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O negócio jurídico exterioriza a autonomia das partes, de forma que com esse são produzidas as
consequências jurídicas da vontade das partes. Contudo, existem alguns casos em que essa vontade
pode ser declarada nula ou anulável, implicando na invalidade do negócio jurídico. Mas, quando
poderá o negócio jurídico será nulo? E anulável?
NULIDADE
“Nulidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem a observância
dos requisitos essenciais, impedindo-se de produzir os efeitos que lhes são próprios.”
Assim, a nulidade estará configurada quando um ou alguns elementos do negócio jurídico não
preencher os requisitos de existências, validade e eficácia. Nesse caso, a nulidade será considerada
absoluta.
V - For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:
· A nulidade pode ser pronunciada de ofício, bem como podem ser alegadas por interessados e pelo
Ministério Público, na forma do art. 168 do Código Civil.
Art. 171, CC Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
II - Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
“A anulabilidade, por não concernir a questões de interesse geral, de ordem pública, como a
nulidade, é prescritível e admite confirmação, como forma de sanar o defeito que a macula.”
AÇÃO ANULATÓRIA!!!!
-Nesse sentido, na forma do artigo 178 do Código Civil, importa mencionar que a anulação poderá ser
requerida no prazo de 4 anos, restando configurada coação, erro, dolo, fraude contra credores,
estado de perigo ou lesão, ou sendo decorrente de atos de incapazes.
-Nos demais casos advindos de imposições legais o prazo para requerer a anulação será de 2 anos,
conforme artigo 179 do Código Civil.
Os efeitos da sentença têm início a partir da decretação da anulação e apenas entre as partes.
REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: parte geral. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 1
v.
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.