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Procuradoria-Geral de Justiça
Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção à Saúde Pública
Rua Mal. Deodoro, 1028, 5º andar, Curitiba - PR.
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Prezada(o) Colega,
ANEXOS ABAIXO.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
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ANEXO 1
alínea “a”, da Lei Orgânica do Ministério Público do Paraná (Lei Complementar Estadual
n.º 85/99), no art. 2º, §4º, da Resolução nº 23, do Conselho Nacional do Ministério
Público e art. 2º, §4º, da Resolução nº 1.928, da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado
do Paraná, instaura Procedimento Preparatório, devendo ser adotadas as seguintes
providências iniciais:
l) imediata expedição de ofício à Secretaria Municipal de Saúde de ........, para que
promova a capacitação dos membros do Conselho Municipal de Saúde no que
tange às obrigações da gestão municipal do SUS no combate à dengue desde
vigilância até assistência, com prioridade para os representantes dos usuários e dos
trabalhadores da saúde, para qualificar sua atuação na formulação de estratégias e
assegurar efetivo controle social da execução da política de saúde atinente ao
controle da dengue, como prevê o art. 44 da Lei Complementar n. 141/2012, com
informações a respeito em trinta dias;
m) imediata expedição de ofício à ....a Regional de Saúde da SESA-PR, para que
promova a capacitação dos membros do Conselho Municipal de Saúde de ...... no
que tange às obrigações da gestão municipal do SUS no combate à dengue desde
vigilância até assistência, com prioridade para os representantes dos usuários e dos
trabalhadores da saúde, para qualificar sua atuação na formulação de estratégias e
assegurar efetivo controle social da execução da política de saúde atinente ao
controle da dengue, como prevê o art. 44 da Lei Complementar n. 141/2012, com
informações a respeito em trinta dias;
n) imediata expedição de recomendação administrativa ao Conselho Municipal de
Saúde, para envolvimento na mobilização contra a dengue e para maior cobrança
da Secretaria Municipal de Saúde nas prestações de contas sobre a atuação de
prevenção da dengue e assistência médica resolutiva e eficaz aos pacientes
suspeitos de dengue, em especial para que, quando do recebimento do próximo
relatório quadrimestral de gestão, solicite complementação à Secretaria Municipal
de Saúde a respeito das ações e serviços de vigilância no combate à dengue e de
assistência aos pacientes suspeitos de dengue;
o) imediata expedição recomendação administrativa à Secretaria Municipal de Saúde,
para que se abstenha de dar férias coletivas no final do ano para agentes de
controle de endemias e equipes da vigilância epidemiológica e equipes da
vigilância sanitária;
p) Designa-se o dia ........ para reunião desta Promotoria de Justiça com a equipe de
vigilância epidemiológica da respectiva Regional de Saúde da SESA-PR para
definir os principais problemas do município de ..... no combate à dengue a serem
priorizados em termo de ajustamento de conduta ou recomendação administrativa
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....................
PROMOTOR DE JUSTICA
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ANEXO 2
Localizador (bandeira); vi) Mapas das áreas a serem trabalhadas no dia; vii)
Calculadora; viii) Cola plástica; ix) Pesca-larvas água limpa; x) Pesca-larvas água suja;
xi) Escova pequena; xii) Espelho pequeno; xiii) Flanela; xiv) Fita ou escala métrica; xv)
Formulários para registros de dados; xvi) Inseticida em quantidade suficiente para o
dia; xvii) Lâmpada de foco sobressalente; xviii) Lápis grafite com borracha; xix) Lápis
de cera, azul ou preto ou tinta; xx) Lanterna; xxi) Manual de instruções; xxii) Medidas
para uso de inseticidas (colher de sopa e de café); xxiii) Pasta com elástico para
guarda de papéis; xxiv) Prancheta; xxv) Pipeta tipo conta-gotas; xxvi) Sacos plásticos
com capacidade de 1 kg para guardar os pesca-larvas; xxvii) Tubitos para
acondicionamento de larvas; xxviii) Pipetão; xxix) Barbante; xxx) Concha; xxxi) Protetor
solar; xxxii) Repelente;
uniforme de trabalho completo (camiseta, calça e bota com bico de aço) com
bolsa/mochila de lona, crachá de identificação, bandeira para localização, formulários
específicos, croqui e mapas das áreas a serem trabalhadas, caderno de capa dura ou
caderneta, lápis, borracha e apontador, pasta com elástico, prancheta, lápis tipo
estaca, cola plástica e lixa, calça; blusa, calçado, boné ou similar e capa de chuva ou
guarda-chuva.
os seguintes equipamentos de proteção individual:
EPIs para uniformes e vestimentas; EPIs para proteção para aplicação de
inseticidas/biolarvicidas; Máscaras faciais completas para nebulização com UBV costal
e máscaras semi-faciais para aplicação de inseticidas em superfície em áreas com
ação residual e máscaras respiratórias com filtros de proteção.
