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SUMÁRIO

1. INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO................................................04


2. CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS SOBRE A INEXISTÊNCIA DO ATO OU
NEGÓCIO
JURÍDICO................................... ..........................................04
3. NULIDADE ABSOLUTA.........................................................................04
4. NULIDADE RELATIVA...........................................................................06
5. QUADRO GERAL COMPARATIVO.......................................................07
5.1 NULIDADE RELATIVA.....................................................................07
5.2 NULIDADE ABSOLUTA...................................................................07
6. CONVERSÃO DE NEGÓCIOS
JURÍDICOS...........................................07
7. INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO EM FACE DO NOVO
CONCEITO DE CAPACIDADE
CIVIL.....................................................08
7.1 A LEI BRASILEIRA DE
INCLUSÃO.................................................08
7.2 A PESSOA COM DEFICIÊNCIA E A TEORIA DA INVALIDADE DO
NEGÓCIO JURÍDICO.......................................................................09
7.3 PESSOA COM DEFICIÊNCIA TEM CURADOR
NOMEADO...........09
7.4 PESSOA COM DEFICIÊNCIA TEM APOIADORES NOMEADOS.09
7.5 PESSOA COM DEFICIÊNCIA SEM CURADOR OU APOIADOR…
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1. INVIABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
A nulidade é um vício que pode retirar parcial ou completamente o valor de um ato
jurídico ou até mesmo torna-lo ineficaz para algumas pessoas. No reconhecimento da
declaração de nulidade, o objetivo principal é recuperar a normalidade e a segurança
entre as relações sócio-jurídicas entre as partes ou interessados, o reconhecimento da
presibilidade, tanto na parte doutrinária quanto na parte normativa, impede que os atos
jurídicos ilegais possam se espalhar cada vez mais. Dentro deste tema, observa-se a
seguinte classificação em relação as nulidades, podendo ser:

 Ato Nulo (nulidade absoluta): Viola a norma de ordem pública de natureza


cogente, além de ser considerado grave
 Ato anulável (nulidade relativa): É a infringência da norma jurídica que protege
os interesses privados e é considerado um vício menos grave.
 Nulidade Originária: trata do vício revelado do magistrado, o que não pode ser
considerado causa de anulação dos atos.
 Nulidade Sucessiva:  incide no momento posterior à realização do negócio.
 Nulidade Total: É aquela que atinge todo o negócio jurídico, não podendo
separar a parte válida da parte inválida.
 Nulidade Parcial: É aquela que atinge somente uma parte do negócio jurídico.
(Art. 184 do Código Civil)

Todo ato considerado absoluto ou relativamente nulo não pode ser considerado válido.
Classificação da Invalidade:
 Invalidade do Instrumento: Não induz a do próprio negócio quando este puder
provar esta invalidade de outro modo.
 Invalidade parcial: NÃO contamina as partes válidas e aprováveis de um
negócio.
Com base no princípio da conservação, que possui função social, já que eles criam e
permitem a circulação de riqueza, propiciando acesso a bens e serviços que
favorecem o desenvolvimento econômico e social da pessoa humana e,
consequentemente, a sua dignidade. Fazendo com que a nulidade do contrato de
penhor não prejudique a validade de compra e venda.

2. CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS SOBRE A INEXISTÊNCIA DO ATO OU


NEGÓCIO JURÍDICO
Existe uma terceira classe de invalidade jurídica, segundo Aubry E Rau, além dos atos
nulos e anuláveis, existem também os inexistentes que nem chegaram a ser
constituídos judicialmente, esta terceira classe tem como base a teoria da inexistência,
que neste caso seria o ato inexistente, que não produz efeitos jurídicos, pois vai contra
o que os requisitos previstos em lei determinam, como por exemplo, ir contra a
vontade das partes. Além disso, a invalidade é posterior à existência, pois só é válido
ou inválido o que existe. Este ato existiu, mas pelo fato de ser nulo, ou seja,
inexistente, teve seus efeitos totalmente descontruídos.
3. NULIDADE ABSOLUTA
É aquela que deve ser proclamada pelo magistrado, de ofício ou a requerimento de
qualquer das partes, porque produtora de nítida infração ao interesse público na
produção do devido processo legal. Com a mudança do Código Civil de 1916 para o
Novo Código Civil, muitas mudanças foram feitas e em relação a Nulidade absoluta
outros requisitos passaram a caracterizar um negócio jurídico como nulo:
I. Se for celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II. Se for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objetivo;
III. Se o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 04
IV. Se não revestir a forma prescrita em lei;
V. Se preterir alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua
validade;
VI. Se tiver por objeto fraudar a lei imperativa;
VII. Se a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir a prática, sem decretar
sanção;
VIII. Se tiver simulação;

