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Aula 10/08

Direito Público
• O Estado é uma das partes.
"Relação de hierarquia (o Estado tem o monopólio da força, está acima em termos de poder
• Estado se sobrepõe, a relação entre as partes
não é livre
Para evitar que haja um
Portanto, a relação jurídica é regida pela lei (interpretada da forma mais restrita quanto ao Estado). E a
determinação da lei não pode ser afastadas, ainda que ambas as partes concordem(regras cogentes - podem ser
consideradas coativas)
* Respondem aos interesses da coletividade
• D. Tributário; Penal; Administrativo; Constitucional; Marítimo; Int. Público

Direito Privado *liberalismo jurídico


• D. Civil
• D. Empresarial
* D. Int. Privado
Dimensão de liberdade negativa - não interferência do Estado
Parâmetros:
Natureza das normas j. que regem a relação; hierárquica; interesses; natureza da partes

Há áreas em que a divisão público vs privado é turva. Ex: direito do trabalho

Aula 2
Qualidade do sujeito: relações de coordenada ou subordinada.
Regras de público ou regras de direito privado (as regras podem ser acordadas).
Direito do trabalho é um direito privado, exemplo de situação em que mesmo havendo normas cogentes pode
haver a classificação em direito privado.

Todos os critérios são norteadores imperfeitos.

Natureza dos interesses- normalmente nas relações de direito privado visam o indivíduo, o interesse particular
(apenas as partes da relação).

No direito público, normalmente há o interesse comum/público/geral/da coletividade.

Críticas feitas pelo Orlando Gomes:


O Direito por sua essência atende interesses da coletividade e não do indivíduo (slides).
Ascensão da burguesia, fim da idade média, anseio de regulação da propriedade privada, das relações. O
Iluminismo cria a ideia de sujeito, indivíduo.
DEMOCRACIA LIBERAL - Revolução Francesa
- liberalismo político e jurídico pressupõe a garantia de direitos individuais.
- proteção dos direitos individuais da autoridade do Estado

Civil (cidadao/cidada) vs Militar

-Conceito de Direito Civil

Possibilidade de escolha da pessoa física, a possibilidade de se estabelecer o quer no contrato está relacionada à
liberdade, vontade e autonomia da vontade.

Código Civil derivado da Revolução Francesa (Napoleão Bonaparte), em alemão, Código do Direito Burguês. Para
dar segurança e previsibilidade nas relações.
Texto complementar eh sobre isso.

Se a vontade é livre, é o acordo de vontades que determina como a relação contratual será dada. A lei e o molde
para o exercício da vontade.
Corrente anti-individualista: relativiza o contrato como algo que só diz respeito às partes.

Adquirir Código Civil com leis complementares.

Aula 3

Ministro do STF que eh do D. Civil - Fachin


Sobre o texto da aula:
Se considerarmos o Direito Civil um D.Privado, ele estaria afastado da Constituição - D. Público. É uma divisão
além do direito, entre a esfera público - privada (liberalismo político, Estado x indivíduo- Estado tem monopólio
do uso da força, e para que o indivíduo não seja esmagado pelo estado, os direitos fundamentais limitam o Estado
- definidos pela Constituição).

Atualmente, para o Direito Civil: a Constituição está em relações não só verticais, mas também horizontais
porque ela influencia na relação entre particulares.

Base dos códigos das revoluções burguesas e do nosso de 1916:


● Individualismo e voluntarismo (vontade como valor central, fonte primária de todas as obrigações)
● Patrimonialismo
● Sacralidade das instituições (família, propriedade e contrato)
● A grande dicotomia entre público e privado. O Código Civil era considerado a constituição do direito
privado.

A finalidade tanto das relações públicas quanto das privadas é a dignidade da pessoa humana.
● O Direito Constitucional nasce como uma crítica ao formalismo, ao individualismo e ao patrimonialismo
do direito privado.
● Valores existenciais tem supremacia frente a valores patrimoniais: Dignidade da Pessoa Humana
(art.1, III, CF).
● O artigo claramente inconstitucional sobre o defloramento vigorou porque o STF não declarou sua
inconstitucionalidade.
Sentidos da expressão civil-constitucional (sentidos da expressão) - no slide
● Const absorve temas de direito privado
● Interpretação do direito de particulares com base na constituição

Para a próxima aula: pesquisar sobre o caso Luth

Vertical: No contexto das revoluções burguesas, a relação entre o Código Civil e a Constituição era intermediada
pelo Legislador, a relação era indireta, bastava que o CC não conflitasse com a CF.
Horizontal: caso Luth
Texto da Celina:
Segunda formulação do imperativo categórico (Kant): Aja de tal forma (...) como um fim, nunca como um meio.
Ou seja, a pessoa (não usar a palavra homem!) eh um fim em si mesma.

