NOTA DE ESCLARECIMENTO

A ASSOCIAÇÃO SAÚDE EM MOVIMENTO, pessoa jurídica de direito

privado sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ/MF nº 27.324.279/0001-15, com sede na
Rua Thomaz Gonzaga, nº 64, Pernambués, Salvador – Bahia, CEP: 41.100-000, vem,
através da sua superintendente assistencial, em atenção ao tema suscitado, prestar os
seguintes esclarecimentos.
Em que pese a alegação do Ministério Público de Contas do Distrito Federal
- Segunda Procuradoria o termo final da vigência do contrato de nº 104/2020, firmado
entre esta Instituição e a SES-DF, é o dia 30 de junho de 2021, logo, não há que se falar
em conclusão do contrato por cumprimento integral do objeto.
Ademais, a prorrogação do supracitado contrato, diferentemente do quanto
posto pelo Parquet de Contas não representa afronta à Legalidade, ao contrário, a não
renovação do contrato e extinção de 50% dos leitos públicos de UTI no Distrito Federal
e Territórios representa uma afronta ao direito basilar de toda a sociedade: à saúde e à
vida.
É importante esclarecer que, no bojo dos autos do processo administrativo de
nº 00060-00249077/2020-14, o Secretário de Saúde do Distrito Federal e Territórios, Dr.
Osnei Okumoto, bem como a Procuradoria Jurídica da referendada Secretaria, órgão este
a quem compete informar sobre a possibilidade jurídica do contrato, deixaram claro que
a renovação do contrato, nos termos da jurisprudência exarada pelo Tribunal de Contas
da União, é possível e necessária diante do aumento de casos e possibilidade concreta da
chegada da terceira onda de contágio. Ainda nos documentos, tanto o Secretário de Saúde
quanto a Procuradoria afirmaram que a fila de pessoas que necessitam leitos de UTI para
o tratamento da COVID é crescente e que, mesmo com a inauguração dos leitos de suporte
ventilatório, os leitos de UTI geridos pela Associação Saúde em Movimento são
indispensáveis para o enfrentamento da crise sanitária enfrentada no Distrito Federal.
Por derradeiro, é importante asseverar que o contrato de nº 104/2020 firmado
entre a SES-DF e a Associação Saúde em Movimento tem por objeto leitos
disponibilizados e que, ainda no caso de leito disponibilizado e não ocupado, o que foi
raridade ao longo da execução do objeto contratual, há um dispêndio em dinheiro para

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custear os profissionais e manutenção dos aparelhos. Logo, ter disponibilizado um leito
de UTI gera um custo de recursos humanos e diversos outros insumos.
Sobre a recomendação de nº 08 exarada pela Força Tarefa do Ministério
Público do Distrito Federal, o Parquet informou que, havendo necessidade, era possível
a celebração de aditivo ou novo contrato entre a Associação Saúde em Movimento e a
SES-DF, uma vez que os leitos de UTI geridos por esta Instituição, como já dito acima,
é indispensável para o combate e enfrentamento do COVID-19.
É de extrema valia pontuar, ainda, que a Central de Regulação da SES-DF,
mesmo possuindo conhecimento a respeito da existência de leitos públicos mais baratos
de UTI COVID, tem enviado pacientes para leitos particulares mais caros. A título de
exemplo, os leitos de UTI COVID geridos por essa Instituição custa R$ 3.150,71, já os
leitos particulares de UTI para onde os pacientes têm sido encaminhados custa, em média,
R$ 6.000,00, ou seja, praticamente o dobro do valor.
Sem mais para a oportunidade, nos colocamos à disposição para sanar
eventuais dúvidas e/ou prestar esclarecimentos.

Brasília – Distrito Federal, 21 de maio de 2021.

ANA PAULA PEREIRA MARQUES SILVA

SUPERINTENDENTE ASSISTENCIAL
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