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COELHO & MARCHI

ADVOGADOS ASSOCIADOS 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA CIRCUNSCRIÇÃO DO

ESTADO DO CEARÁ:

AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA


IMPETRANTE: DURVAL ÍCARO MARTINS MENDONÇA
IMPETRADOS: UNIÃO FEDERAL E MINISTÉRIO DA
SAÚDE, SECRETARIO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
PINDORETAMA/CE E A COORDENADORA DA ATENÇÃO
BÁSICA DO MUNICÍPIO DE PINDORETAMA/CE

DURVAL ÍCARO MARTINS MENDONÇA, brasileiro, casado,

médico – CRM/CE 018768, inscrito no CPF/MF sob o nº 036.055.383-47, residente e domiciliado à

Rua João Araripe, nº 120 – Parreão - Fortaleza/CE vem, por seus advogados in fine (consoante

incluso instrumento procuratório), ajuizar a presente AÇÃO DE MANDADO DE

SEGURANÇA C/C PEDIDO DE LIMINAR, com vistas a obstar ato ilegal praticado pelo

SECRETARIO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PINDORETAMA/CE e a

COORDENADORA DA ATENÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE PINDORETAMA/CE,

pessoas estas vinculadas ao MINISTÉRIO DA SAÚDE E À UNIÃO FEDERAL, que

se encontram impedindo a posse do Impetrante no cargo de Médico, mesmo tendo sido

selecionado/alocado pelo “Edital/SGTES/MS Nº 2, de 08 de janeiro de 2016 – Segundas

Chamada, com 1ª colocação na classificação dentre as vagas que constam do edital”, e o faz

pelas razões fáticas e legais adiante expendidas:

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I – DISTRIBUIÇÃO URGÊNTÍSSIMA.

01. Ab initio, pede o Impetrante, distribuição de urgência do presente

mandado de segurança, em decorrência do fato de que em conformidade com o Art. 2º da

PORTARIA Nº 69, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2016, tem apenas o prazo de 08/03/2016 a

11/03/2016, para manifestar interesse, através do SGP, para proceder à escolha do Município de

seu interesse, que in casu é PINDORETAMA/CE.

02. Dentro dessa premissa, em estando patente o periculum in mora,

solicita a distribuição de urgência do presente mandado de segurança.

II – DA AUTORIDADE COATORA

03. Com efeito, a escolha das Autoridades tidas como coatoras no feito

entelado, se prende ao fato, de se encontrarem exercendo funções de saúde pública vinculadas ao

Sistema Único de Saúde, na moldura do programa mais médico.

04. Sem embargo, respalda referido entendimento, o que determina a

Jurisprudência Correlata o § 1º do Art. 1º da Nova Lei do Mandado de Segurança - LEI Nº 12.016,

DE 7 DE AGOSTO DE 2009: “Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os

representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas,

bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições

do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições”.

05. Nesse sentido, trafega o seguinte precedente pretoriano:

“Legitimidade passiva do secretário de saúde enquanto autoridade na direção do SUS, no

âmbito municipal, sendo irrelevante a descentralização interna com criação de ente autônomo

para a execução dos serviços de saúde. Jurisprudência do STJ e desta corte” (TJ-RJ; Rec.

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0073256-48.2012.8.19.0002; Vigésima Câmara Cível; Rel. Des. Mauro Pereira Martins; Julg.

17/09/2014; DORJ 29/09/2014).

III – DO CABIMENTO DO PRESENTE MANDAMUS.

06. Como e cediço, o objeto do Mandado de Segurança será sempre a

correção de ato ou omissão de autoridade, desde que, ilegal e ofensivo de direito individual ou

coletivo, líquido e certo, do impetrante. E como leciona CELSO AGRÍCOLA BARBI, “A

determinação do objeto do mandado de segurança deve partir de um duplo ponto de vista: de

um lado, coloca-se o direito ameaçado ou lesado, e do outro o ato ameaçador ou lesivo” (In, Do

Mandado de Segurança. 8ª Ed., Forense, p. 91).

07. E tanto tal fato é manifesto que dispõe o Artigo 5º, inciso LXIX da

Constituição Federal/88: "conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e

certo, não amparado por "habeas corpus" ou "habeas data", quando o responsável pela

ilegalidade ou abuso do poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício

de atribuições do Poder Público;".

08. Com efeito, como restará demonstrado à saciedade, inequívoco o

direito do Impetrante em ajuizar o presente writ.