Outra alteração ocorre no plano de validade jurídico, diz que não basta apenas a
manifestação de vontade, ela precisa ser livre, sem vícios, as partes ou agentes
deverão ser capazes, bem como o objeto deve ser lícito, possível, determinado ou
determinável e a forma deverá ser prescrita ou não defesa em lei. Com o Novo Código
Civil passa a ser Pressuposto de Validade do Negócio Jurídico:
I. Agente capaz de legitimidade, na ausência de capacidade plena para
conferir validade ao negócio celebrado, deverá o agente ser
devidamente representado ou assistido.
II. Manifestação de vontade livre e de boa fé;
III. Forma livre ou prescrita em lei;
IV. Objeto ilícito, possível e determinado ou determinável;
Uma das alterações ocorrem na fraude a lei imperativa: É aquele que é realizado
afastando-se da incidência da legislação cogente, realizado de forma diferenciada da
permitida pela lei. Trata-se de uma manobra realizada por uma pessoa para violar a
lei, com o objetivo principal de fugir de suas devidas obrigações legais ou até mesmo
para obter vantagem ou algum benefício com este ato ilícito, corriqueiramente as
legislações ficais e até mesmo as trabalhistas são atingidas por este tipo de fraude
que é realizada de inúmeras formas, para driblar a lei.
Art. 168 do Novo Código Civil:
“As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado,
ou pelo Ministério Público, qual lhe couber intervir. ”
Parágrafo Único: “As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer
do negócio jurídico ou dos seus efeitos e encontrar provadas, não lhe sendo permitido
supri-las, ainda que a requerimento das partes. ”
Quando a nulidade faz parte de um negócio jurídico relativo, ou seja, a nulidade
relativa, a ação para decretar esta nulidade não vai ser prescrita.
Os efeitos privados na sanção da nulidade são jurídicos, gerando efeitos na realidade
concreta, ou seja, a nulidade tanto relativa quanto absoluta acontece apenas no
mundo ideal, pois exige a manifestação judicial para a declaração de tal nulidade.
Segundo a jurista Maria Helena Diniz, quando o negócio jurídico for nulo ou até
mesmo anulável, a manifestação do Judiciário é extremamente necessária, caso
contrário, a nulidade não vai operar. A ação declaratória de nulidade sujeita-se a um
prazo que foi reduzido com o Novo Código Civil de 20 aos para 10 anos, ou para a
demanda de reparação civil passa a ser de apenas 3 anos. Se esta ação for apenas
declaratória, ela será apenas para certificar uma situação jurídica, portanto, jamais
poderia ser um objeto de prescrição, apenas será objeto de prescrição se a ação
declaratória de nulidade for com pretensão condenatória, pois nestes casos, não é
possível retornar ao seu estado de coisa anterior. A imprescritibilidade, ocorre apenas
quando a declaração de nulidade absoluta do ato não atinge pretensões condenatórias
correspondentes.
Em relação aos efeitos da nulidade e da anulabilidade são os mesmos, no plano do
direito material, uma vez que pronunciada a anulação do negócio jurídico, a
consequência será exatamente a mesma da nulidade: a restituição das partes do
estado em que se achavam antes do negócio anulado, conforme o art. 182 do código 05
civil “ anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele
se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente. “