CONSIDERANDO que também se noticia que em ................ os
agentes de controle de endemia (ACEs) no momento não detém capacitação
técnica suficiente;
CONSIDERANDO que, para a atuação eficaz dos ACEs no
trabalho de campo, tanto para identificação dos potenciais criadouros, quanto para
remoção de criadouros, é decisiva a capacitação técnica dos ACEs, obrigação da
gestão municipal do SUS;
CONSIDERANDO que esse dever é decorrente do princípio
constitucional da eficiência no serviço público (art. 37, caput, da CF/88), bem como do
princípio da resolutividade nas ações e serviços de saúde (art. 7º, XII, da Lei n.
8080/90), por si só já impõem ao gestor municipal do SUS o dever de capacitar
permanentemente seus ACEs e demais profissionais da vigilância epidemiológica
(obrigação especificada ainda no art. 23, XX, da Portaria GM/MS n. 3252/09).
CONSIDERANDO que as Regionais da SESA em regra oferecem,
disponibilizam ou encaminham os Municípios para cursos e atividades rápidas de
atualização de ACEs e outros profissionais, de sorte que há variada gama de
possibilidades imediatas para capacitação dos agentes de combate à dengue;
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RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA
............
PROMOTOR DE JUSTIÇA
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ANEXO 3
............
PROMOTOR DE JUSTIÇA
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ANEXO 4
seu art. 2º a forma de admissão dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de
combate às endemias:
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão
admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de
processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas
atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a
regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate
às endemias.
CONSIDERANDO que a lei federal mencionada no § 5o do art.
198, da Constituição, de nº 11.350, de 05 de outubro de 2006, dispõe sobre o regime
jurídico e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente
de combate às endemias:
Art. 2o O exercício das atividades de Agente Comunitário de
Saúde e de Agente de Combate às Endemias, nos termos desta Lei, dar-se-á
exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, na execução das
atividades de responsabilidade dos entes federados, mediante vínculo direto entre os
referidos Agentes e órgão ou entidade da administração direta, autárquica ou
fundacional.
[...]
Art. 8o Os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de
Combate às Endemias admitidos pelos gestores locais do SUS e pela Fundação
Nacional de Saúde - FUNASA, na forma do disposto no §4o do art. 198 da
Constituição, submetem-se ao regime jurídico estabelecido pela Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, salvo se, no caso dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
lei local dispuser de forma diversa .
Art. 9o A contratação de Agentes Comunitários de Saúde e de
Agentes de Combate às Endemias deverá ser precedida de processo seletivo público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas
atribuições e requisitos específicos para o exercício das atividades, que atenda aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Parágrafo único. Caberá aos órgãos ou entes da administração
direta dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios certificar, em cada caso, a
existência de anterior processo de seleção pública, para efeito da dispensa referida no
parágrafo único do art. 2o da Emenda Constitucional no 51, de 14 de fevereiro de 2006,
considerando-se como tal aquele que tenha sido realizado com observância dos
princípios referidos no caput.
[..]
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adotem estratégias para orientar e para que sejam verificadas as infrações cometidas
pelos proprietários de imóveis no que tange a necessidade do combate a dengue.
CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 63, XXXVII do
Código de Saúde do Estado do Paraná “obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das
autoridades sanitárias competentes, no exercício de suas funções” é infração
sanitária, com pena de advertência e/ou multa,
CONSIDERANDO assim caber ao gestor municipal de saúde
tomar as medidas necessárias para fazer valer tais dispositivos legais,
determinando à vigilância sanitária local, em necessária integração com os
agentes de controle de endemias, que lavre os autos/termos de infração em face
dos proprietários de imóveis que apresentem resistência na remoção de criadouros ou
mesmo em franquear acesso aos ACEs para as vistorias.
função institucional de “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços
de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia”;
CONSIDERANDO a legitimidade do Ministério Público para firmar
termo de ajustamento de conduta, o qual tem força de título executivo extrajudicial, nos
termos do art. 5º, parágrafo 6º, da Lei n. 7.347/85, in verbis: “§ 6º. Os órgãos públicos
legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua
conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título
executivo extrajudicial. (Parágrafo acrescentado pelo artigo 113 da Lei nº. 8.078, de
11.09.1990)”;
RESOLVEM
O presente Termo de Ajuste produz eficácia a contar da sua assinatura por todas as
partes.
