N-1193 REV.

A DEZ / 93

INDÚSTRIA DE PETRÓLEO -
PROPRIEDADES E ENSAIOS

Terminologia

Substitui e cancela a sua revisão anterior.

CONTEC
Comissão de Normas Toda esta Norma foi alterada em relação a revisão anterior.
Técnicas
Condição exigível: caracterizada pelos verbos dever, exigir, ser e outros
diferentes dos verbos abaixo.
Prática recomendada (não-mandatória): caracterizada pelos verbos
recomendar, poder, sugerir e aconselhar.

Proposta de revisão desta Norma deve ser enviada à CONTEC - Subcomissão

autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser
SC - 20 revisado, a redação e a justificativa técnico-econômica. A proposta deve ser
Técnicas Analíticas analisada na próxima revisão desta Norma.
de Laboratório

Cabe à CONTEC - Subcomissão autora, a orientação quanto à interpretação

do texto desta Norma. Não é de sua responsabilidade a decisão quanto à
aplicação dos itens desta Norma.

1 OBJETIVO

Esta Norma define os termos relativos a propriedades e ensaios, empregados na indústria de

petróleo.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

2.1 Esta Norma foi baseada na ISO 1998.

2.2 Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

PETROBRAS N-2542 - Indústria de Petróleo - Produtos e Matérias-Primas;

ISO/R 1543 - Definitions of Terms Used in the Benzole Industry -
Part I.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as seguintes definições:

3.1 Ensaio Doctor

Detecção da presença de certos compostos de enxofre, tais como, sulfeto de hidrogênio ou

mercaptans, em produtos claros (Ver Item 3.94 da norma PETROBRAS N-2542 pela ação
destes compostos sobre plumbito de sódio em presença de flor de enxofre).

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 9 páginas

 N-1193 REV. A DEZ / 93

3.2 Pressão de Vapor

Pressão exercida pelos vapores emitidos por um produto de petróleo e medida em

aparelhagem específica, sob condições normalizadas.

3.3 Viscosidade

Resistência interna apresentada por um fluido ao escoamento.

3.4 Índice de Viscosidade

Número empírico usado para caracterizar a variação da viscosidade de um óleo com a

temperatura. Um índice de viscosidade alto indica uma pequena variação da viscosidade com
a temperatura e vice-versa.

3.5 Corrosividade ao Cobre

Avaliação, sob condições normalizadas, das tendências corrosivas de um produto em relação

ao cobre.

3.6 Número de Bromo

Massa, em gramas, de bromo que reage com 100 g do produto de petróleo, sob condições
normalizadas. É utilizado como uma indicação do grau de insaturação.

3.7 Período de Indução

Intervalo de tempo, em minutos, durante o qual um produto de petróleo é considerado estável

sob condições normalizadas de oxidação acelerada. É utilizado para estimar a estabilidade do
produto durante a estocagem.

3.8 Ponto de Anilina

Menor temperatura na qual volumes iguais de anilina e do produto submetido ao ensaio são
completamente miscíveis, sob condições normalizadas.

3.9 Água e Sedimentos

Total de água e materiais sólidos presentes em petróleo e derivados que podem sedimentar
quando em repouso ou serem separados mais rapidamente por centrifugação, sob condições
normalizadas.

3.10 Número de Cetano

Número, em uma escala convencionada, que indica a qualidade de ignição de um óleo diesel,
sob condições normalizadas. É determinado em motores de ensaio (unidade teste) por
comparação com combustíveis de referência.

2
 N-1193 REV. A DEZ / 93

3.11 Índice Diesel

Número que caracteriza a qualidade de ignição de um combustível em um motor diesel. É

calculado a partir da densidade relativa e do ponto de anilina e não é influenciado pela
presença de aditivos melhoradores da qualidade de ignição (NOTA 1).

Nota 1: Não é freqüentemente utilizado para combustíveis destilados, sendo aplicável para
mistura de combustíveis residuais.

