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“As origens da dicotomia são modernas. Os romanos, pelo menos no sentido técnico de
expressão, não conheceram o que hoje chamamos de direito subjetivo (...). Havia, (...), no
jus romano algo que não se confundia com a lex, que os juristas medievais iriam expressar
em termos de facultas agendi e norma agendi, a faculdade de agir e a norma de agir,
termos estes que perseveram, até hoje. Nas origens remotas, o direito subjetivo tem a ver
com a noção de privilegium, direitos especiais que se conferiam, na Idade Média, ao status
de cada categoria social. (...). Na Idade Média, as três ordens do reino, o clero, a nobreza
e o povo, passam a reger-se por direitos próprios, os privilégios. (FERRAZ JUNIOR, Tércio
Sampaio. Introdução ao estudo do direito. São Paulo: Atlas)
É na Era Moderna que a distinção ganha os contornos atuais. Para isso, contribui uma nova
concepção de liberdade.
Cristianismo → livre-arbítrio
A liberdade de um encontra limites na liberdade do outro.
A liberdade do contrato social
Defesa da propriedade privada e da economia de livre mercado, e.g.
Liberdades fundamentais garantidas pela Constituição.
“É com base nessa liberdade, que funciona como limite à atividade legiferante do Estado,
que irá configurar-se a noção de direito subjetivo em oposição ao direito
objetivo.”(FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito. São Paulo:
Atlas)
Direito Objetivo
“(...) é a norma ou o conjunto de normas de conduta, enquanto que sob o ponto de vista
subjetivo é o conjunto de relações jurídicas, aí implícitos o dever jurídico e a faculdade de
agir.” (DE ALMEIDA SECCO, Orlando. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro:
Lumen Juris)
e.g.: quando falamos no direito das sucessões, significamos algo objetivo, quando
mencionamos o direito à sucessão de um herdeiro, mencionamos algo que lhe pertence.
Direito Subjetivo
Sujeitos → titulares de poderes, obrigações, faculdade, estabelecendo entre eles relações.
“O direito considerado na vida real, envolvendo e penetrando por todos os lados nosso ser,
nos aparece como um poder do indivíduo. Nos limites desse poder, reina a vontade do
indivíduo, e reina com o consentimento de todos. A tal poder ou faculdade nós chamamos
‘direito’, e alguns, ‘direito em sentido subjetivo’”. (SAVIGNY)
“Direito Subjetivo é a permissão, dada por meio de norma jurídica válida, para fazer ou
não fazer alguma coisa, para ter ou não ter algo, ou ainda a autorização para exigir, por
meio dos órgãos competentes do poder público, ou através dos processos legais, o
cumprimento da norma infringida ou a reparação do mal sofrido em caso de prejuízo
causado pela violação da norma.” (Goffredo Telles Jr.)
• Direito de casar;
• Direito de ter o domicilio inviolável;
• Direito de usar, gozar e dispor da propriedade;
• Direito do Estado de desapropriar imóveis;
• Direito do Estado de cobrar impostos;
• Direito de votar.
→Os sujeitos são titulares de poderes, obrigações, faculdades, estabelecendo entre eles
relações.
Direito Subjetivo (facultas agendi)
• É o Direito Objetivo que define os Direitos Subjetivos.
• Trata-se de permissões, dadas por meio de norma jurídicas; essas permissões podem
ser explícitas ou implícitas.
• Direito Subjetivo (facultas agendi)
• Tanto as permissões explícitas quanto as implícitas decorrem do princípio de
legalidade:
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
da lei. (art. 5º, II, CF/88)
I- Sujeito
É o titular de um direito. É a pessoa a quem pertence (ou cabe) o direito.
! Sujeito Ativo (Autor): A pessoa que pode exigir o direito.
! Sujeito Passivo (Réu): A pessoa obrigada a realizar a prestação.
SANÇÃO: consequência jurídica que atinge o sujeito passivo pelo não cumprimento da sua
prestação.
COAÇÃO: é a aplicação forcada da sanção.
COERÇÃO:
“Coerção é fenômeno psicossocial decorrente da antecipação, pelo indivíduo, dos
efeitos aflitivos da sanção.” (Machado Neto)
“É a coerção a força assecuratória da aplicação e da execução da sanção.” (Orlando
de Almeida Secco).
REFERÊNCIAS:
DE ALMEIDA SECCO, Orlando. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Lumen
Juris.
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação. São Paulo: Atlas.
MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do direito. São Paulo: RT.