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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO


PARANÁ
Campus Curitiba
Elementos de Máquinas 2

ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
TRANSMISSÃO POR ELEMENTOS FLEXÍVEIS

Transmissão
Prof. Tiago
por elementos
Cousseau flexíveis
tcousseau@utfpr.edu.br
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TRANSMISSÃO POR CORREIAS
- INTRODUÇÃO -

Transmissão por elementos flexíveis


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INTRODUÇÃO - TRANSMISSÕES
TRANSMISSÕES: São usadas quando se deseja transmitir potência de uma árvore (eixo) a outra
 engrenagens  cilíndricas de dentes retos
 cil. de dentes helicoidais
 cônicas e hipóides Transmissões
 roda de atrito  coroa x sem-fim rígidas

 CORREIAS  Planas (chatas)


 Trapezoidais
sistemas de transporte
 Seção Circular

 Correntes  Corrente de rolos Transmissões


 Corrente dentada ou flexíveis
Silenciosa

 cabo de aço (+ usado p/ exercer tração)


 eixos flexíveis
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INTRODUÇÃO - TRANSMISSÕES
Características para escolha, seleção e dimensionamento:
 custo (inicial ou ao longo da vida)  durabilidade (vida útil)
 flexível ou rígida  Lubrificação e temperatura
 Vibração, ruído  Tipo de manutenção (projeto, mão-de-obra,
 Distância, posição e sincronismo entre eixos reposição., etc..)
 potência e velocidade transmitida  Ambiente (poeira, umidade, corrosão, etc..)
 relações de transmissão

 possibilidade de sobrecarga

 rendimento

 espaço disponível

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INTRODUÇÃO - CORREIAS
Objetivo
Transmitir potência através de distâncias relativamente “grandes”

Correias podem ser

Características
Usada para grandes distâncias entre eixos
Necessita de ajuste na distância entre eixos
Pode-se variar velocidade utilizando-se cones de polias
Velocidade angular não é constante (deslizamento)
Pode-se obter o efeito de embreagem (correias planas lisa)
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INTRODUÇÃO
VANTAGENS
Segurança:
• proteção contra choques, vibrações e sobrecarga.

Economia:
• custo da instalação
• custo da manutenção
• economia de tempo de parada de produção (substituição rápida)

Versatilidade:
• projetadas com grandes reduções ou grandes multiplicações de rotações
• com uma única correia, podem-se obter diferentes relações de velocidades

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INTRODUÇÃO

CUIDADOS DE UTILIZAÇÃO - TENSIONAMENTO


Se o uso do esticador se fizer necessário, deve ser colocado do lado bambo da correia. Esticadores externos
não são muito recomendados. Com o intuito de facilitar a instalação e a manutenção, é aconselhável uma
forma de ajustar a distância entre eixos.
Ramo Frouxo (bambo)

Ramo tracionado
O esticador liso não deve ser curvado na superfície (deve-se utilizar flanges). Preferencialmente, o diâmetro
do esticador deve ser maior do que o diâmetro da polia menor da transmissão considerada, buscando assim,
que o arco de contato do esticador seja o menor possível.

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INTRODUÇÃO

CUIDADOS DE UTILIZAÇÃO - TENSIONAMENTO

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INTRODUÇÃO

CUIDADOS DE UTILIZAÇÃO – TENSIONAMENTO

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INTRODUÇÃO

TIPOS DE POLIAS

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INTRODUÇÃO

TIPOS DE POLIAS - TRAPEZOIDAIS

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INTRODUÇÃO

TIPOS DE POLIAS - PLANAS

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INTRODUÇÃO - CORREIAS PLANAS
Tipos de correias planas
• Lisa (polia plana ou abaulada)
• Dentada (necessita de dentes nas polias)
Materiais
• Couro, tecidos ou cordões impregnados com borracha, plástico ou borracha reforçada
• Plástico ou borracha reforçada
Características
• Mais larga do que espessa
• Necessita fazer junções (não são contínuas) / O seu uso tem decrescido (devido a acionamento individuais)
Fatores que influenciam na escolha do material da correia
• Vida, confiabilidade, tamanho das polias e custo
Parâmetros máximos
• Potência: 1600 kW
• Velocidade tangencial: 90 m/s
• Relação de transmissão: 1:10

