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Direito Empresarial

Exame CFC
Direito Empresarial
Neste Curso Você aprenderá sobre o Direito Empresarial, com enfoque
para o Exame do CFC, você aprende aspectos gerais do Direito
Societário, características do Direito Contratual, elementos do Direito
do Consumidor e muito mais.

Você aprenderá:
• Princípios - Lei das SAS 6404/76 ............................ 06
• EXAME CFC - Questão 30 – 2018............................. 11
• Da Sociedade Limitada ............................................ 18
• EXAME CFC - Questão 32 – 2018 ............................ 27
• A decretação da falência ......................................... 35

Assista este conteúdo com o instrutor Fábio


Cardoso, Oficial de Justiça Avaliador Federal de
Tribunal Regional do Trabalho.
Aponte a câmera para o código QR ou acesse:
www.cefis.com.br
Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
• Primeira Fase – subjetiva
• Fase objetiva ou Teoria dos Atos de Comércio.
• Ex.: Código Comercial de 1850

Artigo 966 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002


• Art. 966. Considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Princípios
• Livre iniciativa (arts. 1º, IV e 170, caput, CRFB)
• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
• IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Princípios
• Livre iniciativa (arts. 1º, IV e 170, caput, CRFB)
• Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
• IV - livre concorrência;
• Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição,
a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só
será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei. § 4º A lei reprimirá o abuso do
poder econômico que vise à dominação dos mercados, à
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos
lucros.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
SÚMULA 646
• Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que
impede a instalação de estabelecimentos comerciais do
mesmo ramo em determinada área.

Princípios
• Função Social da Empresa
• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
• XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
• Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
• III - função social da propriedade;

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Princípios - Lei das sas 6404/76
• Art. 116. Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o
poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e
cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades
para com os demais acionistas da empresa, os que nela
trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos
direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.
• Art. 154. O administrador deve exercer as atribuições que a lei
e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da
companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da
função social da empresa.

DECRETO Nº 9.571, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2018


• Estabelece as Diretrizes Nacionais sobre Empresas e Direitos
Humanos.
• Art. 7º Compete às empresas garantir condições decentes de
trabalho, por meio de ambiente produtivo, com remuneração
adequada, em condições de liberdade, equidade e segurança,
com iniciativas para:

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
DECRETO Nº 9.71, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2018
• I - manter ambientes e locais de trabalho acessíveis às pessoas
com deficiência, mesmo em áreas ou atividades onde não há
atendimento ao público, a fim de que tais pessoas encontrem,
no ambiente de trabalho, as condições de acessibilidade
necessárias ao desenvolvimento pleno de suas atividades;
• II - observar os direitos de seus colaboradores de:
• a) se associar livremente;
• b) afiliar-se a sindicatos de trabalhadores;
• c) participar dos conselhos de trabalho;
• d) envolver-se em negociações coletivas;
• e) receber os benefícios previstos em lei, incluídos os repousos
legais; e
• f) não exceder a jornada de trabalho legal;
• III - manter compromisso com as políticas de erradicação do
trabalho análogo à escravidão e garantir ambiente de trabalho
saudável e seguro;
• IV - não manter relações comerciais ou relações de

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
DECRETO Nº 9.71, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2018
• investimentos, seja de subcontratação, seja de aquisição de
bens e serviços, com empresas ou pessoas que violem os
direitos humanos;

Artigo 421 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002


• Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da
função social do contrato. (Redação dada pela Lei nº 13.874,
de 2019)
• Art. 1° A Convenção Americana sobre Direitos Humanos
• (Pacto de São José da Costa Rica)

Art. 1° A Convenção Americana sobre Direitos Humanos


• Artigo 32. Correlação entre deveres e direitos
• 1. Toda pessoa tem deveres para com a família, a
comunidade e a humanidade. 2. Os direitos de cada pessoa
são limitados pelos direitos dos demais, pela segurança de
todos e pelas justas exigências do bem comum, numa
sociedade democrática.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Artigo 966 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
• Art. 966. Considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo
único. Não se considera empresário quem exerce profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda
com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Artigo 1142 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002


• Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de
bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou
por sociedade empresária.

Artigo 1143 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002


• Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de
direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos,
que sejam compatíveis com a sua natureza.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Artigo 1143 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
• Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o
usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá
efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da
inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no
Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na
imprensa oficial.

SÚMULA 451 STJ


• É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.