Postulado dos direitos fundamentais (feito pela autora do texto).

A partir do segundo imperativo categórico -> operacionaliza-o juridicamente -> através da criação de postulados
(a partir da dignidade humana: direito, à igualdade, à integridade psicofísica, a liberdade e o direito/dever da
solidariedade social).

Igualdade: formal - todos são iguais perante a lei


material - a discriminacao positiva/ações afirmativas são para tratar os desiguais desigualmente e reparar
essa desigualdade (legal e legítimo, são constitucionais).
Direito ao reconhecimento: a igualdade descaracterizaria determinado grupo social (ex.: indígenas).

Direito à liberdade e direito/dever da solidariedade são contrapostos ou sopesados.

Direito/dever da solidariedade social, está na constituição, e o pilar da dph (dim da pessoa hm)

Solidariedade social:
-Pagamento de pensão alimentícia (primordial para a existência, alimentos e o mais importante para o direito
civil)
- Reconhecimento de paternidade
- Visitação dos filhos, etc

Recomendação de livro; “O contrato sexual” - Carole Pateman

Pessoa natural:

Próxima aula: trazer o código civil

Continuação aula 24/08


Personalidade (dimensão subjetiva e objetiva (nao precisa gravar-prof acha que a divisão pode confundir).
Características: nome, honra, fisionomia própria, etc.)
1- Como capacidade de ser titular de direito e de deveres (PJ e PF)
2. Direitos da personalidade (2 dimensão), só para humanos.

Aula 7- 05/09 - Direitos da personalidade


Direitos personalíssimos vs ?

Direitos possíveis?
a tem, em face de b, direito a a
a é portador/titular do direito e também o objeto e b é o destinatário
Exemplo de direito subjetivo sobre o dono da máquina roda conveniência:
Manifestação de vontade tácita (quero comprar, coloco o dinheiro na máquina), vontade tem amparo do direito.
Pode fazer valer o direito de obter a água caso a máquina engasgue
● Direito subjetivo é um poder da vontade, para a satisfação dos interesses humanos, em conformidade
com a norma jurídica.
● Direito objetivo é a norma jurídica que confere o direito. Direito subjetivo é a possibilidade de fazer
valer a vontade do destinatário do direito subjetivo. Também conhecido como poder de sujeição

Texto do Tepedino - teorías negativistas o positivistas vs Tepedino/P.

Erga omnes - contra todos


Direitos de personalidade são absolutos (extra omnes), extrapatrimoniais (nao sao passiveis de fixação
econômica), intransmissíveis (se extingue com a morte do titular), irrenunciáveis (indisponíveis, irrenunciáveis,
inalienáveis), imprescritíveis (podem ser exercidos a qualquer período de tempo), impenhoráveis, vitalícios e
necessários (todos têm, não há critérios para possuí-los).

● Teorias tipificadoras: identificação pontual dos direitos a serem protegidos


-Fonte na perspectiva pluralista (origem na lei posta, individualmente). No nosso caso, Código Civil
● Teorias não-tipificadoras: tutela por uma cláusula geral
- Fonte na perspectiva monista (aqui pode se ter mais direitos, porque a cláusula geral cuja ideia é
proteger a dignidade humana (proteção da pessoa humana como valor essencial) /direitos da
personalidade em todas as situações em que ela reclamar proteção).

Ligia lembra que se escreve exceção e “rol”

Implicações do debate
● Problema externo: divergência quanto à necessidade de proteção a direitos específicos
● Problema ? ver no slide

No Brasil: Tipificação de direitos da personalidade no CC + leitura civil-constitucional + não-taxatividade


expressa na CF.

