Cabos de aço para suspensão de carga

Máquinas de Levantamento e Transporte
Sistema de Suspensão de Carga

Cabos de Aço perna alma
Os cabos de aço são feitos de arames

estirados a frio de alta resistência (> 1600 Área útil– 0.38%
MPa), que são primeiramente enrolados
formando pernas, que são então enroladas Fio ou arame
em espirais em torno de um elemento
central denominado núcleo ou alma, que é
normalmente de cânhamo (alma de fibra),
porém, podem ser do mesmo material das
pernas (alma de aço).
Os cabos são designados pelo diâmetro

nominal (normalmente em polegadas) e pela
designação da configuração do cabo
(número de pernas x número de fios por
pernas). Por exemplo: 1 1/8 pol. 6 X 7.
Prof. Antônio Eustáquio de Melo Pertence

Cabos de Aço
Geralmente são utilizadas de 6 ou 8 pernas com diversas configurações com várias
camadas com diferentes diâmetros dos fios. Tudo isto para atender as aplicações
considerando-se flexibilidade (fadiga – vida) e resistência a abrasão, além da
resistência a tração.
1
Cabos de Aço
Quanto maior o número de pernas e maior
número de fios por perna, maior a 6x37
flexibilidade do cabo. Estes são
utilizados em sistema de suspensão que
necessitam enrolar e desenrolar os cabos. 8x19
Por outro lado, em sistemas onde há
possibilidade de maior desgaste a 6x25 Filler
abrasão do cabo utiliza-se fios mais
grossos, reduzindo a flexibilidade do
mesmo.
6x19 Warrington
A alma de fibra em comparação com a 6x19 Seale
alma de aço, proporciona uma melhor
conservação do lubrificante (graxa),
maior flexibilidade, porém menor 6x7
resistência mecânica.

Cabos de Aço
Os cabos de aço são fabricados em dois
tipos, quanto ao modo de enrolamento das
pernas e dos fios.
O enrolamento Regular (não rotativo),
tem os fios enrolados em um sentido para
formar a perna e as pernas enroladas no
sentido oposto para formar o cabo.
O enrolamento Lang (normal) tem os fios
e as pernas enroladas no mesmo sentido.
Os cabos tipo Lang são mais flexíveis e

mais resistentes à fadiga do que os com
enrolamento Regular, porém estão mais
sujeitos a se desenrolarem se não
tiverem suas extremidades amarradas.
2
Cabos de Aço - Lingas
Q = (σ / μ ).( S .(π .d 2 / 4))
μ - coeficiente de segurança
Q - carga no cabo
S – fator de área – 0.38
d - diâmetro do cabo
σ – tensão de resistência do cabo de aço
As lingas de suspensão são usadas para

dividir a carga total, sob ângulos que
devem ser estudados.
⎛ 1 ⎞ ⎛⎜ Q ⎞⎟
T =⎜ ⎟⋅
⎝ cos α ⎠ ⎜⎝ Z l ⎟⎠
Τ − tensão atuante na linga
Zl - número de lingas
α - ângulo da linga com a vertical

3

4
Cabos de Aço

Cabos de Aço
Norma DIN 4130 Norma NBR 8400
dc = K F dc = Q T
dc – diâmetro do cabo em mm dc – diâmetro do cabo em mm
F – força no cabo em kgf T – força no cabo em daN
Grupo Q
Classe K
Cabo Lang (normal) Cabo regular
(não rotativo)
I 0,28
1 Bm 0,265 0,280
II 0,30
1 Am 0,280 0,300
III 0,32
2m 0,300 0,335
IV 0,35
3m 0,335 0,375
V 0,38
4m 0,375 0,425
5m 0,425 0,475
5
Correntes
São utilizados dois tipos de correntes em
máquinas de levantamento, de elo e de
rolos.
As correntes são definidas pelo passo e
seus pinhões são padronizados.
A corrente de elos são formados de
vergalhões redondos soldados sendo
também usadas para lingas na suspensão
de cargas pesadas.
Cabos de aço Correntes
-Mais silenciosos - Mais barulhentas

- Maiores velocidades de funcionamento - Menores velocidades de funcionamento
-Melhor relação capacidade/ dimensão - Não tem problemas de dobramento em pequenos raios
-Mais leves - Não precisam ser enroladas em tambores
-Menos sensíveis a solavancos

Cintas
6
Diâmetro de Polias e Tambores cabo de aço
Dt = K 1 d c Dt = H 1.H 2 .d c
D pm = K 2 d c D pm = H1.H 2 .d c
D pf = K 3 d c D pf = H 1 .H 2 .d c
dc – diâmetro do cabo dc – diâmetro do cabo

Dt – diâmetro do tambor Dt – diâmetro do tambor
Dpm – diâmetro da polia móvel Dpm – diâmetro da polia ou polia móvel
Dpf – diâmetro da polia fixa Dpf – diâmetro da polia fixa ou de compensação

Diâmetro de Polias e Tambores - cabo de aço
Classe K1 K2 K3 Grupo Tambores Polias Fixas Polias móvel
(compensadoras)
I 15 16 14
Lang Regular Lang Regular Lang Regular
II 18 20 14
1 Bm 16 16 14 16 16 18
III 20 22 15 1 Am 16 18 14 16 18 20
IV 22 24 16 2m 18 20 14 16 20 22,4
3m 20 22,4 16 18 22,4 25
V 24 26 16
4m 22,4 25 16 18 25 28
5m 25 28 18 20 28 31,5
Para NBR 8400 são dados os valores

≤5
de H1. Os valores de H2 para Wt 6a9 >10
tambores e polias fixas são iguais a H2 1 1,12 1,25

1. Para as polias móveis o valor de H2
depende de Wt.
7
Coeficiente Wt
Wt= 1 Wt= 3 Wt= 5 Wt= 5 Wt= 7 Wt= 7 Wt= 9

Polias
8
Polias

Tambores
Os tambores são elementos utilizados normalmente para enrolar cabos de aço (embora haja
possibilidade do enrolamento de correntes). Podem ser fabricados em chapa de aço soldada ou ferro
fundido. Podem ser de enrolamento duplo ou simples.
9
Tambores
Os tambores são ranhurados para enrolamentos com uma camada de cabo e liso para várias camadas
de cabo. Normalmente os tambores usam mancais de bucha.