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INTRODUÇÃO - CORREIAS PLANAS
CORREIAS PLANAS
Correia Aberta
Não Inverte o
sentido de giro

Correia Cruzada
Inverte o sentido
de giro

Correia Aberta
Inverte o sentido de
giro

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INTRODUÇÃO - CORREIAS PLANAS
VELOCIDADE VARIÁVEL
Transmissão Contínua
CVT

Transmissão
Discreta de velocidade

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INTRODUÇÃO - CORREIAS PLANAS
INFORMAÇÕES DE
CATÁLOGO

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INTRODUÇÃO - CORREIAS TRAPEZOIDAIS
• CARACTERÍSTICAS • VANTAGENS
• Potência máxima de 1100 kW (1500 • praticamente não apresenta
HP) deslizamento
• Velocidade tangencial 300 < v < 1500 • permite o uso de polias bem próximas
m/min (ideal = 20 m/s) • elimina os ruídos e choques de correias
• Relação de transmissão ideal de 1 : 8 emendadas
(máximo de 1:10) • pode-se usar várias correias em uma
• Rendimento mesma polia
• 0,95 ≤  ≤ 0,98 • Partida com menor tensão prévia que a
• São contínuas e de fácil desmontagem correia plana
• Não se recomenda para grandes
distâncias (vibração no ramo frouxo)

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INTRODUÇÃO- CORREIAS TRAPEZOIDAIS

Cushion rubber:
Cushion rubber provides good adhesion between the
tension members (cords) and the rubber cushion.

Tension members:
The tension cords are made from polyester yarn. Pre-
loading the cords during their rubber impregnation process
results in low stretch during operation.

Rubber cushion:
The rubber cushion is a fibre loaded giving good
transverse belt rigidity.

Wrapping fabric:
Heavy duty industrial fabric

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INTRODUÇÃO- CORREIAS TRAPEZOIDAIS

CUIDADOS DE UTILIZAÇÃO - TENSIONAMENTO

Poliflex

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INTRODUÇÃO- CORREIAS TRAPEZOIDAIS

V-Belt Dupla

V-Belt Tripla

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INTRODUÇÃO- CORREIAS TRAPEZOIDAIS

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INTRODUÇÃO
Correias planas Correias em V
Valores máximos: Valores máximos:
a) Potência 1600 kW (2200 cv) a) Potência 1100 kW (1500 cv)

b) Rotação 18000rpm b) Velocidade tangencial 26 m/s

c) Velocidade tangencial 90 m/s c) Relação de transmissão ideal até 1:8

d) Força tangencial 50kN d) Relação de transmissão máxima 1:15

e) Baixo ruído e) Eficiência entre 70 e 96%

f) Relação de transmissão ideal até 1:5

g) Relação de transmissão máxima 1:10

h) Eficiência de até 98%


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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO
CORREIAS DENTADAS OU SINCRONIZADORAS

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INTRODUÇÃO
CORREIAS DENTADAS OU SINCRONIZADORAS

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SELEÇÃO

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TIPOS DE CORREIAS SKF

SKF Wrapped Wedge and SKF Wrapped Classical Belts


Narrow Wedge Belts

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GUIA DE SELEÇÃO SKF

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GUIA DE SELEÇÃO SKF

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GUIA DE SELEÇÃO SKF

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GUIA DE SELEÇÃO SKF
14. Parâmetros de instalação
MIA é a menor redução da distância entre centros para permitir a montagem (Tabela 10a, pg. 63)
MTA é o menor aumento da distância entre centros para permitir o tensionamento (Tabela 10b , pg. 63)
15. Verificação da tensão
Tabelas 11 à 18 (pg. 64 à 71)

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GUIA DE SELEÇÃO SKF
15. Verificação da tensão
Tabelas 11 à 18 (pg. 64 à 71)

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TABELAS PRINCIPAIS

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TABELA 1 E 2

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TABELA 3

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DIAGRAMA 1

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TABELA 5A

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TABELA 5A

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TABELA 5B

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TABELA 5B

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TABELA 7

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TABELA 8

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TABELA 9B – CARACTERÍSTICAS DO PERFIL A

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TABELA 9B – CARACTERÍSTICAS DO PERFIL A