Personalidade
•Capacidade genérica para ser titular de direitos e deveres/obrigações (PFs e PJs)
•Valor ético decorrente da dignidade humana

•“Sob a denominação de direitos da personalidade, compreendem-se os direitos personalíssimos e os direitos


essenciais ao desenvolvimento da pessoa humana (...). Destinam-se a resguardar a eminente dignidade da
pessoa humana, preservando-a dos atentados que pode sofrer por parte dos outros indivíduos” (Orlando Gomes),
p. 130.
•direito subjetivo é um poder da vontade, para a satisfação dos interesses humanos, em conformidade com a
norma jurídica.
Duas perspectivas
•Teorias negativistas (séc. XIX): essa proteção não é logicamente possível, pois a personalidade se refere à
possibilidade de ser titular de direitos (circularidade). Além disso, os direitos subjetivos se aplicariam a relações
patrimoniais. No limite, direito a tudo!
•Teorias positivistas: é possível proteger civilmente bens da personalidade. Objeto das Relações jurídicas:
atributos essenciais da personalidade.
•Perlingieri/Tepedino - 3a posição - é possível proteger direitos da personalidade; no entanto, não a partir da
estrutura dos direitos subjetivos - direitos existenciais (categoria do “ser”).
Uma releitura do direito subjetivo

•“A esta matéria [direitos da personalidade] não se pode aplicar o direito subjetivo elaborado sobre a categoria
do ‘ter’. Na categoria do ‘ser’ não há dualidade entre sujeito e objeto, porque ambos representam o ser, e a
titularidade é institucional, orgânica.”
(Pietro Perlingieri. Perfis do Direito Civil, p. 155)
•Os direitos de personalidade são absolutos, extrapatrimoniais, intransmissíveis, irrenunciáveis, imprescritíveis,
impenhoráveis, vitalícios e necessários, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
•GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil, 21ª edição. Forense, 04/2016. VitalBook file.

Afinal, como esses direitos estão protegidos?


Um novo debate
•Teorias tipificadoras: identificação pontual dos direitos a serem protegidos
–Fonte na perspectiva pluralista
•Teorias não-tipificadoras: tutela por uma cláusula geral
–Fonte na perspectiva monista

Visão pluralista

•“Ao tratar dos direitos da personalidade, cabe ressaltar que não constitui esta ‘um direito’, de sorte que seria
um erro dizer-se que a pessoa tem direito à personalidade. Dela, porém, irradiam-se direitos (...)”.
(Caio Mário da Silva Pereira. Instituições de Direito Civil, 26ª. ed.,v. 1, p. 203)

•Problema externo: divergência quanto à necessidade de proteção a direitos específicos


•Problema interno: convergência sobre a tutela, que se daria por direitos subjetivos
–Insuficiência da categoria: podem ser relativizados, sujeitos a prescrição, proteção pelo regime de
responsabilidade civil, renunciáveis...

No Brasil: Tipificação de direitos da personalidade no CC + leitura civil-constitucional (que garante uma cláusula
geral da personalidade: art. 1º, III, CF) + Não taxatividade (art. 5º, § 2º, CF)
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Características dos direitos da personalidade


•Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

•Doutrina: também são direitos gerais/inatos, extrapatrimoniais (ainda que possam produzir efeitos
patrimoniais), absolutos (oponíveis contra todos), indisponíveis, impenhoráveis e imprescritíveis
Indisponíveis?
•Enunciado 4 do CEJ da CJF: “o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde
que não seja permanente nem geral.”
•Enunciado 4 do CEJ da CJF: “o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde
que não seja permanente nem geral.”

A lei pode tudo? A leitura estrita é constitucional?


Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

Tutela integral

•Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça [antes], ou a lesão [durante], a direito da personalidade, e reclamar
perdas e danos [depois], sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
•Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

19/09
Trabalho de Civil: temas do direito à personalidade que não vimos em aula (exemplo: direito à imagem, direito à
privacidade…) a partir de um caso que será enviado terça ou quarta. Junto do enunciado, será anexado um doc
com regras formais. Evitar citar ipsis litteris (final da frase, inserir -> nota de rodapé para referenciar). Para
citação direta: colocar aspas e referenciar.
Imprimir a LRP para a prova

21/09
O que são PJs?
Precisa de quadro constitutivo, formal, para existir
Se pj não cumprir suas funções, há a descaracterização da personalidade jurídica.

17/10
Desconsideração da personalidade jurídica

“Art. 50
- Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no
processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos
aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente
pelo abuso.
§ 1º - Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito
de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza.
§ 2º - Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios,
caracterizada por:
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa;
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente
insignificante; e
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
§ 3º - O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou
de administradores à pessoa jurídica.
§ 4º - A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não
autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.
§ 5º - Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade
econômica específica da pessoa jurídica.”