.................
Prefeito Municipal de ....
.....
Secretário Municipal de Saúde de .............
.....
....ª Regional de Saúde
ANEXO 5
RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº .........../2013
Alto índice de pendências, com poucas providências adotadas para o resgate das
pendências;
Baixa qualidade nas ações de campo, inclusive de remoção de criadouros;
Falta de capacitação dos ACEs;
Falta de notificação de todos os casos suspeitos de dengue;
Falta ou atraso na investigação dos casos suspeitos para detecção no local provável de
infecção;
Bloqueios do vetor com atrasos;
Deficiências no envio de dados sobre as notificações de casos suspeitos e confirmados
nos sistemas informatizados do SUS;
Falta de capacitação suficiente da rede municipal de saúde para diagnóstico e
tratamento rápido e eficaz ao tratamento ao paciente em caso suspeito ou confirmado;
Falta de integração suficiente entre as equipes de vigilância em saúde e as equipes do
Programa de Saúde da Família e das UBSs nas atividades de controle vetorial;
Falta de organização suficiente da rede de atenção básica municipal para assistência
terapêutica integral ao paciente com suspeita de dengue (unidade de saúde referência,
local de dispensação de medicamentos, leitos de referência e o respectivo fluxo de
atendimento);
Falta de triagem e/ou classificação de risco na recepção ao usuário do SUS com
suspeita de dengue;
Falta de disponibilização do Cartão de Acompanhamento do Paciente com Suspeita de
Dengue, como previsto nas Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle da
Dengue, do MS
Não instituição de Comitê Gestor Intersetorial ou Comitê de Mobilização para
prevenção e combate à dengue;
Divulgações insuficientes para as comunidades locais dos índices de infestação
predial, dos números de casos suspeitos e confirmados;
Mobilização insuficiente das entidades da sociedade organizada para cooperação no
enfrentamento à dengue e
Insuficiente articulação junto ao Conselho Municipal de Saúde para cooperação no
enfrentamento à dengue.
fórum, quase como forma complementar de controle social, fomenta a discussão sobre
eficácia das ações das vigilâncias sanitária e epidemiológica, sobre a qualidade da
própria assistência médica na atenção básica, e, sobretudo, sobre a responsabilidade
social no controle do vetor;
CONSIDERANDO que a instituição desse comitê também é
importante recomendação das Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle da
Dengue, do Ministério da Saúde;
CONSIDERANDO que combater o Aedes aegypti demanda o
envolvimento articulado de diversos setores – como educação, saneamento, limpeza
urbana e segurança pública – assim como o envolvimento de parceiros do setor
privado e da sociedade organizada, sobretudo porque é grande a responsabilidade
comunitária no controle dos criadouros de mosquito em residências e imóveis
comerciais e industriais;
CONSIDERANDO que, se a população não tem acesso
permanente aos dados sobre o índice de infestação predial e do número de
casos suspeitos e confirmados do bairro onde mora, não se sente mobilizada
nem incentivada a contribuir para a eliminação de focos do vetor.
CONSIDERANDO que a mobilização deve ser compreendida
como suporte para as ações de gestão do SUS, utilizando-se das ferramentas da
comunicação e da educação para fazer chegar à comunidade o papel de cada um no
combate a essa doença;
RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA
............
PROMOTOR DE JUSTIÇA
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ANEXO 6
PRELIMINARMENTE
LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA
suspeita, bem como onde o usuário deverá retirar a medicação prescrita, e onde
ele deverá ser internado em caso de evolução da doença;
22) no prazo de dez dias, adotar o protocolo
de reconhecimento de classificação de risco de urgência e emergência no
atendimento ao paciente em suspeita de dengue, previsto nas Diretrizes
Nacionais para Prevenção e Controle da Dengue, do MS, em todas as unidades
de saúde municipais (próprias e da rede privada contratada/conveniada), em
primeiro momento pelos profissionais que fazem o acolhimento/recepção dos
pacientes e em seguida pelos profissionais médicos, com adequado treinamento
das respectivas equipes técnicas a manejá-lo;
23) no prazo de dez dias, fornecer “cartão de
acompanhamento do paciente com suspeita de dengue”, a toda a pessoa que for
atendida em quaisquer unidades de saúde próprias, contratadas ou conveniadas,
com diagnóstico de suspeita de dengue;
24) no prazo de cinco dias, expedição de ato
administrativo formal para instituição de Comitê Gestor Intersetorial Municipal
de Combate à dengue, indicando os órgãos públicos e entidades da sociedade
civil local a serem convidados, com seus respectivos representantes, dando ampla
publicidade a respeito das datas, horários e locais das reuniões, com integração
com o Conselho Municipal de Saúde dando ampla publicidade a respeito das
datas, horários e locais das reuniões no mínimo mensais (sobretudo nas rádios
locais, para possibilitar maior acesso popular).
