Direito Civil
Professora Elisa Pinheiro
Assuntos da Rodada
Direito Civil
Civil). Fatos Jurídicos (1ª parte): Negócios jurídicos. Atos jurídicos lícitos. Atos
Propriedade.
DIREITO CIVIL
a. Teoria em Tópicos
MENSAGEM:
Olá!
Antes de começarmos essa aula, anote 3 motivos pelos quais você quer tomar
2.
Deixe esse papel em algum lugar visível. Quando bater alguma distração, pense
Essa estrada dos concursos tem a mesma distância para todos. Uns vão
Por isso, comece essa aula pensando naquilo que você mais deseja. O concurso
é só o caminho. Nós estamos aqui para te apoiar nessa estrada e faremos de tudo
Nessa aula, vamos adotar uma linguagem simples e didática para que você
assimile bem o conteúdo. A primeira parte é mais doutrinária, mas está no seu edital
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DIREITO CIVIL
1. Fato jurídico.
Direito.
Em outras palavras, o fato jurídico é toda ação humana ou fato da natureza apto
direitos.
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DIREITO CIVIL
O fato natural ou fato jurídico stricto sensu é aquele fato com repercussão na
Os fatos naturais ou fatos jurídicos stricto sensu podem ser classificados em:
nascimento, a morte.
prédios desabam. É claro que isso irá repercutir no Direito. Pense no campo das
4. Atos jurídicos ou fatos humanos ou fatos jurídicos lato sensu ou ato jurídico
O ato jurídico (fato humano ou fato jurídico lato sensu) é aquele fato com
Em outras palavras, o ato jurídico (fato humano ou fato jurídico lato sensu) é
5. Atos lícitos.
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b) Negócio jurídico; e
c) Ato-fato jurídico.
O ato jurídico em sentido estrito ou ato jurídico meramente lícito pode ser
subdividido em:
esfera jurídica alheia sem que essa outra pessoa possa evitar isso). Por exemplo:
Reconhecimento de um filho.
para produzir efeitos jurídicos, os quais são assegurados por lei. Podemos citar, por
exemplo, o contrato.
vontades, cujo conteúdo deve ser lícito. Constituiu um ato destinado à produção de
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efeitos jurídicos desejados pelos envolvidos e tutelados pela norma jurídica” (TARTUCE,
a) A boa-fé; e
O ato-fato jurídico material ou real é marcado por um ato que gera um fato, o
qual é relevante do ponto de vista jurídico. Por exemplo: você tem uma chácara
e está cavando para fazer uma horta de verduras. Quando você cava, algo
A sua intenção era plantar alface, não era descobrir uma pedra preciosa. Mas
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por um ato humano que está em consonância com as normas legais, mas que
gera um fato que é indenizável. Isso acontece, por exemplo, quando para
sofreram. Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este o autor do dano
terá ação regressiva para receber a importância que tiver ressarcido ao lesado.
é aquele marcado por um fato gerado por um ato e que tem o condão de
6. Ato ilícito.
O ato ilícito é uma espécie do gênero ato jurídico (fato humano ou fato jurídico
lato sensu).
Conforme Silvio Salvo Venosa: “os atos ilícitos, que promanam direta ou
indiretamente da vontade, são os que ocasionam efeitos jurídicos, mas contrários, lato
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Direito, à medida que ocasionam dano a outrem.” (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito
Civil: Parte Geral: Fatos, atos e negócios jurídicos. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2008).
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Destaca-se que o ato ilícito civil pode ser norteado pelo dolo ou pela culpa.
Neste sentido, o ato ilícito doloso é aquele que ocorre quando o agente teve a
Por exemplo: João tomou um “fora” de Maria que era a sua noiva. Por vingança, ele
apanha o celular dela e o joga pela janela do apartamento. No caso, ele queria destruir
o celular. Esse era o desejo dele. Portanto, João cometeu um ato ilícito doloso e terá
Por sua vez, o ato ilícito culposo ocorre por força de uma conduta negligente,
Uma escola está fazendo uma reforma e não isola a área. Uma criança entra no local,
cai em um buraco e quebra o braço. Nesse caso, ocorreu um ato ilícito culposo por
negligência. Foi falta de diligência da empresa que estava reformando a escola de não
imprudente age, com a consciência do risco, mas espera que ele não aconteça. O
exemplo clássico é aquele motorista que pensa que está no filme “Velozes e Furiosos”
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e atravessa o sinal vermelho e bate no carro da sua tia. Nesse caso, ocorreu um ato
A imperícia ocorre quando a pessoa atua sem ter a devida habilitação técnica.
