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Quando falamos na segurança de máquinas e equipamentos, principalmente
quando realizamos uma análise quantitativa e qualitativa dos riscos, verificamos
que a operação de equipamentos de guindar, como pontes rolantes,
apresentam valores significativos que devem ser avaliados por profissio-
nais, a fim de eliminar os riscos para oferecer segurança a operação.

A Rigging Brasil, atuante desde 2006 no segmento de movimentação e


amarração de cargas, elaborou esse ebook para oferecer aos leitores,
informações importantes aos profissionais que atuam diretamente ou indiretamente
com atividades de movimentação de cargas, principalmente os profissionais
do setor de segurança do trabalho e manutenção, comprometidos com a
melhoria contínua dos processos e com a segurança total das operações.

Esse documento foi elaborado em consonância as normas NR-12 Segurança


em máquinas e equipamentos e ABNT NBR 12100 – Segurança de máquinas
– Princípios gerais de projeto – Apreciação e redução de riscos.

De acordo com a NR-12, item 12.1.9, devem-se considerar as características


das máquinas e equipamentos, do processo, a apreciação de riscos e o
estado da técnica (solução que deve ser tomado para aplicar nas máquinas
e equipamentos levando em consideração os custos para implementação).

Assim, considerando que o equipamento está instalado e em operação,


devemos implementar as seguintes medidas para mitigar os riscos na
operação de pontes rolantes.

Algumas organizações já possuem alguns controles ou grande parte deles,


porém uma auditoria dos processos é extremamente importante para conferir
tecnicamente a adoção das medidas para garantir que o processo de movi-
mentação ocorra de forma eficaz e segura.
10 formas para eliminar os riscos na operação de ponte rolante.

1 Realizar corretamente a manutenção preventiva do equipamento.

2 Realizar a troca de peças adequadas.

3 Promover o check-list de pré-uso.

4 Adequar o equipamento a NR12.

5 Oferecer treinamentos adequados aos operadores.

6 Promover a ordem de serviço para as atividades.

7 Sinalizar os locais de operação.

8 Utilizar materiais e equipamentos normativos.

9 Realizar a certificação periódica dos materiais utilizados.

10 Garantir que o equipamento é o indicado para o uso.


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10 formas para eliminar os riscos na operação de ponte rolante.

1 Realizar corretamente a manutenção preventiva do equipamento.

A manutenção preventiva das pontes rolantes é uma das ações mais adequadas para eliminar
riscos na operação, visto que a falta de manutenção pode deixar de detectar sinais e desgastes
em peças e componentes que possam quebrar ou romper e gerar acidente potencial.

A manutenção preventiva também deve ser realizada com total cuidado e também procedida de
uma avaliação de riscos, utilizando chave loto para bloqueio do equipamento, recursos adequa-
dos para acessar o equipamento e garantir que os profissionais estejam adequadamente
qualificados e capacitados.

Devemos destacar que a realização da manutenção preventiva do equipamento deve seguir as


orientações do fabricante e por falta dessa recorrer a profissionais ou organizações como a
Rigging Brasil para estabelecer a periodicidade e técnica adotada para realização do serviço.

A periodicidade da manutenção é um fator muito importante e deve considerar características


como: local de exposição, frequência do uso, severidade e importância do equipamento para a
organização. De acordo com ASME B30.2, a periodicidade mínima de inspeção/manutenção de
talhas e pontes rolantes deve ser pelo menos a cada 12 meses para serviço normal e pesado,
sendo reduzida para cada 3 meses quando indicado serviço severo.

É muito importante considerar que a contratação de uma empresa para realização de manutenção
deve atender aos requisitos previstos na ABNT NBR 17020, garantindo a imparcialidade na análise
realizada, sem nenhum conflito de interesses.

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2 Realizar a troca de peças adequadas.

Através da manutenção corretiva, preventiva ou preditiva, surge a necessidade de troca de


peças e componentes das pontes rolantes. Para a realização dessa atividade, deve-se sempre
avaliar o manual do equipamento e solicitar peça correspondente direta ao fabricante /
fornecedor.

