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CABOS DE AÇO

TIPOS DE CABOS DE AÇO

CONSTRUÇÃO

APLICAÇÃO

RECOMENDAÇÃO

MANUTENÇÃO
O cabo de aço, na forma como é conhecido hoje, surgiu há 150 anos na
Alemanha, sendo um cabo 3×4, ou seja, três pernas sem alma, denominado
atualmente como compacto e quatro arames de 3,50 mm em cada perna
resistência à tração de 520 N/mm². Para padrões de hoje seriam arames
fracos, pois trabalha-se com quase 4 vezes esse valor, mas os cabos
cumpriram sua função muito bem e mostravam-se perfeitamente capazes de
substituir correntes neste uso. Era torcido lang, ou seja, os arames para o
mesmo lado da perna. Era torcido à mão, em lances de 17 a 38 metros e foi
usado como substituto para os cabos de cânhamo e correntes,
principalmente no setor da mineração.
Hoje, os produtos são fabricados com arames de aço provenientes de fornos
elétricos, sendo que o teor de carbono não é escolhido pelo comprador do
cabo, mas sim pelo fabricante que, de acordo com suas instalações escolherá
o mais apropriado.

Os fabricantes são obrigados a cumprir as normas técnicas para evitar


riscos de acidentes aos usuários, sob pena de ser processados. A NBR
ISO 2408 de 01/2008 – Cabos de aço para uso geral
TIPOS DE CABOS DE AÇO

 Galvanizado
 Aço Inoxidável
 Aço polido
 Revestido
 Galvanizado

O cabo galvanizado ganhou esse nome pois passa por todo um processo de galvanização para
que a peça possa adquirir maior resistência a oxidação e assim, prolongar a sua vida útil. Foto
mostrando um cabo de aço galvanizado. Para isso, o cabo recebe uma camada uniforme de
zinco que geralmente é aplicado por meio de um banho de imersão quente. Ele possui maior
resistência a oxidação e consequentemente maior durabilidade também, por isso a sua
utilização é recomendada para locais que possuam atritos ao longo de suas atividades, como
em parte estrutural de construções, na fabricação de automóveis, etc. Também é excelente
para suprir as necessidades dos setores de indústria pesqueira, naval, marinha e offshore.
 Aço inoxidável

O cabo de aço inoxidável foi desenvolvido com o intuito de atender as necessidades daquelas
atividades que são realizadas em ambientes que existam contato direto com substâncias
corrosivas. Ele é muito aproveitado na construção de edifícios, no setor de aviação e náutica,
em guinchos, em máquinas de diversos tipos de tamanho e utilidades, entre outros.

• Custo Alto
 Aço polido

Os cabos polidos, por sua vez, são utilizados em operações que estão continuamente
envolvidas com arranques, como guindastes, guinchos e elevadores, por exemplo. Ele possui
uma camada externa de graxa para proteger a peça e é totalmente constituído por arames de
aço convencionais.
Obs.: Apesar de suas impressionantes qualidades, ele também possui uma desvantagem: o
seu uso não é indicado para atividades em que envolva exposição ao tempo e clima.
 Revestido

Eles são preparados à partir de um revestimento de PVC ou de nylon e acompanham uma


camada de proteção plástica para proteger toda a sua parte externa contra oxidação. Além
dos equipamentos de ginástica, ele também é bastante utilizado na indústria automobilística,
em esteiras e correias e diversos outros segmentos.

Mas existe uma diferença entre o cabo revestido em nylon e o revestido em PVC? Sim! Aquele
que possui revestimento em nylon disponibiliza resistência a abrasão muito maior em
relação ao cabo revestido em PVC.
CONSTRUÇÃO DOS CABOS

Construção de um cabo de aço é o termo usado


para indicar o número de pernas, a quantidade
de arames em cada perna, a sua composição e
o tipo de alma.
CONSTRUÇÃO DOS CABOS

Alma dos cabos de aço:

Função: Fazer com que as pernas sejam


posicionadas de tal forma que o esforço
aplicado no cabo de aço seja distribuído
uniformemente entre elas.

• Tipos:
Fibra e aço
CONSTRUÇÃO DOS CABOS

Almas de Fibras:

As almas de fibra, em geral, dão maior


flexibilidade ao cabo de aço. Os cabos de aço
podem ter almas de fibras naturais (AF) ou de
fibras artificiais (AFA). As almas de fibras
naturais são normalmente de sisal e, as almas
de fibras artificiais são geralmente de
polipropileno.
CONSTRUÇÃO DOS CABOS

Almas de Aço:

As almas de aço garantem maior resistência


ao amassamento e aumentam a resistência à
tração. Pode ser formada por uma perna de
cabo (AA) ou por um cabo de aço
independente (AACI), sendo essa última
modalidade preferida quando se exige do
cabo maior flexibilidade, combinada com alta
resistência à tração. Cabos de aço com
diâmetro igual ou acima de 6,4 mm, quando
fornecidos com alma de aço, são sempre do
tipo AACI.
DEFORMAÇÕES

 Ondulação
 Amassamento
 Gaiola de Passarinho
 Alma Saltada
 Dobra ou nó
DEFORMAÇÕES

Ondulação:

Ocorre quando o eixo longitudinal do cabo de aço


assume a forma de uma hélice. Nas situações onde
esta anomalia for acentuada, pode transmitir uma
vibração no cabo de aço que, durante o trabalho
causará um desgaste prematuro, assim como arames
rompidos.
DEFORMAÇÕES