EXAME CFC - Cor Branca - 2 Semestre 2018


• Questão 30 - A legislação civil consolida diversas normas
reguladoras das relações jurídicas de ordem privada. Um dos
conceitos por ela trazidos é a respeito daquele "que exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens e serviços". Este conceito
corresponde ao:

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
EXAME CFC - Cor Branca - 2 Semestre 2018
• Questão 30 - Este conceito corresponde ao:
• a) Empresário
• b) Perito Judicial
• c) Despachante Aduaneiro
• d) Sujeito ativo da obrigação tributária

Código Civil
• Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante
requerimento que contenha:
• I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se
casado, o regime de bens;
• II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá
ser substituída pela assinatura autenticada com certificação
digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade,
ressalvado o disposto no inciso I do § 1º do art. 4º da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 ;

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
• Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência,
em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de
Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a
prova da inscrição originária.
• Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua
principal profissão, pode, observadas as formalidades de que
tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede,
caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos
os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
• Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem
legalmente impedidos.
• Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem
legalmente impedidos.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
• Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por
ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
• §3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das
Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações
contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que
atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos:
(Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011).
• I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da
sociedade;
• II – o capital social deve ser totalmente integralizado;
• III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o
absolutamente incapaz deve ser representado por seus
representantes legais.
• Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de
outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar
os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los
de ônus real.
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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
• Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada
será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do
capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a
100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
(Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência).
• §1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da
expressão " EIRELI " após a firma ou a denominação social da
empresa individual de responsabilidade limitada.
• §2º A pessoa natural que constituir empresa individual de
responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma
única empresa dessa modalidade.
• §3º A empresa individual de responsabilidade limitada também
poderá resultar da concentração das quotas de outra
modalidade societária num único sócio, independentemente
das razões que motivaram tal concentração.
• §4º ( VETADO)

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
• Art. 980-A.
• §5º Poderá ser atribuída à empresa individual de
responsabilidade limitada constituída para a prestação de
serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da
cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome,
marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica,
vinculados à atividade profissional.
• § 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade
limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades
limitadas.
• §7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas
dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada,
hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com
o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de
fraude.
• Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços,

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
• Art. 981. para o exercício de atividade econômica e a partilha,
entre si,, dos resultados.
• Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária
a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria
de empresário sujeito a registro ( art. 967 ); e, simples, as
demais.
• Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo
um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092 ; a sociedade
simples pode constituir-se de conformidade com um desses
tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são
próprias.
• Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à
sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como
as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas
atividades, imponham a constituição da sociedade segundo
determinado tipo.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
• Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a
inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos
constitutivos.
• Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na
sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios,
solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
CAPÍTULO II - Da Sociedade em Nome Coletivo
• Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na
sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios,
solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
CAPÍTULO III - Da Sociedade em Comandita Simples
• Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte
sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas,
responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de
sua quota.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
CAPÍTULO IV - Da Sociedade Limitada
• Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada
sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem
solidariamente pela integralização do capital social. (Vide Lei nº
13. 784, de 2019) (Vigência)
CAPÍTULO IV - Da Sociedade Limitada
• Art. 1.052
• § 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou
mais pessoas.
• § 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de
constituição do sócio único, no que couber, as disposições
sobre o contrato social.
Seção II - Das Quotas
• Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou
desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
• §1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social
respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de
cinco anos da data do registro da sociedade.
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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
Art. 1.055.
• §2º É vedada contribuição que consista em prestação de
serviços.
CAPÍTULO I - Da Caracterização e da Inscrição
• Art. 966. Parágrafo único. Não se considera empresário quem
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores,
salvo se o exercício da profissão constituir elemento de
empresa.
Seção III - Da Administração
• Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou
mais pessoas designadas no contrato social ou em ato
separado.
• Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a todos
os sócios não se estende de pleno direito aos que
posteriormente adquiram essa qualidade.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
Seção III - Da Administração.
• Art. 1.061. A designação de administradores não sócios
dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o
capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no
mínimo, após a integralização.
Seção IV - Do Conselho Fiscal
• Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios,
pode o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou
mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes
no País, eleitos na assembléia anual prevista no art. 1.078 .
Seção V - Das Deliberações dos Sócios
• Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras
matérias indicadas na lei ou no contrato:
• I - a aprovação das contas da administração;
• II - a designação dos administradores, quando feita em ato
separado;
• III - a destituição dos administradores;