A troca de peças deve ser realizada por profissionais qualificados, devidamente treinamentos
por um procedimento específico para cada componente, uma vez que a instalação inadequada
do componente pode comprometer a durabilidade de outros componentes e a segurança
operacional.

É de extrema importância sua organização exigir que os mecânicos de manutenção tenham os


treinamentos adequados, oferecendo assim a garantia da realização correta da operação.

Uma simples troca de cabo de aço é uma excelente análise que pode ser feita sobre o processo,
uma vez que o cabo de aço é um item que pode haver trocas constantes, dependendo da frequência
de uso, exposição e severidade. Para a realização desse serviço, o profissional deve conhecer
sobre a construção do cabo de aço, acabamento, resistência ao dobramento, fixação, terminais,
utilização de grampos (posicionamento, quantidade, espaçamento e torque necessário). Assim,
veja a quantidade de informações que o profissional deve ter de conhecimento para realizar a
atividade.

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3 Promover o check-list de pré-uso.

O check-list é um documento de extrema importância na operação de máquinas e equipamentos,


pois é ele quem vai fazer o profissional ter como referência todas as características que devem
ser avaliadas no equipamento antes de seu uso.

De acordo com a NR 12, item 12.142. Ao início de cada turno de trabalho, o operador deve efetuar
inspeção rotineira das condições de operacionalidade e segurança e, se constatadas
anormalidades que afetem a segurança, as atividades devem ser interrompidas, com a
comunicação ao superior hierárquico.

O check list deve conter os principais componentes e funcionalidades que devem ser avaliadas
pelo operador do equipamento como: cabos de aço, ganchos, travas, sinalização, presença de
vazamentos, controle remoto, sensores e limitadores e no teste operacional ruídos e vibrações
anormais.

Os operadores devem ser capacitados para preencher corretamente o check-list. Em alguns


modelos de check-lists são indicados quais avaliações são impeditivas de uso do equipamento,
fazendo com que o mesmo só possa ser operador novamente após manutenção realizada no
mesmo.

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4 Adequar o equipamento a NR12.

Quando falamos em adequar um equipamento a NR12, muitas organizações acabam fugindo do


assunto, pois sabem o quanto é custoso realizar a adequação em equipamentos, porém
enganam-se quando falamos em pontes rolantes. Com a aplicação de peças e componentes de
baixo custo é possível adequar o equipamento.

Para realizar a adequação de pontes rolantes a NR-12, deve ser realizada uma apreciação de
riscos que deve avaliar diversos fatores na operação de modo a estabelecer os componentes
necessários que devem ser implementados ou substituídos no equipamento a fim de garantir
sua adequação normativa.

De acordo com o departamento de Engenharia da Rigging Brasil, a adequação do equipamento a


NR 12 deve seguir as seguintes etapas:

• Apreciação de Risco;
• Projeto de Adequação;
• Adequação;
• Laudo Final;
• Documentação;

Solicite sempre a adequação do seu equipamento em empresas especializadas em equipamentos


de movimentação de carga, que irão oferecer corretamente os componentes necessários para
aplicação em cada equipamento.

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5 Oferecer o treinamento adequados aos operadores.

Os profissionais que operam os equipamentos de movimentação de carga devem atender aos


requisitos da NR11 e NR12, verificando também a aplicação da ABNT NBR 15466 – Qualificação e
certificação de operadores de ponte rolante, um excelente pré-requisito para estabelecer o
escopo do treinamento e requisitos mínimos para contratação.

Os profissionais devem receber treinamento teórico e prático, devendo ser periodicamente


reciclados. A periodicidade da reciclagem não está definida em recomendações normativas,
porém as organizações devem determinar um valor que ofereça ao profissional a possibilidade
de relembrar conceitos importantes sobre a operação do equipamento e sobre a segurança do
trabalho.

Para as organizações que possuem a certificação ISO 9001, é de extrema importância realizar
a avaliação da eficácia do treinamento, onde o auditor deve ter conhecimento específico na operação
do equipamento para poder realizar corretamente a avaliação.