Por exemplo: O seu vizinho leva o Scooby no pet shop e o dono do lugar (mentindo que
ato ilícito culposo por imperícia e o seu vizinho deverá ser indenizado.
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
reconhecido; e
remover perigo iminente. Nesse caso, o ato será legítimo somente quando
Por isso, faremos um estudo mais aprofundado sobre esse assunto. Ok?
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a) Essenciais;
b) Naturais; e
c) Acidentais.
a) Gerais:
i. Capacidade do agente;
ii. Objeto; e
iii. Consentimento.
b) Especiais:
i. Forma.
representado para efetuar um negócio jurídico. Caso não haja essa representação, o
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DIREITO CIVIL
para efetuar um negócio jurídico. Caso não haja essa assistência, o negócio jurídico
será ANULÁVEL.
7.1.2. Objeto.
7.1.3. Consentimento.
o negócio jurídico.
instantes.
majoritária. Porém existe uma corrente minoritária que diz que no caso de
de tema de prova discursiva. Mas temos que falar para fechar todo o seu edital.
Não se preocupe com essa divergência. Não encontrei testes sobre esse
assunto. Se cair, siga a corrente majoritária que diz que o ato é nulo.
perigo.
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7.1.4. Forma.
Finalmente, ainda temos que estudar sobre a forma que é o elemento essencial
especial do negócio jurídico. A regra é que seja adotada a forma prescrita ou não
Assim, em alguns casos, a escritura pública será necessária para dar validade
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negócio jurídico, sem que seja necessária a explicitação de cada um desses efeitos,
consequências naturais.
a) A condição,;
b) O termo; e
c) O encargo.
7.3.1. Condição.
vontade das partes, e que subordina o efeito do ato jurídico a um evento futuro e
incerto.
Por exemplo: eu vou dar uma viagem para você para Las Vegas, se eu ganhar na
loteria.
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Condição suspensiva.
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A condição suspensiva é aquela que faz com que a eficácia do ato permaneça
você não for aprovado, eu não preciso entregar o bem, pois a condição suspende a
doação.
Dessa forma, uma vez pendente a condição, não há que se falar em direito
Condição resolutiva.
Por exemplo: Eu te dou uma mesada enquanto você estudar; se você parar de
estudar, você perde este dinheiro. Logo, o direito que você tinha em relação a esta
Condição causal.
Condição potestativa.
em:
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a) Puramente postestativa; e
b) Meramente potestativa.
partes, segundo um critério exclusivo de sua conveniência. Por exemplo: Eu vou te dar
um carro se eu quiser.
algum um fator externo. Por exemplo: eu vou te dar um carro se eu viajar para a
Argentina.
Repare que, no caso, o fato de você ganhar o carro não depende só da minha
ordenamento jurídico.
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realizada, uma vez que é contrária à natureza (por exemplo: eu vou te dar uma casa se
Condição lícita.
A condição lícita é aquela que não é contrária à lei, à moral e aos bons costumes.
Condição ilícita.
A condição ilícita é aquela repelida pela norma jurídica, pela ordem pública, pela
7.3.2. Termo.
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O termo inicial ou suspensivo (dies a quo) é aquele que fixa o momento em que
a eficácia do negócio jurídico deve ter o seu inicio, protelando, assim, o exercício do
direito. Por exemplo: Eu vou te dar uma viagem para Paris no Natal de 2018.
provenientes dele.
Por exemplo: Uma cláusula que diga que a locação da casa de Maria acabará no
prazo de 60 meses.
Termo certo.
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Termo incerto.
Por exemplo: Eu vou te dar uma guitarra quando aquele famoso cantor, Fulano
7.3.3. Encargo.
Não pode ser aposta em negócio a título oneroso, pois equivaleria a uma
identificada pelas expressões "para que", "a fim de que", "com a obrigação de".”
(GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 1: parte geral —. 10. ed. —
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passível de anulação.
a) Os vícios de consentimento:
i. Erro ou ignorância;
ii. Dolo;
iii. Coação;
iv. Lesão; e
v. Estado de perigo.
b) Os vícios sociais:
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DIREITO CIVIL
ii. Simulação.
defeito ocorre porque o agente quer algo que está em confronto com a lei e com os
É anulável o negócio jurídico por vício resultante de erro, dolo, coação, estado
pessoa.
