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SUMÁRIO
NEGÓCIO JURÍDICO...................................................................................................................................... 2
NEGÓCIO JURÍDICO .................................................................................................................................. 2
ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO ................................................................................. 2
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO ........................................................................................................ 3

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NEGÓCIO JURÍDICO
NEGÓCIO JURÍDICO
ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO
 Espécies da Condição
• Condição Suspensiva (art. 125 do Código Civil): é aquela que atua deliberando a
inoperância da vontade manifestada inicialmente.
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição
suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o
direito, a que ele visa.
Exemplo: imagine que alguém se dirija a João e diga que irá dar um carro a ele SE Maria se
casar com ele. Nesse cenário até que Maria se case, o negócio não produzirá efeitos e ficará
suspenso. De fato, João não possui o direito apenas mera expectativa ou o direito eventual. No
entanto, quando Maria se casar haverá o implemento da condição e João irá adquirir o direito
fazendo com que o negócio produza os seus efeitos.
A CONDIÇÃO SUSPENSIVA SUSPENDE A PRÓPRIA AQUISIÇÃO DO DIREITO.
• Condição Resolutiva (art. 127 do Código Civil): ela é o oposto da condição
suspensiva, visto que, quando há o seu implemento significará a morte do negócio
jurídico.
Exemplo: imagine que alguém diga a João que ele pode usar o carro ATÉ que Maria se case.
Logo, esse negócio está produzindo efeitos, porém, Maria se casou e houve um implemento da
condição deixando assim de produzir seus efeitos, por isso que se chama de condição resolutiva,
coloca fim aquele efeito, causando a morte dele.
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar,
vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão
deste o direito por ele estabelecido
 Termo
O termo é a cláusula acessória que subordina os efeitos ou o fim dos efeitos do negócio
a evento futuro e certo.
 Características do Termo
• Vontade das Partes ou Lei: o termo pode derivar não só da vontade das partes,
mas também da Lei.
• Futuridade: o termo é algo que se projeta para o futuro.
• Certeza: o termo é algo que no futuro com certeza ocorrerá.
 Espécies de Termo
• Termo Inicial / Suspensivo / A quo (artigo 131, 1ª metade): ele suspende não a
aquisição do direito, mas sim o seu o exercício.
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição
do direito.
Exemplo: o indivíduo dará a João um carro no dia 01/12/2022, logo, a partir dessa data o
negócio produzirá efeitos. Vale mencionar que nessa situação não há suspensão da aquisição
do direito, mas sim do exercício do direito.

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• Termo Final / Resolutivo / Ad quem: ele coloca fim aos efeitos daquele negócio
jurídico.

Exemplo: o indivíduo alugou o seu apartamento a João até a data de 01/12/2022, nesse cenário
o negócio está produzindo os seus efeitos, isto posto, quando atingir essa data o negócio deixará
de produzir seus efeitos.
 Encargo ou Modo (artigos 136 e 137 do Código Civil)
É a restrição que se impõe a vantagem obtida pelo beneficiário em que se estabelece uma
obrigação para com um terceiro, a coletividade ou com o próprio instituidor.
Exemplo: imagine que o indivíduo diga para João que irá doar a sua casa a ele, a fim de que ele
cuide do jardim. Tal ato é um encargo podendo ser chamado também de doação modal.
O encargo apenas pode acontecer em negócio jurídico gratuito. Exemplos: doação
/ testamento.
Cumpre ressaltar que o encargo é igual a liberalidade mais ônus, ou seja, você precisa
ter uma pessoa praticando uma liberalidade, por exemplo, dando uma coisa a outra, porém,
impondo um ônus.

LIBERALIDADE + ÔNUS
De acordo com o artigo 136 do Código Civil o encargo não suspende nem a aquisição
e nem o exercício de direito. Além disso, se ocorrer o descumprimento do encargo o negócio
poderá ser extinto / revogado ou a depender do encargo, o Ministério Público pode exigir o seu
cumprimento (artigo 553 do Código Civil).
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do
direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico,
pelo disponente, como condição suspensiva.
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação,
caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério
Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se
este não tiver feito.
ATENÇÃO!
O negócio será chamado de puro e simples. Logo, uma doação pura e simples seria uma
doação que não está sujeita a nenhum elemento acidental, ou seja, a nenhuma condição, termo
ou encargo.

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO


 Vícios do Consentimento / Vontade
A vontade manifestada não corresponde a vontade real do agente. De acordo com o
Código Civil são vícios do consentimento / vontade:
• Erro;
• Dolo;
• Coação;
• Lesão;
• Estado de Perigo.
Convém salientar que de acordo com o artigo 171, inciso II do Código Civil, o negócio
jurídico com algum desses vícios terá o efeito de anulabilidade, mas ainda, caberá para tanto,
uma ação anulatória no prazo de 4 (quatro) anos conforme estabelece o artigo 178, inciso I do
Código Civil.

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Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável


o negócio jurídico:
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão
ou fraude contra credores.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a
anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
 Vícios Sociais
Nos vícios sociais a vontade manifestada corresponde a vontade real do agente, porém
não a acolhe. Conforme o Código Civil são vícios sociais:
• Fraude contra Credores
Nesse caso o efeito também será de anulabilidade (artigo 171, II do Código Civil), porém
caberá a ação de anulação mediante a ação pauliana ou revocatória no prazo de 4 (quatro)
anos (artigo 178, I do Código Civil).
• Simulação
Destarte frisar que a simulação é o defeito mais grave no Código Civil, logo, a sanção será
mais grave, portanto o efeito será nulo conforme o artigo 167 do Código Civil. Desse modo, a
ação cabível será de declaração de nulidade. Atente-se! Não há prazo para reclamar a
declaração de nulidade conforme corrobora o artigo 169 do Código Civil.
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se
dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1 o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas
daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não
verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2 o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos
contraentes do negócio jurídico simulado.
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação,
nem convalesce pelo decurso do tempo.

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