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NOÇÕES BÁSICAS DE

DIREITO CIVIL
Aula 06 Tais Brezolin Cespede
Sumário
1. Teoria Geral do Negócio
Jurídico
2. Teoria Geral dos
Contratos
3. Garantias Contratuais
4. Responsabilidade Civil
Extracontratual
5. Dos Contratos em
Espécie
Teoria dos Negócios Jurídicos
Introdução
FATO JURÍDICO
É um acontecimento que produz consequência jurídica. Classifica em:

• Produzido pela natureza:


Fato
Natura • a. Ordinário (ex. a morte)
l • b. Extraordinárias – Produzido pela
natureza e inesperado (ex. tsunami)

• Acontecimento produzido em decorrência da


Ato vontade humana:
Humano • a)Licito: realizado conforme ordenamento
jurídico.
• b)Ilícito: aquele que causa dano a outrem
(Art.186, CC)

Teoria dos Negócios Jurídicos
Introdução
Ato Material
Ato humano licito cujas
consequências são estabelecidas em
lei
ATO
JURÍDICO Ato de participação
É um ato de informação
(ex.: notificações)
ATO HUMANO
LÍCITO
Negocio Jurídico
NEGÓCIO
JURÍDICO É um ato humano licito cujas
consequências são estabelecidas
pelas partes. Exemplo: os contratos
Teoria dos Negócios Jurídicos
 Negócio Jurídico: é ato humano licito cujas consequências são
estabelecidas pelas partes.
 Classifica-se em:
 1. Unilateral: quando a declaração de vontade emana apenas de uma parte
(uma ou mais pessoas). Exemplo: testamento.
 Que pode ser:
 Receptício - precisa chegar ao conhecimento de alguém para produzir
efeito; quando a declaração para produzir efeitos tem que ser do
conhecimento do destinatário, como na revogação de um mandato
 Não receptício: não precisa chegar ao conhecimento de ninguém,
quando o conhecimento do destinatário é irrelevante.
2. Bilateral: este exige duas manifestações de vontade, formando um
consenso. Ex: Contrato de compra e venda.
Teoria dos Negócios Jurídicos

“Negócio consigo mesmo ou Autocontrato” – artigo 117,


CC (da representação – contrato de mandato): assim é conceituado
por De Plácido e Silva “denomina-se o ajuste no qual reúnem-se
numa só pessoa as qualidades de primeiro e segundos contratantes,
ou seja, como parte contratante em si mesma e representante com
poderes expressos para celebrar o acordo com outra”.

“Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio


jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de
outrem, celebrar consigo mesmo”.
 
TEORIA DOS NEGÓCIOS
JURIDICOS
 Regra geral, nos negócios jurídicos, o representante atua
apenas em nome de uma das partes. Pode acontecer, no
entanto, que ambas as partes sejam representadas pela mesma
pessoa, caracterizando a dupla representação:
“as vontades são expressas por um único emitente, apesar de
pertencerem a titulares distintos.”
 Em determinadas situações, além de representar um dos

contratantes, como representante, atuando em nome


do dominus negotii, pode acontecer que o próprio
representante figure na relação jurídica, como parte.
Teoria dos Negócios Jurídicos

 Para Maria Helena Diniz, Negócio Jurídico “é o


âmbito da autonomia privada, de forma que os sujeitos
de direito podem auto-regular, nos limites legais, seus
interesses particulares” (Maria Helena Diniz. Curso de
Direito Civil Brasileito. Vol. 1. p. 370).

 Estudando a autonomia privada, Pontes de Miranda


dividiu o negócio jurídico em 3 planos de análise:
Escada Ponteana
Teoria dos Negócios Jurídicos
Teoria dos Negócios Jurídicos

Os vicios sociais consubstanciam-


se em atos contrários à boa fé ou à
lei, prejudicando terceiro. 
Teoria dos Negócios Jurídicos
Dos Vícios dos Negócios Jurídicos:
Tipo Atribuição

Erro É a noção falsa sobre pessoa ou coisa.

Dolo É o artificio astucioso usado para enganar a vitima;


é o constrangimento a uma determinada pessoa, feita por
Coação meio de ameaça com intuito de que ela pratique um negócio
jurídico contra sua vontade.
Se caracteriza quando alguém assume obrigação
Estado de excessivamente onerosa para salvar a si ou alguém de sua
Perigo família de um grave dano conhecido pela outra parte.
A pessoa se obriga a uma prestação desproporcional em razão
Lesão de necessidade ou de inexperiência.
Fraude contra
Credores
Pratica maliciosa para tronar o devedor insolvente

É a declaração enganosa da vontade para produzir efeito


Simulação diverso do indicado
Teoria dos Negócios Jurídicos
NULO (166/ 167,CC) ANULÁVEL (171 / 178,CC)

Com pessoa absolutamente incapaz Por incapacidade relativa do agente

Objeto ilícito, impossível ou


Por vício resultante de erro
indeterminável

Motivo ilícito Por vício resultante de dolo essencial

Não revestir a forma prescrita em lei Por vício resultante de coação

Não cumprir solenidade legal Por vício resultante de estado de perigo

Com objetivo de fraudar a lei Por vício resultante de lesão

Negócio Jurídico Simulado Por vício resultante de fraude contra credores


Teoria dos Negócios Jurídicos
NULO ANULÁVEL
Viola norma de interesse
Viola norma de interesse particular
público - coletividade
Pode ser reconhecido de Não pode ser reconhecido de ofício
ofício pelo juiz pelo juiz
Pode ser alegado por Somente pode ser alegado pela
qualquer pessoa interessada pessoa prejudicada
Imprescritível, podendo sua
A invalidade deve ser arguida dentro
nulidade ser arguida a
do prazo
qualquer momento
O efeito é “ex tunc” O efeito é “ex nunc”
(é uma expressão em latim que significa "a
(é uma expressão em latim que
partir deste momento", "de agora em
significa "desde o início“)
diante“)
Decadência e Prescrição
• Perda do direito de Ação.
• É o modo pelo qual se extingue um direito (não apenas a ação)
pela inércia do titular durante certo lapso de tempo.
Prescrição • Ex.: uma empresa despede seu funcionário e não paga seus
direitos. Dez anos depois resolve entrar com a ação trabalhista. O
juiz negará seu pedido mesmo o empregado tendo razão, pois seu
prazo para entrar como uma ação prescreveu.

• Perda do Direito: A decadência encontra seu


fundamento no fato de o titular do direito não se
ter utilizado do poder de ação dentro do prazo
Decadência fixado por lei.
• Promoção de supermercado onde até o dia “x”
tal produto custará cinco centavos. Se for ao
mercado depois do dia “x”, o seu direito de
pagar cinco centavos DECAIU, ou seja não
existe mais.
Estudo de Caso
 Trazer um estudo
sobre prescrição e
decadência.

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