Teoria Maior e Menor


Teoria menor (código do consumidor): o risco empresarial não pode ser transferido para o consumidor

Modalidades da DPJ:
- Direta (art.50, caput) -> pessoa natural pagando por dívida de pessoa jurídica
- Indireta (art.50, &3) -> pessoa jurídica pagando por dívida de pessoa natural (muito comum em direito
de família, no caso de fraude transferindo bens para pj antes da separação conjugal, para fins de
cálculo da pensão alimentícia também)

Grupo de casos trazidos pelo autor:


1- Despersonalização por subcapitalização: a PJ é criada com capital social claramente inferior ao condizente
com a atividade. Eh uma possibilidade de desvio de finalidade. Credores voluntários (possuem condições de
compreender os riscos, ex: bancos) x involuntários (não possuem essas condições, ex: funcionários,
consumidores).

2- Confusão patrimonial

3- Dissolução irregular: quando foi formalmente dissolvida. O abuso vai estar configurado se houver o “desvio” de
um patrimônio em prejuízo dos credores.

4- Por insuficiência patrimonial: é o que separa o artigo 28 do artigo 50.

Caso da filmadora (REsp 63981): slides


Sujeito comprou uma filmadora nos Eua, deu problema no Brasil e entrou com ação contra Panasonic Brasil:
Ilegitimidade ad causam (Código PROCESSUAL Civil/1973 - art.267, VI) - legitimidade das partes (as partes
são sujeitos de direitos e deveres). O juiz de primeira instância, ao invés do que ele disse, estava sim avaliando
mérito.
Argumentos contrários ao deferimento: autonomia da personalidade jurídica (pj distinta da americana), não há
ligação de responsabilidade subsidiária, não há solidariedade (artigos no slide), extraterritorialidade do fato,
argumento tributário (não paga imposto do Brasil, não deveria recorrer à justiça brasileira), CDC: Panasonic
Br teria de ser a veiculadora da filmadora.
Argumentos favoráveis ao deferimento: indissociabilidade da marca da ré da marca mundial “Panasonic”,
publicidade é a mesma em vários países, bônus e ônus dos mercados mundiais, desnecessidade da dissolução da
personalidade jurídica (slides), eh um custo próprio desse tipo de empresa internacional que deve ser suportado.

19/10
Eficácia jurídica se relaciona com o plano das consequências jurídicas de alguns fatos desse plano (cuja
relevância é determinada pelos códigos, por exemplo).

Eficácia construtiva: forma-se uma situação jurídica antes inexistente (exemplo - nascimento de alguém com
vida [fato] => personalidade civil, art 2 do CC [consequência jurídica]; contrato de compra e venda => início da
relação jurídica).
Relação jurídica: um sujeito passa a ter direitos e deveres em relação ao outro

Eficácia transmissiva: uma situação já existente transita da esfera de uma pessoa para a de outra (mudança de
titularidade)
Exemplo: registro do título translativo no registro de imóveis => transmissão entre vivos do direito de
propriedade (art.1.245)

Eficácia extintiva: desaparecimento, da ordem jurídica, de uma situação antes existente. Exemplo: registro de
morte => extinção da personalidade jurídica (mas é um fato gerador e modificativo de outras coisas); resilição
contratual (art.472-473).

Eficácia modificativa: uma situação centrada numa determinada pessoa, aí se conserva, mas com mudança da
situação jurídica (pegar definição certinha no slide). Exemplos: proprietário que hipoteque um terreno
(art.1.473 e ss.) - constitui o direito de hipoteca a favor do credor hipotecário e modifica a situação de
propriedade, a qual passa a estar onerada pela garantia.

Agora, passa-se à análise de como o plano se manifesta: às situações jurídicas.


Modalidades:
Situação ativa (positiva): direito, crédito (vistos socialmente como vantagem)
ou
Situação passiva (negativa): deveres, obrigação (vistos socialmente como desvantagem)

Situação simples (verificar os slides)


- Elemento analitico minimo
- Não pode ser subdividido sem que perca o sentido
-
+
Situação absoluta: existe por si, sem dependência de uma outra situação, de sinal contrário; não dá lugar a uma
relação jurídica. Exemplo: direito de propriedade (os outros têm simplesmente o dever de não fazer): esgota-se
numa pessoa e na coisa, sem necessidade de figurar situações simétricas.
ou
Situação relativa: consubstancia-se na medida em que, frente a ela, se equaciona uma outra, de ter inverso;
relaciona duas pessoas, dá lugar a uma relação jurídica. Exemplo: contrato de compra e venda (+no slide)
+
Situação patrimonial: conteúdo econômico, pode ser avaliada em dinheiro, ex: direito a propriedade
ou
Situação não-patrimonial ou pessoal: não tem conteúdo econômico; não gera, a princípio, uma equivalência
monetária. Ex: direitos da personalidade