3.12 Ponto de Fulgor

Menor temperatura em que ocorre um lampejo provocado pela inflamação dos vapores
emitidos por um produto, pela passagem de uma chama, utilizando-se aparelhagem específica,
sob condições normalizadas.
3.13 Ponto de Fluidez

Menor temperatura na qual um produto continua a fluir quando resfriado, sob condições
normalizadas.

3.14 Ensaio de Desemulsibilidade

Mede a capacidade de uma emulsão, óleo e água, separar-se em duas fases, sob condições
normalizadas.

3.15 Número de Octano

Número, em uma escala convencionada, que exprime a resistência à detonação de um

combustível para motores a ignição por centelha. É determinado em motores de ensaio
(unidade teste) por comparação com combustíveis de referência. Existem vários métodos de
ensaio, conseqüentemente, o número de octano obtido deve ser acompanhado da referência ao
método empregado.

3.16 Ensaio de Corrosão

Determinação, sob condições normalizadas, da ação corrosiva de produtos de petróleo sobre

determinados metais.

3.17 Número de Saponificação

Massa, em miligramas, de hidróxido de potássio consumida para neutralizar e saponificar um

grama de produto, sob condições normalizadas.

3.18 Poder Adesivo de uma Parafina ou Cêra

Característica definida como a força necessária para separar, sob condições normalizadas,
duas fitas de papel, colocadas uma contra a outra, com o auxílio de uma parafina ou parafina
microcristalina.

3
 N-1193 REV. A DEZ / 93

3.19 Ductilidade de Material Betuminoso

Propriedade de um material betuminoso medida pelo limite máximo de alongamento por

tração, antes da ruptura, de um corpo de prova, sob condições normalizadas.

3.20 Emulsibilidade de Produto de Petróleo

Característica que o produto apresenta de formar emulsão com a água.

3.21 Sensibilidade da Gasolina Automotiva

Diferença entre os números de octano determinados pelos métodos normalizados, Pesquisa e

Motor.
3.22 Ponto Inicial de Ebulição

Temperatura observada e corrigida, se necessário, no instante em que a primeira gota de

condensado cai da extremidade inferior do tubo do condensador, durante uma destilação
efetuada sob condições normalizadas.
3.23 Ponto Final de Ebulição

Maior temperatura observada e corrigida, se necessário, durante a fase final de uma destilação,
sob condições normalizadas.

3.24 Ponto Seco

Temperatura observada e corrigida, se necessário, no momento da vaporização da última gota

de líquido no fundo do balão, na fase final da destilação realizada sob condições
normalizadas.
3.25 Faixa de Destilação

Faixa de temperatura que caracteriza uma fração por seu ponto inicial e seu ponto final de
ebulição (NOTA 2).

Nota 2: No campo dos hidrocarbonetos aromáticos existe uma outra definição para este termo
(norma ISO/R 1543).

3.26 Resíduo de Carbono

Resíduo formado pela evaporação e pirólise de um óleo, efetuadas sob condições

normalizadas.

3.27 Índice de Cetano

Uma aproximação do número de cetano (item 3.10) de óleo diesel (desempenho de ignição)
que não contém aditivo melhorador de cetano, calculado através de correlações, utilizando
propriedades do produto.

4
 N-1193 REV. A DEZ / 93

3.28 Miscibilidade com Água

Propriedade de um produto formar com a água uma solução ou uma dispersão estável.

3.29 Ponto de Névoa

Temperatura na qual ocorre o aparecimento de uma névoa de cristais de parafina em um

produto de petróleo líquido e transparente, quando este é resfriado sob condições
normalizadas.

3.30 Ensaio de Queima

Avaliação qualitativa das propriedades de queima de um querosene para uso em iluminação,

quando este é queimado em uma lâmpada sob condições normalizadas.

3.31 Curva de Destilação

Representação gráfica do percentual destilado de um produto de petróleo, em função da

temperatura.