A Rigging Brasil auxilia as organizações a estabelecer níveis de operadores de equipamentos


dentro de seus procedimentos operacionais, determinando as características que devem ser
atendidas em cada nível para operar cada tipo de equipamento, exemplo: um operador recém-
-contratado, sem experiência será classificado como operador nível 1, recebendo um
treinamento teórico inicial de 8 horas e um treinamento prático de 40 horas, acompanhado por
um operador nível 3. Esse operador só poderá realizar atividades em pontes rolantes de
capacidade até 5,00 t com instrução de trabalho em todas as fases, indicando os recursos,
cuidados e etapas que devem ser realizadas.

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6 Promover a ordem de Serviço para as atividades.

Ordem de serviço é um documento que estabelece os regulamentos e procedimentos internos de segurança


e saúde no trabalho da empresa, que deve ser informada a cada funcionário, que deve cumpri-la plenamente.

Podemos separar ordem de serviço nas atividades específicas de movimentação de carga em duas formas:

• Procedimento geral de movimentação de carga;


• Procedimento específico de cada operação;
No procedimento geral de movimentação de carga são apresentadas as diretrizes de uso de cada equipamento,
responsabilidades, tipos de atividades, documentos necessários para execução das atividades, regras de
segurança, periodicidade de inspeção, manutenção preventiva e corretiva, normas adotadas, emergências,
capacitação e treinamento, dentre outros.

O procedimento geral de movimentação de carga deve ser a diretriz utilizada pelos funcionários e terceiros
que vierem a acessar a organização, conhecendo as regras para cumpri-las a risca.

Recomendamos que o procedimento geral de movimentação de carga especifique cada equipamento a ser
utilizado no processo de movimentação de carga como pontes rolantes, talhas, guindastes, empilhadeiras,
dentre outros.

Vale a pena lembrar que muitas organizações multinacionais generalizam o termo crane e adotam a operação
de pontes rolantes com a mesma metodologia de guindastes. Com esse formato, as organizações ficam
limitadas e não conseguem utilizar corretamente os recursos disponíveis.

O procedimento específico para as operações de movimentação de carga, podem ser apresentados através
de um plano de carga ou um plano de rigging seguido de uma instrução de trabalho.

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7 Sinalizar os locais de operação.

A sinalização do local de operação de um equipamento de movimentação de carga é essencial


para garantir aos demais profissionais que atuam na área e pedestres que se atentem no local,
que está havendo uma operação.

Muitas organizações adotam cancelas manuais para o acesso de pedestres em áreas que
possuam carga suspensa, onde o operador do equipamento deve sempre advertir a passagem
do equipamento com a carga suspensa para orientar e alertar os profissionais, dado que de
acordo com a NR18, é proibido o transporte de cargas suspensas sob pessoas.

Certos locais que não apresentam cancelas físicas e faixas de pedestres, deve-se promover o
isolamento da área com faixas e cones de sinalização para evitar o acesso de pessoas nas
áreas de operação.

Com a tecnologia aplicada a pontes rolantes, iluminação pode ser incorporada ao equipamento
para poder indicar raio seguro de operação, oferecendo visibilidade a todos os participantes da
operação, o local de transporte e posicionamento da carga.

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8 Utilizar materiais e equipamentos normativos.

Os materiais e equipamentos utilizados para realizar a conexão da carga com as pontes rolantes
deve ser realizada por componentes fabricados em padrões normativos.

Laços de cabos de aço, cintas de poliéster, lingas de correntes, manilhas, dentre outros
materiais apresentam normas técnicas de fabricação - ABNT, oferecendo padronização de
fabricação, ensaios e testes que devem ser seguidos para garantir a segurança dos materiais.

Dispositivos especiais como barras de carga, tenazes, separadores, dentre outros devem ser
projetados e construídos por profissional legalmente habilitado (Engenheiro), que deve fornecer
um book técnico contendo todas as informações inerentes a fabricação do equipamento, assim
como um manual de operação e manutenção.

Devemos fazer uma validação dos fornecedores de materiais de elevação de carga, realizando
uma homologação técnica, solicitando documentação de fabricação dos materiais em conformidade
as normas técnicas e priorizando os fornecedores que atendam os requisitos normativos,
oferecendo um corpo técnico adequado para poder atender as demandas específicas da
organização, especificando, projetando e oferecendo produtos adequados a cada carga/operação.