Assina-se o prazo de 10 (dez) dias para que a
autoridade mencionada comunique ao Ministério Público, fundamentadamente,
quanto à adoção ou não das providências adotadas na espécie, inclusive
indicando as razões técnicas e jurídicas para não observância das diretrizes ora
expostas e das medidas faltantes.
............
PROMOTOR DE JUSTIÇA”
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PLANILHA 01 – MS - 2012
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
174.656,41 174.656,41 174.656,41 174.656,41 184.342,06
116.276,48 174.656,41 195.593,28 174.656,41 174.656,41 174.656,41
PLANILHA 02 – MS - 2013
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
801.844,42 280.548,81 189.548,81 280.548,81 235.048,81 199.558,01
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JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
801.844,42 280.548,81 189.548,81 280.548,81 235.048,81 199.558,01
280.548,81 282.206,05 240.998,77 240.998,77 240.998,77 240.998,77
Estado aos Municípios (art. 9º, inciso XVIII, “f”, 1 e 2, e “g”, da Portaria GM/MS n.
1378/2013).
Todos os inseticidas, praguicidas e demais insumos
destinados ao controle de doenças transmitidas pelo vetor são de responsabilidade de
aquisição e fornecimento pela União (distribuídas aos Municípios através dos
respectivos Estados, nos termos do art. 6º, XIX, “e”, da mesma Portaria)
Equipamentos de aspersão de inseticidas são de
responsabilidade de aquisição e fornecimento pelo Estado aos Municípios (art. 9º,
XVIII, “e” da referida Portaria).
Ademais, no eixo da assistência médica também há
significativo financiamento da União e dos Estados.
Da União porque é sabido que os recursos financeiros para
pagamento das internações hospitalares aos pacientes com dengue (e quaisquer
outros usuários do SUS) advém diretamente do Fundo Nacional de Saúde, através do
pagamento das correspondentes AIHs (autorizações para internação hospitalar).
E o provimento de medicamentos específicos para
tratamento de dengue é de responsabilidade solidária dos três entes federativos (art.
6º, IXI, “a”, art. 9º, XVIII, “b”, e art. 11, XV, “a”, da Portaria GM/MS n. 1.378/13) e foram
pactuados na Comissão Intergestores Tripartite. Cabe ao gestor municipal apenas o
planejamento oportuno (com base nos dados da própria vigilância epidemiológica
municipal) para sua solicitação prévia à SESA-PR, de sorte a garantir a manutenção
contínua de estoque suficiente nas unidades de saúde municipais (art. 11, inciso XIV,
da Portaria GM/MS n. 1.378/13)
Enfim, não há justificativas para que até hoje em ..... o
número de agentes de controle de endemias (ACEs) esteja abaixo do
preconizado no Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD), do Ministério da
Saúde, que recomenda pelo menos um ACE para cada 800 a 1000 imóveis.
À luz dessa regra, a documentação anexa, da Secretaria de
Estado da Saúde do Paraná, informa que no Município de .... faltam .... agentes de
controle de endemias para o trabalho de campo (vistorias e fiscalizações nos imóveis,
sobre a existência de potenciais criadouros dos mosquitos, para correspondente
remoção mecânica ou química)
Sob outro aspecto, de igual relevância, é de se frisar que os
ACEs não têm atribuições somente no controle do vetor da dengue, mas de controle e
prevenção de várias outras doenças, inclusive aquelas de transmissões de outras
formas (como raiva, leishmaniose, tuberculose, etc), como se infere pelo contido no art.
4º da Lei 11.350/2006:
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também diminuir o preocupante o índice de infestação predial. Isso porque tais fóruns,
quase como forma complementar de controle social, fomentam a discussão sobre
eficácia das ações das vigilâncias sanitária e epidemiológica, sobre a própria
assistência médica na atenção básica, e, sobretudo, sobre a responsabilidade social no
controle do vetor.
Cabe à Secretaria Municipal de Saúde de ............., seguindo
as orientações contidas nas Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle da
Dengue, do Ministério da Saúde, expedir ato administrativo formal para instituir esse
comitê, indicando os órgãos públicos e entidades da sociedade civil local a serem
convidados, com seus respectivos representantes, dando ampla publicidade a respeito
das datas, horários e locais das reuniões (sobretudo nas rádios locais, para possibilitar
maior acesso popular).