3.32 Ponto de Amolecimento

Temperatura na qual um produto alcança uma determinada consistência, indicando sua

tendência a fluir, sob condições normalizadas.

3.33 Ponto de Combustão

Temperatura mais baixa na qual um produto de petróleo atinge a ignição e continua a queimar
por um período de tempo especificado após a aplicação de uma pequena chama sobre a sua
superfície, sob condições normalizadas.

3.34 Ponto de Fuligem

Altura máxima (em mm) de uma chama que pode ser obtida sem fuligem, quando um
destilado de petróleo é queimado em uma lâmpada sob condições normalizadas.
3.35 Intemperismo

Ensaio realizado para determinar a temperatura na qual ocorre a volatilização de 95% de um

gás liquefeito de petróleo, exposto à atmosfera, sob condições normalizadas.

3.36 Ponto de Gota (Ensaio Estático)

Temperatura na qual um produto de petróleo sólido ou semi-sólido adquire uma certa fluidez
sob condições normalizadas.

5
 N-1193 REV. A DEZ / 93

3.37 Penetração

Profundidade, expressa em décimos de mm, à qual um material padronizado (cone ou agulha),

penetra em uma amostra, sob condições normalizadas.

3.38 Densidade API

Escala arbitrária, adotada pelo American Petroleum Institute - API, para caracterizar a
densidade relativa de óleos. Sua relação com a densidade relativa é a seguinte:

141,5
API = − 131,5
d r 60 o F / 60 o F

3.39 Temperatura de Auto-Ignição

Temperatura na qual ocorre a ignição espontânea de um produto de petróleo na ausência de

chama, sob condições normalizadas.

3.40 Índice de Suscetibilidade Térmica (Índice de Penetração)

Expressão da suscetibilidade de um betume à temperatura. O índice é calculado pela

penetração e ponto de amolecimento, ou por duas penetrações determinadas em duas
diferentes temperaturas.
3.41 Número de Desempenho

Número que exprime a qualidade antidetonante das gasolinas de aviação, tendo um número de
octano superior a 100.
3.42 Ensaio do Ponto de Amolecimento (Anel e Bola)

Determinação do ponto de amolecimento de certos produtos de petróleo (em particular

produtos betuminosos), sob condições normalizadas.

3.43 Temperatura de Ignição Espontânea

Ver termo item 3.39.

3.44 Fluido Newtoniano

Fluido tendo uma viscosidade que é independente da taxa de cisalhamento.

3.45 Viscosidade Aparente

Termo utilizado para caracterizar a resistência ao escoamento de um produto não Newtoniano.

6
 N-1193 REV. A DEZ / 93

3.46 Compatibilidade dos Lubrificantes

Características de produtos de petróleo e produtos similares de serem misturados sem produzir

efeitos indesejáveis durante o armazenamento ou uso destas misturas.

3.47 Fluorescência (Bloom)

Efeito observado em um produto de petróleo, quando este reflete a luz do dia.

3.48 Ponto de Aderência

Temperatura mais baixa na qual duas superfícies parafinadas, colocadas em contato, aderem
uma a outra, sob condições normalizadas.

3.49 ”Gas-Freeing”

Remoção de um gás ou vapor, inflamável e/ou tóxico, de um reservatório.

3.50 Ponto de Floculação

É a menor temperatura onde ainda existe compatibilidade entre certos produtos de petróleo e
fluidos refrigerantes, indicada pelo aparecimento de flocos, sob condições normalizadas.

3.51 Substância Carbonizável em Parafina e Óleo Branco

Impureza, algumas vezes presente em nível de traços, suscetível ao ataque por ácido sulfúrico
concentrado, com a formação de uma coloração amarelo-castanho de intensidade variável.

3.52 Cor Saybolt

Definição empírica da cor de um produto claro de petróleo, relacionada à altura de uma coluna
da amostra, quando observada através do comprimento da coluna e comparada com padrões
de cor de vidro especificados. A escala de cores dos padrões varia de + 30 a - 16. A cor da
amostra deve ser mais clara à medida em que o valor da escala aumenta.