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
Seção V - Das Deliberações dos Sócios
• Art. 1.071.
• IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no
contrato;
• V - a modificação do contrato social;
• VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a
cessação do estado de liquidação;
Seção VIII - Da Dissolução
• Art. 1.087. A sociedade dissolve-se, de pleno direito, por qualquer
das causas previstas no art. 1.044 .
• Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer
das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também
pela declaração da falência.
CAPÍTULO II - Da Sociedade em Nome Coletivo
• Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer
das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também
pela declaração da falência.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
Seção VI - Da Dissolução
• Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
• I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e
sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação,
caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
• II - o consenso unânime dos sócios;
• III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade
de prazo indeterminado;
• IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de
cento e oitenta dias;
• IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de
cento e oitenta dias;
• Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a
requerimento de qualquer dos sócios, quando:
• I - anulada a sua constituição;
• II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
CAPÍTULO V - Da Sociedade Anônima - Seção Única –
Da Caracterização
• Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-
se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo
preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.
CAPÍTULO VI - Da Sociedade em Comandita por Ações
• Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital
dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à
sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes
deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação.
CAPÍTULO VII - Da Sociedade Cooperativa
• Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa:
• I - variabilidade, ou dispensa do capital social;
• II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor
a administração da sociedade, sem limitação de número máximo;
• III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que
cada sócio poderá tomar;

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
Art. 1.094.
• IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos
à sociedade, ainda que por herança;
• V - quorum , para a assembléia geral funcionar e deliberar,
fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no
capital social representado;
• VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou
não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua
participação;
• VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das
operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser
atribuído juro fixo ao capital realizado;
• VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda
que em caso de dissolução da sociedade.
• Art. 1.097. Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas
relações de capital, são controladas, filiadas, ou de simples
participação, na forma dos artigos seguintes.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
CAPÍTULO X - Da Transformação, da Incorporação, da Fusão e da
Cisão das Sociedades
• Art. 1.113. O ato de transformação independe de dissolução ou
liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da
constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.
• Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos
os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o
dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio
do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.
• Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em
qualquer caso, os direitos dos credores.
• Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são
absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e
obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para
os respectivos tipos.
• Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se
unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos
direitos e obrigações.
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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Código Civil
LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976.
• Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade
passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo
para outro.
• Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos que
regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado pela
sociedade.
• Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais
sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os
direitos e obrigações.
• Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais
sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em
todos os direitos e obrigações.
• Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere
parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades,
constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou
dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Questão 32 - CFC 2018.1 | EXAME DE SUFICIÊNCIA
• A reorganização societária éuma realidade presente no mundo
empresarial por diversos motivos entre os quais podem ser
citados: a otimização de recursos, a redução legal de carga
tributária, e a busca de sinergias. A operação pela qual uma ou
mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em
todos os direitos e obrigações é denominada:
a) Cisão b) Fusão c) Reconvenção d) Incorporação

LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976.


A reorganização Características e Natureza da Companhia ou
Sociedade Anônima
• Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido
em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será
limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
Objeto Social
• Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim
lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976.
Denominação
• Art. 3º A sociedade será designada por denominação
acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade
anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a
utilização da primeira ao final.
Companhia Aberta e Fechada
• Art. 4° Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não
admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.
• § 1° Somente os valores mobiliários de emissão de companhia
registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser
negociados no mercado de valores mobiliários.
• § 2° Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será
efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de Valores
Mobiliários.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976.
Fixação no Estatuto e Moeda
• Art. 5º O estatuto da companhia fixará o valor do capital social,
expresso em moeda nacional.
Parágrafo único. A expressão monetária do valor do capital social
realizado será corrigida anualmente (artigo 167).
Dinheiro e Bens
• Art. 7º O capital social poderá ser formado com contribuições em
dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação
em dinheiro.
Fixação no Estatuto
• Art. 11. O estatuto fixará o número das ações em que se divide o
capital social e estabelecerá se as ações terão, ou não, valor
nominal.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976.
Fixação no Estatuto
• Art. 11.
• § 1º Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto
poderá criar uma ou mais classes de ações preferenciais com valor
nominal.
• § 2º O valor nominal será o mesmo para todas as ações da
companhia..
• § 3º O valor nominal das ações de companhia aberta não poderá
ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários.

LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.


• Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do
empresário e da sociedade empresária.
• Art. 5º Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na
falência.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
• Art. 5º
I – as obrigações a título gratuito;
II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na
recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais
decorrentes de litígio com o devedor.
• Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do
processamento da recuperação judicial suspende o curso da
prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor,
inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.
§ 7º As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo
deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de
parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da
legislação ordinária específica.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Da Classificação dos Créditos
• Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à
seguinte ordem:
• I – Os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a
150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os
decorrentes de acidentes de trabalho;
• II - Créditos com garantia real até o limite do valor do bem
gravado;
• III – Créditos tributários, independentemente da sua natureza e
tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
• IV – créditos com privilégio especial, a saber:
• a) os previstos no art. 964 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002;
• b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo
disposição contrária desta Lei;
• c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção
sobre a coisa dada em garantia;

32
Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Da Classificação dos Créditos
• Art. 83.
• d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das
microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Incluído pela
Lei Complementar nº 147, de 2014)

• V – créditos com privilégio geral, a saber:


• a) os previstos no art. 965 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002;
• b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
• c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo
disposição contrária desta Lei;

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
• Art. 965. Goza de privilégio geral, na ordem seguinte, sobre os
bens do devedor:
I - o crédito por despesa de seu funeral, feito segundo a condição do
morto e o costume do lugar;
II - o crédito por custas judiciais, ou por despesas com a
arrecadação e liquidação da massa;
III - o crédito por despesas com o luto do cônjuge sobrevivo e dos
filhos do devedor falecido, se foram moderadas;
IV - o crédito por despesas com a doença de que faleceu o devedor,
no semestre anterior à sua morte;
V - o crédito pelos gastos necessários à mantença do devedor
falecido e sua família, no trimestre anterior ao falecimento;
VI - o crédito pelos impostos devidos à Fazenda Pública, no ano
corrente e no anterior;
VII - o crédito pelos salários dos empregados do serviço doméstico
do devedor, nos seus derradeiros seis meses de vida;
VIII - os demais créditos de privilégio geral.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Da Classificação dos Créditos
• Art. 83.
• VI – créditos quirografários, a saber:
• a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
• b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da
alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;
• c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho
que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste
artigo;
• VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração
das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
• VIII – créditos subordinados, a saber:
• a) os assim previstos em lei ou em contrato;
• b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo
empregatício.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Disposições Gerais
Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas
atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos
bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da
empresa.
• Parágrafo único. O processo de falência atenderá aos princípios
da celeridade e da economia processual.
• Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para
conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do
falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não
reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou
litisconsorte ativo.
• Art. 77. A decretação da falência determina o vencimento
antecipado das dívidas do devedor e dos sócios ilimitada e
solidariamente responsáveis, com o abatimento proporcional
dos juros, e converte todos os créditos em moeda estrangeira
para a moeda do País, pelo câmbio do dia da decisão judicial,
para todos os efeitos desta Lei.
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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Disposições Gerais
• Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com
sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência
destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos
produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser
citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.
• Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a
superação da situação de crise econômico-financeira do
devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do
emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores,
promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função
social e o estímulo à atividade econômica.
• Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no
momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há
mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos,
cumulativamente:

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
Disposições Gerais
• Art. 48. cumulativamente:
• I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por
sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí
decorrentes;
• II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de
recuperação judicial;
• III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de
recuperação judicial com base no plano especial de que trata a
Seção V deste Capítulo;
• IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou
sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes
previstos nesta Lei.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
DA RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
• Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta
Lei poderá propor e negociar com credores plano de
recuperação extrajudicial.
• § 1º Não se aplica o disposto neste Capítulo a titulares de
créditos de natureza tributária, derivados da legislação do
trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho, assim como
àqueles previstos nos arts. 49, § 3º , e 86, inciso II
do caput, desta Lei.
• § 2º O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado
de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele
não estejam sujeitos.
• § 3º O devedor não poderá requerer a homologação de plano
extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperação judicial
ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de
outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois)
anos.

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Direito Empresarial
• Noções – Exame CFC
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
DA RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
• Art. 161.
• § 4º O pedido de homologação do plano de recuperação
extrajudicial não acarretará suspensão de direitos, ações ou
execuções, nem a impossibilidade do pedido de decretação de
falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação
extrajudicial.
• § 5º Após a distribuição do pedido de homologação, os credores
não poderão desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência
expressa dos demais signatários.
• § 6º A sentença de homologação do plano de recuperação
extrajudicial constituirá título executivo judicial, nos termos
do art. 584, inciso III do caput, da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro
de 1973 - Código de Processo Civil.

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