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SUMÁRIO
NEGÓCIO JURÍDICO...................................................................................................................................... 2
DEFEITOS ................................................................................................................................................. 2
ERRO - ARTS. 138 / 144 DO CÓDIGO CIVIL ............................................................................................ 2
ERRO SUBSTANCIAL - ART. 139 DO CÓDIGO CIVIL ................................................................................. 2
ERRO ACIDENTAL - ARTS. 142 E 143 DO CÓDIGO CIVIL ......................................................................... 2
DOLO - ARTS. 145 A 150 DO CÓDIGO CIVIL ........................................................................................... 3
DOLO PRINCIPAL - ART. 145 DO CÓDIGO CIVIL ..................................................................................... 3
DOLO ACIDENTAL - ART. 146 DO CÓDIGO CIVIL .................................................................................... 3
DOLO ATIVO......................................................................................................................................... 4
DOLO PASSIVO (OMISSÃO DOLOSA) - ART. 147 DO CÓDIGO CIVIL ........................................................ 4
DOLO BONUS - BOM ............................................................................................................................ 4
DOLO MALUS - MAU ............................................................................................................................ 4
DOLO RECÍPROCO - ART. 150 DO CÓDIGO CIVIL.................................................................................... 4
DOLO DE TERCEIRO - ARTS. 148 E 149 DO CÓDIGO CIVIL ...................................................................... 4

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NEGÓCIO JURÍDICO
DEFEITOS
ERRO - ARTS. 138 / 144 DO CÓDIGO CIVIL
Inicialmente é importante destacar que erro é o equívoco espontâneo, ou seja, o
indivíduo se levou a erro sozinho. Entretanto, de acordo com o Código Civil no prazo de 4
(quatro) anos, esse indivíduo que agiu em erro pode pleitear a anulação do negócio.
ERRO SUBSTANCIAL - ART. 139 DO CÓDIGO CIVIL
Primeiro, atente-se! Para que o erro resulte no efeito de anulação no prazo de 4 (quatro)
anos, é necessário que ele seja um erro substancial, ora, aquele erro que é grave. De acordo com
o artigo 139 do Código Civil são hipóteses de erro substancial:
Art. 139. O erro é substancial quando:
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração,
ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
Nesse contexto quanto à natureza do negócio um exemplo a ser dado é um contrato de
compra e venda, em que as partes não tenham mencionado o valor, logo, passará a ter natureza
de doação.
Quanto ao objeto principal da declaração tal ato ocorre quando o indivíduo compra por
exemplo, um relógio dourado achando que é de ouro, porém não é. De fato essa ação induz a
anulação.
No tocante as qualidades essenciais, um exemplo a ser citado, é quando o indivíduo
compra um quadro, até mesmo de valor alto, acreditando ter sido pintado por um artista
famoso, porém, descobre que o quadro foi pintado por uma pessoa qualquer.
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem
se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de
modo relevante;
Diante desse inciso cabe mencionar que se refere ao erro quanto à pessoa. Cabe citar
como exemplo, a situação em que o indivíduo contrata o show do cantor Roberto Carlos e pelo
telefone o cantor pede que faça o depósito do cachê em sua conta; e no dia do show aparece
outra pessoa que não é o artista contratado.
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o
motivo único ou principal do negócio jurídico.
Por fim, é importante destacar a quinta hipótese de erro substancial. Ao analisar o inciso
III, você tem o que a doutrina chama de erro de direito. Um exemplo clássico a ser citado é
quando o indivíduo faz um contrato de exportação, acreditando ser legal, depois descobre que
não pode importar aquela mercadoria. Destarte salientar que esse negócio pode ser anulável.

ERRO ACIDENTAL - ARTS. 142 E 143 DO CÓDIGO CIVIL


Antes de tudo é de extrema relevância destacar que o erro acidental não anula, ou seja,
o negócio é válido. Além disso, cabe dizer, que erro acidental é aquele que diz respeito a
caracteres secundários, da coisa ou do negócio, portanto o fato de não ser grave não o induz a
anulação.
• Erro de Indicação: quando há um erro de indicação, mas é possível identificar a
pessoa ou a coisa cogitada, não tem problema/ não haverá anulação, o negócio
será válido.

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Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir


a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu
contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa
cogitada.
• Erro de Cálculo: se o indivíduo errar nos cálculos, o negócio não será anulável
pelo contrário, será válido. O indivíduo deve apenas retificar o cálculo, ou seja,
deve “consertar” a declaração de vontade.
Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da
declaração de vontade.
ATENÇÃO!
Ao analisar o artigo 144 do Código Civil é importante que você entenda que de acordo
com o Princípio da Conservação / Preservação do negócio jurídico tem por objetivo manter e
preservar o negócio. Além disso, vale salientar, que este mesmo princípio decorre de outro o
chamado Princípio da Função Social, nesse contexto, cumpre-se a função social ao preservar o
negócio.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando
a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer
para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.