4. NULIDADE RELATIVA (ANULABILIDADE)


 É o negócio jurídico menos grave por ofender apenas o interesse particular de pessoa
que o legislador buscou proteger. O negócio anulável pode se tornar válido se suprida
a deficiência, conforme o art. 171, do Código Civil, é anulável o negócio jurídico:
I. Por incapacidade relativa do agente;
II. Por resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores;
A nulidade relativa não tem efeito antes do julgamento da sentença, para que ela
ocorra deve ser feito o reconhecimento alegando os legítimos interessados, conforme
o Art. 177 do Código Civil, caso o objeto do negócio jurídico for indivisível, como um
filho, por exemplo, se houver solidariedade ativa ou passiva entre os pais ou
responsáveis cada um deles tem direitos e obrigações para com o filho, a nulidade
relativa neste caso, quando feita por um dos envolvidos, aproveita os demais
interessados, se este interesse for econômico ou moral a ação não será legitimada.
O ato anulável ocorre por meio de uma ação anulatória de negócio jurídico, com um
prazo decadencial de 4 anos, conforme o Art. 178 do Código Civil, contando das
seguintes formas:
I. No caso de coação, do dia que ela cessar;
II. No caso de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do
dia em que se realizou o negócio jurídico;
III. No caso de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade;
IV. O prazo será reduzido para 2 anos no caso de a norma legal não estabelecer
um determinado prazo para a anulação;
Entretanto, a anulação do negócio, deve ser sempre providência secundária. Com
base no princípio da conservação, que se fundamenta na ideia de uma função social,
já que este princípio cria e permite a circulação de riqueza, propiciando acesso a bens
e serviços que favorecem o desenvolvimento econômico e social da pessoa humana
e, consequentemente, a sua dignidade, com base neste aspecto, a doutrina civilista
reconhece medidas sanatórias do ato nulo ou anulável, consistentes em “instrumentos
jurídicos destinados a salvaguardar a manifestação de vontade das partes,
preservando-a da deficiência que inquina o ato”, como por exemplo:
I. Medidas involuntárias: Decorrem diretamente da lei, não concorrendo, para a
sua configuração, a vontade das partes;
II. Medidas voluntárias: Derivam da vontade das partes;
Essas medidas sanatórias tem por objetivo tornar válido um negócio jurídico
defeituoso por erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo ou fraude contra credores,
desde que já se encontre escoimado o vício de que padecia, dentro desta questão se
um determinado contrato foi firmado por força de ameaça (coação moral), e,
posteriormente, é verificado que a ameaça acabou favorecendo o coagido, pode este
confirmar o negócio, renunciando, por conseguinte, ao direito de anulá-lo. Essa
confirmação poderá ser:
I. Expressa: Quando as partes manifestam firme e claro propósito de reafirmar
todos os termos do negócio. A confirmação expressa deve conter a substância
do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo;
II. Tácita: Neste caso, mesmo não manifestando explícito interesse de confirmá-
lo, a parte comporta-se diante da outra nesse sentido. É o que ocorre quando,
a despeito do vício, o devedor, que poderia alegá-lo, cumpre a sua obrigação.
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Entretanto, esta confirmação não pode violar em hipótese alguma o direito de terceiro
de boa fé, em que se preserva o interesse de quem não deu causa à anulação do
negócio jurídico, sem prejuízo da disciplina geral de proteção aos incapazes. Se um
terceiro de má-fé experimentar prejuízo em decorrência da confirmação de um
determinado negócio jurídico, nada poderá alegar, uma vez que a lei não deve tutelar
os inescrupulosos.
A sentença proferida ao final da ação anulatória de negócio jurídico tem natureza:
I. Desconstitutiva: Em geral possuem efeitos para o futuro.
II. Constitutiva negativa: Possui efeitos para o futuro, conforme o Art. 182 do
novo código civil: “ Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao
estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las,
serão indenizadas com o equivalente”.

5. QUADRO GERAL COMPARATIVO: NULIDADE ABSOLUTA × NULIDADE


RELATIVA

I. NULIDADE ABSOLUTA
 O ato nulo atinge interesse público superior.
 Opera-se de pleno direito.
 Não admite confirmação.
 Pode ser arguida pelas partes, por terceiro interessado, pelo Ministério
Público, quando lhe couber intervir, ou, até mesmo, pronunciada de
ofício pelo juiz.
 A ação declaratória de nulidade é decidida por sentença de natureza
declaratória de efeitos retroativos