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determinante.
a) Essencial (substancial); ou
b) Acidental.
c) Sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único
Desse modo, o negócio jurídico pelo erro, será anulável; sendo que o prazo
Por seu turno, o erro acidental é aquele que diz respeito às qualidades
vontade.
9.3. Dolo.
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O dolo consiste naquele artifício malicioso utilizado para enganar a outra parte
do negócio jurídico.
O dolo civil produz a anulabilidade do ato, apenas quando for a causa deste.
anulável. Nesse caso, o prazo decadencial para a sua arguição será de 4 (quatro) anos.
Mas se o dolo recair sobre aspectos acidentais ou secundários, o ato será válido,
b) O dolo acidental.
causa do negócio jurídico, sem a qual ele não teria sido concluído.
declaração de vontade. Assim, o negócio não será anulado, mas existirá a obrigação de
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quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
9.4. Coação.
a) Física; ou
b) Moral.
vontade, mas sem impedir o consentimento do agente, pois é conservada uma relativa
coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente
fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos
seus bens.
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si, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume uma
Caso a pessoa que estiver correndo perigo não seja pertencente à família do
realizado um negócio jurídico sob um estado de perigo, a sanção será a sua anulação e
9.6. Lesão.
04 (quatro) anos.
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Em caso de negócio jurídico maculado pelo vício da lesão, não será decretada a
uma prática maliciosa feita pelo devedor por meio de atos que desfalcam seu
Deixa-se em negrito que conforme o art. 159 do Código Civil existem duas
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financeira do devedor.
ser reduzido à insolvência, poderão ser anulados pelos credores, uma vez que esses
Para tanto, será utilizada uma ação própria, conhecida como pauliana ou
revocatória, a qual deverá ser proposta pelo credor (que já o era ao tempo da
04 (quatro) anos.
9.8. Simulação
contrato de compra e venda de imóvel feito para mascarar uma doação do cônjuge
O Código Civil afirma que haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
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DIREITO CIVIL
O negócio jurídico simulado será nulo, mas subsistirá o que se dissimulou, se for
a) Existência;
b) Validade; e
c) Eficácia.
jurídico. Caso seja inexistente, ele não seguirá para os planos seguintes. Se for
inválido. Se for inválido, poderá ser nulo ou anulável. Nesse ponto, o negócio não
seguirá para o plano da eficácia, ressalvada uma ou outra exceção de lei. Se for
produzem os seus efeitos jurídicos. Desse modo, os negócios jurídicos válidos se não
sua conclusão.
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Aqui, não se trata de vício, defeito ou imperfeição, mas sim, da falta dos
anulabilidade.
a) Nulidade absoluta; e
b) Nulidade relativa.
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O negócio jurídico será nulo e, portanto, não produzirá qualquer efeito, por
ofender gravemente os princípios de ordem pública. Ademais, o seu efeito será “ex
tunc” (retroativo).
não for declarado como anulável pelo Juiz, os seus efeitos serão produzidos
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DIREITO CIVIL
A nulidade pode ser arguida por qualquer A anulabilidade somente pode ser
O vício não pode ser sanado pela O vício pode ser sanado pela confirmação
A nulidade não pode ser suprida pelo Juiz, O Juiz não pode reconhecê-la de ofício,
mas ele pode reconhecê-la de ofício. mas se a anulabilidade for alegada, ele
pode saná-la.
nulidade retroage até aquela data do ato anulabilidade não retroage. Os efeitos são
anulação.
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negócio jurídico nulo contenha os requisitos de outro negócio, este subsistirá quando
a finalidade (que as partes queriam) permitir supor que elas teriam aceitado esse
Mas, uma vez que, os seus elementos são idôneos para caracterizar outro
direito de terceiro.
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anulável.
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DIREITO CIVIL
b. Revisão 1 (questões)
de sua celebração.
e) O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Hugo, ao descobrir que sua filha precisava de uma cirurgia de urgência, emite ao
hospital, por exigência deste, um cheque no valor de cem mil reais. Após a
a mesma cirurgia é de sete mil reais. Agora, está sendo cobrado pelo cheque
consentimento chamado de
a) coação.
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DIREITO CIVIL
b) erro substancial.
c) lesão.
d) estado de perigo.
e) dolo.