DOLO - ARTS. 145 A 150 DO CÓDIGO CIVIL


Inicialmente é importante destacar que dolo é o inequívoco induzido, ora, no dolo você
se engana pois alguém induz você a isso. Vale dizer, ainda, que resulta na anulação no prazo de
4 (quatro) anos, mas não é qualquer dolo, o dolo que vai resultar na anulação é o chamado dolo
principal.
DOLO PRINCIPAL - ART. 145 DO CÓDIGO CIVIL
De acordo com o artigo 145 do Código Civil o dolo principal é aquele que é a causa de
você ter celebrado o contrato. Veja bem: Você só compra aquele produto porque foi enganado
logo, resulta na anulação.
Exemplo: O indivíduo compra um relógio acreditando ser de ouro, pois foi o que o joalheiro
afirmou.
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este
for a sua causa.

DOLO ACIDENTAL - ART. 146 DO CÓDIGO CIVIL


O dolo acidental está pautado no artigo 146 do Código Civil perceba que esse dolo não
anula, logo, o negócio é valido. Tal dolo não anula mesmo que haja uma enganação da parte
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos,
e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado,
embora por outro modo.
Exemplo: imagine que uma pessoa diga a outra que vai comprar um carro, e decidi ir até uma
concessionária, escolhe o carro, pergunta ao vendedor o ano do carro e ele informa que é 2015.
Após a compra do carro o indivíduo percebe que o ano de fabricação do carro era 2014 e o
modelo que era 2015.
Nesse caso houve uma enganação por parte do vendedor, entretanto, note que essa
enganação não foi a causa da celebração do negócio, visto que, o indivíduo já estava decidido a
adquirir o veículo. Portanto, de acordo com o artigo 146 do Código Civil mesmo havendo uma

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mentira, não cabe anulação. Convém salientar que nessa situação a parte prejudicada poderia
pleitear, tão somente, a indenização por perdas e danos.
DOLO ATIVO
O dolo ativo é aquele que decorre de uma atuação positiva do agente, ele fala ou faz algo.
DOLO PASSIVO (OMISSÃO DOLOSA) - ART. 147 DO CÓDIGO CIVIL
O dolo passivo é aquele que decorre de uma atuação negativa do agente, ou seja, ele
omite e engana a outra parte ocultando informações. De fato, o dolo passivo é mais difícil de ser
identificado, por isso o legislador fez questão de considerá-lo no artigo 147 do Código Civil.
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de
uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja
ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o
negócio não se teria celebrado.
O fato de o dolo ser ativo ou passivo é indiferente, se ele for o principal, ou seja, a causa
da celebração do negócio, irá resultar na anulação, no entanto, se ele não for a causa, cabe
apenas perdas e danos.
DOLO BONUS - BOM
Cabe frisar que o dolo bonus se traduz na exaltação exagerada da coisa. Veja, ele é
perfeitamente aceito pela sociedade, logo, não resulta em anulação, nem em pedido de perdas
e danos.

DOLO MALUS - MAU


Convém mencionar que o dolo malus não é tolerado pela sociedade, visto que, é um dolo
pernicioso. Desse modo se ele for principal, anula e se for acidental, induz a tão somente a
perdas e danos.

DOLO RECÍPROCO - ART. 150 DO CÓDIGO CIVIL


Vale lembrar que em um caso concreto é possível que você encontre o dolo recíproco, ou
seja, situação em que ambas as partes agem com dolo.
ATENÇÃO!
Atente-se! No dolo recíproco não cabe nem anulação e nem pedido de indenização.
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode
alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.

DOLO DE TERCEIRO - ARTS. 148 E 149 DO CÓDIGO CIVIL


Destarte mencionar que é perfeitamente possível que o dolo venha de um terceiro. Posto
isso, quando há um dolo de terceiro, a anulação irá depender se o indivíduo sabe ou não da
enganação do terceiro, portanto se o beneficiário sabe, o negócio será anulável.
Além disso pode exigir as perdas e danos que são devidas solidariamente pelo terceiro
e pelo beneficiário. No entanto, se o beneficiário não sabe, o negócio não pode ser anulável e
embora tenha dolo de terceiro, não pode pleitear a anulação.
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de
terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter
conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio
jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte
a quem ludibriou.

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Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga


o representado a responder civilmente até a importância do proveito
que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o
representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

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