II. NULIDADE ABSOLUTA


 O ato nulo atinge interesse público superior.
 Opera-se de pleno direito.
 Não admite confirmação.
 Pode ser arguida pelas partes, por terceiro interessado, pelo Ministério
Público, quando lhe couber intervir, ou, até mesmo, pronunciada de
ofício pelo juiz.
 A ação declaratória de nulidade é decidida por sentença de natureza
declaratória de efeitos retroativos.
 Pode ser reconhecida, segundo o novo código civil, a qualquer tempo,
não se sujeitando a prazo prescricional ou decadencial.
 Pode ser reconhecida, segundo o novo código civil, a qualquer tempo,
não se sujeitando a prazo prescricional ou decadencial.
6. CONVERSÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
É o ato pelo qual a lei ou o juiz consideram um negócio, que é nulo, anulável ou
ineficaz, como sendo do tipo diferente do efetivamente realizado, a fim de que, através
desse artifício, ele seja considerado válido e possam produzir-se, pelo menos alguns
dos efeitos manifestados pelas partes como queridos. Tomando sempre como base o
novo código civil, conforme o Art. 170 “Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os
requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir
supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade”.
Com base nisso, podemos observar que se trata de uma medida sanatória, pois os
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materiais de um negócio jurídico nulo ou anulável são aproveitados, podendo ser
convertido de acordo com a vontade das partes em um negócio válido e com fins
lícitos.
A conversão exige, para a sua configuração, a concorrência dos seguintes
pressupostos:
I. Material: Aproveitam-se os elementos fáticos do negócio inválido,
convertendo-o para a categoria jurídica do ato válido.
II. Imaterial: A intenção dos declarantes direcionada à obtenção da
conversão negocial e consequente recategorização jurídica do negócio
inválido.
III. Conversão substancial: Diz respeito ao conteúdo do negócio jurídico em
si, e não da conversão simplesmente formal ou legal.

7. INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO EM FACE DO NOVO CONCEITO DE


CAPACIDADE CIVIL
É uma convenção dotada de natureza jurídica diferenciada, na medida em que tem
força de Emenda Constitucional. Conforme o Art. 12 do Código Civil “Os estados
Partes reconhecerão que as pessoas com deficiência gozam de capacidade legal em
igualdade de condições com as demais pessoas em todos os aspectos da vida”.

7.1 A LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO (ESTATUTO DA PESSOA COM


DEFICIÊNCIA)
A pessoa com deficiência não seria mais tecnicamente considerada civilmente
incapaz, na medida em que, respeitando a diretriz da convenção de nova York, os
Arts. 6 e 84 deixam claro que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da
pessoa:
 Art. 6 “a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive
para:
I. Casar-se e constituir união estável;
II. Exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III. Exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a
informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV. Conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V. Exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária;
VI. Exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante
ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”.
Art. 84. “A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua
capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas”.
As previsões de incapacidade civil derivadas da deficiência deixaram de existir,
conforme o Art. 3 do código civil, que dispõe sobre os absolutamente incapazes, teve
todos os seus incisos revogados, mantendo-se, como única hipótese de incapacidade
absoluta, a do menor impúbere (menor de 16 anos).

7.2 A PESSOA COM DEFICIÊNCIA E A TEORIA DA INVALIDADE DO


NEGÓCIO JURÍDICO
Hoje, se alguém com deficiência leve, mas com déficit cognitivo, e considerado08
relativamente incapaz por sentença, assinar um contrato que lhe é desvantajoso
(curso por correspondência de inglês ofertado na porta do metrô) esse contrato é
anulável, pois não foi o incapaz assistido. Com a vigência do estatuto esse contrato
passa a ser, em tese, válido, pois celebrado por pessoa capaz.

7.3 PESSOA COM DEFICIÊNCIA TEM CURADOR NOMEADO


A curatela, restrita a atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial,
passou a ser uma medida extraordinária. Como diz no Art. 85:
“A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza
patrimonial e negocial. § 1.o a definição da curatela não alcança o direito ao próprio
corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho
e ao voto.
§ 2.o a curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as
razões e motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado. § 3.o
no caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz deve
dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou comunitária
com o curatelado”
Esta nova modalidade resulta na inexistência ou nulidade absoluta do ato negocial.

7.4 PESSOA COM DEFICIÊNCIA TEM APOIADORES NOMEADOS


É o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas
idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para
prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhe os
elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade.
Dada a desnecessidade da nomeação de um curador para atuar em espectro amplo
no campo negocial, a própria pessoa interessada indicará os apoiadores que irão
assisti-la (apoiá-la), especificamente, na compra do bem. A ausência de manifestação
deles na lavratura e registro da escritura, a despeito da presença do interessado,
resultará na nulidade absoluta do ato negocial, por inobservância de aspecto formal,
conforme está no Art. 166, IV, do cc. Isso porque a participação dos apoiadores
integra o revestimento formal da própria declaração de vontade negocial.

7.5 PESSOA COM DEFICIÊNCIA SEM CURADOR OU APOIADOR


Não se invalida mais negócio por deficiência, mas nada impede que a deficiência
comprovada conduza ao reconhecimento mais facilitado de um defeito invalidante do
negócio jurídico.

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