa no ponto C, o mais alto da tubulação. Se essa bolsa não for
removida, ela crescerá até que a pressão interna do tubo se iguale à Pa enquanto a vazão
diminuirá. Nesta situação, uma válvula de expulsão e admissão de ar instalada no ponto
mais alto da tubulação restabeleceria a vazão.

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QUESTÃO
Comentários:

A linha que liga N a N' é a LCE e corresponde à altura que a água atingiria se tivéssemos
tubos verticais instalados ao longo da tubulação.

Portanto, a pressão no trecho B-C-D será inferior à atmosférica.

Neste caso, segundo Azevedo Netto, as ventosas comuns seriam prejudiciais devido à
pressão inferior à atmosférica e que seria o caso de um sifão verdadeiro que
necessitaria de escorva para remoção do ar acumulado.

Gabarito: Errada

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QUESTÃO
As linhas R1, R2, R3 e R4 representam, respectivamente, a linha de carga absoluta, a
linha de carga efetiva, o plano de carga absoluto e o plano de carga efetivo.

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QUESTÃO
Comentários:

Gabarito: Errada

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BIBLIOGRAFIA
- Azevedo Netto, José Martiniano de. Manual de Hidráulica. São Paulo: Edgard
Bucher, 1998.

- Gribbin, John E.. Introdução a Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais.


Editora Cengage Learning. São Paulo: 2014.

- Paschoal, Silvestre. Hidráulica Geral. LTC. 1982.

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OBRIGADO
PROF. MARCUS VINICIUS CAMPITELI

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