A publicidade das ações do Município não é apenas um
princípio da Administração Pública, mas, no caso dos serviços de saúde, um direito
da população, sem a qual não poderão ter acesso aos serviços qualificados para a
prevenção da doença, e, para diagnóstico e tratamento da moléstia, e sem a qual não
será garantida uma das diretrizes constitucionais do SUS: a participação da
comunidade (art. 198, III)
Se é certo que a população desempenha um importante
papel na eliminação dos focos do vetor, cuidando dos reservatórios de água limpa em
sua residência ou local de trabalho, isto não exime o poder público da realização de
ações de educação e mobilização social.
Não se pode culpar a sociedade civil se o Poder Público não
realizou ações suficientes, não apenas para o controle do vetor, mas também para a
educação, comunicação e mobilização social da população.
Segundo o PNCD, “o principal objetivo desse componente é
fomentar o desenvolvimento de ações educativas para a mudança de comportamento e
a adoção de práticas para a manutenção do ambiente domiciliar preservado da
infestação por Aedesaegypti, observadas a sazonalidade da doença e as realidades
locais quanto aos principais criadouros. A comunicação social terá como objetivo
divulgar e informar sobre ações de educação em saúde e mobilização social para
mudança de comportamento e de hábitos da população, buscando evitar a presença e
a reprodução do Aedes aegypti nos domicílios, por meio da utilização dos recursos
disponíveis na mídia.”
As metas são:
1. reduzir a menos de 1% a infestação predial;
2. reduzir em 25% o número de casos confirmados a cada
ano;
3. reduzir a letalidade por febre hemorrágica de dengue a
menos de 1%.
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V – PEDIDOS
para acondicionamento de larvas; xxviii) Pipetão; xxix) Barbante; xxx) Concha; xxxi)
Protetor solar; xxxii) Repelente;
uniforme de trabalho completo (camiseta, calça e bota com
bico de aço) com bolsa/mochila de lona, crachá de identificação, bandeira para
localização, formulários específicos, croqui e mapas das áreas a serem trabalhadas,
caderno de capa dura ou caderneta, lápis, borracha e apontador, pasta com elástico,
prancheta, lápis tipo estaca, cola plástica e lixa, calça; blusa, calçado, boné ou similar e
capa de chuva ou guarda-chuva.
b2) execução da comunicação das notificações de casos
suspeitos de dengue à Vigilância Epidemiológica Estadual, através de alimentação
correta e tempestiva do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan),
mediante I) preenchimento de Ficha Individual de Notificação (FIN) e Ficha Individual
de Investigação (FII), em que constem todos os dados de notificação de TODOS OS
CASOS DE SUSPEITA, tendo todos dados da ficha preenchidas de forma completa
sobre a suspeita (local provável de infecção, exames laboratoriais, evolução do caso,
classificação final, manifestações clínicas dos casos graves, etc), nas unidades de
saúde (ou resultantes da busca ativa da Vigilância Epidemiológica municipal), e II)
digitação de todos esses dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação,
transmitidos para a Vigilância Epidemiológica Estadual, nos termos recomendados
pelas DERANDO que as Diretrizes Nacionais do Ministério da Saúde para Prevenção e
Controle de Epidemias de Dengue ainda recomendam;
b3) integração das equipes de vigilância em saúde com os
profissionais da área de assistência médica;
b4) Aumento em ......% da produção das ações de campo,
do registro de visitas pelos boletins dos ACEs, especialmente de remoção mecânica
de criadouros, mediante reforço na coleta de resíduos sólidos, com destino final
adequado e vedação de depósitos de armazenamento de água, com a utilização de
capas e tampas;
c) no prazo de noventa dias, realização de concurso ou
processo seletivo público, na forma da legislação (inclusive com prévia remessa de
projeto de lei municipal para criação de tantos cargos de agentes de controle de
endemia, se necessário for) com nomeação e contratação dos profissionais aprovados
em concurso ou processo seletivo (nos termos da Lei nº 11.350, de 05 de outubro de
2006), em número mínimo equivalente de acordo com a proporção de imóveis no
Município, nos termos recomendados nas “Diretrizes Nacionais para Prevenção e
Controle da Dengue, do Ministério da Saúde”, e portanto então pelo menos ..... apenas
para trabalhos de campo, para garantir a força de trabalho necessária adequada
execução das ações de vigilância epidemiológica e controle do vetor Aedes aegypti;
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......
Promotor de Justiça
Testemunhas:
1) ........., técnico em vigilância epidemiológica, servidor público estadual lotado e
em exercício na ....a Regional de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde,
situada na Rua......., na cidade de ...... .
2)