Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DOLO
Grupo: Ana Luisa Dos Santos Lourenço, Camilly Paulino Cavalcanti, Lívia Maria
Meireles De Oliveira, Maria Alice Nascimento Souza, Terezinha Samilly Fagundes
Coelho e Yris Maria Pereira Da Silva
INTRODUÇÃO AO TRABALHO
Nosso trabalho trata-se primeiramente dos Vícios do negócio jurídico com sua
vertente voltada para o Dolo, no Direito Civil. Iremos abordar seus conceitos, sua
doutrina e exemplos neste trabalho escrito.
VÍCIOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
A priori, o negócio jurídico pode ser compreendido com um segmento de
regras que rege as condutas entre as partes, a fim de atender os seus
interesses. Nesse viés, uma série de fatores denominados de Vícios pode
ocasionar a supressão do negócio jurídico, bem como seus efeitos. Estes
vícios são fatores essenciais que no instante da sua legitimação diante do
negócio jurídico, instituem na ausência de manifestação de alguma das
partes, logo, corrobora uma instabilidade, ou falha no negócio, obtendo
como resultado o chamado “negócio viciado”, não alcançando as
disposições necessárias para que seja válido.
Assim, todo negócio jurídico para que seja considerado válido e tenha
seus efeitos confirmados, devem obedecer alguns requisitos de validade
(vide art.104 Código Civil). A livre expressão da vontade, em qualquer
relação que envolva um objeto determinado ou determinável, além de
essa relação não ser defesa ou prescrita em lei, são fatores básicos para
que um negócio jurídico e seus efeitos sejam considerados válidos.
Dentre os vícios do negócio jurídico, está o Dolo que terá destaque neste
ofício. Definido pelos artigos 145 a 150 do Código Civil, o dolo nada mais é
que o erro induzido de maneira artificiosa, ou seja, a intenção ardilosa de
viciar a vontade de determinada pessoa em uma dada situação concreta.
DOLO
Diante dos vícios do negócio jurídico citado anteriormente tem-se o Dolo.
O dolo pode ser compreendido como uma espécie de método,
objetivando aliciar outrem em benefício próprio. Por conseguinte, o dolo
em detrimento do negócio jurídico pode ser definido como dolo principal,
substancial, como também essencial, isto é, DOLUS CAUSAM DANS.
Nesse contexto, uma das partes do negócio jurídico desfruta de técnicas
maliciosas, com o intuito de incitar a outra parte a realizar um ato que a
mesma não praticaria em situações distintas, objetivando possuir
vantagens.
Exemplo: João comprou, de José, uma loja de uma franquia de perfumes. José
apresentou várias planilhas de faturamento para João. Posteriormente, João descobriu
que as planilhas apresentadas por José eram falsas e o faturamento era muito inferior
ao apresentado nas planilhas.
Exemplo: João queria muito comprar o imóvel, ao lado de sua casa, que pertencia a
José. João economizou o dinheiro e comprou o imóvel por R$500.000,00. José fez
constar no contrato, que o imóvel possuía 400m². Posteriormente, João descobriu que
o imóvel possuía apenas 320m². João não pretende anular o negócio jurídico, por ele
teria realizado o negócio mesmo que soubesse que o imóvel possuía apenas 320m².
Dolo: José fez constar no contrato que o imóvel possuía 400m², mas na verdade
possuía 320m².
Exemplo: João vendeu seu carro para José e intencionalmente omitiu o fato de que o
carro havia sido comprado em um leilão de carros batidos.
Dolo omissivo: João deveria ter dito para José que o veículo era batido, pois se José
soubesse não teria comprado o carro. Ao omitir essa informação, João agiu com dolo
negativo ou omissivo.
Exemplo: João estava vendendo uma casa, que ficava em um bairro que viajava.
Quem estava negociando o imóvel para João era o corretor Pedro. O corretor Pedro,
ao vender o imóvel para Maria, garantiu que o imóvel não alagava. Ao enganar
(ludibriar) Maria, o corretor Pedro agiu com dolo de terceiro.
Consequências:
“Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo, para
anular o negócio ou reclamar indenização”. (CC, art. 150)
Exemplo: João e Pedro resolveram permutar um imóvel. João agiu com dolo
comissivo ao informar a Pedro que o seu imóvel possuía 400m², quando na verdade
possuía 350m². Da mesma forma, Pedro também agiu com dolo ao informar a João
que o seu imóvel possuía 500m², no entanto somente possuía 450m².
Como ambos agiram com dolo, nenhum deles, poderá afagar o dolo para:
b) Requerer indenização.
Referências
TARTUCE, Flávio. Manual do Direito Civil Volume Único. 11°. ed. Rio de
Janeiro. Método. 2021. Acessado em: 03/05/2022