09. Senão vejamos. O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de

Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS), considerando as ações de

aperfeiçoamento na área de Atenção Básica em Saúde em regiões prioritárias para o Sistema

Único de Saúde – SUS, no âmbito do programa mais médicos para o Brasil, instruído pela Lei nº

12.871, de 22 de outubro de 2013 e regulamentado pela Portaria Interministerial nº

1.369/MS/MEC, de 08 de julho de 2013, tornou pública a realização de chamamento público de

médicos formados em instituições de educação superior brasileira ou com diplomas revalidados

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no Brasil aos Programas de Provisão de Médicos do Ministério da Saúde, conforme estabelecido

no edital nº 2, de 08 de janeiro de 2016 em anexo.

10. Esse edital tem por objetivo realizar o chamamento de médicos

para a adesão aos Programas de Provisão de Médicos do Ministério da Saúde

referentes ao Projeto Mais Médicos para o Brasil e ao Programa de Valorização do

Profissional de Atenção Básica (PROVAB). Tudo, com a finalidade de aperfeiçoar

médicos na atenção básica em saúde em regiões prioritárias para o SUS, mediante a oferta de

curso de especialização por instituição pública de educação superior e atividades de ensino,

pesquisa e extensão, que terá componente assistencial mediante integração ensino-serviço.

11. As inscrições para a Adesão ao Projeto Mais Médicos para o

Brasil e ao PROVAB foram realizadas pela internet, através do Sistema de Gerenciamento

de Programas (SGP), por meio do site “mais médicos.saude.gov.br”.

12. Assim, os médicos participantes do PROVAB, na seleção regida pelo

Edital acima referido, que pleitearem a vaga para o Projeto Mais Médicos para o Brasil e que

optarem por permanecer desenvolvendo suas atividades no mesmo município, terão direito a

precedência sobre os demais candidatos, como é o caso do Requerente.

13. Pois bem. O Impetrante realizou a inscrição no referido certame,

tendo sido aprovado com pontuação Barema de 9.16, com alocação para o Município de

Pindoretama/CE, sendo classificado em 1º (primeiro) lugar da 2ª (segunda)

chamada do CRM Brasil, conforme confirmação na Portaria nº 111, de 04 de março

de 2014 e de fotografias em anexo.

14. Nesse toada foi que após a confirmação do resultado final do

processamento eletrônico da seleção dos municípios, alocados na segunda chamada, através da

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portaria acima referida, o Impetrante acessou o sistema SGP para manifestar sua expressa

concordância ao Programa de Provimento, imprimiu tal adesão e se dirigiu ao Município de

Pindoretama/CE, levando toda a documentação prevista no edital para homologar a sua vaga na

Cidade escolhida.

15. Assim, munido de toda a documentação necessária para a realização

da homologação junto ao município em questão, compareceu à Secretaria Municipal de

Saúde da Cidade de Pindoretama/CE para a homologação de sua vaga no certame.

16. Todavia, a Coordenadora da Atenção Básica Clenilda

Oliveira Xavier, na data de 08 de março de 2016, ou seja, dentro do prazo estipulado

pelo edital, informou que as duas vagas existentes na segunda chamada do PROVAB não

existem de fato, de modo que todas as unidades básicas de saúde estão ocupadas por médicos

contratados ou em regime de PROVAB, deixando, porquanto, de Homologar a adesão do

Impetrante, através da seguinte DECLARAÇÃO, textual:

“Declaro para os devidos fins que o DURVAL ÍCARO MARTINS


MENDONÇA, MÉDICO selecionado pelo PROVAB a este município,
compareceu para homologação da vaga na data: 08 de março de 2016.
Sendo o mesmo selecionado/alocado pelo Edital/SGTES/MS Nº 2, de
08 de janeiro de 2016 – Segunda Chamada, com 1ª colocação na
classificação dentre as vagas que constam do edital. Vaga esta não
existente no MUNICÍPIO DE PINDORETAMA, pois as duas vagas já
havia sido homologadas pelos profissionais que foram alocadas no 1º
Edital, portanto não houve a homologação”.

17. Desesperado, o Impetrante efetuou uma ligação para a OUVIDORIA

GERAL do SUS no NÚMERO 136, onde informou o ocorrido para a atendente Adriane, que

após verificar todas as informações necessárias, confirmou a existência de duas vagas para a

segunda chamada do PROVAB no município de Pindoretama/CE e que o nome do Requerente

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consta nos médicos aptos a pleitear as vagas, sendo confirmada a classificação em primeiro

lugar para tal localidade, conforme protocolo nº 1364718.