Pedro adquiriu de João veículo que, segundo afirmou o vendedor, a fim de induzir
o comprador em erro, seria do tipo “flex”, podendo ser abastecido com gasolina ou
com álcool. Mas Pedro não fazia questão desta qualidade, e teria realizado o
negócio ainda que o veículo não fosse bicombustível. No entanto, em razão do que
havia afirmado João, Pedro acabou por abastecer o veículo com combustível
d) é anulável, em razão do vício denominado dolo, mas não obriga às perdas e danos,
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DIREITO CIVIL
prestação oposta.
c) São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
d) Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o
determinante.
4 anos.
tempo.
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DIREITO CIVIL
6.2016 – FCC - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Área Judiciária
II. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido
III. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
a) I, II e III.
b) II e III.
c) III e IV.
e) I e IV.
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DIREITO CIVIL
forma.
e) ineficaz, por não ter potencial para gerar quaisquer consequências jurídicas.
Administrativo
Pedro comprou, por valor inferior ao de mercado, rara e valiosa coleção de selos
b) poderá ocorrer, pois os negócios anuláveis podem ser confirmados pela vontade
das partes.
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DIREITO CIVIL
d) não poderá ocorrer, porque o negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação.
a) é nulo, não se convalidando com o decurso do tempo nem podendo ser confirmado
d) deve ser interpretado tendo em conta o que, na mesma circunstância, teria feito o
homem médio.
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DIREITO CIVIL
c. Revisão 2 (questões)
contrato por meio do qual este lhe garantiria privilégios em licitações públicas em
b) nulo, devendo ser invalidado de ofício e não convalescendo pelo decurso do tempo.
tempo.
Sob premente necessidade financeira, João vende a Luís imóvel por um terço do
a) nulo, pelo vício denominado coação, não podendo ser convalidado pela vontade das
partes.
b) nulo, pelo vício denominado estado de perigo, não podendo ser convalidado pela
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DIREITO CIVIL
c) anulável, pelo vício denominado lesão, podendo ser convalidado pela vontade das
partes.
d) anulável, pelo vício denominado estado de perigo, podendo ser convalidado pela
e) anulável, pelo vício denominado lesão, não podendo ser convalidado pela vontade
das partes.
A condição suspensiva
b) refere-se a evento futuro e certo, enquanto o termo inicial a evento futuro e incerto.
e) e o termo inicial referem-se a evento futuro e certo, mas enquanto este suspende a
Mandados
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DIREITO CIVIL
II. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio
estabelecido.
a) II e III.
b) II e IV.
c) I e III.
d) I, II e III.
a) gera a ineficácia perante terceiros, podendo ser sanado apenas entre seus
partícipes.
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DIREITO CIVIL
d) implica a inexistência desse ato, que não terá quaisquer consequências jurídicas.
legal.
a) é nulo, não convalescendo com o tempo nem podendo ser confirmado pelas partes.
d) pode ser declarado nulo desde que o prejudicado ajuíze ação no prazo prescricional
de 10 anos.
e) é anulável, não convalescendo pelo decurso do tempo nem podendo ser confirmado
pelas partes.
b) lesão.
c) simulação.
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DIREITO CIVIL
d) estado de perigo.
e) erro.
18. 2009 – FCC - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Judiciária -
Execução de Mandados
onerosa.
denominadas, respectivamente, de
a) lesão e erro.
c) erro e lesão.
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DIREITO CIVIL
Igor, que passa férias com seu filho Nicolas em Teresina, devidamente habilitado,
pilota um barco pelo Rio Parnaíba, quando é surpreendido pelo “jetski” de Romeu -
por este mesmo pilotado, de modo imprudente - o que causa a Igor e a Nicolas
perigo iminente. Para que estes não se machuquem gravemente, Igor colide seu
c) lícita, uma vez que agiu de modo a afastar perigo iminente, podendo propor ação de
d) lícita, porque não houve ação ou omissão, culpa ou nexo de causalidade entre o ato
Para a configuração de ato ilícito, é imprescindível que haja fato lesivo, causado
comportamento.
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DIREITO CIVIL
comportamento.
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DIREITO CIVIL
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I - agente capaz;
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada
pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se,
for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.
renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário
Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja
feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário
tinha conhecimento.
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DIREITO CIVIL
estritamente.
vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de
refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo
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DIREITO CIVIL
declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas
vontade.
