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1. Fato Jurídico
É uma ocorrência que interessa o direito, podendo ser ordinário (ex. decurso
do tempo – pr escrição)
ou extraordinário (ex. catástrofe gera morte de alguém, passando, portanto, a
ser um fato que gera
efeitos no mundo jurídico – fato jurídico).
2. Ato Jurídico
a. “lato senso”: é toda manifestação de vontade que está de acordo com o
ordenamento jurídico. Neste
cenário, é ato jurídico a lei, a moral, a ordem pública e os bons costumes.
3. Negócio Jurídico
É toda manifestação e vontade lícita que produz efeitos desejados pelas
partes. Flávio Tartuce ensina
que “negócio jurídico é o ato jurídico em que há uma compo sição de
interesses das partes com uma
finalidade específica” (TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único.
2ª ed. São Paulo: Editora
Método, 2012. P. 185).
Atos Jurídicos
Lícitos: ato jurídico propriamente dito - vontade simples; negócio jurídico:
vontade qualificada; ato-fato
jurídico: o ato humano visto pelo Direito como fato, ou seja, os efeitos jurídicos
nascem de um
comportamento humano, contudo, por não ser razoável invalidar o ato,
considerar-se-á o ato como fato.
Ex: Um menino de 8 anos de idade compra um sorvete, porém, aquele não
possui capacidade jurídica pa ra
tal, mas não invalida-se o ato, por não ser razoável, e sim considera-se como
fato. Ilícitos: antijurídicos;
contrários à lei.
Negócio Jurídico
Conceito: É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o intuito de
criar, modificar, conservar ou
extinguir direitos. Para diferenciar o Ato jurídico do Negócio jurídico, observa-se
que no primeiro a
vontade é simples (realizar ou não o ato) e no segundo, por sua vez, a vontade
é qualificada (realizar ou não
o ato e escolher o conteúdo/efeito do ato), ou seja, no Ato jurídico os efeitos
são previstos em lei, ao passo
que no Negócio jurídico alguns efeitos decorrem das leis, podendo outros
efeitos ser acordados entre as
partes.
Requisitos de Existência
- Manifestação da vontade
"A vontade é pressuposto básico do negócio jurídico e é imprescindível que se
exteriorize.
* Presumida ( ART. 539, ART. 1807 CC): aquela que decorre da lei. Ex:
Financiamento. Qu ando o credor
paga a última parcela, presume-se que houve a quitação da dívida, salvo se
comprovado o contrário.
Obs:
O Silêncio como manifestãção de Vontade -> Art 111 CC: O Silêncio importa
anuência, quando as
circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de
vontade expressa.
Reserva Mental -> ART. 110 CC: A manifestação de vontade subsiste ainda
que o seu autor haja feito a
reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário
tinha conhecimento.
- Finalidade Negocial
A Finalidade negocial ou jurídica é o propósito de adquirir, conservar, modificar
ou extinguir direitos. Sem
essa intenção, a manifestação de vontade pode desencadear determinado
efeito, preestabelecido no
ordenamento jurídico, praticando o agente, então, um ato jurídico em sentido
estrito". (GONÇÁLVES,
Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Vol I, Parte Geral. 4ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2007).
- Idoneidade do objeto
Relação estrutural em vista ao negócio jurídico. "Assim, se a intenção das
partes é celebrar um contrato de
mútuo, a manifestação da vontade deve recair sobre coisa fungível. No
comodato, o objeto deve ser coisa
infungível. Para a constituição de uma hipoteca é necessário que o bem dado
em garantia seja imóvel,
navio ou avião". (GONÇÁLVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Vol I,
Parte Geral. 4ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2007).
Requisitos de Validade
Art. 104 CC. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.