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TABELA 12

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EXERCÍCIOS

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E
S
- O diâmetro da polia movida é D=180mm e o da polia
motora é d=60mm. Calcule a razão de transmissão, a
A distância entre centros de projeto preliminar desse sistema.
7 Determine também qual deve ser o comprimento da correia.
- Recalcule a distância entre centros em função do
comprimento de correia comercial considerando o uso de
3 um perfil A.
:

S
E
L
E
Ç
à Transmissão por elementos flexíveis
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E
S
- Um compressor de ar gira com rotação 800 rpm acionado por um motor elétrico
A operando em condições de serviço normal, com potência 2 kW e rotação 1800
7 rpm. Sendo a distância entre centros podendo variar entre 500 e 600 mm,
projete o sistema de transmissão por correias.
-
4
:

P
R
O
J
E
T Transmissão por elementos flexíveis
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EXERCÍCIO

Um motor elétrico (corrente alternada síncrono) de 30 HP e 1160 rpm aciona um triturador. O triturador
parte parcialmente carregado de modo que a carga de partida atinge 150% da carga máxima normal. O
trabalho é considerado como contínuo e de 16 a 24 horas/dia. Não há umidade e/ou poeira. A rotação do
eixo do triturador é de 280 rpm e as distâncias entre centros mínima e máxima valem, respectivamente,
42” e 44”. Calcular:

a) os diâmetros das polias (dp1 e dp2);


b) a distância entre centros;
c) número de correias;
d) o tipo de correia trapezoidal a ser utilizada.

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FORÇAS NOS EIXOS E VIDA ÚTIL DA
CORREIA

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DIMENSIONAMENTO

m) Forças em Correias Planas


A força centrífuga dS é expressa por

Pela adição da força centrífuga temos uma componente a mais no somatório das componentes
radiais na análise de corpo livre em relação aos freios de cinta, que se resume em

(1)

Sabendo-se que o torque gerado pela correia na polia é dado por

Sendo F1 máximo definido pela tensão de ruptura da correia

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DIMENSIONAMENTO

m) Forças em Correias Planas


É conveniente também descrever esta equação como
(2)

Analisando agora o diagrama de corpo livre da polia com a correia, verificamos um modo mais
interessante de expressar as forças atuantes no sistema

Em que Fi representa a tensão inicial da correia, ou seja, a tensão


estática, e ΔF a tensão devido a transmissão de torque, logo

ou (3)

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DIMENSIONAMENTO

m) Forças em Correias Planas


As forças no ramo bambo (F2) e no ramo tencionado da correia (F1) podem também ser
calculados por

(4)

(5)

Em que Fi(a) são valores corrigidos em função


da condição de operação das correias

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DIMENSIONAMENTO

m) Forças em Correias Planas


Distribuição das forças na correia plana

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DIMENSIONAMENTO

m) Forças em Correias Planas : Exercício

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DIMENSIONAMENTO
m) Forças em Correias Planas : Exercício

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DIMENSIONAMENTO
m) Forças em Correias Planas : Exercício

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DIMENSIONAMENTO

n) Forças em Correias trapezoidais


Analogamente as correias planas, temos que a relação entre as forças dos segmentos frouxos
e tencionados da correia é exponencial e se diferencia devido ao ângulo de contato das faces
das correias trapezoidas

Porém, devido a distribuição dos diferentes materiais utilizados nas correias


estarem escalonados conforme o tipo da correia, determina-se a força centrífuga
destas por

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DIMENSIONAMENTO

n) Forças em Correias trapezoidais

Analogamente as correias planas, podemos expressar as forças atuantes na correia por

No entanto, as correias trapezoidais são mais sensíveis as tensões de flexão, logo, a componente
de flexão é habitualmente adicionada a F1 e F2 para definição da vida útil da correia

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DIMENSIONAMENTO

n) Forças em Correias trapezoidais

Em que os valores apresentados nas equações abaixo são tabelados conforme

Se Np>109; Usar Np=109

* Para utilizar estas tabelas


utilizar unidades inglesas

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DIMENSIONAMENTO

n) Forças em Correias trapezoidais


A diagrama de corpo livre das forças atuantes nas correias tipo trapezoidais são bastante
diferentes devido a tais tensões de flexão ciclícas do sistema

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CORREIAS COM SEÇÃO CIRCULAR

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CORREIAS SEÇÃO CIRCULAR

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CORREIAS SEÇÃO CIRCULAR

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OBRIGADO

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