3.53 Ponto de Fusão de Parafina

Temperatura na qual a parafina fundida apresenta uma taxa mínima de variação de

temperatura, quando resfriada, sob condições normalizadas.

7
 N-1193 REV. A DEZ / 93

3.54 Ponto de Gota de Parafina (incluindo Petrolato)

Temperatura na qual o produto se torna suficientemente fluido para gotejar do bulbo de um

termômetro, previamente recoberto com o mesmo, sob condições normalizadas.

--------------------------

/ÍNDICE REMISSIVO

8
 N-1193 REV. A DEZ / 93

ÍNDICE REMISSIVO

Água e Sedimentos. .........................................................................................................................3.9

Compatibilidadedos Lubrificantes ....................................................................................................3.46
Cor Saybolt.......................................................................................................................................3.52
Corrosividade ao Cobre ...................................................................................................................3.5
Curva de Destilação .........................................................................................................................3.31
Densidade API .................................................................................................................................3.38
Ductilidade de Material Betuminoso.................................................................................................3.19
Emulsibilidade de Produto de Petróleo ............................................................................................3.20
Ensaio de Corrosão..........................................................................................................................3.16
Ensaio de Desemulsibilidade ...........................................................................................................3.14
Ensaio de Queima............................................................................................................................3.30
Ensaio do Ponto de Amolecimento (Anel e Bola) ............................................................................3.42
Ensaio Doctor...................................................................................................................................3.1
Faixa de Destilação..........................................................................................................................3.25
Fluido Newtoniano............................................................................................................................3.44
Fluorescência (Bloom) .....................................................................................................................3.47
Gas-Freeing .....................................................................................................................................3.49
Índice de Cetano ..............................................................................................................................3.27
Índice de Viscosidade ......................................................................................................................3.4
Índice Diesel.....................................................................................................................................3.11
Índice de Suscetibilidade Térmica (Índice de Penetração) ..............................................................3.40
Intemperismo ...................................................................................................................................3.35
Miscibilidade com Água....................................................................................................................3.28
Número de Bromo............................................................................................................................3.6
Número de Cetano...........................................................................................................................3.10
Número de Desempenho .................................................................................................................3.41
Número de Octano...........................................................................................................................3.15
Número de Saponificação................................................................................................................3.17
Penetração .......................................................................................................................................3.37
Período de Indução ..........................................................................................................................3.7
Poder Adesivo de uma Parafina ou Cera.........................................................................................3.18
Ponto de Aderência..........................................................................................................................3.48
Ponto de Amolecimento ...................................................................................................................3.32
Ponto de Anilina ...............................................................................................................................3.8
Ponto de Combustão .......................................................................................................................3.33
Ponto de Floculação.........................................................................................................................3.50
Ponto de Fluidez ..............................................................................................................................3.13
Ponto de Fulgor................................................................................................................................3.12
Ponto de Fuligem .............................................................................................................................3.34
Ponto de Fusão de Parafina.............................................................................................................3.53
Ponto de Gota (Ensaio Estático) ......................................................................................................3.36
Ponto de Gota de Parafina (Incluindo Petrolato)..............................................................................3.54
Ponto de Névoa................................................................................................................................3.29
Ponto Final de Ebulição ...................................................................................................................3.23
Ponto Inicial de Ebulição ..................................................................................................................3.21
Ponto Seco.......................................................................................................................................3.24
Pressão de Vapor.............................................................................................................................3.2
Resíduo de Carbono ........................................................................................................................3.26
Substância Carbonizável em Parafina e óleo Branco ......................................................................3.51
Temperatura de Auto-Ignição ..........................................................................................................3.39
Temperatura de Ignição Espontânea...............................................................................................3.43
Viscosidade ......................................................................................................................................3.3
Viscosidade Aparente ......................................................................................................................3.45

-------------------------------