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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Licenciatura Em Direito
Laboral - 2º Ano
Negócio Jurídico
Realizado por:
Docente:
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Licenciatura Em Direito
Laboral - 2º Ano
Negócio Jurídico
Realizado por:
Docente:
Chimoio, 2023
Índice Pag.
Capítulo I – Introdução..............................................................................................................5
2. Definição.........................................................................................................................7
3. Teorias de efeitos............................................................................................................7
7. Vícios da vontade..........................................................................................................14
Conclusão.................................................................................................................................15
Referências bibligráfica...........................................................................................................16
Capítulo I – Introdução
Neste presente trabalho quero fazer uma abordagem acerca do Negócio Jurídico, tendo em
vista que o Negócio Jurídico é um facto jurídico lícito, acções humanas lícitas pela qual a
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1. Objectivos e Metodologia de pesquisa
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Capítulo II – Negócio Jurídico
2. Definição
A teoria objetiva de Van Bülow, adotada pela maioria dos civilistas, determina que o negócio
jurídico baseia-se na autonomia de vontade das partes, ou seja, é um poder de auto-regulação
dos interesses que contém a enunciação de um preceito, independente do querer interno. O
negócio jurídico é comparado a uma norma concreta estabelecida pelas partes. Assim, para a
existência de um negócio jurídico não basta a mera vontade das partes, mas é necessário que
os efeitos pretendidos pelos interessados estejam conforme a norma.
3. Teorias de efeitos
Teoria dos efeitos jurídicos: para esta teoria, os efeitos jurídicos produzidos, tais como a lei
os determina, são perfeita e completamente correspondentes ao conteúdo da vontade das
partes. Existe uma vontade das partes dirigida à produção de determinados e precisos efeitos
jurídicos.
Concepção inaceitável: são raras as vezes em que as partes dos negócios têm uma
representação exacta de todos os efeitos que o ordenamento jurídico atribui às suas
declarações de vontade.
Teoria dos efeitos práticos: O que os declarantes querem são efeitos práticos e o que o
ordenamento jurídico faz é determinar efeitos jurídicos.
Contudo, acontece muitas vezes que os declarantes querem determinados efeitos práticos,
mas não querem tutela jurídica. É preciso que a vontade pretenda produzir alguns efeitos
jurídicos. Os declarantes visam não só a produção de determinadas práticas, mas também a
sanção desses efeitos.
Teoria dos efeitos prático-jurídicos: para esta, os autores dos negócios jurídicos visam
certos resultados práticos ou materiais e querem realiza-los por via jurídica. Há uma vontade
de os efeitos queridos serem juridicamente vinculativos à vontade de se gerarem efeitos
jurídicos.
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Negócios jurídicos de pura obsequiosidade – Exemplo: Numa viagem de comboio,
A pede a B para o acordar numa determinada paragem.
Acordo de cavalheiros (acordos meramente sociais; subtraídos à tutela de direito) –
Exemplo: os intervenientes querem tal promessa num plano social – Prova.
Elementos essenciais do negocio jurídico: realidades sem as quais o negocio não chega a
materializar-se:
Elementos naturais: efeitos que os negócios jurídicos produzem sem a necessidade de uma
cláusula correspondente. Derivam de disposições legais supletivas.
Não são necessárias para caracterizar o contrato em abstracto, contudo é através delas que o
negócio jurídico produz determinados efeitos pretendidos concretamente.
A sua eficácia não carece da concordância de alguém; apenas existe declaração de vontade
por uma parte.
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Princípio da tipicidade (artigo 457° CC);
Dividem-se em negócios unilaterais recepticios e não recepticios.
Declarações negociais recepticias: torna-se eficaz logo que a aceitação lhe chegue ao poder
ou se é dele conhecida (pode acontecer considerar-se eficaz antes de lhe chegar ao poder, pois
ele pode ter conhecimento da aceitação antes de esta chegar ao seu poder).
Negócios jurídicos entre vivos – produzem efeitos em vida das partes enquanto que
Negócios mortis causa – só produzem efeitos depois da morte da respectiva parte.
Princípio da autonomia privada – fortes restrições entre contratos mortis causa. Ex: pactos
sucessórios proibitivos – regra é a nulidade; excepções – convenção antenupcial.
Negócios solenes ou formais: a lei prescreve, exige um determinado formalismo para que o
negócio produza os seus efeitos.
Artigo 219° CC – Liberdade de Forma – Só quando a lei exige liberdade de forma é que
estamos perante um negócio formal.
Para os quais a lei exige documentos autênticos (exemplo: escritura pública; certidão).