** Constituição da sociedade pode ser verbal (art.107, CC - só é preciso o contrato no papel se a lei
especificamente o exigir)

Aula zoom

25/10 - Aula 18

Fato jurídico =/= exercício de liberdade (todo ato pode ser ilícito ou proibido)
- nem tudo eh fato jurídico
Exemplo do fato jurídico é associado a um efeito jurídico. Ex: nascimento de uma pessoa -> criação de nova
personalidade jurídica

Fato jurídico - 2 subdivisões: em sentido estrito ou ato jurídico


\
Ato jurídico, que também se subdivide em 2: em sentido estrito ou negócio jurídico

Em sentido estrito: São considerados como eventos naturais; a vontade humana pode até estar presente, mas,
enquanto tal, é irrelevante. Exemplo: mudança de casa e consequentemente de endereço de domicílio; aceitar uma
proposta (não tem liberdade para alterar o conteúdo), quando não há como alterar; deveres da boa-fé começam
a incidir antes do contrato ser celebrado (negociação).

Negócio jurídico: – Liberdade de celebração – Liberdade de estipulação. Exemplo:

Trata-se de (in)existência de liberdade do ponto de vista jurídico e não fático. • Ex.: contratos de adesão – O
aderente apenas adere ou não às cláusulas e termos delineados pela outra parte
– Pode-se dizer que o aderente não tem liberdade de estipulação, mas apenas do ponto de vista fático
– Ainda assim é contrato, é NJ
Liberdade de estipulação (não é ilimitada). Exemplo: abrir conta em banco, fazer um testamento.

Casamento é uma figura híbrida porque há liberdade na parte patrimonial mas não há nos efeitos da pessoa,
por exemplo, obrigação de fidelidade mútua.

Se vontade humana não é relevante, fato jurídico em sentido estrito. Se a vontade humana é relevante: ato
jurídico. Se for só na celebração, sentido estrito. Se for para estipulação também,negócio jurídico

31/10 Aula 19

Análise de validade - agente, objeto e forma


“Art. 104 (formulação positiva):
A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.”

“Art. 166 (formulação negativa). É nulo o negócio jurídico quando:


I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.”

É preferível a formulação pela negativa porque o sistema se pauta pela liberdade contratual (o que vale eh o que
as partes acordam) e a nulidade seria a exceção. No entanto, ambos coexistem sem grande divergência.
Tartuce: a noção de ilicitude do objeto compreende a legalidade, a moralidade do conteúdo e os bons costumes
(Tartuce)
Caso 1 - Prostituta cobrando o dinheiro, roubou um cordão do cliente. Roubo ou exercício irregular das próprias
razões? Decidido pelo segundo, porque o serviço dele (objeto) não é ilícito mesmo que a prática não seja amparada
em sua totalidade. Forma sistemática de interpretação - quando duas normas podem ser interpretadas juntas,
essa interpretação é justa. Coerência do sistema.

Caso 2: projeto para criação de vagas de garagem - é possível quebrar um contrato nulo? Do contrato nulo não
se extraem efeitos do negócio jurídico.

Aquilo que nao eh possivel nao eh devido


Modalidades de impossibilidade:
- Física ou jurídica (podem ser os 2 ao mesmo tempo).
- Objetiva (ninguém consegue) ou subjetiva (impossível para aquele devedor do serviço)
- Temporária ou definitiva (não faz sentido para o credor esperar tanto tempo, leva a nulidade do nj) -
em relação ao tempo e continuidade do interesse do credor.
- Inicial (art.104, já existia no momento da celebração) ou superveniente (não implica em nulidade do nj)
- Impossibilidade efetiva (independente da vontade) ou meramente econômica (não implica em nulidade
dos deveres)
- Impossibilidade moral (ao contrário da efetiva, a rigor, nao eh impossibilidade para o direito)
- Absoluta e relativa (art.106)

Doutrina majoritária: objetiva e absoluta são sinonimos, assim como subjetiva e relativa, e o art.106 trata
disso
Doutrina minoritária e mais recente: analisando o histórico do dispositivo, nos debates da elaboração do artigo,
pretendia-se tratar de algo irreversível e reversível (agora eh impossivel, mas daqui a um tempo -indeterminado-
será possível e as partes acordam com base nisso).

Solução do caso 2: impossibilidade física, objetiva, etc

Caso 3 - da cartomante espiritual (ação parecida com a da mãe morgana no tjsp)

Se o negócio é nulo, a troca patrimonial não possui eficácia jurídica (pode ser devolvido, de acordo com o art.
884).