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua
causa.
acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das
partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui
omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro,
contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as
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DIREITO CIVIL
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que
incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela
que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da
coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
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DIREITO CIVIL
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou
prestação oposta.
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua
validade;
sanção.
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DIREITO CIVIL
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por
conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro,
subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam
negócio jurídico:
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito
de terceiro.
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DIREITO CIVIL
anulável, nos termos dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem
estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data
da conclusão do ato.
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se
Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou
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DIREITO CIVIL
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
reconhecido;
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as
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DIREITO CIVIL
f. Gabarito
1 2 3 4 5
C D E B B
6 7 8 9 10
D C A D E
11 12 13 14 15
B C A A B
16 17 18 19 20
B C B C D
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DIREITO CIVIL
de sua celebração.
Item incorreto, pois “o termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito”,
e) O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Resposta: C
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DIREITO CIVIL
Hugo, ao descobrir que sua filha precisava de uma cirurgia de urgência, emite ao
hospital, por exigência deste, um cheque no valor de cem mil reais. Após a
a mesma cirurgia é de sete mil reais. Agora, está sendo cobrado pelo cheque
consentimento chamado de
a) coação.
Item errado, conforme o art. 151 do CC. Uma vez que, “a coação, para viciar a declaração
da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e
b) erro substancial.
Item errado, conforme o art. 139 do CC. Assim, “o erro é substancial quando: interessa à
declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;sendo de direito
e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio
jurídico”.
c) lesão.
Item errado, conforme o art. 157 do CC, Assim, “ocorre a lesão quando uma pessoa, sob
d) estado de perigo.
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DIREITO CIVIL
Item correto, conforme o art. 156 do CC. Assim, “configura-se o estado de perigo quando
e) dolo.
Item errado, pois o dolo consiste naquele artifício malicioso utilizado para enganar a outra
Resposta: D
Pedro adquiriu de João veículo que, segundo afirmou o vendedor, a fim de induzir
o comprador em erro, seria do tipo “flex”, podendo ser abastecido com gasolina ou
com álcool. Mas Pedro não fazia questão desta qualidade, e teria realizado o
negócio ainda que o veículo não fosse bicombustível. No entanto, em razão do que
havia afirmado João, Pedro acabou por abastecer o veículo com combustível
d) é anulável, em razão do vício denominado dolo, mas não obriga às perdas e danos,
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DIREITO CIVIL
E – Item correto, conforme o art. 146 do CC. Assim, “o dolo acidental só obriga à satisfação
das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora
Resposta: E
prestação oposta.
Item errado, conforme os arts. 156 e 157 do CC. Assim, “configura-se o estado de perigo
dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa”. Por sua vez,
“ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se
c) São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
d) Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o
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DIREITO CIVIL
determinante.
Resposta: B
4 anos.
tempo.
B – Item correto, conforme o art. 167 c/c o art. 169, ambos do CC. Assim, “é nulo o negócio
forma”. Nessa esteira, “o negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem
Resposta: B
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DIREITO CIVIL
6.2016 – FCC - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Item errado, pois o prazo é de 4 (quatro) anos, conforme o art. 178 do CC. Assim, “é
II. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válid o
III. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
a) I, II e III.
b) II e III.
c) III e IV.
e) I e IV.
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DIREITO CIVIL
Resposta: D
forma.
e) ineficaz, por não ter potencial para gerar quaisquer consequências jurídicas.
C – Item correto, conforme o art. 167, CC. Assim, “é nulo o negócio jurídico simulado, mas
Resposta: C
Administrativo
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DIREITO CIVIL
A – Item correto, conforme o art. 145 do CC. Assim, “são os negócios jurídicos anuláveis por
Resposta: A
Pedro comprou, por valor inferior ao de mercado, rara e valiosa coleção de selos
b) poderá ocorrer, pois os negócios anuláveis podem ser confirmados pela vontade
das partes.
d) não poderá ocorrer, porque o negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação.
D – Item correto, conforme o art. 166, I, c/c o art. 169, ambos do CC. Assim, “é nulo o
negócio jurídico quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz.” No caso, o Lucas
tinha apenas 14 anos quando celebrou o negócio. Portanto, ele era absolutamente incapaz
e o negócio jurídico é nulo. Nessa esteira, “o negócio jurídico nulo não é suscetível de
Resposta: D
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DIREITO CIVIL
a) é nulo, não se convalidando com o decurso do tempo nem podendo ser confirmado
d) deve ser interpretado tendo em conta o que, na mesma circunstância, teria feito o
homem médio.