Tambores
A relação entre a largura e o diâmetro dos tambores, L e Dt deve estar entre 2.5 e 3.0.
L p
d
Dt
a
h
C + 0.1 ⋅ C L = n. p
n=
Dt/2
π ⋅ Dt
n - número de voltas
dc - diâmetro do cabo
C – comprimento a ser enrolado
p – passo
Dt - diâmetro do tambor
L – comprimento do tambor
a- excentricidade
10
Tambores

Tambores
0,5 F
σc = Compressão
h⋅ p
1
σ f = 0,96 ⋅ F ⋅ 4 Flexão
Dt2 h 6
dc
e = h+ −a+u
2
σc – tensão de compressão
σf – tensão de flexão
F – força na perna do cabo
h – espessura do tambor
e – espessura da chapa do tambor
u – sobre espessura
11
Tambores Eixo do tambor

Tambores Eixo do tambor
32 ⋅ M f
d =3
σ fπ
12
Cadernais Cadernal Simples
Saída pela polia móvel Saída pela polia fixa
Qc Qc
Qc `= Qc `=
(Z p + 1) ⋅ η Z p ⋅η
V `= ( Z p + 1) ⋅ V V `= Z p ⋅ V
Q’c – força na perna do cabo

Qc – carga total de elevação ηp- rendimento por polia
Zp – número polias fixas e móveis
V’ – velocidade na perna do cabo mancais de rolamento – 0.98
V – velocidade de elevação da carga mancais de bucha – 0.96
η – rendimento total do cadernal

Cadernais Cadernal Duplo
Qc
Qc `=
2 ⋅ Z p ⋅η
V `= Z p ⋅ V
Q’c – força na perna do cabo

Qc – carga total de elevação
Zp – número de polias móveis
V’ – velocidade na perna do cabo ηp- rendimento por polia
V – velocidade de elevação da carga
mancais de rolamento – 0.98
η – rendimento total do cadernal
mancais de bucha – 0.96
Não considerar o rendimento da polia compensadora
13
Muflas
O conjunto formado pelas polias móveis, eixos suporte e gancho é chamado de moitão ou mufla. As
muflas podem ser classificadas em muflas curtas e muflas longas. Na mufla longa o eixo suporte só
contem o gancho.
Mufla longa

Muflas
O conjunto formado pelas polias móveis, eixos suporte e gancho é chamado de moitão ou mufla. As
muflas podem ser classificadas em muflas curtas e muflas longas. A mufla curta se caracteriza pelo
fato que o eixo suporte contem as polias móveis e o gancho.
Mufla curta
14
Ganchos
Os ganchos são largamente utilizados para a fixação da carga a ser suspensa. Podem ser forjados,
feitos a partir de sanduíche de chapas laminadas ou podem ser esculpido de placas de chapas
grossas, desde que corretamente dimensionados. As dimensões dos ganchos são normalizadas e
podem ser fabricados em série.

Ganchos
F di
σt = Tração
d i2
π⋅
4
Tração e flexão
σc – tensão de tração no pescoço do gancho

F – força no gancho Cisalhamento
di – diâmetro interno do pescoço do gancho
F
15
Ganchos
Q Mf
σ1 = + + Ka
S W1
Q Mf
σ2 = + − Kb
S W2
M f = F ⋅R R/e Ka Kb
S = 1,05 ⋅ b 2 1,2 3,65 0,53

1,4 2,50 0,59
J = 0,18 ⋅ b 4 1,6 2,08 0,63

2,0 1,69 0,69
J J
W2 =
2,5 1,49 0,74
W1 =
y1 y2 4,0 1,27 0,83
6,0 1,19 0,90

Eixo Girador
O eixo girador suporta o gancho nas muflas longas e o gancho e as polias móveis a mufla curtas.
Os mancais das polias móveis podem ser de deslizamento ou de rolamento.
16
Eixo Girador Seção I
⎛P⎞
⎜ ⎟
τ c = ⎝ ⎠2
2 mufla longa
π ⋅ d2
4
P
Mf = ⋅a
Mf 2
σf = mufla curta
Wf
π ⋅ d 23
Wf =
32

Eixo Girador Seção II
mufla longa e curta
P⋅L
Mf =
Mf 4
σf =
Wf
Wf =
(b − d1 ) ⋅ h 2
6
17

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Cabos de aço Correntes

-Mais silenciosos - Mais barulhentas

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dc – diâmetro do cabo dc – diâmetro do cabo

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Para NBR 8400 são dados os valores

tambores e polias fixas são iguais a H2 1 1,12 1,25

Wt= 1 Wt= 3 Wt= 5 Wt= 5 Wt= 7 Wt= 7 Wt= 9

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Q’c – força na perna do cabo

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Q’c – força na perna do cabo

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σc – tensão de tração no pescoço do gancho

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S = 1,05 ⋅ b 2 1,2 3,65 0,53

J = 0,18 ⋅ b 4 1,6 2,08 0,63

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