Nota: monitores de civil apresentam no final da aula

07/10

Defeitos do negócio jurídico


Introdução
• NJ como expressão da autonomia privada
• Vícios que maculam o NJ
• Categoria híbrida:
– Vícios que maculam a vontade do declarante
– Vícios

Vícios da vontade
• Maculam a vontade em si: vício na formação da
vontade
– Falta de vontade
– Falta de liberdade
– Liberdade que, por assentar em elementos inexatos, não seja verdadeiramente autônoma
• Maculam a declaração: divergência entre a vontade e a declaração
– Intencional
– Não-intencional

Quadro de vícios da vontade


* Ausência de vontade:
– Reserva mental
– Coação física
* Vontade deficiente:
– Por falta de liberdade
*Coação moral;
*Estado de perigo;
*Lesão:
– Por falta de conhecimentos
*Erro-vício;
*Dolo;

Quadro de vícios da declaração


• Intencionais:
– Simulação
– Reserva mental
• Não intencionais:
– Erro-obstáculo
– Erro de cálculo ou de escrita
– Erro na transmissão

Princípios
• Autonomia privada
– Vontade juridicamente relevante corresponda à
vontade real, livre e esclarecida
• Tutela da confiança
– Proteção da pessoa que confiou na declaração de outrem
• Contraposição e complementação dos princípios

● Ausência de vontade

Modalidades
• Reserva mental
• Coação física

-Reserva mental (art. 110)


• Pressupostos
– O declaratário quer uma coisa e diz outra
– Não por engano
– Intuito de enganar o declaratário: faz para fazer
crer, ao declaratário, que a sua vontade era diversa (a declarada e não a real) - o que vale eh a declarada
Direito comparado
• Em Portugal,
ARTIGO 244º (Reserva mental)
1. Há reserva mental, sempre que é emitida uma
declaração contrária à vontade real com o
intuito de enganar o declaratário.
Efeitos
• A manifestação de vontade subsiste
• Salvo se o destinatário tinha conhecimento da reserva mental.
– Nesse caso: não subsiste a manifestação de
vontade
– O que significa? Regime da nulidade?
• Expressão de superação do dogma da vontade
• Prevalece a tutela da confiança

● Vontade deficiente por falta de liberdade


Erro ou ignorância
• Erro (na formação) da vontade (erro vício)
– O erro implica uma avaliação falsa da realidade:
• Por carência de elementos
• Por má apreciação destes
Exemplo: comprar um quadro por acreditar que eh de um grande artista
• Erro na declaração: na exteriorização ou
comunicação da vontade
• Não se distingue o erro da ignorância

Erro substancial ou Cognoscível


Substancial: art.139 - quando interessa à natureza do negócio
Ex: declarante pensou que era doação, mas era compra e venda
- quando interessa ao objeto principal da declaração
Ex: compra de um quadro como sendo de um artista famoso; vem a apurar-se não ser do artista.
Abrange o conteúdo: contrato de trespasse de um salão de beleza
- estando o trespassante (erradamente) convicto de que podia viver no local
- acabou despejado; pediu anulação por erro

Erro quanto ao objeto


A alguma das qualidades essenciais ao objeto (preço, p.ex.)
– Ex. compra de um prédio que, vem a apurar-se, tem uma área inferior à figurada pela parte
– Abrange qualidades jurídicas: aquisição de quotas de uma sociedade dona de uma creche sobre a qual já havia
ordem de encerramento

Erro quanto à pessoa


• Identidade do declaratário
• Qualidade essencial do declaratário
• Ex. alguém que contrate um oftalmologista para tratar dos dentes, comete erro seja quanto à identidade, seja
quanto às suas qualidades
Casamento é o campo mais fértil
• Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houver por parte de um dos nubentes, ao
consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Jurisprudência
a) Cônjuge portador de personalidade psicopática (TJSP)
b) Identidade psíquica, moral e social do cônjuge que torna insuportável a vida em comum (TJSP)
c) Defeito físico ou psíquico irreparável, que provoca a impotência (TJMG)
d) Vasectomia do cônjuge varão desconhecida pela mulher (TJSP)
e) Cônjuge envolvido em processos criminais (TJSP)
f) Marido que abandona a mulher logo após a celebração do casamento
g) Gravidez da mulher desconhecida do marido
h) Marido que usou nome falso no casamento
i) Cônjuge viciado em drogas
j) Recusa da mulher ao debitum conjugale
k) Marido amasiado com outra mulher
l) Caráter sádico do marido
m) O fato de a mulher ser mãe solteira, ocultado do marido