Amassamento:

O amassamento no cabo de aço normalmente é


ocasionado pelo enrolamento desordenado no
tambor. Nas situações onde o enrolamento
desordenado não pode ser evitado, deve-se optar
pelo uso de cabo de aço com alma de aço.
DEFORMAÇÕES

Gaiola de Passarinho:

Esta deformação é típica em cabo de aço com alma


de aço nas situações onde ocorre um alívio
repentino de tensão. Esta irregularidade é crítica e
impede a continuidade do uso do cabo de aço.
DEFORMAÇÕES

Alma Saltada:

É uma característica causada também pelo alívio


repentino de tensão do cabo de aço, provocando um
desequilíbrio de tensão entre as pernas, impedindo
a continuidade do uso do mesmo.
DEFORMAÇÕES

Dobra ou nó:

É caracterizada por uma descontinuidade no sentido


longitudinal do cabo de aço que em casos extremos
diminui a capacidade de carga do mesmo.
Normalmente causada por manuseio ou instalação
inadequada.
RECOMENDAÇÕES

Não existe uma regra precisa para se determinar o


momento exato da substituição de um cabo de aço,
uma vez que diversos fatores estão envolvidos. A
possibilidade de um cabo permanecer em uso
dependerá do julgamento de uma pessoa qualificada.
As Condições a seguir são razões suficientes para se condenar o uso de um cabo, ou para se
aumentar a frequência das inspeções. Os critérios para arames rompidos, citados abaixo, se
aplicam somente para cabos que trabalham em polias e tambores de aço.

• Doze arames rompidos distribuídos aleatoriamente em um passo do cabo, ou quatro arames


rompidos em uma única perna dentro de um passo do cabo
• Um arame externo rompido no contato com a alma do cabo, que tenha saltado para fora do
mesmo
• Desgaste igual ou superior a um terço do diâmetro original do arame externo
individualmente
• Qualquer dano que resulte em uma distorção do cabo, como dobra amassamento ou gaiola
de passarinho
• Qualquer evidência de dano por alta temperatura
• Deve ser dada a atenção especial para os terminais. O cabo deve ser ressoquetado ou
substituído quando houver dois arames rompidos próximo ao soquete, A ressoquetagem não
deverá ser feita se o encurtamento do cabo prejudicar a sua operação

Normas Recomendadas:
• NBR ISO 4309 para cabos usados em equipamentos.
• NBR 13543 para lingas de cabo de aço.
MANUTENÇÃO

 Inspeções Frequentes:
• Todos os cabos devem ser inspecionados visualmente pelo operador ou outra
pessoa responsável, no início de cada turno de trabalho. A observação visual
tem por objetivo detectar danos no cabo de aço que possam causar riscos
durante o uso
 Inspeções Periódicas:
• A frequência das inspeções deve ser determinada por uma pessoa qualificada e
deve estar baseada em fatores tais como: a expectativa de vida do cabo
determinada pela experiência anterior ou em instalações similares;
agressividade do meio ambiente; relação entre a carga usual de trabalho e a
capacidade máxima do equipamento, frequência de operações e exposição a
trancos.
MANUTENÇÃO

 Inspeções Periódicas:
• Todos os itens listados em inspeção frequente;
• Corrosão acentuada ou arames rompidos junto aos terminais;
• Terminais mal instalados, desgastados, tortos, trincados ou com corrosão
acentuada;
• Redução do diâmetro do cabo abaixo do seu diâmetro nominal, devido à
deterioração da alma, corrosão interna / externa ou desgaste dos arames
externos;

Para cabos das classes 6x7, 6x19 e 6x36, é recomendada uma redução máxima
onde a tolerância do diâmetro dos cabos deve atender as recomendações da norma
ABNT NBR ISSO 2408.
MANUTENÇÃO
 Medição do cabo:

De acordo com a norma ABNT NBR ISO 2408:2008, as medições de diâmetro devem ser feitas
em uma parte reta do cabo de aço, sem tração ou no máximo submetido a uma tração inferior
a 5% da carga de ruptura mínima, em duas posições com espaçamento mínimo de 1 metro. Em
cada posição, devem ser efetuadas duas medições, com defasagem de 90 graus do diâmetro
do círculo circunscrito. Como pode ser visto na Figura 3, o equipamento de medição deve se
estender sobre pelo menos duas pernas adjacentes.
 Manutenção Periódica:

A lubrificação de cabos de aço é muito importante para sua proteção contra a corrosão e
também para diminuir a fadiga por atrito provocado pelo movimento relativo de suas
pernas, dos arames e do cabo contra as partes dos equipamentos, como por exemplo, polias
e tambores. Uma das principais causas de rompimento é o desgaste do material.

 Tipos de lubrificantes:

 Composto Graxoso: Ponte Rolante, Guincho, Elevador de Obra, Grua, Laços;


 Graxa de Base Asfáltica: Ponte Rolante, Guincho, Elevador de Obra, Grua, Laços;
 Graxa base Bissulfeto de Molibdênio: Ponte Rolante, Guincho, Elevador de Obra, Grua,
Laços, Guindastes;
 Graxa base de Cálcio: Teleférico, Balancim, cabo para pesca;
 Óleo Mineral Parafinílico: Elevador de Passageiro
FIM!

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