18. Diante, padece de lamentável equívoco jurídico administrativo, o

posicionamento do Município de Pindoretama/CE, ao ferir o princípio dos efeitos determinantes,

que determina que a Administração Pública coatoras vincule de forma cogente aos seus atos de

gestor municipal do programa mais médico do Governo Federal, através do SUS.

19. Máxime porque, o Requerente, que optou pela cidade de

Pindoretama;CE por ser próxima da Capital e pela existência das duas vagas em 2ª chamada, não

pode ter seu direito líquido e certo prejudicado por quaisquer que sejam os motivos, já que

existiam as vagas no ato da inscrição, ele foi devidamente aprovado em 1º lugar e possui toda a

documentação que autorize a sua homologação.

20. E a ilegalidade da conduta mais se eleva, tendo em vista o fato de

que o SUS confirmou que há a existência de duas vagas para a segunda chamada do PROVAB

no Município de Pindoretama/CE e que o nome do Requerente consta nos médicos aptos a

pleitear as vagas. Portanto, não se encontra dentro da moldura discricionária das Autoridades

Coatoras, dizer expressar pela “NÃO EXISTËNCIA” da vaga vindicada pelo Impetrante.

21. Impende, então, ficar assinalado dentro desse horizonte, que atos

administrativos dessa natureza estão sujeitos ao controle pelo Judiciário, posto caber ao mesmo o

controle de sua legalidade formal e substancial, cabendo observar que os motivos embasadores

dos atos administrativos vinculam a Administração, conferindo-lhes legitimidade e validade.

22. Ademais, tal fato é vero, porque "Consoante a teoria dos motivos

determinantes, o administrador vincula-se aos motivos elencados para a prática do ato

administrativo. Nesse contexto, há vício de legalidade não apenas quando inexistentes ou

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inverídicos os motivos suscitados pela administração, mas também quando verificada a falta

de congruência entre as razões explicitadas no ato e o resultado nele contido" (MS 15.290/DF,

Rel. Min. Castro Meira, Primeira Seção, julgado em 26.10.2011, DJe 14.11.2011).

23. Nesse sentido, a impetração do presente mandamus mais se respalda

do ponto de vista constitucional, pela existência de vício de legalidade pois inexistentes ou

inverídicos os motivos suscitados pela administração da saúde do Município de

Pindoretama/CE, mas também pela total falta de congruência entre as razões explicitadas na

DECLARAÇÃO que atesta pela inexistência da vaga do Impetrante para o programa mais

médicos, e o resultado nele contido pela declaração da referida vaga pelo SUS.

24. Nessa premissa, se interpõe, o presente remédio heróico, de todo

cabível, visando que V. Exa., garanta ao promovente o direito à posse no cargo almejado, uma

vez que o mesmo fora devidamente aprovado, confirmou a adesão ao programa no sistema e

levou toda a documentação para a homologação na cidade designada pelo certame.

IV – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO DO IMPETRANTE

25. Assim, cumpre relembrar, como dito, nesse toar, que determina o

Art. 1º da Lei nº 12.016, de 07.08.2009: “Conceder-se-á mandado de segurança para proteger

direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que,

ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou

houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais

forem às funções que exerça”.

26. Por conseguinte, pertinente e crível a presente impetração contra

ATO ILEGAL da Autoridade Coatora, pois segundo o Magistrado e Professor FRANCISCO

ANTONIO DE OLIVEIRA o ATO ILEGAL “se traduz no desrespeito ao direito de modo

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geral”. É o afastamento da autoridade do sadio princípio de respeito ao direito e à lei” (In,

Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional, RT, SP, p. 163).

27. Ora no feito entelado, se encontram presentes, porquanto, todos esses

pressupostos. E mais ainda, os necessários para concessão da liminar, que se alojam no bojo do

Art. 7º, II da Art. 7º da Lei nº 12.016/2009, quais sejam, os relevantes fundamentos da impetração

(fumus boni juris) e se do ato impugnado puder resultar a ineficácia da ordem judicial, se concedida à

final (periculum in mora).

28. Nessa passada, em não se concedendo a liminar, violado restará,

datissima venia, de maneira frontal o direito líquido e certo do Impetrante, que segundo HELY

LOPES MEIRELES é aquele que “se apresenta manifesto na sua existência, delimitando na

sua extensão e apto a ser executado no momento da impetração” (In, Mandado de Segurança...,

22ª Ed, Malheiros, SP, p. 35).