Erro de direito
Erro da vontade que advém da falsa representação de regras jurídicas
• Falso conflito com o art. 3.º da LINDB
– Anulação por erro tem a ver com a má conformação da vontade
– O erro não dispensa ninguém de observar a lei
• Exemplos:
– Compra de um terreno por se pensar que é sempre permitido construir (erro sobre objeto)
– Contratação de despachante por se julgar que despachantes podem advogar (erro sobre a pessoa)
– O locatário celebrou nova locação mais onerosa, pois pensava ter perdido prazo da ação renovatória (erro
sobre motivo).
> Perceptível por pessoa diligente: o declaratário poderia ter percebido.
Art.138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial
que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
O professor não concorda com o critério de escusabilidade do erro, mas é relevante na doutrina e na
jurisprudência.
Enunciado na. 12: “Na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo
adota o princípio da confiança.”

Erro sobre os motivos


As pessoas podem formular declarações pelos motivos mais variados
• Mesmo que o destinatário o conheça
• Ex.: comprou esse apartamento, porque a rua é tranquila (mas na realidade não é)
• Irrelevante, salvo se expresso como razão determinante (art. 140)
Caso do Daniel comprando carrinho de bebe do Fernando: o negócio não é anulável mesmo que o motivo (precisar
do carrinho) não exista mais.

DOLO
Pressupostos
- O declarante esteja em erro
- O erro tenha sido causado ou dissimulação pelo declaratário ou terceiro
- O declaratário ou terceiro haja recorrido a qualquer artifício, sugestão ou embuste
- O erro seja determinante do negócio (dolo principal)

Cognoscível:
Ocorre quando o vício de vontade é suscetível de ser detectado pelo destinatário da declaração; quando o receptor
da mensagem sabia ou devia saber do erro. Não se aplica ao contratante, mas ao contratado, o receptor

9/11
The german “Gutachtenstil” - the german way of applying the law

Part I: Structure of Reaching a conclusion


1- What are the four steps to reach a conclusion under de gunters.?
1. introduction: determination of yes or no question that you are trying to solve
Ex: is an apple a fruit? could be
2. Definition: of the abstract requirements that are needed to be satisfied
3. subsunção
4. conclusion

Private law as a system of rules


Rules are if-then constructions: if…then…

Model solution

david@wellstein.de

23/11
art.151 e 153
Requisitos da coação:
1. Ameaça ilícita
2. Com o fim de obter declaração negocial
3. Incuta (causa) fundado temor
4. De dano iminente e considerável
5. A sua pessoa, sua família ou aos seus bens
6. O temor cause/gere a declaração negocial

Para analisar um caso, é preciso passar por todos os itens.

25/11

Prova: para resolver casos, se houver 3 requisitos, colocar em 3 parágrafos diferentes


Reserva mental - art.110 - dissonância entre vontade e declaração
Simulação - 2 pessoas, conjuntamente, acordam que vão declarar de modo diferente de sua vontade.
Caso gerador 2 - nao e simulação, porque o que é feito/declarado é convergente como que eh querido/da vontade,
eh apenas uma tentativa de burlar a lei., art.166,VI

03/04
Obrigação de dar coisa incerta
Caso dos cachorros
Viviane vai vender um filhote para Conrado, o qual conhece todos. Quem deve escolher o filhote?
Base creditícia - só posso usar “tem um crédito contra fulano” se alguém exigir que alguém faça algo.

Objeto da prestação
- Objeto com o qual a prestação do devedor se relaciona, o qual ele deve providenciar para o credor
Exemplos:
- A propriedade ou um outro direito, posse ou uso e poder de disposição
- Uma coisa ou um modelo de coisas
- Uma soma de dinheiro
- Um trabalho intelectual

Coisas como objeto de prestação


- Entre os objetos da prestação, as coisas ocupam o primeiro lugar
- Coisas são bens corpóreos
- Exemplo: bens moveis (moveis, animais, automóveis) e bens imóveis (terrenos, casa, apto)
- Nao sao coisas: direitos, atividades e todos bens imateriais
Ex. de coisas como objeto da prestação
- Contrato de compra e venda (art.481), contrato de locação, o art. 481, o art. 565, o art.627, o art.
579., o art. 586