Um grande exemplo que ainda vemos em muitas operações é a utilização de manilhas sem as
devidas identificações mínimas exigidas através das normas técnicas de fabricação em seu
corpo, como a FED SPEC, onde a maioria das manilhas utilizadas no Brasil são fabricadas em
cima dessa norma por incompatibilidade com a norma ABNT, devendo apresentar de forma
indelével em seu corpo: identificação do fabricante, tamanho e carga máxima de trabalho.

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9 Realizar a certificação periódica dos materiais utilizados.

A certificação periódica dos materiais utilizados nos processos de movimentação de carga tem
como objetivo realizar a inspeção visual e dimensional em laços de cabos de aço, cintas de
poliéster, lingas de corrente grau 8 e grau 10, dispositivos especiais (balancim, barra de carga,
tenaz) e acessórios (manilhas, olhais de içamento, ganchos, anelões), identificando desgastes e
deformações que possam comprometer o uso seguro e prejudicar sua disponibilidade operacional.

Ensaios não destrutíveis complementares podem ser realizados conforme orientação do inspetor.

É recomendado que a certificação e formalização seja realizada através de ‘software’


específico como Inspeção Web®, onde o cliente pode acompanhar em tempo real o serviço.

O trabalho deve ser realizado por profissionais qualificados com vasto conhecimento operacional
e baseado nas principais normas de referência de fabricação, uso e manutenção de cada material
como NR’s (normas regulamentadoras), NBR’s (normas técnicas nacionais) e demais normas
técnicas internacionais.

A periodicidade de inspeção dos materiais de movimentação de carga pode ser realizada


conforme estipulado pelas normas nacionais - a cada 12 meses ou conforme apontado através
do gerenciamento de risco levantado em cada equipamento.

A Rigging Brasil pode auxiliar na elaboração de um cronograma adequado para inspeção


periódica dos materiais de movimentação de carga verificando as seguintes características:

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9 Realizar a certificação periódica dos materiais utilizados.

Severidade da operação, aplicação do equipamento e frequência de uso e resultado de inspeções


anteriores - consulte nosso departamento de Engenharia para mais informações.

Periodicidade para inspeção de materiais de movimentação de carga por uma pessoa qualificada:

Material Norma Referência Periodicidade

Laço de Cabo de Aço ABNT NBR 13541 12 meses


Cintas de Poliéster ABNT NRB 15637 12 meses
Lingas de Corrente ABNT NBR 15516 12 meses
Manilhas Fed. Spec. 271D 12 meses
Balancim ASME B30.20 12 meses
Dispositivos Especiais ASME B30.20 12 meses

No serviço deve ser emitido um book técnico, apresentando um relatório de cada material analisado,
acompanhado de uma ART (Atestado de Responsabilidade Técnica) emitido pelo departamento de
Engenharia devidamente registrado no CREA.
São apresentados nos laudos técnicos, dados referentes a manutenções corretivas que podem
ser realizadas em cada material, havendo a indicação das peças a serem reparadas ou trocadas
para adequação e boa funcionalidade.

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10 Garantir que o equipamento é o indicado para o uso.

A utilização de uma ponte rolante deve ser especificada por um profissional com vasto
conhecimento, verificando os requisitos da ABNT NBR 8400, que deverá avaliar diversos
fatores para poder determinar o equipamento adequado para o uso como: carga máxima
aplicada no local, severidade de exposição, ciclos de utilização e demais fatores importantes.

Equipamentos de movimentação de carga apresentam limitações e padrões de cálculo, realizados


no projeto, que devem ser seguidos pelas organizações para poder determinar a aplicação.

Assim, recomendamos sempre que as organizações não se atentem apenas a capacidade indicada
no corpo do equipamento, mas aos demais fatores de projeto para poder determinar se o
equipamento irá atender a demanda.

A Rigging Brasil realiza o serviço de engenharia reversa e apreciação de risco com a finalidade
de determinar a correta aplicação do equipamento, confrontando com seu projeto ou
levantamento físico, oferecendo embasamento técnico para tomada de decisões.

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