V - DO FUMUS BONI JURIS

29. Com efeito, no presente mandamus, gritante o fumus boni juris, pois

como já demonstrado, existe o fato de que o SUS confirmou há existência de duas vagas para a

segunda chamada do PROVAB no Município de Pindoretama/CE e que o nome do Impetrante

consta como um dos médicos aptos à pleitear as vagas, precipuamente por ter ficado colocado

no 1º LUGAR, não podendo a Autoridade Coatora, declarar pela “NÃO EXISTËNCIA” da

vaga vindicada pelo Impetrante.

VI - DO PERICULUM IN MORA

30. Da mesma maneira, não se pode deixar de olvidar do perigo da

demora se não for concedida a liminar pretendida, em razão de se encontrar o Impetrante sob a

eminência de perder o prazo para manifestar seu interesse em assumir o cargo de médico, do

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PROVAB, através do SGP no Município de Pindoretama/CE, que vai de 08/03/2016 a

11/03/2016.

31. Foi pensando em situações como essa, quando existe relevante e

irreparável prejuízo em caso de não concessão de liminar, que o legislador previu no Art. 7º da

Lei nº 12.016/2009: “que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver

fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja

finalmente deferida”, verbis:

“Art. 7º Ao despachar à inicial, o juiz ordenará:

III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia
da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do
impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o
ressarcimento à pessoa jurídica”.

32. Por conseguinte, inequívoca a POSSIBILIDADE DE DANO

IRREPARÁVEL, que na doutrina da professora TERESA ARRUDA ALVIM, constitui o

"periculum in mora", e assim assevera:

"O perigo de que, não sendo provavelmente concedida a medida


pleiteada, ocorram graves danos ao Autor, de molde a que a sentença a
final, ainda que lhe conceda pedido, terás sua eficácia concreta
prejudicada pelo lapso de tempo decorrido entre a propositura de ação
e o seu desfecho.

A medida desta "irreparabilidade" é a perspectiva futura de sentença


ter poder e força de satisfazer a pretensão do requerente "in natura".
Não trata aqui, meramente, da invalidação do ato violador de direito,
pois esta, no campo estritamente jurídico, sempre poderá ser realizada.
Trata-se, isto sim, da possível inocuidade da sentença na esfera dos
fatos, no mundo, por assim dizer, material" (In, Mandado de Segurança
contra Ato Judicial, RT, pág. 20).

VII - REQUERIMENTO.

33. Diante disse pede a V.Exa., que se digne em:

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(a) em estando materializado a comprovação do fumus boni juris e do

periculum in mora, seja deferido nos termos do Artigo 7º inciso III, da Lei nº 12.016, de 7.8.2009 e

Emenda Constitucional nº 88/2015 a CONCESSÃO DE LIMINAR, no sentido de determinar

que as autoridades coatoras procedam à posse do Impetrante no cargo de médico, uma vez que o

mesmo fora devidamente aprovado, confirmou a adesão ao programa PROVAB, através do

SGP no Município de Pindoretama/CE, além de ter levado toda a documentação para a

homologação na cidade designada pelo certame, mantendo seus efeitos até o trânsito em julgado

do presente Mandado de Segurança;

(b) a notificação das Doutas AUTORIDADES COATORAS para, no

prazo legal, prestar as informações devidas e, caso seja necessário, reservar a vaga do Impetrante

no Município de Pindoretama/CE

(c) requer, também, a oitiva do ilustre REPRESENTANTE do

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL;

(d) pede, finalmente, acolhida a ação, e CONCEDIDA A

SEGURANÇA, para o fim de, em se CONFIRMANDO A LIMINAR, para DEFERIR a

SEGURANÇA na forma pleiteada.

34. Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).

Pede Deferimento.

Fortaleza/CE, 10 de Março de 2016.

P.P. GERARDO COELHO, OAB/CE 3.796.

P.P. GERARDO GUIMARÃES COELHO, OAB/CE 23.288.

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Processo: 0801573-52.2016.4.05.8100
Assinado eletronicamente por:
GERARDO GUIMARAES COELHO - Advogado 16031011100926300000001235679
Data e hora da assinatura: 10/03/2016 11:11:47
Identificador: 4058100.1234869
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfce.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 10/10

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