Coisas e determinação do objeto


• Como objeto da prestação, a coisa pode inicialmente ser determinada:
a) Individualmente - ex. esse exemplar específico de um livro, esse carro usado, esse terreno
b) Pelo gênero e pela quantidade (art.243) - ex. um exemplar
desse tipo de livro, um carro novo dessa marca, 10 ovos dessa variedade, meio quilo de café de determinada
qualidade
• Em a), há obrigação de dar coisa certa - o objeto da prestação é inteiramente determinado
• Em b), há obrigação de dar coisa incerta - o objeto é relativamente indeterminado

b) Genero eh o termo adequado? Sim. A seguir, a posicao derrotada:


Tese: o termo gênero é amplo demais e, em alguns casos, inadequado para determinar uma obrigação.
Ex.: cereal (gênero) e feijao (especie)
- Obrigação de entregar uma saca de cereal - indeterminável e, portanto, nula
- Obr. de entregar uma saca de feijão - determinável e, portanto, válida
-
Conceito jurídico de "gênero"

1 elementos essencial
• As partes devem ter em vista um complexo de coisas do mesmo tipo
É preciso que, na mente das partes (critério subjetivo), ao menos duas coisas tenham uma característica ou
conexão comum que permita reuni-las sob um mesmo conjunto de coisa
Liame pode decorrer de características
Internas da coisa: arroz de um determinado tipo
Externas à coisa: origem, local de producão nacionalidade
2 elementos essencial

As coisas têm de ser intercambiáveis entre si


O devedor tem de ter a possibilidade de cumprir com mais de uma coisa pertencente ao complexo de coisas do
gênero
Se cada coisa for única, a obr. é de dar coisa certa ou alternativa

Quantidade objetivamente determinável


• "Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
• A previsão de quantidade é mesmo indispensável?
• Note que, em outros países (p.ex. Alemanha) não há exigência expressa de quantidade
• V. § 243, BGB: "(1) Uma pessoa que deve algo definido apenas pelo gênero deve fornecer algo de tipo e qualidade
médios.

São admissíveis as estipulações...


• De entrega da "quantidade necessária para"...
• Do carvão necessário para o funcionamento de uma determinada fábrica
• Do feno para o sustento de X cavalos
• Do pão necessário para o consumo de X pessoas
• Ou mesmo uso de expressões como "mais ou menos" ou "cerca de" (ex. "mais ou menos" 30 mil sacas)

Consequência jurídica da indeterminação

Elementos essenciais do contrato: no caso da compra e venda, o preço pode ser entendido através das práticas
anteriores das partes, ainda que no caso não tenha sido expresso.

Indeterminação
• O gênero não é suficientemente delimitado
• Ex. a venda de um animal, de um cereal, de um vegetal
• O gênero é apontado, mas a quantidade não foi
especificada
• Em caso de controvérsia, deve-se interpretar as declarações de vontade tendo em vista
• A boa-fé
• Os usos do tráfico
As circunstâncias da conclusão do negócio
• Eventuais relações anteriores entre as partes

Posições
• Inexistência do negócio jurídico (Pontes de
Miranda)
• Nulidade do negócio jurídico: posição adotada
• A indeterminação do objeto leva à nulidade (art. 104 Il e
166 II)
• A indeterminação do objeto configura uma condição (puramente) potestativa, a qual é sancionada por meio de
nulidade (arts. 122 e 489)

Posições
• Inexistência do negócio jurídico (Pontes de
Miranda)
• Nulidade do negócio jurídico: posição adotada
• A indeterminação do objeto leva à nulidade (art. 104 Il e
166 II)
• A indeterminação do objeto configura uma condição (puramente) potestativa, a qual é sancionada por meio de
nulidade (arts. 122 e 489)

Escolha
Prin. Favor Debitoris (tratamento favoravel ao devedor)
Caso as partes não determinem, quem deve escolher é o devedor.

Termo médio?
• V. art. 244, 2ª parte
• O devedor ou o credor terá de escolher coisa correspondente à qualidade média do gênero?
• Qual é o fundamento dessa posição? Ver slides
- Interpretação sistemática (Medina)
• "A chave encontra-se na interpretação sistemática dos valores"
• A ser negado o critério do termo-médio, haveria uma contradição de valores de normas de mesma hierarquia no
sistema interno do CC
- O art. 244 autoriza qualquer coisa diversa da pior
- O art. 1.929 imporia ao legatário de coisa incerta
escolher o meio-termo
• Solução: interpretação restritiva do art. 244, 2ª parte

Diferença entre obrigação de dar coisa incerta (aqui vale o termo médio) e obrigação alternativa: no caso da
alternativa, as partes já conhecem as opções (cachorro 1, cachorro 2). Por isso, qualquer um dos filhotes podem
ser escolhidos (estavam individualizados).

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