E – Item correto, conforme os arts. 171 e 172 do CC. Assim, “é anulável o negócio jurídico
por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores”. Nessa linha, “o negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito
de terceiro”.
Resposta: E
contrato por meio do qual este lhe garantiria privilégios em licitações públicas em
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DIREITO CIVIL
b) nulo, devendo ser invalidado de ofício e não convalescendo pelo decurso do tempo.
tempo.
B – Item correto, pois o objeto do negócio jurídico era ilícito (contrato por meio do qual
este lhe garantiria privilégios em licitações públicas) e, portanto, nulo. Pelo fato de ser
nulo, o negócio jurídico não convalesceu pelo decurso do tempo e foi invalidado de
ofício pelo juiz. Inteligência dos arts. 166, II; 168, parágrafo único, e 169, do CC.
Resposta: B
Sob premente necessidade financeira, João vende a Luís imóvel por um terço do
a) nulo, pelo vício denominado coação, não podendo ser convalidado pela vontade das
partes.
b) nulo, pelo vício denominado estado de perigo, não podendo ser convalidado pela
c) anulável, pelo vício denominado lesão, podendo ser convalidado pela vontade das
partes.
d) anulável, pelo vício denominado estado de perigo, podendo ser convalidado pela
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DIREITO CIVIL
e) anulável, pelo vício denominado lesão, não podendo ser convalidado pela vontade
das partes.
C – Item correto, pois o negócio jurídico maculado pelo vício da lesão é anulável e pode ser
imóvel àquele praticado pelo mercado e com a anuência das partes aos novos ditames.
Resposta: C
A condição suspensiva
b) refere-se a evento futuro e certo, enquanto o termo inicial a evento futuro e incerto.
e) e o termo inicial referem-se a evento futuro e certo, mas enquanto este suspende a
Resposta: A
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DIREITO CIVIL
Mandados
Item errado, conforme o art. 121 do CC. Assim, “considera-se condição a cláusula
II. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio
estabelecido.
Item errado, pois “o encargo NÃO suspende a aquisição, nem o exercício do direito, salvo
a) II e III.
b) II e IV.
c) I e III.
d) I, II e III.
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DIREITO CIVIL
Resposta: A
a) gera a ineficácia perante terceiros, podendo ser sanado apenas entre seus
partícipes.
d) implica a inexistência desse ato, que não terá quaisquer consequências jurídicas.
legal.
B – Item correto, conforme o art. 166, I, c/c o art. 169, ambos do CC.
Resposta: B
a) é nulo, não convalescendo com o tempo nem podendo ser confirmado pelas partes.
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DIREITO CIVIL
d) pode ser declarado nulo desde que o prejudicado ajuíze ação no prazo prescricional
de 10 anos.
e) é anulável, não convalescendo pelo decurso do tempo nem podendo ser confirmado
pelas partes.
B – Item correto, conforme os arts. 171, II; 172; e 178, I, todos do CC.
Resposta: B
b) lesão.
c) simulação.
d) estado de perigo.
e) erro.
C – Item correto, pois os negócios jurídicos decorrentes dos vícios de fraude contra
credores, de lesão, de estado de perigo e de erro são anuláveis, nos termos art. 171, II,
Resposta: C
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DIREITO CIVIL
18. 2009 – FCC - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Judiciária -
Execução de Mandados
onerosa.
denominadas, respectivamente, de
a) lesão e erro.
c) erro e lesão.
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume
obrigação excessivamente onerosa”, conforme o art. 156 do CC. E a lesão ocorre “quando
Resposta: B
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DIREITO CIVIL
Igor, que passa férias com seu filho Nicolas em Teresina, devidamente habilitado,
pilota um barco pelo Rio Parnaíba, quando é surpreendido pelo “jetski” de Romeu -
por este mesmo pilotado, de modo imprudente - o que causa a Igor e a Nicolas
perigo iminente. Para que estes não se machuquem gravemente, Igor colide seu
c) lícita, uma vez que agiu de modo a afastar perigo iminente, podendo propor ação de
d) lícita, porque não houve ação ou omissão, culpa ou nexo de causalidade entre o ato
Resposta: C
Para a configuração de ato ilícito, é imprescindível que haja fato lesivo, causado
comportamento.
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DIREITO CIVIL
comportamento.
Resposta: D
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