Para os quais a lei apenas obriga a documentos particulares.
Podem ser autenticados – quando são confirmados por ambas as partes perante um
notário.
Um documento autêntico e um documento particular autenticado têm o mesmo
valor/força probatória (artigo 377° CC), mas um documento particular
autenticado não pode nunca substituir um documento autêntico quando este é
exigido pela lei. A consequência desta substituição é a nulidade do negócio
por falta de forma.
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Quando o negócio é formal, as partes não o podem realizar por todo e qualquer
comportamento declarativo; a declaração negocial deve, nos negócios formais, realizar-se
através de certo tipo de comportamento declarativo imposto pela lei.
Não é comum considerar-se a restrição, por vezes imposta pela lei, traduzida na exigência de
uma declaração expressa e não apenas tácita, como bastante para se falar de um negócio
formal.
Negócios consensuais: a lei não exige qualquer forma para estes negócios.
Negócios Reais: fala-se deles no sentido de negócios reais quanto aos efeitos. O princípio de
liberdade contratual sofre considerável limitação, derivada do princípio da tipicidade, visto
que “não é permitida a constituição, com carácter real, de restrições ao direito de propriedade
ou de figuras parcelares deste direito senão nos casos previstos na lei” (artigo 1306°). Exige-
se, para além das declarações de vontade das partes, a prática anterior ou simultânea de certo
acto material. Aqui não releva a formalização ou não do negócio.
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Negócios Sucessórios: o princípio da liberdade contratual sofre importantes restrições,
resultantes de algumas normas imperativas do direito das sucessões.
Negócios Pessoais: são “negócios fora do comércio jurídico” com tendência para que a
vontade real do declarante predomine à vontade manifestada do declarado.
Actos de Mera Administração e Actos de Disposição: Por vezes, a lei qualifica ela própria,
certos negócios jurídicos como actos de administração ordinária ou de disposição (ex: 1024°).
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O código civil não se limita a restringir os poderes dos administradores de bens alheios aos
actos de administração e a impedi-los de praticar actos de disposição sem qualquer
concretização. Muitas vezes faz uma enumeração de actos que são permitidos ou vedados ao
administrador.
Primeiro passo para o negócio jurídico – Se no negócio jurídico não existir declaração de
vontade, o negócio não existe materialmente (inexistência do negócio).
Declaração Negocial Expressa: manifestação directa de uma vontade; em alguns casos a lei,
excepcionalmente, exige determinadas declarações negociais expressas.
A declaração é expressa quando é feita por palavras, escrita ou por qualquer outro meio
directo, frontal e imediato de expressão de vontade.
Declaração Negocial Tácita (Artigo 217° CC): quando se deduz uma manifestação
indirecta de vontade; resulta de um comportamento do declarante. É tácita quando do seu
conteúdo directo se infere um outro.
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O silêncio pressupõe uma ausência de declaração, não tem qualquer valor como declaração
negocial. Contudo deixa de ser assim quando a lei assim o exige, quando existe convenção
prévia das partes ou quando resulta do uso. Nestas situações o silêncio tem valor declarativo.
Artigo 218° CC – Silêncio como valor declarativo. O silêncio vale como declaração negocial,
quando esse valor lhe seja atribuído por lei, uso ou convenção.
Declaração de vontade ficta: Tem lugar sempre que a um comportamento seja atribuído um
significado legal tipicizado, sem admissão de prova em contrário (cartigo 350 nº2 parte final).
Protesto: declaração expressa pela qual uma pessoa acautela que um determinado
comportamento não tem sentido negocial.
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Formalidades probatórias - exigidas para o efeito de prova do negócioz; não será nulo
se não existirem, mas é mais difícil fazer prova - n°2 Art 374º A invocação da
nulidade por vicio de forma pode ser travada em determinadas circunstâncias – abuso
de Direito (inalegabilidades formais).
A inobservância da forma convencional – art 223º CC. Se a forma for acordada antes
da conclusão do negócio presume-se que é essencial e o negócio será nulo não
produzindo efeitos. Se a forma for acordada simultaneamente ou posteriormente ao
negócio não será essencial.
Para a declaração ser relevante ela tem de ser também perfeita – depois de formulada é
necessário que ela se prefeccione.
7. Vícios da vontade
Trata-se de perturbações do processo formativo da vontade, operando de tal modo que esta,
embora com a declaração, é determinada por motivos anómalos e valorados, pelo direito,
como legítimos. A vontade não se formou de um modo julgado normal e são: -
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Conclusão
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Referências bibligráfica
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